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sábado, 9 de julho de 2011

Paraty exulta com paulistas

Paraty através ,de Oswald de Andrade, exulta com a fala do burguês, Antônio Cândido. Este, fala do outro amigo burguês Oswald de Andrade,,bom escritor,mas da mesma estirpe de Antônio Cândido ,que na colonização intelectual do país ficou consagrado como gênio da literatura, digo, da crítica literária .E salve a colonização contínua entre Rio e São Paulo.

domingo, 26 de junho de 2011

Entrega de armas. Por Jc Pe

Pernambuco lidera entrega de armas no País
Levantamento foi divulgado na tarde deste domingo pela Polícia Federal. No Estado, 784 revólveres, pistolas e espingardas já foram entregues pela população
Publicado em 26/06/2011, às 18h38
Do JC Online
Balanço divulgado ontem pela Polícia Federal mostra que o pernambucano aderiu à Campanha do Desarmamento. O posto de arrecadação localizado na superintendência da PF no Recife é o campeão nacional de armas recebidas. Foram 784 revólveres, pistolas e espingardas recolhidos entre os dias 23 de maio e 26 de junho. Em segundo lugar na campanha está a Superintendência da Polícia Federal de São Paulo e a ONG Viva Rio, no Rio de Janeiro.

Para a assessoria de comunicação da Polícia Federal, a população compreendeu o perigo que é ter arma em casa. “A PF credita esta estatística ao entendimento dos pernambucanos com relação ao espírito e importância da campanha do desarmamento e que uma arma em casa pode ser um potencializador de violência, haja vista que uma discussão tola na rua, com vizinhos, no trânsito, de namorados ou até mesmo depressão, pode se transformar numa fatalidade. Além da possibilidade de bandidos, ao saber que existe uma arma em determinada residência, investir no seu roubo, reforçando o arsenal dos criminosos”, destaca nota enviada pela assessoria.

Outro fator que vem impulsionando a entrega de armas é o novo sistema de pagamento de indenizações colocado em prática pelo Ministério da Justiça. Agora, quem leva a arma a um posto arrecadador recebe um senha numérica para resgatar o pagamento em 24 horas, em qualquer caixa eletrônico do Banco do Brasil.

Os valores pagos pelo Governo Federal dependem do tipo de arma e do calibre. As indenizações vão de R$ 100 a 300.

O vice-presidente venezuelano desmentiu ontem as notícias que dão conta do estado de saúde “crítico” do Presidente Hugo Chávez.

O vice-presidente venezuelano desmentiu ontem as notícias que dão conta do estado de saúde “crítico” do Presidente Hugo Chávez.

Hugo Chávez está fora do país desde 2 de Junho (Carlos Garcia Rawlins/REUTERS )

Elias Jaua criticou a direita nacional e internacional por estar enlouquecida ao inventar uma suposta deterioração do estado de saúde do Presidente. “Vamos ter Hugo Chávez durante muito tempo”, disse Jaua em declarações transmitidas pela televisão estatal venezuelana. O Presidente “está a recuperar para continuar a batalha”.

Contrariando a notícia do jornal de Miami "El Nuevo Herald", que no sábado citou fontes dos serviços secretos norte-americanos para dizer que o estado de saúde de Chávez é “crítico”, Elias Jaua apontou o dedo aos que “sabem que não podem ganhar umas eleições ao nosso comandante Hugo Chávez e que por isso estão sempre à espera de uma situação para se apoderarem do poder”.

Na véspera, o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Nicolás Maduro, tinha declarado que Chávez estava a travar uma batalha pela sua saúde e pela vida, mas ontem vários membros do governo trataram de contrariar esta notícia.

Andrés Izarra, ministro da Comunicação da Venezuela, utilizou o Twitter para lançar uma curta mensagem que resume a ofensiva do regime para travar as especulações sobre a saúde do Presidente: “Não liguem à canalha. O comandante está a recuperar bem da sua operação”.

A versão oficial das autoridades de Havana e de Caracas é a de que Chávez foi operado de urgência a um abcesso pélvico no passado dia 10 de Junho na capital cubana, onde se encontrava em visita oficial.

Não foram divulgados nenhuns relatórios médicos e os rumores que circulam na Venezuela indicam que o Presidente pode ter um cancro na próstata ou, como defendem algumas figuras da oposição, estar óptimo de saúde, a encenar “um milagre” e um regresso triunfal ao seu país a 5 de Julho, quando se celebram os 200 anos da independência da Venezuela.


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sexta-feira, 24 de junho de 2011

ap Blonk é um poeta sonoro, compositor eperformer holandês

Jaap Blonk

Jaap Blonk é um poeta sonoro, compositor eperformer holandês, nascido em Woerden em 1953. É um dos nomes mais conhecidos e importantes da produção contemporânea em poesia sonora e poesia em performance na Europa. Estudou física, matemática e música. Começou a trabalhar com poesia sonora na década de 70, ao descobrir aUrsonate (1922–32), de Kurt Schwitters (1887 - 1948). Sua performance da famosa sonata fonética do poeta dadaísta alemão viria a se tornar uma das mais conhecidas e respeitadas, e Schwitters permanece uma de suas maiores influências. Sua poesia sonora afasta-se do textualismo de alguns dos mestres do pós-guerra, concentrando-se na pesquisa primordialmente fonética de dadaístas como Hugo Ball, Raoul Hausmann, Tristan Tzara e o próprio Schwitters, além de poetas sonoros do pós-guerra, como Dick Higgins.

Trabalhou e colaborou com compositores como John Tchicai, Joan La Barbara, Tristan Honsiger e Mats Gustafsson, assim como seus próprios ensembles Splinks e BRAAXTAAL. Estreou com o álbum Baba-Oemf (1989), ao qual se seguiram BRAAXTAAL (1991), Splinks (1992),Flux - De Bouche (1992), Improvisors (1996), Improvisors Vol. 2(1996), Speechlos (1997), Vocalor (1998), Consensus (1998), First Meetings (1999), Averschuw (2001), Dworr Buun (2001), Electric Solo Improvisations (2001), Improvisors, Vol. 3 (2003), Five Men Singing(2004) ou Pre-Zoic Cellways (2005).

Hoy arranca la Feria del Libro Judío

Hoy arranca la Feria del Libro Judío

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A GENTILEZA É FEMININA OU MASCULINA?






















O que é ser gentil?
Gentileza é um modo de agir, um jeito de ser, uma maneira de enxergar o mundo. Ser gentil, portanto, é um atributo muito mais sofisticado e profundo que ser educado ou meramente cumprir regras de etiqueta, porque embora possamos (e devamos) ser educados, a gentileza se trata de uma característica diretamente relacionada com caráter, valores e ética; sobretudo, tem a ver com o desejo de contribuir com um mundo mais humano e eficiente para todos. Ou seja, para se tornar uma pessoa mais gentil, é preciso que cada um reflita sobre o modo como tem se relacionado consigo mesmo, com as pessoas e com o mundo.



Estar e ser são a condições do viver.Ainda discutimos questões das diferenças genitais sexuais.
No entanto, somos todos iguais, enquanto ser, posto a condição do trilhar a vida com dificuldades diferentes , face nosso contexto e história.
A gentileza é uma questão simples- de ser- este humano f'rágil que somos e ainda não suportamos isto.
Ser gentil é antes de ser macho ou fêmea-trata-se de ser solidário entre os frágeis humanos, de reconhecer-se a si e nos outros.
Precisamos dos outros, sempre e eternamente, esta é nossa condição!
Sejamos dignos de nós próprios, pela e na gentileza com os outros, pois assim sendo, somos gentis conosco com a vida e com nosso entorno, e com o mundo com os sistemas vitais que nos regem ,como o da natureza.
A gentileza não e bem este NOME, é condição de estar entre outros e no meio deles, seja macho ou fêmea, animal racional ou irracional.A natureza não é gentil, apenas ela é , mas nos abriga, ou a moldamos para isto.
Paulovas

Culpamos as pessoas das quais não gostamos pelas gentilezas que nos demonstram.

Los coros virtuales de Eric Whitacre ya reúnen a miles de voces

Los coros virtuales de Eric Whitacre ya reúnen a miles de voces

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ricardo Piglia ganó el Rómulo Gallegos

Por su novela Blanco Nocturno, se quedó con la XVII edición del premio, el más prestigioso de América latina. El ganador se conoció hoy, en Caracas, y entre los finalistas hubo seis argentinos.
CLIQUE NO TÍTULO ELEIA MAIS

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Les clés de la colère espagnole Par Marie Simon, publié le 23/05/2011 à 16:00





















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"Nos rêves ne tiennent pas dans vos urnes", clame cette pancarte sur la Puerta del Sol, à Madrid, ce dimanche.

REUTERS/Paul Hanna
Après une campagne électorale marquée par l'irruption d'un fort mouvement de contestation, les Espagnols ont infligé une défaite cuisante aux socialistes au pouvoir. La presse nationale tente d'en tirer quelques enseignements.
"Le #15M est arrivé et a fait exploser la campagne électorale", assène le site du quotidien El Mundo, au soir de la déroute du PSOE, le parti au pouvoir, lors des élections municipales et régionales de ce dimanche. Même si "l'effet réel de ce mouvement de contestation sur les résultats électoraux reste encore à démêler", comme le note le quotidien conservateur ABC, les "Indignés" de la Puerta del Sol, cette place centrale de Madrid transformée en point de ralliement des manifestants-campeurs, ont secoué la vie politique nationale.
A l'origine du mouvement 15-M
Depuis le 15 mai (d'où le 15-M), les rangs des mécontents réunis devant la mairie de la capitale espagnole n'ont cessé de grossir. Et ce malgré l'interdiction émise par les autorités peu avant le scrutin. Etudiants, retraités, salariés, chômeurs... mais aussi protestataires contre l'impunité qui entoure encore les crimes du franquisme, comme le souligne le quotidien de gauche Publico. Quel sont les facteurs communs qui unissent cette mosaïque de manifestants?
Le chômage est le premier mot qui leur vient à la bouche. Avec un taux record de 21,29% de la population active, il touche même 41,27% des 20-24 ans et 27,24% des 25-29 ans, selon les chiffres de l'Institut national de statistiques espagnol. Le chômage est la préoccupation numéro un des Espagnols. Interrogés par le Centro de Investigaciones Sociologicas, ils sont 82,8% à le citer parmi les trois sujets qui les inquiètent le plus en avril dernier, loin devant la crise économique en général (47,3%, en recul).

