ISTO É A PODRIDÃO DO PRECONCEITO NUM PAÍS DE NEGROS, ALÉM DO QUE É INCONSTITUCIONAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Lei Contra o Candomblé é Aprovada em Piracicaba
Câmara Municipal de Piraciba/SP, por unanimidade, com o apoio dos vereadores dos seguintes partidos: PT, PDT, PP, PPS, PTB,PR, PMDB, PRB, PSDB, aprovou em 7/10, o PL 202/2010 do vereador Laércio Trevisan (PR).
Comentários em Piracicaba, informam que o referido PL. é parte de um MOVIMENTO chamado "ALIANÇA PARA A SUPREMACIA CRISTÃ", que tem por objetivo levar este projeto a outras cidades do Estado de São Paulo, depois, independente de quem seja eleito, encaminhar para a Câmara dos Deputados, através de deputados federais dos partidos envolvidos. Estes deputados, no momento, são mantidos no anonimato.
O O referido pela agurda sanção ou veto do Sr. Prefeito Municipal Barjas Negri, por favor mandem e-mail, telefonen para o prefeito/
secretário de governo e demais autoridades solicitando o veto ao PL. tendo em vista que o referido PL. entre outras coisas, atenta contra a liberdade religiosa e fomenta o racismo.
- PREFEITO BARJAS NEGRI - Fone: (19) 3403-1040 E-mail: bnegri@piracicaba.sp.gov.br
- VICE-PREFEITO SÉRGIO DIAS PACHECO - Fone: (19) 3403-1080 viceprefeito@piracicaba.sp. gov.br /spacheco@piracicaba.sp.gov.br
- CHEFE DE GABINETE ISAURA F. B. MAZZUTTI / Fone: (19) 3403-1050/imazzutti@piracicaba.sp.gov.br
- SECRETÁRIO MUNICIPAL DE GOVERNO JOSÉ ANTONIO DE GODOY / Fone: (19) 3403-1055 jagodoy@piracicaba.sp.gov.br
1- Integra do PL. 202/2010;
2- E depois, Nomes, fones, e-mails do vereadores de piracicaba:
1- Íntegra do PL. 202/2010: PROJETO DE LEI Nº 202/10 - Proíbe o uso e o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Município de Piracicaba e dá outras providências.
Art. 1º Fica proibido o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Município de Piracicaba.
Art. 2º O descumprimento do disposto na presente Lei ensejará ao infrator, a multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) dobrado a cada
reincidência.
Parágrafo único A multa a que se refere o caput deste artigo será reajustada, anualmente, com base no índice do INPC – IBGE , adotada pelo Poder Executivo através de Lei.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificativa
Primeiramente cabe ressaltar que independente de credo religioso e o respeito aos costumes de crença, ou seja, barbáreis como sacrifício de animais em rituais religiosos são inconcebíveis, e contraria a nossa Lei maior a qual é a garantia de vida e bons tratos para com os animais .
Precisamos sim, que as pessoas de bem, que gostam de animais, defenda–os, em principal em leis municipais, estaduais e federal
através de seus legisladores.
Por outro lado, compete aos municípios de acordo com a - Constituição Federal – Art. 30 – I – Legislar sobre assuntos de interesse local.
Também cabe ressaltar que, o município pode legislar em assuntos de seu próprio interesse local de acordo com C.F Art. 30 – I e respaldado na lei orgânica do município de Piracicaba – Artigo 25 XXII .
Isto posto, felizmente a consciência de que a proteção aos animais também é uma obrigação do município.
Inobstante em Piracicaba através da Lei n.º 6647/09 já proíbe a instalação de circos que contenha animais, sendo um grande avanço em defesa dos animais.
Somos sabedores que há pessoas que realizam o sacrifício de animais em cultos religiosos, e isso é inaceitável, e deve ser observada com atenção por parte não só desta Casa Legislativa, mas também por todos os municípios .
Assim pelo alcance do Art. 225 d 1º, VII da C.F para a proteção dos animais, o interesse humano social, apresento este Projeto de Lei .
No ensejo, que o mesmo seja aprovado por unanimidade pelos pares, e que caminhemos em direção do bem, da proteção dos animais e os clamores da população e das ONGs de proteção com os animais.
Sala de Reuniões, 21 de junho de 2010.
(a) Laércio Trevisan Júnior
2- Lista dos vereadores:
- André Gustavo Bandeira - PSDB - Gabinete: 3403-6511 / 3403-6512/ andrebandeira@ camarapiracicaba.sp.gov.br /gabineteandrebandeira@ camarapiracicaba.sp.gov.br
- Ary de Camargo Pedroso Jr - PDT- Gabinete: 3403-6513 - 3403-6514/ arypedroso@camarapiracicaba. sp.gov.br
-Bruno Prata - PSDB - Gabinete: 3403-6507 - 3403-6508/ bprata@camarapiracicaba.sp. gov.br
- Capitão Gomes - PP - Gabinete: 3403-6509 / 3403-6510/ capitaogomes@camarapiracicaba. sp.gov.br
- Carlos Alberto Cavalcante PPS - Gabinete: 3403-6541 - 3403-6542 carlosalberto@ camarapiracicaba.sp.gov.br
- João Manoel dos Santos - PTB - Gabinete: 3403-6521 / 3403-6522/ joaomanoel@camarapiracicaba. sp.gov.br
- José Antonio Fernandes Paiva - PT- Gabinete: 3403-6517 - 3403-6518/ paiva@camarapiracicaba.sp.gov. br
-José Aparecido Longatto - PSDB - Gabinete: 3403-6525 / 3403-6526/ longatto@camarapiracicaba.sp. gov.br
- José Benedito Lopes - PDT - Gabinete: 3403-6527 / 3403-6528/ joselopes@camarapiracicaba.sp. gov.br
- José Luiz Ribeiro - PSDB - Gabinete: 3403-6501 / 3403-6502/ joseluiz@camarapiracicaba.sp. gov.br
- José Pedro Leite da Silva - PR - Gabinete: 3403-6531 / 3403-6532/ josepedro@camarapiracicaba.sp. gov.br
- Laércio Trevisan Jr - PR - Gabinete: 3403-6515 - 3403-6516/ trevisanjr@camarapiracicaba. sp.gov.br
- Marcos Antonio de Oliveira - PMDB - Gabinete: 3403-6519 - 3403-6520/ marcosoliveira@ camarapiracicaba.sp.gov.br
- Paulo Henrique Paranhos Ribeiro - PRB - Gabinete: 3403-6533 / 3403-6534/ paulohenrique@ camarapiracicaba.sp.gov.br
- Walter Ferreira da Silva - PPS - Gabinete: 3403-6523 / 3403-6524/ walterferreira@ camarapiracicaba.sp.gov.br
Att.
Maurílio Ferreira da Silva
Movimento Negro Unificado - Campinas/SP/ Presidente do Secretariado de Negros do PSDB Campinas/SP, Membro da Comissão de Religiosos de Matrizes Africanas de Campinas e Região- CRMA
Valter da Mata
(71) 9971-8354
Leia materia completa: Portal Geledés - Lei Contra o Candomblé é Aprovada em Piracicaba
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Videojogo em que se pode "matar" Fidel Castro causa indignação em Cuba
Clique no título e leia mais
POR PÚBLICO PORTUGAL
É um videojogo, mas não é só um jogo. Está a causar indignação em Cuba porque um dos desafios é matar... Fidel Castro.
Fidel Castro é um dos alvos em Call of Duty: Black Ops (Desmond Boylan/Reuters)
O videojogo Call of Duty: Black Ops foi lançado esta semana e deverá ser um sucesso, tendo em conta o êxito das edições anteriores e o facto de ter registado vendas de 360 milhões de dólares nas primeiras 24 horas nos Estados Unidos e Reino Unido, segundo o "Wall Street Journal". Tem como pano de fundo a Guerra Fria, leva os jogadores a combater na Rússia, no Vietname ou em Cuba. E é nas ruas de Havana que os soldados virtuais terão como tarefa perseguir e matar o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro.
Em Cuba a resposta indignada não se fez esperar. “O que o Governo norte-americano não conseguiu em mais de 50 anos quer agora conseguir virtualmente”, lia-se ontem no “site” Cubadebate, próximo do regime. O jogo “glorifica as intenções actuais dos Estados Unidos de matar Castro e estimula atitudes sociopatas entre a juventude norte-americana”.
No texto publicado no Cubadebate é também referido que o novo Call of Duty reflecte a realidade e que houve cerca de 600 tentativas para matar Fidel Castro desde que assumiu o poder em Cuba, em 1959. Para o “site”, este jogo é também uma tentativa de legitimar um assassínio em nome do entretenimento.
Fidel Castro, hoje com 84 anos, é o primeiro secretário do Partido Comunista Cubano mas deixou a presidência em 2008, quando o Governo passou a ser liderado pelo irmão mais novo, Raúl Castro.
Call of Duty: Black Ops é o sétimo jogo de uma série criada pela Treyarch, e não é o primeiro a gerar controvérsia. Ainda no mês passado o jogo Medal of Honor foi banido de bases militares norte-americanas por permitir aos jogadores desempenhar o papel de um combatente taliban, sublinhou a BBC.
POR PÚBLICO PORTUGAL
É um videojogo, mas não é só um jogo. Está a causar indignação em Cuba porque um dos desafios é matar... Fidel Castro.
Fidel Castro é um dos alvos em Call of Duty: Black Ops (Desmond Boylan/Reuters)
O videojogo Call of Duty: Black Ops foi lançado esta semana e deverá ser um sucesso, tendo em conta o êxito das edições anteriores e o facto de ter registado vendas de 360 milhões de dólares nas primeiras 24 horas nos Estados Unidos e Reino Unido, segundo o "Wall Street Journal". Tem como pano de fundo a Guerra Fria, leva os jogadores a combater na Rússia, no Vietname ou em Cuba. E é nas ruas de Havana que os soldados virtuais terão como tarefa perseguir e matar o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro.
Em Cuba a resposta indignada não se fez esperar. “O que o Governo norte-americano não conseguiu em mais de 50 anos quer agora conseguir virtualmente”, lia-se ontem no “site” Cubadebate, próximo do regime. O jogo “glorifica as intenções actuais dos Estados Unidos de matar Castro e estimula atitudes sociopatas entre a juventude norte-americana”.
No texto publicado no Cubadebate é também referido que o novo Call of Duty reflecte a realidade e que houve cerca de 600 tentativas para matar Fidel Castro desde que assumiu o poder em Cuba, em 1959. Para o “site”, este jogo é também uma tentativa de legitimar um assassínio em nome do entretenimento.
Fidel Castro, hoje com 84 anos, é o primeiro secretário do Partido Comunista Cubano mas deixou a presidência em 2008, quando o Governo passou a ser liderado pelo irmão mais novo, Raúl Castro.
Call of Duty: Black Ops é o sétimo jogo de uma série criada pela Treyarch, e não é o primeiro a gerar controvérsia. Ainda no mês passado o jogo Medal of Honor foi banido de bases militares norte-americanas por permitir aos jogadores desempenhar o papel de um combatente taliban, sublinhou a BBC.
La Bienal de Arte Europeo Contemporáneo aterriza en España
Antiguo Edificio del Correo
19-10-2010 / Manifesta 8 destaca lo mejor del pensamiento, de la investigación y de la experimentación creativa, contando con artistas individuales y comunidades artísticas procedentes de todo el continente y con experiencias distintas, este año prestando especial atención al diálogo entre Europa y el Norte de África.
Por Cristina Civale
Manifesta, la Bienal Europea de Arte Contemporáneo, cambia de parada cada dos años -Rotterdam (1996), Luxemburgo (1998), Ljubljana (2000), Frankfurt (2002), San Sebastián (2004), Nicosia (2006) Trentino (2008) y Murcia en diálogo con Africa del Norte en esta flamante edición que arrancó el 9 de octubre y cerrará el 9 de enero de 2011. Su nomadismo es su marca registrada y una apuesta a la libertad expresiva, si semejante cosa es posible…
Manifesta surgió en Holanda en 1990 fundada por la crítica y curadora Hedwig Fijen. Fijen defendió con uñas y dientes la inversión de 3 millones de euros que realizó la región española para que Manifesta 8 esté teniendo lugar. Se valió de la comprobada rentabilidad de las últimas bienales donde sponsors y público no sólo amortizaron la inversión sino que generaron ganancias. Fijen está segura de que la experiencia se repetirá en esta edición que toma las ciudades de Murcia y Cartagena para los cientos de exhibiciones, conferencias, seminarios –llamados Coffe breaks-, ediciones de libros y catálogos que tendrán lugar a lo largo de los próximos dos años. Como en la última edición que tuvo lugar en Italia, se contempla un evento paralelo para incluir a los artistas de la región que no participen de Manifesta. De este modo, se espera limar las posibles asperezas con la región y la suspicacia de las elecciones. Como bien apunta Fijen, no todos “los artistas murcianos podrán estar presentes en el evento” ya que es una fiesta del arte europeo y, si bien busca ubicarse en ciudades no centrales de cada uno de los países donde recala, no es un evento local sino que tiene otras dimensiones, inmensas. Como evento artístico nómada que es, trabaja en un proceso de diálogo abierto, emprendiendo proyectos internacionales en colaboración. Intenta de este modo aportar una nueva dimensión a una amplio abanico de iniciativas organizadas de modo independiente con el objetivo de desarrollar nuevos públicos para el arte contemporáneo, estimulando, a su vez, distintas maneras de abordar la producción artística y la exposición. Sus programas están diseñados para ofrecer, tanto a los artistas como a los curadores, la mayor libertad posible a la hora de experimentar con nuevos métodos de trabajo y formas de comunicar con el público.
Leia Mis clicando no título
19-10-2010 / Manifesta 8 destaca lo mejor del pensamiento, de la investigación y de la experimentación creativa, contando con artistas individuales y comunidades artísticas procedentes de todo el continente y con experiencias distintas, este año prestando especial atención al diálogo entre Europa y el Norte de África.
Por Cristina Civale
Manifesta, la Bienal Europea de Arte Contemporáneo, cambia de parada cada dos años -Rotterdam (1996), Luxemburgo (1998), Ljubljana (2000), Frankfurt (2002), San Sebastián (2004), Nicosia (2006) Trentino (2008) y Murcia en diálogo con Africa del Norte en esta flamante edición que arrancó el 9 de octubre y cerrará el 9 de enero de 2011. Su nomadismo es su marca registrada y una apuesta a la libertad expresiva, si semejante cosa es posible…
Manifesta surgió en Holanda en 1990 fundada por la crítica y curadora Hedwig Fijen. Fijen defendió con uñas y dientes la inversión de 3 millones de euros que realizó la región española para que Manifesta 8 esté teniendo lugar. Se valió de la comprobada rentabilidad de las últimas bienales donde sponsors y público no sólo amortizaron la inversión sino que generaron ganancias. Fijen está segura de que la experiencia se repetirá en esta edición que toma las ciudades de Murcia y Cartagena para los cientos de exhibiciones, conferencias, seminarios –llamados Coffe breaks-, ediciones de libros y catálogos que tendrán lugar a lo largo de los próximos dos años. Como en la última edición que tuvo lugar en Italia, se contempla un evento paralelo para incluir a los artistas de la región que no participen de Manifesta. De este modo, se espera limar las posibles asperezas con la región y la suspicacia de las elecciones. Como bien apunta Fijen, no todos “los artistas murcianos podrán estar presentes en el evento” ya que es una fiesta del arte europeo y, si bien busca ubicarse en ciudades no centrales de cada uno de los países donde recala, no es un evento local sino que tiene otras dimensiones, inmensas. Como evento artístico nómada que es, trabaja en un proceso de diálogo abierto, emprendiendo proyectos internacionales en colaboración. Intenta de este modo aportar una nueva dimensión a una amplio abanico de iniciativas organizadas de modo independiente con el objetivo de desarrollar nuevos públicos para el arte contemporáneo, estimulando, a su vez, distintas maneras de abordar la producción artística y la exposición. Sus programas están diseñados para ofrecer, tanto a los artistas como a los curadores, la mayor libertad posible a la hora de experimentar con nuevos métodos de trabajo y formas de comunicar con el público.
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Caleidoscópio -Botucatu-SP- Apoio Sec Da Cultura do Município
19º Caleidoscópio
Sítio Beira Serra
Domingo, 7 de Novembro
Pois é, já estamos no 19º Caleidoscópio.
E o melhor é que está imperdível. É uma ocasião para encontrar amigos e curtir arte e
cultura à sombra das árvores ou no velho terreiro de café.
Poesia, música, cinema, escultura, dança circular, oficinas, coral, histórias, bate-papos, ...
Teatro, terapia comunitária, malabares, xadrez gigante, capoeira, artesanato nas mais variadas formas, ...
E fazeres tradicionais: veja como podem ser feitos por exemplo o sabão,
o tijolo de adobe e a destilação de cachaça.
Além disso você pode ter idéias para seus presentes de Natal e até já fazer algumas compras.
Domingo, 7 de Novembro, das 10 às 18 horas
Ingresso R$2,50
Sítio Beira Serra
Rod. Alcides Soares, km 2,5
fone 3814 5970, c/ Cristina ou 3882 1444, c/ Maria Amália
beiraserra@uol.com.br
domingo, 7 de novembro de 2010
CALEIDOSCÓPIO ACONTECE EM BOTUCATU
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Theotonio dos Santos escreve carta aberta a FHC
-ESTE É O FERNADINHO QUE AS PESSOAS NÃO CONHECEM------------LEIAM E REFLITAM---------------
O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999. Outro mito é que seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Um governo que elevou a dívida pública do Brasil de 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? O artigo é de Theotonio dos Santos.
Theotonio dos Santos
Meu caro Fernando,
Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960. A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete contudo este debate teórico. Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, já no começo do seu governo, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependencia: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000).
Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.
O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartilhar com você... Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário.
No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese?
Conclusões: O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.
Segundo mito; Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.
E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. Um governo que chegou a pagar 50% ao ano de juros por seus títulos para, em seguida, depositar os investimentos vindos do exterior em moeda forte a juros nominais de 3 a 4%, não pode fugir do fato de que criou uma dívida colossal só para atrair capitais do exterior para cobrir os déficits comerciais colossais gerados por uma moeda sobrevalorizada que impedia a exportação, agravada ainda mais pelos juros absurdos que pagava para cobrir o déficit que gerava.
Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou dráticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. Vergonha, Fernando. Muita vergonha. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identificar com o seu governo...te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.
Terceiro mito - Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição ns 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia.
Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em conseqüência deste fracasso colossal de sua política macro-econômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa.
Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar... Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este país.
Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso fazê-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.
Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o vedadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.
Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a freqüentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.
Com a melhor disposição possível mas com amor à verdade, me despeço
thdossantos@terra.com.br
http://theotoniodossantos.blogspot.com/
(*) Theotonio Dos Santos é Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense, Presidente da Cátedra da UNESCO e da Universidade das Nações Unidas sobre economia global e desenvolvimentos sustentável. Professor visitante nacional sênior da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Fonte: Carta Maior
O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999. Outro mito é que seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Um governo que elevou a dívida pública do Brasil de 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? O artigo é de Theotonio dos Santos.
Theotonio dos Santos
Meu caro Fernando,
Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960. A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete contudo este debate teórico. Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, já no começo do seu governo, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependencia: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000).
Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.
O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartilhar com você... Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário.
No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese?
Conclusões: O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.
