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sábado, 14 de dezembro de 2019

EEUU apoya golpe de Estado o asesinato de Evo Morales

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Avram Noam Chomsky WIKIPEDIA

Chomsky: EEUU apoya golpe de Estado o asesinato de Evo Morales-http://bit.ly/2PkrDVp


Hispantv afirma que segundo CHOMSKY EEEUU apoia GOLPE E ASSASSINATO DE EVO MORALES.
VEJAM ABAIXO:


El politólogo Noam Chomsky denuncia que EE.UU. está detrás del golpe de Estado de la oposición en Bolivia para derrocar al presidente Evo Morales.
“El golpe es promovido por la oligarquía boliviana (…) y cuenta con el total apoyo del Gobierno de Estados Unidos, que desde hace mucho tiempo está ansioso por expulsar a Evo Morales y a su movimiento del poder”, advirtió el reconocido politólogo estadounidense.
En un comunicado emitido el sábado, Chosmky alertó que el centro de operaciones de la embajada de Estados Unidos en La Paz (capital boliviana) ha dejado entrever dos planes en el país suramericano: “el 'plan A', un golpe de Estado, y el 'plan B', el asesinato de Morales”, indicó.
Conforme al politólogo, la oposición boliviana prepara un golpe de Estado tras el fracaso que sufrió en los comicios del pasado 20 de octubre frente al Movimiento al Socialismo (MAS), liderado por Morales.
Tales acciones constituyen una grave violación de la Carta de las Naciones Unidas y de todas las normas internacionales, ha lamentado, antes de expresar su esperanza de que el pueblo y el Gobierno bolivianos frustren los complots en su contra.

El viernes, Morales anunció que elementos de la oposición buscan sacarlo del poder, con acciones como el reciente motín de policías en tres ciudades centrales del país. Ante tal situación, el líder indígena convocó al diálogo a los partidos políticos para “defender la democracia” y pacificar Bolivia.
No obstante, grupos de la oposición no cesaron sus planes golpistas y asediaron el mismo sábado el edificio donde funcionan la Red Patria Nueva y el canal Bolivia TV (BTV), en un intento por “acallar la prensa” para demandar la renuncia del jefe de Estado en desconocimiento de su mandato constitucional, tal y como avisa Morales.
Por su parte, la Cancillería de Bolivia ha señalado que las acciones de grupos radicales de oposición contra medios de comunicación del país constituyen una vulneración a la libertad de prensa y al derecho a la comunicación y a los principios básicos del estado de derecho.

ARGENTINA PONE ORDEN DE CAPTURA A USURPADORA AÑEZ, AL FINAL CANCIÓN"OBRA...

Chile: Economía hundida en protestas - Cartas sobre la mesa

PIERRE LEVY ,PARADOXOS NA COMUNICAÇÃO



http://bit.ly/2E3O62A




 PAULO ALEXANDRE CORDEIRO DE VASCONCELOS -USP

 ABRINDO 

Os anos 90, no Brasil, presenciaram uma avalanche de propostas de educação à distancia, mediadas pela rede mundial de computadores, em que pontuam os recursos multimÍdia, as webcans, as tele-conferências; prometendo assim mudar o ambiente da aprendizagem. Munidos de otimismo e marketing, os cursos transversam desde propostas mais simples, indo até a cursos de extensão universitária e mestrados.

A pedagogia, ai defendida, apoia-se numa ciberpedagogia, na trama do hipertexto, e suas múltiplas linguagens; a avaliação do aprendizado apoia-se muito mais na demanda em que o curso se coloca(economicamente), fundamentando assim sua defesa, qual seja, em nível de marketing.

Inúmeros e novos profissionais adentram aos novos espaços da educação à distância e ocupam lugares dos profissionais da pedagogia; são eles com destaque web designer, instructional designer..

Grande parte destes projetos é defendida sob inspiração de Pierre Lévy, em defesa do ciberespaço, potencializam terminologias como inteligência coletiva em ambientes interativos, insinuando diversidade ecológica do conhecimento. Livros brasileiros, que discutem a educação à distância, citam inexoravelmente a obra de Pierre Lévy. A fim de construir argumentos, ou justificativas, que acoplem o pedagógico ao ciberespaço, Lévy é, agora, um novo ciberpedagogo.

A tecnologia, tenta assumir nos seus procedimentos de arquitetura técnica e performances da informação, baseada na cibernética, o lugar da didática, das discussões filosóficas da aprendizagem.

A sala de aula, o espaço presencial , o espaço de trocas, em que se misturam elementos simbólicos variados, desde linguagens verbais, imagéticas, sonoras e cinestésicas são trocados pelo ambiente do ciberespaço, numa tentativa de fazer valer este espaço desnudo, ainda , de compreensões didáticas.

LÉVY - UM PERCURSO 

Pierre Lévy (1956- ) aparece no Brasil no início da década de 90 .Seu livro de impacto é Tecnologias da Inteligência – Brasil,1993, com datação francesa de edição de 1990. Este autor é fruto de uma metamorfose franco-canadense. De formação em História na França, parte para o Canadá onde desenvolve estudos ligados à inteligência e cognição e lá investe no hipertexto, não mais retornando à sua gênese acadêmica. Visto como um filósofo da cultura virtual contemporânea, Lèvy é docente do Departamento de Hipermídia, Universidade de Paris-VIII. Trabalha junto ao Ministério de Educação da França, com seu ex-professor e companheiro intelectual Michel Serres. Seu trajeto inicial intelectual publicado é a Máquina Universo (Brasil,1998) - La Machine Univers, edição francesa (1987), em que já trata da inteligência e das tecnologias intelectuais, recortadas pelos paradigmas da informática. Tecnologias da Inteligência é resultado de suas andanças e elucubrações em terras americanas - Lês Techonologies de L’intelligence (1990).

Sua formação histórica lhe permite fazer algumas elucubrações esparsas em que se sustenta parcamente para elucidar os fundamentos da escrita e seu poder textual, mas parece não considerar substratos epistêmicos sociais como o caráter genético da fala , da oralidade e suas implicações com a escrita.

A TÉCNICA/CIÊNCIA: FILOSOFIA 

Tomando a técnica como o seu grande aliado, ele não a situa dentro do devir histórico, senão num corte das técnicas operadoras do texto, caso da agricultura - campo – pagus - a pagina da escrita, levantando que esta, ao estabelecer parcerias interativas, participou do constructo epistêmico com a ciência . Ao vincular-se à Filosofia, toma posição defensiva, ou seja, defende-se, acusando Heidegger, Simondon, J. Ellul, entre outros, de desconhecerem a real eficácia da técnica , invertendo assim o papel da mesma, diante da ciência.