"Réflexion en cours", "arrêtez de nous prendre pour des idiots", 'l'opium du peuple, très peu pour moi", lit-on sur les pancartes...
REUTERS/Sergio Perez
Après des années déjà difficiles, la frustration des jeunes diplômés explose. Car ceux qui réussissent à décrocher un emploi ne roulent pas sur l'or. Depuis quelques années déjà, on les surnomme les "mileuristas" ou "la génération des mille euros". Le quotidien El Pais dressait un portrait de cette catégorie sacrifiée, économique parlant, et contrainte de rester vivre dans le cocon familial bien au-delà de la barre des 28 ans d'un Tanguy "classique", en 2005.
Les résultats du Centro de Investigactions Sociologicas font apparaître un autre souci majeur des Espagnols: les partis politiques et le fonctionnement politique du pays, qui inquiètent 21,5% des sondés en avril dernier, un résultat en progression constante. La défiance envers les grands partis, le PSOE à gauche et le PP à droite, monte, tout comme la critique du système électoral espagnol, et notamment la Ley d'Hont qui favorise mathématiquement le bipartisme ou en tout cas les poids lourds de la vie politique nationale. Changer la loi électorale fait partie des objectifs affichés.
Qui a donné l'impulsion nécessaire?
Le terreau de l'indignation est là, qui a provoqué l'étincelle? Des précédents comme les révolutions arabes? "De Tahrir à Madrid, au monde, world revolution", proclamait vendredi dernier une grande banderole, osant le parallèle entre l'Egypte et l'Espagne. Dans les deux cas, une place est devenue l'épicentre de la révolte... Mais la comparaison s'arrête là, Zapatero n'est pas Moubarak!
D'autres, comme le groupe Juventud en Acción, regardent plus volontiers en direction de l'Islande où la mobilisation de la population a fait chuter un gouvernement en 2008, puis refusé par référendum de rembourser une dette de 4 milliards d'euros au Royaume-Uni et aux Pays-Bas. Pour El Pais, le modèle est islandais, bien plus qu'arabe.
Si les "Indignés" tirent ce surnom de la lecture de l'ouvrage de Stéphane Hessel, récemment publié de l'autre côté des Pyrénées, c'est moins le papier que le virtuel qui leur a permis de se mobiliser efficacement. Plusieurs mots-clés ont émergé, tels que: #nolesvotes (ne vote pas pour eux), #spanishrevolution, #yeswecamp, ou #nonosvamos (on ne part pas), comme les énumère ABC dans sa "radiographie" du mouvement.
On compte aussi des sites comme Madrid.tomalaplaza.net (Prends la place de Madrid !) ou des cartes comme ce plan pratique de la Puerta del Sol, à Madrid. Sur Internet aussi se retrouvent les témoignages de nombreux Espagnols expatriés et solidaires. Même si la mobilisation locale se résume à un homme et une pancarte, comme en Sibérie: Xavi raconte son engagement solitaire sur le site d'El Pais.
Nous ne nous positionnerons pas, nos priorités sont différentes
Internet, encore internet et toujours internet... El Mundo tire cinq certitudes sur son rôle dans un mouvement tel que celle de la Puerta del Sol: c'est un outil clé de mobilisation, Twitter permet de détecter les mouvements sociaux, ignorer ce qui se passe sur le web revient à se tirer une balle dans le pied, protester sur internet ne suffit pas, si internet est mis dans la boucle l'affaire devient "globale".
Le tout à condition qu'il y ait une organisation minime avant que l'effet boule de neige opère. El Pais souligne d'ailleurs que le 15-M a été suivi de trois mois de préparation, notamment via le mouvement Democracia Real Ya (Enfin la démocratie réelle) que l'on retrouve... sur Facebook. Après des manifestations organisées le 7 avril, la magie n'avait pas opéré, elle a attendu le 15 mai.
Quel impact sur les élections?
Les manifestants ont toujours affiché leur neutralité à l'égard du scrutin qui se tenait ce dimanche 22 mai. "Nous ne nous positionnerons pas, nos priorités sont différentes", soulignent-ils lorsque la presse espagnole les interroge. Seul mot d'ordre peut-être: éviter de voter pour les partis qui dominent l'échiquier politique espagnole. La presse conservatrice s'est pourtant interrogée sur une éventuelle infiltration du mouvement par la gauche espagnole, trahie par exemple par un panneau demandant "une constitution socialiste, maintenant!", comme le souligne ABC.

Les grands perdants de ce dimanche: José Luis Rodriguez Zapatero et les socialistes espagnols.
REUTERS/Juan Medina
Mais le résultat final est bien synonyme de désastre, de déroute ou encore de noyade selon les titres, pour le camp socialiste, actuellement au pouvoir à Madrid, et dont le deuil politique ne fait que commencer, estime El Mundo. Malgré sa promesse de ne pas rester en 2012, José Luis Rodriguez Zapatero n'a pu éviter le vote sanction à ses troupes, et une hémorragie de quelque 1,5 millions de voix. C'est sans doute la mise en place de mesures d'austérité (retraites gelées, salaires des fonctionnaires à la baisse, aide aux chômeurs en fin de droits supprimée...), depuis un an, qui lui vaut cette déconfiture électorale, selon Publico.
La démobilisation de l'électorat socialiste favorise le PP qui savoure une victoire électorale au goût pourtant amer puisqu'elle s'accompagne d'un record historique: celui du vote blanc qui atteint 2,5% des suffrages enregistrés, plus du double par rapport à 2008. Le mouvement Ciudadanos en Blanco (citoyens en blanc) a même arraché quelques sièges à Barcelone et Gérone.
C'est là que le mouvement du 15-M a peut-être joué... au détriment des partis minoritaires dont les manifestants assurent pourtant défendre la cause, face aux mastodontes politiques! Ironique pour un mouvement qui juge que la démocratie lui a été confisquée par le bipartisme ambiant.
Qui a vraiment gagné les élections de dimanche?
Le PP a gagné ces élections locales. La seule "autonomie" qui reste entre les mains du PSOE sans coalition nécessaire, l'Andalousie, ne votait pas dimanche! Si ces résultats avaient été ceux d'un scrutin à l'échelle nationale, les conservateurs ne seraient qu'à 13 sièges de la majorité absolue. "L'Espagne vote le changement", claironne ABC. Pour El Mundo, l'humeur du PP serait la même s'il venait de remporter l'Eurovision ou l'Euromillions!

Mariano Rajoy, leader des conservateurs espagnols, se félicite des résultats de dimanche.
REUTERS/Sergio Perez
Mais c'est surtout le leader du parti qui tire profit, au sein de sa famille politique, de ces résultats. Mariano Rajoy, successeur de José Maria Aznar qui a quitté le pouvoir en 2004, aura mis toutes ces années à asseoir sa légitimité, souligne El Mundo, qui analyse une photo de dimanche soir. Il aurait enfin pris l'ascendant sur ses ennemis intimes, semblant dédier ces résultats à tous ceux qui n'ont pas cru en lui! La Razon le voit déjà "frapper à la porte de La Moncloa", le Matignon espagnol.
Des victoires locales, mais importantes malgré tout, sont également à noter. Le parti Convergencia i Union (CiU) remporte la mairie de Barcelone. La coalition de gauche Bildu a par exemple créé la surprise, devenant la deuxième force politique du Pays Basque. Cette formation, créée spécialement pour ce scrutin et qui a permis une présence indirecte de Batasuna, le bras politique interdit du groupe armé ETA, a frappé fort en remportant plus d'un quart des suffrages, derrière les nationalistes de centre-droit du PNV.
Des figures prennent aussi plus de poids, comme le note ce trombinoscope d'ABC. Esperanza Aguirre élargit sa majorité à la mairie de Madrid, Dolores de Cospedal prend la région Castilla La Mancha aux socialistes, ou encore Juan Ignacio Zoido qui leur ravit la mairie de Séville, tandis que Francisco Camps les maintient à distance respectable à Valence.
Et maintenant?
"Si Zapatero et son gouvernement n'entreprennent pas des initiatives politiques, le Partido Popular se sentira assez fort pour réclamer la dissolution des Chambres"... menant à des élections générales anticipées, avant le printemps 2012, souligne El Pais. Le PP porte aussi une responsabilité importante. A la tête de nombreuses collectivités locales désormais, "il lui incombe d'apporter des réponses à la situation économique problématique que rencontrent de nombreuses municipalités et régions", ajoute le quotidien proche des socialistes, regrettant que le sujet soit passé inaperçu au cours de la campagne électorale.
C'est maintenant, après les élections, l'épreuve du feu pour le mouvement qui doit se transformer en forum permanent
La société civile s'est réveillée et les "Indignés" promettent de poursuivre leur mobilisation, au moins encore une semaine... "C'est maintenant, après les élections, l'épreuve du feu pour le mouvement qui doit se transformer en forum permanent", estime le philosophe Miguel Morey, interrogé par le quotidien catalan La Vanguardia.
Mais El Mundo craint que l'effet ne soit pas vraiment durable. "Après la fête, la sieste de la démocratie pourra reprendre". Et pour qu'elle reprenne un peu plus vite encore, on pourrait bien déloger les sympathiques mais bruyants campeurs de la Puerta del Sol.

Les Indignés : un mouvement né sur le Web-Os indignados -um movimento nasce através da Web

Démarrée en Espagne, la contestation touche depuis l’Europe et timidement la France. D’Internet à la rue, il n’y a pas d’intermédiaire. Voici comment est né ce mouvement et comment il s’entretient grâce à un outil : Internet.

Pas de syndicat et encore moins de parti politique. Les rouages traditionnels de la contestation sont dépassés, et même volontairement exclus. Internet, grâce à l’échange en temps réel via réseaux sociaux et chats, a permis l’émergence spontanée d’une contestation franche et radicale, un ras le bol d’une génération.

Né d’Internet, pour Internet
Pour trouver une origine à ce mouvement, à l’état d’embryon, il faut chercher du côté de la loi Ley Sinde, l’équivalent de l’Hadopi espagnole. Les grands partis se sont unis pour faire passer le texte, sans entendre la voix des Espagnols, majoritairement contres. Sentiment de dénis de démocratie, et première organisation autour du mot d’ordre « No Les Votes » (ne votez pas pour eux, alors que les élections locales arrivaient). Slogan qui a donné son nom à un mot clé Twitter (1) puis à un site. Cette origine, de la défense d’une liberté totale sur Internet, explique pourquoi on trouve quelques masques d’Anonymous, le groupement d’Hacktiviste, lors des manifestations actuelles.

