Flagrantes de mão de obra escrava se deram na divisa entre Pará e Mato Grosso. Em locais isolados, alguns passavam o dia no barro e exerciam atividades sem qualquer equipamento de proteção individual (EPI)
Por Bárbara Vidal
Três trabalhadores foram libertados de condição análoga à escravidão de uma área "grilada" que pertence ao poder público em Jacareacanga (PA), município que fica na divisa do Pará com o Mato Grosso. A alimentação era escassa, não havia água potável e nem alojamentos.
As vítimas estavam na fazenda há aproximadamente três meses. De acordo com Amarildo Borges de Oliveira, auditor fiscal da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-MT) que coordenou a ação, trata-se de mais um caso de reincidência. "Ficou comprovado que, no ano anterior, o proprietário já havia utilizado o mesmo tipo de mão de obra", confirmou.
Os libertados dormiam em um barraco coberto com lona, sem portas ou proteções laterais. O alimento se resumia a arroz, feijão e carne de má qualidade, pois não havia formas de armazenamento adequado. Também não havia banheiros disponíveis. A água que consumiam não recebia nenhum tratamento e vinha de um riacho próximo ao barraco. Equipamentos de proteção individual (EPIs) não eram fornecidos. Durante a jornada de trabalho - que variava entre 8h e 10h diárias -, eles manuseavam motosserras para o desmatamento da floresta amazônica.
A terra grilada, que ainda não possuía nome nem sede construída, estava sendo preparada para a formação de pasto para o gado bovino. Apesar de localizada em Jacareacanga (PA), a cidade mais próxima do local da fiscalização é Paranaíta (MT), que fica a cerca de 150 km da fazenda.
A fiscalização não caracterizou aliciamento porque os trabalhadores moravam em Paranaíta (MT), assim como o empregador, Mauro Zanette. De acordo com Amarildo, "a intenção do ´fazendeiro´ era efetuar a derrubada para depois construir casas e delimitar a posse das terras públicas". Quando a fiscalização chegou ao local, 490 hectares da floresta estavam no chão, mas o objetivo final do grileiro era derrubar, ao todo, de 652 hectares.
Isolamento geográfico
A fiscalização descobriu que, antes de chegar ao local para libertar essas três pessoas, a mesma fazenda mantinha oito trabalhadores que, segundo Amarildo, eram "todos contratados pelo mesmo ´gato´ (aliciador para empreitadas) e prestavam serviço aos fazendeiros da região". Nenhum deles tinha dívidas, mas um estava com o salário atrasado.
A restrição da liberdade de ir e vir se dava pelo isolamento geográfico - comum quando se trata do Pará. Para chegar ao local de trabalho no meio da floresta amazônica, os trabalhadores tinham que atravessar dois rios (Teles Pires e São Benedito) em balsas que pertenciam aos próprios grileiros. "Só era possível sair do local com a ajuda e consentimento do empregador e/ou do intermediador de mão de obra, o ´gato´", emenda Amarildo.
Mesmo tendo sido flagrado no passado, o empregador não assinara nenhum Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). As motosserras foram apreendidas pelos fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que participaram da fiscalização do grupo móvel, que se estendeu de 20 de setembro a 1º de outubro. Além do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Ibama, participaram ainda a Polícia Federal (PF) e agentes da Força Nacional. Foram lavrados 11 autos de infração.
Mauro Zanette, apontado como responsável pela situação encontrada, foi procurado pela Repórter Brasil, mas não foi encontrado.
Garimpo
Outra fiscalização realizada pelo mesmo grupo (entre os dias 25 de outubro a 5 de novembro deste ano) libertou mais seis trabalhadores em duas propriedades de garimpo: a Fazenda Beira Rio e a Fazenda Recanto, ambas no município de Novo Mundo (MT) - a 800 km da capital mato-grossense Cuiabá (MT) e também próximo à divisa com o Pará.
Em ambas as propriedades, as vítimas atuavam na extração de ouro. Eles jateavam água nos barrancos com pequenos motores, explica Amarildo. O trabalho era insalubre, pois os empregados encontrados no local permaneciam grande parte da jornada de trabalho, que se estendia por 10h diárias, dentro do barro. Não era fornecido nenhum tipo de EPI.
As seis pessoas libertadas estavam entre um e oito meses nos garimpos. Sem alojamentos, elas dormiam sob um barraco coberto com lona, sem portas ou proteções laterais, nas mesmas condições que os libertados de Jacareacanga (PA). A comida era por conta dos empregadores, mas não havia sanitários e a água consumida era retirada de um rio próximo.
Também ficou constatado que, 60 dias antes da fiscalização, 25 pessoas trabalhavam nos garimpos da Beira Rio e da Recanto. Os salários estavam sendo pagos em dia e não havia dívida. No entanto, ficou caracterizado o isolamento geográfico: o local ficava há 40 km do município mais próximo, Novo Mundo (MT), e não havia transporte público nem privado no local. "Para sair de lá, só de carona ou a pé", descreveu Amarildo, que disse que as vítimas vinham dos mesmos municípios do local de trabalho.
A Beira Rio pertence a Edmar Koller Heller e Geraldo Aires de Souza Nunes é o suposto proprietário da Recanto. Ao todo, foram lavrados 11 autos de infração para cada empregador. Edmar foi procurado pela Repórter Brasil, mas não foi encontrado até o fechamento desta matéria.
De acordo com o Ministério Público Federal no Mato Grosso (MPF/MT), Geraldo adquiriu a Fazenda Recanto de forma ilegal, pois era uma área destinada à reforma agrária. Segundo denúncia dos procuradores, ele mantinha a posse da área por meio de constantes ameaças e violências. O MPF/MT chegou a pedir a prisão preventiva de Geraldo e a condenação do suposto "proprietário" pela ocupação irregular de terras públicas, ameaça e estelionato. Geraldo foi preso no dia 20 de agosto em Sinop (MT), após oferecer risco à vida dos moradores do Acampamento União Recanto.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
O fundador da Web, Sir Tim Berners-Lee, criticou o uso das redes sociais afirmando que elas são "uma grande ameaça aos princípios da internet".
Sir Tim Berners-Lee também criticou a Apple e o iTunes pelo seus métodos restritivos e centralizadores.
De acordo com Berners-Lee, o Facebook e as demais mídias sociais encorajam os usuários a fornecerem suas informações. No entanto, não compartilham estes dados com os outros websites.
"Na verdade, elas [as redes sociais] são mecanismos que restringem as informações dos internautas, impedindo sua utilização pelo restante da web", disse ele à revista Scientific American.
"As redes sociais se tornaram uma plataforma central de conteúdo fechado. Quanto mais esse tipo de arquitetura ganhar espaço, mais a web se tornará fragmentada e, consequentemente, menor será o ambiente onde as pessoas poderão compartilhar conteúdo de modo universal", analisou Berners-Lee.
Além disso, ele também criticou a Apple e o iTunes pelo seus métodos "restritivos e centralizadores".
"Você só pode acessar um link do iTunes utilizando o próprio programa patenteado pela Apple. Você não está mais na web, na verdade, você está restrito a uma loja e não em uma ambiente aberto. Apesar de todas as características incríveis, sua evolução é limitada ao desejo de uma única companhia", analisou ele.
Já sobre neutralidade na web, outro tema polêmico, Berners-Lee declarou que ela não só deve existir, como também deve incluir neutralidade nas linhas fixas e de banda larga móvel.
Seus comentários vêm apenas alguns dias depois do ministro da Cultura do Reino Unido, Ed Vaizey, sugerir que o país tivesse um projeto contrário as regras de democracia na rede, para que provedores e internautas, que pagam pelo acesso, tenham prioridade sobre o tráfego.
No entanto, Vaizey voltou atrás e alegou que seus comentários estão de acordo com os pensamentos de Berners-Lee.
(Carrie-Ann Skinner)
De acordo com Berners-Lee, o Facebook e as demais mídias sociais encorajam os usuários a fornecerem suas informações. No entanto, não compartilham estes dados com os outros websites.
"Na verdade, elas [as redes sociais] são mecanismos que restringem as informações dos internautas, impedindo sua utilização pelo restante da web", disse ele à revista Scientific American.
"As redes sociais se tornaram uma plataforma central de conteúdo fechado. Quanto mais esse tipo de arquitetura ganhar espaço, mais a web se tornará fragmentada e, consequentemente, menor será o ambiente onde as pessoas poderão compartilhar conteúdo de modo universal", analisou Berners-Lee.
Além disso, ele também criticou a Apple e o iTunes pelo seus métodos "restritivos e centralizadores".
"Você só pode acessar um link do iTunes utilizando o próprio programa patenteado pela Apple. Você não está mais na web, na verdade, você está restrito a uma loja e não em uma ambiente aberto. Apesar de todas as características incríveis, sua evolução é limitada ao desejo de uma única companhia", analisou ele.
Já sobre neutralidade na web, outro tema polêmico, Berners-Lee declarou que ela não só deve existir, como também deve incluir neutralidade nas linhas fixas e de banda larga móvel.
Seus comentários vêm apenas alguns dias depois do ministro da Cultura do Reino Unido, Ed Vaizey, sugerir que o país tivesse um projeto contrário as regras de democracia na rede, para que provedores e internautas, que pagam pelo acesso, tenham prioridade sobre o tráfego.
No entanto, Vaizey voltou atrás e alegou que seus comentários estão de acordo com os pensamentos de Berners-Lee.
(Carrie-Ann Skinner)
Liberdade na internet corre sério risco
Reproduzido do Blog do Miro, clique no título e vá ao texto original
Por Altamiro Borges
O jornal O Globo noticia hoje (22) que tramita nos EUA um projeto de lei de censura à internet. Batizado de Combating Online Infringement and Counterfeits Act, ele dá poder ao governo para mandar bloquear sítios e domínios. “E não é só essa a ameaça à privacidade na rede mundial. Segundo o The New York Times, diretores do FBI já se reuniram com executivos da Google e Facebook, entre outras empresas, para discutir uma proposta que torne mais fácil grampear internautas”.
O projeto em tramitação visa reforçar uma lei de 1994, chamada de Communications Assistance for Law Enforcement Act. Ela define que as operadoras de telecomunicações e os provedores de internet e banda larga devem cumprir as ordens judiciais que exijam escutas telefônicas. Agora, o FBI quer estender o controle também às gigantes do setor, como Google e Facebook. A desculpa usada é o da defesa do direito autoral, mas o intento evidente é censurar o conteúdo na internet.
Censura prévia na rede
De autoria do senador democrata Patrick Leahy, o projeto de lei está recebendo duras críticas das entidades defensoras da liberdade de expressão. A Electronic Frontier Foundation (EFF) chegou a compilar uma lista dos sítios e blogs que terão de sair da rede se ele for aprovado. Segundo a EFF, apesar da repressão já existente nos EUA, hoje ainda há um equilíbrio entre “as punições devido ao copyright violado e à liberdade dos sites de inovar”. Com a nova lei, os grupos de defesa da liberdade na internet avaliam que será instaurada de vez a censura prévia na rede.
Brian Contos, diretor de Estratégia de Segurança Global e Gestão de Risco da McAfee, afirmou ao jornal O Globo que o projeto gera fortes temores. “Há sempre uma preocupação com o que é censurado agora e o que será censurado depois”. Já para David Post, professor da Universidade de Temple, “se virar lei, o projeto criará um perigoso precedente com sérias conseqüências em potencial para a liberdade de expressão e a liberdade da internet global”. Isto porque o projeto prevê também o bloqueio unilateral de sítios e domínios produzidos fora dos EUA.
AI-5 digital do senador tucano
O projeto de lei em tramitação nos EUA evidencia que a liberdade na internet corre sérios riscos. As poderosas empresas do setor querem restringir seu uso por motivos econômicos, para coibir a livre circulação de conteúdo na rede; já os governos e legisladores autoritários tentam controlar a internet por motivos políticos, para impedir a pluralidade e diversidade informativas. Não é para menos que também no Brasil tramita, de forma sorrateira, um projeto para censurar a internet.
De autoria do senador Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas Gerais, o projeto de lei (PL) 84/99 representa duro golpe na liberdade de expressão. Tanto é que ele já foi batizado de AI-5 digital, numa referência ao ato institucional que os generais baixaram em 1968 endurecendo ainda mais a ditadura. Em outubro, em pleno embate eleitoral, o PL foi aprovado às pressas, numa manobra legislativa na calada da noite, em duas comissões da Câmara Federal.
Como aponta Luiz Carvalho, num artigo ao sítio da CUT, o projeto do senador tucano viola os direitos civis, transfere à sociedade a responsabilidade sobre a segurança na internet que deveria ser das empresas, dificulta a inclusão digital e trata como crime sujeito à prisão de até três anos a transferência ou fornecimento não autorizado de dados – o que pode incluir desde baixar músicas até a mera citação de trechos de uma matéria num blog. Entre as aberrações do PL, ele pontua:
Quebra de sigilo
Ironicamente, o PL do parlamentar ligado ao partido que se diz vítima de uma suposta quebra de sigilo nas eleições, determina que os dados dos internautas possam ser divulgados ao Ministério Público ou à polícia sem a necessidade de uma ordem judicial. Na prática, será possível quebrar o sigilo de qualquer pessoa sem autorização da Justiça, ao contrário do que diz a Constituição.
Internet para ricos
Azeredo quer ainda que os provedores de acesso à Internet e de conteúdo (serviços de e-mail , publicadores de blog e o Google) guardem o registro de toda a navegação de cada usuário por três anos, com a origem, a hora e a data da conexão. Além de exemplo de violação à privacidade, o projeto deixa claro: para os tucanos, internet é para quem pode pagar, já que nas redes sem fio que algumas cidades já estão implementando para aumentar a inclusão digital, várias pessoas navegam com o mesmo número de IP (o endereço na internet).
Ajudinha aos banqueiros
Um dos argumentos do deputado ficha suja reeleito em 2010 – responde a ação penal por peculato e lavagem ou ocultação de bem – é que o rastreamento das pessoas que utilizam a internet ajudará a acabar com as fraudes bancárias. Seria mais eficaz que os bancos fossem obrigados a adotar uma assinatura digital nas transações para todos os clientes. Mas isso geraria mais custos aos bancos e o parlamentar não quer se indispor com eles.
Por Altamiro Borges
O jornal O Globo noticia hoje (22) que tramita nos EUA um projeto de lei de censura à internet. Batizado de Combating Online Infringement and Counterfeits Act, ele dá poder ao governo para mandar bloquear sítios e domínios. “E não é só essa a ameaça à privacidade na rede mundial. Segundo o The New York Times, diretores do FBI já se reuniram com executivos da Google e Facebook, entre outras empresas, para discutir uma proposta que torne mais fácil grampear internautas”.
O projeto em tramitação visa reforçar uma lei de 1994, chamada de Communications Assistance for Law Enforcement Act. Ela define que as operadoras de telecomunicações e os provedores de internet e banda larga devem cumprir as ordens judiciais que exijam escutas telefônicas. Agora, o FBI quer estender o controle também às gigantes do setor, como Google e Facebook. A desculpa usada é o da defesa do direito autoral, mas o intento evidente é censurar o conteúdo na internet.
Censura prévia na rede
De autoria do senador democrata Patrick Leahy, o projeto de lei está recebendo duras críticas das entidades defensoras da liberdade de expressão. A Electronic Frontier Foundation (EFF) chegou a compilar uma lista dos sítios e blogs que terão de sair da rede se ele for aprovado. Segundo a EFF, apesar da repressão já existente nos EUA, hoje ainda há um equilíbrio entre “as punições devido ao copyright violado e à liberdade dos sites de inovar”. Com a nova lei, os grupos de defesa da liberdade na internet avaliam que será instaurada de vez a censura prévia na rede.
Brian Contos, diretor de Estratégia de Segurança Global e Gestão de Risco da McAfee, afirmou ao jornal O Globo que o projeto gera fortes temores. “Há sempre uma preocupação com o que é censurado agora e o que será censurado depois”. Já para David Post, professor da Universidade de Temple, “se virar lei, o projeto criará um perigoso precedente com sérias conseqüências em potencial para a liberdade de expressão e a liberdade da internet global”. Isto porque o projeto prevê também o bloqueio unilateral de sítios e domínios produzidos fora dos EUA.
AI-5 digital do senador tucano
O projeto de lei em tramitação nos EUA evidencia que a liberdade na internet corre sérios riscos. As poderosas empresas do setor querem restringir seu uso por motivos econômicos, para coibir a livre circulação de conteúdo na rede; já os governos e legisladores autoritários tentam controlar a internet por motivos políticos, para impedir a pluralidade e diversidade informativas. Não é para menos que também no Brasil tramita, de forma sorrateira, um projeto para censurar a internet.
De autoria do senador Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas Gerais, o projeto de lei (PL) 84/99 representa duro golpe na liberdade de expressão. Tanto é que ele já foi batizado de AI-5 digital, numa referência ao ato institucional que os generais baixaram em 1968 endurecendo ainda mais a ditadura. Em outubro, em pleno embate eleitoral, o PL foi aprovado às pressas, numa manobra legislativa na calada da noite, em duas comissões da Câmara Federal.
