sábado, 11 de setembro de 2010
Teatro da Boa Vista -RECIFE - PE-reabre para o grande público neste domingo
Teatro da Boa Vista reabre para o grande público neste domingo
Publicado em 11.09.2010, às 13h00
Do JC Online
Depois de 23 anos fora do circuito tradicional, o Teatro da Boa Vista reabre para o grande público neste domigo (12), com o espetáculo musical Sonho de Primavera, às 10h, na linha infanto-juvenil e há seis anos em cartaz. Durante dois meses a casa passou por reformas na rede elétrica e iluminação, além de receber climatização. Foram investidos R$ 200 mil, parceria entre a Rede Salesiana do Recife - o teatro é patrimônio do Colégio Salesiano - e a Chocolate Produções Artísticas.
O teatro Boa Vista foi inaugurado em 1987 mas nunca fez parte do circuito cultural do Recife. A maior demanda era por reuniões de empresas, eventos e atividades do próprio colégio. "O Salesiano já tinha esse desejo de abrir as portas do teatro para receber peças populares e abrigar o grande público. Conversamos com alguns interessados no projeto até fechar parceria com a Chocolate Produções Artísticas (produtora do Palhaço)", disse o gestor da rede salesiana, Padre João Carlos Ribeiro.
O primeiro espetáculo é uma montagem com temática ecológica e conta a história de duas amigas com gostos diferentes: uma apaixonada pela natureza e outra por shopping centers.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Fotogaleria: Rio, palcos e música em Paredes de Coura
Fotogaleria: Rio, palcos e música em Paredes de Coura
As salmonelas do rio Tabuão não afastaram os banhistas. O cartaz, mais fraco que o habitual, também não afastou o público. Foram quatro dias de música, animação e muito calor no Festival de Paredes de Coura.
As salmonelas do rio Tabuão não afastaram os banhistas. O cartaz, mais fraco que o habitual, também não afastou o público. Foram quatro dias de música, animação e muito calor no Festival de Paredes de Coura.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
SAMBA CLÁSSICO
CLIQUE NO TÍTULO E VÁ AO ORIGINAL
VivaMúsica! O dia 5 de março de 2011 cai em um sábado de carnaval. Que tal celebrar o Dia Nacional da Música Clássica em um bloco de rua no carnaval do Rio de Janeiro?
VivaMúsica! teve essa ideia, junto com um grupo de músicos de orquestras cariocas. O bloco tocaria marchinhas com instrumentação clássica e também algumas obras de repertório de concertos.
O primeiro passo para viabilizar a ideia é escolher o nome do bloco, para poder cadastrá-lo na programação oficial do carnaval de rua do Rio.
As opções de nome são:
>> Filhos da batuta
>> Feitiço do Villa
>> Sou clássico, mas sambo
Qual você prefere?
Envie seu voto até 20 de setembro por este tópico do Facebook ou pelo email bloco@vivamusica.com.br. Convide seus amigos a participar também! Será uma maneira nova e divertida de celebrar Villa-Lobos no carnaval carioca.
Um P.S. importante: Villa-Lobos gostava muito de carnaval e chegou a organizar um bloco de rua, o Sôdade do Cordão, em 1940.
há ± 1 semana · Denunciar
VivaMúsica! O dia 5 de março de 2011 cai em um sábado de carnaval. Que tal celebrar o Dia Nacional da Música Clássica em um bloco de rua no carnaval do Rio de Janeiro?
VivaMúsica! teve essa ideia, junto com um grupo de músicos de orquestras cariocas. O bloco tocaria marchinhas com instrumentação clássica e também algumas obras de repertório de concertos.
O primeiro passo para viabilizar a ideia é escolher o nome do bloco, para poder cadastrá-lo na programação oficial do carnaval de rua do Rio.
As opções de nome são:
>> Filhos da batuta
>> Feitiço do Villa
>> Sou clássico, mas sambo
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Um P.S. importante: Villa-Lobos gostava muito de carnaval e chegou a organizar um bloco de rua, o Sôdade do Cordão, em 1940.