Internet et la « démocratie réelle maintenant»
Ce premier mot d’ordre est rapidement rejoint puis noyé sous le rouleau compresseur de la colère d’une jeune génération écrasée par 45% de chômage, des conditions de vie de plus en plus précaires et le sentiment de ne pas être entendu. Malgré une présence dans la rue de plus en plus importante (Madrid, Barcelone, Saragosse, Valence, Cordoue, Bilbao…) Internet reste au cœur du mouvement. C’est un outil qui permet de se passer complètement des structures habituelles : réunions, tracts, délégués, porte-paroles… Les mots d’ordres s’échangent sur Twitter (#SpanishRevolution, #NoNosVamos , #AcampadaSol, #YesWeCamp) comme sur la page Spanich Revolution de Facebook. Suivie par plus de 132 000 personnes. La communication se fait en ligne, les manifestants ont même installé une Webcam pour suivre en direct les rassemblements de la Puerta del Sol. Le site Democracia Real Ya (démocratie réelle maintenant), créé par une fédération d’associations, s’est imposé depuis le 15 mai comme référence pour suivre le mouvement. Sa page Facebook est suivie par 330 000 personnes.

Internet est ainsi devenu un élément structurel du mouvement. Ce qui s’y exprime est une colère, une envie de changement radical et un rejet de toutes les formes traditionnelles de la politique. Ce qui explique leur refus de toute récupération par des partis ou des syndicats et certains appels à voter blanc ou nul. La confiance envers le système démocratique espagnol est durablement rompue, les indignés ayant l’impression que leur voix n’est jamais entendue. La descente dans la rue s’est faite naturellement, comme un prolongement. C’est là aussi qu’ils veulent être entendus. D’où les principaux slogans : « Nous ne nous tairons pas » ou « la démocratie, maintenant ».

En France, une contagion déjà en danger ?
Après une première manifestation la semaine dernière devant l’ambassade d’Espagne, les Indignés français se sont retrouvés Place de la Bastille et comptent bien faire de ce lieu symbolique un rendez-vous quotidien. Le mouvement a ses mots clés Twitter : #frenchrevolution, #démocratieréelle ou #indignezvous. L’invitation d’associations comme Jeudi-Noir et Génération Précaire à rejoindre la mobilisation peut aider au décollage mais aussi participer au flou du message porté. Est-ce que les partis (les deux associations précitées ont à leur tête des élus d’Europe Ecologie Les Verts) et les syndicats traditionnels vont laisser le mouvement enfler seul ? La filiation avec l’opuscule « Indignez-vous » de Stéphane Hessel est en tout cas souvent revendiquée.

Les fils Twitter nous semblent le meilleur moyen pour suivre un éventuel envol de ce mouvement en France. A suivre également le site de Réelle démocratie maintenant, sur le modèle espagnol et en accord avec les mots d’ordre du mouvement, et qui propose un agenda des rassemblements prévus en France.

(1)Twitter est un outil très adapté à ce mouvement. On s’y exprime en temps réel, dans de brefs messages de 140 signes maximums, autour de mots clés (hashtag dans le jargon), précédés par des #. Un exemple ci-dessous.

domingo, 22 de maio de 2011

Paraguay 200 años de dependencia y racismo

Dani O. Sotelo

El 15 de mayo del 2011 se cumplen doscientos años de la gesta que produjo la independencia de facto de Paraguay del Reino de España, la cual se conquistaría formal y burocráticamente mediante resolución de un congreso local y patriótico realizado en 1813. Fue una revolución sin derramamiento de sangre, que forjó la hoy tercera república más antigua del mundo (anteriores son sólo EE.UU. y Haití). Las actividades conmemorativas congregan y enorgullecen a los paraguayos; sin embargo, sólo los descendientes de españoles y europeos (mestizos, criollos, colonizadores, etc.) sean quienes tienen qué festejar, mas no los pueblos originarios de las hoy llamadas tierras paraguayas. Pueblos que casi sin limitaciones aportaron en la conformación genética, científica y cultural del país con mayor porcentaje de no-indígenas hablantes de una lengua indígena en el mundo.

El bicentenario es una ocasión dependiendo de quién se trate, para festejar, para aprender, para congratularse por los logros y avances, pero también para auto observarse y aceptar lo que está mal, sea sólo en el presente o incluso desde mucho antes de la Independencia. Los mismos indígenas llevan tiempo denunciando las incongruencias de estos festejos de cara a su realidad. Así, aprovechando la ocasión en las últimas semanas se han movilizado, protestado, emitido comunicados, hecho presencia en los medios y quejado. Hoy, en un comunicado expresaron: “La dignidad humana, más que un texto constitucional, ¿no es acaso una palabra vacía invocada en su carta fundacional por el Estado, cuando es responsable de actos de racismo y discriminación contra pueblos que habitan hace más de 200 años este país?”.

De hecho, si deseamos comparar con precisión la situación indígena preindependentista con la actual podríamos embarcarnos en una tarea harto difícil e inexacta, pero al menos se puede afirmar que desde la creación de la república los pueblos originarios recibieron solo más o menos de lo mismo. La formación del estado paraguayo representó hasta ahora nada más unos pocos cambios que los benefician, pero a la par de muchos otros perjudiciales. Los ejemplos abundan en un país rico en culturas y tradiciones pero también en marginaciones y vistas gordas.

* Los primeros españoles arribaron a Paraguay en 1524, y a pesar de los miles de habitantes de la zona, al hecho le siguen llamando “descubrimiento del país”. En ese entonces los indígenas constituían el cien por ciento de la población humana, porcentaje que empujado por la colonización, las guerras, el mestizaje y las enfermedades fue disminuyendo hasta que en 1811 representaba solo un treinta por ciento del total.[1] Hoy, tras doscientos años de vida independiente paraguaya, los pueblos originarios pueden ser vistos más bien como una anécdota estadística, de menos del dos por ciento del total de habitantes del territorio. Existen incluso etnias cuyas culturas “sobreviven” en la persona de apenas unos cientos de individuos (Los Toba Maskoy, Guaná, Chamacoco Tomorajo y Manjui; grupos existentes solo en Paraguay o también casi extintas en países vecinos), de acuerdo al oficial Censo Nacional del 2002.[2] Lentamente las etnias indígenas van consolidándose como las minorías más pequeñas en número del país, mientras mantienen en su poder récords como ser las de menor acceso a servicios básicos, más baja oportunidad laboral y más poca esperanza de vida.

* La disposición de áreas comunitarias y/o agrícolas para indígenas disminuyó notoriamente luego de la independencia, en especial por las masivas ventas de tierras públicas durante el gobierno del presidente Carlos A. López y de otros, y como fruto del latifundismo hijo de la corrupción de los últimos cincuenta años. Todavía hoy, casi dos siglos después de los primeros atropellos republicanos, muchas de sus comunidades habitan propiedades sin título o ajenas (sic), a pesar de todas las garantías expuestas en una Constitución Nacional (1992) que se calcó lo mejor del Convenio 169 de la O.I.T. Sobre Pueblos Indígenas y Tribales, pero que jamás pasó de ser meras palabras impresas. Y si el estado paraguayo puede jactarse de llevar a cuestas una resolución incumplida de la Comisión Interamericana de DD.HH. sobre devolución de tierras, y de haber perdido en dos ocasiones demandas de etnias indígenas en la Corte Interamericana por el mismo tema, también puede hacerlo de no cumplir los mandatos de la Corte Interamericana de DD.HH. o de la Comisión en ninguno de estos.[3]

* Mientras los mestizos y blancos siguen buscando, curándose con y hasta ufanándose por los conocimientos de medicina botánica legados de los guaraníes, no existe un solo instituto de enseñanza y menos una Facultad que “certifique” la práctica de esta ciencia y sus conocedores no son metidos presos sólo porque son muchos, mucha gente cree en ellos y no acostumbran ser muy publicitarios.

* Las calles más concurridas de las más grandes ciudades del país: Asunción, Ciudad del Este, San Lorenzo, Luque y Caaguazú han dejado de ser exclusivas de los niños pobres mendigando o durmiendo en las esquinas, pues ya se suman muchos los indígenas de diferentes edades que las recorren. Fenómeno que es imitado en otros sitios como consecuencia de las faltas de oportunidades de formación, de trabajo y de tierra. Estadísticas, estas, que casi siempre sufren en un índice mayor que el resto de los paraguayos.

* A pesar de que en el aspecto educativo siguen siendo relegados, es el ámbito donde en los últimos años se realizaron los dos más importantes avances, insuficientes pero al menos altamente motivadores. Ambos proceden de leyes nuevas, la de creación de la Dirección General de Educación Indígena (2008) y la Ley de Idiomas (2010). Ambas siguen esperando una aplicación efectiva. Curiosamente la primera de ellas en la práctica llevaría a decisiones anticonstitucionales, porque ayuda a corregir uno de los grandes errores de la Carta Magna de 1992 que poca gente se ha dignado en identificar.[4]

* Pero, continúan las deficiencias educativas: el analfabetismo es mucho mayor en la población indígena que en el resto del país; muy pocas lenguas originarias están estandarizadas para la escritura y escasos de sus hablantes son los que las leen; encontrar un indígena estudiando en la universidad es como hallar una aguja en un pajar y más difícil aún uno con título; la carrera de Antropología sigue siendo una quimera (no existe en ninguna universidad), y al igual que en toda América o no existen o son solo anécdotas los antropólogos indígenas, cuando que otras etnias o grupos se han permitido tener estudiosos, investigaciones, recursos y publicaciones acercándose a sus identidades y realidades desde sus propias visiones (afrodescendientes, metaleros, góticos, akiba keis, religiosos, etc.).

* Ya no les meten palo a los niños que hablan sus idiomas indígenas maternos, simplemente las borran del mapa ignorándolas. Enseñándo -por mandato constitucional- el sagrado y comercial castellano en todas las escuelas, y para que no se quejen mucho les dan como segunda opción al guaraní, eso sí, en su versión mestiza (la cual también pagó caro su origen indígena, siendo perseguida y proscripta por décadas). Esto, en lo más de los casos es como a un niño español darle a escoger solo entre inglés y rumano como lengua escolar.

* La Iglesia Católica ya no tiene el monopolio de la evangelización, pero es frecuente que las otras denominaciones cristianas que ocupan su lugar sean más destructoras de culturas, saberes y tradiciones.

* Para el Censo Nacional de Población y Vivienda (y en paralelo el III Censo Indígena) falta un año, y las sorpresas difícilmente van a ser positivas, sobre todo para los amantes de las lenguas indígenas, las cuales han venido lenta pero progresivamente desapareciendo desde el inicio mismo de la llamada “conquista” española. El estado ha hecho casi nada al respecto, a pesar de las numerosas alarmas, olímpicamente ignoradas cuando probablemente aún se estaba a tiempo de hacer algo.