Como aponta Luiz Carvalho, num artigo ao sítio da CUT, o projeto do senador tucano viola os direitos civis, transfere à sociedade a responsabilidade sobre a segurança na internet que deveria ser das empresas, dificulta a inclusão digital e trata como crime sujeito à prisão de até três anos a transferência ou fornecimento não autorizado de dados – o que pode incluir desde baixar músicas até a mera citação de trechos de uma matéria num blog. Entre as aberrações do PL, ele pontua:
Quebra de sigilo
Ironicamente, o PL do parlamentar ligado ao partido que se diz vítima de uma suposta quebra de sigilo nas eleições, determina que os dados dos internautas possam ser divulgados ao Ministério Público ou à polícia sem a necessidade de uma ordem judicial. Na prática, será possível quebrar o sigilo de qualquer pessoa sem autorização da Justiça, ao contrário do que diz a Constituição.
Internet para ricos
Azeredo quer ainda que os provedores de acesso à Internet e de conteúdo (serviços de e-mail , publicadores de blog e o Google) guardem o registro de toda a navegação de cada usuário por três anos, com a origem, a hora e a data da conexão. Além de exemplo de violação à privacidade, o projeto deixa claro: para os tucanos, internet é para quem pode pagar, já que nas redes sem fio que algumas cidades já estão implementando para aumentar a inclusão digital, várias pessoas navegam com o mesmo número de IP (o endereço na internet).
Ajudinha aos banqueiros
Um dos argumentos do deputado ficha suja reeleito em 2010 – responde a ação penal por peculato e lavagem ou ocultação de bem – é que o rastreamento das pessoas que utilizam a internet ajudará a acabar com as fraudes bancárias. Seria mais eficaz que os bancos fossem obrigados a adotar uma assinatura digital nas transações para todos os clientes. Mas isso geraria mais custos aos bancos e o parlamentar não quer se indispor com eles.
Ruper Murdoch anuncia primer periódico exclusivo para iPad
Ruper Murdoch anuncia primer periódico exclusivo para iPad
por Luis Iregui Noviembre 22 de 2010 @ 8:52 am
Tema: Industria, Otros
El éxito de Murdoch ha sido, en parte, gracias a que se ha sabido adaptar a los cambios en los medios de comunicación. Foto: Monika Flueckiger, del Foro Económico Mundial (vía Wikimedia Commons).
Desde que debutó a principios de este año, muchos de los usuarios del iPad han estado esperando una publicación diaria diseñada específicamente para el iPad. Aunque existen aplicaciones de The New York Times y otros diarios tradicionales, el contenido periodístico hecho exclusivamente para el tablet de Apple ha sido escaso.
Rupert Murdoch, el amo y señor de uno de los imperios mediáticos más grandes del mundo, quiere cambiar esa realidad por medio de The Daily, el primer periódico exclusivamente hecho para el iPad, que mezclaría contenidos de la prensa seria con algunos rasgos de la sensacionalista.
Según la agencia AFP, el próximo año News Corp lanzará al mercado The Daily, y Murdoch, su dueño, no tiene ganas de experimentar a ver cómo le va, sino que tiene fe en que va a ser un éxito y le está apostando con fuerza: ya ha contratado cerca de 150 personas –entre ellos, reconocidos periodistas de medios ingleses y estadounidenses– y tiene presupuestados 30 millones de dólares para invertir en este periódico en 2011.
Para Murdoch, el iPad podría ser el comienzo de la salvación de los periódicos tradicionales. “Puede salvar a los diarios porque no hay costos de papel, tinta, impresión o camiones”, dijo el empresario a The Kalb Report (video, inglés), un medio de la Universidad George Washington.
“No destruye al periódico tradicional, simplemente viene en una forma distinta”, dijo Murdoch.
Uno de los detalles más interesantes (inglés) del proyecto es que ha sido creado con la ayuda directa de Steve Jobs. Desde que concibió el iPad en su cabeza, Jobs ha dicho que uno de sus usos más sorprendentes es la forma como puede ser consumida la información. Aunque gracias a varias aplicaciones de terceros existe una idea general de lo que quiso decir el visionario, con esta alianza Jobs tiene la oportunidad de demostrarle al mundo qué quiere decir con eso específicamente.
The Daily no será gratuito. La suscripción semanal costará 0,99 dólares (unos 1.800 pesos) mientras que la mensual estaría por el orden de 4,95 dólares (9.200 pesos). Sin embargo, si el diario aprovecha su potencial al máximo y descresta con su forma y contenido, la competencia del iPad podría estar en una situación que predijo Jobs hace unas semanas: “muertos antes de su llegada”. A menos que Murdoch tenga, como sugieren algunos medios, planes de llegar a otras plataformas móviles.
domingo, 21 de novembro de 2010
UMA DITA SENHORA Maria Sylvia Carvalho Franco
Chega as minhas mãos -via email enviado por amigos- o artigo da dita senhora filósofa-Maria Sylvia Carvalho Franco, publicado pelo Estadão de hoje, que me surpreende com sua vociferação inútil, de filósofa confundida e que pouco proveito faz dos ensinamentos, ou melhor das reflexões da Filosofia e, sobretudo, de uma nova filosofia como a Deleuziana, se é que esta dita senhora o leu.
A mesma fala da primeira mulher a dirigir o país-Corrigindo a Tagarelice- e corrige, chamando-nos para a velha história Imperial, apontando, para a senhora Princesa Isabel e Dona Leopoldina. Bom pelo visto tal cenoura-leia-se senhora, é monarquista e portanto defende os interesses imperiais, o que se opõe a República e a Democracia.
A senhora , tal filósofa é de um discurso banal e tendencioso e de argumentos frágeis a defender a Princesa ISABEl, que na verdade, era pau mandado da Inglaterra,e que por interesses do novo capital maquínico-portanto, acabar com a escravidão era ato de interesse político internacional para um país como Brasil endividado com aquela nação; desta feita ,não faria sentido, ter escravos e sim aderir a consumo da máquinas, do momento do vapor ; logo a seguir ela- a dita filósofa- ataca a senhora presidenta, de atos monárquicos por sucessão do Lula, como se o povo não houvesse votado e, finalmente, entra num discurso equivocado do feminino. Uma perda de tempo desta senhora, mas a quem está a serviço do Estadão, Estadão é.E mais usando o título de uma entrevista sua, para a VEJA, eu disse Veja-em 5 de julho de 2006, ela realmente confirma o título -IDEOLOGIA EMBURRECE.
Penso que a ilustre filósofa Marilena Chauí, deve ter tido um susto , mas nao vai perder tempo em dá resposta a esta senhora que com certeza não é seu par, jamais na Filosofia
A mesma fala da primeira mulher a dirigir o país-Corrigindo a Tagarelice- e corrige, chamando-nos para a velha história Imperial, apontando, para a senhora Princesa Isabel e Dona Leopoldina. Bom pelo visto tal cenoura-leia-se senhora, é monarquista e portanto defende os interesses imperiais, o que se opõe a República e a Democracia.
A senhora , tal filósofa é de um discurso banal e tendencioso e de argumentos frágeis a defender a Princesa ISABEl, que na verdade, era pau mandado da Inglaterra,e que por interesses do novo capital maquínico-portanto, acabar com a escravidão era ato de interesse político internacional para um país como Brasil endividado com aquela nação; desta feita ,não faria sentido, ter escravos e sim aderir a consumo da máquinas, do momento do vapor ; logo a seguir ela- a dita filósofa- ataca a senhora presidenta, de atos monárquicos por sucessão do Lula, como se o povo não houvesse votado e, finalmente, entra num discurso equivocado do feminino. Uma perda de tempo desta senhora, mas a quem está a serviço do Estadão, Estadão é.E mais usando o título de uma entrevista sua, para a VEJA, eu disse Veja-em 5 de julho de 2006, ela realmente confirma o título -IDEOLOGIA EMBURRECE.
Penso que a ilustre filósofa Marilena Chauí, deve ter tido um susto , mas nao vai perder tempo em dá resposta a esta senhora que com certeza não é seu par, jamais na Filosofia
GRUPO EL CLARIN:Roberto Noble, el vocero del poder militar ilegal en tiempos de Frondizi
por el clarin ar
Publicado el 21 de Noviembre de 2010
Por Eduardo Luis Duhalde
Secretario de Derechos Humanos de la Nación.
Las prácticas del terrorismo de Estado no comenzaron en 1976, sino en el año 1955. La actividad de los Noble y el diario Clarín, asociada con los militares y el terror, tampoco comenzó con Videla y Papel Prensa, sino que se remonta también al golpe del ’55.
En esta nota, comenzamos mostrar la indignidad de la conducta permanente e ignominiosa del Grupo Clarín, con un gravísimo episodio de la década de 1960.
El 6 de junio de 1960, el ministro del Interior Alfredo Vítolo envía este Memorando urgente al presidente Frondizi, que se conserva en el Archivo de este último, actualmente fondo de la Biblioteca Nacional:
“Señor Presidente:
Hace alrededor de media hora me llamó el Dr. Noble.
Pensaba hablar con Vd. para pedirle que en algún momento conversaran; no obstante, dada la premura de los acontecimientos, me encargó que con la mayor urgencia le trasmitiera su opinión sobre la actual situación:
Me dijo textualmente: “Dígale al presidente que, como gran amigo que es, soy de opinión que debe intervenir Córdoba con la media sanción de la ley por parte de Senadores” (subrayado en el original).
Le contesté: “No conozco ningún precedente.” Me volvió a repetir: Hay momentos históricos en que los precedentes deben crearse. El Senado representa a las Provincias, y ahí ya obtuvo los dos tercios. En Diputados va a ver demora por el pase a Comisión y existiría el peligro de que no salga. EL PRESIDENTE DEBE VIAJAR A EUROPA EL LUNES Y A ESA FECHA CORDOBA DEBE ESTAR INTERVENIDA. (subrayado, idem).
Me reiteró que se lo trasmitiera urgente. Que si Vd. adoptaba esa posición, él con su diario, se encargaba de la opinión pública general y lo apoyaría en todos los órdenes. Pero que lo haga.
El carácter de este mensaje ha sido la causa de mi insistencia en que se lo hiciesen llegar en el acto.”
En pocas palabras: Roberto Noble instaba al presidente de la Nación a violar groseramente la Constitución Nacional, sin la pertinente Ley de Intervención Federal a la provincia de Córdoba, aprobada por ambas Cámaras del Congreso Nacional, y como “pago” de su obligante consejo imperativo, le aseguraba la manipulación de la opinión pública y el apoyo del diario Clarín de allí en más.
El mensaje mafioso, por cierto que no era una ocurrencia personal de Noble, ya que formaba parte de la política destituyente del gobierno civil, ligada a los peores sectores del golpismo terrorista de 1955 en adelante.
leia todo texto clicando no título
Publicado el 21 de Noviembre de 2010
Por Eduardo Luis Duhalde
Secretario de Derechos Humanos de la Nación.
Las prácticas del terrorismo de Estado no comenzaron en 1976, sino en el año 1955. La actividad de los Noble y el diario Clarín, asociada con los militares y el terror, tampoco comenzó con Videla y Papel Prensa, sino que se remonta también al golpe del ’55.
En esta nota, comenzamos mostrar la indignidad de la conducta permanente e ignominiosa del Grupo Clarín, con un gravísimo episodio de la década de 1960.
El 6 de junio de 1960, el ministro del Interior Alfredo Vítolo envía este Memorando urgente al presidente Frondizi, que se conserva en el Archivo de este último, actualmente fondo de la Biblioteca Nacional:
“Señor Presidente:
Hace alrededor de media hora me llamó el Dr. Noble.
Pensaba hablar con Vd. para pedirle que en algún momento conversaran; no obstante, dada la premura de los acontecimientos, me encargó que con la mayor urgencia le trasmitiera su opinión sobre la actual situación:
Me dijo textualmente: “Dígale al presidente que, como gran amigo que es, soy de opinión que debe intervenir Córdoba con la media sanción de la ley por parte de Senadores” (subrayado en el original).
Le contesté: “No conozco ningún precedente.” Me volvió a repetir: Hay momentos históricos en que los precedentes deben crearse. El Senado representa a las Provincias, y ahí ya obtuvo los dos tercios. En Diputados va a ver demora por el pase a Comisión y existiría el peligro de que no salga. EL PRESIDENTE DEBE VIAJAR A EUROPA EL LUNES Y A ESA FECHA CORDOBA DEBE ESTAR INTERVENIDA. (subrayado, idem).
Me reiteró que se lo trasmitiera urgente. Que si Vd. adoptaba esa posición, él con su diario, se encargaba de la opinión pública general y lo apoyaría en todos los órdenes. Pero que lo haga.
El carácter de este mensaje ha sido la causa de mi insistencia en que se lo hiciesen llegar en el acto.”
En pocas palabras: Roberto Noble instaba al presidente de la Nación a violar groseramente la Constitución Nacional, sin la pertinente Ley de Intervención Federal a la provincia de Córdoba, aprobada por ambas Cámaras del Congreso Nacional, y como “pago” de su obligante consejo imperativo, le aseguraba la manipulación de la opinión pública y el apoyo del diario Clarín de allí en más.
El mensaje mafioso, por cierto que no era una ocurrencia personal de Noble, ya que formaba parte de la política destituyente del gobierno civil, ligada a los peores sectores del golpismo terrorista de 1955 en adelante.
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sábado, 20 de novembro de 2010
Mackenzie -OS PRESB'ÍTEROS DE PRECONCEITO E ÓDIO ISTO É A UNIVERSIDADE MACKENZIE
Nos piores anos do regime militar a Universidade Presbiteriana Mackenzie ficou conhecida por abrigar membros do Comando de Caça a Comunistas e vários outros grupos de alunos favoráveis à ditadura.
Quarenta anos depois a direção da universidade levanta a bandeira do ódio, ao defender a livre expressão do preconceito homofóbico.
Um adolescente atacar homossexuais na Paulista ou um militar de baixa patente e nada na cabeça atirar em um gay depois da Parada Gay é um horror, mas vem de pessoas ignorantes e sem noção de seu papel na sociedade.
Bem diferente do tal Reverendo Augustus Nicodemus Gomes Lopes, que assina como Chanceler da Mackenzie (wadafuck?). Esse cidadão está estimulando os piores sentimentos em seus alunos, que deveriam estar sendo educados para um país melhor e mais tolerante.
Essa gente, sim, é a escória da sociedade.
Felizmente na cerimônia de encerramento do 18o Festival MixBrasil vários premiados se manifestaram contra a universidade que exige o direito de ser homofóbica. Um dos realizadores mais exaltados mandou todos no Mackenzie tomarem no cu.
É o que merecem.
Está na hora de pararmos de ser bonzinhos e aceitar passivamente qualquer tipo de agressão. A militância lgbt, que tem rabo preso em várias instâncias do governo, já fez o papel vergonhoso de não se manifestar quando fomos usados como prendas às lideranças evangélicas por Dilma e Serra no segundo turno.
Eles têm que ter medo de se meterem conosco também.
Escrito por Andre Fischer às 18:52:18
Quarenta anos depois a direção da universidade levanta a bandeira do ódio, ao defender a livre expressão do preconceito homofóbico.
Um adolescente atacar homossexuais na Paulista ou um militar de baixa patente e nada na cabeça atirar em um gay depois da Parada Gay é um horror, mas vem de pessoas ignorantes e sem noção de seu papel na sociedade.
Bem diferente do tal Reverendo Augustus Nicodemus Gomes Lopes, que assina como Chanceler da Mackenzie (wadafuck?). Esse cidadão está estimulando os piores sentimentos em seus alunos, que deveriam estar sendo educados para um país melhor e mais tolerante.
Essa gente, sim, é a escória da sociedade.
Felizmente na cerimônia de encerramento do 18o Festival MixBrasil vários premiados se manifestaram contra a universidade que exige o direito de ser homofóbica. Um dos realizadores mais exaltados mandou todos no Mackenzie tomarem no cu.
É o que merecem.
Está na hora de pararmos de ser bonzinhos e aceitar passivamente qualquer tipo de agressão. A militância lgbt, que tem rabo preso em várias instâncias do governo, já fez o papel vergonhoso de não se manifestar quando fomos usados como prendas às lideranças evangélicas por Dilma e Serra no segundo turno.
Eles têm que ter medo de se meterem conosco também.
Escrito por Andre Fischer às 18:52:18
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Román Gubern: “Con la imagen digital podemos mentir ocultando la mentira”
Invitado como jurado del 25° Festival Internacional de Cine de Mar del Plata, el español Román Gubern dio una clase magistral sobre el futuro del audiovisual, del 3D a la realidad virtual inmersiva.
