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sábado, 7 de abril de 2018

BRASIL VOLTA A TER PRESOS POLÍTICOS LUIS INACIO LULA DA SLVA PRESO





Francisco Proner Ramos


LULA SAI A PÉ DO SINDICATO, SE APRESENTA À PF E JÁ ESTÁ PRESO. SEM PROVAS







Regina Dalcastagnè
6 h
Em seu discurso, Lula falou mais de uma vez que, embora tenha sido o “presidente sem diploma superior”, foi o que mais construiu universidades nesse país. Também disse que lutou para que os jovens de periferia entrassem nas universidades e se tornassem juízes um dia.
Não sei de tudo o que ele fez ou deixou de fazer, mas eu vivo dentro de uma universidade pública, conheço muitas outras, me relaciono com professores do país inteiro. ISSO ELE FEZ!











DRA REGINA DALCASTAGNÉ UNB

quinta-feira, 5 de abril de 2018

O AI5 do Supremo Tribunal do Golpe-STF- capturas do Face






Ag Brasil


Recorto aqui algumas postagens do Face que apresentam a indignação, de parte da população, brasileira diante de uma espécie de AI5,a senhora Carmem presidente do STG -Supremo Tribunal do Golpe - ao invés do STF-assumiu a cumplicidade do corporativismo -de um colegiado- da ditadura-Paulo Vasconcelos








1 h
É isso. legislativo, executivo e judiciário (tudo com minúsculas) de mãos dadas e protegidos pelos milicos. A mesma fórmula de 64, os mesmos personagens.
E o Homem (esse, sim, com maiúscula) que tirou o Brasil do mapa da fome, que conseguiu levar o pobre para a universidade, para programas científicos no exterior, para o aeroporto, para uma vida com possibilidades... é agora sacrificado no altar da emissora que fala para a intelectualmente medíocre, politicamente destrutiva e moralmente corrompida elite brasileira.
Costumo me considerar bom para ler o cenário político. Em 2013, quando as tais jornadas de junho davam seus primeiros passos, apontei em um texto como as circunstâncias eram ideais para que fosse cooptada pela extrema-direita, por exemplo. Mas confesso que agora estou perdido; não faço a menor ideia do que vem a seguir.
A canalhice é escancarada, não há preocupação sequer em usar máscaras. Os comentários sob este post demonstrarão isso (até que eu consiga banir todos os fascistas que ali tentarão vomitar seu ódio).
Não sei para onde vamos, mas não me parece um lugar bom.
O que eu sei é que vai ter luta. Sempre.

é uma vergonha o que o Brasil-Trouxinha VerdeAmarelo faz com Lula. esse circo é absolutamente ridículo. e as ameaças à democracia, perversas e irresponsáveis
Lula vai sendo fulminado exatos 50 anos depois de Martin Luther King
Nos dois casos, é a manutenção do apartheid, seja racial ou social que provoca tal violência. Outras linhas argumentativas são irrelevantes, pois podem até servir para a crítica ao petismo, mas não como explicação.
Os que comemoram talvez não compreendam que Lula inevitavelmente se transforma em mártir de enorme importância histórica. Não é apenas por sua trajetória política, que teve erros e acertos, mas também pela maneira desleal como se deu a perseguição: desrespeitando a Constituição e a presunção de inocência, com investimentos suspeitos para campanhas de ódio, com anos de manipulação midiática, e por fim a chantagem aviltante de militares de alta patente.
Mas tudo isso é para os historiadores. O duro é saber o que fazer com este presente tenebroso.
Ao cumprimentar o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva agora a noite, no Sindicato dos Metalúrgicos, em SBC, transmiti a ele que quando ele for preso, se for possível da parte da Justiça, disponho-me a acompanhá-lo e ficar com ele, até que tenha de fato um julgamento em que se dê a ele o mais completo direito de defesa, o que não lhe foi permitido perante o juiz Sérgio Moro e no TRF-4. Do STF, destaco a clareza didática do Ministro Celso de Mello que, primeiro condenou veementemente as palavras de um General que ameaçou dar um golpe militar, caso fosse dado o Habeas Corpus para o Lula e depois ao ressaltar a relevância do inciso LVII do Artigo 5o. da Constituição: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado em sentença penal condenatória”, o que ainda não aconteceu com Lula