* En el Congreso Nacional no se hallan sub-representados (como pasa con las mujeres por ejemplo), sino que ni están ni nunca estuvieron. Pese a la población existente y al número de legisladores (45 senadores y 80 diputados junto a un total de 110 suplentes), nunca en toda la historia uno de estos cargos (o similar) lo ocupó un indígena. De consuelo pueden ufanarse de que al menos tuvieron ya una candidata, pues en el 2008 la mbyá Margarita Mbywangí -manifestando públicamente su origen- se presentó para senadora en el tercer puesto (con el sistema de representación proporcional) por un joven movimiento político de izquierda, el hoy Partido Popular Tekojoja, uno de los más abiertamente partidarios del independiente presidenciable Fernando Lugo que luego ganaría las elecciones. Para Margarita los votos fueron insuficientes, pero ni bien asumió Lugo se la nombró Directora del gubernamental Instituto Nacional del Indígena (INDI). Ironías de la historia hicieron que tenga que ser removida de su cargo justamente a pedido de grupos indígenas, y para poder apaciguar los ánimos entre ellos. No es raro que por cada cien indígenas existan diez representantes peleados entre sí, no pocas veces a fuerza de dinero o prebendas de los “blancos”.

* Finalmente, se debe advertir que aunque se haya avanzado en el reconocimiento legal de sus derechos, la práctica de los mismos sigue dejando mucho que desear en especial en cuanto a sus derechos económicos, sociales y culturales, los cuales más que garantizados en su respeto lo están en su ausencia.

Así, en el Paraguay mucha gente cree que no hace diferencias, pero a menudo dice: Hechápa nde ava!, cuando quiere criticar a una persona, atribuyéndole un carácter malhumorado, huraño o excesivamente serio, generalmente en sentido peyorativo. Su traducción literal del guaraní es: ¡Mira que eres una persona!”, pero si fuera entendida en dicho sentido la expresión no tendría pie ni cabeza; porque la traducción real no es esta. La palabra “ava” utilizada para decir “persona” en el guaraní paraguayo significa también “indígena” y no precisamente de manera apreciativa. Este simple ejemplo muestra lo absurdo de la dupla racismo-discriminación, se habla un idioma indígena para señalarle a rechazar o criticar a alguien por asemejarse a un “indio” o comportarse como si lo fuera (estereotipo). No es extraño que aún estén de moda los “chistes de cachique”, o cuentos jocosos cuyos protagonistas casi siempre son líderes indígenas que no comprenden la cultura occidental, las tecnologías, las costumbres, la cultura o el idioma de los mestizos; es decir, historias ficticias que se burlan de la “ignorancia natural” de esos pobrecitos re-subdesarrollados.

Y así, mientras los pueblos originarios siguen sumando pocos votos en Paraguay (además muy manipulables debido a la pobreza), sus culturas son solo parcialmente comerciables (a través del robo de conocimientos ancestrales, la venta de artesanías y el turismo etnológico), su poder de consumo es limitado, y su capacidad de organización está minada desde dentro: ni las “buenas intenciones” del presidente, ni el trabajo de muchas oenegés (exceptuando a las que simplemente los utilizan para mantener sus recursos y nóminas de funcionarios), ni las nuevas leyes alcanzan para cambiar un poco a mejor su situación general o establecer perspectivas de progreso.

Como en casi toda América ocurre, ni todos los paraguayos son culpables de la situación ni lo son en el mismo grado, pero aún brillan por su ausencia una ciudadanía y una clase política que “realmente” decidan hacer algo al respecto. La discriminación es doble, porque se los minimiza al no dejarles participar, al hablar “por ellos” negándoles sistemáticamente la palabra, al investigarlos como objetos extraños (ya vimos lo de los antropólogos) para luego “explicarlos” sin abandonar preconceptos culturales, y al intentar imponer soluciones pseudo-occidentales a problemas locales.

En esta verdadera crisis humana (tal vez mejor denominable: etnicidio) los frentes son dos, el de la lucha social-política de los ciudadanos y el de la lucha indígena; es decir, de ellos por sí mismos y de los demás contra las injusticias que sufren. Los cambios buenos, solo podrán seguir a una nueva conciencia ciudadana: mejor informada, más abierta, menos estereotipada, y más fructífera, la cual deje de verlos como incultos y haraganes, como menores de edad, como los que deben o volver a la selva porque no pueden convertirse en empresarios ni empleados. Una nueva conciencia que deje de ver a los síntomas en las víctimas y que, comprenda que en políticas públicas y en disminución de la pobreza las cosas no son ni tan sencillas ni tan unicausales. Decididamente están olvidados, pero poco a poco van alzando sus voces, luchando contra el tiempo, contra la incomprensión y contra la indiferencia; no sabemos si podrán ganar.

Notas

[1] Caballero, Herib (2010) “Proceso de la Independencia Paraguaya 1780-1813”. Edit. Azeta: Asunción. Pag. 27. ISBN 978 99953 1 093 6

[2] Dirección Gral. de Estadísticas, Encuestas y Censos del Paraguay (2002) “II Censo Nacional Indígena. Pueblos Indígenas del Paraguay: Resultados Finales”. Asunción. http://www.dgeec.gov.py/Publicaciones/Biblioteca/censo_indigena/Capitulo%201.pdf

[3] Casos Yakye Axa, Sawhoyamaxa, y Xamok Kásek.

[4] El art. 77° dice “La enseñanza en los comienzos del proceso escolar se realizará en la lengua oficial materna del educando. Se instruirá asimismo en el conocimiento y en el empleo de ambos idiomas oficiales de la República”. Pero remata, proclamando con absoluta falta de igualdad: “En el caso de las minorías étnicas cuya lengua materna no sea el guaraní, se podrá elegir uno de los dos idiomas oficiales”.


http://www.alainet.org/active/46563

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Quem aguenta tudo isso??

Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.
E uma banana pelo potássio.
E também uma laranja pela vitamina C.

Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água.
E depois uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão).

Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também.
Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.
Um copo de cerveja, para.... não lembro bem para o que, mas faz bem.
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver
um derrame, nem vai perceber.... .....

Todos os dias deve-se comer fibra..
Muita, muitíssima fibra.
Fibra suficiente para fazer um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente.
E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada.
Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia... UFA !!!

E não esqueça de escovar os dentes depois de comer...
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da
laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental,
massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax.

Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia,
mais as cinco comendo são vinte e uma.
Sobram três, desde que você não pegue trânsito. TÁ DIFICILLLLL

As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia.
Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar,
ou a meia hora vira uma).

E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser
regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar das minhas
amizades quando eu estiver viajando.

Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia
para comparar as informações.

Ah! E o sexo!!!!
Todos os dias, um dia sim, o outro também, tomando o cuidado de não se
cair na rotina.

Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução.

Dizer EU TE AMO, toda hora, ''ainda pego quem inventou essa neura...!!!' '


Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e
espero que você não tenha um bichinho de estimação. se tiver tem que
brincar com ele, pelo menos meia hora todo dia, para ele não ficar
deprimido... .

Na minha conta são 29 horas por dia...

A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo
tempo!!!

Tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os
dentes ao mesmo tempo.

Chame os amigos e seus pais, seu amor, o sogro, a sogra, os cunhados...
Beba o vinho, coma a maçã e dê a banana na boca da sua mulher. Não esqueça do EU TE AMO, (Vou achar logo quem inventou isso, me aguarde).

Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se
sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésia.

Agora voce tá ferrado mesmo é se tiver criança pequena, ai lascou de vez,
porque o tempo que ia sobrar para voce...meu já era. Criança ocupa um
tempo danado..

Agora tenho que ir.

É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro e correndo.

E já que vou, levo um jornal.....

Tchau....

Se sobrar um tempinho, me manda um e-mail.

Luís Fernando Veríssimo

terça-feira, 17 de maio de 2011

Apple exibirá na BookExpo America pela primeira vez

Apple exibirá na BookExpo America pela primeira vez

Postado por Bianca Hayashi em 17/05/2011 16:53
Blog: Macmaki

Mas não devemos esperar nenhum grande lançamento na feira

Por Bianca Hayashi,
da revista MAC+

A Apple irá fazer uma rara aparição em um evento de outras companhias ao final de maio. A empresa reservou um estande na BookExpo America, a maior feira de livros dos Estados Unidos e que acontecerá entre os dias 23 a 26 de maio, em Nova York.

O estande da Apple ficará próximo à da Random House (o grupo de livros da Disney) e o da MacMillian. O PaidContent acredita que a Apple está indo à BookExpo para aumentar a exposição de sua plataforma iBooks enquanto a venda de livros eletrônicos cresce. Portanto, não devemos esperar nenhum grande anúncio da empresa de Cupertino.

Por outro lado, o The Digital Reader especula que a Apple está preparando algo especial para comemorar os 10 anos das Apple Stores e é relacionado ao iBooks

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O que Wim Wenders viu com os olhos de Pina

FOTO IMDB
FOTO IMDB


12.05.2011 - Jorge Mourinha, em Berlim


Wim Wenders demorou um quarto de século a trazer ao cinema a obra coreográfica de Pina Bausch; foi precisa a evolução do 3D digital para lhe fazer justiça. Rejuvenescido e emocionado pela experiência, explica como, mesmo depois de morta, a coreógrafa guiou todo o processo de criação deste "trabalho de amor"
"Pina", o filme que Wim Wenders fez para maior glória da coreógrafa Pina Bausch (1940-2009), e que está desde ontem nas salas portuguesas, não é apenas mais um documentário de um cineasta habituado ao género (desde o "Nick's Movie" com Nicholas Ray, 1980, ao enorme sucesso de "Buena Vista Social Club", 1999, passando por "Tokyo-Ga", 1985). Nem é "apenas" "mais um" filme: "Teria abandonado tudo o que estivesse a fazer para fazer este filme. Era algo que eu queria mais do que qualquer outro projecto desde meados dos anos 80. Mas não sabia como. Havia algo de tão mágico no trabalho de Pina que eu sabia que as câmaras não seriam capazes de o capturar. Havia algo que acontecia em cada representação... algo que sentíamos no nosso próprio corpo e que dificilmente se podia traduzir em filme. Eu não podia dizer que iria filmá-la melhor do que qualquer normalíssimo registo filmado de uma peça. Não era suficiente", diz-nos em Berlim, dias depois da estreia mundial do filme.