Por DANIELA KOZAK
REVISTA Ñ AR
DIDÁCTICO. El teórico español Román Gubern alertó "a no ser tecnófobos" a su auditorio de cinéfilos.
Etiquetado como:Román GuberntecnologíaMar Del Plata
Profesor emérito de la Universidad Autónoma de Barcelona, Román Gubern brindó el lunes 15 una charla pública en el Festival de Cine de Mar del Plata. Durante dos horas, Gubern repasó algunos temas de sus más de cuarenta libros, entre los que se cuentan “Historia del cine”, “El eros electrónico”, “Patologías de la imagen”, “Los años rojos de Luis Buñuel” y “Metamorfosis de la lectura”. Ante un auditorio casi lleno, Gubern habló sobre las transformaciones que atraviesa el universo audiovisual desde la revolución digital. También se refirió al eBook, el chat, la “cultura del dormitorio” de los adolescentes, la obra de Luis Buñuel y la construcción de la memoria en el cine español luego de la dictadura franquista.
La charla comenzó con el recuerdo del director Luis García Berlanga, fallecido dos días antes. “No quiero pasar esta ocasión sin recordar que falleció uno de los más eminentes directores del cine español. Luis fue un poco el rey de la comedia negra. Para definirlo, diría que ha sido al cine español lo que Francisco de Quevedo fue a la novela humorística del Siglo de Oro”, observó.
La imagen “tecnográfica”
Entrevistado por la docente Stella Maris Poggian, Gubern analizó las consecuencias de la revolución digital. Con mucho humor y una buena dosis de anécdotas, caracterizó el estado actual del mundo de la imagen. “La producción de imágenes a través de tecnologías –señaló– ha adquirido la flexibilidad de la pintura. El pintor puede pintar lo más inverosímil, lo más fantástico. La imagen tecnográfica, que antes estaba sujeta a la esclavitud de lo real, ha adquirido la labilidad propia de la imagen pictórica, pero con el rasgo muy relevante de aparecer ante el público como una imagen autentificadora. Con la imagen digital podemos mentir ocultando que la imagen miente”.
Para ejemplificar la idea, Gubern contó una anécdota: “En 1997 apareció en la televisión un anuncio en el que se veía a Fred Astaire bailando con una aspiradora. Él nunca había bailado con una aspiradora y la hija protestó, como que era una ofensa a la imagen paterna. Pero la viuda de Astaire había vendido los derechos de imagen a una fábrica de aspiradoras, y con tecnología digital le pusieron la aspiradora en la mano. Entonces, dos imágenes que existían previamente, se juntan en un collage y aparece una imagen mentirosa. El enunciado es falso aunque parte de premisas auténticas, y eso tiene una importancia en el mundo artístico y cognitivo enorme”.
Para Gubern, el punto de inflexión lo marcó “Jurassic Park” (Steven Spielberg, 1993). Con esa película, señaló, nació la “híperimagen”, es decir, el collage compuesto a partir de imágenes de distinta naturaleza: las imágenes analógicas de los actores y las digitales de los dinosaurios.
Evitando en todo momento las posturas maniqueas, el teórico español señaló que no hay que ser “tecnófobos”, pero sí estar atentos para detectar los posibles efectos negativos de cada nueva tecnología. “Hay una maldición del digital –observó–. Como permite hacer que uno vuele y se metamorfosee en dragones, los cineastas optan por la ley del menor esfuerzo. Pero a la tercera vez que uno lo ve, es de lo más soso, porque lo que interesa a la gente es conocer las motivaciones de los personajes, identificarse con ellos y vivir su peripecia. El puro dramatismo de la gente que salta y se transforma no tiene ningún interés, y hay una parte del cine de Hollywood que fue por ese lado”, señaló.
Consultado sobre la relación de la tecnología digital con la teoría de Marshall McLuhan, Gubern observó que la teoría de McLuhan se refería a los medios como extensiones del hombre: la TV como extensión del ojo, la radio como extensión del oído. “Pero las tecnologías actuales –señaló– dan un salto cualitativo, porque son delegaciones de facultades. La cámara de video vigilancia, auto programada para disparar agua cuando sale el fuego, ya es una delegación de facultades. Hemos pasado de la extensión del hombre a la delegación de facultades, con lo cual renace el mito de Frankenstein y todo el imaginario asociado al robot que se subleva. En ese sentido, tiene razón Paul Virilio cuando escribe que se progresa detectando las disfunciones o efectos negativos de cada tecnología. Uno reconoce que hay disfunciones, y está claro que delegar facultades humanas en aparatos puede llegar a ser catastrófico; hay mucha ciencia ficción que nos lo ha explicado”.
De los anteojos al casco
Amenazada por los cambios que trajo Internet y, sobre todo, por la piratería, la industria del entretenimiento busca en las novedades tecnológicas la clave para frenar y revertir la decadencia del negocio. Después de resucitar el 3D y pasarle el barniz de la novedad –aunque en realidad el sistema data de 1935 y tuvo su momento estelar durante los años ‘50–, las corporaciones mediáticas han puesto el foco en la realidad virtual.
“Uno de los elementos de reflexión actual de los ingenieros de Hollywood es convertir la realidad virtual inmersiva en un espectáculo para las masas”, explicó Gubern. Pero ya no se trataría sólo de un paso más en el grado de espectacularidad, sino de un cambio que transformará por completo la naturaleza del cine. Si en el cine ‘tradicional’ el espectador tiene un rol pasivo, en el espectáculo de realidad virtual inmersiva su condición cambia. El espectador abandona la pasividad para convertirse en un espectador-operador-actor. “Vamos a ponernos el casco visualizador –en lugar de los anteojos– y vamos a entrar en el ciberespacio a ‘vivir’ una aventura digna de un espacio tridimensional virtual. Entonces, ¿qué ocurre? Interviene la tiranía del hipertexto. Uno girará hacia la derecha, abrirá una puerta y encontrará un tesoro. Pero otro, con la libertad hipertextual que le da el ciberespacio, irá hacia la izquierda, abrirá otra puerta y saldrá un dragón. Por lo tanto, ya no habrá una experiencia común: la libertad hipertextual dará lugar a experiencias diferenciadas. Esa cohesión psicológica, esa misa maravillosa que es el cine, en la que estamos todos juntos compartiendo esa comunión mística que es la imagen en la pantalla, se disolverá por la diversificación de las iniciativas del espectador-operador-actor”, explicó.
Y esto también trae aparejados grandes cambios en el campo del lenguaje cinematográfico. Didáctico, Gubern ejemplificó: “Estamos en la butaca y vemos que el personaje de Humphrey Bogart toma un avión en Nueva York, hay un fundido a negro, pasan dos segundos y llega a Tokio. Pero estando en el ciberespacio, teniendo una vivencia continua del tiempo, ¿admitiremos las bruscas elipsis (saltos temporales), las metáforas y efectos de montaje, las discontinuidades que son propias del lenguaje del cine?”. La pregunta está abierta, pero deja entrever que la realidad virtual inmersiva va mucho más allá del 3D. “Ya no es como Avatar, que es más espectáculo. Esto significa un salto cualitativo en la conciencia del espectador-operador-actor”, concluyó el español.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
A PSICANALISTA ANAMARIA VASCONCELOS
ESTUDANTES EM RECIFE FAZEM PROTESTO FACE AO ENEM
O lançamento do livro Júlio Santos – Mestre da Fotopintura, publicado pela Editora Tempo d’Imagem
Capa do livro
Pesquisar a fotografia vernacular é absolutamente imprescindível para a compreensão da História da Fotografia.
Ao relacionar a produção de amadores, fotógrafos populares (contudo, paradoxalmente à expressão, anônimos) à rede social de produção da imagem fotográfica e de implicações na cultura visual de certo tempo e época, passamos a discutir os aspectos que alicerçam os significados da imagem para uma geração. Entra, nesse ponto, a perspectiva de dado mercado que provém a uma demanda com base em paradigmas visuais, valores sociais, de pertencimento a dada imagem e sua parcela de encantamento.
O lançamento do livro Júlio Santos – Mestre da Fotopintura, publicado pela Editora Tempo d’Imagem é um daqueles livros que só nos damos conta da falta quando o temos nas mãos.
Livros assim são valiosos por sua capacidade literal de guarda, de preservar a importância histórica de profissionais da fotografia que ao longo dos anos encerram suas atividades pela velocidade de outras mídias, do desinteresse geracional deste comércio, entre outros fatores econômicos.
Para quem não conhece, Mestre Júlio, é um dos maiores profissionais da fotopintura brasileira. Sua vocação, sua habilidade técnica, seu vasto conhecimento químico e histórico da fotografia e, sobretudo, seu amor em ampliar e preservar a memória afetiva sobre os retratos através da fotopintura fazem com que este livro seja relevante para a bibliografia da nossa História da Fotografia.
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Me quieren utilizar a mí para darle razones a las diferencias de fondo que (los directivos de Clarín) tienen en la Argentina
Pepe Mujica Sr.Presidete do Uruguai
Por Eduardo Anguita
eanguita@miradasalsur.com
“Me quieren utilizar a mí para darle razones a las diferencias de fondo que (los directivos de Clarín) tienen en la Argentina”. (TELAM)
por MIRADA AL SUR
Segunda parte de la entrevista a Eleuterio Fernández Huidobro
–Cómo llega el Frente Amplio a este presente y cuáles son los desafíos que enfrenta cuando tiene que hacerse cargo de un Estado que no fue diseñado precisamente para gobiernos populares y de izquierda?
“Recupero la convicción de los 70”
Tiene 40 años el intendente de Lomas de Zamora, Martín Insaurralde. “No me gusta que las nuevas generaciones vengamos a reemplazar o derrocar a las anteriores. Somos jóvenes pero no somos una corriente joven. Puede sumarse gente de cualquier edad”. Dijo esto cuando Miradas al Sur lo consultó sobre el espacio político que lanzó junto al ministro de Economía, Amado Boudou, y el titular de la Anses, Diego Bossio. Es decir, dos figuras del oficialismo que también rondan los 40. La corriente todavía no tiene nombre pero ya fue bautizada con espíritu futbolero, la llaman la Sub 45.
Se levantó el bloqueo y se abre una etapa de control conjunto a la pastera
Luego del acuerdo entre los gobiernos argentino y uruguayo para monitorear la pastera UPM (ex Botnia) y determinar si contamina o no las aguas del río Uruguay, ayer al mediodía los asambleístas abrieron finalmente el paso fronterizo que une las ciudades de Gualeguaychú y Fray Bentos.
“No hay que bajar ninguna bandera”
La primera impresión es la de un tipo afable, ansioso y de respuesta rápida. De esos que se ajustan a las coordenadas de animal político. Y lo es. Entre 1991 y 1999 fue electo como diputado nacional en dos oportunidades, cargo que dejó para asumir como senador. En 2002 fue ungido como presidente provisional de la Cámara alta, un cargo que le permitió ser protagonista de una foto histórica. Ésa que tiene ampliada y que corona la pared que está detrás de su escritorio. Allí el sanjuanino está tomando juramento como presidente a Néstor Kirchner.
CN23: “Queremos jugar en la primera de los medios”
Liliana Felipe: “La sombra de Ernestina esconde muchos negocios”
Luego de que Miradas al Sur dio a conocer el relato de Lidia Papaleo de Graiver sobre las torturas recibidas para firmar la venta de las acciones de Papel Prensa, la corresponsal en Argentina del diario La Jornada de México publicó la noticia en ese país. La cantautora argentina residente en México Liliana Felipe cuenta en esta entrevista cómo se inspiró para escribir la canción Ernestina , que por estos días circula en Internet.
–¿Cuándo escribiste la canción sobre Ernestina?
En declaraciones exclusivas a Miradas al Sur, el presidente uruguayo, quien eludió confrontar con los grandes medios, mostró su agotamiento de la manipulación periodística a ambos lados del Plata
Eduardo Anguita: –En el diario Clarín se publicaron declaraciones suyas realizadas a Búsqueda en las que decía, entre otras afirmaciones, que la Argentina “es un país cortado en dos”, criticaba la política económica y resaltaba las diferencias que hay entre su país y el nuestro...
José Mujica: –No las vi. Los argentinos no son difíciles ni fáciles, son la cosa más parecida que hay a nosotros, solamente que en una escala más grande, porque son más grandes y más ricos. Nada más. Si en la Argentina les van a dar pelota a Clarín, El País y Búsqueda… (N.de la R.: El País es un tradicional diario uruguayo). En términos directos, acá en el Uruguay están en una campaña tratando de que aparezcan las contradicciones en nuestra fuerza política (por el Frente Amplio), y mostrarnos como que nos estamos matando, y en el plano internacional, están buscando todo lo que pueda aparecer que sirva para una fractura. Entonces, cuando publican estas cuestiones lo hacen un poco fuera de contexto, en forma recortada. Mi sentimiento para con el pueblo argentino es el de siempre, soy su amigo. Ya lo he dicho: por lo menos, a nuestras costas llegan los defectos y no algunas de las virtudes que sería lo más interesante. No los tengo que idealizar, pero los argentinos son mis compañeros, mis compatriotas.
–¿Qué orientación tiene Búsqueda?
–Es un semanario que no se caracteriza por ser de izquierda, ni estar de nuestro lado, sino en la vereda de enfrente…
–Supe que directivos de Clarín estaban tramitando una entrevista para ir a verlo y me llama la atención que justamente ahora lo quieran poner en esta situación tan ridícula. ¿Cómo entiende que hagan una cosa tan contradictoria?
–Creo que utilizan estas cosas para alimentar las contradicciones internas de la política argentina. Entonces, me quieren utilizar a mí para darles razones a las diferencias de fondo que tienen en la Argentina, y me parece que sirve de poco, especialmente cuando a uno lo sacan de contexto. En cuanto a lo que dijo (el ex presidente Jorge) Batlle, a lo que me referí es que tenía derecho a pensar lo que quisiera, pero el problema era decirlo así no más. Creo que a nadie se le puede juzgar por lo que piensa. Y con respecto a la templanza de la sociedad argentina, hay diferencias, sí, pero había una diferente situación política en el Uruguay, que tenía una alternativa política muy clara en el horizonte y la Argentina no. Porque, entre otras cosas, las fuerzas que pudieron históricamente haber significado alguna alternativa distinta nunca se pudieron juntar, se miran como quien revisa un huevo con una lupa a ver si le encuentra un pelo, entonces nadie sirve para nada y en esas condiciones me parece que la Argentina intentó la única salida que tenía, pero el costo fue un parto muy doloroso. De todas maneras, me parece que es una etapa que la Argentina dejó atrás y yo, el otro día, vi una masa muy importante del pueblo que estaba solidificando y eligiendo la alternativa que tienen delante de los ojos. Hace tres años, acá en el Uruguay, me pegaron porque yo dije que quienes están en el gobierno argentino iban a ganar de vuelta, y seguramente que en la Argentina me van a pegar el doble por eso, pero es lo que pienso. A algunos argentinos conozco y algo camino por ahí, y tengo que tener en cuenta que ésa va a ser la realidad política de nuestros queridos vecinos.
–Si en este momento tuviera que definir la relación que tiene el gobierno de su país con el de la Argentina, sobre todo después de la muerte de Néstor Kirchner, qué tiene para agregar a las muestras de buen entendimiento que ya existen…
–Por la muerte de Néstor no cambió nada. Yo trato de tener –y creo que tenemos– la mejor relación posible, lo cual no quiere decir que no tengamos contradicciones que surgen de nuestra propia sociedad. Pero hay una gran diferencia, esas contradicciones no nos arrastran, y este gobierno de este pequeño país tiene una decisión bien clara: hay 300, 400 mil uruguayos viviendo allí, que no se sienten extranjeros. De todas las emigraciones uruguayas, en el único país donde no se sienten extranjeros es en la Argentina. Ya sólo ese hecho obliga a cualquier gobierno uruguayo. Por lo tanto, los líos que pudiéramos tener son líos de familia, así que eso hay que descontarlo. Y vamos a estar al lado de la Argentina en las cosas que duelen, en las más importantes. Nosotros anunciamos que vamos a reconocer a Palestina y vamos a poner un embajador en el campo internacional. Esto nos va a traer unos cuantos dolores de cabeza. Mala suerte, es lo que pasa cuando uno toma una decisión. Y a la Presidenta de la Argentina le pasa lo mismo. Pero creo que hemos encontrado como gobiernos un diálogo, una confianza y una amistad que son envidiables.
–¿Cómo avanza la sociedad uruguaya respecto de la impunidad de los crímenes cometidos en su país por los militares?
–Estamos progresando, el problema es que tenemos un trancazo interno en la fuerza política. Quisiéramos ir por más, por la derogación de la ley (de amnistía), pero se nos ha creado una contradicción interna porque los uruguayos somos muy institucionalizados. Y como durante dos plebiscitos no se logró la derogación de esa ley, en la fuerza política que está en el Gobierno teníamos los votos teóricamente para derogarla en el Parlamento, pero se nos dieron vuelta tres compañeros porque hubo una decisión plebiscitaria del pueblo. Así que ahora tenemos un trancazo en esta discusión y vamos a ver cómo lo resolvemos.