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quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Um dos últimos cangaceiros do bando de Lampião morre em BH
BY TERRA
07 de setembro de 2010 • 14h38 • atualizado às 14h41
Fotos
O casal Moreno (de pé) e Durvinha; ele entrou no bando a convite do cangaceiro Virgulino
Foto: Ney Rubens/Especial para Terra
NEY RUBENS
Direto de Belo Horizonte
Um dos últimos cangaceiros do bando de Lampião e Maria Bonita, José Antônio Souto, 100 anos, morreu na tarde desta segunda-feira em Belo Horizonte, onde morava com a família. Moreno, como era conhecido no cangaço, entrou para o bando a convite do cangaceiro Virgulino, um dos integrantes do grupo, depois de ser barbeiro, caseiro e três vezes rejeitado pela polícia. O corpo de Moreno foi enterrado na manhã desta terça-feira no cemitério da Saudade, na capital mineira.
Ele vivia em Minas Gerais há 70 anos e segundo familiares veio para o Estado procurar tranqüilidade para viver com a mulher, Jovina Maria da Conceição, conhecida com Durvinha. Em 2008, o cangaceiro contou para o Terra que havia deixado o cangaço após os pais, amigos e um padre pedirem para eles abandonarem a vida cheia de riscos. Além disso, segundo a família, Durvinha tinha medo de ser degolada.
Segundo Nely Maria da Conceição, 60 anos, filha do casal, o pai já pedia para morrer há mais de dois anos, sempre chamando pela mãe. "Depois da morte de mamãe em 2008 meu pai entrou em depressão e sempre falava assim 'Mãezinha vem em me buscar. Já vi tudo que tinha pra ver. Quero encontrar Durvinh' ele estava sofrendo muito" disse.
Nely ainda conta que o fato de tanto Moreno quanto Durvinha serem enterrados em túmulos era considerado uma benção pelo pai. "Ele nos contava que no cangaço decapitavam os cangaceiros, mostravam a cabeça para o público e deixavam os corpos perdidos. Para meu pai, ser enterrado em um cemitério era uma coisa muito boa, uma benção. Por isso resolvemos fazer o que ele pediu, soltar foguetes no momento do sepultamento" afirmou.
A família ficou sabendo a verdadeira história do casal apenas em 2005, depois que Moreno, com problemas de saúde, revelou ter matado muitas pessoas e que abandonara um filho. Noeli da Conceição, uma das filhas do casal, também conversou com o Terra em 2008 e disse que chorou muito depois que descobriu o passado dos pais. "Eu estudei tudo aquilo que era o cangaço, sabia das atrocidades que eram cometidas, e meu pai me contou que fazia parte deles. Fiquei chocada. Fui para o banheiro, chorei muito e liguei para o meu namorado para contar a descoberta", contou.
A partir desse ponto, Noeli encontrou o primeiro filho do casal, Inácio Carvalho de Oliveira, que hoje vive no Rio Janeiro como policial aposentado. Ele também esteve no enterro. O casal de ex-cangaceiros também recebeu homenagem em um livro "Morenos e Durvinha, amor e fuga no cangaço" escrito por João de Souza Lima.
07 de setembro de 2010 • 14h38 • atualizado às 14h41
Fotos
O casal Moreno (de pé) e Durvinha; ele entrou no bando a convite do cangaceiro Virgulino
Foto: Ney Rubens/Especial para Terra
NEY RUBENS
Direto de Belo Horizonte
Um dos últimos cangaceiros do bando de Lampião e Maria Bonita, José Antônio Souto, 100 anos, morreu na tarde desta segunda-feira em Belo Horizonte, onde morava com a família. Moreno, como era conhecido no cangaço, entrou para o bando a convite do cangaceiro Virgulino, um dos integrantes do grupo, depois de ser barbeiro, caseiro e três vezes rejeitado pela polícia. O corpo de Moreno foi enterrado na manhã desta terça-feira no cemitério da Saudade, na capital mineira.
Ele vivia em Minas Gerais há 70 anos e segundo familiares veio para o Estado procurar tranqüilidade para viver com a mulher, Jovina Maria da Conceição, conhecida com Durvinha. Em 2008, o cangaceiro contou para o Terra que havia deixado o cangaço após os pais, amigos e um padre pedirem para eles abandonarem a vida cheia de riscos. Além disso, segundo a família, Durvinha tinha medo de ser degolada.