Segundo mito; Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.
E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. Um governo que chegou a pagar 50% ao ano de juros por seus títulos para, em seguida, depositar os investimentos vindos do exterior em moeda forte a juros nominais de 3 a 4%, não pode fugir do fato de que criou uma dívida colossal só para atrair capitais do exterior para cobrir os déficits comerciais colossais gerados por uma moeda sobrevalorizada que impedia a exportação, agravada ainda mais pelos juros absurdos que pagava para cobrir o déficit que gerava.
Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou dráticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. Vergonha, Fernando. Muita vergonha. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identificar com o seu governo...te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.
Terceiro mito - Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição ns 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia.
Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em conseqüência deste fracasso colossal de sua política macro-econômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa.
Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar... Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este país.
Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso fazê-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.
Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o vedadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.
Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a freqüentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.
Com a melhor disposição possível mas com amor à verdade, me despeço
thdossantos@terra.com.br
http://theotoniodossantos.blogspot.com/
(*) Theotonio Dos Santos é Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense, Presidente da Cátedra da UNESCO e da Universidade das Nações Unidas sobre economia global e desenvolvimentos sustentável. Professor visitante nacional sênior da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Fonte: Carta Maior
Home sweet home, la guerra
Por Exequiel Siddig
esiddig@miradasalsur.com
Niños bosnios de un establecimiento neuropsquiátrico, abandonados por sus enfermeras y sin comida, en pleno bombardeo serbio durante la Guerra en la ex Yugoslavia. (SEBASTIAN RICH) || Camino de Jordania a Irak en camioneta, el tatuaje del Sagrado Corán lo salvó de ser fusilado por un islamista. (LORENA GUILLÉN VASCHETTI) || Un soldado regresa en un féretro desde Afganistán. || Un prisionero iraquí deshidratado y el marine piadoso. | Una abuela afgana yace al lado del ejército invasor.
Pornografía bajo fuego
La guerra siempre ha sido obscena y perversa, pero el auge de las cámaras digitales combinadas con internet, han dado lugar a un nuevo tipo de pornografía: la pornografía bélica. En la web se compran y se venden videos de violaciones y crímenes cometidos por soldados estadounidenses en Irak y Afganistán, realzados con música rock y heavy metal. Mientras más explícitas y sangrientas son las secuencias, mayor es el rating atribuido por los voyeuristas espectadores de estos sitios en internet.
Siete años y miles de muertos
“Esta noche anuncio que la misión de combate estadounidense en Irak ha terminado. La operación Libertad Iraquí ha acabado y el pueblo de Irak tiene ahora la responsabilidad principal de mantener la seguridad de su país.” Son las palabras que pronunció el martes pasado Barack Obama en su discurso a la nación, con las que daba por cumplida su promesa de retirar las tropas estadounidenses de Irak para agosto de 2010, hecha un año atrás.
La victoria es una quimera
En 1969, cuando la guerra de Vietnam se hallaba en su etapa más cruenta, los colaboradores del secretario de Defensa Melvin Laird introdujeron en una de las supercomputadoras del Pentágono todos los datos relativos al conflicto y preguntaron: “¿Cuándo vamos a ganar?”. Luego de procesar el cúmulo de información, la computadora emitió una respuesta tajante: “Ganaron en 1964”. Barack Obama corre el riesgo de sufrir la misma suerte con las guerras de Irak y Afganistán por no comprender que el estilo occidental de guerra llegó al fin de su camino.
Las guerras son las grandes ausentes en las elecciones
Si un turista extranjero totalmente desinformado del papel que ejerce Estados Unidos en el mundo visitara estos días preelectorales ese país, difícilmente se enterará que está involucrado de lleno en las dos guerras más cruentas que sufre el planeta actualmente.
Murió la enfermera cuyo beso no consiguió frenar las guerras
El verano se retiraba de la Nueva York de mediados de agosto de 1945 y con él se iba la Segunda Guerra Mundial. Al terminar el horario matutino del servicio del Doctor Hospital, Edith Shain y una compañera cambiaron repentinamente su habitual vuelta a casa por un paseo por las calles del centro de Manhattan.
Confesiones de un espía que sabía demasiado
En octubre de 2001, cuando aún no se había cumplido un mes de los atentados contra las Torres Gemelas de Nueva York, el autor de esta nota pasó varias horas en la casa de uno de los personajes más mencionados en los documentos filtrados esta semana por Wikileaks: se trata del general paquistaní Hamid Gul, jefe de los servicios de inteligencia de ese país (Inter Servicios de Inteligencia, ISI) entre 1987 y 1989, a quien se acusa de haber participado en reuniones de talibanes en las que se discutieron planes para atacar a tropas de la Otan.
Entrevista a Sebastian Rich. Es fotógrafo de guerra, inglés. Comenzó en El Salvador, asediado por los contras. En 1979, vivió escondido con los muyahhidin de Afganistán, durante la invasión soviética. Entre guerra y guerra, vive en un ranchito de Mendoza. Retrato de un artista que ve morir gente.
Un rayo nunca cae dos veces en el mismo árbol”, se dijo con una confianza temeraria en el refrán, ahora convertido en su pequeño manual de guerra. Un segundo antes, dos cazas soviéticos habían regado el aire con bombas. Sebastian Rich, cámara al hombro, se encaminaba locamente hacia el blanco en una Toyota de la Cruz Roja Internacional. Era abril del ’92 y, en franca retirada, los aviones del Ejército Rojo bombardeaban Kabul a mansalva. El estruendo de las explosiones no logró amedrentarlo.
“Aceleramos hacia adentro de la humareda -cuenta el periodista en Where Fools Rush In, su autobiografía-. La anticipación, la adrenalina y la certeza de que allí no había ningún otro periodista o fotógrafo, en la quintaesencia del terror humano, me resultaba sospechosamente sexual. Los primeros gritos, horripilantes gritos de los moribundos y los mutilados penetraban el humo… La fetidez del caucho y la carne humana asada, mezclada con chamuscadas hortalizas, me hacían sentir exultante.”
Sebastian Rich, 59 años, reputado fotógrafo y cameraman inglés desde hace tres décadas, tiene una sensibilidad de amianto, un ojo feroz, un olfato que respira aires de libertad sólo cuando soplan los vientos de la guerra. “No me gusta lo que soy. Pero, sabes -dice en un sushi bar del coqueto Puerto Madero de Buenos Aires, antes de partir hacia Afganistán- …Tengo ese extraño talento: cuando escucho un ruido de bala sé de qué tipo es, de dónde viene y dónde va a pegar.” Parto al fuego. Si hubiera seguido las veleidades de su gen aristocrático, Rich quizás también se hubiese convertido en un artista, pero de caballete. Bisnieto del gobernador general de Birmania, con una madre chelista y concertista de piano, el día en que cumplió nueve años little Sebastian pidió una bicicleta; su padre en cambio tenía planes de otro regalo. “Me llevó a la National Portrait Gallery de Londres a ver una exhibición de Vermeer (el pintor holandés del siglo XVII) y me dijo: ‘Así es como la luz cae sobre el rostro de las personas’.”
El Swinging London de los años ’60 sedujo a Rich Junior para cortar amarras con la sangre azul e inyectarse de anhelo por aventuras locas. “Tenía 16. Unos amigos querían que hiciera de chofer cuando robaran la Oficina de Correo, pero justo el día anterior me llamaron de la Oficina de Empleo y me ofrecieron uno como ayudante de revelado. Ahí decidí qué quería hacer el resto de mi vida. Si no, probablemente hubiera ido en cana.”
El pichón de fotógrafo inició sus trabajos intrépidos en 1982, el día en que a un productor de la Independent Television News de Londres, donde trabajaba, decidió que el chico se iba para El Salvador. Tenía 21 años. En Centroamérica, campeaba la contraofensiva reaganiana a la Revolución Sandinista nicaragüense del año ’79.
A los pocos días, Sebastian ya estaba en el medio de un tiroteo en Suchitoto, a 47 kilómetros de San Salvador. El fuego arreciaba. Junto a su productor, se metió en una casa. Un guerrillero del Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional, el Fmln, colgaba de la ventana muerto de un disparo en la cabeza. Los contras engordaron el fuego sobre el improvisado refugio; su compañero entró en pánico, comenzó a gritar. Rich vió en una esquina, de súbito, a una mujer que intentaba parir. “Todo en mí tendió a ralentarse. Así que dejé mi cámara, ayudé a la madre a dar a luz, le puse al niño en su pecho, corté el cordón umbilical, recobré la cámara y comencé a sacar fotos. Fue instintivo. Desde entonces, para mí la guerra es como el piano para el pianista. No creo que sea algo para estar orgulloso: es ridículamente estúpido, peligroso y surrealista.” Freedom. En su larga carrera, Rich vió más muertos que muchos soldados. “No sé cómo sigo vivo. Murieron 15 amigos míos en todos estos años. A veces, siento la culpa del sobreviviente.” Rich tiene, como la mayoría de sus colegas, el síndrome de abstinencia por la adrenalina bélica. Se pasó tres años camuflado entre los muyahiddin en el Valle del Punjab afgano, cuando el bloque soviético se derrumbaba; la mitad de su rostro fue arrancado de cuajo por la puntería de un francotirador serbio en Bosnia, durante la guerra de la ex Yugoeslavia; viajó como reportero de NBC News junto al America’s Battalion -lo más granado del cuerpo de marines- durante la invasión de Estados Unidos al Irak dictatorial de Saddam Hussein.
Sus trabajos sobre la infancia durante las guerras de Etiopía y de Sudán le valieron el Royal Television Society’s Cameraman of the Year. “Los niños son el último reducto de humanidad que me queda. Ellos simplemente no entienden la guerra. Un día juegan en su jardín, y al otro están en un campo de refugiados.” En su página web (sebastianrich.com), hay rastros del cruel desgarro del universo infantil. Rich trabaja como free lancer para Unicef y Save the Children, entre otras instituciones globales.
Hoy, Sebastian Rich vive recluido en un rancho mendocino con dos caballos y un antiguo Jeep, esperando la próxima misión. Durante enero y febrero pasados, recogió historias cotidianas en Afganistán para la cadena NBC a U$S 500 por día. Según un informe del Instituto Internacional para la Paz de 2009, Irak es el país más peligroso para la prensa internacional; de los 735 periodistas que murieron el año pasado 170 perdieron la vida en el país árabe. “Ser periodista en esos lugares –subraya Rich- es más complicado que ser soldado, porque todos los días tienes que ir por la historia. Si eres soldado, la mayor parte del tiempo sales a patrullar, recibes órdenes, es un trabajo simple. Hace tres décadas que hago este trabajo. ¿Y por qué? Porque me siento cómodo donde no hay ley. Cuando subo a un avión con una cámara, mi personalidad se transforma. Para mí la guerra es libertad.” Agujeros de bala. Aunque cada tanto padece de fibrilación arterial y no es broma, el cuerpo de Sebastian está preparado para no colapsar. Es alto, tiene la fibra de un atleta. Y habla como ganando tiempo, a la velocidad de una liebre. Sus historias son tan magnéticas como las de alguien que ha regresado de la muerte varias veces. Es un atípico connaisseur de fronteras y trincheras. En la conversación, parece haber descocido de su lengua cualquier atisbo de displicencia británica: convivió con los hombres que habitan los confines de la nación árabe, largo tiempo. “Era muy gracioso ver cómo al principio los muyahiddin en Afganistán no entendían cómo se usaban los misiles que les daba Estados Unidos; la tecnología más pesada que habían visto en toda su vida era el culo de una cabra.”
Amante de los bancos de arena sin playa, su héroe es Lawrence de Arabia. “Tenemos algunos rasgos comunes. Primero, un gran amor por el desierto y su gente. Segundo, un ego del tamaño de una casa y, tercero, un gusto por vestidos extravagantes.” Rich eligió tatuarse esos vestidos desde muy chico. En sus viajes meridianos se impregnó de varios tatoos que esconde con cierto pudor, aunque habla de ellos como trofeos. “Hay gente que sale a hacer jogging; yo voy a hacerme tatuajes.”
En la espalda, tiene peces japoneses hechos en Ciudad del Cabo. Tiene otro dibujado en Nueva Zelanda a la vieja tradición, con el solo uso de una caña de bambú. También una flor de Israel, un pez del Líbano y un Corán en el pecho que se lo hizo en un gesto de rebeldía contra el antiislamismo occidental luego del 11-S. “Una vez me salvó la vida. En el trayecto de Amman, en Jordania, a Bagdad un combatiente me sacó a empujones de la camioneta apuntándome, con tanta buena suerte que rompió mi camisa. Cuando vió el tatuaje en mi cuerpo se quedó petrificado. ¿Un rubio con el Sagrado Corán?”
El cuerpo de Rich también está surcado por cuatro heridas de muerte -una muerte, claro, siempre esquiva-. En general, para las fotos da el perfil izquierdo, como Julio Iglesias, porque el derecho se lo reconstruyeron luego del episodio del francotirador serbio. “La ciudad estaba cercada. A la noche, las mujeres salían vestidas de negro a buscar agua, en la única canilla que había en la calle. Salí para hacer unas tomas y una bala me voló la cara. Sobreviví de milagro.”
Diez años antes, en 1983, apenas se bajó de una patrulla del Ejército Libanés en la Montañas del Shouf, fue emboscado por milicias drusas. Desde tres ángulos diferentes les tiraron con RPGs, granadas propulsadas por cohete. “La única razón por la que sobreviví fue porque las cabezas de dos soldados que estaban adelante mío reventaron; el metal entró primero a través de ellos, los traspasó, y a mí sólo me alcanzó en el estómago, con menos fuerza.”
–¿Y cuál fue la experiencia más aterradora?
–Tres meses antes de eso, cuando fui raptado en Beirut. Uno de los 69 grupos armados del Líbano de entonces me paseó por toda la ciudad con los ojos vendados, simulando cada tanto ejecutarme de un disparo en edificios destruidos. Me acusaban de ser un espía israelí. Terminaron cobrando un rescate de U$S 50 mil que pagó la cadena de televisión donde trabajaba, no mucho. Cuando me pusieron la pistola en la sien y comenzaron a hacer clic… clic… clic, me cagué y me pillé encima. Empecé a vomitar y a llorar y a gritar para que viniera mi mamá. Almighty. De esa ocasión, Rich no guarda ninguna fotografía. Cuando termina un trabajo, el inglés, un romántico de la línea de fuego, no puede volver de inmediato a su casa. “Sería un shock cultural insoportable. El problema psicológico de la guerra es la expectativa de que algo suceda. Nunca es constante, se pasan horas, días y hasta semanas en que no pasa nada. Y luego tienes tal vez 30 segundos o cinco minutos de terror absoluto. Cuando sales de allí estás exhausto, colapsado.”
Esa libertad de la que habla Rich no es un país para hombres viejos. Y él parece haber descubierto el secreto de la juventud eterna allí, cuando va cámara en mano, por enésima vez, bajo el rugido sangriento de una bomba a punto de golpear el suelo. Cuando huele la carne chamuscada. Cuando escucha silbar una bala cerca de su cabeza. En un agujero sórdido. En la loca sanidad que encuentra al filo de la muerte. Entre los muertos. Bajo el chaleco antibalas de sus lentes fotográficas. Por los niños. Rich. Almighty. Todopoderoso. • PAZ Y GUERRA
La aparente locura de la guerra y el ridículo simulacro de la paz están divididos por un fino papel de arroz en la mente. En los hombres la guerra separa el trigo de la paja, causando una elevada sensación de invulnerabilidad, inmortalidad, conciencia, excitación y melancolía que no conoce límites de oportunidad ni de cuidados./
Quiero vivir, amar y morir debajo del chaleco antibalas de mis lentes fotográficas, en un antro de mi propia elección y no en la mediocridad sin sentido y la rutina de los sanos./
Nunca nadie me ha engañado en medio del ruido de un fusil.
Sebastian Rich
(Kabul, Afganistán, enero de 2010) • EL FOTÓGRAFO MUY PERSONAL DE LADY DI
Entre 1985 y 1986, Sebastian Rich fue el fotógrafo oficial de la monarquía británica. Lo contrataron para filmar un documental llamado In public, in private. “No querían un paparazzi, necesitaban un ojo a presión. Así que me volví de una maldita guerra en África y me pusieron el micrófono en la ropa para entrar a Kensigton Palace.”
El fotógrafo dio vuelta al mundo varias veces en los jets de la realeza, sin nunca sacar su pasaporte. Acompañó a la familia real, por ejemplo, cuando hicieron una famosa visita a Ronald Reagan en la Casa Blanca, durante el invierno del ’85. En 2006, el periódico inglés The Sun publicó que Rich afirmaba haber tenido una relación sexual de dos minutos y medio con la Princesa Diana, y que pedía £ 1 millón por su autobiografía. “Ni mi mujer se lo creyó. Me dijo: ‘eres un idiota, pero ningún hombre en la faz de la Tierra estaría dispuesto a admitir que duró eso en la cama’. El lado bueno es que me permitió hablar con mi hija mayor y explicarle: ‘¿Podrías imaginarte que la mujer más famosa del mundo quiera acostarse contigo? No puedes negarte, es imposible.’. Lo comprendió.”
esiddig@miradasalsur.com
Niños bosnios de un establecimiento neuropsquiátrico, abandonados por sus enfermeras y sin comida, en pleno bombardeo serbio durante la Guerra en la ex Yugoslavia. (SEBASTIAN RICH) || Camino de Jordania a Irak en camioneta, el tatuaje del Sagrado Corán lo salvó de ser fusilado por un islamista. (LORENA GUILLÉN VASCHETTI) || Un soldado regresa en un féretro desde Afganistán. || Un prisionero iraquí deshidratado y el marine piadoso. | Una abuela afgana yace al lado del ejército invasor.
Pornografía bajo fuego
La guerra siempre ha sido obscena y perversa, pero el auge de las cámaras digitales combinadas con internet, han dado lugar a un nuevo tipo de pornografía: la pornografía bélica. En la web se compran y se venden videos de violaciones y crímenes cometidos por soldados estadounidenses en Irak y Afganistán, realzados con música rock y heavy metal. Mientras más explícitas y sangrientas son las secuencias, mayor es el rating atribuido por los voyeuristas espectadores de estos sitios en internet.
Siete años y miles de muertos
“Esta noche anuncio que la misión de combate estadounidense en Irak ha terminado. La operación Libertad Iraquí ha acabado y el pueblo de Irak tiene ahora la responsabilidad principal de mantener la seguridad de su país.” Son las palabras que pronunció el martes pasado Barack Obama en su discurso a la nación, con las que daba por cumplida su promesa de retirar las tropas estadounidenses de Irak para agosto de 2010, hecha un año atrás.
La victoria es una quimera
En 1969, cuando la guerra de Vietnam se hallaba en su etapa más cruenta, los colaboradores del secretario de Defensa Melvin Laird introdujeron en una de las supercomputadoras del Pentágono todos los datos relativos al conflicto y preguntaron: “¿Cuándo vamos a ganar?”. Luego de procesar el cúmulo de información, la computadora emitió una respuesta tajante: “Ganaron en 1964”. Barack Obama corre el riesgo de sufrir la misma suerte con las guerras de Irak y Afganistán por no comprender que el estilo occidental de guerra llegó al fin de su camino.
Las guerras son las grandes ausentes en las elecciones
Si un turista extranjero totalmente desinformado del papel que ejerce Estados Unidos en el mundo visitara estos días preelectorales ese país, difícilmente se enterará que está involucrado de lleno en las dos guerras más cruentas que sufre el planeta actualmente.