Por Eduardo Anguita
eanguita@miradasalsur.com
“Me quieren utilizar a mí para darle razones a las diferencias de fondo que (los directivos de Clarín) tienen en la Argentina”. (TELAM)
por MIRADA AL SUR
Segunda parte de la entrevista a Eleuterio Fernández Huidobro
–Cómo llega el Frente Amplio a este presente y cuáles son los desafíos que enfrenta cuando tiene que hacerse cargo de un Estado que no fue diseñado precisamente para gobiernos populares y de izquierda?
“Recupero la convicción de los 70”
Tiene 40 años el intendente de Lomas de Zamora, Martín Insaurralde. “No me gusta que las nuevas generaciones vengamos a reemplazar o derrocar a las anteriores. Somos jóvenes pero no somos una corriente joven. Puede sumarse gente de cualquier edad”. Dijo esto cuando Miradas al Sur lo consultó sobre el espacio político que lanzó junto al ministro de Economía, Amado Boudou, y el titular de la Anses, Diego Bossio. Es decir, dos figuras del oficialismo que también rondan los 40. La corriente todavía no tiene nombre pero ya fue bautizada con espíritu futbolero, la llaman la Sub 45.
Se levantó el bloqueo y se abre una etapa de control conjunto a la pastera
Luego del acuerdo entre los gobiernos argentino y uruguayo para monitorear la pastera UPM (ex Botnia) y determinar si contamina o no las aguas del río Uruguay, ayer al mediodía los asambleístas abrieron finalmente el paso fronterizo que une las ciudades de Gualeguaychú y Fray Bentos.
“No hay que bajar ninguna bandera”
La primera impresión es la de un tipo afable, ansioso y de respuesta rápida. De esos que se ajustan a las coordenadas de animal político. Y lo es. Entre 1991 y 1999 fue electo como diputado nacional en dos oportunidades, cargo que dejó para asumir como senador. En 2002 fue ungido como presidente provisional de la Cámara alta, un cargo que le permitió ser protagonista de una foto histórica. Ésa que tiene ampliada y que corona la pared que está detrás de su escritorio. Allí el sanjuanino está tomando juramento como presidente a Néstor Kirchner.
CN23: “Queremos jugar en la primera de los medios”
Liliana Felipe: “La sombra de Ernestina esconde muchos negocios”
Luego de que Miradas al Sur dio a conocer el relato de Lidia Papaleo de Graiver sobre las torturas recibidas para firmar la venta de las acciones de Papel Prensa, la corresponsal en Argentina del diario La Jornada de México publicó la noticia en ese país. La cantautora argentina residente en México Liliana Felipe cuenta en esta entrevista cómo se inspiró para escribir la canción Ernestina , que por estos días circula en Internet.
–¿Cuándo escribiste la canción sobre Ernestina?
En declaraciones exclusivas a Miradas al Sur, el presidente uruguayo, quien eludió confrontar con los grandes medios, mostró su agotamiento de la manipulación periodística a ambos lados del Plata
Eduardo Anguita: –En el diario Clarín se publicaron declaraciones suyas realizadas a Búsqueda en las que decía, entre otras afirmaciones, que la Argentina “es un país cortado en dos”, criticaba la política económica y resaltaba las diferencias que hay entre su país y el nuestro...
José Mujica: –No las vi. Los argentinos no son difíciles ni fáciles, son la cosa más parecida que hay a nosotros, solamente que en una escala más grande, porque son más grandes y más ricos. Nada más. Si en la Argentina les van a dar pelota a Clarín, El País y Búsqueda… (N.de la R.: El País es un tradicional diario uruguayo). En términos directos, acá en el Uruguay están en una campaña tratando de que aparezcan las contradicciones en nuestra fuerza política (por el Frente Amplio), y mostrarnos como que nos estamos matando, y en el plano internacional, están buscando todo lo que pueda aparecer que sirva para una fractura. Entonces, cuando publican estas cuestiones lo hacen un poco fuera de contexto, en forma recortada. Mi sentimiento para con el pueblo argentino es el de siempre, soy su amigo. Ya lo he dicho: por lo menos, a nuestras costas llegan los defectos y no algunas de las virtudes que sería lo más interesante. No los tengo que idealizar, pero los argentinos son mis compañeros, mis compatriotas.
–¿Qué orientación tiene Búsqueda?
–Es un semanario que no se caracteriza por ser de izquierda, ni estar de nuestro lado, sino en la vereda de enfrente…
–Supe que directivos de Clarín estaban tramitando una entrevista para ir a verlo y me llama la atención que justamente ahora lo quieran poner en esta situación tan ridícula. ¿Cómo entiende que hagan una cosa tan contradictoria?
–Creo que utilizan estas cosas para alimentar las contradicciones internas de la política argentina. Entonces, me quieren utilizar a mí para darles razones a las diferencias de fondo que tienen en la Argentina, y me parece que sirve de poco, especialmente cuando a uno lo sacan de contexto. En cuanto a lo que dijo (el ex presidente Jorge) Batlle, a lo que me referí es que tenía derecho a pensar lo que quisiera, pero el problema era decirlo así no más. Creo que a nadie se le puede juzgar por lo que piensa. Y con respecto a la templanza de la sociedad argentina, hay diferencias, sí, pero había una diferente situación política en el Uruguay, que tenía una alternativa política muy clara en el horizonte y la Argentina no. Porque, entre otras cosas, las fuerzas que pudieron históricamente haber significado alguna alternativa distinta nunca se pudieron juntar, se miran como quien revisa un huevo con una lupa a ver si le encuentra un pelo, entonces nadie sirve para nada y en esas condiciones me parece que la Argentina intentó la única salida que tenía, pero el costo fue un parto muy doloroso. De todas maneras, me parece que es una etapa que la Argentina dejó atrás y yo, el otro día, vi una masa muy importante del pueblo que estaba solidificando y eligiendo la alternativa que tienen delante de los ojos. Hace tres años, acá en el Uruguay, me pegaron porque yo dije que quienes están en el gobierno argentino iban a ganar de vuelta, y seguramente que en la Argentina me van a pegar el doble por eso, pero es lo que pienso. A algunos argentinos conozco y algo camino por ahí, y tengo que tener en cuenta que ésa va a ser la realidad política de nuestros queridos vecinos.
–Si en este momento tuviera que definir la relación que tiene el gobierno de su país con el de la Argentina, sobre todo después de la muerte de Néstor Kirchner, qué tiene para agregar a las muestras de buen entendimiento que ya existen…
–Por la muerte de Néstor no cambió nada. Yo trato de tener –y creo que tenemos– la mejor relación posible, lo cual no quiere decir que no tengamos contradicciones que surgen de nuestra propia sociedad. Pero hay una gran diferencia, esas contradicciones no nos arrastran, y este gobierno de este pequeño país tiene una decisión bien clara: hay 300, 400 mil uruguayos viviendo allí, que no se sienten extranjeros. De todas las emigraciones uruguayas, en el único país donde no se sienten extranjeros es en la Argentina. Ya sólo ese hecho obliga a cualquier gobierno uruguayo. Por lo tanto, los líos que pudiéramos tener son líos de familia, así que eso hay que descontarlo. Y vamos a estar al lado de la Argentina en las cosas que duelen, en las más importantes. Nosotros anunciamos que vamos a reconocer a Palestina y vamos a poner un embajador en el campo internacional. Esto nos va a traer unos cuantos dolores de cabeza. Mala suerte, es lo que pasa cuando uno toma una decisión. Y a la Presidenta de la Argentina le pasa lo mismo. Pero creo que hemos encontrado como gobiernos un diálogo, una confianza y una amistad que son envidiables.
–¿Cómo avanza la sociedad uruguaya respecto de la impunidad de los crímenes cometidos en su país por los militares?
–Estamos progresando, el problema es que tenemos un trancazo interno en la fuerza política. Quisiéramos ir por más, por la derogación de la ley (de amnistía), pero se nos ha creado una contradicción interna porque los uruguayos somos muy institucionalizados. Y como durante dos plebiscitos no se logró la derogación de esa ley, en la fuerza política que está en el Gobierno teníamos los votos teóricamente para derogarla en el Parlamento, pero se nos dieron vuelta tres compañeros porque hubo una decisión plebiscitaria del pueblo. Así que ahora tenemos un trancazo en esta discusión y vamos a ver cómo lo resolvemos.
domingo, 14 de novembro de 2010
Folha demite Amorim e é desmentida
Reproduzo artigo de Luiz Carlos Azenha, publicado no blog Viomundo:
Ontem a Folha de S. Paulo demitiu Celso Amorim do governo. Disse que o ministro foi “desconvidado” do encontro do G20, na Coreia do Sul, pelo próprio governo. Hoje Celso Amorim esclarece que foi ele quem pediu para não ir, já que a ênfase do encontro era nas questões econômicas. A mentira saiu com destaque. O desmentido, miudinho.
A Folha não apenas demitiu Celso Amorim, como tirou o ex-embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Antonio Patriota — ligado a Amorim — da lista de ministeriáveis. Colocou no lugar dele o José Viegas Filho e o Nelson Jobim. O Jobim, aliás, está em todas. Hoje, em editorial, a Folha dá uma guinada na política externa brasileira.
Duas coisas me impressionam profundamente neste período pós-eleitoral: 1. a desconexão entre os fatos e o noticiário; 2. o lobby descarado que os jornais fazem em defesa de seus candidatos ao ministério e dos “programa de governo” que formulam. É como se a população tivesse eleito a Folha para governar. Eu não consigo ler mais nenhuma “notícia” sem esperar pelo desmentido dela no dia seguinte.
O nível dos jornais brasileiros é uma lástima. O Valor Econômico, que é o menos ruinzinho, mandou um repórter para o Vietnã, fazer reportagem sobre o plantio de arroz, sob patrocínio da Sygenta! Embora tenha noticiado no pé da “reportagem” que a viagem tinha sido paga pela Sygenta, o jornal não esclareceu o que é a Sygenta. No texto, o repórter atribui parcialmente à ideologia a rejeição de rizicultores vietnamitas aos “pacotes” tecnológicos da Sygenta. Fica parecendo que os pacotes tecnológicos da Sygenta são milagrosos e que os vietnamitas não tem apenas 5 mil anos de desenvolvimento da tecnologia de plantio de arroz. O repórter não reserva uma linha sequer à vasta literatura existente sobre o papel exercido pelas grandes corporações do agronegócio — dentre as quais figuram com destaque a Sygenta e a Monsanto –, que tentam cercar o mercado das sementes, do veneno e dos fertilizantes.
Estamos falando de um jornal que, em tese, deveria servir aos formuladores das políticas públicas brasileiras.
No entanto, serve ao lobby descarado.
Ontem a Folha de S. Paulo demitiu Celso Amorim do governo. Disse que o ministro foi “desconvidado” do encontro do G20, na Coreia do Sul, pelo próprio governo. Hoje Celso Amorim esclarece que foi ele quem pediu para não ir, já que a ênfase do encontro era nas questões econômicas. A mentira saiu com destaque. O desmentido, miudinho.
A Folha não apenas demitiu Celso Amorim, como tirou o ex-embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Antonio Patriota — ligado a Amorim — da lista de ministeriáveis. Colocou no lugar dele o José Viegas Filho e o Nelson Jobim. O Jobim, aliás, está em todas. Hoje, em editorial, a Folha dá uma guinada na política externa brasileira.
Duas coisas me impressionam profundamente neste período pós-eleitoral: 1. a desconexão entre os fatos e o noticiário; 2. o lobby descarado que os jornais fazem em defesa de seus candidatos ao ministério e dos “programa de governo” que formulam. É como se a população tivesse eleito a Folha para governar. Eu não consigo ler mais nenhuma “notícia” sem esperar pelo desmentido dela no dia seguinte.
O nível dos jornais brasileiros é uma lástima. O Valor Econômico, que é o menos ruinzinho, mandou um repórter para o Vietnã, fazer reportagem sobre o plantio de arroz, sob patrocínio da Sygenta! Embora tenha noticiado no pé da “reportagem” que a viagem tinha sido paga pela Sygenta, o jornal não esclareceu o que é a Sygenta. No texto, o repórter atribui parcialmente à ideologia a rejeição de rizicultores vietnamitas aos “pacotes” tecnológicos da Sygenta. Fica parecendo que os pacotes tecnológicos da Sygenta são milagrosos e que os vietnamitas não tem apenas 5 mil anos de desenvolvimento da tecnologia de plantio de arroz. O repórter não reserva uma linha sequer à vasta literatura existente sobre o papel exercido pelas grandes corporações do agronegócio — dentre as quais figuram com destaque a Sygenta e a Monsanto –, que tentam cercar o mercado das sementes, do veneno e dos fertilizantes.
Estamos falando de um jornal que, em tese, deveria servir aos formuladores das políticas públicas brasileiras.
No entanto, serve ao lobby descarado.
Participe do II Fórum de Cultura Digital
Participe do II Fórum de Cultura Digital
Juca e Gil from FLi Multimídia on Vimeo.
Por Altamiro Borges
Começa neste domingo, 14, e segue até o dia 17, o II Fórum de Cultura Digital, na Cinemateca de São Paulo. O evento é promovido pela Casa de Cultura Digital e pelo Ministério da Cultura e discutirá, entre outros temas, o papel da internet, o direito autoral na rede e as novas experiências da comunicação compartilhada.
Na quarta-feira, dia 17, das 13h às 16h, haverá uma arena para discutir banda larga e cultura digital. O formato será de uma grande "assembléia", com o objetivo de impulsionar a campanha pelo direito à internet de alta velocidade para todos. Na ocasião, será lançado o Gibi "Eu quero Banda Larga", publicado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.
Participe. Para conhecer a programação completa do II Fórum de Cultura Digital, acesse: http://culturadigital.br
Juca e Gil from FLi Multimídia on Vimeo.
Por Altamiro Borges
Começa neste domingo, 14, e segue até o dia 17, o II Fórum de Cultura Digital, na Cinemateca de São Paulo. O evento é promovido pela Casa de Cultura Digital e pelo Ministério da Cultura e discutirá, entre outros temas, o papel da internet, o direito autoral na rede e as novas experiências da comunicação compartilhada.
Na quarta-feira, dia 17, das 13h às 16h, haverá uma arena para discutir banda larga e cultura digital. O formato será de uma grande "assembléia", com o objetivo de impulsionar a campanha pelo direito à internet de alta velocidade para todos. Na ocasião, será lançado o Gibi "Eu quero Banda Larga", publicado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.
Participe. Para conhecer a programação completa do II Fórum de Cultura Digital, acesse: http://culturadigital.br
sábado, 13 de novembro de 2010
Silencio por Sangre de Daniel Cecchini y Jorge Mancinelli
Un adelanto del libro Silencio por Sangre que iniciará el domingo próximo la colección de investigación periodística de Miradas al Sur.
Silencio por Sangre es un libro urgente, resultado de una larga y exhaustiva investigación –parte de la cual fue publicada por Miradas al Sur durante el último año– que aún continúa, pero escrito contra reloj.Su objetivo es explicar cómo, durante la última dictadura, los dueños y directivos de los tres diarios más importantes de la Argentina se apropiaron, en complicidad con el Estado terrorista, de la empresa que les permitiría monopolizar la producción del papel de diario. Esa maniobra de apropiación formó parte de la alianza estratégica entre la dictadura iniciada el 24 de marzo de 1976 y los representantes de los grupos económico-mediáticos más grandes del país. Los grupos económicos concentrados necesitaban a los militares para eliminar a la disidencia política y social que se oponía a sus intereses. Los dictadores, por su parte, exigían no sólo una prensa silenciada mediante la censura, sino medios cómplices de sus políticas y de sus acciones. Esa misión la cumplieron Clarín, La Nación y La Razón y, a cambio de ello, recibieron el monopolio del papel de diario, una suerte de dictadura contra la libertad de expresión.