É um "trabalho de amor" que Wenders transportava há quase um quarto de século, em associação muito próxima com a própria coreógrafa, desaparecida subitamente em 2009, literalmente na véspera do início das rodagens. "Originalmente, Pina teria sido o centro do filme, mas não num sentido biográfico - ela não queria que se falasse muito dela, por isso o filme era sobre o seu trabalho e o seu olhar. Tínhamos chegado a acordo para fazer o filme sobre o modo como ela olhava para o trabalho e para os seus bailarinos, e o modo como transformava isso nas peças. Ela não confiava nas palavras, confiava apenas nos seus olhos, nos seus sentimentos, e tinha os olhos azuis mais penetrantes, verdadeiros e profundos que se possa imaginar. Quando ela olhava para nós, sentíamos que via atrav??s de nós. Não havia segredos. E era um olhar protector, de amor. Ela via realmente tudo. E essa capacidade talvez excluisse as palavras. Ela não gostava de palavras, por isso a dança era algo que surgia para fazer aquilo que as palavras não podiam. Éramos amigos e eu percebia a sua reticência, a sua dificuldade, mas foi apenas a trabalhar neste filme e a aplicar esses princípios que o interiorizei realmente."

Que o mesmo é dizer: o mais universalmente reconhecido dos cineastas alemães da "renascença" dos anos 70, o homem de "O Amigo Americano", "Paris, Texas" e "As Asas do Desejo", reencontrou-se (depois de uma longa série de filmes menores) no processo de se apagar perante a obra de outrem? "Aprendi mais do que nunca. Aprendi a confiar nos meus olhos de modo diferente, aprendi a confiar no que as câmaras podem fazer sem palavras e aprendi que a verdadeira essência de um documentário é conseguir que aquilo que queremos transmitir possa ser mostrado da forma mais bela possível. E isso é uma abstracção que eu não tinha sido capaz de compreender antes. Creio que a natureza do trabalho de Pina exigia que eu não me impusesse à sua arte, e devo dizer que isso é um processo que não é fácil". Sobretudo para um cineasta: "Nós, cineastas, somos convencidos por natureza - já trabalhámos com estrelas, conhecemos a linguagem corporal, sabemos o que é a presença de um actor e como tirar o melhor dele e pô-lo confortável para ele poder dar-nos essa presença... Depois vemos Pina e compreendemos que nem estamos no mesmo planeta. Não somos sequer capazes de chegar perto do que ela é capaz de ver."

Ressurreição

Nesta tarde de Fevereiro no hotel Adlon de Berlim, perante uma mesa-redonda de jornalistas europeus, há na voz de Wenders - mesmo afectada por uma garganta inflamada - uma emoção que dificilmente se traduz em palavras. É apropriado: já a estreia mundial do filme na edição 2011 do Festival de Berlim, fora de concurso, tivera algo de catarse para quem lá esteve. E o realizador nunca esconde que o simples facto de "Pina" existir é em si mágico. Este é, verdadeiramente, um filme "ressuscitado", porque a morte súbita de Bausch, dois dias antes do início das rodagens ("o inimaginável"), literalmente interrompeu a produção.

"Já nada do que tínhamos sonhado era possível, era o fim de um longo sonho que tínhamos sonhado juntos. Era a primeira vez que eu poderia ter feito o filme como ele devia ser feito, o primeiro ano em que a tecnologia existente era capaz de filmar como eu queria; sem o eixo espacial [do 3D] eu não podia imaginar o filme. Tínhamos chegado tarde de mais e foi muito doloroso compreendê-lo", lamenta Wenders.

Coube, então, à companhia de Bausch relançar o projecto. "Foram os actores que me empurraram e que me disseram: 'Pensa duas vezes. Não podemos apenas desistir, queremos que estas peças continuem a existir de outro modo.'"
Depois de filmadas as quatro peças escolhidas originalmente pela coreógrafa - "Café Müller" (1978), "Vollmond" (2006), "Kontakthof" (1978) e "Le Sacre du Printemps" (1975) -, "houve uma pausa longa". "Eu tinha de preencher o 'buraco' que a Pina tinha deixado. Levou algum tempo, e acabou por ser simples, mas por vezes as coisas mais simples são as mais difíceis. A Pina tinha trabalhado durante 30 anos com os seus bailarinos e tinha desenvolvido as peças sempre usando o mesmo método: fazendo-lhes perguntas, repetidamente, à volta de cada tema. Eles não podiam responder às perguntas com palavras, apenas com os seus corpos, e era isso que ela transformava nas peças. E compreendi que essa era a única maneira de fazer este filme. Os bailarinos dar-me-iam as suas respostas sobre o método de trabalho. Ver e observar a linguagem corporal dos seus bailarinos foi a única coisa que me permiti usar e foi uma revelação incrível fazer um filme que não confiasse nas palavras", afirma.

O que não faz de "Pina", longe disso, um filme sem palavras. "Alguns dos bailarinos dizem coisas e partilham algumas memórias, mas", segundo Wenders, "podemos ver o filme sem elas": "Não trazem explicação, apenas textura. Os bailarinos responderam às minhas perguntas a dançar, e continuaram a fazê-lo até eu compreender o que eles queriam dizer. Depois filmámo-los em exteriores, e isso é realmente a única coisa que eu próprio trouxe ao filme. Tentei encontrar exteriores que correspondessem a e realçassem o melhor possível o que os bailarinos queriam dizer. E eu estava tão ocupado a tentar compreender o novo meio que estava a usar e a aplicá-lo do modo como tinha prometido a Pina que a decisão de deixar de fora as palavras foi quase um alívio."

Pina em 3D

Esse "novo meio" é o 3D digital, para Wenders o único modo de conseguir traduzir para imagens a tal fisicalidade, a tal magia da obra de Bausch. Mas não foi fácil chegar ao resultado final. "Os primeiros testes foram um desastre. O espaço estava lá; a espacialidade não era um problema, mas não era capaz de dar uma representação elegante do movimento."
Aos poucos - num processo que durou dois anos de preparação até a equipa se sentir pronta a filmar com a companhia da coreógrafa -, a tecnologia aproximou-se do que Wenders desejava. "Precisámos de software diferente, forçámos muito a tecnologia, tive a ajuda de um 'estereógrafo' que acima de tudo estava interessado na fisiologia da questão. Era essa a chave - estamos a tentar simular o que os nossos dois olhos fazem com duas câmaras que nunca serão capazes de substituir dois olhos. Houve muito a aprender não apenas em termos de tecnologia mas também no modo como o olho humano funciona, e fomos capazes de nos aproximar o mais possível disso neste momento particular."

Não por acaso, são os olhos que Wenders retém da mulher com quem partilhou este sonho impossível ao longo de um quarto de século e que homenageia no filme terminado, definido como "um filme de Wim Wenders para Pina Bausch". "Pina era uma mulher lindíssima, e a única coisa em que não consigo parar de pensar quando penso nela são os olhos. Para mim, a chave do seu ser, do seu trabalho e da sua arte era o modo como usava os olhos, como era capaz de transformar algo que ela via em algo que nos emocionava. Este teatro não existia antes, ela inventou-o. Para os seus olhos serem capaz de exprimir o que queria, era precisa uma arte nova, uma plataforma nova. Ela foi uma grande inventora, talvez até uma investigadora - criou toda uma nova mitologia sobre o que se pode ler na relação entre os homens e os mulheres através dos corpos, da línguagem corporal, dos gestos, do modo como eles se aceitam, se revelam, se rejeitam. Ela criou um vocabulário preciso para isso, sem recorrer a palavras, apenas por saber ver, e por ser capaz de o transformar, com os seus bailarinos, em algo que todos podem ver."

La filosofía y el televisor

“La filosofía de House”, “La filosofía de Lost” y “Los Soprano y la filosofía”, entre otros, prueban que en el cruce entre TV, cine, Platón y Nietzsche hay un fértil mercado editorial.

POR FEDERICO KUKSO





“Los Soprano y la filosofía”, o de cómo teorizar con recursos insospechados.
Etiquetado como:SeriesLibros sobre seriesLost
Pese a los comentarios históricamente incorrectos alguna vez deslizados por un ex presidente argentino de patillas por muy pocos olvidado, Sócrates –como todo el mundo sabe o, al menos, debería saber– no dejó ninguna obra escrita (que se sepa, claro). Lo suyo, más bien, era la oralidad, la palabra viva, plantarse en una esquina, plaza o mercado bullicioso de la Atenas de fines del siglo V antes de Cristo y comenzar a mover los brazos y señalar con el dedo para acompañar así con una batería de gestos sus reflexiones sobre la virtud, la verdad, la justicia, la belleza, el amor, la libertad, la vida y la muerte.

En lugar de dar respuestas, Sócrates suministraba gratuitamente inquietudes. Incitaba a poner en tela de juicio absolutamente todo y a demostrar qué opiniones y juicios estaban basados en las costumbres y la religión y cuáles en la razón. Y para hacerlo no se hacía el serio ni se llenaba la boca con términos complicados. El, más bien, usaba como gancho ejemplos del arte, la música y el deporte o cualquier asunto conocido o considerado interesante por sus interlocutores para de esa manera moverlos a hacer algo tan poco habitual, pensar. Por eso, a este hombre que terminó siendo condenado a muerte por sus ideas se lo considera no sólo la primera gran figura de la filosofía occidental. También se lo recuerda como el primer “filósofo pop”, un representante de un modo, tendencia o fórmula que busca despertar la curiosidad por las grandes preguntas de la filosofía a través de recursos de lo más insospechados y que ahora, 2500 años después de la muerte de aquel ateniense que “sólo sabía que no sabía nada”, vuelve a tomar fuerza y a aterrizar en las librerías como una nueva moda.

Basta tan sólo con abrir un poco los ojos y correr del medio los “libros spam” que se acumulan mes a mes en los estantes (asegurando desde ahí tener las respuestas a todos los problemas) para distinguir una nueva generación de libros que combinan lo mejor de ambos mundos. Por un lado, ensayos filosóficos sobre moral, la voluntad de poder y el nihilismo y por el otro, aquella nueva narrativa o “literatura audiovisual” que con los años fueron construyendo las series y películas. Ahí están pues La filosofía de House: todos mienten (Selector editorial), La filosofía de Lost: la isla tiene sus razones (Libros del Zorzal), Lost: la filosofía (Grijalbo) y los recientes y no menos interesantes Los Soprano y la filosofía y El Señor de los anillos y la filosofía, ambos de editorial Ariel.

Cada una a su manera, estas obras son la prueba de que lejos de morir y ser sepultada como decretó (y quizás por lo bajo deseó) el astrofísico inglés Stephen Hawking en su último y publicitariamente inflado libro, El gran diseño, la filosofía más bien evolucionó en los últimos años. O mejor: que los editores finalmente abrieron los ojos y vieron que en este cruce entre TV y cine y Platón, Nietzsche, Sartre y compañía se abría un nuevo mercado a explorar.