Publicado no Facebook da cantora Ana Cañas
carta aos fascistas:
vocês não têm ódio da corrupção.
suas panelas jamais clamaram por justiça verdadeira.
vocês tem ódio mesmo é do lula.
do ser humano.
do espírito – e de tudo que ele representa.
da pobreza ter diminuído como nunca antes nesse país.
de pretos, pobres, índios, quilombolas, mulheres e favelados (como dizia marielle), terem avançado.
lendo os comentários de vocês, percebo o nível da ignorância, da agressividade e do ódio perpetrados no coração de todos os que defendem a ‘guilhotina’ da corrupção.
hipocrisia.
pois se assim fosse, estariam agora clamando igualmente para que os processos – que foram ENTERRADOS – de alckmin, aécio e serra fossem levados ao mesmo circo da lava-jato.
mas não.
você sabem que isso não acontecerá jamais.
vocês sonham em ser governados pelos fascistas.
vocês SÃO fascistas.
não querem o fim da corrupção.
querem a cabeça da democracia.
a cabeça de luis inácio, o homem que governou para quem mais precisava na história desse país.
e isso, ninguém pode negar.
a ignorância não quer conversa.
diálogo.
ela entra, atira, mata.
além de cunha, temer e os militares, o acordão de jucá sempre envolveu o judiciário.
“com o supremo, com tudo”.
a voz que sentenciou lula ontem, absolveu aécio.
uma outra juíza que ontem, desejou prisão em segunda instância, há dois anos atrás,
foi contra.
lula foi condenado sem provas.
alguns me acusam de mitômana, me chamam de burra, vadia, torpe.
de tudo que possam imaginar.
eu, que não ofendi ninguém, apenas expressei minha opinião de maneira respeitosa e livre, pois ainda podemos.
mas a violência do fascismo desconhece limites.
aos que defendem a intervenção militar ou para quem, ainda, pretende votar no bolsonaro – candidato racista, homofóbico, misógeno…
a todxs vocês, meu pedido final de clemência por sabedoria, informação, por fraternidade no coração, por compaixão, generosidade, iluminação e amor.
sim, eu sei.
ingenuidade a minha.
não se conversa com um fascista.
não se convence um fascista de que ele está equivocado.
a um fascista, resta a história que, comprovadamente, nos faz ouvir a sua voz, assassina:
morte a tudo que floresce.
morte a tudo que esclarece.
morte a tudo que nos leve
além.

domingo, 1 de abril de 2018

O comunismo é um instrumento para melhorar a atenção humana”

Karl H.Marx por Wikipédia


O jornal Página 12 -suplemento -RADAR,Buenos Aires -AR, nos manda, talvez, um recado para repensarmos Karl Marx.Sim, pois eles, intelectuais argentinos estão a fazer isto mediante um evento a ocorrer agora em abril conforme matéria abaixo.Não seria  nossa vez de pensarmos como tal e daí planejarmos um ciclo grande de palestras, não só junto as universidades  mas escolas, sindicatos fábricas ? 
Em tempos  tão cruéis, equivocados e de tão pouca difusão daquele pensador, filósofo, necessitamos difundir seu meu pensamento, já que  as Ciências Sociais estão esquecidas, quase abolidas dos currículos universitários, especialmente entre as Universidades Privadas e escolas :públicas - privadas, vamos pensar sobre isto?
Paulo Vasconcelos









Crónicas marxianas
https://bit.ly/2pZAY7X

Un fantasma recorre el Teatro Nacional Cervantes: una serie de artistas y pensadores homenajearán a Karl Marx en el marco de un evento que inaugura la temporada 2018 del Teatro de un modo concluyente: el sábado 7 de abril, desde la mañana hasta casi medianoche, tendrá lugar una programación abigarrada y simultánea dedicada a reflexionar, representar, recordar, reversionar y remixar el pensamiento del gran teórico alemán. El ciclo se llama Marx nace, porque se realiza a doscientos años de su nacimiento. Carla Imbrogno, traductora del alemán y gestora cultural, y Fernando De Leonardis, escritor, editor y sociólogo, son los responsables de un evento que incluye cine, música, performances, teatro y filosofía con personalidades de diversas disciplinas, entre ellas, Emilio García Wehbi, Rubén Szchumacher, Beatriz Sarlo, Darío Sztajnszrajber, Naty Menstrual, Juan José Sebreli, Eduardo Grüner y Carlos Gamerro, entre otros. Un día marxista y marxiano en plena otoño de Buenos Aires.
Mercedes Halfon





Como dijo alguna vez el poeta Wallace Stevens: “El comunismo es un instrumento para mejorar la 

atención humana”. Esto quiere decir que además de un cuerpo de ideas revolucionario, tanto para sus 

defensores como para sus detractores, Marx elevó el nivel de la discusión hasta un punto tan brillante 

que es imposible soslayarla. Cada tanto el marxismo vuelve. La suya es una historia de luchas, 

asedios y retornos. Y eso que retorna es la crítica al presente, la posibilidad de pensar el mundo de 

otra manera a la que vivimos.