Murió la enfermera cuyo beso no consiguió frenar las guerras
El verano se retiraba de la Nueva York de mediados de agosto de 1945 y con él se iba la Segunda Guerra Mundial. Al terminar el horario matutino del servicio del Doctor Hospital, Edith Shain y una compañera cambiaron repentinamente su habitual vuelta a casa por un paseo por las calles del centro de Manhattan.
Confesiones de un espía que sabía demasiado
En octubre de 2001, cuando aún no se había cumplido un mes de los atentados contra las Torres Gemelas de Nueva York, el autor de esta nota pasó varias horas en la casa de uno de los personajes más mencionados en los documentos filtrados esta semana por Wikileaks: se trata del general paquistaní Hamid Gul, jefe de los servicios de inteligencia de ese país (Inter Servicios de Inteligencia, ISI) entre 1987 y 1989, a quien se acusa de haber participado en reuniones de talibanes en las que se discutieron planes para atacar a tropas de la Otan.
Entrevista a Sebastian Rich. Es fotógrafo de guerra, inglés. Comenzó en El Salvador, asediado por los contras. En 1979, vivió escondido con los muyahhidin de Afganistán, durante la invasión soviética. Entre guerra y guerra, vive en un ranchito de Mendoza. Retrato de un artista que ve morir gente.
Un rayo nunca cae dos veces en el mismo árbol”, se dijo con una confianza temeraria en el refrán, ahora convertido en su pequeño manual de guerra. Un segundo antes, dos cazas soviéticos habían regado el aire con bombas. Sebastian Rich, cámara al hombro, se encaminaba locamente hacia el blanco en una Toyota de la Cruz Roja Internacional. Era abril del ’92 y, en franca retirada, los aviones del Ejército Rojo bombardeaban Kabul a mansalva. El estruendo de las explosiones no logró amedrentarlo.
“Aceleramos hacia adentro de la humareda -cuenta el periodista en Where Fools Rush In, su autobiografía-. La anticipación, la adrenalina y la certeza de que allí no había ningún otro periodista o fotógrafo, en la quintaesencia del terror humano, me resultaba sospechosamente sexual. Los primeros gritos, horripilantes gritos de los moribundos y los mutilados penetraban el humo… La fetidez del caucho y la carne humana asada, mezclada con chamuscadas hortalizas, me hacían sentir exultante.”
Sebastian Rich, 59 años, reputado fotógrafo y cameraman inglés desde hace tres décadas, tiene una sensibilidad de amianto, un ojo feroz, un olfato que respira aires de libertad sólo cuando soplan los vientos de la guerra. “No me gusta lo que soy. Pero, sabes -dice en un sushi bar del coqueto Puerto Madero de Buenos Aires, antes de partir hacia Afganistán- …Tengo ese extraño talento: cuando escucho un ruido de bala sé de qué tipo es, de dónde viene y dónde va a pegar.” Parto al fuego. Si hubiera seguido las veleidades de su gen aristocrático, Rich quizás también se hubiese convertido en un artista, pero de caballete. Bisnieto del gobernador general de Birmania, con una madre chelista y concertista de piano, el día en que cumplió nueve años little Sebastian pidió una bicicleta; su padre en cambio tenía planes de otro regalo. “Me llevó a la National Portrait Gallery de Londres a ver una exhibición de Vermeer (el pintor holandés del siglo XVII) y me dijo: ‘Así es como la luz cae sobre el rostro de las personas’.”
El Swinging London de los años ’60 sedujo a Rich Junior para cortar amarras con la sangre azul e inyectarse de anhelo por aventuras locas. “Tenía 16. Unos amigos querían que hiciera de chofer cuando robaran la Oficina de Correo, pero justo el día anterior me llamaron de la Oficina de Empleo y me ofrecieron uno como ayudante de revelado. Ahí decidí qué quería hacer el resto de mi vida. Si no, probablemente hubiera ido en cana.”
El pichón de fotógrafo inició sus trabajos intrépidos en 1982, el día en que a un productor de la Independent Television News de Londres, donde trabajaba, decidió que el chico se iba para El Salvador. Tenía 21 años. En Centroamérica, campeaba la contraofensiva reaganiana a la Revolución Sandinista nicaragüense del año ’79.
A los pocos días, Sebastian ya estaba en el medio de un tiroteo en Suchitoto, a 47 kilómetros de San Salvador. El fuego arreciaba. Junto a su productor, se metió en una casa. Un guerrillero del Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional, el Fmln, colgaba de la ventana muerto de un disparo en la cabeza. Los contras engordaron el fuego sobre el improvisado refugio; su compañero entró en pánico, comenzó a gritar. Rich vió en una esquina, de súbito, a una mujer que intentaba parir. “Todo en mí tendió a ralentarse. Así que dejé mi cámara, ayudé a la madre a dar a luz, le puse al niño en su pecho, corté el cordón umbilical, recobré la cámara y comencé a sacar fotos. Fue instintivo. Desde entonces, para mí la guerra es como el piano para el pianista. No creo que sea algo para estar orgulloso: es ridículamente estúpido, peligroso y surrealista.” Freedom. En su larga carrera, Rich vió más muertos que muchos soldados. “No sé cómo sigo vivo. Murieron 15 amigos míos en todos estos años. A veces, siento la culpa del sobreviviente.” Rich tiene, como la mayoría de sus colegas, el síndrome de abstinencia por la adrenalina bélica. Se pasó tres años camuflado entre los muyahiddin en el Valle del Punjab afgano, cuando el bloque soviético se derrumbaba; la mitad de su rostro fue arrancado de cuajo por la puntería de un francotirador serbio en Bosnia, durante la guerra de la ex Yugoeslavia; viajó como reportero de NBC News junto al America’s Battalion -lo más granado del cuerpo de marines- durante la invasión de Estados Unidos al Irak dictatorial de Saddam Hussein.
Sus trabajos sobre la infancia durante las guerras de Etiopía y de Sudán le valieron el Royal Television Society’s Cameraman of the Year. “Los niños son el último reducto de humanidad que me queda. Ellos simplemente no entienden la guerra. Un día juegan en su jardín, y al otro están en un campo de refugiados.” En su página web (sebastianrich.com), hay rastros del cruel desgarro del universo infantil. Rich trabaja como free lancer para Unicef y Save the Children, entre otras instituciones globales.
Hoy, Sebastian Rich vive recluido en un rancho mendocino con dos caballos y un antiguo Jeep, esperando la próxima misión. Durante enero y febrero pasados, recogió historias cotidianas en Afganistán para la cadena NBC a U$S 500 por día. Según un informe del Instituto Internacional para la Paz de 2009, Irak es el país más peligroso para la prensa internacional; de los 735 periodistas que murieron el año pasado 170 perdieron la vida en el país árabe. “Ser periodista en esos lugares –subraya Rich- es más complicado que ser soldado, porque todos los días tienes que ir por la historia. Si eres soldado, la mayor parte del tiempo sales a patrullar, recibes órdenes, es un trabajo simple. Hace tres décadas que hago este trabajo. ¿Y por qué? Porque me siento cómodo donde no hay ley. Cuando subo a un avión con una cámara, mi personalidad se transforma. Para mí la guerra es libertad.” Agujeros de bala. Aunque cada tanto padece de fibrilación arterial y no es broma, el cuerpo de Sebastian está preparado para no colapsar. Es alto, tiene la fibra de un atleta. Y habla como ganando tiempo, a la velocidad de una liebre. Sus historias son tan magnéticas como las de alguien que ha regresado de la muerte varias veces. Es un atípico connaisseur de fronteras y trincheras. En la conversación, parece haber descocido de su lengua cualquier atisbo de displicencia británica: convivió con los hombres que habitan los confines de la nación árabe, largo tiempo. “Era muy gracioso ver cómo al principio los muyahiddin en Afganistán no entendían cómo se usaban los misiles que les daba Estados Unidos; la tecnología más pesada que habían visto en toda su vida era el culo de una cabra.”
Amante de los bancos de arena sin playa, su héroe es Lawrence de Arabia. “Tenemos algunos rasgos comunes. Primero, un gran amor por el desierto y su gente. Segundo, un ego del tamaño de una casa y, tercero, un gusto por vestidos extravagantes.” Rich eligió tatuarse esos vestidos desde muy chico. En sus viajes meridianos se impregnó de varios tatoos que esconde con cierto pudor, aunque habla de ellos como trofeos. “Hay gente que sale a hacer jogging; yo voy a hacerme tatuajes.”
En la espalda, tiene peces japoneses hechos en Ciudad del Cabo. Tiene otro dibujado en Nueva Zelanda a la vieja tradición, con el solo uso de una caña de bambú. También una flor de Israel, un pez del Líbano y un Corán en el pecho que se lo hizo en un gesto de rebeldía contra el antiislamismo occidental luego del 11-S. “Una vez me salvó la vida. En el trayecto de Amman, en Jordania, a Bagdad un combatiente me sacó a empujones de la camioneta apuntándome, con tanta buena suerte que rompió mi camisa. Cuando vió el tatuaje en mi cuerpo se quedó petrificado. ¿Un rubio con el Sagrado Corán?”
El cuerpo de Rich también está surcado por cuatro heridas de muerte -una muerte, claro, siempre esquiva-. En general, para las fotos da el perfil izquierdo, como Julio Iglesias, porque el derecho se lo reconstruyeron luego del episodio del francotirador serbio. “La ciudad estaba cercada. A la noche, las mujeres salían vestidas de negro a buscar agua, en la única canilla que había en la calle. Salí para hacer unas tomas y una bala me voló la cara. Sobreviví de milagro.”
Diez años antes, en 1983, apenas se bajó de una patrulla del Ejército Libanés en la Montañas del Shouf, fue emboscado por milicias drusas. Desde tres ángulos diferentes les tiraron con RPGs, granadas propulsadas por cohete. “La única razón por la que sobreviví fue porque las cabezas de dos soldados que estaban adelante mío reventaron; el metal entró primero a través de ellos, los traspasó, y a mí sólo me alcanzó en el estómago, con menos fuerza.”
–¿Y cuál fue la experiencia más aterradora?
–Tres meses antes de eso, cuando fui raptado en Beirut. Uno de los 69 grupos armados del Líbano de entonces me paseó por toda la ciudad con los ojos vendados, simulando cada tanto ejecutarme de un disparo en edificios destruidos. Me acusaban de ser un espía israelí. Terminaron cobrando un rescate de U$S 50 mil que pagó la cadena de televisión donde trabajaba, no mucho. Cuando me pusieron la pistola en la sien y comenzaron a hacer clic… clic… clic, me cagué y me pillé encima. Empecé a vomitar y a llorar y a gritar para que viniera mi mamá. Almighty. De esa ocasión, Rich no guarda ninguna fotografía. Cuando termina un trabajo, el inglés, un romántico de la línea de fuego, no puede volver de inmediato a su casa. “Sería un shock cultural insoportable. El problema psicológico de la guerra es la expectativa de que algo suceda. Nunca es constante, se pasan horas, días y hasta semanas en que no pasa nada. Y luego tienes tal vez 30 segundos o cinco minutos de terror absoluto. Cuando sales de allí estás exhausto, colapsado.”
Esa libertad de la que habla Rich no es un país para hombres viejos. Y él parece haber descubierto el secreto de la juventud eterna allí, cuando va cámara en mano, por enésima vez, bajo el rugido sangriento de una bomba a punto de golpear el suelo. Cuando huele la carne chamuscada. Cuando escucha silbar una bala cerca de su cabeza. En un agujero sórdido. En la loca sanidad que encuentra al filo de la muerte. Entre los muertos. Bajo el chaleco antibalas de sus lentes fotográficas. Por los niños. Rich. Almighty. Todopoderoso. • PAZ Y GUERRA
La aparente locura de la guerra y el ridículo simulacro de la paz están divididos por un fino papel de arroz en la mente. En los hombres la guerra separa el trigo de la paja, causando una elevada sensación de invulnerabilidad, inmortalidad, conciencia, excitación y melancolía que no conoce límites de oportunidad ni de cuidados./
Quiero vivir, amar y morir debajo del chaleco antibalas de mis lentes fotográficas, en un antro de mi propia elección y no en la mediocridad sin sentido y la rutina de los sanos./
Nunca nadie me ha engañado en medio del ruido de un fusil.
Sebastian Rich
(Kabul, Afganistán, enero de 2010) • EL FOTÓGRAFO MUY PERSONAL DE LADY DI
Entre 1985 y 1986, Sebastian Rich fue el fotógrafo oficial de la monarquía británica. Lo contrataron para filmar un documental llamado In public, in private. “No querían un paparazzi, necesitaban un ojo a presión. Así que me volví de una maldita guerra en África y me pusieron el micrófono en la ropa para entrar a Kensigton Palace.”
El fotógrafo dio vuelta al mundo varias veces en los jets de la realeza, sin nunca sacar su pasaporte. Acompañó a la familia real, por ejemplo, cuando hicieron una famosa visita a Ronald Reagan en la Casa Blanca, durante el invierno del ’85. En 2006, el periódico inglés The Sun publicó que Rich afirmaba haber tenido una relación sexual de dos minutos y medio con la Princesa Diana, y que pedía £ 1 millón por su autobiografía. “Ni mi mujer se lo creyó. Me dijo: ‘eres un idiota, pero ningún hombre en la faz de la Tierra estaría dispuesto a admitir que duró eso en la cama’. El lado bueno es que me permitió hablar con mi hija mayor y explicarle: ‘¿Podrías imaginarte que la mujer más famosa del mundo quiera acostarse contigo? No puedes negarte, es imposible.’. Lo comprendió.”
A escola - A velharia e o desdém do Governo Estadual e Municipal
A tarefa de educar parece-me esquecida, no seu sentido novo, entre o governo e nós cidadãos.
A escola vem produzindo um sujeito, que além de não ter suporte para uma boa leitura e , portanto, de cultura, ,o pensamento é esquálido , naturalmente
Há um modismo das tecnologias- da Web, em que se dedica a ela lutas e lutas em prol de uma cidadania digital?
Mas o que é isso?
Cidadania, pra começo de conversa é outra coisa, e isto se implica em um modo multifatorial, em que se confrontam , entre outras coisas, o direito a trabalho, alimentação, saúde, segurança, ler escrever, de participar politicamente.Se não temos isto, será que a tal Web fará esta cidadania, como?
Ela, a Web, é assessoria, mas não é fundamental, passará a ser quando nós cidadãos estirparmos a miséria, a fome,da comida e da cultura, do conhecimento, aí sim, ela será veículo.
A Web é instrumento do neoliberalismo, mas nem por isso podemos deixar de torcer seu nariz para o que de bom pode ela nos dar, no seu contraditório.A Web é disciplina, controle do sujeito, é publicidade e marketing, sobretudo.
A escola além de não prezar pelo letramento, é uma escola morta, sem cor, sem atualidade, sem projetos culturais, sem biblioteca de qualidade, sem contemporaneidade de músicas, discotecas, de ensino de artes plásticas, de galerias- pequenas,sem exposições que chamem à população a ver, participar,sem o ensino da dança, sem um forum de personalidades , de diversos setores da sociedade, que confabulem com a mesma.
Não há musica na escola, não há videos, cinema feiras de trocas de livros, de dvds, de games, nada, nada!!!!!!!!!!!!!
Estamos em tempos do audiovisual e a escola está muda e surda!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O professor , no geral, é uma figura do século passado, encostado a ditames metodológicos e culturais parados no tempo, claro, grande parte, senão a maioria, resultado de um salário de fome,em que não se pode consumir os bens da indústria cultura, e, mais, sem uma supervisão dinâmica, multidisciplinar.
O capitalismo do concurso vestibular,e o ensino técnico, estrangulou a cultura, reduzindo os conhecimentos aos bordões que se toca, nas provas das universidades públicas, sim , porque nas particulares, salvo, alguns raros cursos, quase todos entram e o que se vê é a miséria da língua nossa, o pensamento utilitário capitalista, capitaneado pelo apenas -QUERO , APENAS SABER FAZER.
Se a produção editorial , em sua atualidade- da diversidade de gêneros-desde os HQs, a livros de arte, romance, contos , dvds,ainda não chegou a escola, a Tv a cabo, muito menos, o cinema idem, como se falar da internet?
Necessário, claro que ela é , mas é preciso sabermos conciliar o macro sistema capitalista educacional, ao mínimo que uma educação necessita, e alavancarmos a educação por outros instrumentais, como a rede mundial de computadores, ou concomitantemente,mas precisarmos rever esta escola de velhas de cabeças- feitas, em grande parte por um cristianismo barato, tosco, que imperra o verbo antigo, num conhecimento que não propicia quiçá a releitura dos velhos livros , como a bíblia.
Os professores pregam um evangelho do além, mas se esquecem que dentro do seu próprio cristianismo pode está sendo preparando as fogueiras , do seu inferno cristão, para consumir seu corpo e pensamento, face a não humanidade que não tem fluxo em sua educação proposta ao jovens.
Que sol tem estas escolas, para jovens que a procuram para ali se dourarem de conhecimento, alegria, vitalidade e formação?
A escola vem produzindo um sujeito, que além de não ter suporte para uma boa leitura e , portanto, de cultura, ,o pensamento é esquálido , naturalmente
Há um modismo das tecnologias- da Web, em que se dedica a ela lutas e lutas em prol de uma cidadania digital?
Mas o que é isso?
Cidadania, pra começo de conversa é outra coisa, e isto se implica em um modo multifatorial, em que se confrontam , entre outras coisas, o direito a trabalho, alimentação, saúde, segurança, ler escrever, de participar politicamente.Se não temos isto, será que a tal Web fará esta cidadania, como?
Ela, a Web, é assessoria, mas não é fundamental, passará a ser quando nós cidadãos estirparmos a miséria, a fome,da comida e da cultura, do conhecimento, aí sim, ela será veículo.
A Web é instrumento do neoliberalismo, mas nem por isso podemos deixar de torcer seu nariz para o que de bom pode ela nos dar, no seu contraditório.A Web é disciplina, controle do sujeito, é publicidade e marketing, sobretudo.
A escola além de não prezar pelo letramento, é uma escola morta, sem cor, sem atualidade, sem projetos culturais, sem biblioteca de qualidade, sem contemporaneidade de músicas, discotecas, de ensino de artes plásticas, de galerias- pequenas,sem exposições que chamem à população a ver, participar,sem o ensino da dança, sem um forum de personalidades , de diversos setores da sociedade, que confabulem com a mesma.
Não há musica na escola, não há videos, cinema feiras de trocas de livros, de dvds, de games, nada, nada!!!!!!!!!!!!!
Estamos em tempos do audiovisual e a escola está muda e surda!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O professor , no geral, é uma figura do século passado, encostado a ditames metodológicos e culturais parados no tempo, claro, grande parte, senão a maioria, resultado de um salário de fome,em que não se pode consumir os bens da indústria cultura, e, mais, sem uma supervisão dinâmica, multidisciplinar.
O capitalismo do concurso vestibular,e o ensino técnico, estrangulou a cultura, reduzindo os conhecimentos aos bordões que se toca, nas provas das universidades públicas, sim , porque nas particulares, salvo, alguns raros cursos, quase todos entram e o que se vê é a miséria da língua nossa, o pensamento utilitário capitalista, capitaneado pelo apenas -QUERO , APENAS SABER FAZER.