“Que o filósofo ou o historiador devam adquirir conhecimentos técnicos antes de falar sobre o assunto, é o mínimo. Mas é preciso ir mais longe, não ficar preso a um ”ponto de vista sobre....” para abrir-se possíveis metamorfoses sob o efeito do objeto. A técnica e as tecnologias intelectuais em particular tem muitas coisas a ensinar aos filósofos e ao historiadores sobre a história”(Lévy:199:11:1993)

Apesar de querer repropor uma história das técnicas, e apelar para ciências e mesmo à Filosofia, perde-se num emaranhado de argumentações interpretativas subjetivas e de defensiva racionalidade técnica e seu poder de antevisão do futuro e do conhecimento.

Todavia, o que Lévy quer propor é a reconciliação absoluta entre ciência e técnica, sem absolutamente reconhecer o devir histórico já percorrido e todo o discurso filosófico que o reflexiona, em que se destacam os desmandos que historicamente foram realizados sobretudo no âmbito dos dispositivos da era industrial, pósindustrial e da explosão das tecnologias midiáticas.

O capitalismo, na era das mídias eletro- eletrônicas e digitais, firma seu apogeu, unindo-se à Matemática, ao cálculo, às especulações do ser vivo, às biotecnologias, buscando a construção de frankensteins, que busquem competir, ou até mesmo, superar o humano. Contudo, para este autor não se trata de superação do humano, mas sua reconstrução.

Ora, se é legítimo cogitar sobre a reconstrução do humano, porque não é dado o direito à Filosofia em perguntar sobre esta desconstrução, em tempos em que a técnica fragmenta, exclui ou propõe a ação desumanizadora?, ou com isto já inauguramos a morte do sujeito corpóreo, do social e da política, como já preconizava Baudrillard(1990)?

A desconstrução de Lévy, atacada pelos discursos de seus concidadãos franceses Jean Baudrillard, Paul Virilio e Philippe Breton, se dá no âmbito da sedução das engrenagens motrizes, num espaço reinventado de uma comunicação utópica e, como tal, num investimento, em parte, alienada em face da condição do humano e morte de uma Filosofia que plasmou o humano na busca de sua verdade.

Na França, proliferam-se posturas dissidentes ao pensar filosófico clássico, ou de base humanista como as do grupo de Breton, em que se situa o próprio Lévy, como também Michel Serres e Bruno Latour. Tais posturas, ao se centrarem no âmbito da Filosofia da Matemática, reiteram críticas às perspectivas do pensamento filosófico cujo enfoque é o homem, como a querer forjar uma nova essência, a informacional.

Atestando esse pensamento, assim se coloca Serres: “......já não há querelas entre antigos e modernos nos pontos em que a Filosofia seria polêmica: há querelas entre antigos e novos matemáticos entre os modernos e lógicos. A Epistemologia afastou-se do circuito. Enquanto conservar sua intenção tradicional continua a estar.(...) Vemos aqui duas razões para que a epistemologia clássica seja banida das matemáticas modernas e da lógica matemática: a recusa duma situação de prioridades, no primeiro caso, a estreita ligação com a análise reflexiva, no segundo o transporte efetivo dos problemas da epistemologia para a técnica científica. Em cada um dos casos, apenas se trata de origem e de fundamento: ficamos pela prioridade numeral par ao edifício e pela prioridade do sujeito operante para a sua justificação.(Serres :47 ;s/d)

 Lévy, indo na mesma mão que Serres, refuta as críticas da Filosofia à técnica, pois é este o grande impasse para a sua apologia da tecnologia do ciberespaço reinando como instrumento da razão, e da ideologia, que inclusive faz montar sua Antropologia descentrada no homem, mas partilhada entre homem e seus objetos com o poder de confundir esse sujeito com o objeto.

 “.....no momento em que dezenas de trabalhos empíricos e teóricos renovam completamente a reflexão sobre tecnociência não é mais possível repetir com ou sem variantes Husserl , Heidegger ou Ellul . A ciência e a técnica representam uma questão política e cultural excessivamente importante para serem deixados a cargo dos irmãos inimigos cientistas ou críticos da ciência que concordam em ver no objeto de seus louvores ou de suas censuras um fenômeno estranho ao funcionamento social ordinário. “(Lévy :12:1993)

Segundo Lévy, parece-nos, só é possível de reinventarmos o homem na troca da ciência pela técnica e desdizer Heidegger do ente como pano de fundo ontológico.

 Mas o impasse maior é criado quando o mesmo afirma que o seu propósito não é uma crítica filosófica da técnica, aliás não poderia ser na sua argumentatividade frágil, mas logo a seguir diz que seu verdadeiro propósito é “antes de colocar em dia a possibilidade prática de uma tecnodemocracia” (Idem:12).

Bom do impasse evidente, cresce sua incoerência epistêmica ao desejar justapor dois conceitos vistos e revistos pela Filosofia em lugares tão antagônicos: a democracia e o fulgor da técnica. Todavia, dando uma seqüência a seu plano incoerente, ele propõe que a filosofia política “não pode mais ignorar a ciência e a técnica.” (pág 9). Ele despeja sua argumentatividade para poder afirmar mais adiante que, diante das críticas de Jacque Ellul, Gilbert Hottois e Michel Henry, fica impossível reafirmar seu desenho da tecnodemocracia. Assim, pede uma revisão da técnica historicamente, do ponto de vista das reflexões da filosofia clássica.

Tal estratégia prende-se ao fato de a seguir pretender fazer a apologia da modulação da rede como se fora uma verdadeira simulação da mente humana, e assim buscar ser a rede um espelho cognitivo, quando na verdade nem 30 por cento da população mundial se acha plugada na rede, quando ainda não atingimos a democracia na escrita para uma educação coletiva.

Na verdade, o que Lévy quer encontrar similitude, na rede do hipertexto e sua interfaces, é com uma organização cognitiva, em que ele luta para ali encontrar espaço para a sua defesa da tecnodemocracia., em que reinaria a ecologia cognitiva, dentro de um contexto da Cibercultura, portanto da Comunicação, “através de mundos virtuais compartilhados”.

 Lévy, neste sentido, é muito mais a utopia wieneriana do que um pedagogo pois o que ele pretende é prospectar o homem pelo viés do comando orgânico de informação, podendo ser conformado nos critérios da comunicação midiática, o que reduz o ser a uma releitura do biológico através das interfaces de informações, transmutadas da sintomatologia orgânica à codificação cibernética/informacional.

Tal modulação da comunicação, segundo seu maior crítico P. Breton, pesquisador da informática e teorias da argumentação, é resultado das pesquisas nos anos quarenta - 42 a 47 - em que se uniam interdisciplinarmente a cardiologia, a neurofisiologia, a telefonia, a eletrotécnica, as matemáticas aplicadas, bem como a antropologia (Breton:15:94).

 Tais pressupostos começam, segundo Breton, a se alinhar num segundo momento – ano final dos anos quarenta - se caracterizar pelo domínio do social e do político. Passa a vigir então um modo de ver a comunicação, gestada não entre os medias, mas entre cibernéticos, cuja proposta era de que a informação/comunicação era o todo, podendo o real ser visualizado por este par e, indo mais além, ver o comportamento dos seres apenas como “permuta de informação”.