El marxismo tuvo múltiples apropiaciones desde el teatro: primero, por supuesto, 
en la Rusia de la Revolución, que puso el cuerpo del actor al servicio del hombre 
nuevo que se propugnaba desde los primeros días de octubre. Basta pensar en e
l inmenso director Vsèvold Meyerhold como el gran articulador de las innovaciones del campo 
político hacia el campo teatral. Fue él –antes que Serguéi Eisenstein– quién se 
preocupó en crear una teoría estética y escénica que acompañara a los bolche
viques en los tiempos que corrían y que, incluso, fuera más allá. 
Mientras tanto, en la compleja Alemania post Primera Guerra Mundial, Bertolt 
Brecht hacía sus primeras armas. Su creación, el teatro “épico”, contiene el pen
samiento marxista en su interior, pasado por el filtro benjaminiano de la “dialécti
ca en suspenso”. En el teatro de Brecht los problemas planteados no son re
sueltos, sino que el espectador debe irse con la cabeza sembrada de preguntas 
que van a responderse afuera del teatro. Pero estos y otros desarrollos, tuvieron 
un punto conclusivo cuando el “socialismo real” cerró su cortina con estrépito. 
Muchos consideraron que el pensamiento de Marx se extinguía con la caída de 
los estados socialistas. Pero las tesis y observaciones realizadas en sus trabajos
, iban mucho más allá. Han resistido. 

Podemos decir que el primero que retomó el vinculo marxismo-teatro luego de 
esa primera desilusión fue el filósofo Jacques Derrida. Claro que lo hizo de modo 
metafórico, poético, pero no por eso menos contundente y real. Fue en su céle
bre texto Espectros de Marx. En esa intervención, que realizó en el marco del 
coloquio “A dónde va el marxismo”, el francés se opuso fuertemente al clima 
celebratorio y neoliberal que imperaba en Occidente luego de la caída del muro 
de Berlín y la disolución de la URSS. Tan solo tres años después de estos even
tos, Derrida apareció para decir que quizás el marxismo no estaba del todo 
muerto, que ese cadáver volvía en forma de espectro, de unas fuerzas fuera 
del tiempo, ni vivas ni muertas, pero muy insistentes. Y la figura que encontraba 
Derrida para explicar esas fuerzas espectrales que asediaban el presente era 
nada menos que el Hamlet de Willam Shakespeare. Como todos sabemos, en 
esa obra el fantasma del rey muerto acecha a su hijo, el príncipe Hamlet, instán
dolo a actuar. “El tiempo está fuera de quicio”, decía el fantasma, algo debe vol
ver a ponerse en su lugar. Y es ese mismo extraño e incómodo lugar el que ocu
pa Marx, escribió Derrida. Una fuerza espectral que siempre vuelve.