Segundo Nely Maria da Conceição, 60 anos, filha do casal, o pai já pedia para morrer há mais de dois anos, sempre chamando pela mãe. "Depois da morte de mamãe em 2008 meu pai entrou em depressão e sempre falava assim 'Mãezinha vem em me buscar. Já vi tudo que tinha pra ver. Quero encontrar Durvinh' ele estava sofrendo muito" disse.
Nely ainda conta que o fato de tanto Moreno quanto Durvinha serem enterrados em túmulos era considerado uma benção pelo pai. "Ele nos contava que no cangaço decapitavam os cangaceiros, mostravam a cabeça para o público e deixavam os corpos perdidos. Para meu pai, ser enterrado em um cemitério era uma coisa muito boa, uma benção. Por isso resolvemos fazer o que ele pediu, soltar foguetes no momento do sepultamento" afirmou.
A família ficou sabendo a verdadeira história do casal apenas em 2005, depois que Moreno, com problemas de saúde, revelou ter matado muitas pessoas e que abandonara um filho. Noeli da Conceição, uma das filhas do casal, também conversou com o Terra em 2008 e disse que chorou muito depois que descobriu o passado dos pais. "Eu estudei tudo aquilo que era o cangaço, sabia das atrocidades que eram cometidas, e meu pai me contou que fazia parte deles. Fiquei chocada. Fui para o banheiro, chorei muito e liguei para o meu namorado para contar a descoberta", contou.
A partir desse ponto, Noeli encontrou o primeiro filho do casal, Inácio Carvalho de Oliveira, que hoje vive no Rio Janeiro como policial aposentado. Ele também esteve no enterro. O casal de ex-cangaceiros também recebeu homenagem em um livro "Morenos e Durvinha, amor e fuga no cangaço" escrito por João de Souza Lima.
sábado, 4 de setembro de 2010
Brasile/ L'ex guerrigliera straccia il presidente Lula
Continuaremos coma Visibilidade Internacional -e mostrando que nossa luta dos anos sessenta já ha muito tempo produz seus efeitos.Não lutamos em vão!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! VIVA DILMA E A FRENTE ........................................
Brasile/ L'ex guerrigliera straccia il presidente Lula
Venerdí 03.09.2010 12:00
Brasile in fermento in vista delle elezioni presidenziali del prossimo 3 ottobre. Secondo gli ultimi sondaggi, Dilma Rousseff, candidata della coalizione al governo di centrosinistra, supererebbe come numero di voti il suo Pigmalione politico, il presidente Luiz Inacio Lula da Silva, che ha lanciato la sua candidatura perche' possa succedergli nel Planalto. Lo rende l'agenzia di sondaggi Ibope. Dilma, 63 anni, ex guerrigliera ed ex capo del gabinetto dei ministri, otterrebbe oltre 60 milioni di voti. Quasi due piu' di Lula nelle elezioni del 2006.
Dilma Rousseff e Lula
Ma non solo. Mentre Lula si e' aggiudicato il secondo mandato nel ballottaggio, Dilma, che secondo Ibope, ha ormai il 51% delle intenzioni di voto contro il 25% del suo piu' diretto avversario, l'ex governatore di San Paolo, Jose' Serra, s'imporrebbe gia' al primo turno. Trascinata dalla intatta popolarita' di Lula, che s'aggira da tempo attorno all'80%, la cavalcata dell'ex guerrigliera non ha avuto sosta. Agli inizi dell'anno, lei e Serra erano dati alla pari. Poi via via lo ha superato in modo impressionante: dal 17 agosto ad oggi i suoi consensi sono aumentati di ben cinque punti, mentre il rivale, in corsa per il centrodestra, ma deciso conservatore, ne ha persi quattro.