Consignando desta feita o ser enquanto comportamento observável e podendo ser decomposto, estão lançadas as bases da interatividade ou retroação da comunicação. Tal pressuposto leva a contemplar a democratização do saber humano pela interatividade e retroação interconectada pelas próteses maquínicas.(idem)

 Indo a busca de uma crítica a tais posturas, como essas em que se achega a Pierre Lévy, em que se vê as tecnologias da comunicação como a salvação para a democracia, Philippe Breton chamará isso de “Uma Utopia da Comunicação”. Ele vai tomar o pensamento wieneriano, que permeia projectualmente o pensamento de Lévy, para apontar as distorções do homem pela técnica no ambiente das comunicações e no aparecimento de novas antropologias, como a de Lévy, que busca justificar tecnodemocracia, no ciberespaço, erigindo a sua utópica ágora, mantida pelo hipertexto. .
Breton assim se coloca:

 “o projeto utópico que se desenvolve em redor da comunicação, é ambicioso e se desenvolve em três níveis: uma sociedade ideal, uma outra definição antropológica do homem e a promoção da comunicação como valor. Esses três níveis concentram-se em torno do tema de um homem novo a que se chamará aqui de homo communicans. Esse homem novo corresponde nada mais nada menos, na perspectiva de Wiener , à tentativa de recolar, recorrendo aos materiais disponíveis, os fragmentos que uma civilização derrotada tinha feito estalar num grande turbilhão entrópico. O homo communicans é um ser sem interioridade e sem corpo, que vive numa sociedade sem segredos, um ser por inteiro voltado para o social, que não existe se não através da informação e da permuta, numa sociedade tornada transparente graças às novas “ máquinas de comunicar”. Essas qualidades do homem na comunicação, que contribui para alimentar o ideal do homem moderno, parecem como uma das alternativas á degradação do ser humano, resultante da tormenta do século XX”(Breton:46:1992).

Breton chama-nos a atenção, no que compartilho, para os novos paradigmas desta nova comunicação que se instaura, no sentido de sua utopia, ou nas demasias forjadas pela comunicação que a tudo comunica e a nada comunica, como que numa perspectiva bem próxima a de Jean Baudrillard. O primeiro ainda coloca de modo contundente, em oposição a Lévy, que, na verdade, as articulações da sociedade de consumo e sociedade no seu pensamento liberal manipulam jogos de interesses econômicos e políticos mancomunados com os trunfos da informática, no ideal utópico de plena comunicação, sem antever as situações de exclusões sociais, e de bloqueios sociais. Isto, para o autor, pode na verdade afetar os patamares possíveis da democracia, pelo excesso de comunicação forjada nos domínios da banalização da retórica e de suas técnicas que a viabilizam.

 PARA CONCLUIR 

Inegável que a rede é um espaço da comunicação em que se alocam as perspectivas utópicas plurais como também se alojam fanatismos, é um espaço em que transita o saber, mas neste também se constitui o espaço dos excessos, das simulações, e sobretudo espaço do consumo. Não queremos aqui negar sua condição de ferramenta da educação, todavia ainda estamos distantes de uma pedagogia ágil para a rede, até mesmo face aos impasses econômicos, no que de econômico implica o uso da mesma.

 A Rede Mundial de Computadores_Internet- tem potência como ferramenta, dentro do que se entende por tecnologia educacional, em agilizar o espaço do saber, da educação, mas sem os exageros prescritos por Lévy quando trata a inteligência nos meandros da rede midiática de inteligência coletiva, justapondo-a num mesmo espaço de homens e máquinas, fazendo ,ainda assim, um recorte antropológico.

Caminha ainda ele para uma deturpação, com relação à inteligência, pois ela sempre foi exercida no domínio do coletivo, todavia ela é individuada, sendo copartícipe do outro e no coletivo, aliás assunto já visto pelo construtivismo, nos focos piagetianos e vygotskianos. A rede é facilitadora,da informação, enquanto ferramenta e sistema.Mas. por outro lado, ela exige capacitação técnica de ferramentas –pc, softwares, browser, para só assim constituir o sujeito-potência do conhecimento. Há mediações técnicas e, portanto, de consumo, de dispêndio econômico,assim como se necessita de agilidade de comportamento técnico, para só assim estar constituído potencialmente o sujeito do saber.

Por outro lado os ambientes interativos são produção de contatos sociais, e de simulações do espaço social, em que o volume se descredibiliza, como nos aponta Virilio, e que tal variável definha a presença, por decorrência a percepção e o aquecimento do vínculo social .(Virilio:1993)

 Chama-nos atenção Breton em sua última obra – Lê culte de L’internet(2000) - para a ameaça ao vínculo social que se depreende da forma política articulada pelos grupos hegemônicos da rede, determinando uma nova forma de vida que passaria por um verdadeiro fundamentalismo, pondo em jogo princípios da democracia até então vividos, e cultivados.

A ágora lewiana é utópica, fundada pois na ideologia do approche da tecnologia, da cibernética, da informação matemática, ou das tecnobiologias. Ela se inscreve no ideário utópico da perseguição à comunicação democrática. Ainda hoje as tecnologias aplicadas pela educação, e como tantas outras formas da tecnociência, que já tentaram a democratização do saber através da escrita, da imprensa, do rádio e da TV, mas que na verdade se mostraram utópicas, até porque as tecnologias são ideologias a serviço de um sistema econômico maior. Lévy é utópico pois ainda estamos a esperar a mais perfeita forma de ágora.


BIBLIOGRAFIA 


BAUDRILLARD, Jean. Estratégias Fatais. Trad. M. Parreira. Lisboa : Estampa 1990.
BRETON, Philippe. A Utopia da Comunicação. Trad. S. Fereira. Lisboa; Instituto Piaget 1999. BRETON, Philippe e S. Proulx. A Explosão da Comunicação.Trad.M.Carvalho. Lisboa: Ed Bizâncio, 1997.
BRETON, Philippe. Le Culte d L’ Internet. Paris: Decouvert ,2000
BRETON, Philippe. História da Informática. São Paulo: Ed Unesp 1991. LÉVY, Pierre. O que é virtual.Trad.P. Neves. São Paulo: Ed.34, 1996.
 LÉVY, Pierre A Árvore do Conhecimento. São Paulo: Escuta, 1995.
 LÉVY, Pierre A Inteligência Coletiva: por uma antropologia do ciberespaço, São Paulo: Loyola, 1988.
 LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência, São Paulo: Editora 34, 1995.
LÉVY, Pierre O que é o virtual?, São Paulo: Editora 34, 1996.
LÉVY, Pierre. A Máquina/universo. Trad. B. C. Magne. Porto Alegre: Artes Médicas,1998.
SERRES, Michel. A comunicação. trad. F.Gomes, Porto, Portugal, ed Re,s/d
VIRILIO, Paul. Estratégia da decepção. Trad.L.V. Machado. São Paulo : Estação Liberdade, 2000. VIRILIO, Paul.O Espaço crítico.Trad.P.R.Pires.Rio de Janeiro:Ed.34. 1993
VIRILIO, Paul . Cibermundo: a política do pior. Lisboa: Teorema, 2000
WIENER, Norbert. Cibernética ou o controle e comunicação no animal e na máquina. São Paulo; Polígono e Usp, 1970
 WIENER, Norbert. Cibernética e sociedade. São Paulo; Cultrix, 1973