La escena capital
Y así es como este fantasma ha llegado hasta Buenos Aires, hasta Avenida Có
]rdoba y Libertad, hasta nuestro mismísimo Teatro Nacional Cervantes. Pero 
este fantasma no es uno solo, son muchos. Porque si hay algo que queda claro 
de esta propuesta es que no hay posibilidad de una lectura monolítica de este
 pensador. Los enfoques son, deben ser, diversos. Es así como en las trece 
horas y media de duración de Marx nace habrá de todo: cine, teatro, poesía, 
música, filosofía. Lecturas comentadas de escritos de Karl Marx, performances 
inspiradas en sus textos de ficción, diálogos marxianos, filosofía y música, un 
recorrido biográfico acusmático, tangos proletarios, proyecciones y libros inte
gran este día único. Y como buenos fantasmas, estos invocadores del espíritu
 marxiano se filtrarán y ocuparan el teatro en su totalidad: salas, camarines, 
pasillos y espacios que habitualmente no son transitados por el público. 
La jornada está dividida en cinco áreas que convivirán en los distintos espacios
 del teatro. Quizás la más sorprendente sea Marx a escena, que se propone 
volver los materiales de vida y obra del pensador alemán en material escénico 
en sentido amplio. Allí estarán los Tangos proletarios de la orquesta 34 Puña
ladas; la propuesta filosófico-musical de Darío Sztajnszrajber; la interpretación 
de Naty Menstrual de poemas y un monólogo de la tragedia Oulanem escritos 
por Marx; el trabajo de la Columna Durruti, integrada por  la actriz y performer 
Maricel Álvarez y el actor director y dramaturgo Emilio García Wehbi, quienes
 harán una versión de Escorpión y Félix; y por último, la pieza Acusmático Karl 
Marx, del director Rubén Szchumacher y la compositora Bárbara Togander. 
Escorpión y Félix es una novela inconclusa, cómica, irreverente escrita por Marx 
a los 19 años, cuando aún era estudiante en Berlín. Maricel Álvarez cuenta: 
Fue precisamente por esta irreverencia, propia de un material escrito en plena
 juventud, que consideramos apropiado abordar la tarea desde la perspectiva
 iconoclasta que caracteriza a nuestra Columna Durruti, con la cual venimos 
produciendo acciones de carácter disruptivo, en contextos específicos, desde el 
año 2015. Para todos Marx es el filósofo, el intelectual, el economista, el militan
te comunista. Pero su faceta como artista, o sus intentos por desarrollar un
 proyecto artístico durante los años de su juventud, son poco conocidos. Y si
bien en la novela se pueden vislumbrar tímidamente y en clave cómica los 
lineamientos del brillante pensador que sería, lo que prevalece es la intención, 
el deseo de encontrar en la escritura un gesto artístico, estético”. Un busto de 
arcilla del alemán será intervenido con frutas y verduras durante la acción, mien
tras la lectura de los diferentes capítulos de Escorpión y Félix tenga lugar.  En 
esta operación se cruzan lo alto y lo bajo,el retrato tallado del padre del materia
lismo histórico con las “cabezas compuestas” de Archimboldo. 
El Acusmático Karl Marx de Szchumacher por su parte, propone una experiencia
 particular: como la palabra lo indica –acusmático: el que oye sin ver– el espec
tador /oyente transitará por un espacio sin luz atravesado por distintas fuentes 
sonoras, una serie de textos leídos y sonidos grabados. Estas prosas integran 
precisamente la faceta más privada del autor, plasmada en cartas, manuscritos 
personales que lo tienen como autor o como protagonista. La figura que emerge 
como oradora es Jenny Marx, su esposa. EL director cuenta: “Me interesaba
 experimentar que la propia palabra genere una serie de imágenes. Yo invierto
 siempre la frase ‘una imagen vale mas que mil palabras’ y decir ‘Una palabra 
vale más que mil imágenes’. Porque una palabra proyecta millones de posibili
dades, más aun desde la sonoridad de una voz. Me parece que lo relativo a 
Marx, de este modo logra salir de ciertos estereotipos y se convierte en algo 
más liviano para ser recibido. Y como todo el evento tiene que ver con la veloci
dad, por la cantidad de cosas que va a haber en poco tiempo, quise hacer algo 
que fura liviano”.  

Un castillo de mil habitaciones

Además de la performática hay otras cuatro secciones de este mega evento 
llamado Marx nace. Una de ellos es Marx subrayado en el que escritores, 
sociólogos, historiadores, traductores, editores, economistas, filósofos y poli
tólogos comentarán subrayados del filosofo homenajeado. Los textos van desde
 correspondencia personal hasta algunos emblemáticos, u otros menos transi
tados. Entre los expositores figuran Juan José Sebreli, Florencia Abbate, Carlos 
Gamerro, Esther Díaz, Damián Tabarovsky, Mariana Dimópulos y otros. Los 
enfoques también serán diversos. Eduardo Gruner, quien utiliza a Marx cotidiana
mente en sus clases en la UBA y sus textos teóricos se hará cargo de El 18 
brumario de Luis Bonaparte y los Grundrisse. Felipe Pigna especialista en His
toria Argentina, aportará sus subrayados las referencias de Karl Marx a nuestro
 país y la región. La periodista y socióloga Eugenia Zicavo se ocupará del Mani
fiesto comunista. Cada exposición será breve e intensa: 45 minutos cada una. 
De un carácter similar pero más “dialectico” será Diálogos marxianos. Cada uno
 de ellos aborda el marxismo en tensión con cierta temática más amplia, en tono 
conversado. Entre sus oradores estarán figuras como Beatriz Sarlo y Maristella 
Svampa.
Como es sabido si se trata de repensar a Marx, hay un objeto que no podría fal
tar que es el film (aunque la palabra queda corta) Noticias de la Antigüedad Ideo
lógica: Marx - Eisenstein - El Capital. El director clave del llamado nuevo cine 
alemán Alexander Kluge releyó El capital y buscó imágenes que podrían tra
ducirlo. Se trata de un ejercicio demencial, que incluye todos los costados del 
marxismo en una película de más de 9 horas de duración que experimenta sobre
 la forma cinematográfica: a través de excursos de música contemporánea y ópe
ras wagnerianas, conversaciones chispeantes con los principales pensadores 
vivos de Alemania como Hans Magnus Enzensberger; Peter Sloterdijk; Boris 
Groys, Jürgen Habermas, Oskar Negt, Joseph Vogl. Además de teatralizaciones
 de pequeños fragmentos del Capital en manos de por ejemplo actores del
 Berliner Ensamble. 
Por último, el evento ha producido un libro Marx: sin utopía no hay realidad, 
con material inédito, entre ellos una serie de relatos del propio Kluge (ver aparte) y otros 
pensadores del marxismo.   
Doscientos años después del nacimiento de este prócer de la utopía, pareciera 
que la pregunta es ¿Qué cosas de Marx hay que conservar? Y la respuesta es 
sin duda, la naturaleza política de su pensamiento. Para él, cambiar el mundo es
 lo mismo que interpretarlo. E interpretarlo es también ponerlo en escena. De 
esta manera el Cervantes se vuelve durante ese día –y esperemos que también 
todos los que vendrán– en ese foro de debate, ese espacio donde la ciudadanía
 se encuentra para repensarse, que siempre fue el teatro.