"'Vincere al primo turno rafforzerebbe la democrazia", ha assicurato sabato la Rousseff, che Lula ha paragonato a Nelson Mandela e gli avversari al venezuelano Hugo Chavez. Lei, nel suo primo spot elettorale ha parlato del suo passato di guerrigliera durante la dittatura (e' stata in carcere ed e' stata torturata). Lo stesso Serra, che ha appena ingaggiato l'esperto indiano Ravi Sing dell'ElectionMall di Washington per tentare di risalire la china, battera' proprio su questo tasto, per evitare una sconfitta che significherebbe la sua morte politica. Ma la Rousseff e Lula ('Se viene eletta, non saro' solo un suo aiutante', ha anticipato) sembrano sicuri della vittoria. Tanto che a Brasilia gia' sono cominciati i giochi per chi fara' parte del suo governo. 'Potrei continuare nell'incarico', ha detto il ministro degli esteri, Celso Amorim. L'opposizione, dato che il trionfo della Rousseff significherebbe 12 anni di potere per il Partito dei lavoratori (Pt) - che potrebbero diventare 16 perche' Lula ha gia' avvertito che si ricandidera' nel 2014 - gia' parla di 'minaccia per la democrazia' e di 'deriva messicana', in riferimento al Partito rivoluzionario istituzionale che resto' al potere oltre 70 anni.
Dilma Rousseff, da guerrigliera a presidente
Una donna, di origini tedesche ed ex guerrigliera durante la dittatura militare negli anni '60, detenuta in carcere per tre anni e torturata. Si chiama Dilma Rousseff e potrebbe essere lei a succedere Luiz Inácio Lula da Silva alla presidenza del Brasile. Diventerebbe la prima donna presidente del più popoloso paese del Sudamerica. Come già accade in Argentina e in Germania.
Si tratta di una candidatura che ha molte chance soprattutto dopo gli scandali di corruzione che nel 2005 hanno travolto i vertici del partito dei Lavoratori (Pt, partito de los Trabajadores), spazzando via i possibili candidati a succedere Lula.
Dilma Rousseff ha infatti preso il posto di José Dirceu, il primo ministro in ordine di tempo a finire nella bufera e costretto a dimettersi perché responsabile dello scandalo di corruzione. Dilma ha tutte le carte in regole per succedere all'ex sindacalista e soprattutto ha dalla sua parte lo stesso presidente. Lula ha infatti fatto sapere che non sarà neutrale alle prossime elezioni del 2010 e che farà campagna elettorale per il "suo" candidato.
Rouseff è considerata un bravo amministratore, austera, precisa. Che gode del rispetto e anche di un certo timore dei colleghi maschi. E' stata definita "un personaggio politico, calcolatamente politico" e con un gran umorismo, come ha scritto una giornalista di Folha de São Paulo, Eliane Cantanhéde. E' una sostenitrice dell'aborto e del matrimonio tra omosessuali, tematiche che però non hanno il beneplacito del suo partito, perché sono "questioni di salute pubblica", ha affermato. Ma è il suo passato a conferirle un'aurea speciale. Per la sua lotta contro la dittatura e a favore della democrazia.
Brasile/ L'ex guerrigliera straccia il presidente Lula
Venerdí 03.09.2010 12:00
Brasile in fermento in vista delle elezioni presidenziali del prossimo 3 ottobre. Secondo gli ultimi sondaggi, Dilma Rousseff, candidata della coalizione al governo di centrosinistra, supererebbe come numero di voti il suo Pigmalione politico, il presidente Luiz Inacio Lula da Silva, che ha lanciato la sua candidatura perche' possa succedergli nel Planalto. Lo rende l'agenzia di sondaggi Ibope. Dilma, 63 anni, ex guerrigliera ed ex capo del gabinetto dei ministri, otterrebbe oltre 60 milioni di voti. Quasi due piu' di Lula nelle elezioni del 2006.
Dilma Rousseff e Lula
Ma non solo. Mentre Lula si e' aggiudicato il secondo mandato nel ballottaggio, Dilma, che secondo Ibope, ha ormai il 51% delle intenzioni di voto contro il 25% del suo piu' diretto avversario, l'ex governatore di San Paolo, Jose' Serra, s'imporrebbe gia' al primo turno. Trascinata dalla intatta popolarita' di Lula, che s'aggira da tempo attorno all'80%, la cavalcata dell'ex guerrigliera non ha avuto sosta. Agli inizi dell'anno, lei e Serra erano dati alla pari. Poi via via lo ha superato in modo impressionante: dal 17 agosto ad oggi i suoi consensi sono aumentati di ben cinque punti, mentre il rivale, in corsa per il centrodestra, ma deciso conservatore, ne ha persi quattro.