Wagner Moura: "Lo primero que quiso hacer Bolsonaro fue destrozar el apa...


sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Mario Vargas Llosa y el genio del impostor

http://bit.ly/2Py7sST

KAOSENLAREDE  * Cristóbal León Campos. Integrante del Colectivo Disyuntivas- dá-nos uma matéria sobre o ultradireitista e esclerosado como disse ATILIO BORON:
LEIAM ABAIXO:
http://bit.ly/2Py7sST
Mario Vargas Llosa es sin duda un genial impostor, es un genio de la palabra usada para la ofensa de los pueblos, su defensa de la democracia colisiona cuando se enfrenta al verdadero deseo popular como el que se manifiesta en Chile, Ecuador, Haití, Honduras…


Suele decirse en el habla popular que “a los arrepentidos quiere Dios”, Mario Vargas Llosa, escritor peruano convertido en español, aprendió muy bien esta frase y la ha hecho parte de su ideario político desde hace ya varias décadas. Arrepentido converso Vargas Llosa dejó atrás su militancia en el Partido Comunista Peruano y se afilió con exorbitante feligresía al liberalismo en sus expresiones más conservadoras, siendo a la fecha, un feroz vocero que celebra las atrocidades que el capitalismo despliega alrededor del mundo, como ejemplo reciente, declaró sin el más mínimo sentimiento de pudor durante una entrevista: “Veo con absoluta perplejidad lo que ocurre en Chile, reconozco mi perplejidad total”, haciendo gala de su común cinismo a la hora de hablar de las justas luchas de los pueblos latinoamericanos. El escritor oculta con su comentario las razones estructurales de las grandes movilizaciones que desde hace más de cincuenta días sacuden la nación chile. En la misma entrevista, dijo que Chile es “un ejemplo maravilloso para América Latina”, sí, así literal, expresión sustentada, según Vargas Llosa, en la continuidad del modelo neoliberal implantado nada menos y nada más que durante la dictadura sanguinaria de Augusto Pinochet, tal como se lee, el gran defensor de la democracia liberal no oculta su afiliación a las herencias dictatoriales que aún sobreviven en América Latina y que él conoce muy bien, pues su natal Perú, también ha padecido el dolor de la imposición militar y el sometimiento de las voluntades populares. Pero como si esto fuera poco para caracterizar al personaje, puntualizó en la misma ocasión con una falsa interrogante: “¿Cómo es posible que en una sociedad que está experimentando estos beneficios estalle de pronto con la violencia con la virulencia con la que ha estallado en Chile? No tengo explicación, a no ser que al mismo tiempo que ese progreso era una realidad en términos estrictamente matemáticos no se haya creado esa igualdad de oportunidades”.
La supuesta sorpresa de Vargas Llosa, no es otra cosa que la actuación cual personaje de novelo, ¿acaso no sabía de los miles de chilenos despojados de todo por la dictadura que defiende y por la profundización de modelo neoliberal? ¿Será que su aguda mirada únicamente puede detectar carencias en países con procesos revolucionarios como Cuba y Venezuela imposibilitándole ver que en toda Latinoamérica gobernada por bajo el régimen capitalista se vive a diario opresión, hable e injusticia? ¿No sabe Vargas Llosa que los gobiernos neoliberales han maquillado y mediatizado los reales resultados de sus gestiones ocultado los niveles crecientes de pobreza, violencia, desempleo e impunidad? ¿Será que no aprendió nada de matemáticas y por ello le falta un poco de astucia para notar lo que todos sabemos ante las cifras presentadas por el poder burgués? ¿En verdad no sabe Vargas Llosa que la violencia a la que hace referencia es ejercida por el gobierno de Sebastián Piñera con total brutalidad y avalada por la OEA y el imperialismo estadounidense? No hay duda, la mirada ciega de Vargas Llosa solo le permite aplaudir al neoliberalismo y le impide reconocer la necesidad de la lucha social para mejorar la condición de vida d millones de seres humanos, en Chile como en todo el mundo, su adhesión incondicional al liberalismo ultraconservador lo compromete a tener que dejar a un lado los crímenes de lesa humanidad cometidos por la represión y mirar hacia cualquier otra parte a la hora de denunciar y apoyar las causas populares.
Entonces ¿quién es el Dios al que Vargas Llosa le reza?, pues claramente, sus plegarias van dirigidas a sustentar al capitalismo y preservar la dictadura del capital sobre la vida humana.
II
En acto seguido o más bien continuo, Vargas Llosa ha dicho: “Temo que el populismo de AMLO conduzca otra vez a México a la dictadura perfecta”, haciendo referencia a las acusaciones conservadoras que sobre el presidente mexicano pesan, en el sentido de una acumulación de poder al viejo estilo del presidencialismo priista. La realidad es otra, si bien el proceso reformista abierto por Andrés Manuel López Obrador y su llamada “Cuarta Transformación”, encuentran en sí mismos un sinfín de contradicciones, la afirmación del escritor no es otra cosa que viejo juego del genio que anda por los lares del mundo denostando las manifestaciones populares de apoyo a gobiernos y procesos de cambio, su carácter ultraconservador le imposibilita reflexionar con calma, las acusaciones que dicen que en México podríamos estar caminando hacia una dictadura vienen ni más ni menos que de los sectores más reaccionarios del país, grupos empresariales, mafias de poder económico y partidos políticos de corte ultraconservador como el Partido de Acción Nacional son quienes difunden esas ideas, y desde luego, esbirros de la palabra como Vargas Llosa la hacen suya, sumándose al eco derechista que asola las esperanzas de los pueblos latinoamericanos.
El escritor dijo que: “El país estaba en un proceso de modernización muy acelerado, con una política económica bastante buena, dicho sea de paso, a pesar de la corrupción. Y yo creo que con López Obrador ha habido un retroceso hacia el populismo, precisamente, que podría traer muy malas consecuencias para México”. De nuevo la idea de modernidad y progreso presente en discurso liberal-conservador, algo de lo que tampoco escapa AMLO, pero que de la voz de Vargas Llosa se presenta como añoranza del pasado y no como proyección de futuro, la forma en que refiere el “proceso de modernización” hace imaginarlo como la panacea del bienestar, idea falsa como lo ha demostrado la historia. ¿Acaso tampoco se enteró de que en México a raíz de la implementación del modelo neoliberal se incrementó la pobreza, los niveles de violencia se dispararon y la inconformidad social creció exponencialmente? A eso que llama “política económica bastante buena” es la misma cosa que arrojó a la desesperación a millones de mexicanos que encontraron cause a su inconformidad votando por el cambio ofrecido por AMLO, y aquí más allá de las contradicciones naturales del reformismo, lo que está en juego es la conjura conservadora por denostar cualquier avance o cambio que pudiera generar una mejor condición de vida a sectores importantes de la población, es decir, a Varga Llosa no le importa el pueblo mexicano, únicamente se mantiene fiel al discurso liberal cuya matriz se acomoda según la necesidad del mercado que tanto defiende.