quarta-feira, 28 de março de 2018

PALAVRA MUDA ... POESIA -

                       

Tive o prazer de ter  recebido  de Elton Luiz de Souza-UERJ, uma pequena resenha sobre minha obra-Palavra Muda.Deixou-me batendo asas, como passarinho molhado, saindo do riacho, feliz.Passo ao público as considerações dele, que bem traduziu meu corpo que escreve, balbucia e as circunstâncias nas quais escrevo e escrevi. .A obra, em papel, está esgotada mas disponível  via Kindle.-https://amzn.to/2GRGfFN 


   PARA VENCER A SOZINHEZ
                                                                         ( por Elton Luiz Leite de Souza)

Segundo o poeta Manoel de Barros, poesia não é apenas verso e rima no papel, poesia é  empoemamento : horizontamento da alma. Cada poeta , quando é um poeta de fato, nos empoema inventando o sentido e o ser do que seja  poesia. 
“Palavra é sempre muda”, dizem, “quem fala é a boca”.  Mas Paulo nos ensina que a própria palavra pode ser muda, para assim expressar  o que não consegue dizer a mera boca  que apenas diz palavra.
Paulo inventa um devir-só repleto de esvaziamento de egos. Devir-só não é a mesma coisa que ser sozinho. Esse devir é o dizer de  quem expressa , das coisas mais comuns, o seu incomum único.
Paulo data alguns poemas ao modo de   acontecimentos de um diário. São poemas com registro de nascimento , dia e hora, dando a ver que poema é acontecimento unindo  o íntimo lírico ao   social e histórico.
O poeta é um “cristo pagão” que aceita sua solidão acompanhada de deuses, muitos deuses, os do dia e os da noite, sobretudo estes, e ainda mais alguns que carecem de nome, mas não de ser.
Solidão é o dão de quem se dá (“poesia é coisa de dão”, Manoel de Barros). Paulo escreve como quem se esvazia  para que nada resista à poesia que o preenche. Ele se desvencilha do gozo de uma  “sozinhez” narcísica, para assim narrar, não sem dor,  as solidões da singularidade ao mesmo tempo simples e refinada. Em seus versos há perceptos de paisagens sem homens, feitas  de mar , de peixes e desmesuras aquáticas; há montanhas e suas alturas, mas também há o tecido urbano, no qual o humano está à  procura de si mesmo.
Há um fio entre o verso e  nós. O fio não nasce de um ponto, ele nasce de um novelo que Paulo desdobra , esvaziando-se . Não é palavra o que ele nos dá, ele nos dá uma canção que espera o amor voltar para atenuar as dores dessa “difícil vida danada”,  que mesmo assim é celebrada , sem arrependimentos , sem culpa, com boa vodca.
Um “deus” com “d” minúsculo faz-se mais humano que o homem, ele aprende o desejo, a saudade, tem pai mortal e lê cordel. Assim, esse deus      não espera obediência, apenas que o vejamos    incorporando-se “natureza e tempo” , para assim também nos fazer gente, tempo, lua, saudade não nostálgica.
A palavra muda não é a que ausenta a palavra, a palavra muda é a conquista de um silêncio completo: diz tudo sem dizer nada, pois não o diz com o som, o diz apenas com o sentido artesanado.

          

Prosa é palavra que sai de uma boca ; poesia é palavra muda que o coração “assoletra” com


sua boca , a mesma do poeta. Há a mudez da boca que não mais diz palavra, restando muda. Porém


a mudez da palavra apenas se conquista quando o poeta se esvazia de si até ficar repleto de


poesia,para assim transbordar