La disciplina que con los siglos fue construyendo una imagen de solemnidad exacerbada, de temas profundos y abstractos destinados a ser divagados sólo por un círculo de cerebros privilegiado de repente hizo “pop”: como soñó e impulsó en su momento Gilles Deleuze y después aceleraron Michel Onfray y Slavoj Zizek, la filosofía comenzó a salir de su cárcel, las aulas de las universidades. Y experimentos de filosofía para no filósofos de repente se reprodujeron por todo el planeta como un virus.

Zen y el arte del mantenimiento de la motocicleta (1974) del estadounidense Robert M. Pirsig y El mundo de Sofía (1991) del noruego Jostein Gaarder abrieron el camino y demostraron en su momento la existencia de un interés, una pequeña llama que debía ser alimentada. Quedó claro que cualquier tema o cosa es capaz de intrigar. Todo sirve para pensar. Sólo basta con estar con los ojos bien abiertos como un cazador furtivo en busca de su nueva presa.

En su escape fuera de las aulas, la filosofía vio luz y también saltó a la televisión. Y fue en Seinfeld y la filosofía: un libro sobre todo y nada (1999) de William Irwin –por entonces, un profesor de filosofía de 26 años del King’s College de Pensilvania, Estados Unidos– en el que la filosofía pop encontró su primer gran boom editorial, algo bastante entendible en un país como Estados Unidos de una rica tradición en estudios culturales.

Lo que parecía al principio un chiste o una versión filosófica del affaire Sokal (Jerry Seinfeld es comparado con Sócrates, George Costanza con el hombre sin virtudes de Aristóteles y se analiza a Kramer bajo la lente de Soren Kierkegaard) terminó por atraer a un público nuevo y curioso con ganas de seguir en contacto con sus ídolos televisivos incluso en un libro de filosofía desacartonada.

Desde entonces, a Irwin se lo compara a grandes rasgos con Andy Warhol. No por su genialidad sino por su actitud e intención de romper con la seriedad de una tradición milenaria y de observar y rastrillar el ecosistema de la cultura popular en el que habitamos (series, películas, música, videojuegos, deportes y muchos etcétera) desde una perspectiva filosófica.

“Desde hace cientos de años que la filosofía tiene un problema de relaciones públicas –cuenta Irwin, quien luego de su primer experimento estableció una colección en la editorial Blackwell llamada Pop & Philosophy (www.andphilosophy.com)–.

Al vincular la filosofía y la cultura popular llevamos a la filosofía más allá de la academia. La cultura popular es el lenguaje comercial de nuestra época. Y debemos aprovechar esta situación y usar series y películas como vehículos, como disparadores.

La mayoría de los filósofos comprenden que con estos libros tratamos de difundir la filosofía como lo hacía Sócrates. A veces me topo con algunos prejuicios, pero no permito que me molesten mucho”.

Desde aquel Big Bang de la filosofía pop, ya hay más de 50 títulos que toman una serie o película (desde The Office a 24 y los X-Men ) y le agregan el “y la filosofía” (o “La filosofía de...”), una modalidad similar a la vivida en la divulgación científica con libros del tipo La ciencia de La Guerra de las Galaxias (Jeanne Cavelo, 2000) o La física de los superhéroes (James Kakalios, 2009).

De esa combinación salieron propuestas, algunas atractivas y otras algo forzadas pero que a la larga ayudan a salir de la pasividad del mero consumo para incitar la reflexión: Batman y la filosofía: el señor oscuro del alma, Tomar la pastilla roja: ciencia, filosofía y religión en The Matrix, U2 y la filosofía: cómo descifrar una banda atómica, El filósofo en el fin del universo: filosofía explicada a través de la ciencia ficción, James Bond y la filosofía: las preguntas son para siempre y el reciente y muy esperado Mad Men y la filosofía: nada es lo que parece.

Por ahora pocas de estas propuestas probaron suerte en la Argentina. Quien más conoce del tema es Leopoldo Kulesz, director de Libros del Zorzal: “En la feria de Frankfurt de 2009, un agente literario me presentó la colección Pop & Philosophy de la editorial Blackwell integrada, entre otros, por el libro La filosofía de Lost –comenta–. Lo leí rápido y, como adicto a Lost, resultó una lectura agradable e interesante. Compré los derechos y lo publicamos para la Feria del Libro de Buenos Aires 2010. Vendimos, sólo en nuestro stand, más de mil ejemplares”.

Pero cuando parecía que el mismo fenómeno que tuvo éxito en Estados Unidos estaba encaminado a repetirse en el país, algo pasó. “Por acto reflejo, compré de la misma colección los derechos de La filosofía de Crepúsculo, La filosofía de Harry Potter, La filosofía de Batman y La filosofía del hombre araña –continúa Kulesz–. Cuando salió La filosofía de Crepúsculo, algo empezaba a hacerme ruido. Claro, Crepúsculo como Harry Potter, Batman y El hombre araña me interesaban tanto como la cría de mejillones en la costa bretona. Me había dejado entrampar en la lógica del ‘se vende mucho, luego edito’ cuando desde mis inicios como editor el precepto fue siempre ‘me parece importante difundir, luego edito y dedico todos mis esfuerzos para vender a morir’. Así, devolví los derechos de Harry Potter , Batman y El hombre araña a su editor original, perdí los anticipos pagados y me prometí no dejarme encandilar nunca más por otras colecciones que no me interesan difundir. Salvo, como es obvio, que el primer libro se venda mucho”.

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domingo, 15 de maio de 2011

La 'bushificación' de Obama

Por: DANIEL SAMPER PIZANO | 8:24 p.m. | 14 de Mayo del 2011


Daniel Samper Pizano

El presidente de Estados Unidos ofrece más de una semejanza con su horrible antecesor, George W. Bush. Ojalá sea solo efecto pasajero de los afanes electorales.



Se divulgó un informe con severas críticas al continuismo de Obama en violación de derechos.

Como quien no quiere la cosa, el presidente Barack Obama nos declaró locos a quienes tenemos dudas jurídicas sobre la manera como murió Osama Bin Laden. Hablando para la televisión dijo: "Todo el que cuestione que Bin Laden recibió lo que merecía necesita que le examinen la cabeza".
Pues los primeros que deben ir al siquiatra son los "padres fundadores" de Estados Unidos, esos próceres que redactaron una constitución democrática admirable. Allí leemos que "a nadie (...) se le privará de la vida, la libertad o la propiedad sin el debido proceso legal". Es una norma federal consagrada en la V enmienda y ratificada para todos los estados en la VII: "No podrá estado alguno privar a una persona de la vida, la libertad o la propiedad sin el debido proceso legal". Que pasen al loquero, pues, George Washington, Benjamín Franklin, Alexánder Hamilton y compañía...
Este Obama no parece ser el mismo en quien teníamos puestas todas nuestras complacencias, el que nos dio la alegría de ver a un negro en la Casa Blanca, el hombre de talante liberal y filosofía tolerante. Temo que asistimos a la 'bushificación' de Obama. No solo me remito a la frase de marras, sino a los hechos. Como Bush, se metió en una nueva guerra; como Bush, mantiene el campo de concentración de Guantánamo; como Bush, no ordenó la búsqueda de Bin Laden como lo plantearon los próceres gringos, sino como lo habría hecho un sheriff del salvaje Oeste: a modo de cacería vivo o muerto. Es verdad que la guerra de Obama la aprobó la ONU y la encabeza la Otan y que los republicanos han entorpecido el cierre de Guantánamo. Pero el mero parecido incomoda.
Amnistía Internacional divulgó el jueves un informe con severas críticas al continuismo de Obama en la violación de derechos fundamentales. Para empezar, "no se ha cumplido la promesa de que el centro de detención de Guantánamo sería clausurado en enero del 2010. Al terminar el año permanecían 174 reos en la prisión". Además, la nueva regulación expedida en abril por una comisión militar nombrada por el Gobierno para evaluar la detención de sospechosos "ofrece pocas esperanzas de que la administración estadounidense emprenda cambios importantes y defienda los derechos humanos". Agrega Amnistía que "continúan la falta de responsabilidad y remedio a las violaciones de derechos humanos (...) que operó durante George W. Bush"
Una de las más graves quejas se refiere a la indiferencia y tolerancia oficial frente a las torturas. "Los autores de crímenes que violan las leyes internacionales dentro de la 'guerra contra el terror', con actos como torturas y desapariciones forzadas, no han sido llamados a responder por ellos". Según AI, el ministerio de Justicia informó que no había ningún acusado por la destrucción, en el 2005, de 92 cintas que contenían escenas de torturas.
Necesitamos que la campaña de reelección, que ha impelido a Obama a asimilarse a Bush, no lo siga degradando. Que defienda a los inmigrantes, como acaba de hacerlo; que propugne una sociedad transparente y libre; que no tema enfrentarse a los capitalistas salvajes; que practique los dictados de Washington y Franklin que profesa en teoría; que vuelva a ser, en fin, ese tipo que nos dio tantas esperanzas e ilusiones hace dos años y medio.
ESQUIRLAS. 1) Si alguien tiene dudas sobre el machismo de nuestra sociedad, que mire la última edición de Revista Credencial. Aparecen allí retratos de las diez más poderosas juntas directivas del país. Entre sus 99 miembros hay apenas 11 mujeres. Me gustaría ver la composición por sexos de la nómina de aseo en esas mismas empresas. 2) Vuelve y juega el Barcelona, campeón del fútbol español por tercera vez consecutiva. El 28 podría serlo de Europa. Mírenlo, gócenlo, disfrútenlo: de eso tan bueno no dan mucho. 3) Produce rubor la mezquindad europea con los desplazados por conflictos. Según Amnistía, en el 2010 solo reconoció el estatus de refugiados a 5.000 ciudadanos expulsados por las guerras.
cambalache@mail.ddnet.es
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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Há nos Estados Unidos um cansaço da guerra?

Os Estados Unidos estão atualmente envolvidos em três guerras no Oriente Médio – no Afeganistão, no Iraque e, agora, Líbia. Os Estados Unidos têm bases por todo o mundo, em mais de 150 países. Na atualidade, mantem tensas relações com Coreia do Norte e Irã e nunca descartou a ação militar.

Por Immanuel Wallerstein, em La Jornada

uando começou em 2002, a guerra no Afeganistão teve um fortíssimo apoio da opinião pública estadunidense e um grande respaldo em outros países. A guerra no Iraque teve quase tanto respaldo da opinião pública estadunidense, quando começou em 2003, mas muito menos apoio em outros países. Agora, os EUA estão a meio caminho na Líbia. Menos da metade do público estadunidense respalda as ações e há muita oposição no resto do mundo.