Se a produção editorial , em sua atualidade- da diversidade de gêneros-desde os HQs, a livros de arte, romance, contos , dvds,ainda não chegou a escola, a Tv a cabo, muito menos, o cinema idem, como se falar da internet?
Necessário, claro que ela é , mas é preciso sabermos conciliar o macro sistema capitalista educacional, ao mínimo que uma educação necessita, e alavancarmos a educação por outros instrumentais, como a rede mundial de computadores, ou concomitantemente,mas precisarmos rever esta escola de velhas de cabeças- feitas, em grande parte por um cristianismo barato, tosco, que imperra o verbo antigo, num conhecimento que não propicia quiçá a releitura dos velhos livros , como a bíblia.
Os professores pregam um evangelho do além, mas se esquecem que dentro do seu próprio cristianismo pode está sendo preparando as fogueiras , do seu inferno cristão, para consumir seu corpo e pensamento, face a não humanidade que não tem fluxo em sua educação proposta ao jovens.
Que sol tem estas escolas, para jovens que a procuram para ali se dourarem de conhecimento, alegria, vitalidade e formação?
Estúdios de cinema MGM declaram falência
Os estúdios de cinema Metro Goldwyn Mayer, cuja história em Hollywood remonta aos anos 1920, declararam oficialmente a falência, revelou a publicação "The Hollywood Reporter".
A empresa, que acumula dívidas superiores a quatro mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros), entregou na quarta-feira num tribunal em Nova Iorque um documento estratégico para a reestruturação dos estúdios, depois de saldado o processo de bancarrota.
Na semana passada, os credores da Metro Goldwyn Mayer (MGM), entre os quais a empresa de produção de cinema Lionsgate, decidiram aprovar um plano para perdoar a dívida em troca de uma posição accionista quando os estúdios forem reestruturados.
Criada em 1924, a MGM possui um catálogo de cinema norte-americano de mais de quatro mil filmes, entre os quais "O feiticeiro de Oz", "E tudo o vento levou", "Ben-Hur" e os mais recentes filmes de James Bond e "Hobbit", de Peter Jackson.
A empresa, que acumula dívidas superiores a quatro mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros), entregou na quarta-feira num tribunal em Nova Iorque um documento estratégico para a reestruturação dos estúdios, depois de saldado o processo de bancarrota.
Na semana passada, os credores da Metro Goldwyn Mayer (MGM), entre os quais a empresa de produção de cinema Lionsgate, decidiram aprovar um plano para perdoar a dívida em troca de uma posição accionista quando os estúdios forem reestruturados.
Criada em 1924, a MGM possui um catálogo de cinema norte-americano de mais de quatro mil filmes, entre os quais "O feiticeiro de Oz", "E tudo o vento levou", "Ben-Hur" e os mais recentes filmes de James Bond e "Hobbit", de Peter Jackson.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Adélia Prado lança livro inédito de poesias
Após 10 anos sem publicar um livro de poesias inédito, escritora mineira Adélia Prado lança neste mês "A Duração do Dia"
Após 10 anos sem publicar um livro de poesias inédito, a escritora mineira Adélia Prado lança neste mês "A Duração do Dia" pela editora Record. Nele, a escritora perpassa por temas, como amor carnal e divino, o ofício do poeta, os sofrimentos intrínsecos ao ser humano, entre outros.
Por meio de uma poesia sutil e sedutora, Adélia traça uma viagem pelos caminhos do coração. Lá, descreve os desejos, frustrações e sonhos que povoam os sentimentos. O leitor entra em contato com as coisas aparentemente desimportantes do cotidiano.
Adélia ainda volta a temas recorrentes em sua escrita, como a vida provinciana, a religiosidade, as cores do campo, entre outros. Dos pertinentes conflitos entre o sagrado e o profano, recorrente em sua obra, aqui são observados ou a partir da natureza ou por meio da leitura de um texto religioso.
Graças a Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), Adélia publicou "Bagagem" (1976), seu primeiro livro. O escritor Affonso Romano de Sant"Anna enviou os originais da obra para a apreciação do poeta. Drummond considerou os poemas fenomenais e indicou sua publicação. À época, Adélia tinha 40 anos.
Dois anos depois, ela ganhou o prêmio Jabuti por "O Coração Disparado". Em 2006, estreou na literatura infantil com "Quando Eu Era Pequena". Adélia é autora de "Filandras", "Terras de Santa Cruz", "Quero Minha Mãe", "O Pelicano", "Oráculos de Maio", entre outros volumes. As informações são da Folha Online.
Leia abaixo três poemas extraídos do novo livro de Adélia Prado.
TÃO BOM AQUI
Me escondo no porão
para melhor aproveitar o dia
e seu plantel de cigarras.
Entrei aqui pra rezar,
agradecer a Deus este conforto gigante.
Meu corpo velho descansa regalado,
tenho sono e posso dormir,
tendo comido e bebido sem pagar.
O dia lá fora é quente,
a água na bilha é fresca,
acredito que sugestiono elétrons.
Eu só quero saber do microcosmo,
o de tanta realidade que nem há.
Na partícula visível de poeira
em onda invisível dança a luz.
Ao cheiro de café minhas narinas vibram,
alguém vai me chamar.
Responderei amorosa,
refeita de sono bom.
Fora que alguém me ama,
eu nada sei de mim.
TENTAÇÃO EM MAIO
Maio se extingue
e com tal luz
e de tal forma se extingue
que um pecado oculto me sugere:
não olhe porque maio não é seu.
Ninguém se livra de maio.
Encantados todos viram as cabeças:
'Do que é mesmo que falávamos?'
De tua luz eterna, ó maio,
rosa que se fecha sem fanar-se.
UMA JANELA E SUA SERVENTIA
Hoje me parecem novos estes campos
e a camisa xadrez do moço,
só na aparência fortuitos.
O que existe fala por seus códigos.
As matemáticas suplantam as teologias
com enorme lucro para minha fé.
A mulher maldiz falsamente o tempo,
procura o que falar entre pessoas
que considera letradas,
ela não sabe, somos desfrutáveis.
Comamo-nos pois e a desconcertante beleza
em bons bocados de angústia.
Sofrer um pouco descansa deste excesso.
Informações da Folha.
Peut-on encore distinguer haute et basse culture ? Les hiérarchies culturelles n’ont pas disparu, elles se sont transformées et parfois creusées. Pour
-obs O franceses pensam Asim será que podemos pensar o mesmo?
Nous vivons une période de changements. Le cinéma indépendant a déserté les salles pour se réfugier dans les musées, les cinémathèques et les festivals. La littérature est sur le point de subir une mutation de ses canaux de distribution – et peut-être aussi de ses formes –, mais en sens inverse : des tables de nouveautés vers l’immatérialité de la Toile, lieu de téléchargement des fichiers qui remplissent déjà nos e-books. Sans parler de la musique : sa conversion au format MP3 n’est pas définitive – rien ne l’est –, mais il paraît incontestable que, dans le domaine du son, le numérique a écrasé tous les supports matériels. Certains estiment qu’il est encore trop tôt pour affirmer que toute la culture sans exception est devenue l’expression des masses ; d’autres, pensant au théâtre ou aux grands musées d’art, assurent qu’il est encore possible d’ériger une dernière frontière entre haute et basse culture. Reste à savoir ce que l’on entend par “haut” et “bas” en ce début de XXIe siècle. Eloy Fernández Porta (Barcelone, 1974) et José Luis Pardo (Madrid, 1954) ont tous deux écrit sur le sujet. Le premier, récent lauréat du prix Anagrama de l’essai, tente de dépasser la dichotomie en proposant le concept d’afterpop dans le livre du même nom. Le second, Prix national de l’essai en 2005, a appliqué la tradition philosophique au groupe paradigmatique de la pop, les Beatles, dans Esto no es música [Ceci n’est pas de la musique]. Les deux hommes se situent dans deux domaines du savoir différents : Eloy Fernández Porta travaille en sociologue, tandis que José Luis Pardo s’inscrit dans la tradition philosophique. Ils ne se connaissaient pas, ils ne s’étaient pas lus mutuellement, mais cela n’a pas empêché de les réunir un après-midi pour discuter d’un paysage culturel où s’imbriquent la sociologie, la pensée, la création, le marketing, la mode et les affects les plus intimes de l’être humain.
Cela a-t-il un sens, en 2010, de parler de culture de masse ?
José Luis Pardo La distinction entre haute et basse culture est propre aux sociétés industrielles modernes. Dans ces sociétés, une minorité de la population bénéficie d’un enseignement supérieur, et elle est – comme le disait Max Weber – garante de l’individuation des valeurs de liberté européennes. Le reste de la société, qui est exclu de cette formation, constitue, au sens strict, les masses. Voilà un premier problème, car, si l’on considère que la division entre haute et basse culture est une expression de la division entre classes sociales, il faut aussi dire deux choses : premièrement, si la frontière entre haute et basse culture s’estompe ou si l’écart entre les deux se réduit, c’est que la division sociale change ; en second lieu, cette distinction est très importante pour l’étude des conflits sociaux, mais pas du point de vue esthétique, artistique, intellectuel, car dire qu’un produit relève de la haute ou de la basse culture ne renseigne en rien sur sa qualité. A d’autres époques que l’ère industrielle moderne, cela n’a pas de sens de dire que Cervantes ou Euripide appartiennent à la haute culture.
Eloy Fernández Porta Je crois pour ma part que les hiérarchies, qu’elles soient culturelles, affectives ou sociales, existent non pas parce que ceux qui détiennent les pouvoirs de fait le décident unilatéralement, mais parce que les agents sociaux croient à ces hiérarchies et les utilisent de manière réactive pour se réaffirmer face aux autres et interagir. L’idée de distinction de niveaux ou de classes entre les produits culturels est produite activement par les membres de toutes les couches sociales, y compris les journalistes. De même qu’il existe une hiérarchie de la beauté, du style ou de la vie affective. Ce n’est pas la faute de Harold Bloom [grand ponte américain de la critique, dont les livres ont donné lieu à des batailles homériques dans les milieux intellectuels aux Etats-Unis], c’est notre faute à nous. Cette idée que ce serait la faute de Harold Bloom conduit, dans le discours tant journalistique que spécialisé, à l’illusion d’une fin des hiérarchies. On lit dans une critique de livre dans la presse : “Cet ouvrage efface en un sens la distinction entre haute et basse culture”, et on se dit : “Tant mieux, les choses évoluent, il y a du progrès.” Mais, évidemment, on continue à lire le même supplément culturel et on voit que tous les produits culturels, sans exception, estompent ces différences. Par ailleurs, si l’on va quelques pages en arrière dans le journal et que l’on parcourt la rubrique Economie, on n’a pas l’impression que les différences sociales dont parlait José Luis aient tendance à s’estomper ; au contraire, elles se creusent de plus en plus. Si bien qu’à une société et à une économie où les différences de classes, de pouvoir d’achat et de hiérarchie sont de plus en plus marquées paraît correspondre un discours sur l’esthétique et les arts qui postule l’anarchie. C’est cela que je conteste dans ce discours sur la disparition des hiérarchies : ce n’est pas ce qui se passe dans la réalité. C’est un délire collectif, engendré dans le cadre de l’esthétique mais aussi du journalisme, dans le débat public sur les objets culturels : on utilise comme indice de nouveauté un argument qui engendre une illusion de progrès social et d’affranchissement des hiérarchies.
J. L. P. Ce phénomène que tu évoques fait partie de la culture contemporaine, où l’on a le sentiment que les différences s’estompent. Il y a une sorte de nostalgie des hiérarchies, qui est en réalité une nostalgie de l’autorité. C’est-à-dire que nous vivons dans des sociétés qui, d’une part, encouragent la disparition des hiérarchies et de l’autre alimentent cette nostalgie conservatrice vaguement illusoire d’un retour à la hiérarchie.
E. F. P. Oui. La dynamique capitaliste produit des valeurs morales et hiérarchiques, et, dans le même mouvement, des boîtes de soupe ou du Coca-Cola. Je pense qu’il ne faut pas séparer ces deux aspects. Je crois aussi que, dans le discours sur la culture populaire, qu’il soit sociologique ou esthétique, il y a, depuis plusieurs décennies, une tendance à utiliser les produits de la pop culture américaine comme arme contre la haute culture européenne afin de résoudre des problèmes internes de l’Europe. Cela a créé l’illusion, très féconde, que la pop culture est un espace de libération et que la haute culture est une prison.
Pour ma part, je reste convaincu que les hiérarchies continuent d’exister, que chacun doit élaborer ses propres valeurs, en toute responsabilité, pour ou contre ces différences hiérarchiques. On ne résoudra pas le problème en faisant comme si une chose qui existe bel et bien n’existait pas. Il n’y a qu’à voir les références culturelles qu’on utilise quand on drague. Comme se dépeint-on ? Comme consommateur de musique, d’art, de littérature… C’est là qu’on peut vérifier la disparition ou non des hiérarchies culturelles, parce que le portrait que l’on brosse de soi confirme publiquement l’existence de ces hiérarchies. Dans la mesure où les hiérarchies existent, je préfère dire qu’elles se sont renversées, qu’elles ne dépendent plus seulement des objets ou des formats artistiques. Un produit de haute culture l’est par le discours qu’il véhicule, par la compétence qu’il exige du lecteur, par une série de valeurs. Pour moi, l’important, c’est d’expliquer comment les hiérarchies se sont transformées, voire d’en proposer d’autres. Mais ne pas accepter ce totum revolutum dans lequel il semble que nous nous soyons tous libérés de tout et qu’il n’existe pas le moindre problème.
Vous avez visiblement des positions divergentes. José Luis soutient que ce qui se passe dans les sphères de la haute et de la basse culture reflète la lutte économique et sociale, tandis qu’Eloy nie la disparition des hiérarchies.
J. L. P. Pour moi, la distinction haut/bas ne dit rien sur la qualité du produit. Pourquoi nie-t-on généralement toute valeur à la basse culture ? Eh bien, pour des raisons historiques. Quand les champs autonomes de la sphère esthétique (littéraire, intellectuel, pictural, etc.) se constituent, on a une production culturelle qui dépend d’éléments informels. Dans le cas des livres, par exemple, ce seraient les sociétés littéraires. Par société littéraire, j’entends non pas les académies, mais ces cénacles informels où un groupe de gens non seulement se lisent mutuellement, mais lisent aussi les classiques et évaluent culturellement ces produits en conservant une autonomie par rapport au marché, à la politique, aux questions religieuses et morales, etc. Le reste de la production culturelle, dans la mesure où elle ne dépend pas de ces noyaux minoritaires, se conforme au goût majoritaire : ces produits montent ou baissent en fonction du public. C’est là que se crée l’opposition entre le goût esthétique proprement dit et ce que l’on pourrait appeler le goût bourgeois, qui consomme ce type d’œuvre produite uniquement pour le divertissement et selon le goût du public. Ça, c’est le goût bourgeois, ce n’est pas le goût populaire ou prolétaire. Voilà ce qui se passe au XIXe siècle. Mais, dans les premières décennies du XXe, en raison du mouvement ouvrier et des transformations technologiques des médias audiovisuels et graphiques, c’est un phénomène complètement différent qui se manifeste. A partir de textes comme L’Œuvre d’art à l’époque de sa reproductibilité technique de Walter Benjamin, ou La Nausée de Sartre, où celui-ci fait l’éloge d’une chanson de jazz et la compare aux Préludes de Chopin, on voit apparaître quelque chose d’entièrement nouveau, qui n’est ni la jouissance de la forme, propre à la haute culture, ni le plaisir au sens bourgeois du terme. Il s’agit d’autre chose : la culture populaire du XXe siècle proprement dite. Lorsque ce phénomène est apparu, dans les années 1920-1930, tout l’appareil de la société de consommation n’était pas encore en place. Aujourd’hui, il est englouti sous le mercantilisme.
E. F. P. A propos de la culture bourgeoise… La question que tu soulèves, à mon sens, est celle-ci : pourquoi appelle-t-on cela culture alors qu’on veut dire en fait programme social-démocrate ? Quand on entend dire qu’un roman récent parle de technologie, de références à la pop culture ou qu’il mentionne un blog, la seule personne que cela intéresse, c’est le ministre de la Culture, qui doit démontrer que la production culturelle de son pays progresse dans la bonne direction. On observe ce phénomène y compris lorsqu’on commente des textes dont le contenu est très radical. En effet, la différence entre les niveaux culturels, telle que la postulent l’université et les journalistes, correspond à une hiérarchie des subjectivités et des affects. Cet aspect m’intéresse plus que les autres. Nous avons commencé par la question de la légitimité culturelle – de la bande dessinée ou des clips vidéo, par exemple –, mais la question de la légitimité des émotions me paraît plus pressante. Autrement dit, quels sont les sentiments dont on affirme qu’ils sont dignes d’intérêt ? Quel code émotionnel figure dans les œuvres respectables et lequel n’y figure pas ? Il y a des codes de la haute culture qui en réalité relèvent d’une complicité de genre. Voilà un aspect qu’à mon sens il faut dénoncer : comment la politique du haut et du bas masque une hiérarchie de la légitimité des subjectivités.
Il est donc nécessaire, visiblement, de dépasser ce modèle de haute et basse culture. Ce modèle est-il un frein à une jouissance plus universelle de la culture ou bien est-il inévitable que subsistent différents niveaux de difficulté ?
J. L. P. Je ne sais pas si c’est une question de difficulté. La difficulté dépend de l’entraînement. La haute culture demande de l’entraînement, tandis que la basse culture joue, semble-t-il, sur l’impact direct. L’invention d’une sphère des arts et des lettres, où les producteurs culturels conservent une autonomie de jugement sur les œuvres face à ce que disent le marché ou le pouvoir politique, la morale ou la religion, est une excellente chose. Mais elle a ses limites, comme tout ce qu’a produit la société moderne. La culture populaire, quand elle émerge dans les premières années du XXe siècle, véhicule une immense lamentation, qui n’a jamais été mieux exprimée que par le blues. Les héros des Etats-Unis sortis de l’esclavage ont dû s’intégrer à un processus qui comportait une souffrance rappelant celle qu’ont connue les classes laborieuses pour se constituer en tant que telles, mais qui est différente. Comment se sont constituées les classes laborieuses ? Quand tous les métiers qui existaient dans la société – maçon, cordonnier, etc. – ont été balayés par un flux de travail indifférencié, complètement déqualifié, un travail quantitatif. L’impossibilité qu’avaient ces travailleurs de créer du sens a produit une lamentation mélancolique, proche de certaines formes de délinquance et de destruction. C’était une tentative pour créer des parcelles de sens afin de s’opposer à l’atrocité du temps continu et homogène – du temps moderne en général – qu’impose le capital. Il s’agissait d’un temps absolument vide, infini, un temps réduit à l’instant, un instant après l’autre, comme c’est le cas sur une chaîne de montage, où sortir du rang signifie la mort. D’une certaine manière, la culture populaire dans la première moitié du XXe siècle représente l’idée qu’un individu peut sortir du rang et ne pas mourir aussitôt, que l’on peut faire quelques pas, comme le faisait Chaplin dans Les Temps modernes. Il est possible de survivre ou de créer un peu de sens dans cette marge étroite. C’est ainsi que je vois la culture populaire avant l’immersion dans la société de consommation. Ensuite, regardons ce qui se passe après la Seconde Guerre mondiale. C’est le moment où beaucoup de pays européens s’engagent dans le projet de l’Etat de droit social (c’est-à-dire que l’Etat se fixe comme priorité la réduction des inégalités sociales) et cela coïncide avec un autre processus tout aussi important, en vertu duquel tous les emplois qualifiés sont réduits à un seul flux de travail. Cela n’a pas dû être facile du tout de passer des emplois qualifiés à ce travail déraciné. Eh bien, il s’est produit un phénomène analogue sur le plan émotionnel. Pour mettre en marche ce dispositif qu’on appelle la société de consommation, il a fallu faire avec le désir, les émotions et les passions des gens ce qu’on avait fait auparavant avec le travail. Il a fallu déqualifier les désirs, les transformer non pas en quelque chose qu’on puisse assouvir et qui soit unique, mais en une espèce de flux décodifié, indifférencié, tous les objets n’étant que des appâts destinés à relancer perpétuellement le désir. Il y a eu une pédagogie du travail pour mettre les travailleurs au diapason et une pédagogie du désir pour faire des citoyens des consommateurs dociles. La culture populaire des années 1950-1960 représente aussi une lamentation, une résistance à ce processus pédagogique. Le problème, c’est que tout cela a été englouti par la culture de la consommation, si bien que l’on voit se reconstituer la distinction entre haut et bas parce que la culture de la consommation consiste à donner aux gens ce qui leur plaît. Et puis, dans ce que l’on appelle haute culture, on ne peut même plus dire que le goût de la forme prédomine.