Entre fines de 1976 y la primera mitad de 1977, el Grupo Graiver fue despojado ilegalmente de Papel Prensa S.A., en una operación que –más allá de sus motivaciones políticas y económicas– desnudó el feroz antisemitismo de los militares en el poder. Para lograr sus objetivos, los dictadores utilizaron presiones, amenazas, secuestros, desapariciones, torturas y asesinatos. Paralelamente –y en pleno conocimiento de la utilización de estos instrumentos del terrorismo de Estado–, los propietarios de los tres diarios crearon una empresa fantasma con la única finalidad de quedarse con las acciones de Papel Prensa que los herederos y socios de David Graiver fueron obligados a entregar.Transferencia bajo presión. Las acciones en poder de la sucesión que la familia Graiver fue obligada a transferir eran 958.907 acciones de clase “C” y 3.800.000 acciones clase “E”, más todos los derechos de preferencia para futuras emisiones, revalúos acordados y a acordarse, “e incluso adelantos que existieren para futuras emisiones”. El precio que le fijaron a la transferencia no consentida libremente fue de 996.000 dólares. El grupo fundador, es decir David Graiver por sí y terceros, había invertido desde el mes de abril de 1972 hasta octubre de 1976, 15 millones de dólares, aproximadamente, importe que al momento de arrebatárseles a sus familiares las acciones a nombre de la sucesión, estaban incrementados por el valor comercial de la empresa. Algunas estimaciones que han dado vuelta alrededor del valor de Papel Prensa al momento de su apropiación, oscilan entre tres y cinco veces los fondos invertidos. (…) La sola lectura del contrato muestra que se trató de un despojo, y como tal, nunca consentido. Veamos: con 7.000 dólares de seña, el pagador adquiere el título de comprador del bien que él mismo valúa en 996.000 dólares. Lo dice sin ningún atisbo de vergüenza: esos 7.000 dólares de seña tienen “el carácter de principio de ejecución del contrato, formando parte del precio y declarando expresamente ambas partes que la operación es firme e irreversible”. Dos reconocimientos fundamentales que le hace el “vendedor” al “comprador”: la operación no se podrá echar atrás y el “contrato”, gracias a esos 7.000 dólares, es ejecutable; es decir, el bien que “se vende” pasa a manos del “comprador”. (…) La respuesta a la falsa condición suspensiva está en el numeral sexto del “boleto de venta” que le hicieron firmar a la familia Graiver: “Este contrato es transferible... sin necesidad de consentimiento ni conformidad alguna del vendedor”. Con premeditación, los apropiadores obligaron a los “vendedores” “a asistir a la Asamblea a convocarse a los efectos del artículo 9º del Estatuto de Papel Prensa S.A. y votar favorablemente con todos sus votos para aprobar la presente operación e igualmente a realizar los actos y gestiones y otorgar cuantos instrumentos fueren necesarios a los efectos del presente contrato”. Faltó la firma de Al Capone.Operación “Amigo”. El 14 de marzo de 1977, un grupo de tareas secuestró a Lidia Papaleo de Graiver. Ese día también fueron secuestradas Silvia Fanjul y Lidia Gesualdi. Tres días más tarde fueron secuestrados Juan Graiver –padre de David–, su mujer, Eva Gitnacht de Graiver; Isidoro Graiver –hermano menor de Dudi–, y el apoderado de la familia en la sucesión, Jorge Rubinstein. Los llevaron al centro clandestino de detención conocido como Puesto Vasco.
A principios de abril, Rafael Ianover fue citado en las oficinas del diario La Nación para entrevistarse con Campos Carlés, representante de La Nación; Bernardo Sofovich, abogado de la viuda de Noble y hombre de Clarín, y Patricio Peralta Ramos, de La Razón. Este último le exigió que les firmara la cesión de sus acciones. Antes de hacerlo –aterrorizado por la desaparición de los Graiver–, Ianover le pidió seguridades para él y su familia. “No le va a pasar nada, firme”, le aseguró Peralta Ramos. Ianover fue secuestrado el 12 de abril de 1977. También lo llevaron a Puesto Vasco. El objetivo de los secuestros fue que ni los Graiver ni sus socios cobraran jamás el precio vil que habían debido aceptar por las acciones. Los operativos de que fueron víctimas recibieron un sugestivo nombre por parte del hombre que los comandó, el coronel Ramón Camps, entonces jefe de la Policía de la Provincia de Buenos Aires: “Operación Amigo”, los llamó.Peleas entre dictadores. El tándem Martínez de Hoz-Videla confrontó con Massera. Los negocios se dirimieron al interior de la dictadura y con la metodología mafiosa que asumió ese proyecto económico y político desde sus inicios. Las facturas se saldaban con desapariciones, atentados y muertos de uno y otro bando, tales como el atentado a Guillermo Walter Klein. Papel Prensa no estuvo fuera de la disputa que perdió Massera a manos de Martínez de Hoz y Raymundo Podestá, el secretario de Desarrollo Industrial que puso el Banco Nacional de Desarrollo al servicio de los apropiadores. El desquite de Massera llegó medio año después de consumado el despojo que hizo propietarios de Papel Prensa a los tres diarios, y aunque tarde y sin efecto alguno sobre el negocio que le habían birlado Joe Martínez de Hoz y Videla; pudo hacer nombrar un “veedor-interventor” en la empresa, el capitán de navío Alberto D’Agostino. El hombre se tomó las cosas en serio, y de los papeles que dejó y pudieron ser rescatados, se encontraron unas notas sobre la situación en que había quedado la cesión de las acciones en cabeza de la sucesión de David Graiver. El boleto de venta que obligaron a firmar a la familia incluía un anticipo en efectivo a cuenta de futuras emisiones de acciones por 1.500.000 de dólares. Ese fondo más los títulos es lo que Fapel, es decir, Magnetto, Mitre, Peralta Ramos y Campos Carlés, le arrancaron a la familia Graiver con 2.000 dólares de seña.
D’Agostino se empecina en el seguimiento de esa cesión, comprobando que las acciones apropiadas no podían aparecer como vendidas, ya que su venta estaba suspendida por tres años debido a que habían sido afectadas por la obtención del beneficio de un diferimiento impositivo. Sólo se podrían haber vendido si previamente se pagaban los impuestos postergados. A pesar de semejante objeción, los diarios decidieron depositar en una escribanía los pagos que ellos mismos habían decidido por las acciones apropiadas, demostrando así voluntad de pago y capacidad de disposición de esos títulos.La complicidad periodística. Los ejemplos del apoyo editorial de Clarín al terrorismo de Estado perpetrado por la dictadura se multiplican con sólo mirar cualquier ejemplar de aquellos días. Verbigracia, en la nota publicada en agosto de 1976 titulada El principio del fin . Allí está escrito: “No hay tercería posible porque, admitido que estamos en guerra, imperan sus leyes. Es la Nación la que está en armas para vencer al enemigo (…) La fuerza, monopolizada por el Estado, y la razón, que legitima la autoridad y le proporciona el consenso, son los atributos fundamentales del Gobierno (…) La marcha hacia el monopolio de la fuerza avanza por caminos convergentes. Ha sido un reclamo formulado por distintas voces y que alcanza mayor vigor en boca de la Iglesia. Lo construyen las propias Fuerzas Armadas y sus hombres de gobierno al asociar a los distintos sectores en la lucha permanente contra la subversión”.
Por entonces, los desaparecidos en la Argentina se contaban por miles, entre ellos no pocos periodistas y trabajadores gráficos que habían pasado por Clarín en algún momento de sus carreras, como Francisco Paco Urondo, Carlos Alberto Pérez, Enrique Raab, Luis Rodolfo Guagnini, Conrado Guillermo Ceretti, Daniel Alberto Daroqui, Ernesto Luis Fossati y Jorge Rodolfo Harriague. Durante esos años, el diario donde habían trabajado silenció sus nombres, los desapareció también en sus páginas. Otros medios, como The Buenos Aires Herald o La Prensa , denunciaron estos secuestros y estas muertes a pesar de la censura y la represión.
Más de una vez, la propia directora estampó su firma en los editoriales, defendiendo a los dictadores aun cuando las violaciones de los derechos humanos y el desastre económico eran ya evidentes: “Las Fuerzas Armadas, que tienen en su haber el triunfo contra la subversión al costo de enormes sacrificios, están en condiciones de realizar esa convocatoria. Se les presenta una alternativa en que la crisis económica puede llegar a minar los logros que han alcanzado en ese terreno y en que superar esa crisis puede dar la consolidación definitiva de la victoria y la realización de los objetivos que se trazaron al asumir el poder…”. E, incluso, después de la derrota en la aventura de Malvinas, siguió apoyando a la dictadura: “Repensar el país significa, hoy, también repensar a las Fuerzas Armadas. No nos conforma la idea de unas Fuerzas Armadas políticamente rechazadas y refugiadas en la especificidad de sus tareas. En países como la Argentina, cuya cuestión nacional se resume en el imperativo de crecer y desarrollarse, las Fuerzas Armadas son necesarias para sostener esa batalla contra el statu quo aparentemente incruenta, pero en realidad tan ardua como cualquiera otra guerra convencional…”. Más de un cuarto de siglo después de terminada la dictadura, Clarín sigue sin publicar autocrítica alguna sobre su posición editorial y su apoyo explícito al terrorismo de Estado.Delito de lesa humanidad. En capítulos anteriores se ha relatado exhaustivamente y se han citado testimonios sobre las condiciones en que los herederos y socios de David Graiver firmaron el boleto de venta de sus acciones en Papel Prensa S.A., antes y durante las detenciones ilegales de las que fueron víctimas en 1977 en los campos clandestinos de concentración conocidos como Puesto Vasco y Pozo de Banfield. También, mediante qué operaciones pasaron a manos de Clarín, La Nación y La Razón. “Yo vi a los tres grandes diarios de este país saquear una empresa de un grupo familiar cuyos miembros estaban todos presos, juzgados por un tribunal de guerra y condenados. Un tribunal que les sacó declaraciones bajo tortura”, denunció Osvaldo Papaleo, quien también fue detenido por los dictadores.
En una entrevista concedida al periodista Agustín Álvarez Rey, el hermano de Lidia, la viuda de Graiver, reconstruyó toda la operación de saqueo: “Si bien Papel Prensa era uno de los activos más importantes de Graiver, no era éste su único negocio. Entre agosto del ’76 y marzo del ’77, cuando la familia estaba liquidando sus activos, recibió algún tipo de oferta por parte de Clarín, La Razón y La Nación para comprar Papel Prensa. De hecho, la tarde del día en que detienen a la mayoría de la familia, mi hermana, Lidia Papaleo de Graiver, asistió junto a Isidoro Graiver a una reunión con representantes legales y algunos miembros de los directorios de estas empresas para ver si se podía firmar una carta de intención para comprar la empresa. Esa noche son detenidos”, relató. Monopolio y consecuencias. Con el pacto de sindicación de acciones, las tres empresas periodísticas lograron un control absoluto de Papel Prensa. Ese manejo fue compartido inicialmente, pero cambió en consonancia con las transformaciones ocurridas al interior del grupo, producto de los distintos escalamientos de poder que cada uno de sus integrantes logró hacer. Primero fue la quiebra de La Razón a mediados de los ’80 y luego se produjo la consolidación de Clarín , a partir de los ’90, como el conjunto de medios más concentrado –en propiedad y dirección–, y extendido –en cobertura del mercado– de la Argentina. Esos cambios posibilitaron el manejo hegemónico que tiene Héctor Magnetto sobre la única productora de papel de diario del país. Su gestión no deteriora a La Nación , pero beneficia más a Clarín y perjudica a la empresa como ente societario que debe tener igual cuidado por los intereses de todos sus socios. Y presiona a los medios periodísticos con sus maniobras en el manejo de cantidades y precios del papel de diario. Por lo pronto, expertos en el sector sostienen que Papel Prensa habría estado subsidiando a Clarín mediante dos formas: un precio de venta de la bobina de papel menor a su costo de producción y la compra de la devolución de diarios a un precio que las fuentes consultadas llamaron insólito. El calificativo utilizado para aludir al precio de los diarios rechazados por los canillitas que Clarín vende a Papel Prensa, da a entender que está más relacionado con el precio de tapa que con el valor de un diario de descarte.El grueso del subsidio se origina en el precio del papel. Un estudio de costos y mercado que ha llegado a manos de los directores del Estado Nacional en Papel Prensa, muestra que las empresas editoriales que no accedieron durante los últimos seis años al precio cobrado por esa empresa a Clarín y La Nación, tuvieron que pagar 58 por ciento más caro el papel que necesitaron para sobrevivir. Ese sobreprecio fue la diferencia entre el promedio de los importes abonados por las editoriales obligadas a importar y el costo privilegiado que tuvieron los dos accionistas del monopolio del papel de diario.
Silencio por Sangre es un libro urgente, resultado de una larga y exhaustiva investigación –parte de la cual fue publicada por Miradas al Sur durante el último año– que aún continúa, pero escrito contra reloj.Su objetivo es explicar cómo, durante la última dictadura, los dueños y directivos de los tres diarios más importantes de la Argentina se apropiaron, en complicidad con el Estado terrorista, de la empresa que les permitiría monopolizar la producción del papel de diario. Esa maniobra de apropiación formó parte de la alianza estratégica entre la dictadura iniciada el 24 de marzo de 1976 y los representantes de los grupos económico-mediáticos más grandes del país. Los grupos económicos concentrados necesitaban a los militares para eliminar a la disidencia política y social que se oponía a sus intereses. Los dictadores, por su parte, exigían no sólo una prensa silenciada mediante la censura, sino medios cómplices de sus políticas y de sus acciones. Esa misión la cumplieron Clarín, La Nación y La Razón y, a cambio de ello, recibieron el monopolio del papel de diario, una suerte de dictadura contra la libertad de expresión.
Entre fines de 1976 y la primera mitad de 1977, el Grupo Graiver fue despojado ilegalmente de Papel Prensa S.A., en una operación que –más allá de sus motivaciones políticas y económicas– desnudó el feroz antisemitismo de los militares en el poder. Para lograr sus objetivos, los dictadores utilizaron presiones, amenazas, secuestros, desapariciones, torturas y asesinatos. Paralelamente –y en pleno conocimiento de la utilización de estos instrumentos del terrorismo de Estado–, los propietarios de los tres diarios crearon una empresa fantasma con la única finalidad de quedarse con las acciones de Papel Prensa que los herederos y socios de David Graiver fueron obligados a entregar.Transferencia bajo presión. Las acciones en poder de la sucesión que la familia Graiver fue obligada a transferir eran 958.907 acciones de clase “C” y 3.800.000 acciones clase “E”, más todos los derechos de preferencia para futuras emisiones, revalúos acordados y a acordarse, “e incluso adelantos que existieren para futuras emisiones”. El precio que le fijaron a la transferencia no consentida libremente fue de 996.000 dólares. El grupo fundador, es decir David Graiver por sí y terceros, había invertido desde el mes de abril de 1972 hasta octubre de 1976, 15 millones de dólares, aproximadamente, importe que al momento de arrebatárseles a sus familiares las acciones a nombre de la sucesión, estaban incrementados por el valor comercial de la empresa. Algunas estimaciones que han dado vuelta alrededor del valor de Papel Prensa al momento de su apropiación, oscilan entre tres y cinco veces los fondos invertidos. (…) La sola lectura del contrato muestra que se trató de un despojo, y como tal, nunca consentido. Veamos: con 7.000 dólares de seña, el pagador adquiere el título de comprador del bien que él mismo valúa en 996.000 dólares. Lo dice sin ningún atisbo de vergüenza: esos 7.000 dólares de seña tienen “el carácter de principio de ejecución del contrato, formando parte del precio y declarando expresamente ambas partes que la operación es firme e irreversible”. Dos reconocimientos fundamentales que le hace el “vendedor” al “comprador”: la operación no se podrá echar atrás y el “contrato”, gracias a esos 7.000 dólares, es ejecutable; es decir, el bien que “se vende” pasa a manos del “comprador”. (…) La respuesta a la falsa condición suspensiva está en el numeral sexto del “boleto de venta” que le hicieron firmar a la familia Graiver: “Este contrato es transferible... sin necesidad de consentimiento ni conformidad alguna del vendedor”. Con premeditación, los apropiadores obligaron a los “vendedores” “a asistir a la Asamblea a convocarse a los efectos del artículo 9º del Estatuto de Papel Prensa S.A. y votar favorablemente con todos sus votos para aprobar la presente operación e igualmente a realizar los actos y gestiones y otorgar cuantos instrumentos fueren necesarios a los efectos del presente contrato”. Faltó la firma de Al Capone.Operación “Amigo”. El 14 de marzo de 1977, un grupo de tareas secuestró a Lidia Papaleo de Graiver. Ese día también fueron secuestradas Silvia Fanjul y Lidia Gesualdi. Tres días más tarde fueron secuestrados Juan Graiver –padre de David–, su mujer, Eva Gitnacht de Graiver; Isidoro Graiver –hermano menor de Dudi–, y el apoderado de la familia en la sucesión, Jorge Rubinstein. Los llevaron al centro clandestino de detención conocido como Puesto Vasco.