Vargas Llosa declaró que AMLO es “la resurrección del PRI”, refiriéndose a las formas ya mencionadas de ejercer el poder, queriendo reciclar su famosa frase de “la dictadura perfecta”, que ahora pone en cuestionamiento para volverla a usar diciendo que: “Felizmente no era tan perfecta era bastante imperfecta, felizmente para los mexicanos y me temo muchísimo, muchísimo de que el populismo que parece realmente la ideología del presidente de México nos conduzca otra vez a la dictadura perfecta o imperfecta pero dictadura al fin y al cabo”, ¿y cuando dejo de ser perfecta?, otra vez, ni más ni menos, cuando se dio el triunfo del PAN en el 2000, fecha en que los “analistas” hablaron del inicio del tránsito democrático en México, y entonces ¿cuándo ha regresado la intención de poner la idea en vigencia?, pues justamente cuando los sectores ultraconservadores como los que encabeza el PAN acusan al gobierno de conducirnos a una dictadura mientras preparan si les fuese posible, un golpe de Estado al estilo boliviano. Ahora bien, es cierto que los sectores políticos y económicos con que la Cuarta Transformación sostiene alianzas e incluso militancia, son herencia de los regímenes anteriores, pero esta contradicción-continuidad no es reflejo de lo postulado por Vargas Llosa, en realidad es la siempre presente contradicción de querer reformar un sistema inhumano como lo es el capitalismo a través de la política de conciliación de clases y manteniendo sus estructuras profundas intactas. Lo que en México acontece es la reformulación del proyecto capitalista, pero ni eso hace feliz al señor Vargas Llosa.
III
La cereza del pastel la puso Vargas Llosa al referir a lo acontecido en Bolivia, negando el golpe de Estado y aplaudiendo lo que llama “la repulsa” del pueblo boliviano queriendo dar a entender que Evo Morales dejó el poder por voluntad popular y no por la traición militar y política que junto a la conjura imperialista mantiene a Bolivia en un estado indefenso, con el pueblo luchando en las calles contra la imposición y los militares reprimiendo a mal salva sin ningún límite. El escritor hace suyas las acusaciones de la OEA, del imperialismo estadounidense y de las oligarquías latinoamericanas de que en Bolivia hubo un fraude que desencadeno la salida de Evo Morales, pero resulta más que obvio, que Vargas Llosa no leyó ni siquiera el propio informe de la OEA antes de hablar, y en realidad parecería que ni la OEA lo leyó, pues en el al fin difundido informe no se sustenta ningún fraude, no hay pruebas, cosa, que ya habían demostrado diferentes organismos internacionales a través de investigaciones serias y profundas. La burda acusación se vino abajo al mismo instante en que se lanzó, la ceguera de Vargas Llosa no le permite ver lo que a todas luces es un golpe de Estado y lo que llama proceso democrático no es otra cosa que las hordas neofascistas liberadas para usurpar el poder en Bolivia bajo las órdenes del imperialismo estadounidense que pretende recuperar su hegemonía perdida en la región y extraer la riqueza natural y mineral. ¿Será que Vargas Llosa no alcanza a ver los asesinatos, el racismo, las claras violaciones a toda la constitución boliviana y la instauración de un gobierno de facto-golpista? Claro que sabemos que lo ve y lo celebra, su adhesión al conservadurismo le permite esto y muchos otros silencios que a lo largo de su vida ha guardado para alcanzar los premios literarios y posiciones de poder en el mundo cultural, su adoración por la corona española le ha valido reconocimientos y evidencia su apego al neocolonialismo en América Latina.
Cómodo desde Miami (habitad de la mafia cubana), Vargas Llosa llamó “dictadorzuelo” a Evo Morales, expresión que ha usado para denominar a los gobierno de Cuba, Venezuela y Nicaragua, y como se ha dicho ahora va buscando usar para el caso de México, justamente, tres de los gobiernos latinoamericanos opuestos al imperialismo estadounidense, ¿será casual que la opinión de Vargas Llosa sea la misma que la emitida desde Washington?, nada es casual y mucho menos si hablamos del oportunismo y el sometimiento de Vargas Llosa y muchos otros intelectuales que arrepentidos han claudicado en su apoyo a las causas populares para terminar siendo voceros de los intereses burgueses-capitalistas y aferrados defensores, del neoliberalismo, el imperialismo y las formas neocoloniales que por siglos han dañado a los pueblos de Nuestra América.
IV
Mario Vargas Llosa es sin duda un genial impostor, es un genio de la palabra usada para la ofensa de los pueblos, su defensa de la democracia colisiona cuando se enfrenta al verdadero deseo popular como el que se manifiesta en Chile, Ecuador, Haití, Honduras, y cuando tiene enfrente la defensa soberana ante la injerencia imperialista como sucede en Bolivia, Venezuela, Nicaragua y Cuba. El politólogo argentino, Atilio A. Boron, ha escrito un libro indispensable para comprender la perversidad del discurso liberal-conservador de Vargas Llosa, la obra de Boron, El hechicero de la tribu (Akal, 2019), es un ejercicio intelectual de gran valía que desmenuza idea por idea el pensamiento del escritor peruano-español, un análisis vigente en estos tiempos de cinismo oportunista en boca de los voceros del imperialismo y el neoliberalismo.
Los ataques y silencios en el discurso de Vargas Llosa son por sí mismos la respuesta del lugar que ocupa y defiende, se arrepentimiento por su antigua militancia socialista, su miedo por desconocimiento del marxismo, su apostolado liberal fanático, lo pone claramente del lado de los intereses capitalistas, y eso, le neutraliza el juego de objetividad y crítica con que quiere presentarse, su papel en la batalla de ideas es defender la opresión y el libre mercado, hace mucho, que decidió vender su pluma al mejor postor y le fue comprada sin mayor esfuerzo por los sectores ultraconservadores de Europa y Latinoamérica, eligió la fama en lugar de la dignidad (un mal común entre los escritores), ahora, tiene su lugar seguro en el parnaso de los galardonados pero alejado de las necesidades reales de los pueblos latinoamericanos y del mundo.
El discurso de Mario Vargas Llosa se diluye cómo las páginas de sus novelas, el aire se lleva lo superfluo del mensaje al basurero moral en que habita, sobreviviendo; su cínica postura de genio impostor.