E. F. P. Je dirais que la pop culture est liée à la démocratisation des subjectivités, avec un produit appelé vie intérieure, qui, jusqu’à la fin du XIXe siècle, avait été l’apanage de la classe dominante, voire de la frange la plus éclairée de cette caste. A partir de l’ère industrielle, ce produit s’étend et se démocratise grâce à la diffusion des œuvres et à l’influence grandissante des médias et des entreprises. Cela introduit l’idée que Proust n’était pas le seul à posséder un monde intérieur élaboré et digne d’intérêt, ce qui suscite des réactions ambivalentes, de joie mais aussi de suspicion.
On peut tout de même se demander si la création authentique peut trouver sa place en dehors des schémas du capitalisme.
J. L. P. Le diagnostic est évident, et j’en reviens à ce que je disais tout à l’heure, à savoir que je trouve plutôt bien qu’il y ait une sphère de producteurs culturels exigeants, qui préservent leurs produits des impératifs du marché, du politiquement correct, etc. Les œuvres ne sauraient vivre sans une certaine autonomie. Pourquoi idéalisons-nous les années 1960 ? Parce que c’est à cette époque que l’on voit naître les formes expérimentales de la culture populaire. C’est aussi le moment magique où les enfants de la classe ouvrière accèdent pour la première fois à la culture, ce qui fragilise du même coup la distinction entre haute et basse culture. Mais, ensuite, le grand appareil homogénéisateur de la société de consommation se met en branle et, même si la culture populaire continue de produire des choses extrêmement intéressantes, il faut chercher pour les trouver. Il devient alors inévitable d’avoir des mécanismes du type société littéraire, qui garantissent une certaine autonomie du produit face au marché.
E. F. P. Nous parlons de la récupération de l’avant-garde par le marché, mais cet argument est fondé sur une méconnaissance des circuits de production de l’art d’avant-garde. Pour prendre un exemple, L’Age d’or de Buñuel, chef-d’œuvre du cinéma surréaliste, a été financé par un aristocrate français [le vicomte Charles de Noailles] qui avait investi 1 million de francs pour le réaliser. Sans cela, le film n’aurait pas existé. Or il ne viendrait à l’idée de personne de dire : “Ah ! non, L’Age d’or ne vaut rien, vu que c’est Untel qui l’a financé…” Une chose est sûre, ç’a été une association très opportune entre l’aristocrate parisien et le cinéaste aragonais, qui avaient un ennemi commun : la bourgeoisie, la social-démocratie ou ce que l’on voudra. Il ne s’agit donc pas d’une pureté originelle qui serait corrompue, mais de l’imbrication de différents courants. Moi, ce qui m’intéresse, c’est le côté émancipateur, subversif même, du capitalisme, qui vend des boîtes de soupe, mais peut tout aussi bien vendre du porno gay. J’insiste sur cette question de la reconnaissance des subjectivités qui avaient été niées par la haute culture, parce que toutes ces subjectivités doivent être acceptées par le marché pour obtenir une reconnaissance.
Quels sont d’après vous les personnages “pop” et de l’“élite culturelle” les plus emblématiques aujourd’hui, en 2010 ?
E. F. P. Dans la catégorie pop, je dirais Paris Hilton. Elle suit la tradition de l’aristocrate qui tombe dans le ruisseau par un jeu de déclassement social. Elle a utilisé la télé-réalité la plus trash, la pornographie, les sex-tapes, etc., qui provenaient de l’underground et elle les a transformés. Quant à la haute culture, pour moi l’écrivain américain qui l’incarnait le mieux est Guy Davenport [grand érudit et grand passeur, il était romancier, essayiste, traducteur et peintre, 1927-2005].
J. L. P. Avec l’âge, j’ai développé une sorte d’allergie à ce genre de questions : “Quelle est la liste des dix meilleurs ?” ou “Quelle est la figure qui représente ceci ou cela ?”… Je posais la question non pas pour établir un classement, mais en lien avec un sujet qui m’intéresse, à savoir la reformulation de concepts comme l’art et la pop. C’est ce qu’a fait Eloy dans ses livres.
J. L. P. Il va devenir de plus en plus fréquent qu’un petit groupe de gens qui n’apprécient même pas Mozart ou Stravinsky les écoutent en raison du milieu socioprofessionnel auquel ils appartiennent, tandis que d’autres n’auront jamais cette possibilité. Cela semble être une tendance très marquée. Et puis il y a une chose qui est caractéristique de notre époque et dont il va falloir tenir compte, c’est que, face à de grandes différences d’une autre époque, nous sommes aujourd’hui indifférents.
E. F. P. La question des genres me paraît importante. Si, lorsqu’on parle de haute culture, on cite les noms de ces auteurs qui apparemment sont dignes d’être étudiés et présentent un intérêt dans leur rôle de commentateurs de l’actualité, on aboutit à deux choses : la première est que la haute culture se définit traditionnellement comme un milieu où existe la complicité de genre ; la seconde, c’est qu’on veut que les préoccupations de ces grands noms soient celles de tout le monde, au point de convaincre les gens de choses qui ni ne les préoccupent ni ne les intéressent.
José Luis, dans ton livre Esto no es música, tu proposes une définition de la haute et de la basse culture : la culture populaire console, tandis que la haute culture produit un trouble, au sens non pas de convulsion superficielle, mais de quelque chose de profond.
J. L. P. La formule est d’Umberto Eco [in De Superman au surhomme, LGF, coll. “Biblio Essais”, 2005]. Je crois qu’il était question du roman-feuilleton du XIXe siècle par opposition aux romans de Stendhal. Ce point de vue semble intéressant. Il y a là un élément de mépris des masses qui est inquiétant, parce qu’on a l’impression que tout ce qui console est méprisable. Je n’en suis pas convaincu, la consolation a parfois du bon. “Stendhal est révolutionnaire parce que ses thématiques sont malheureuses et que ses romans finissent mal.” Si l’on classe les œuvres dans la catégorie haute ou basse culture en fonction de ce critère, on produit une statistique faussée : nous apprenons à dire que nous aimons tous la haute culture quand on nous pose la question, alors que cela ne veut rien dire. Une œuvre qui propose des problématiques aux spectateurs, oui, c’est ce que souhaitent tous les auteurs : problématiser.
E. F. P. Il y a une autre question qu’il faudrait aborder, à mon avis, c’est le fait que beaucoup de gens ne cherchent pas du tout à être reconnus comme appartenant à la haute culture. Et, à cet égard, ce qui me paraît le plus dangereux, c’est que le discours sur le brouillage des hiérarchies culturelles, de même que celui sur le brouillage des genres artistiques (un roman qui saute d’un genre à l’autre ou qui les mélange, par exemple), avait du sens il y a un certain temps, parce qu’on disait que la basse culture était plus intéressante que la haute culture puisqu’elle véhiculait un message plus critique, plus pertinent et même plus intéressant esthétiquement. Or, aujourd’hui, ce discours est devenu un argument publicitaire pour vendre n’importe quel objet. Ce discours, martelé par les médias, finit par devenir l’un des principaux apports du langage de l’esthétique contemporaine au progressisme social-démocrate, si l’on entend par progressisme une conception de l’Histoire comme processus amenant toujours plus de libertés (sociales, individuelles, législatives, etc.). Ainsi, le roman transgénérique se porte bien dans la mesure où le pays se porte bien. Je suis absolument hostile à ce discours.
Nous vivons une période de changements. Le cinéma indépendant a déserté les salles pour se réfugier dans les musées, les cinémathèques et les festivals. La littérature est sur le point de subir une mutation de ses canaux de distribution – et peut-être aussi de ses formes –, mais en sens inverse : des tables de nouveautés vers l’immatérialité de la Toile, lieu de téléchargement des fichiers qui remplissent déjà nos e-books. Sans parler de la musique : sa conversion au format MP3 n’est pas définitive – rien ne l’est –, mais il paraît incontestable que, dans le domaine du son, le numérique a écrasé tous les supports matériels. Certains estiment qu’il est encore trop tôt pour affirmer que toute la culture sans exception est devenue l’expression des masses ; d’autres, pensant au théâtre ou aux grands musées d’art, assurent qu’il est encore possible d’ériger une dernière frontière entre haute et basse culture. Reste à savoir ce que l’on entend par “haut” et “bas” en ce début de XXIe siècle. Eloy Fernández Porta (Barcelone, 1974) et José Luis Pardo (Madrid, 1954) ont tous deux écrit sur le sujet. Le premier, récent lauréat du prix Anagrama de l’essai, tente de dépasser la dichotomie en proposant le concept d’afterpop dans le livre du même nom. Le second, Prix national de l’essai en 2005, a appliqué la tradition philosophique au groupe paradigmatique de la pop, les Beatles, dans Esto no es música [Ceci n’est pas de la musique]. Les deux hommes se situent dans deux domaines du savoir différents : Eloy Fernández Porta travaille en sociologue, tandis que José Luis Pardo s’inscrit dans la tradition philosophique. Ils ne se connaissaient pas, ils ne s’étaient pas lus mutuellement, mais cela n’a pas empêché de les réunir un après-midi pour discuter d’un paysage culturel où s’imbriquent la sociologie, la pensée, la création, le marketing, la mode et les affects les plus intimes de l’être humain.
Cela a-t-il un sens, en 2010, de parler de culture de masse ?
José Luis Pardo La distinction entre haute et basse culture est propre aux sociétés industrielles modernes. Dans ces sociétés, une minorité de la population bénéficie d’un enseignement supérieur, et elle est – comme le disait Max Weber – garante de l’individuation des valeurs de liberté européennes. Le reste de la société, qui est exclu de cette formation, constitue, au sens strict, les masses. Voilà un premier problème, car, si l’on considère que la division entre haute et basse culture est une expression de la division entre classes sociales, il faut aussi dire deux choses : premièrement, si la frontière entre haute et basse culture s’estompe ou si l’écart entre les deux se réduit, c’est que la division sociale change ; en second lieu, cette distinction est très importante pour l’étude des conflits sociaux, mais pas du point de vue esthétique, artistique, intellectuel, car dire qu’un produit relève de la haute ou de la basse culture ne renseigne en rien sur sa qualité. A d’autres époques que l’ère industrielle moderne, cela n’a pas de sens de dire que Cervantes ou Euripide appartiennent à la haute culture.
Eloy Fernández Porta Je crois pour ma part que les hiérarchies, qu’elles soient culturelles, affectives ou sociales, existent non pas parce que ceux qui détiennent les pouvoirs de fait le décident unilatéralement, mais parce que les agents sociaux croient à ces hiérarchies et les utilisent de manière réactive pour se réaffirmer face aux autres et interagir. L’idée de distinction de niveaux ou de classes entre les produits culturels est produite activement par les membres de toutes les couches sociales, y compris les journalistes. De même qu’il existe une hiérarchie de la beauté, du style ou de la vie affective. Ce n’est pas la faute de Harold Bloom [grand ponte américain de la critique, dont les livres ont donné lieu à des batailles homériques dans les milieux intellectuels aux Etats-Unis], c’est notre faute à nous. Cette idée que ce serait la faute de Harold Bloom conduit, dans le discours tant journalistique que spécialisé, à l’illusion d’une fin des hiérarchies. On lit dans une critique de livre dans la presse : “Cet ouvrage efface en un sens la distinction entre haute et basse culture”, et on se dit : “Tant mieux, les choses évoluent, il y a du progrès.” Mais, évidemment, on continue à lire le même supplément culturel et on voit que tous les produits culturels, sans exception, estompent ces différences. Par ailleurs, si l’on va quelques pages en arrière dans le journal et que l’on parcourt la rubrique Economie, on n’a pas l’impression que les différences sociales dont parlait José Luis aient tendance à s’estomper ; au contraire, elles se creusent de plus en plus. Si bien qu’à une société et à une économie où les différences de classes, de pouvoir d’achat et de hiérarchie sont de plus en plus marquées paraît correspondre un discours sur l’esthétique et les arts qui postule l’anarchie. C’est cela que je conteste dans ce discours sur la disparition des hiérarchies : ce n’est pas ce qui se passe dans la réalité. C’est un délire collectif, engendré dans le cadre de l’esthétique mais aussi du journalisme, dans le débat public sur les objets culturels : on utilise comme indice de nouveauté un argument qui engendre une illusion de progrès social et d’affranchissement des hiérarchies.
J. L. P. Ce phénomène que tu évoques fait partie de la culture contemporaine, où l’on a le sentiment que les différences s’estompent. Il y a une sorte de nostalgie des hiérarchies, qui est en réalité une nostalgie de l’autorité. C’est-à-dire que nous vivons dans des sociétés qui, d’une part, encouragent la disparition des hiérarchies et de l’autre alimentent cette nostalgie conservatrice vaguement illusoire d’un retour à la hiérarchie.
E. F. P. Oui. La dynamique capitaliste produit des valeurs morales et hiérarchiques, et, dans le même mouvement, des boîtes de soupe ou du Coca-Cola. Je pense qu’il ne faut pas séparer ces deux aspects. Je crois aussi que, dans le discours sur la culture populaire, qu’il soit sociologique ou esthétique, il y a, depuis plusieurs décennies, une tendance à utiliser les produits de la pop culture américaine comme arme contre la haute culture européenne afin de résoudre des problèmes internes de l’Europe. Cela a créé l’illusion, très féconde, que la pop culture est un espace de libération et que la haute culture est une prison.
Pour ma part, je reste convaincu que les hiérarchies continuent d’exister, que chacun doit élaborer ses propres valeurs, en toute responsabilité, pour ou contre ces différences hiérarchiques. On ne résoudra pas le problème en faisant comme si une chose qui existe bel et bien n’existait pas. Il n’y a qu’à voir les références culturelles qu’on utilise quand on drague. Comme se dépeint-on ? Comme consommateur de musique, d’art, de littérature… C’est là qu’on peut vérifier la disparition ou non des hiérarchies culturelles, parce que le portrait que l’on brosse de soi confirme publiquement l’existence de ces hiérarchies. Dans la mesure où les hiérarchies existent, je préfère dire qu’elles se sont renversées, qu’elles ne dépendent plus seulement des objets ou des formats artistiques. Un produit de haute culture l’est par le discours qu’il véhicule, par la compétence qu’il exige du lecteur, par une série de valeurs. Pour moi, l’important, c’est d’expliquer comment les hiérarchies se sont transformées, voire d’en proposer d’autres. Mais ne pas accepter ce totum revolutum dans lequel il semble que nous nous soyons tous libérés de tout et qu’il n’existe pas le moindre problème.
Vous avez visiblement des positions divergentes. José Luis soutient que ce qui se passe dans les sphères de la haute et de la basse culture reflète la lutte économique et sociale, tandis qu’Eloy nie la disparition des hiérarchies.
J. L. P. Pour moi, la distinction haut/bas ne dit rien sur la qualité du produit. Pourquoi nie-t-on généralement toute valeur à la basse culture ? Eh bien, pour des raisons historiques. Quand les champs autonomes de la sphère esthétique (littéraire, intellectuel, pictural, etc.) se constituent, on a une production culturelle qui dépend d’éléments informels. Dans le cas des livres, par exemple, ce seraient les sociétés littéraires. Par société littéraire, j’entends non pas les académies, mais ces cénacles informels où un groupe de gens non seulement se lisent mutuellement, mais lisent aussi les classiques et évaluent culturellement ces produits en conservant une autonomie par rapport au marché, à la politique, aux questions religieuses et morales, etc. Le reste de la production culturelle, dans la mesure où elle ne dépend pas de ces noyaux minoritaires, se conforme au goût majoritaire : ces produits montent ou baissent en fonction du public. C’est là que se crée l’opposition entre le goût esthétique proprement dit et ce que l’on pourrait appeler le goût bourgeois, qui consomme ce type d’œuvre produite uniquement pour le divertissement et selon le goût du public. Ça, c’est le goût bourgeois, ce n’est pas le goût populaire ou prolétaire. Voilà ce qui se passe au XIXe siècle. Mais, dans les premières décennies du XXe, en raison du mouvement ouvrier et des transformations technologiques des médias audiovisuels et graphiques, c’est un phénomène complètement différent qui se manifeste. A partir de textes comme L’Œuvre d’art à l’époque de sa reproductibilité technique de Walter Benjamin, ou La Nausée de Sartre, où celui-ci fait l’éloge d’une chanson de jazz et la compare aux Préludes de Chopin, on voit apparaître quelque chose d’entièrement nouveau, qui n’est ni la jouissance de la forme, propre à la haute culture, ni le plaisir au sens bourgeois du terme. Il s’agit d’autre chose : la culture populaire du XXe siècle proprement dite. Lorsque ce phénomène est apparu, dans les années 1920-1930, tout l’appareil de la société de consommation n’était pas encore en place. Aujourd’hui, il est englouti sous le mercantilisme.
E. F. P. A propos de la culture bourgeoise… La question que tu soulèves, à mon sens, est celle-ci : pourquoi appelle-t-on cela culture alors qu’on veut dire en fait programme social-démocrate ? Quand on entend dire qu’un roman récent parle de technologie, de références à la pop culture ou qu’il mentionne un blog, la seule personne que cela intéresse, c’est le ministre de la Culture, qui doit démontrer que la production culturelle de son pays progresse dans la bonne direction. On observe ce phénomène y compris lorsqu’on commente des textes dont le contenu est très radical. En effet, la différence entre les niveaux culturels, telle que la postulent l’université et les journalistes, correspond à une hiérarchie des subjectivités et des affects. Cet aspect m’intéresse plus que les autres. Nous avons commencé par la question de la légitimité culturelle – de la bande dessinée ou des clips vidéo, par exemple –, mais la question de la légitimité des émotions me paraît plus pressante. Autrement dit, quels sont les sentiments dont on affirme qu’ils sont dignes d’intérêt ? Quel code émotionnel figure dans les œuvres respectables et lequel n’y figure pas ? Il y a des codes de la haute culture qui en réalité relèvent d’une complicité de genre. Voilà un aspect qu’à mon sens il faut dénoncer : comment la politique du haut et du bas masque une hiérarchie de la légitimité des subjectivités.