A principios de abril, Rafael Ianover fue citado en las oficinas del diario La Nación para entrevistarse con Campos Carlés, representante de La Nación; Bernardo Sofovich, abogado de la viuda de Noble y hombre de Clarín, y Patricio Peralta Ramos, de La Razón. Este último le exigió que les firmara la cesión de sus acciones. Antes de hacerlo –aterrorizado por la desaparición de los Graiver–, Ianover le pidió seguridades para él y su familia. “No le va a pasar nada, firme”, le aseguró Peralta Ramos. Ianover fue secuestrado el 12 de abril de 1977. También lo llevaron a Puesto Vasco. El objetivo de los secuestros fue que ni los Graiver ni sus socios cobraran jamás el precio vil que habían debido aceptar por las acciones. Los operativos de que fueron víctimas recibieron un sugestivo nombre por parte del hombre que los comandó, el coronel Ramón Camps, entonces jefe de la Policía de la Provincia de Buenos Aires: “Operación Amigo”, los llamó.Peleas entre dictadores. El tándem Martínez de Hoz-Videla confrontó con Massera. Los negocios se dirimieron al interior de la dictadura y con la metodología mafiosa que asumió ese proyecto económico y político desde sus inicios. Las facturas se saldaban con desapariciones, atentados y muertos de uno y otro bando, tales como el atentado a Guillermo Walter Klein. Papel Prensa no estuvo fuera de la disputa que perdió Massera a manos de Martínez de Hoz y Raymundo Podestá, el secretario de Desarrollo Industrial que puso el Banco Nacional de Desarrollo al servicio de los apropiadores. El desquite de Massera llegó medio año después de consumado el despojo que hizo propietarios de Papel Prensa a los tres diarios, y aunque tarde y sin efecto alguno sobre el negocio que le habían birlado Joe Martínez de Hoz y Videla; pudo hacer nombrar un “veedor-interventor” en la empresa, el capitán de navío Alberto D’Agostino. El hombre se tomó las cosas en serio, y de los papeles que dejó y pudieron ser rescatados, se encontraron unas notas sobre la situación en que había quedado la cesión de las acciones en cabeza de la sucesión de David Graiver. El boleto de venta que obligaron a firmar a la familia incluía un anticipo en efectivo a cuenta de futuras emisiones de acciones por 1.500.000 de dólares. Ese fondo más los títulos es lo que Fapel, es decir, Magnetto, Mitre, Peralta Ramos y Campos Carlés, le arrancaron a la familia Graiver con 2.000 dólares de seña.
D’Agostino se empecina en el seguimiento de esa cesión, comprobando que las acciones apropiadas no podían aparecer como vendidas, ya que su venta estaba suspendida por tres años debido a que habían sido afectadas por la obtención del beneficio de un diferimiento impositivo. Sólo se podrían haber vendido si previamente se pagaban los impuestos postergados. A pesar de semejante objeción, los diarios decidieron depositar en una escribanía los pagos que ellos mismos habían decidido por las acciones apropiadas, demostrando así voluntad de pago y capacidad de disposición de esos títulos.La complicidad periodística. Los ejemplos del apoyo editorial de Clarín al terrorismo de Estado perpetrado por la dictadura se multiplican con sólo mirar cualquier ejemplar de aquellos días. Verbigracia, en la nota publicada en agosto de 1976 titulada El principio del fin . Allí está escrito: “No hay tercería posible porque, admitido que estamos en guerra, imperan sus leyes. Es la Nación la que está en armas para vencer al enemigo (…) La fuerza, monopolizada por el Estado, y la razón, que legitima la autoridad y le proporciona el consenso, son los atributos fundamentales del Gobierno (…) La marcha hacia el monopolio de la fuerza avanza por caminos convergentes. Ha sido un reclamo formulado por distintas voces y que alcanza mayor vigor en boca de la Iglesia. Lo construyen las propias Fuerzas Armadas y sus hombres de gobierno al asociar a los distintos sectores en la lucha permanente contra la subversión”.
Por entonces, los desaparecidos en la Argentina se contaban por miles, entre ellos no pocos periodistas y trabajadores gráficos que habían pasado por Clarín en algún momento de sus carreras, como Francisco Paco Urondo, Carlos Alberto Pérez, Enrique Raab, Luis Rodolfo Guagnini, Conrado Guillermo Ceretti, Daniel Alberto Daroqui, Ernesto Luis Fossati y Jorge Rodolfo Harriague. Durante esos años, el diario donde habían trabajado silenció sus nombres, los desapareció también en sus páginas. Otros medios, como The Buenos Aires Herald o La Prensa , denunciaron estos secuestros y estas muertes a pesar de la censura y la represión.
Más de una vez, la propia directora estampó su firma en los editoriales, defendiendo a los dictadores aun cuando las violaciones de los derechos humanos y el desastre económico eran ya evidentes: “Las Fuerzas Armadas, que tienen en su haber el triunfo contra la subversión al costo de enormes sacrificios, están en condiciones de realizar esa convocatoria. Se les presenta una alternativa en que la crisis económica puede llegar a minar los logros que han alcanzado en ese terreno y en que superar esa crisis puede dar la consolidación definitiva de la victoria y la realización de los objetivos que se trazaron al asumir el poder…”. E, incluso, después de la derrota en la aventura de Malvinas, siguió apoyando a la dictadura: “Repensar el país significa, hoy, también repensar a las Fuerzas Armadas. No nos conforma la idea de unas Fuerzas Armadas políticamente rechazadas y refugiadas en la especificidad de sus tareas. En países como la Argentina, cuya cuestión nacional se resume en el imperativo de crecer y desarrollarse, las Fuerzas Armadas son necesarias para sostener esa batalla contra el statu quo aparentemente incruenta, pero en realidad tan ardua como cualquiera otra guerra convencional…”. Más de un cuarto de siglo después de terminada la dictadura, Clarín sigue sin publicar autocrítica alguna sobre su posición editorial y su apoyo explícito al terrorismo de Estado.Delito de lesa humanidad. En capítulos anteriores se ha relatado exhaustivamente y se han citado testimonios sobre las condiciones en que los herederos y socios de David Graiver firmaron el boleto de venta de sus acciones en Papel Prensa S.A., antes y durante las detenciones ilegales de las que fueron víctimas en 1977 en los campos clandestinos de concentración conocidos como Puesto Vasco y Pozo de Banfield. También, mediante qué operaciones pasaron a manos de Clarín, La Nación y La Razón. “Yo vi a los tres grandes diarios de este país saquear una empresa de un grupo familiar cuyos miembros estaban todos presos, juzgados por un tribunal de guerra y condenados. Un tribunal que les sacó declaraciones bajo tortura”, denunció Osvaldo Papaleo, quien también fue detenido por los dictadores.
En una entrevista concedida al periodista Agustín Álvarez Rey, el hermano de Lidia, la viuda de Graiver, reconstruyó toda la operación de saqueo: “Si bien Papel Prensa era uno de los activos más importantes de Graiver, no era éste su único negocio. Entre agosto del ’76 y marzo del ’77, cuando la familia estaba liquidando sus activos, recibió algún tipo de oferta por parte de Clarín, La Razón y La Nación para comprar Papel Prensa. De hecho, la tarde del día en que detienen a la mayoría de la familia, mi hermana, Lidia Papaleo de Graiver, asistió junto a Isidoro Graiver a una reunión con representantes legales y algunos miembros de los directorios de estas empresas para ver si se podía firmar una carta de intención para comprar la empresa. Esa noche son detenidos”, relató. Monopolio y consecuencias. Con el pacto de sindicación de acciones, las tres empresas periodísticas lograron un control absoluto de Papel Prensa. Ese manejo fue compartido inicialmente, pero cambió en consonancia con las transformaciones ocurridas al interior del grupo, producto de los distintos escalamientos de poder que cada uno de sus integrantes logró hacer. Primero fue la quiebra de La Razón a mediados de los ’80 y luego se produjo la consolidación de Clarín , a partir de los ’90, como el conjunto de medios más concentrado –en propiedad y dirección–, y extendido –en cobertura del mercado– de la Argentina. Esos cambios posibilitaron el manejo hegemónico que tiene Héctor Magnetto sobre la única productora de papel de diario del país. Su gestión no deteriora a La Nación , pero beneficia más a Clarín y perjudica a la empresa como ente societario que debe tener igual cuidado por los intereses de todos sus socios. Y presiona a los medios periodísticos con sus maniobras en el manejo de cantidades y precios del papel de diario. Por lo pronto, expertos en el sector sostienen que Papel Prensa habría estado subsidiando a Clarín mediante dos formas: un precio de venta de la bobina de papel menor a su costo de producción y la compra de la devolución de diarios a un precio que las fuentes consultadas llamaron insólito. El calificativo utilizado para aludir al precio de los diarios rechazados por los canillitas que Clarín vende a Papel Prensa, da a entender que está más relacionado con el precio de tapa que con el valor de un diario de descarte.El grueso del subsidio se origina en el precio del papel. Un estudio de costos y mercado que ha llegado a manos de los directores del Estado Nacional en Papel Prensa, muestra que las empresas editoriales que no accedieron durante los últimos seis años al precio cobrado por esa empresa a Clarín y La Nación, tuvieron que pagar 58 por ciento más caro el papel que necesitaron para sobrevivir. Ese sobreprecio fue la diferencia entre el promedio de los importes abonados por las editoriales obligadas a importar y el costo privilegiado que tuvieron los dos accionistas del monopolio del papel de diario.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Weissheimer: Os fantasmas no sótão da velha mídia
11 de Novembro de 2010 – 10h59
Marco Aurélio Weissheimer: os fantasmas no sótão da velha mídia
Franklin Martins, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, abriu o Seminário Internacional Comunicações Eletrônicas e Convergências de Mídias com uma observação que justificou o título do encontro. A convergência de mídias é um processo irreversível e já faz parte da vida cotidiana.
Por Marco Aurélio Weissheimer, na Carta Maior, via Vermelho
Um telefone celular não é mais meramente um telefone. Tornou-se também um meio para acessar internet, rádio e televisão. Essa convergência de tecnologias e meios de comunicação em um pequeno aparelho abre novas possibilidades para a comunicação humana, mas essas possibilidades vêm acompanhadas de problemas. Boa parte desses problemas é causada por conflitos de mercado entre os diferentes setores que fazem da comunicação seu bezerro de ouro.
No Brasil, alguns desses setores reagem fortemente ao debate sobre a necessidade de regular esse novo mundo tecnológico, social e econômico, que já é uma realidade. Essa reação aparece revestida por um verniz ideológico que vê na ideia da regulação uma tentativa de censurar e controlar a imprensa. Isso é uma bobagem, disse Franklin Martins. E é mesmo. Não é difícil mostrar.
O Brasil acaba de sair de um duro processo eleitoral onde, em um determinado momento, entidades empresariais do setor das comunicações e seus respectivos veículos ensaiaram uma mobilização nacional contra perigosíssimas ameaças à liberdade (de imprensa e outras) que estariam pairando sobre a vida democrática do país. O motivo? Uma crítica feita pelo presidente da República à cobertura sobre as eleições. Houve alguma censura por parte do governo? Nenhuma.
Houve, de fato, dois episódios de cerceamento à liberdade de expressão na campanha este ano: um praticado pelo jornal O Estado de São Paulo, que demitiu a colunista Maria Rita Kehl por não tolerar a opinião dela publicada em suas páginas; e o outro praticado pelo jornal Folha de S.Paulo que entrou na Justiça para tirar do ar o site Falha de São Paulo, que fazia uma paródia às capas e manchetes da publicação.
Esses jornais e outros veículos da chamada grande imprensa seguem repetindo mantras ultraconservadores contra um debate que já foi feito na imensa maioria dos países apontados por eles mesmos como exemplos de liberdade de modernidade. Mas por trás de todo esse conservadorismo, há uma razão mais pragmática: o avanço das empresas de telecomunicação sobre o mercado da radiodifusão.
Só esse dado mercadológico já justificaria um interesse mais positivo do setor de radiodifusão no debate da regulação. Franklin Martins falou sobre isso ao saudar os participantes do seminário. O faturamento das teles hoje é aproximadamente 13 ou 14 vezes maior que o da radiodifusão. Sem regulação, a radiodifusão vai ser atropelada por uma jamanta, resumiu o ministro. E as grandes empresas do setor sabem disso.
A Folha de S.Paulo publicou um editorial, dia 15 de novembro de 2009, defendendo a restrição, em 30%, da presença de capital estrangeiro nos portais de notícias no Brasil. A proposta também é defendida pelas principais entidades do setor: Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e Associação Nacional de Jornais (ANJ).
A posição defendida por essas entidades oferece, na verdade, argumentos em defesa da necessidade de um novo marco regulatório para o setor. Para elas, a restrição ao capital estrangeiro, previsto no artigo 222 da Constituição Federal, aplica-se a qualquer negócio que explore conteúdos, independentemente do meio utilizado, seja TV, rádio, jornais ou a internet.
“Práticas desleais na internet colocam em risco as bases que permitem o exercício da imprensa independente no país”, protestou a Folha no editorial, acrescentando: “Quando um país como o Brasil admite um oligopólio irrestrito na banda larga – a via para a qual converge a transmissão de múltiplos conteúdos, como TVs, revistas e jornais – alimenta um Leviatã capaz de bloquear ou dificultar a passagem de dados atores que não lhe sejam convenientes”.
“Nossa legislação é um cipoal de gambiarras”
Do ponto de vista dessas empresas, portanto, o debate sobre um novo marco regulatório para o setor envolve, sobretudo, uma disputa de mercado com as grandes corporações do setor de telecomunicações. Mas essa agenda não se resume a uma questão de mercado. Há interesses públicos em jogo – como o direito à uma informação de qualidade que contemple a diversidade cultural e política do país – que vem sendo bloqueados pela intransigência do grande capital privado do setor.
Para quem ainda tinha alguma dúvida, a dimensão pública do tema ficou evidenciada nos relatos das experiências de países como França, Inglaterra, Espanha, Portugal, Argentina e Estados Unidos. A existência de um marco regulador na área da comunicação é hoje um indicador da qualidade da democracia de um país.
O Brasil ainda engatinha nessa área. A nossa legislação de telecomunicações, lembrou Franklin Martins, é absolutamente ultrapassada, remontando a 1962, “quando havia mais televizinho do que televisão”. Essa legislação é hoje um “cipoal de gambiarras”, ilustrou o ministro. Ele deu outro exemplo: “Todos nós sabemos que deputados e senadores não podem ter canal de televisão. E todos sabemos que têm. O que vamos fazer?”
Os conferencistas internacionais contaram o que seus países fizeram e seguem fazendo para proteger e incentivar a produção independente nacional e regional, para evitar a concentração de propriedade ou para defender crianças e adolescentes de publicidades de bebidas e medicamentos, apenas para citar alguns conteúdos. Propostas estas que seguem enfrentando forte resistência no Brasil.
Uma resistência alimentada por preconceitos e fantasmas arrastando correntes, na imagem adotada pelo titular da Secretaria de Comunicação Social do governo brasileiro. “Só um debate público transparente afasta os fantasmas. Queria convidar todos a deixar os fantasmas no sótão. É lá que devem ficar”. Trata-se de um debate irreversível, repetiu, fazendo uma previsão: “Estou convencido que a área da comunicação no governo Dilma terá o mesmo tratamento que a área de energia teve no primeiro governo Lula”.
Os primeiros meses de 2010 dirão se a previsão poderá ser realizar ou não. O que parece certo é que dificilmente a velha imprensa conseguirá bloquear esse debate usando seus fantasmas empoeirados a acenar com a ameaça da censura, ameaça esta que só vem se materializando nas suas próprias redações.
Marco Aurélio Weissheimer: os fantasmas no sótão da velha mídia
Franklin Martins, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, abriu o Seminário Internacional Comunicações Eletrônicas e Convergências de Mídias com uma observação que justificou o título do encontro. A convergência de mídias é um processo irreversível e já faz parte da vida cotidiana.
Por Marco Aurélio Weissheimer, na Carta Maior, via Vermelho
Um telefone celular não é mais meramente um telefone. Tornou-se também um meio para acessar internet, rádio e televisão. Essa convergência de tecnologias e meios de comunicação em um pequeno aparelho abre novas possibilidades para a comunicação humana, mas essas possibilidades vêm acompanhadas de problemas. Boa parte desses problemas é causada por conflitos de mercado entre os diferentes setores que fazem da comunicação seu bezerro de ouro.
No Brasil, alguns desses setores reagem fortemente ao debate sobre a necessidade de regular esse novo mundo tecnológico, social e econômico, que já é uma realidade. Essa reação aparece revestida por um verniz ideológico que vê na ideia da regulação uma tentativa de censurar e controlar a imprensa. Isso é uma bobagem, disse Franklin Martins. E é mesmo. Não é difícil mostrar.
O Brasil acaba de sair de um duro processo eleitoral onde, em um determinado momento, entidades empresariais do setor das comunicações e seus respectivos veículos ensaiaram uma mobilização nacional contra perigosíssimas ameaças à liberdade (de imprensa e outras) que estariam pairando sobre a vida democrática do país. O motivo? Uma crítica feita pelo presidente da República à cobertura sobre as eleições. Houve alguma censura por parte do governo? Nenhuma.
Houve, de fato, dois episódios de cerceamento à liberdade de expressão na campanha este ano: um praticado pelo jornal O Estado de São Paulo, que demitiu a colunista Maria Rita Kehl por não tolerar a opinião dela publicada em suas páginas; e o outro praticado pelo jornal Folha de S.Paulo que entrou na Justiça para tirar do ar o site Falha de São Paulo, que fazia uma paródia às capas e manchetes da publicação.