"'Vincere al primo turno rafforzerebbe la democrazia", ha assicurato sabato la Rousseff, che Lula ha paragonato a Nelson Mandela e gli avversari al venezuelano Hugo Chavez. Lei, nel suo primo spot elettorale ha parlato del suo passato di guerrigliera durante la dittatura (e' stata in carcere ed e' stata torturata). Lo stesso Serra, che ha appena ingaggiato l'esperto indiano Ravi Sing dell'ElectionMall di Washington per tentare di risalire la china, battera' proprio su questo tasto, per evitare una sconfitta che significherebbe la sua morte politica. Ma la Rousseff e Lula ('Se viene eletta, non saro' solo un suo aiutante', ha anticipato) sembrano sicuri della vittoria. Tanto che a Brasilia gia' sono cominciati i giochi per chi fara' parte del suo governo. 'Potrei continuare nell'incarico', ha detto il ministro degli esteri, Celso Amorim. L'opposizione, dato che il trionfo della Rousseff significherebbe 12 anni di potere per il Partito dei lavoratori (Pt) - che potrebbero diventare 16 perche' Lula ha gia' avvertito che si ricandidera' nel 2014 - gia' parla di 'minaccia per la democrazia' e di 'deriva messicana', in riferimento al Partito rivoluzionario istituzionale che resto' al potere oltre 70 anni.
Dilma Rousseff, da guerrigliera a presidente
Una donna, di origini tedesche ed ex guerrigliera durante la dittatura militare negli anni '60, detenuta in carcere per tre anni e torturata. Si chiama Dilma Rousseff e potrebbe essere lei a succedere Luiz Inácio Lula da Silva alla presidenza del Brasile. Diventerebbe la prima donna presidente del più popoloso paese del Sudamerica. Come già accade in Argentina e in Germania.
Si tratta di una candidatura che ha molte chance soprattutto dopo gli scandali di corruzione che nel 2005 hanno travolto i vertici del partito dei Lavoratori (Pt, partito de los Trabajadores), spazzando via i possibili candidati a succedere Lula.
Dilma Rousseff ha infatti preso il posto di José Dirceu, il primo ministro in ordine di tempo a finire nella bufera e costretto a dimettersi perché responsabile dello scandalo di corruzione. Dilma ha tutte le carte in regole per succedere all'ex sindacalista e soprattutto ha dalla sua parte lo stesso presidente. Lula ha infatti fatto sapere che non sarà neutrale alle prossime elezioni del 2010 e che farà campagna elettorale per il "suo" candidato.
Rouseff è considerata un bravo amministratore, austera, precisa. Che gode del rispetto e anche di un certo timore dei colleghi maschi. E' stata definita "un personaggio politico, calcolatamente politico" e con un gran umorismo, come ha scritto una giornalista di Folha de São Paulo, Eliane Cantanhéde. E' una sostenitrice dell'aborto e del matrimonio tra omosessuali, tematiche che però non hanno il beneplacito del suo partito, perché sono "questioni di salute pubblica", ha affermato. Ma è il suo passato a conferirle un'aurea speciale. Per la sua lotta contro la dittatura e a favore della democrazia.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
A comunicação no trânsito
Será que sabemos disto?
Temos consciência?
Sabemos fazer usos dos signos-símbolos para nos comunicarmos entre carros e carros?
Entre pedestres e carros?
Penso que não.
Vamos observar melhor?
Os detrans nacionais não buscam a consciência disto, usam símbolos, signos, mas cobram muito mal e mais, não educam para o trânsito.agora fatuam com as multas.
Os ricos se acham donos das vias públicas, não respeitam a sinalização e se ofendem até o se o semáforo fecha para eles.
Como um ônibus para a burguesia pode atrapalhar o trânsito, pensam eles.
Como um fusquinha pode estar na minha dianteira diante do meu importado?
O pedestre por sua vez é atropelado na calçada, aliás existe calçada em São Paulo?
Onde andam as prefeituras e a fiscalização das calçadas?
Quebra-se o pé, torcemos os tornozelos, acidentamos-nos por rebaixamentos feitos sem legalidade e assim vai.