 * Cristóbal León Campos. Integrante del Colectivo Disyuntivas

Pepe Mujica en el CNBAe Alberto Fernández charla

Ela é mais grossa que corno enrolado em palha de bananeira

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Foto-Amazon
Entrei numa galeria -loja na Av Paulista para ver o preço de um brinquedo-Um pião de aluminio.Já tive um, mas dei a uma filha de um amigo.
Bom, perguntei a senhora que me atendeu quanto era o preço. Falou que era tanto, daí eu disse e se eu levar 3 faz desconto, a senhora piscou o olho e disse -é com ela - uma outra- suposta dona.
A proprietária disse:o que é , e contei. Ela disse faço não, nao tem desconto não ,é preço de 4 anos atrás.
Eu disse parcela :em duas vezes?
Ela- Nãoooooooooo
Eu disse a senhora é de onde?
Ela- pra quê quer saber?
Eu- Curiosidade
Ela- E o senhor é de onde?
Eu- Sou do Brasil, daqui mesmo.
Ela-De onde?
Eu- Para que a senhora quer saber?
Ela- Curiosidade igual a sua.
Eu- Então diga a sua que eu digo a minha.
Ela -Romênia  e o senhor diga agora.
Eu- Já disse Brasil
Ela-Mas é de origem árabe, tem cara?
Eu-Não, eu su tupi- guarani.
Ela -deu uma risada e falou tá brincando!
Eu-Pois sou.
Ela- E ainda quer comprar pião.
Eu -E porque não?
Ela-Bom, vamos parar ,se não vai levar, saia.
Eu -Tá bom , mas a senhora saia também daqui do Brasil
Ela- sai, sai
Eu-Não faça isso senão a coisa engrossa.
Ela- Já engrossou e se não sair chamo a polícia.
Eu -Vou sair mas aprenda a vender e ser educada .
Ela- por isso que esse país nao vai pra frente.
Eu-Pois é com gente como a senhora  não vai mesmo e olha que lhe demos guarida.
Sai,  na porta tinha um senhor observando e disse:
Ele-Essa mulher é doida ela é mais grossa que corno enrolado e palha de bananeira, ja vi muita briga por aqui ela pouco vende, mas a loja  o ponto é dela e pra não ficar em casa vem pra cá vender brinquedo.Olhe senhor ali tem outra loja que e vende mais barato.Se enrole não, essa mulher é tonta.