Esses jornais e outros veículos da chamada grande imprensa seguem repetindo mantras ultraconservadores contra um debate que já foi feito na imensa maioria dos países apontados por eles mesmos como exemplos de liberdade de modernidade. Mas por trás de todo esse conservadorismo, há uma razão mais pragmática: o avanço das empresas de telecomunicação sobre o mercado da radiodifusão.
Só esse dado mercadológico já justificaria um interesse mais positivo do setor de radiodifusão no debate da regulação. Franklin Martins falou sobre isso ao saudar os participantes do seminário. O faturamento das teles hoje é aproximadamente 13 ou 14 vezes maior que o da radiodifusão. Sem regulação, a radiodifusão vai ser atropelada por uma jamanta, resumiu o ministro. E as grandes empresas do setor sabem disso.
A Folha de S.Paulo publicou um editorial, dia 15 de novembro de 2009, defendendo a restrição, em 30%, da presença de capital estrangeiro nos portais de notícias no Brasil. A proposta também é defendida pelas principais entidades do setor: Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e Associação Nacional de Jornais (ANJ).
A posição defendida por essas entidades oferece, na verdade, argumentos em defesa da necessidade de um novo marco regulatório para o setor. Para elas, a restrição ao capital estrangeiro, previsto no artigo 222 da Constituição Federal, aplica-se a qualquer negócio que explore conteúdos, independentemente do meio utilizado, seja TV, rádio, jornais ou a internet.
“Práticas desleais na internet colocam em risco as bases que permitem o exercício da imprensa independente no país”, protestou a Folha no editorial, acrescentando: “Quando um país como o Brasil admite um oligopólio irrestrito na banda larga – a via para a qual converge a transmissão de múltiplos conteúdos, como TVs, revistas e jornais – alimenta um Leviatã capaz de bloquear ou dificultar a passagem de dados atores que não lhe sejam convenientes”.
“Nossa legislação é um cipoal de gambiarras”
Do ponto de vista dessas empresas, portanto, o debate sobre um novo marco regulatório para o setor envolve, sobretudo, uma disputa de mercado com as grandes corporações do setor de telecomunicações. Mas essa agenda não se resume a uma questão de mercado. Há interesses públicos em jogo – como o direito à uma informação de qualidade que contemple a diversidade cultural e política do país – que vem sendo bloqueados pela intransigência do grande capital privado do setor.
Para quem ainda tinha alguma dúvida, a dimensão pública do tema ficou evidenciada nos relatos das experiências de países como França, Inglaterra, Espanha, Portugal, Argentina e Estados Unidos. A existência de um marco regulador na área da comunicação é hoje um indicador da qualidade da democracia de um país.
O Brasil ainda engatinha nessa área. A nossa legislação de telecomunicações, lembrou Franklin Martins, é absolutamente ultrapassada, remontando a 1962, “quando havia mais televizinho do que televisão”. Essa legislação é hoje um “cipoal de gambiarras”, ilustrou o ministro. Ele deu outro exemplo: “Todos nós sabemos que deputados e senadores não podem ter canal de televisão. E todos sabemos que têm. O que vamos fazer?”
Os conferencistas internacionais contaram o que seus países fizeram e seguem fazendo para proteger e incentivar a produção independente nacional e regional, para evitar a concentração de propriedade ou para defender crianças e adolescentes de publicidades de bebidas e medicamentos, apenas para citar alguns conteúdos. Propostas estas que seguem enfrentando forte resistência no Brasil.
Uma resistência alimentada por preconceitos e fantasmas arrastando correntes, na imagem adotada pelo titular da Secretaria de Comunicação Social do governo brasileiro. “Só um debate público transparente afasta os fantasmas. Queria convidar todos a deixar os fantasmas no sótão. É lá que devem ficar”. Trata-se de um debate irreversível, repetiu, fazendo uma previsão: “Estou convencido que a área da comunicação no governo Dilma terá o mesmo tratamento que a área de energia teve no primeiro governo Lula”.
Os primeiros meses de 2010 dirão se a previsão poderá ser realizar ou não. O que parece certo é que dificilmente a velha imprensa conseguirá bloquear esse debate usando seus fantasmas empoeirados a acenar com a ameaça da censura, ameaça esta que só vem se materializando nas suas próprias redações.
Siza Vieira é o vencedor do Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura deste ano
11.11.2010 - Maria Lopes
Siza Vieira é o vencedor do Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura deste ano, acaba de anunciar a ministra da Cultura
"Siza Vieira é uma das referências mais marcantes da arquitectura e da cultura contemporâneas", realçou a ministra Gabriela Canavilhas, lembrando alguns dos galardões já ganhos pelo arquitecto.
No ano passado, o autor de obras como o pavilhão de Portugal na Expo-98, o Museu de Serralves e o projecto de renovação do Chiado, recebeu a medalha de Mérito Cultural do ministério agora tutelado por Canavilhas. O seu longo currículo de prémios inclui, por exemplo, em 1998, a medalha de ouro de Arquitectura do Conselho Superior do Colégio de Arquitectos de Madri e o prémio Prince of Wales da Harvard University, assim como o Prémio Pritzker em 1992, "considerado o maior prémio mundial de arquitectura".
Siza Vieira recebe esta tarde, na Universidade Técnica de Lisboa, o grau de doutor honoris causa.
Para Gabriela Canavilhas, a escolha por unanimidade dos seis membros do júri do nome de Siza Vieira para o prémio Luso-Espanhol "é o reconhecimento público" da contribuição do arquitecto para o panorama artístico e cultural português.
O prémio, que vai já na terceira edição e que inclui um troféu de Fernanda Fragateiro e 75 mil suportados pelos Estados português e espanhol, será entregue na cimeira luso-espanhola que se realizará em Janeiro.
Nas edições anteriores o galardão, que distingue uma personalidade que tenha contribuído significativamente para o reforço dos laços culturais entre os dois países, foi entregue ao poeta e tradutor português José Bento em 2006 e em 2008 ao espanhol Perfecto Cuadrado, professor de Filologia Galega e Portuguesa na Universidade das Ilhas Baleares e tradutor de diversas obras portuguesas para castelhano, incluindo a de Fernando Pessoa.
O júri é este ano constituído, em representação do Estado português, pelo arquitecto Manuel Graça Dias, o escritor João de Melo e a jornalista e escritora Clara Ferreira Alves, e pelo lado espanhol pela arquitecta Fuensanta Nieto, a jornalista Pilar del Río, e o jornalista José Manuel Diego Carcedo.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Lei Contra o Candomblé é Aprovada em Piracicaba
ISTO É A PODRIDÃO DO PRECONCEITO NUM PAÍS DE NEGROS, ALÉM DO QUE É INCONSTITUCIONAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Lei Contra o Candomblé é Aprovada em Piracicaba
Câmara Municipal de Piraciba/SP, por unanimidade, com o apoio dos vereadores dos seguintes partidos: PT, PDT, PP, PPS, PTB,PR, PMDB, PRB, PSDB, aprovou em 7/10, o PL 202/2010 do vereador Laércio Trevisan (PR).
Comentários em Piracicaba, informam que o referido PL. é parte de um MOVIMENTO chamado "ALIANÇA PARA A SUPREMACIA CRISTÃ", que tem por objetivo levar este projeto a outras cidades do Estado de São Paulo, depois, independente de quem seja eleito, encaminhar para a Câmara dos Deputados, através de deputados federais dos partidos envolvidos. Estes deputados, no momento, são mantidos no anonimato.
O O referido pela agurda sanção ou veto do Sr. Prefeito Municipal Barjas Negri, por favor mandem e-mail, telefonen para o prefeito/
secretário de governo e demais autoridades solicitando o veto ao PL. tendo em vista que o referido PL. entre outras coisas, atenta contra a liberdade religiosa e fomenta o racismo.
- PREFEITO BARJAS NEGRI - Fone: (19) 3403-1040 E-mail: bnegri@piracicaba.sp.gov.br
- VICE-PREFEITO SÉRGIO DIAS PACHECO - Fone: (19) 3403-1080 viceprefeito@piracicaba.sp. gov.br /spacheco@piracicaba.sp.gov.br
- CHEFE DE GABINETE ISAURA F. B. MAZZUTTI / Fone: (19) 3403-1050/imazzutti@piracicaba.sp.gov.br
- SECRETÁRIO MUNICIPAL DE GOVERNO JOSÉ ANTONIO DE GODOY / Fone: (19) 3403-1055 jagodoy@piracicaba.sp.gov.br
1- Integra do PL. 202/2010;
2- E depois, Nomes, fones, e-mails do vereadores de piracicaba:
1- Íntegra do PL. 202/2010: PROJETO DE LEI Nº 202/10 - Proíbe o uso e o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Município de Piracicaba e dá outras providências.
Art. 1º Fica proibido o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Município de Piracicaba.
Art. 2º O descumprimento do disposto na presente Lei ensejará ao infrator, a multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) dobrado a cada
reincidência.
Parágrafo único A multa a que se refere o caput deste artigo será reajustada, anualmente, com base no índice do INPC – IBGE , adotada pelo Poder Executivo através de Lei.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificativa
Primeiramente cabe ressaltar que independente de credo religioso e o respeito aos costumes de crença, ou seja, barbáreis como sacrifício de animais em rituais religiosos são inconcebíveis, e contraria a nossa Lei maior a qual é a garantia de vida e bons tratos para com os animais .
Precisamos sim, que as pessoas de bem, que gostam de animais, defenda–os, em principal em leis municipais, estaduais e federal
através de seus legisladores.
Por outro lado, compete aos municípios de acordo com a - Constituição Federal – Art. 30 – I – Legislar sobre assuntos de interesse local.
Também cabe ressaltar que, o município pode legislar em assuntos de seu próprio interesse local de acordo com C.F Art. 30 – I e respaldado na lei orgânica do município de Piracicaba – Artigo 25 XXII .
Isto posto, felizmente a consciência de que a proteção aos animais também é uma obrigação do município.
Inobstante em Piracicaba através da Lei n.º 6647/09 já proíbe a instalação de circos que contenha animais, sendo um grande avanço em defesa dos animais.
Somos sabedores que há pessoas que realizam o sacrifício de animais em cultos religiosos, e isso é inaceitável, e deve ser observada com atenção por parte não só desta Casa Legislativa, mas também por todos os municípios .
Assim pelo alcance do Art. 225 d 1º, VII da C.F para a proteção dos animais, o interesse humano social, apresento este Projeto de Lei .
No ensejo, que o mesmo seja aprovado por unanimidade pelos pares, e que caminhemos em direção do bem, da proteção dos animais e os clamores da população e das ONGs de proteção com os animais.
Sala de Reuniões, 21 de junho de 2010.
(a) Laércio Trevisan Júnior
2- Lista dos vereadores:
- André Gustavo Bandeira - PSDB - Gabinete: 3403-6511 / 3403-6512/ andrebandeira@ camarapiracicaba.sp.gov.br /gabineteandrebandeira@ camarapiracicaba.sp.gov.br
- Ary de Camargo Pedroso Jr - PDT- Gabinete: 3403-6513 - 3403-6514/ arypedroso@camarapiracicaba. sp.gov.br
-Bruno Prata - PSDB - Gabinete: 3403-6507 - 3403-6508/ bprata@camarapiracicaba.sp. gov.br
- Capitão Gomes - PP - Gabinete: 3403-6509 / 3403-6510/ capitaogomes@camarapiracicaba. sp.gov.br
- Carlos Alberto Cavalcante PPS - Gabinete: 3403-6541 - 3403-6542 carlosalberto@ camarapiracicaba.sp.gov.br
- João Manoel dos Santos - PTB - Gabinete: 3403-6521 / 3403-6522/ joaomanoel@camarapiracicaba. sp.gov.br
- José Antonio Fernandes Paiva - PT- Gabinete: 3403-6517 - 3403-6518/ paiva@camarapiracicaba.sp.gov. br
-José Aparecido Longatto - PSDB - Gabinete: 3403-6525 / 3403-6526/ longatto@camarapiracicaba.sp. gov.br
- José Benedito Lopes - PDT - Gabinete: 3403-6527 / 3403-6528/ joselopes@camarapiracicaba.sp. gov.br
- José Luiz Ribeiro - PSDB - Gabinete: 3403-6501 / 3403-6502/ joseluiz@camarapiracicaba.sp. gov.br
- José Pedro Leite da Silva - PR - Gabinete: 3403-6531 / 3403-6532/ josepedro@camarapiracicaba.sp. gov.br
- Laércio Trevisan Jr - PR - Gabinete: 3403-6515 - 3403-6516/ trevisanjr@camarapiracicaba. sp.gov.br
- Marcos Antonio de Oliveira - PMDB - Gabinete: 3403-6519 - 3403-6520/ marcosoliveira@ camarapiracicaba.sp.gov.br
- Paulo Henrique Paranhos Ribeiro - PRB - Gabinete: 3403-6533 / 3403-6534/ paulohenrique@ camarapiracicaba.sp.gov.br
- Walter Ferreira da Silva - PPS - Gabinete: 3403-6523 / 3403-6524/ walterferreira@ camarapiracicaba.sp.gov.br
Att.
Maurílio Ferreira da Silva
Movimento Negro Unificado - Campinas/SP/ Presidente do Secretariado de Negros do PSDB Campinas/SP, Membro da Comissão de Religiosos de Matrizes Africanas de Campinas e Região- CRMA
Valter da Mata
(71) 9971-8354
Leia materia completa: Portal Geledés - Lei Contra o Candomblé é Aprovada em Piracicaba
Lei Contra o Candomblé é Aprovada em Piracicaba
Câmara Municipal de Piraciba/SP, por unanimidade, com o apoio dos vereadores dos seguintes partidos: PT, PDT, PP, PPS, PTB,PR, PMDB, PRB, PSDB, aprovou em 7/10, o PL 202/2010 do vereador Laércio Trevisan (PR).
Comentários em Piracicaba, informam que o referido PL. é parte de um MOVIMENTO chamado "ALIANÇA PARA A SUPREMACIA CRISTÃ", que tem por objetivo levar este projeto a outras cidades do Estado de São Paulo, depois, independente de quem seja eleito, encaminhar para a Câmara dos Deputados, através de deputados federais dos partidos envolvidos. Estes deputados, no momento, são mantidos no anonimato.
O O referido pela agurda sanção ou veto do Sr. Prefeito Municipal Barjas Negri, por favor mandem e-mail, telefonen para o prefeito/
secretário de governo e demais autoridades solicitando o veto ao PL. tendo em vista que o referido PL. entre outras coisas, atenta contra a liberdade religiosa e fomenta o racismo.
- PREFEITO BARJAS NEGRI - Fone: (19) 3403-1040 E-mail: bnegri@piracicaba.sp.gov.br
- VICE-PREFEITO SÉRGIO DIAS PACHECO - Fone: (19) 3403-1080 viceprefeito@piracicaba.sp. gov.br /spacheco@piracicaba.sp.gov.br
- CHEFE DE GABINETE ISAURA F. B. MAZZUTTI / Fone: (19) 3403-1050/imazzutti@piracicaba.sp.gov.br
- SECRETÁRIO MUNICIPAL DE GOVERNO JOSÉ ANTONIO DE GODOY / Fone: (19) 3403-1055 jagodoy@piracicaba.sp.gov.br
1- Integra do PL. 202/2010;
2- E depois, Nomes, fones, e-mails do vereadores de piracicaba:
1- Íntegra do PL. 202/2010: PROJETO DE LEI Nº 202/10 - Proíbe o uso e o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Município de Piracicaba e dá outras providências.
Art. 1º Fica proibido o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Município de Piracicaba.
Art. 2º O descumprimento do disposto na presente Lei ensejará ao infrator, a multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) dobrado a cada
reincidência.
Parágrafo único A multa a que se refere o caput deste artigo será reajustada, anualmente, com base no índice do INPC – IBGE , adotada pelo Poder Executivo através de Lei.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificativa
Primeiramente cabe ressaltar que independente de credo religioso e o respeito aos costumes de crença, ou seja, barbáreis como sacrifício de animais em rituais religiosos são inconcebíveis, e contraria a nossa Lei maior a qual é a garantia de vida e bons tratos para com os animais .
Precisamos sim, que as pessoas de bem, que gostam de animais, defenda–os, em principal em leis municipais, estaduais e federal
através de seus legisladores.
Por outro lado, compete aos municípios de acordo com a - Constituição Federal – Art. 30 – I – Legislar sobre assuntos de interesse local.
Também cabe ressaltar que, o município pode legislar em assuntos de seu próprio interesse local de acordo com C.F Art. 30 – I e respaldado na lei orgânica do município de Piracicaba – Artigo 25 XXII .
Isto posto, felizmente a consciência de que a proteção aos animais também é uma obrigação do município.
Inobstante em Piracicaba através da Lei n.º 6647/09 já proíbe a instalação de circos que contenha animais, sendo um grande avanço em defesa dos animais.