Il est donc nécessaire, visiblement, de dépasser ce modèle de haute et basse culture. Ce modèle est-il un frein à une jouissance plus universelle de la culture ou bien est-il inévitable que subsistent différents niveaux de difficulté ?
J. L. P. Je ne sais pas si c’est une question de difficulté. La difficulté dépend de l’entraînement. La haute culture demande de l’entraînement, tandis que la basse culture joue, semble-t-il, sur l’impact direct. L’invention d’une sphère des arts et des lettres, où les producteurs culturels conservent une autonomie de jugement sur les œuvres face à ce que disent le marché ou le pouvoir politique, la morale ou la religion, est une excellente chose. Mais elle a ses limites, comme tout ce qu’a produit la société moderne. La culture populaire, quand elle émerge dans les premières années du XXe siècle, véhicule une immense lamentation, qui n’a jamais été mieux exprimée que par le blues. Les héros des Etats-Unis sortis de l’esclavage ont dû s’intégrer à un processus qui comportait une souffrance rappelant celle qu’ont connue les classes laborieuses pour se constituer en tant que telles, mais qui est différente. Comment se sont constituées les classes laborieuses ? Quand tous les métiers qui existaient dans la société – maçon, cordonnier, etc. – ont été balayés par un flux de travail indifférencié, complètement déqualifié, un travail quantitatif. L’impossibilité qu’avaient ces travailleurs de créer du sens a produit une lamentation mélancolique, proche de certaines formes de délinquance et de destruction. C’était une tentative pour créer des parcelles de sens afin de s’opposer à l’atrocité du temps continu et homogène – du temps moderne en général – qu’impose le capital. Il s’agissait d’un temps absolument vide, infini, un temps réduit à l’instant, un instant après l’autre, comme c’est le cas sur une chaîne de montage, où sortir du rang signifie la mort. D’une certaine manière, la culture populaire dans la première moitié du XXe siècle représente l’idée qu’un individu peut sortir du rang et ne pas mourir aussitôt, que l’on peut faire quelques pas, comme le faisait Chaplin dans Les Temps modernes. Il est possible de survivre ou de créer un peu de sens dans cette marge étroite. C’est ainsi que je vois la culture populaire avant l’immersion dans la société de consommation. Ensuite, regardons ce qui se passe après la Seconde Guerre mondiale. C’est le moment où beaucoup de pays européens s’engagent dans le projet de l’Etat de droit social (c’est-à-dire que l’Etat se fixe comme priorité la réduction des inégalités sociales) et cela coïncide avec un autre processus tout aussi important, en vertu duquel tous les emplois qualifiés sont réduits à un seul flux de travail. Cela n’a pas dû être facile du tout de passer des emplois qualifiés à ce travail déraciné. Eh bien, il s’est produit un phénomène analogue sur le plan émotionnel. Pour mettre en marche ce dispositif qu’on appelle la société de consommation, il a fallu faire avec le désir, les émotions et les passions des gens ce qu’on avait fait auparavant avec le travail. Il a fallu déqualifier les désirs, les transformer non pas en quelque chose qu’on puisse assouvir et qui soit unique, mais en une espèce de flux décodifié, indifférencié, tous les objets n’étant que des appâts destinés à relancer perpétuellement le désir. Il y a eu une pédagogie du travail pour mettre les travailleurs au diapason et une pédagogie du désir pour faire des citoyens des consommateurs dociles. La culture populaire des années 1950-1960 représente aussi une lamentation, une résistance à ce processus pédagogique. Le problème, c’est que tout cela a été englouti par la culture de la consommation, si bien que l’on voit se reconstituer la distinction entre haut et bas parce que la culture de la consommation consiste à donner aux gens ce qui leur plaît. Et puis, dans ce que l’on appelle haute culture, on ne peut même plus dire que le goût de la forme prédomine.
E. F. P. Je dirais que la pop culture est liée à la démocratisation des subjectivités, avec un produit appelé vie intérieure, qui, jusqu’à la fin du XIXe siècle, avait été l’apanage de la classe dominante, voire de la frange la plus éclairée de cette caste. A partir de l’ère industrielle, ce produit s’étend et se démocratise grâce à la diffusion des œuvres et à l’influence grandissante des médias et des entreprises. Cela introduit l’idée que Proust n’était pas le seul à posséder un monde intérieur élaboré et digne d’intérêt, ce qui suscite des réactions ambivalentes, de joie mais aussi de suspicion.
On peut tout de même se demander si la création authentique peut trouver sa place en dehors des schémas du capitalisme.
J. L. P. Le diagnostic est évident, et j’en reviens à ce que je disais tout à l’heure, à savoir que je trouve plutôt bien qu’il y ait une sphère de producteurs culturels exigeants, qui préservent leurs produits des impératifs du marché, du politiquement correct, etc. Les œuvres ne sauraient vivre sans une certaine autonomie. Pourquoi idéalisons-nous les années 1960 ? Parce que c’est à cette époque que l’on voit naître les formes expérimentales de la culture populaire. C’est aussi le moment magique où les enfants de la classe ouvrière accèdent pour la première fois à la culture, ce qui fragilise du même coup la distinction entre haute et basse culture. Mais, ensuite, le grand appareil homogénéisateur de la société de consommation se met en branle et, même si la culture populaire continue de produire des choses extrêmement intéressantes, il faut chercher pour les trouver. Il devient alors inévitable d’avoir des mécanismes du type société littéraire, qui garantissent une certaine autonomie du produit face au marché.
E. F. P. Nous parlons de la récupération de l’avant-garde par le marché, mais cet argument est fondé sur une méconnaissance des circuits de production de l’art d’avant-garde. Pour prendre un exemple, L’Age d’or de Buñuel, chef-d’œuvre du cinéma surréaliste, a été financé par un aristocrate français [le vicomte Charles de Noailles] qui avait investi 1 million de francs pour le réaliser. Sans cela, le film n’aurait pas existé. Or il ne viendrait à l’idée de personne de dire : “Ah ! non, L’Age d’or ne vaut rien, vu que c’est Untel qui l’a financé…” Une chose est sûre, ç’a été une association très opportune entre l’aristocrate parisien et le cinéaste aragonais, qui avaient un ennemi commun : la bourgeoisie, la social-démocratie ou ce que l’on voudra. Il ne s’agit donc pas d’une pureté originelle qui serait corrompue, mais de l’imbrication de différents courants. Moi, ce qui m’intéresse, c’est le côté émancipateur, subversif même, du capitalisme, qui vend des boîtes de soupe, mais peut tout aussi bien vendre du porno gay. J’insiste sur cette question de la reconnaissance des subjectivités qui avaient été niées par la haute culture, parce que toutes ces subjectivités doivent être acceptées par le marché pour obtenir une reconnaissance.
Quels sont d’après vous les personnages “pop” et de l’“élite culturelle” les plus emblématiques aujourd’hui, en 2010 ?
E. F. P. Dans la catégorie pop, je dirais Paris Hilton. Elle suit la tradition de l’aristocrate qui tombe dans le ruisseau par un jeu de déclassement social. Elle a utilisé la télé-réalité la plus trash, la pornographie, les sex-tapes, etc., qui provenaient de l’underground et elle les a transformés. Quant à la haute culture, pour moi l’écrivain américain qui l’incarnait le mieux est Guy Davenport [grand érudit et grand passeur, il était romancier, essayiste, traducteur et peintre, 1927-2005].
J. L. P. Avec l’âge, j’ai développé une sorte d’allergie à ce genre de questions : “Quelle est la liste des dix meilleurs ?” ou “Quelle est la figure qui représente ceci ou cela ?”… Je posais la question non pas pour établir un classement, mais en lien avec un sujet qui m’intéresse, à savoir la reformulation de concepts comme l’art et la pop. C’est ce qu’a fait Eloy dans ses livres.
J. L. P. Il va devenir de plus en plus fréquent qu’un petit groupe de gens qui n’apprécient même pas Mozart ou Stravinsky les écoutent en raison du milieu socioprofessionnel auquel ils appartiennent, tandis que d’autres n’auront jamais cette possibilité. Cela semble être une tendance très marquée. Et puis il y a une chose qui est caractéristique de notre époque et dont il va falloir tenir compte, c’est que, face à de grandes différences d’une autre époque, nous sommes aujourd’hui indifférents.
E. F. P. La question des genres me paraît importante. Si, lorsqu’on parle de haute culture, on cite les noms de ces auteurs qui apparemment sont dignes d’être étudiés et présentent un intérêt dans leur rôle de commentateurs de l’actualité, on aboutit à deux choses : la première est que la haute culture se définit traditionnellement comme un milieu où existe la complicité de genre ; la seconde, c’est qu’on veut que les préoccupations de ces grands noms soient celles de tout le monde, au point de convaincre les gens de choses qui ni ne les préoccupent ni ne les intéressent.
José Luis, dans ton livre Esto no es música, tu proposes une définition de la haute et de la basse culture : la culture populaire console, tandis que la haute culture produit un trouble, au sens non pas de convulsion superficielle, mais de quelque chose de profond.
J. L. P. La formule est d’Umberto Eco [in De Superman au surhomme, LGF, coll. “Biblio Essais”, 2005]. Je crois qu’il était question du roman-feuilleton du XIXe siècle par opposition aux romans de Stendhal. Ce point de vue semble intéressant. Il y a là un élément de mépris des masses qui est inquiétant, parce qu’on a l’impression que tout ce qui console est méprisable. Je n’en suis pas convaincu, la consolation a parfois du bon. “Stendhal est révolutionnaire parce que ses thématiques sont malheureuses et que ses romans finissent mal.” Si l’on classe les œuvres dans la catégorie haute ou basse culture en fonction de ce critère, on produit une statistique faussée : nous apprenons à dire que nous aimons tous la haute culture quand on nous pose la question, alors que cela ne veut rien dire. Une œuvre qui propose des problématiques aux spectateurs, oui, c’est ce que souhaitent tous les auteurs : problématiser.
E. F. P. Il y a une autre question qu’il faudrait aborder, à mon avis, c’est le fait que beaucoup de gens ne cherchent pas du tout à être reconnus comme appartenant à la haute culture. Et, à cet égard, ce qui me paraît le plus dangereux, c’est que le discours sur le brouillage des hiérarchies culturelles, de même que celui sur le brouillage des genres artistiques (un roman qui saute d’un genre à l’autre ou qui les mélange, par exemple), avait du sens il y a un certain temps, parce qu’on disait que la basse culture était plus intéressante que la haute culture puisqu’elle véhiculait un message plus critique, plus pertinent et même plus intéressant esthétiquement. Or, aujourd’hui, ce discours est devenu un argument publicitaire pour vendre n’importe quel objet. Ce discours, martelé par les médias, finit par devenir l’un des principaux apports du langage de l’esthétique contemporaine au progressisme social-démocrate, si l’on entend par progressisme une conception de l’Histoire comme processus amenant toujours plus de libertés (sociales, individuelles, législatives, etc.). Ainsi, le roman transgénérique se porte bien dans la mesure où le pays se porte bien. Je suis absolument hostile à ce discours.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
DEBATE ABERTO Regulação em debate: sobre inverdades e desinformação
A grande mídia e seus aliados, ao satanizarem a iniciativa cearense, tentam, ainda uma vez mais, evitar a prática democrática legítima da cidadania que participa diretamente na gestão da coisa pública e defende seus interesses, prevista na Constituição de 1988.
Venício Lima
Artigo publicado originalmente no Observatório da Imprensa
A aprovação, no último 19 de outubro, do Projeto de Indicação nº 72.10, que propõe a criação do Conselho Estadual de Comunicação Social (CECS) pela Assembléia Legislativa do Ceará (e que ainda depende da sanção do governador do estado), detonou o último ciclo de inverdades e desinformação relativas às liberdades de expressão e de imprensa no país.
Nos últimos meses, esta tem sido a estratégia da grande mídia e de seus aliados – desta vez, inclusive, a OAB nacional – que, sem divulgar texto e/ou discutir o mérito das propostas, trata de satanizar qualquer tentativa do Estado e da cidadania de exercer seu direito de cobrar dos concessionários do serviço público de radiodifusão o simples cumprimento de normas e princípios já inscritos na Constituição de 1988.
Origem
Ao contrário do que se alardeia, os Conselhos de Comunicação não são uma invenção da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). A idéia surgiu formalmente em encontro nacional de jornalistas promovido pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), com o objetivo de discutir propostas a serem apresentadas no processo constituinte, em 1986. Lá se vão, portanto, mais de 24 anos.
Posteriormente, a idéia fez parte de Emenda Popular apresentada ao Congresso Constituinte, subscrita, além da Fenaj, pela Central Única dos Trabalhadores, pela Central Geral dos Trabalhadores, pela Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior, pela Federação das Associações de Servidores das Universidades do Brasil, pela União Nacional dos Estudantes, pela Federação Brasileira de Trabalhadores em Telecomunicações, pela Associação dos Empregados da Embratel, pela Federação Nacional dos Engenheiros, pela Federação Nacional dos Arquitetos e pela Federação Nacional dos Médicos. Além disso, assinaram a Emenda Popular os então líderes do PT Luiz Inácio Lula da Silva; do PDT, Brandão Monteiro; do PCB, Roberto Freire; do PC do B, Haroldo Lima, e do PSB, Beth Azize (ver depoimento do ex-presidente da Fenaj, Armando Rollemberg ao Conselho de Comunicação Social, disponível aqui).
A proposta original – que tinha como modelo a Federal Communications Commission (FCC) americana – foi objeto de controvérsia ao longo de todo o processo constituinte e acabou reduzida à versão finalmente aprovada como artigo 224 da Constituição, que diz:
Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo [Capítulo V, "Da Comunicação Social", do Título VIII "Da Ordem Social"], o Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.
Em 30 de dezembro de 1991, o então presidente Fernando Collor sancionou a lei nº 8389, cujo projeto original foi de autoria do jornalista, professor e senador Pompeu de Souza (PMDB-DF), já falecido, que instituiu o Conselho de Comunicação Social (CCS).
Apesar disso, resistências articuladas pelos mesmos interesses que ainda hoje se opõem à iniciativa fizeram que sua instalação fosse postergada por mais de onze anos, até 2002. Instalado, o CCS funcionou durante quatro anos e desde dezembro de 2006 não mais se reuniu (ver, neste Observatório, "Por que o CCS não será reinstalado", "Senado descumpre a Lei" e "Três anos de ilegalidade").
Conselhos municipais e estaduais
Desde que a Constituição de 1988 foi promulgada, várias iniciativas de criação de conselhos semelhantes ao CCS surgiram tanto em nível municipal como estadual. O primeiro Conselho Municipal de Comunicação (CMC) foi criado na Prefeitura Municipal de Porto Alegre por meio do decreto nº 9426, assinado pelo então prefeito Olívio Dutra, em 5 de maio de 1989.
Uma pesquisa realizada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), em 2009, indica que também a cidade de Goiânia (GO) chegou a ter um CMC instalado. Juiz de Fora (MG) e Anápolis (GO) prevêem a criação destes conselhos.
Em nível estadual, algumas constituições ou leis orgânicas contemplam a criação dos Conselhos Estaduais de Comunicação Social (CECS). É o caso de Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Paraíba, Pará, Amapá, Amazonas e Goiás. No estado do Rio de Janeiro existe uma lei que trata do assunto (lei nº 4.849/2006) e, em São Paulo, o decreto nº 42.209, de 15 de setembro de 1997, também prevê a criação de um CECS (ver "Conselhos de Comunicação são ignorados", revista MídiaComDemocracia, pág. 8).
No Distrito Federal, a Lei Orgânica aprovada em 8 de junho de 1993 prevê:
Art. 261. O Poder Público manterá o Conselho de Comunicação Social do Distrito Federal, integrado por representantes de entidades da sociedade civil e órgãos governamentais vinculados ao Poder Executivo, conforme previsto em legislação complementar.
Parágrafo único. O Conselho de Comunicação Social do Distrito Federal dará assessoramento ao Poder Executivo na formulação e acompanhamento da política regional de comunicação social.
Na campanha eleitoral de 1994, por iniciativa do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, o assunto foi discutido em debate com os candidatos a governador e todos se comprometeram a cumprir o que já constava da Lei Orgânica. O candidato Cristóvam Buarque, depois governador (1995-1998), comprometeu-se, se eleito, a enviar projeto neste sentido à Câmara Distrital em até 90 dias após sua posse. O projeto não foi enviado e, até hoje, não existe CECS no Distrito Federal.
Em resumo: apesar de estar na Constituição da República e em várias constituições e leis orgânicas estaduais e municipais, não existe um único Conselho de Comunicação funcionando no país.
Por que será?
Prática democrática
Como se pode constatar, a idéia dos Conselhos de Comunicação não surgiu na 1ª Confecom e a iniciativa cearense não é sequer a primeira. Trata-se de norma constitucional.
Para não tornar este artigo demasiadamente longo, omito a transcrição do texto da Lei nº 8389/1991, que institui o Conselho de Comunicação Social previsto no artigo 224 da Constituição, e do Projeto de Indicação nº 72.10, aprovado pela Assembléia Legislativa do Ceará. Convido, no entanto, o eventual leitor(a) a comparar os dois textos com o capítulo "Da Comunicação Social" da Constituição de 1988.
Quem se der ao trabalho verá que a grande mídia e seus aliados, ao satanizarem a iniciativa cearense, tentam, ainda uma vez mais, evitar a prática democrática legítima da cidadania que participa diretamente na gestão da coisa pública e defende seus interesses, prevista na Constituição de 1988. No caso, interesses em relação aos concessionários do serviço público de radiodifusão.
Nada mais, nada menos do que isso.
Venício A. de Lima é professor titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor, dentre outros, de Liberdade de Expressão vs. Liberdade de Imprensa – Direito à Comunicação e Democracia, Publisher, 2010.
Venício Lima
Artigo publicado originalmente no Observatório da Imprensa
A aprovação, no último 19 de outubro, do Projeto de Indicação nº 72.10, que propõe a criação do Conselho Estadual de Comunicação Social (CECS) pela Assembléia Legislativa do Ceará (e que ainda depende da sanção do governador do estado), detonou o último ciclo de inverdades e desinformação relativas às liberdades de expressão e de imprensa no país.
Nos últimos meses, esta tem sido a estratégia da grande mídia e de seus aliados – desta vez, inclusive, a OAB nacional – que, sem divulgar texto e/ou discutir o mérito das propostas, trata de satanizar qualquer tentativa do Estado e da cidadania de exercer seu direito de cobrar dos concessionários do serviço público de radiodifusão o simples cumprimento de normas e princípios já inscritos na Constituição de 1988.
Origem
Ao contrário do que se alardeia, os Conselhos de Comunicação não são uma invenção da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). A idéia surgiu formalmente em encontro nacional de jornalistas promovido pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), com o objetivo de discutir propostas a serem apresentadas no processo constituinte, em 1986. Lá se vão, portanto, mais de 24 anos.