Impeachment a Trump: una visión



NODAL


Nodal ,um meio alternativo de periódicos na Argentina, nos revela alguns argumentos sobre o possível impeachment de Trump. Aponta etapas e luta entre Democratas e Republicanos. Leiam e deduzam. E daí, será que vai?
Los conceptos vertidos en esta sección no reflejan necesariamente la línea editorial de Nodal. Consideramos importante que se conozcan porque contribuyen a tener una visión integral de la región.
Por Arantxa Tirado(*) y Silvina Romano(**) ( http://bit.ly/2YJQdCf)
El 24 de septiembre de 2019 la presidenta de la Cámara de Representantes de Estados Unidos (EE. UU.), la demócrata Nancy Pelosi, anunció el inicio de investigaciones para lanzar un juicio político o impeachment contra el presidente Donald Trump. Inició así el tercer proceso de impeachment contra un presidente de los EE. UU[1],una decisión basada en la supuesta vulneración de la Constitución en la que habría incurrido Trump tras la llamada telefónica al presidente de Ucrania, Volodímir Zelenski, solicitándole investigar a Joe Biden, exvicepresidente y precandidato presidencial por el Partido Demócrata.
En el presente análisis apuntamos a ir más allá de la disputa entre demócratas y republicanos, procurando observar aspectos de fondo sobre la dinámica política estadounidense y los posibles impactos en América Latina.
Impeachment: qué es, cómo se inicia y qué pasos deben seguirse
El impeachment es un procedimiento presente en la Constitución de EE.UU., heredero de la tradición británica que lo instauró en su Parlamento en 1376[2]. Se trata de un mecanismo de control, en la lógica del “checks and balances” (pesos y contrapesos) inherente a la separación de poderes de la democracia estadounidense, que pretende evitar que el presidente cometa “traición” y “soborno” en su ejercicio del poder. Otra causa de impeachment al presidente, es que haya cometido “crímenes importantes y delitos menores” (conceptos bastante amplios, que pueden estar sujetos a diversas interpretaciones). También vale aclarar que este tipo de juicio político puede ser aplicado a otros funcionarios.
En el caso del presidente, se activa cuando un portavoz de la Cámara de Representantes se dirige al Comité del Poder Judicial de la Cámara para realizar la audiencia sobre una resolución de impeachment. El Comité debe aprobar por mayoría simple esta resolución para activar la votación en la Cámara. Si en la Cámara de Representantes hay una mayoría simple, se procede al impeachment del presidente o presidenta y, de ahí, se pasa al Senado, donde tiene lugar un juicio para determinar si el presidente/a ha cometido el crimen por el que se le imputa. Se supone que, previamente y en paralelo, la Cámara de Representantes, a través de diversos comités, inicia investigaciones conducentes a obtener pruebas para demostrar la culpabilidad o no del presidente[3]. El juicio, presidido por el juez de la Corte Suprema de Justicia, no tiene un procedimiento establecido y su conducción depende del liderazgo del Senado. Los representantes de la Cámara ejercen de fiscales y deben presentar las pruebas. El presidente puede hacer uso de un abogado durante el juicio. Para que el presidente sea acusado y, por tanto, expulsado de su cargo y sustituido por el vicepresidente, dos tercios del Senado deben considerarlo culpable[4].
Con respecto a Trump, el Comité de Inteligencia de la Cámara de Representantes[5] publicó un informe que concluye que el presidente obstruyó a la justicia y puso en peligro la seguridad nacional. A partir de este informe, la comisión judicial redactará las acusaciones contra Trump que serán cursadas al Senado. Es poco probable que el Senado destituya a Trump, pues es de mayoría republicana (algo que tuvo muy en cuenta Trump cuando dedicó notables recursos y energía a las elecciones legislativas, que definieron esta mayoría a su favor)[6]. De hecho, varios senadores republicanos han cerrado filas saliendo a respaldar públicamente al presidente[7]. No obstante, el impeachment es, hoy por hoy, el eje del debate político en EE. UU. A menos de un año de las elecciones presidenciales, el proceso y el resultado se ven como un pulso que puede decantar la balanza electoral.
El origen del impeachment contra Trump
El 25 de julio, Tump habló por teléfono con el presidente de Ucrania, Volodímir Zelenski y le preguntó si podía hacerle un favor, investigando al rival político de Trump, Joe Biden, candidato demócrata a las elecciones de 2020. El hijo de Biden, Hunter, estaba vinculado a una empresa gasífera ucraniana, Burisma[8], como miembro de la Junta directiva (2014-2019). Trump quería que Ucrania averiguara si Biden utilizó su influencia política para beneficiar a su hijo Hunter, iniciando una investigación del Holding Burisma[9]. Trump es acusado de haber utilizado la ayuda militar de 400 millones de dólares a Ucrania como chantaje para obtener algún tipo de información sobre la presunta participación de Biden padre en la destitución de un fiscal ucraniano que tenía abierta una investigación sobre la empresa de la que Hunter Biden era directivo[10].
El “Ucraniangate”, como ya le llaman, fue el detonante último pero los rumores de impeachment provienen de la elección de 2016, a partir del Russiangate: la supuesta injerencia de fuerzas rusas en las elecciones estadounidenses para beneficiar al candidato Trump frente a Hillary Clinton.
El Russiangate fue más o menos zanjado con el Informe Mueller, presentado por el fiscal Robert Mueller III ante el Departamento de Justicia en marzo de 2019. En los dos tomos de su informe no se determina que el candidato Trump ni los responsables de su campaña conspiraran con la Federación de Rusia para ganar las elecciones presidenciales de noviembre de 2016, aunque fueran conscientes de que los rusos querían ayudarles. Si bien contiene insinuaciones al respecto, en el informe no se prueba que el presidente obstruyera la labor de la justicia, aunque sí retrata a un Trump de ética cuestionable, por incurrir en “prevaricación y depravación”[11]. Quizás por no haberse convertido en la prueba irrefutable que se necesitaba para iniciar el impeachment contra Trump, se acudió a la carta de Ucrania como segunda opción.
La posibilidad que abrió el Russiangate fue retomada, desde noviembre, mediante proyectos de ley de la Cámara Baja, con mayoría demócrata[12]. Además, varios de los colaboradores de Trump están siendo investigados por corrupción. Hay miles de publicaciones dedicadas a dar cuenta de la corrupción en el Gobierno de Trump.
Impeachment y corrupción Made in America
Lo que llama la atención es que la corrupción, sobre todo la que articula la política interna con la externa, no es algo privativo o especialmente característico del Gobierno de Trump. Existen una serie de prácticas, como las presiones vía lobby empresarial y las puertas giratorias, que borran sistemáticamente la diferencia entre el interés público y el privado, legalizando y legitimando prácticas corruptas que son consustanciales al funcionamiento del capitalismo en EE. UU. y en el resto del mundo. Ambas están legalizadas, pero en su dinámica cotidiana (particularmente en política exterior) van dejando y acumulando huellas de tráficos de influencias, sobornos, amenazas y recompensas para el posicionamiento de exfuncionarios y sus familiares en cargos ejecutivos de empresas, etc[13].
En este sentido, vale preguntarse si será cierto que durante el Gobierno de Obama no hubo actos de corrupción escandalosos, o si lo que sucedió es que la prensa hegemónica, los principales medios, consensuaron no darle mayor visibilidad a determinados eventos[14]. Durante el último Gobierno demócrata, allegados y familiares de Barack Obama, Hillary Clinton, John Kerry y Joe Biden resultaron beneficiados por altos cargos en empresas de energía y donaciones recibidas por sus fundaciones, a través del lobby y la influencia política de los líderes demócratas[15].
Uno de los ejemplos es el del hijo de Joe Biden. Hay suficiente evidencia que da cuenta de cómo los hijos de Biden, no solo Hunter, se han beneficiado de la influencia política de su padre. En efecto, más allá de que la corrupción con el Gobierno de Trump pueda ser “peor”, o tenga más visibilidad, no quita las pruebas reunidas que dan cuenta de la corrupción del lado de los demócratas[16] -con pocas excepciones, como la de Bernie Sanders-[17].
El hijo de Biden creó una compañía de inversiones, Rosemont Capital, con uno de los Heinz (heredero del emporio del ketchup). Por más de seis años, Biden y Kerry negociaron acuerdos sensibles y de máxima importancia con gobiernos extranjeros, los mismos gobiernos con los que Rosemont iba concretando, al mismo tiempo, negocios muy exitosos. En diciembre de 2013, Biden viajó a China junto a su hijo Hunter, donde logró firmar un acuerdo bilateral orientado a relajar las tensiones entre EE. UU. y China. Diez días después del viaje, el Banco Central chino organizó una joint venture por 1.000 millones de dólares, llamada Bohai Harvest RST (el RS es de Rosemont Seneca, la firma del hijo de Biden)[18].
Igualmente, la presencia de los Biden en Ucrania se vincula al hecho de que, en 2016, donantes ucranianos financiaran con más de 1.000 millones de dólares a la Fundación de la Familia Clinton (¡superando a donantes de Arabia Saudí!)[19].
El árbol que tapa el bosque