As pesquisas mais recentes nos EUA mostram oposição não só à operação na Líbia, como também a permanecer no Afeganistão. Já há quem fale de um cansaço da guerra, como é compreensível que exista, já que é difícil argumentar que o país tenha saído vitorioso de qualquer um destes conflitos.

O conflito na Líbia caminha para se tornar um atoleiro prolongado. No Afeganistão, todo o mundo está tentando encontrar uma solução política, que implica a participação dos talibãs no governo e, talvez, ainda no curto prazo, que assumam o poder plenamente. No Iraque, os EUA planejam retirar suas tropas no dia 31 de dezembro.

Washington ofereceu manter 20 mil homens por mais tempo, sempre e quando o governo iraquiano solicitar. O primeiro ministro iraquiano, Nuri Maliki, poderia ceder a esta tentação, mas os sadristas (movimento nacional fundamentalista islâmico do Iraque) já disseram que se fizer isso retirarão seu apoio e seu governo cairá.

O mais interessante, porém, é o que provavelmente ocorrerá no próximo ano na política interna estadunidense, conforme nos aproximamos das eleições presidenciais. Desde 1945, o Partido Republicano tem feito campanha como o partido que respalda com força os militares, acusando os democratas de serem frouxos nesta área. Os democratas sempre reagiram buscando provar que não são moles, e, na prática, não tem havido muita diferença nas políticas reais empreendidas por esses partidos quando estão na presidência. De fato, as maiores guerras (Coreia e Vietnã) começaram no mandato de presidentes democratas.

O Partido Democrata sempre teve um grupo, considerado sua ala esquerda, crítico destas guerras, e esse grupo continua existindo e protestando. Mas, entre os políticos eleitos, estes democratas sempre foram uma minoria, que é totalmente ignorada.

O Partido Republicano estava mais unido em torno de um programa de apoio constante aos militares e às guerras, Foram raros os políticos republicanos que tiveram um ponto de vista diferente. Estes surgiram da área libertária do partido, e a pessoa mais notável que encarna esse ponto de vista é o representante Ron Paul, do Texas. Ele foi também um dos poucos políticos que pensou ser uma má ideia manter um respaldo ilimitado dos Estados Unidos a Israel.

No momento, já nos encontramos na corrida pela presidência. Barack Obama será o candidato democrata. Ninguém o desafiará dentro do partido. O panorama republicano é bem oposto. Há 10 ou 12 candidatos disputando a indicação e nenhum deles é claramente favorito. A corrida dentro do partido está totalmente aberta.

O que significa isso para a política externa? Ron Paul busca a indicação. Em 2008, quase não tinha respaldo. Agora, está em uma situação melhor. Isso se deve, em parte, a suas fortes posturas sobre as políticas fiscais, mas suas posições sobre a guerra também estão atraindo atenção. Além disso, um novo candidato entrou no ring: Gary Johnson, um ex-governador republicano do Novo México. Ele também é um libertário, ainda mais forte que Paul em assuntos relacionados com a guerra. Johnson defende uma retirada total imediata no Afeganistão, Iraque e Líbia.

Dada a vasta dispersão na direção de vários candidatos potenciais, não há dúvida de que haverá programas de televisão onde todos os candidatos republicanos falarão e debaterão. Se Johnson fizer do assunto da guerra um grande argumento de campanha, isso exigirá que os demais candidatos republicanos abordem o tema também.

Uma vez que isso ocorra, descobriremos que os chamados republicanos do Tea Party estão profundamente divididos quanto ao envolvimento do país na guerra. Muito cedo os EUA estarão debatendo esse tema. Barack Obama descobrirá que a posição centrista que vem procurando manter moveu-se para a esquerda. Se ele quiser permanecer sendo um centrista, também deverá se mover para a esquerda.

Isso implicará uma virada importante na política estadunidense. A ideia de que as tropas devem retornar para casa tornou-se uma possibilidade séria. Alguns ficarão irritados porque os EUA estariam, assim, exibindo debilidade. E, de certa forma, isso está certo. É parte da decadência estadunidense. No entanto, lembrará aos políticos estadunidenses que lutar guerras exige um sério apoio da opinião pública. E nesta combinação de pressões geopolíticas e econômicas que todo mundo sente, o cansaço da guerra é um sério fator a se considerar daqui em diante.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Noam Chomsky: “El secretismo de los gobiernos es la defensa de esos gobiernos contra su propia población”

Ñ Digital comienza con una serie de entrevistas y análisis sobre fenómeno WikiLeaks. Aquí, una charla con uno de los intelectuales más importantes del Siglo XX y también uno de los críticos más virulentos de los Estados Unidos.

POR ANDRES HAX - ahax@clarin.com





SOBRE WIKILEAKS: "Mientras la accesibilidad a la información aumente con las modalidades electrónicas habrá más casos similares a este."
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Las últimas revelaciones del sitio WikiLeaks han puesto a la comunidad internacional, a la diplomacia, al gobierno de los Estados Unidos y al periodismo mismo en un estado de debate, alerta y consternación. Aun es imposible predecir cuáles serán los efectos de las acciones actuales (pasadas y futuras) de la enigmática organización, liderada por el enigmático ¿periodista? ¿provocador? ¿activista? ¿hacker? australiano Julian Assange. A un lado del espectro de opinión se ubican los esperanzados que marcan estas acciones como un paso hacia la transparencia en las maniobras y acciones de los gobiernos del planeta. En el otro extremo se ubican los que acusan a Assange de ser casi un cómplice del terrorismo internacional; alguien que, lejos de estar cumpliendo un ideal periodístico, esta poniendo en riesgo las vidas de personas.

Entre ambas visiones se abre un debate gigantesco para el que Ñ Digital convoca a intelectuales y pensadores de distintos rubros. Este es el turno de Noam Chomsky, el lingüista más importante del siglo XX y uno de los críticos más prolíficos y feroces del gobierno de su propio país, los Estados Unidos. Desde su despacho en el Massachusetts Institute of Technology, en Cambridge, Massachusetts, contundente Chomsky ofreció algunas de sus impresiones iniciales sobre este tema que ocupa las tapas de todos los diarios del mundo en estos días.

¿Considera que lo que esta haciendo WikiLeaks es una forma legítima y ética del periodismo? ¿Y cuáles serán las consecuencias de estas revelaciones al corto y largo plazo?

Vale la pena recordar que el secretismo de los gobiernos se trata, sustancialmente, de la defensa del gobierno contra su propia población. Y en una sociedad democrática la población tendría que saber qué está haciendo su gobierno para poder monitorearlo y —de hecho— determinar qué hace el gobierno. Ahora, hay excepciones con las cuales todos están de acuerdo, pero en general el caso es así. Yo no he leído todos los cables, por supuesto, pero de lo que he visto me parece que ilustra la significancia de este punto: hay cosas en los cables que los gobiernos no quisieran que su propia población supiera.

Creo que es una forma legítima del periodismo, pero creo que se tomarán medidas severas para bloquearlo.

¿Lo sorprende el trabajo que esta haciendo WikiLeaks

No es completamente nuevo. Ha habido muchas filtraciones antes —los Papeles del Pentágono, por ejemplo, en la cual yo participé, fue muy importante y más sustancial que este último. No me sorprende. Creo que mientras la accesibilidad a la información aumente con las modalidades electrónicas habrá más casos similares a este.

Qué WikiLeaks eligiera a medios tradicionales para editar y emitir las filtraciones en un primer instante, ¿es contradictorio con su postura filosófica de apertura?

Creo que no. Supongo que lo podrían haber subido directamente a Internet. Pero de esa manera circularía solamente dentro de la cultura de Internet y no entre un público general.

¿Cómo están manejando la información los medios estadounidenses?

Antes que nada tenemos que tener en cuenta que desde el principio hay un mecanismo de filtros muy severo. Entonces, los cables diplomáticos mismos proveen al gobierno lo que los diplomáticos quieren que sepan y lo que asumen que el gobierno mismo quiere oír. Entonces ya de entrada están muy editados, desde el principio.

Por ejemplo, uno de los cables más incendiarios salidos hasta ahora: el rey Saudita llamando por el bombardeo de Irán. Bueno. Eso fue seleccionado. No sabemos el contexto. Solo tenemos las frases que eligieron los diplomáticos.

Después hay una forma de censura mucho más severa que son los títulos de los diarios que dicen que los estados árabes están aterrorizados por Irán y que quieren que los Estados Unidos hagan algo al respeto. Bueno, hay un hecho muy significante escondido en esta cuestión: hay encuestas de opinión del occidente árabe. La más reciente fue publicado por el Brookings Institute el mes pasado —una encuesta muy cuidadosa— que mostró que en el mundo árabe el 10 por ciento de la población ve a Irán como una amenaza, mientras que un 80 por ciento ve a los Estados Unidos e Israel como una amenaza. Esto no se revela acá [en estas noticias]. Antes que nada, a los diplomáticos no les importa, no les importa la gente, solo les importan los dictadores. Al Departamento de Estado tampoco le importa, por las mismas razones, y aparentemente a los medios tampoco les importa: porque esto es información pública… Y todo esto refleja un profundo desprecio por la democracia. Y no solo en el gobierno, también en la cultura intelectual y de los medios. Esto es otro tipo de selección; selección severa. Y si miras a los otros documentos publicados ves muchos casos similares.

¿Estos cables demuestran que la administración de Obama es, en muchas formas, una continuación de la de Bush?

Sí, pero eso ya lo sabíamos.

¿Tiene algún mensaje esperanzador de cara al futuro?

Bueno, mi último libro publicado se llamó Esperanzas y perspectivas que salió primero en castellano, porque su origen fue en charlas que di en Sudamérica… La parte de esperanza es mayormente sobre Sudamérica. Creo que han estado pasando cosas de gran esperanza allí en la última década. No podemos predecir la historia humana. Pero si miras hacía atrás puedes encontrar un momento cuando parecía imposible que se abandonará la esclavitud, o que se permitiría derechos a las mujeres… Las cosas cambian. Pero cambian si la gente las cambia. No cambian solas y no cambian gracias a los líderes políticos.