Posteriormente, a idéia fez parte de Emenda Popular apresentada ao Congresso Constituinte, subscrita, além da Fenaj, pela Central Única dos Trabalhadores, pela Central Geral dos Trabalhadores, pela Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior, pela Federação das Associações de Servidores das Universidades do Brasil, pela União Nacional dos Estudantes, pela Federação Brasileira de Trabalhadores em Telecomunicações, pela Associação dos Empregados da Embratel, pela Federação Nacional dos Engenheiros, pela Federação Nacional dos Arquitetos e pela Federação Nacional dos Médicos. Além disso, assinaram a Emenda Popular os então líderes do PT Luiz Inácio Lula da Silva; do PDT, Brandão Monteiro; do PCB, Roberto Freire; do PC do B, Haroldo Lima, e do PSB, Beth Azize (ver depoimento do ex-presidente da Fenaj, Armando Rollemberg ao Conselho de Comunicação Social, disponível aqui).
A proposta original – que tinha como modelo a Federal Communications Commission (FCC) americana – foi objeto de controvérsia ao longo de todo o processo constituinte e acabou reduzida à versão finalmente aprovada como artigo 224 da Constituição, que diz:
Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo [Capítulo V, "Da Comunicação Social", do Título VIII "Da Ordem Social"], o Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.
Em 30 de dezembro de 1991, o então presidente Fernando Collor sancionou a lei nº 8389, cujo projeto original foi de autoria do jornalista, professor e senador Pompeu de Souza (PMDB-DF), já falecido, que instituiu o Conselho de Comunicação Social (CCS).
Apesar disso, resistências articuladas pelos mesmos interesses que ainda hoje se opõem à iniciativa fizeram que sua instalação fosse postergada por mais de onze anos, até 2002. Instalado, o CCS funcionou durante quatro anos e desde dezembro de 2006 não mais se reuniu (ver, neste Observatório, "Por que o CCS não será reinstalado", "Senado descumpre a Lei" e "Três anos de ilegalidade").
Conselhos municipais e estaduais
Desde que a Constituição de 1988 foi promulgada, várias iniciativas de criação de conselhos semelhantes ao CCS surgiram tanto em nível municipal como estadual. O primeiro Conselho Municipal de Comunicação (CMC) foi criado na Prefeitura Municipal de Porto Alegre por meio do decreto nº 9426, assinado pelo então prefeito Olívio Dutra, em 5 de maio de 1989.
Uma pesquisa realizada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), em 2009, indica que também a cidade de Goiânia (GO) chegou a ter um CMC instalado. Juiz de Fora (MG) e Anápolis (GO) prevêem a criação destes conselhos.
Em nível estadual, algumas constituições ou leis orgânicas contemplam a criação dos Conselhos Estaduais de Comunicação Social (CECS). É o caso de Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Paraíba, Pará, Amapá, Amazonas e Goiás. No estado do Rio de Janeiro existe uma lei que trata do assunto (lei nº 4.849/2006) e, em São Paulo, o decreto nº 42.209, de 15 de setembro de 1997, também prevê a criação de um CECS (ver "Conselhos de Comunicação são ignorados", revista MídiaComDemocracia, pág. 8).
No Distrito Federal, a Lei Orgânica aprovada em 8 de junho de 1993 prevê:
Art. 261. O Poder Público manterá o Conselho de Comunicação Social do Distrito Federal, integrado por representantes de entidades da sociedade civil e órgãos governamentais vinculados ao Poder Executivo, conforme previsto em legislação complementar.
Parágrafo único. O Conselho de Comunicação Social do Distrito Federal dará assessoramento ao Poder Executivo na formulação e acompanhamento da política regional de comunicação social.
Na campanha eleitoral de 1994, por iniciativa do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, o assunto foi discutido em debate com os candidatos a governador e todos se comprometeram a cumprir o que já constava da Lei Orgânica. O candidato Cristóvam Buarque, depois governador (1995-1998), comprometeu-se, se eleito, a enviar projeto neste sentido à Câmara Distrital em até 90 dias após sua posse. O projeto não foi enviado e, até hoje, não existe CECS no Distrito Federal.
Em resumo: apesar de estar na Constituição da República e em várias constituições e leis orgânicas estaduais e municipais, não existe um único Conselho de Comunicação funcionando no país.
Por que será?
Prática democrática
Como se pode constatar, a idéia dos Conselhos de Comunicação não surgiu na 1ª Confecom e a iniciativa cearense não é sequer a primeira. Trata-se de norma constitucional.
Para não tornar este artigo demasiadamente longo, omito a transcrição do texto da Lei nº 8389/1991, que institui o Conselho de Comunicação Social previsto no artigo 224 da Constituição, e do Projeto de Indicação nº 72.10, aprovado pela Assembléia Legislativa do Ceará. Convido, no entanto, o eventual leitor(a) a comparar os dois textos com o capítulo "Da Comunicação Social" da Constituição de 1988.
Quem se der ao trabalho verá que a grande mídia e seus aliados, ao satanizarem a iniciativa cearense, tentam, ainda uma vez mais, evitar a prática democrática legítima da cidadania que participa diretamente na gestão da coisa pública e defende seus interesses, prevista na Constituição de 1988. No caso, interesses em relação aos concessionários do serviço público de radiodifusão.
Nada mais, nada menos do que isso.
Venício A. de Lima é professor titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor, dentre outros, de Liberdade de Expressão vs. Liberdade de Imprensa – Direito à Comunicação e Democracia, Publisher, 2010.
A OUSADIA E A CENSURA QUE O ESTADÃO NOS FAZ
Ousa o Estadão , que nos censura na verdade há anos, e ainda se diz censurado, ousa, com a forca da Direita.
O blog: o Bondeblog nos disse"O Jornal Estado de São Paulo DEMITIU Maria Rita Kehl em represália ao artigo que ela escreveu no dia 02 de outubro sobre a campanha de desqualificação do voto do eleitor pobre. Segundo o ESTADÃO, a psicanalista e colaboradora do jornal cometeu um “delito de opinião”
Agora nos vem com - A TOLERÂNCIA Á CORRUPÇÃO-, EM QUE AFIRMA NO SEU EDITORIAL DE SEGUNDA FEIRA DIA 01.11.2010:..".o crescimento da economia, com a geração de mais empregos e mais renda, as oportunidades que podem surgir para o País com a realização de grandes competições internacionais, além da imensa popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em consequência desse quadro, como que anestesiam a população, tornando-a mais condescendente com a corrupção.
Este jornal é a pura Corrupção e a idiosincrasia da Direita.
ESTA É A MÍDIA QUE NOS CENSURA E CORROMPE E COMO NOS DIZ O BONDBLOG- A verdadeira ameaça a Democracia e a Liberdade de Expressão estão exatamente na Ditadura da desinformação que esses jornais e TVs praticam. Atenção cidadão, você está sendo enganado.
leia mais lá http://007bondeblog.blogspot.com/2010/10/com-censura-estadao-de-sitio-e-ditadura.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+blogspot%2FNIKX+%28007BONDeblog%29
O blog: o Bondeblog nos disse"O Jornal Estado de São Paulo DEMITIU Maria Rita Kehl em represália ao artigo que ela escreveu no dia 02 de outubro sobre a campanha de desqualificação do voto do eleitor pobre. Segundo o ESTADÃO, a psicanalista e colaboradora do jornal cometeu um “delito de opinião”
Agora nos vem com - A TOLERÂNCIA Á CORRUPÇÃO-, EM QUE AFIRMA NO SEU EDITORIAL DE SEGUNDA FEIRA DIA 01.11.2010:..".o crescimento da economia, com a geração de mais empregos e mais renda, as oportunidades que podem surgir para o País com a realização de grandes competições internacionais, além da imensa popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em consequência desse quadro, como que anestesiam a população, tornando-a mais condescendente com a corrupção.
Este jornal é a pura Corrupção e a idiosincrasia da Direita.
ESTA É A MÍDIA QUE NOS CENSURA E CORROMPE E COMO NOS DIZ O BONDBLOG- A verdadeira ameaça a Democracia e a Liberdade de Expressão estão exatamente na Ditadura da desinformação que esses jornais e TVs praticam. Atenção cidadão, você está sendo enganado.
leia mais lá http://007bondeblog.blogspot.com/2010/10/com-censura-estadao-de-sitio-e-ditadura.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+blogspot%2FNIKX+%28007BONDeblog%29
UM NOVO TEMPO-PARA REFLETIR
Há muito tempo, nossa geração, dos anos 70 sonhávamos com um Brasil mais justo,mais integrado .Fomos vistos a época como de esquerda, subversivos e, por assim não haver outro conceito, integramo-nos a esses conceitos.A bem da verdade não tínhamos estofo teórico, diga-se de passagem -ALGUNS,- para tal, mas como assim fomos denominados, seguimos com a marca e estudamos, construímos grupos de estudos, fizemos teatro de protesto, músicas,fomos perseguidos, presos, alguns, outros torturados. Muitos integraram-se a guerrilha, foram para a Amazônia e para algumas fronteiras da América do Sul.Outros esconderam-se no interior do país, mudaram de nomes, muitos morreram e nunca encontram seus corpos ,outros viraram a casaca,como JOSÉ SERRA, outros exilaram-se .Enfim, lutávamos por um, Brasil justo, menos pobre, com direitos efetivos de cidadania.
Hoje emerge uma guerrilheira.
A direita que é o PSDB, que nega ser,a não compreende nossa tarefa, e por isso são o atraso, o engano,o retrocesso.
O que queremos são direitos e menor desigualdade num país, do tamanho que é o nosso e com potencial de riqueza, mas se assim ainda for, a velha marca SOMOS GUERRILHEIROS SIM, pois um genocídio já vem sendo cometido pela fome, geração de violência e pelo novo latifúndio chamado Agronegócio, neste capitalismo selvagem que se esconde, sem poder ser escondido.Os jovens não conhecem a história, as escola, as Universidades não mais produzem a formação política, senão alienada, com uma mídia que ativa o atraso a bestialidade, cúmplice dos grandes grupos do poder econômico-Veja, Folha, Estadão e Rede Globo, entre outras.
Com o governo Lula, entramos num novo tempo, e com Dilma sobe mais uma estrela-guerrilheira sim, SOBE AO PATAMAR DE PRESIDENTE DE UMA NAÇÃO .
Que os jovens leiam a história para entender o que os pobres, miseráveis já entenderam, pois elegeram, um guerrilheiro LULA DA SILVA E AGORA DILMA, e vencemos a direita suja, mentirosa, falsa sem compromisso com a cidadania.
Digo sempre que sou PARAIBUCANOSAMPISTA- PB-PE-SP,mas ainda meu estado S Paulo, aonde vivo há 3o anos está governado por uma direita, que com Alckimim completará 20 anos no poder e despejam seu ódio e rancor com a pobreza e queriam avassalar o país com a presidência. O NORDESTE deu uma lição, e os nordestinos aqui residentes tentaram, e outros migrantes de outras regiões, como os mineiros, entre outros.
Há um nordeste que o sul e sudeste não quer ver, e nós estamos neles tentando fazê-los aprender cidadania.Estamos no Ceagesp, na ruas limpando-as, catando lixo,nas lojas/comércio, indústria ,na construção civil,nos transportes, no MASP-criado por um paraibano- Asssis Chateaubriand-e um italiano de esquerda Pietro Maria Bardi, nas universidades docentes, nas escolas,no teatro no cinema, na literatura, na Bienal,na educação-Paulo Freire,mas não querem nos ver.
Convidamos a tirarem os óculos e nos enxergar , pois SOMOS TODOS IGUAIS NESTA NOITE DE 31.11.2010.
Hoje emerge uma guerrilheira.
A direita que é o PSDB, que nega ser,a não compreende nossa tarefa, e por isso são o atraso, o engano,o retrocesso.
O que queremos são direitos e menor desigualdade num país, do tamanho que é o nosso e com potencial de riqueza, mas se assim ainda for, a velha marca SOMOS GUERRILHEIROS SIM, pois um genocídio já vem sendo cometido pela fome, geração de violência e pelo novo latifúndio chamado Agronegócio, neste capitalismo selvagem que se esconde, sem poder ser escondido.Os jovens não conhecem a história, as escola, as Universidades não mais produzem a formação política, senão alienada, com uma mídia que ativa o atraso a bestialidade, cúmplice dos grandes grupos do poder econômico-Veja, Folha, Estadão e Rede Globo, entre outras.
Com o governo Lula, entramos num novo tempo, e com Dilma sobe mais uma estrela-guerrilheira sim, SOBE AO PATAMAR DE PRESIDENTE DE UMA NAÇÃO .
Que os jovens leiam a história para entender o que os pobres, miseráveis já entenderam, pois elegeram, um guerrilheiro LULA DA SILVA E AGORA DILMA, e vencemos a direita suja, mentirosa, falsa sem compromisso com a cidadania.
Digo sempre que sou PARAIBUCANOSAMPISTA- PB-PE-SP,mas ainda meu estado S Paulo, aonde vivo há 3o anos está governado por uma direita, que com Alckimim completará 20 anos no poder e despejam seu ódio e rancor com a pobreza e queriam avassalar o país com a presidência. O NORDESTE deu uma lição, e os nordestinos aqui residentes tentaram, e outros migrantes de outras regiões, como os mineiros, entre outros.
Há um nordeste que o sul e sudeste não quer ver, e nós estamos neles tentando fazê-los aprender cidadania.Estamos no Ceagesp, na ruas limpando-as, catando lixo,nas lojas/comércio, indústria ,na construção civil,nos transportes, no MASP-criado por um paraibano- Asssis Chateaubriand-e um italiano de esquerda Pietro Maria Bardi, nas universidades docentes, nas escolas,no teatro no cinema, na literatura, na Bienal,na educação-Paulo Freire,mas não querem nos ver.
Convidamos a tirarem os óculos e nos enxergar , pois SOMOS TODOS IGUAIS NESTA NOITE DE 31.11.2010.
Un devoir de protection pour l'enfance en danger
© UNICEF / Giacomo Pirozzi
En novembre 1997, huit ans après l'adoption de la Convention internationale des droits de l'enfant, RFI consacre une émission à l'enfance maltraitée. Le journaliste revient sur les événements qui ont suivi l’adoption de la Convention. Marceline Gabelle, alors secrétaire générale de la Grande cause nationale pour l'enfance 1997, est invitée dans l'émission. Elle y définit un point central de la Convention : la notion de «maltraitance».
En novembre 1997, huit ans après l'adoption de la Convention internationale des droits de l'enfant, RFI consacre une émission à l'enfance maltraitée. Le journaliste revient sur les événements qui ont suivi l’adoption de la Convention. Marceline Gabelle, alors secrétaire générale de la Grande cause nationale pour l'enfance 1997, est invitée dans l'émission. Elle y définit un point central de la Convention : la notion de «maltraitance».
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
500 anos esta noite
Enviado por ANAMARIA VASCONCELOS -RECIFE PE.
On Dom 31/10/10 09:35 , Fernanda Penkala fernanda.penkala@gmail.com sent:
(Foto: Roberto Stuckert Filho)
500 anos esta noite
De onde vem essa mulher
que bate à nossa porta 500 anos depois?
Reconheço esse rosto estampado
em pano e bandeiras e lhes digo:
vem da madrugada que acendemos
no coração da noite.
De onde vem essa mulher
que bate às portas do país dos patriarcas
em nome dos que estavam famintos
e agora têm pão e trabalho?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem dos rios subterrâneos da esperança,
que fecundaram o trigo e fermentaram o pão.
De onde vem essa mulher
que apedrejam, mas não se detém,
protegida pelas mãos aflitas dos pobres
que invadiram os espaços de mando?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem do lado esquerdo do peito.
Por minha boca de clamores e silêncios
ecoe a voz da geração insubmissa
para contar sob sol da praça
aos que nasceram e aos que nascerão
de onde vem essa mulher.
Que rosto tem, que sonhos traz?
Não me falte agora a palavra que retive
ou que iludiu a fúria dos carrascos
durante o tempo sombrio
que nos coube combater.
Filha do espanto e da indignação,
filha da liberdade e da coragem,
recortado o rosto e o riso como centelha:
metal e flor, madeira e memória.
No continente de esporas de prata
e rebenque,
o sonho dissolve a treva espessa,
recolhe os cambaus, a brutalidade, o pelourinho,
afasta a força que sufoca e silencia
séculos de alcova, estupro e tirania
e lança luz sobre o rosto dessa mulher
que bate às portas do nosso coração.
As mãos do metalúrgico,
as mãos da multidão inumerável
moldaram na doçura do barro
e no metal oculto dos sonhos
a vontade e a têmpera
para disputar o país.
Dilma se aparta da luz
que esculpiu seu rosto
ante os olhos da multidão
para disputar o país,
para governar o país.
(Pedro Tierra)
Brasília, 31 de outubro de 2010.
On Dom 31/10/10 09:35 , Fernanda Penkala fernanda.penkala@gmail.com sent:
(Foto: Roberto Stuckert Filho)
500 anos esta noite
De onde vem essa mulher
que bate à nossa porta 500 anos depois?
Reconheço esse rosto estampado
em pano e bandeiras e lhes digo:
vem da madrugada que acendemos
no coração da noite.
De onde vem essa mulher
que bate às portas do país dos patriarcas
em nome dos que estavam famintos
e agora têm pão e trabalho?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem dos rios subterrâneos da esperança,
que fecundaram o trigo e fermentaram o pão.
De onde vem essa mulher
que apedrejam, mas não se detém,
protegida pelas mãos aflitas dos pobres
que invadiram os espaços de mando?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem do lado esquerdo do peito.
Por minha boca de clamores e silêncios
ecoe a voz da geração insubmissa
para contar sob sol da praça
aos que nasceram e aos que nascerão
de onde vem essa mulher.
Que rosto tem, que sonhos traz?
Não me falte agora a palavra que retive
ou que iludiu a fúria dos carrascos
durante o tempo sombrio
que nos coube combater.
Filha do espanto e da indignação,
filha da liberdade e da coragem,
recortado o rosto e o riso como centelha:
metal e flor, madeira e memória.
No continente de esporas de prata
e rebenque,
o sonho dissolve a treva espessa,
recolhe os cambaus, a brutalidade, o pelourinho,
afasta a força que sufoca e silencia
séculos de alcova, estupro e tirania
e lança luz sobre o rosto dessa mulher
que bate às portas do nosso coração.
As mãos do metalúrgico,
as mãos da multidão inumerável
moldaram na doçura do barro
e no metal oculto dos sonhos
a vontade e a têmpera
para disputar o país.
Dilma se aparta da luz
que esculpiu seu rosto
ante os olhos da multidão
para disputar o país,
para governar o país.
(Pedro Tierra)
Brasília, 31 de outubro de 2010.
Dilma Rousseff promete continuar el trabajo de Lula-EL PAIS ES
BY EL PAIS ES
Dilma Rousseff promete continuar el trabajo de Lula
La candidata oficialista saca 11 puntos a José Serra y obtiene la victoria aritmética en la segunda vuelta de las elecciones presidenciales - En su discurso se compromete con las libertades de prensa y religiosa y la igualdad entre hombres y mujeres
S. GALLEGO-DÍAZ / J. ARIAS | Brasilia 31/10/2010
Dilma Rousseff, de 62 años, la persona elegida por Lula da Silva para sucederle, se ha proclamado hoy presidenta de Brasil, la primera en la historia del país. La candidata del Partido de los Trabajadores ha logrado el 56% de los votos en la segunda vuelta de las presidenciales, muy por delante de José Serra, del Partido de la Social Democracia (PSDB), que se ha quedado con el 44%: una diferencia de 11 millones de votos, según los datos oficiales difundidos por el Tribunal Electoral de Brasil con el 99,9% del escrutinio. Rousseff, del Partido de los Trabajadores (PT) ha prometido "honrar" el trabajo de Lula, su mentor y su predecesor en el cargo, el presidente más popular de la historia de Brasil, el que ha conseguido colocarlo como octava potencia del mundo y sacar de la pobreza a millones de brasileños. Dilma, como la conocen los brasileños, mantiene la lucha contra la pobreza y la estabilidad económica como sus prioridades, además de un compromiso con los derechos fundamentales y la igualdad entre hombres y mujeres.