Lo que facilita el impeachment actual es un consenso ideológico anti Trump, aunque es una falsa crítica puesto que proviene de los que luchan a toda costa por mantener intacto el capitalismo en su fase neoliberal. Hipocresía o perfecto funcionamiento de la reproducción ideológica que oculta las cuestiones de fondo. Su lógica es que el problema es Trump, no el sistema político-económico que permitió que llegara a presentarse a las elecciones y ganar; el problema es Trump, con su America First, y no el complejo industrial militar que vienen alimentando y ensanchando demócratas y republicanos desde la Guerra Fría; el problema es Trump y su “aislacionismo” que reniega de alianzas, y no la expansión de un sistema internacional asimétrico (y criminal, en particular en la periferia) construido con base en esas alianzas.
Los demócratas, sin candidato fuerte (probablemente por no haber apoyado en las elecciones pasadas a Sanders en contra de Hillary) recurren al impeachment como forma de mostrar que están haciendo algo. Pero, al final, apelan a la judicialización de la política porque carecen de la fuerza y las herramientas para derrotar a Trump por la vía política. El asunto es que esta vía tomada por los demócratas conecta y alimenta una dinámica cotidiana de judicialización de la vida en EE. UU.: el espectro judicial como el ámbito donde se resuelven (en apariencia) las tensiones y conflictos sociales, económicos, culturales y políticos.
Aún con estas pruebas, los think tanks liberales insisten en que el impeachment indica que la democracia en EE. UU. está más saludable que nunca. “El hecho de que el Senado probablemente no quite a Trump del Gobierno, no demuestra la ineficiencia del impeachment como herramienta, sino, al contrario, permite reflexionar sobre las peculiares y particulares transformaciones de la cultura política de EE. UU. que aísla al presidente de las consecuencias de la mala conducta”[20].
De esta afirmación se desprende que cambiando ciertas reglas o mejorando la fiscalización de los demás poderes sobre el Ejecutivo, la política estadounidense sería menos corrupta e incluso más justa. En parte es cierto, pero el modo en que está establecido el impeachment no parece apuntar al cambio de las reglas sino, más bien, al refuerzo de una serie de dinámicas, en particular la judicialización de la política, que se quiere demostrar como válida y como prueba de que la democracia en EE. UU. sí funciona.
Tal vez esto explique el show montado en torno al juicio político. Para que las preguntas y cuestionamientos queden en la superficie, en una disputa entre republicanos y demócratas que, en términos generales (sabiendo que existen personalidades, dentro de los demócratas que son la excepción), no postulan en sus objetivos inmediatos el cambio de las reglas de un sistema político a todas luces corrupto y, sobre todo, elitista.
¿Por qué en América Latina debe importarnos la corrupción en EE. UU.?
  • Porque EE. UU. sigue siendo la economía número uno del mundo, de acuerdo con su PIB, de modo que la corrupción masiva en ese país tiene impacto global[21].
  • Porque el presupuesto militar de EE. UU. es enorme, más grande que los presupuestos militares de los doce estados principales que le siguen[22] y esto supone un poder de coerción de facto que lleva al resto de países a asumir los dictados de la potencia estadounidense por la presión indirecta (o directa) de su potencial militar.
  • Porque se arroga el rol de policía anticorrupción a nivel mundial, tal como lo advirtiera Hillary Clinton: “Nosotros en los EE. UU. estamos en una posición privilegiada para predicar el evangelio de la anticorrupción”, que se ejerce entre otras instancias a través de la Foreign Corrupt Practices Act[23].
  • Porque interviene en la guerra anti-corrupción exportando su modelo de judicialización de la política (a través de asistencia para la “modernización” de los aparatos judiciales, cursos de actualización, intercambios de expertos, conferencias, etc.)[24].
  • Porque EE. UU., al erigirse como representante y garante de la democracia mundial, tiene un influjo político que proyecta al mundo, extendiendo y normalizando sus prácticas corruptas a terceros países a los que, no obstante, denuncia como corruptos para desviar la atención de su propia corrupción.
¿Cómo puede afectar el impeachment a América Latina?
Más allá de las diversas posturas que puedan plantear republicanos y demócratas en lo referente a América Latina (y que hemos evaluado en otros informes), un aspecto clave del impeachment es que envía un mensaje nuevo en un contexto de creciente guerra jurídica o lawfare en la región, reforzando la idea de que a través de los juicios se puede impugnar la voluntad popular emanada en las urnas. Aunque el impeachment sea un mecanismo constitucional, propio de EE. UU., ejerce presión al resto de países al mostrar que la vía legal podría ser la más indicada para remover a los presidentes que “no actúan con propiedad”. Esto profundiza la idea de la preeminencia del aparato judicial y “la ley”, sobre la soberanía popular, en detrimento de otras potencialidades de la democracia liberal (la representativa y la participativa).
A modo de ejemplo: el golpe de Estado contra Manuel Zelaya en Honduras se justificó en que el presidente quería cambiar unos artículos de una Constitución que algunos tildaron de “pétrea”. Se afianza así la idea del inmovilismo que garantiza la legislación, apelando a consensos que pudieran estar incluso desfasados, frente a la flexibilidad y el cambio de las normas que algunas sociedades demandan pero que el establishment se niega a asumir. Podríamos preguntarnos en otros casos, como el juicio político a Dilma Rousseff en Brasil, o la destitución por la vía parlamentaria de Fernando Lugo en Paraguay (ambos golpes blandos) ¿qué aspectos de la democracia y del Derecho hicieron prevalecer? Luego de esos procesos, ¿la democracia en esos países es más “saludable”? ¿Sus sociedades son más justas y las mayorías gozan de una mejoría sustancial en su calidad de vida? ¿O al revés?
Algunas conclusiones
El impeachment contra Trump puede acabar convirtiéndose en un mal cálculo político de los demócratas que, apostando por erosionar la figura de Donald Trump, se encuentren con que el proceso lleve a su reforzamiento. El desgaste que supondrá el juicio político en un Senado de mayoría republicana, con pocas posibilidades de que el presidente sea removido, se unirá a las energías que los senadores demócratas tendrán que dedicar en detrimento de la campaña electoral. La coyuntura preelectoral puede acabar teniendo un efecto positivo para Trump, si logra presentarse como garante de la lucha por la justicia y en contra de la corrupción, venga de donde venga, y si logra darle la vuelta al proceso presentándose como “víctima de un establishment corrupto”. En este sentido, reforzaría el imaginario ya delineado durante la campaña anterior, cuando se asoció la imagen de Hillary Clinton a la de un Partido Demócrata defensor del sistema y el inmovilismo frente a los grandes problemas y cambios que requeriría la sociedad estadounidense para volver a ser esa potencia pujante que fue en algún momento (el America First).
Sólo un candidato demócrata outsider de su propio partido, como Bernie Sanders, podría mitigar esa imagen de los demócratas salpicados por las corruptelas o vinculados el Deep State que quiere acabar con Trump y, por tanto, con las esperanzas de cambio de un sector considerable de la ciudadanía estadounidense, que mira incluso hacia el socialismo[25]. Enfrentando a un outsider de verdad (Sanders) con un empresario que se presenta como outsider de la política, Trump, quizás los demócratas podrían recuperar terreno y credibilidad entre su propio electorado. Por el momento, el escenario está abierto y, en buena medida, los resultados dependerán de lo que suceda en estos meses con el impeachment a Donald Trump.
Lo que parece que no va a cambiar es la profundización que este proceso puede comportar a la hora de reforzar el imaginario de quienes defienden el uso de la ley para atacar o aniquilar al adversario político. En el caso de América Latina, podría otorgarle aún mayor legitimidad a la judicialización de la política, donde la ley y los poderes judiciales (no electos, por encima del soberano y sus decisiones electorales) terminan operando no tanto como contrapeso a los posibles abusos de poder, sino como arma del exterminio político. Esto es, en esencia, la guerra jurídica o el lawfare. Un proceso que está experimentando un crescendo preocupante y cuyo último capítulo es el intento de llevar a Evo Morales ante la Corte Penal Internacional (CPI) por parte de los golpistas bolivianos.
[1] Los dos anteriores fueron Andrew Johnson y William Clinton. A Richard Nixon también se le inició el procedimiento, pero los artículos del impeachment no llegaron a votarse en la Cámara de Representantes pues dimitió antes https://watergate.info/impeachment/articles-of-impeachment
[10]bbc.com/mundo/noticias-internacional-49830895
[17]  Además de ser uno de los pocos senadores no millonarios, Sanders se negó a apoyar la candidatura de su hijo Levi Sanders al Congreso, argumentando que no cree en las dinastías políticas.
[22] Ibid
(*) Arantxa Tirado. Dra. en Relaciones Internacionales e Integración Europea (UAB) (España).
(**) Silvina Romano. Dra. en Ciencia Política (UNC) (Argentina).