Pedro Tamen vence Grande Prémio de Poesia da APE PT 04.05.2011 - Cláudia Carvalho

Pedro Tamen venceu o Grande Prémio de Poesia 2010 da Associação Portuguesa de Escritores (APE) /CTT com a obra de poesia "O Livro do Sapateiro"
O escritor Pedro Tamen venceu o Grande Prémio de Poesia 2010 da Associação Portuguesa de Escritores (APE) /CTT com a obra "O Livro do Sapateiro", editada no ano passado pela D. Quixote.
O galardão, no valor de cinco mil euros, foi instituído em 1989, tendo já distinguido, entre outros, Eugénio de Andrade, António Ramos Rosa, Natália Correia, Fernando Echevarria, Fernando Guimarães, Manuel Gusmão, Gastão Cruz, Manuel António Pina, José Agostinho Baptista, Ana Luísa Amaral e Fiama Hasse Pais Brandão.

"Não estava nada à espera disto", disse ao PÚBLICO Pedro Tamen, explicando que até se tinha esquecido da existência do prémio. "Foi uma coisa em que nunca pensei."
Segundo o comunicado da APE, o júri, constituído por Ana Marques Gastão, Fernando J. B. Martinho e Francisco Duarte Mangas, decidiu, por maioria, premiar Pedro Tamen.
"Eu vejo sempre o valor do prémio através do valor que atribuo ao júri e o júri deste prémio é constituído por pessoas por quem tenho muita consideração e isso ainda enaltece mais esta vitória", acrescenta o escritor.
Esta é a segunda vez que Tamen é distinguido com "O Livro do Sapateiro", depois de em Fevereiro ter vencido o prémio Correntes d'Escritas, no valor de 20 mil euros. O que distingue esta obra? "É uma renovação temática na minha poesia. Os livros anteriores são muito negros e este é o oposto, é uma história aberta para o mundo, para a poesia", conclui.
Pedro Tamen nasceu em Lisboa, em 1934 e, entre outras coisas, foi presidente do P.E.N. Clube Português, de 1987 a 1990 e presidente da Assembleia-Geral da Associação Portuguesa de Escritores. Ao longo dos anos, o escritor já foi distinguido com o Prémio D. Dinis (1981), o Prémio da Crítica (1991), o Grande Prémio Inapa de Poesia (1991), o Prémio Nicola (1997), o Prémio da Imprensa e o Prémio do PEN Clube (2000).

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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Do blog de Emir Sader 1º de Maio

O homem se diferencia dos outros animais por vários aspectos, mas o essencial é a capacidade de trabalho. Os outros animais recolhem o que encontram na natureza, enquanto o homem tem a capacidade de transformar a natureza. Para produzir as condições da sua sobrevivência, o homem transforma o meio em que vive, pela sua capacidade de trabalho, gerando a dialética mediante a qual ele modifica o mundo e ao mesmo tempo se modifica, intermediado pela natureza.

Ao longo do tempo, a constante das sociedades humanas é a presença dos trabalhadores, sob distintas formas – escravos, servos, operários -, responsáveis pela produção dos bens da sociedade. A forma de exploração da força de trabalho é que variou, definindo o caráter diferenciado de cada sociedade.

Porém, a exploração do trabalho por outras classes sociais fez com que o trabalhador não controlasse sua força de trabalho, produzindo para a acumulação de riquezas dos outros. O trabalho foi sempre um trabalho alienado, em que os trabalhadores produzem, mas não são donos do produto do seu trabalho, nem decidem o que produzir, como produzir, para quem produzir, a que preço vender o que produzem. E tampouco são remunerados pela riqueza que produzem, recebendo apenas o indispensável para a reprodução da sua força de trabalho. Quem se apropria do fundamental da riqueza produzida é o capital, que assim acumula, se expande, se reproduz, enquanto os trabalhadores apenas sobrevivem.

Um dos fenômenos centrais para a instauração do capitalismo foi o término da servidão feudal, com os trabalhadores ficando disponíveis para vender sua força de trabalho para quem possui capital. Estes vivem do capital e da exploração da força de trabalho dos trabalhadores, enquanto estes, dispondo apenas dessa força tem que vendê-la, para poder acoplá-la a meios de produção, nas mãos dos capitalistas.

Essa imensa massa de trabalhadores que passou a produzir toda a riqueza das sociedades contemporâneas foi objeto de um processo de intensa exploração do seu trabalho, com condições brutais de trabalho, jornadas longas – de 14 ou até 16 horas. Na resistência a essas condições de exploração foi se organizando o movimento operário, tanto em sindicatos, como em partidos políticos, gerando um protagonista essencial na democratização das nossas sociedades.

A direita não perdoa os sindicatos. Na ultima campanha eleitoral brasileira e na velha mídia, os dirigentes sindicais não são tratados como representantes democráticos e legítimos dos trabalhadores, mas quase como gangsters, que se infiltram no governo para defender seus interesses contra os interesses da maioria. Faz parte do ódio que as velhas elites têm do povo brasileiro, que é trabalhador, que produz as riquezas do Brasil, que trabalha jornadas longuíssimas, é explorado pelas grandes empresas, mas não teve, até recentemente, possibilidade de fazer ouvir sua voz no país e no Estado.

Neste Primeiro de Maio, Dia dos Trabalhadores (e não do Trabalho, como insiste a velha mídia), é preciso recordar que a data vem de uma grande manifestação realizada em Chicago em 1886, pela diminuição da jornada de trabalho para 8 horas, duramente reprimida pela polícia, com a morte de vários trabalhadores.

Que a jornada é praticamente a mesma, embora as condições tecnológicas para explorá-la tenha avançado gigantescamente e, com ela, os lucros das grandes empresas que exploram os trabalhadores. Um momento propício para avançar no projeto de redução da jornada de trabalho, para fazer um mínimo de justiça ao esforço heróico e anônimo dos milhões de trabalhadores que constroem o progresso do Brasil.

domingo, 1 de maio de 2011

El escritor argentino, autor de 'El Túnel' y 'Sobre héroes y tumbas', falleció a los 99 años.

"Siempre tuve miedo al futuro, porque en el futuro, entre otras cosas, está la muerte", había dicho algunas vez Ernesto Sábato. Ese futuro llegó ayer y el 'Maestro' como todos lo llamaban con un convencimiento fuera de toda discusión, aún para los que disentían de sus posturas filosóficas y políticas, perdió definitivamente ese, uno de sus grandes miedos. El autor de
'Sobre héroes y tumbas' falleció ayer a los 99 años, víctima de una bronquitis, según lo anunció su compañera, Elvira González Fraga.
El deceso del reconocido escritor tuvo lugar a las 1:30 de la madrugada en su casa del barrio bonaerense de Santos Lugares, en vísperas de un homenaje que tendrá lugar hoy en la Feria del Libro de Buenos Aires.
"Ernesto tuvo una buena vida porque fue muy querido", explicó Elvira a los periodistas. Las escenas de consternación y de pausible dolor comenzaron a ganar a intelectuales y a personalidades de la política, pero mucho a sus vecinos del barrio en donde vivió (con algunas interrupciones) desde 1945 y al que le había dedicado mucho de su tiempo.
Su hijo, el cineasta Mario Sábato, anunció que se cumplirá una de sus voluntades, la de ser velado en el modesto club de su barrio, ubicado frente a su casa, el Defensores de Santos Lugares, para que "me vaya acompañado de los vecinos y que me recuerden, a veces un poco cascarrabias, pero, sobre todo, un buen tipo", habría dicho el escritor.
En efecto, la capilla ardiente se abrió al caer la tarde y sus vecinos de siempre fueron los primeros en ingresar.
Polifacético y polémico, Sábato fue reconocido en todo el mundo no sólo como el autor de una de las novelas más importantes y mejor logradas del Siglo XX, como la crítica internacional había catalogado a 'Sobre Héroes y Tumbas' (1961), sino también como un activistas a favor de los derechos humanos y de los que más sufren, algo que sobresalió durante los nueves meses en que presidió la Comisión Nacional por la Desaparición de Personas (Conadep), con el informe "Nunca más" en 1984, recién acabada la dictadura militar o en su vasta obra ensayística.
Su papel contra la dictadura había comenzado después de que uno de sus ensayos que componían el volumen 'Apologías y Rechazos' fuera censurado, lo que le valió innumerables críticas, lo mismo que haber aceptado junto a Jorge Luis Borges una invitación del dictador Jorge Videla para compartir un almuerzo en 1977.
Aún así, se erigió en un luchador incansable de la democracia y de los que sufren, hasta convertirse en un militante incasable de la condición humana.
Había jurado que iba a luchar por eso hasta su muerte, este científico desengañado de la física, que supo trabajar al lado de Marie y Piere Curie en su instituto en París y que a los 40 años abandonó la ciencia para dedicarse a la literatura. También incursinó en la plástica gracias a su amigo el cubano Wilfrido Lamm, para quien vivir era "construir futuros recuerdos".
Desde Madrid, la directora del Instituto Cervantes, Carmen Caffarell, consideró su 'Informe sobre ciegos', una de las obras capitales, al tiempo que lo definió como "uno de los grandes, un inmenso escritor que abandonó las matemáticas y la física, por la literatura, para intentar recrear la armonía de la ciencia en los seres humanos".
Había sido galardonado con varios premios internacionales como el Cervantes y el Menéndez y Pelayo.
El centenario
Junto al de la Feria del Libro de hoy, sus amigos y familiares venían organizando el festejo de sus 100 años, que los hubiese cumplido el próximo 24 de junio.
Los últimos años los pasó en su casa, casi sin salir, y como estaba prácticamente ciego, había abandonado la escritura y la lectura.
Ayer, esa inmensa obra que supo levantar en casi una centuria, surgió a borbotones de recuerdos y de aplausos. El futuro había llegado y don Ernesto Sábato le perdió definitivamente el miedo para ingresar en el parnaso más selecto de los argentinos.
Los premios especiales para Sábato
Recibió uno de los más cálidos homenajes a un hombre de las letras en Argentina, en el 2004, durante el III Congreso de la Lengua, cuando el escritor José Saramago le dedicó el discurso, que arrancó prolongados aplausos de los asistentes y lágrimas de Sábato. "Cuando lo fui a visitar a Santos Lugares, dijo Saramago, ofrecí a Sábato el 'Ensayo sobre la ceguera', él quiso saber qué ciegos eran estos míos y yo le hablé de los suyos. ('Informe sobre ciegos'). Regresé años después a Santos Lugares, luego fuimos coincidiendo aquí y allí del mundo, en Madrid, en Badajoz, en Lanzarote, cada vez más próximos el uno del otro en la inteligencia y en el corazón, él, hermano mayor, yo, sólo un poco más joven, dos seres que, en el exacto momento en que finalmente se encontraron, comprendieron que se habían estado buscando". El otro premio pudo verse ayer cuando sus humildes vecinos lo recordaron como uno más en el barrio.
JOSÉ VALES
Corresponsal de EL TIEMPO
BUNOS AIRES