El futuro de Lula
Los brasileños eligen al sucesor de Lula
Rousseff, la duodécima mujer en acceder al poder en América
¿Son fiables las urnas electrónicas de las elecciones brasileñas?
El Tribunal Electoral brasileño concede el derecho a réplica en Twitter al candidato José Serra
¿Cómo será Brasil sin Lula?
Una seria administradora a la sombra de Lula
Educación y política monetaria, principales retos del nuevo Gobierno
La candidata Dilma Rousseff saluda asus partidarios tras votar en Porto Alegre- REUTERS
Dilma Rousseff: "Prometo honrar la confianza depositada en mí"
AUDIO - Cadena Ser - 01-11-2010
Las primeras palabras de la nueva presidenta de Brasil - CADENA SER
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Dilma, que ha seguido el escrutinio desde su casa de Brasilia, se ha reunido con Lula tras conocer su victoria. Después se ha dirigido a un hotel para hacer una declaración ya como ganadora de las elecciones. En él, la presidenta ha rendido homenaje a su mentor, prometiendo que trabajará para extender su legado en "una nueva era de prosperidad". "La tarea de sucederle es difícil y representa un desafio, pero sabré honrar esta herencia y ampliar su trabajo", ha prometido.
La nueva presidenta se ha marcado dos objetivos fundamentales: la erradicación de la pobreza -que ya persiguió Lula con éxito- y el mantenimiento de la estabilidad y crecimiento económicos. "No podemos descansar mientras haya brasileños hambrientos, mientras hay familias que viven en la calle, mientras haya niños pobres abandonados a su destino", ha prometido. También se ha comprometido a garantizar las libertades de prensa y religiosa y a promover la "igualdad entre hombres y mujeres", principios, todos ellos, "esenciales de la democracia".
Con lágrimas en los ojos, la economista ha afirmado que el resultado de las urnas le ha encomendado la "misión más importante" y "difícil" de su vida y ha señalado, como el primero de sus compromisos, su intención de "honrar a todas las mujeres, para que este hecho inédito de hoy se multiplique" en toda la sociedad. "Quiero que los padres y las madres miren hoy a sus hijas y les digan que una mujer puede ser presidenta de Brasil", ha expresado.
En su lista de promesas, la que se ha presentado como "la presidenta de todos, respetando las diferencias de opinión", ha asegurado que garantizará "el derecho a la opinión y la expresión", el "empleo", la "distribución de renta", la "vivienda digna", la "paz social", las "más absolutas libertades de prensa, religiosa y de culto" y que velará por el estricto respeto "a la Constitución".
Asimismo, se ha comprometido con la meta de "erradicar la pobreza" en el camino ya iniciado por Lula, "el mejor presidente que ha tenido Brasil", y ha hecho un llamamiento a los "empresarios, trabajadores, iglesias, a la prensa y a todas las personas de bien del país" a colaborar con un Gobierno que será "para todos, sin exclusión".
Por su parte, el derrotado candidato del Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB), José Serra, y al que Rousseff se ha comprometido a "tender la mano", ha pedido a la futura presidenta "que haga el bien" para Brasil. "Estoy muy agradecido a los 46 millones de brasileños y brasileñas que votaron por mí", ha asegurado Serra, quien durante su discurso tras conocer su derrota ha abogado por un "Brasil soberano, democrático, que sea propiedad de su pueblo".
106 millones de brasileños acuden a las urnas
Luiz Inácio Lula da Silva, el presidente más popular de la historia de Brasil, dejó siempre claro que la victoria de su candidata sería una victoria propia. Y lo contrario: que su derrota significaría una bofetada del electorado en su propia cara. El candidato opositor, José Serra, también tuvo siempre presente que ni él, ni su grupo (Partido de la Social Democracia Brasileña, PSDB), luchaban sólo contra la candidata del Partido de los Trabajadores (PT), sino contra el propio Lula. "Mi batalla es una batalla gigantesca", confesó Serra poco antes de acercarse a depositar su voto, en la ciudad de São Paulo.
Finalmente, ha sido una batalla que no ha podido ganar, pese a lograr forzar hace dos semanas una segunda vuelta en la que han participado más de 106 millones de brasileños que han dado a una mujer el puesto de 40º presidente del quinto país más grande del mundo (toda la Unión Europea cabe en la mitad de su territorio).
Nueva etapa
Lula, que la eligió como candidata presidencial en contra de la opinión de muchos de sus compañeros del PT, ha sido un elemento decisivo en la victoria, pero como mantiene el ex ministro y sociólogo Roberto Mangabeira Unger, "ahora empieza un momento distinto, con una persona diferente y con un trabajo que tendrá sus propias exigencias". "Ahora comienza una nueva etapa en nuestra democracia", dijo la propia Rousseff a la salida del colegio electoral.
Lula ha estado ocho años en la presidencia (la Constitución brasileña prohíbe un tercer mandato) y se retira con un increíble 83% de popularidad. Pocos confiaban en que Serra, ex gobernador de São Paulo, pudiera dar la vuelta a los sondeos: la victoria del candidato del PSDB, bromeaba hace dos días, en una cadena de televisión, un conocido analista, solo parecía posible en dos circunstancias muy especiales: "que las empresas de sondeos se hayan vuelto locas... o que se produzca un milagro".
No parece, sin embargo, que los aspectos religiosos, tan presentes en la campaña para la segunda vuelta, hayan sido finalmente un elemento tan decisivo a la hora de depositar el voto. "Lo importante, por encima de todo", ha confesado a EL PAÍS un pastor protestante a la salida de un colegio en Brasilia, "es cómo ha mejorado la vida de la gente en estos ocho años". Para la mayoría de los expertos brasileños, es la llamada clase c, la nueva clase media baja, que ha nacido y crecido bajo la presidencia de Lula, la que tenía la llave de las elecciones. Y para esos millones de ciudadanos que confían, llenos de optimismo, en seguir mejorando su nivel de vida, la continuidad ha podido ser el elemento decisivo a la hora de depositar el voto.
Dilma Rousseff, hija de un abogado comunista búlgaro y de una maestra brasileña, antigua militante de un grupo armado durante la dictadura militar brasileña, se ha presentado a estas elecciones (las primeras a las que concurría en toda su vida) con una intachable hoja de gestora económica, seria y eficiente, y ha prometido, sobre todo, esa continuidad con respecto a la etapa de Lula. Rousseff necesitará, sin embargo, asentar su fuerza y poder en la presidencia, con un gobierno propio y su propia forma de trabajar, que es, sin duda, mucho más adusta que la de su predecesor. Pese a todo, se da por seguro que ahora mantendrá, por lo menos durante un año, al actual ministro de Economía, Guido Mantegna. La gran duda es su relación con los barones del PT, a los que Lula mantuvo siempre a raya, con el poder que le daba su fabulosa popularidad, y que ahora pueden reclamar mayor protagonismo. Uno de esos barones, José Dirceu, ha aclarado, sin embargo, que no aspira a ningún cargo ministerial. "Ni puedo, ni debo, ni quiero", ha proclamado.
El futuro de Lula, que se ha empleado en esta campaña con todas sus energías y ha demostrado que mantiene intactas su fuerza y su capacidad de convicción, es una de las grandes incógnitas de esta nueva etapa. ¿Optará a un tercer mandato en 2014 o considera que su tiempo "brasileño" está definitivamente cerrado? "Lula solo volvería en un caso", explica un destacado militante del PT. "Si Dilma llega a la presidencia y su mandato fuera un fracaso. Entonces, todos le pediríamos que regresara. Si Dilma tiene éxito, lo más natural sería que ella misma optara a la reelección".
Lo que parece claro es que ni Serra ni Rousseff tienen la extraordinaria proyección internacional que ha logrado el actual presidente brasileño. Lula es un "activo" de Brasil en todo el mundo y parece lógico que, bien sea al frente de una fundación, bien sea en cualquier otro puesto, la actividad internacional forme parte de la agenda inmediata de esta formidable figura política latinoamericana.
El futuro de Lula
El futuro de Lula, que se ha empleado en esta campaña con todas sus energías y ha demostrado que mantiene intactas su fuerza y su capacidad de convicción, es una de las grandes incógnitas de esta nueva etapa. ¿Optará a un tercer mandato en 2014 o considera que su tiempo "brasileño" está definitivamente cerrado? "Lula solo volvería en un caso", explica un destacado militante del PT. "Si Dilma llega a la presidencia y su mandato fuera un fracaso. Entonces, todos le pediríamos que regresara. Si Dilma tiene éxito, lo más natural sería que ella misma optara a la reelección".
Lo que parece claro es que ni Serra ni Rousseff tienen la extraordinaria proyección internacional que ha logrado el actual presidente brasileño. Lula es un "activo" de Brasil en todo el mundo y parece lógico que, bien sea al frente de una fundación, bien sea en cualquier otro puesto, la actividad internacional forme parte de la agenda inmediata de esta formidable figura política latinoamericana.
Dilma Rousseff promete continuar el trabajo de Lula
La candidata oficialista saca 11 puntos a José Serra y obtiene la victoria aritmética en la segunda vuelta de las elecciones presidenciales - En su discurso se compromete con las libertades de prensa y religiosa y la igualdad entre hombres y mujeres
S. GALLEGO-DÍAZ / J. ARIAS | Brasilia 31/10/2010
Dilma Rousseff, de 62 años, la persona elegida por Lula da Silva para sucederle, se ha proclamado hoy presidenta de Brasil, la primera en la historia del país. La candidata del Partido de los Trabajadores ha logrado el 56% de los votos en la segunda vuelta de las presidenciales, muy por delante de José Serra, del Partido de la Social Democracia (PSDB), que se ha quedado con el 44%: una diferencia de 11 millones de votos, según los datos oficiales difundidos por el Tribunal Electoral de Brasil con el 99,9% del escrutinio. Rousseff, del Partido de los Trabajadores (PT) ha prometido "honrar" el trabajo de Lula, su mentor y su predecesor en el cargo, el presidente más popular de la historia de Brasil, el que ha conseguido colocarlo como octava potencia del mundo y sacar de la pobreza a millones de brasileños. Dilma, como la conocen los brasileños, mantiene la lucha contra la pobreza y la estabilidad económica como sus prioridades, además de un compromiso con los derechos fundamentales y la igualdad entre hombres y mujeres.
El futuro de Lula
Los brasileños eligen al sucesor de Lula
Rousseff, la duodécima mujer en acceder al poder en América
¿Son fiables las urnas electrónicas de las elecciones brasileñas?
El Tribunal Electoral brasileño concede el derecho a réplica en Twitter al candidato José Serra
¿Cómo será Brasil sin Lula?
Una seria administradora a la sombra de Lula
Educación y política monetaria, principales retos del nuevo Gobierno
La candidata Dilma Rousseff saluda asus partidarios tras votar en Porto Alegre- REUTERS
Dilma Rousseff: "Prometo honrar la confianza depositada en mí"
AUDIO - Cadena Ser - 01-11-2010
Las primeras palabras de la nueva presidenta de Brasil - CADENA SER
La noticia en otros webs
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en otros idiomas
Dilma, que ha seguido el escrutinio desde su casa de Brasilia, se ha reunido con Lula tras conocer su victoria. Después se ha dirigido a un hotel para hacer una declaración ya como ganadora de las elecciones. En él, la presidenta ha rendido homenaje a su mentor, prometiendo que trabajará para extender su legado en "una nueva era de prosperidad". "La tarea de sucederle es difícil y representa un desafio, pero sabré honrar esta herencia y ampliar su trabajo", ha prometido.
La nueva presidenta se ha marcado dos objetivos fundamentales: la erradicación de la pobreza -que ya persiguió Lula con éxito- y el mantenimiento de la estabilidad y crecimiento económicos. "No podemos descansar mientras haya brasileños hambrientos, mientras hay familias que viven en la calle, mientras haya niños pobres abandonados a su destino", ha prometido. También se ha comprometido a garantizar las libertades de prensa y religiosa y a promover la "igualdad entre hombres y mujeres", principios, todos ellos, "esenciales de la democracia".
Con lágrimas en los ojos, la economista ha afirmado que el resultado de las urnas le ha encomendado la "misión más importante" y "difícil" de su vida y ha señalado, como el primero de sus compromisos, su intención de "honrar a todas las mujeres, para que este hecho inédito de hoy se multiplique" en toda la sociedad. "Quiero que los padres y las madres miren hoy a sus hijas y les digan que una mujer puede ser presidenta de Brasil", ha expresado.
En su lista de promesas, la que se ha presentado como "la presidenta de todos, respetando las diferencias de opinión", ha asegurado que garantizará "el derecho a la opinión y la expresión", el "empleo", la "distribución de renta", la "vivienda digna", la "paz social", las "más absolutas libertades de prensa, religiosa y de culto" y que velará por el estricto respeto "a la Constitución".
Asimismo, se ha comprometido con la meta de "erradicar la pobreza" en el camino ya iniciado por Lula, "el mejor presidente que ha tenido Brasil", y ha hecho un llamamiento a los "empresarios, trabajadores, iglesias, a la prensa y a todas las personas de bien del país" a colaborar con un Gobierno que será "para todos, sin exclusión".
Por su parte, el derrotado candidato del Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB), José Serra, y al que Rousseff se ha comprometido a "tender la mano", ha pedido a la futura presidenta "que haga el bien" para Brasil. "Estoy muy agradecido a los 46 millones de brasileños y brasileñas que votaron por mí", ha asegurado Serra, quien durante su discurso tras conocer su derrota ha abogado por un "Brasil soberano, democrático, que sea propiedad de su pueblo".
106 millones de brasileños acuden a las urnas
Luiz Inácio Lula da Silva, el presidente más popular de la historia de Brasil, dejó siempre claro que la victoria de su candidata sería una victoria propia. Y lo contrario: que su derrota significaría una bofetada del electorado en su propia cara. El candidato opositor, José Serra, también tuvo siempre presente que ni él, ni su grupo (Partido de la Social Democracia Brasileña, PSDB), luchaban sólo contra la candidata del Partido de los Trabajadores (PT), sino contra el propio Lula. "Mi batalla es una batalla gigantesca", confesó Serra poco antes de acercarse a depositar su voto, en la ciudad de São Paulo.
Finalmente, ha sido una batalla que no ha podido ganar, pese a lograr forzar hace dos semanas una segunda vuelta en la que han participado más de 106 millones de brasileños que han dado a una mujer el puesto de 40º presidente del quinto país más grande del mundo (toda la Unión Europea cabe en la mitad de su territorio).
Nueva etapa
Lula, que la eligió como candidata presidencial en contra de la opinión de muchos de sus compañeros del PT, ha sido un elemento decisivo en la victoria, pero como mantiene el ex ministro y sociólogo Roberto Mangabeira Unger, "ahora empieza un momento distinto, con una persona diferente y con un trabajo que tendrá sus propias exigencias". "Ahora comienza una nueva etapa en nuestra democracia", dijo la propia Rousseff a la salida del colegio electoral.
Lula ha estado ocho años en la presidencia (la Constitución brasileña prohíbe un tercer mandato) y se retira con un increíble 83% de popularidad. Pocos confiaban en que Serra, ex gobernador de São Paulo, pudiera dar la vuelta a los sondeos: la victoria del candidato del PSDB, bromeaba hace dos días, en una cadena de televisión, un conocido analista, solo parecía posible en dos circunstancias muy especiales: "que las empresas de sondeos se hayan vuelto locas... o que se produzca un milagro".
No parece, sin embargo, que los aspectos religiosos, tan presentes en la campaña para la segunda vuelta, hayan sido finalmente un elemento tan decisivo a la hora de depositar el voto. "Lo importante, por encima de todo", ha confesado a EL PAÍS un pastor protestante a la salida de un colegio en Brasilia, "es cómo ha mejorado la vida de la gente en estos ocho años". Para la mayoría de los expertos brasileños, es la llamada clase c, la nueva clase media baja, que ha nacido y crecido bajo la presidencia de Lula, la que tenía la llave de las elecciones. Y para esos millones de ciudadanos que confían, llenos de optimismo, en seguir mejorando su nivel de vida, la continuidad ha podido ser el elemento decisivo a la hora de depositar el voto.
Dilma Rousseff, hija de un abogado comunista búlgaro y de una maestra brasileña, antigua militante de un grupo armado durante la dictadura militar brasileña, se ha presentado a estas elecciones (las primeras a las que concurría en toda su vida) con una intachable hoja de gestora económica, seria y eficiente, y ha prometido, sobre todo, esa continuidad con respecto a la etapa de Lula. Rousseff necesitará, sin embargo, asentar su fuerza y poder en la presidencia, con un gobierno propio y su propia forma de trabajar, que es, sin duda, mucho más adusta que la de su predecesor. Pese a todo, se da por seguro que ahora mantendrá, por lo menos durante un año, al actual ministro de Economía, Guido Mantegna. La gran duda es su relación con los barones del PT, a los que Lula mantuvo siempre a raya, con el poder que le daba su fabulosa popularidad, y que ahora pueden reclamar mayor protagonismo. Uno de esos barones, José Dirceu, ha aclarado, sin embargo, que no aspira a ningún cargo ministerial. "Ni puedo, ni debo, ni quiero", ha proclamado.
El futuro de Lula, que se ha empleado en esta campaña con todas sus energías y ha demostrado que mantiene intactas su fuerza y su capacidad de convicción, es una de las grandes incógnitas de esta nueva etapa. ¿Optará a un tercer mandato en 2014 o considera que su tiempo "brasileño" está definitivamente cerrado? "Lula solo volvería en un caso", explica un destacado militante del PT. "Si Dilma llega a la presidencia y su mandato fuera un fracaso. Entonces, todos le pediríamos que regresara. Si Dilma tiene éxito, lo más natural sería que ella misma optara a la reelección".
Lo que parece claro es que ni Serra ni Rousseff tienen la extraordinaria proyección internacional que ha logrado el actual presidente brasileño. Lula es un "activo" de Brasil en todo el mundo y parece lógico que, bien sea al frente de una fundación, bien sea en cualquier otro puesto, la actividad internacional forme parte de la agenda inmediata de esta formidable figura política latinoamericana.
El futuro de Lula
El futuro de Lula, que se ha empleado en esta campaña con todas sus energías y ha demostrado que mantiene intactas su fuerza y su capacidad de convicción, es una de las grandes incógnitas de esta nueva etapa. ¿Optará a un tercer mandato en 2014 o considera que su tiempo "brasileño" está definitivamente cerrado? "Lula solo volvería en un caso", explica un destacado militante del PT. "Si Dilma llega a la presidencia y su mandato fuera un fracaso. Entonces, todos le pediríamos que regresara. Si Dilma tiene éxito, lo más natural sería que ella misma optara a la reelección".
Lo que parece claro es que ni Serra ni Rousseff tienen la extraordinaria proyección internacional que ha logrado el actual presidente brasileño. Lula es un "activo" de Brasil en todo el mundo y parece lógico que, bien sea al frente de una fundación, bien sea en cualquier otro puesto, la actividad internacional forme parte de la agenda inmediata de esta formidable figura política latinoamericana.
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