Somos sabedores que há pessoas que realizam o sacrifício de animais em cultos religiosos, e isso é inaceitável, e deve ser observada com atenção por parte não só desta Casa Legislativa, mas também por todos os municípios .
Assim pelo alcance do Art. 225 d 1º, VII da C.F para a proteção dos animais, o interesse humano social, apresento este Projeto de Lei .
No ensejo, que o mesmo seja aprovado por unanimidade pelos pares, e que caminhemos em direção do bem, da proteção dos animais e os clamores da população e das ONGs de proteção com os animais.
Sala de Reuniões, 21 de junho de 2010.
(a) Laércio Trevisan Júnior
2- Lista dos vereadores:
- André Gustavo Bandeira - PSDB - Gabinete: 3403-6511 / 3403-6512/ andrebandeira@ camarapiracicaba.sp.gov.br /gabineteandrebandeira@ camarapiracicaba.sp.gov.br
- Ary de Camargo Pedroso Jr - PDT- Gabinete: 3403-6513 - 3403-6514/ arypedroso@camarapiracicaba. sp.gov.br
-Bruno Prata - PSDB - Gabinete: 3403-6507 - 3403-6508/ bprata@camarapiracicaba.sp. gov.br
- Capitão Gomes - PP - Gabinete: 3403-6509 / 3403-6510/ capitaogomes@camarapiracicaba. sp.gov.br
- Carlos Alberto Cavalcante PPS - Gabinete: 3403-6541 - 3403-6542 carlosalberto@ camarapiracicaba.sp.gov.br
- João Manoel dos Santos - PTB - Gabinete: 3403-6521 / 3403-6522/ joaomanoel@camarapiracicaba. sp.gov.br
- José Antonio Fernandes Paiva - PT- Gabinete: 3403-6517 - 3403-6518/ paiva@camarapiracicaba.sp.gov. br
-José Aparecido Longatto - PSDB - Gabinete: 3403-6525 / 3403-6526/ longatto@camarapiracicaba.sp. gov.br
- José Benedito Lopes - PDT - Gabinete: 3403-6527 / 3403-6528/ joselopes@camarapiracicaba.sp. gov.br
- José Luiz Ribeiro - PSDB - Gabinete: 3403-6501 / 3403-6502/ joseluiz@camarapiracicaba.sp. gov.br
- José Pedro Leite da Silva - PR - Gabinete: 3403-6531 / 3403-6532/ josepedro@camarapiracicaba.sp. gov.br
- Laércio Trevisan Jr - PR - Gabinete: 3403-6515 - 3403-6516/ trevisanjr@camarapiracicaba. sp.gov.br
- Marcos Antonio de Oliveira - PMDB - Gabinete: 3403-6519 - 3403-6520/ marcosoliveira@ camarapiracicaba.sp.gov.br
- Paulo Henrique Paranhos Ribeiro - PRB - Gabinete: 3403-6533 / 3403-6534/ paulohenrique@ camarapiracicaba.sp.gov.br
- Walter Ferreira da Silva - PPS - Gabinete: 3403-6523 / 3403-6524/ walterferreira@ camarapiracicaba.sp.gov.br
Att.
Maurílio Ferreira da Silva
Movimento Negro Unificado - Campinas/SP/ Presidente do Secretariado de Negros do PSDB Campinas/SP, Membro da Comissão de Religiosos de Matrizes Africanas de Campinas e Região- CRMA
Valter da Mata
(71) 9971-8354
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Videojogo em que se pode "matar" Fidel Castro causa indignação em Cuba
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POR PÚBLICO PORTUGAL
É um videojogo, mas não é só um jogo. Está a causar indignação em Cuba porque um dos desafios é matar... Fidel Castro.
Fidel Castro é um dos alvos em Call of Duty: Black Ops (Desmond Boylan/Reuters)
O videojogo Call of Duty: Black Ops foi lançado esta semana e deverá ser um sucesso, tendo em conta o êxito das edições anteriores e o facto de ter registado vendas de 360 milhões de dólares nas primeiras 24 horas nos Estados Unidos e Reino Unido, segundo o "Wall Street Journal". Tem como pano de fundo a Guerra Fria, leva os jogadores a combater na Rússia, no Vietname ou em Cuba. E é nas ruas de Havana que os soldados virtuais terão como tarefa perseguir e matar o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro.
Em Cuba a resposta indignada não se fez esperar. “O que o Governo norte-americano não conseguiu em mais de 50 anos quer agora conseguir virtualmente”, lia-se ontem no “site” Cubadebate, próximo do regime. O jogo “glorifica as intenções actuais dos Estados Unidos de matar Castro e estimula atitudes sociopatas entre a juventude norte-americana”.
No texto publicado no Cubadebate é também referido que o novo Call of Duty reflecte a realidade e que houve cerca de 600 tentativas para matar Fidel Castro desde que assumiu o poder em Cuba, em 1959. Para o “site”, este jogo é também uma tentativa de legitimar um assassínio em nome do entretenimento.
Fidel Castro, hoje com 84 anos, é o primeiro secretário do Partido Comunista Cubano mas deixou a presidência em 2008, quando o Governo passou a ser liderado pelo irmão mais novo, Raúl Castro.
Call of Duty: Black Ops é o sétimo jogo de uma série criada pela Treyarch, e não é o primeiro a gerar controvérsia. Ainda no mês passado o jogo Medal of Honor foi banido de bases militares norte-americanas por permitir aos jogadores desempenhar o papel de um combatente taliban, sublinhou a BBC.
POR PÚBLICO PORTUGAL
É um videojogo, mas não é só um jogo. Está a causar indignação em Cuba porque um dos desafios é matar... Fidel Castro.
Fidel Castro é um dos alvos em Call of Duty: Black Ops (Desmond Boylan/Reuters)
O videojogo Call of Duty: Black Ops foi lançado esta semana e deverá ser um sucesso, tendo em conta o êxito das edições anteriores e o facto de ter registado vendas de 360 milhões de dólares nas primeiras 24 horas nos Estados Unidos e Reino Unido, segundo o "Wall Street Journal". Tem como pano de fundo a Guerra Fria, leva os jogadores a combater na Rússia, no Vietname ou em Cuba. E é nas ruas de Havana que os soldados virtuais terão como tarefa perseguir e matar o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro.
Em Cuba a resposta indignada não se fez esperar. “O que o Governo norte-americano não conseguiu em mais de 50 anos quer agora conseguir virtualmente”, lia-se ontem no “site” Cubadebate, próximo do regime. O jogo “glorifica as intenções actuais dos Estados Unidos de matar Castro e estimula atitudes sociopatas entre a juventude norte-americana”.
No texto publicado no Cubadebate é também referido que o novo Call of Duty reflecte a realidade e que houve cerca de 600 tentativas para matar Fidel Castro desde que assumiu o poder em Cuba, em 1959. Para o “site”, este jogo é também uma tentativa de legitimar um assassínio em nome do entretenimento.
Fidel Castro, hoje com 84 anos, é o primeiro secretário do Partido Comunista Cubano mas deixou a presidência em 2008, quando o Governo passou a ser liderado pelo irmão mais novo, Raúl Castro.
Call of Duty: Black Ops é o sétimo jogo de uma série criada pela Treyarch, e não é o primeiro a gerar controvérsia. Ainda no mês passado o jogo Medal of Honor foi banido de bases militares norte-americanas por permitir aos jogadores desempenhar o papel de um combatente taliban, sublinhou a BBC.
La Bienal de Arte Europeo Contemporáneo aterriza en España
Antiguo Edificio del Correo
19-10-2010 / Manifesta 8 destaca lo mejor del pensamiento, de la investigación y de la experimentación creativa, contando con artistas individuales y comunidades artísticas procedentes de todo el continente y con experiencias distintas, este año prestando especial atención al diálogo entre Europa y el Norte de África.
Por Cristina Civale
Manifesta, la Bienal Europea de Arte Contemporáneo, cambia de parada cada dos años -Rotterdam (1996), Luxemburgo (1998), Ljubljana (2000), Frankfurt (2002), San Sebastián (2004), Nicosia (2006) Trentino (2008) y Murcia en diálogo con Africa del Norte en esta flamante edición que arrancó el 9 de octubre y cerrará el 9 de enero de 2011. Su nomadismo es su marca registrada y una apuesta a la libertad expresiva, si semejante cosa es posible…
Manifesta surgió en Holanda en 1990 fundada por la crítica y curadora Hedwig Fijen. Fijen defendió con uñas y dientes la inversión de 3 millones de euros que realizó la región española para que Manifesta 8 esté teniendo lugar. Se valió de la comprobada rentabilidad de las últimas bienales donde sponsors y público no sólo amortizaron la inversión sino que generaron ganancias. Fijen está segura de que la experiencia se repetirá en esta edición que toma las ciudades de Murcia y Cartagena para los cientos de exhibiciones, conferencias, seminarios –llamados Coffe breaks-, ediciones de libros y catálogos que tendrán lugar a lo largo de los próximos dos años. Como en la última edición que tuvo lugar en Italia, se contempla un evento paralelo para incluir a los artistas de la región que no participen de Manifesta. De este modo, se espera limar las posibles asperezas con la región y la suspicacia de las elecciones. Como bien apunta Fijen, no todos “los artistas murcianos podrán estar presentes en el evento” ya que es una fiesta del arte europeo y, si bien busca ubicarse en ciudades no centrales de cada uno de los países donde recala, no es un evento local sino que tiene otras dimensiones, inmensas. Como evento artístico nómada que es, trabaja en un proceso de diálogo abierto, emprendiendo proyectos internacionales en colaboración. Intenta de este modo aportar una nueva dimensión a una amplio abanico de iniciativas organizadas de modo independiente con el objetivo de desarrollar nuevos públicos para el arte contemporáneo, estimulando, a su vez, distintas maneras de abordar la producción artística y la exposición. Sus programas están diseñados para ofrecer, tanto a los artistas como a los curadores, la mayor libertad posible a la hora de experimentar con nuevos métodos de trabajo y formas de comunicar con el público.
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19-10-2010 / Manifesta 8 destaca lo mejor del pensamiento, de la investigación y de la experimentación creativa, contando con artistas individuales y comunidades artísticas procedentes de todo el continente y con experiencias distintas, este año prestando especial atención al diálogo entre Europa y el Norte de África.
Por Cristina Civale
Manifesta, la Bienal Europea de Arte Contemporáneo, cambia de parada cada dos años -Rotterdam (1996), Luxemburgo (1998), Ljubljana (2000), Frankfurt (2002), San Sebastián (2004), Nicosia (2006) Trentino (2008) y Murcia en diálogo con Africa del Norte en esta flamante edición que arrancó el 9 de octubre y cerrará el 9 de enero de 2011. Su nomadismo es su marca registrada y una apuesta a la libertad expresiva, si semejante cosa es posible…
Manifesta surgió en Holanda en 1990 fundada por la crítica y curadora Hedwig Fijen. Fijen defendió con uñas y dientes la inversión de 3 millones de euros que realizó la región española para que Manifesta 8 esté teniendo lugar. Se valió de la comprobada rentabilidad de las últimas bienales donde sponsors y público no sólo amortizaron la inversión sino que generaron ganancias. Fijen está segura de que la experiencia se repetirá en esta edición que toma las ciudades de Murcia y Cartagena para los cientos de exhibiciones, conferencias, seminarios –llamados Coffe breaks-, ediciones de libros y catálogos que tendrán lugar a lo largo de los próximos dos años. Como en la última edición que tuvo lugar en Italia, se contempla un evento paralelo para incluir a los artistas de la región que no participen de Manifesta. De este modo, se espera limar las posibles asperezas con la región y la suspicacia de las elecciones. Como bien apunta Fijen, no todos “los artistas murcianos podrán estar presentes en el evento” ya que es una fiesta del arte europeo y, si bien busca ubicarse en ciudades no centrales de cada uno de los países donde recala, no es un evento local sino que tiene otras dimensiones, inmensas. Como evento artístico nómada que es, trabaja en un proceso de diálogo abierto, emprendiendo proyectos internacionales en colaboración. Intenta de este modo aportar una nueva dimensión a una amplio abanico de iniciativas organizadas de modo independiente con el objetivo de desarrollar nuevos públicos para el arte contemporáneo, estimulando, a su vez, distintas maneras de abordar la producción artística y la exposición. Sus programas están diseñados para ofrecer, tanto a los artistas como a los curadores, la mayor libertad posible a la hora de experimentar con nuevos métodos de trabajo y formas de comunicar con el público.
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Caleidoscópio -Botucatu-SP- Apoio Sec Da Cultura do Município
19º Caleidoscópio
Sítio Beira Serra
Domingo, 7 de Novembro
Pois é, já estamos no 19º Caleidoscópio.
E o melhor é que está imperdível. É uma ocasião para encontrar amigos e curtir arte e
cultura à sombra das árvores ou no velho terreiro de café.
Poesia, música, cinema, escultura, dança circular, oficinas, coral, histórias, bate-papos, ...
Teatro, terapia comunitária, malabares, xadrez gigante, capoeira, artesanato nas mais variadas formas, ...
E fazeres tradicionais: veja como podem ser feitos por exemplo o sabão,
o tijolo de adobe e a destilação de cachaça.
Além disso você pode ter idéias para seus presentes de Natal e até já fazer algumas compras.
Domingo, 7 de Novembro, das 10 às 18 horas
Ingresso R$2,50
Sítio Beira Serra
Rod. Alcides Soares, km 2,5
fone 3814 5970, c/ Cristina ou 3882 1444, c/ Maria Amália
beiraserra@uol.com.br
domingo, 7 de novembro de 2010
CALEIDOSCÓPIO ACONTECE EM BOTUCATU
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Theotonio dos Santos escreve carta aberta a FHC
-ESTE É O FERNADINHO QUE AS PESSOAS NÃO CONHECEM------------LEIAM E REFLITAM---------------
O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999. Outro mito é que seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Um governo que elevou a dívida pública do Brasil de 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? O artigo é de Theotonio dos Santos.
Theotonio dos Santos
Meu caro Fernando,
Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960. A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete contudo este debate teórico. Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, já no começo do seu governo, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependencia: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000).
Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.
O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartilhar com você... Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário.
No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese?
Conclusões: O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.
Segundo mito; Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.
E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. Um governo que chegou a pagar 50% ao ano de juros por seus títulos para, em seguida, depositar os investimentos vindos do exterior em moeda forte a juros nominais de 3 a 4%, não pode fugir do fato de que criou uma dívida colossal só para atrair capitais do exterior para cobrir os déficits comerciais colossais gerados por uma moeda sobrevalorizada que impedia a exportação, agravada ainda mais pelos juros absurdos que pagava para cobrir o déficit que gerava.
Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou dráticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. Vergonha, Fernando. Muita vergonha. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identificar com o seu governo...te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.
Terceiro mito - Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição ns 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia.
Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em conseqüência deste fracasso colossal de sua política macro-econômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa.
Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar... Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este país.
Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso fazê-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.
Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o vedadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.
Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a freqüentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.
Com a melhor disposição possível mas com amor à verdade, me despeço
thdossantos@terra.com.br
http://theotoniodossantos.blogspot.com/
(*) Theotonio Dos Santos é Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense, Presidente da Cátedra da UNESCO e da Universidade das Nações Unidas sobre economia global e desenvolvimentos sustentável. Professor visitante nacional sênior da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Fonte: Carta Maior
O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999. Outro mito é que seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Um governo que elevou a dívida pública do Brasil de 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? O artigo é de Theotonio dos Santos.
Theotonio dos Santos
Meu caro Fernando,
Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960. A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete contudo este debate teórico. Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, já no começo do seu governo, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependencia: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000).
Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.
O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartilhar com você... Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário.
No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese?
Conclusões: O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.
Segundo mito; Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.
E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. Um governo que chegou a pagar 50% ao ano de juros por seus títulos para, em seguida, depositar os investimentos vindos do exterior em moeda forte a juros nominais de 3 a 4%, não pode fugir do fato de que criou uma dívida colossal só para atrair capitais do exterior para cobrir os déficits comerciais colossais gerados por uma moeda sobrevalorizada que impedia a exportação, agravada ainda mais pelos juros absurdos que pagava para cobrir o déficit que gerava.
Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou dráticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. Vergonha, Fernando. Muita vergonha. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identificar com o seu governo...te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.
Terceiro mito - Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição ns 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia.
Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em conseqüência deste fracasso colossal de sua política macro-econômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa.
Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar... Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este país.
Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso fazê-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.
Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o vedadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.
Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a freqüentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.
Com a melhor disposição possível mas com amor à verdade, me despeço
thdossantos@terra.com.br
http://theotoniodossantos.blogspot.com/
(*) Theotonio Dos Santos é Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense, Presidente da Cátedra da UNESCO e da Universidade das Nações Unidas sobre economia global e desenvolvimentos sustentável. Professor visitante nacional sênior da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Fonte: Carta Maior
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