Ha sinalização em calçadas para o pedestre informando rua perigosa de alto fluxo, saídas de automóveis?
Como nos comunicamos numa cidade como esta-de São Paulo- ?
Somos analfabetos e o horror se prolifera!
Não sabemos e não podemos nos comunicar!
SEJA GENTIL, POR UMA VIDA MELHOR
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Londres alberga la primera exposición de arte enteramente comestible
Londres alberga la primera exposición de arte enteramente comestible
Las materias primas son azúcar, galletas y chocolate. La muestra "Cake Britain" alude a la fiesta del té de Alicia en el País de la Maravillas.
MATERIALES. Azúcar, galletas y chocolate sustituyen a los óleos y lienzos bajo el concepto "Mad Artists Tea Party" ("La fiesta del té de los artistas locos") que ha dado lugar a "Cake Britain", la muestra.
Los artistas británicos más golosos han aunado fuerzas con los reposteros más creativos para organizar una exposición de arte comestible que podrá visitarse desde hoy viernes hasta el próximo domingo en la capital británica.
Azúcar, galletas y chocolate han sustituido a los tradicionales óleos, lienzos y escayolas como materias primas para la creación artística bajo el concepto Mad Artists Tea Party (La fiesta del té de los artistas locos) que ha dado lugar a Cake Britain, la primera exposición de arte completamente comestible.
En un guiño a la fiesta del té más célebre de la historia de la literatura, una pequeña escultura con Alicia en el País de la Maravillas como protagonista preside la exposición en la galería The Future Gallery de Londres. En la pared, la cabeza de un reno de galleta con virutas de chocolate da una vuelta de tuerca a la decoración más tradicional.
En este festival de lo dulce no podía faltar la producción repostera por excelencia: una tarta nupcial con varios pisos y más de metro y medio de altura en la que, para no desentonar en originalidad con el resto de esculturas comestibles, sorprende un reloj de cuco que sobresale de uno de los pisos. Y para que los visitantes no se olviden de que no todo lo apetitoso tiene por qué tener aspecto azucarado, unas pequeñas hamburguesas con patatas fritas hechas con bizcocho y azúcar destacan entre la serie de creaciones inspiradas en la repostería.
David A. Smith, considerado por la prensa británica uno de los "artistas jóvenes más prometedores", Prudence Staite, experta en crear cualquier cosa imaginable a partir de comida, y Jellymonger-Bompar & Parr, que diseñan espectaculares montajes culinarios, a veces a escala arquitectónica, son algunos de los creadores presentes en esta exposición con fines benéficos.
Aunque la entrada es gratuita, los visitantes pueden hacer donaciones que irán destinadas a varias organizaciones benéficas británicas para objetivos como el apoyo a niños con enfermedades terminales o el comercio justo. Como muchas otras exposiciones, las obras de arte de la muestra están a la venta, aunque este es el único caso en el que, tras la compra, las creaciones tienen más posibilidades de acabar en los estómagos que en las casas de los compradores.
Fuente: EFE y La Vanguardia.
O SONHO DE DRUMMOND
O SONHO DE DRUMMOND
RAMON MELLO RAMON MELLO EM 8:02 PM 0 COMENTÁRIOS
um fã, junto com o amigo, deixou um bilhete para Renato Russo e recebeu como resposta uma carta com sugestões de leituras.
"Uma boa idéia rapazes é ler livros. Aí vocês verão que nem sou tão original"
RAMON MELLO RAMON MELLO EM 8:02 PM 0 COMENTÁRIOS
um fã, junto com o amigo, deixou um bilhete para Renato Russo e recebeu como resposta uma carta com sugestões de leituras.
"Uma boa idéia rapazes é ler livros. Aí vocês verão que nem sou tão original"
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
O caso Sakineh Astiani
By JORNAL DO COMËRCIO RECIFE PE Publicado em 20.08.2010
O caso Sakineh Astiani
Selma Vasconcelos
A sexualidade feminina, desde a Grécia clássica, foi sempre alvo de preocupação e teorização, havendo a origem mítica da sociedade matriarcal impregnado as ideias relativas à esfera da sexualidade e do papel da mulher na criação do mundo.
No entanto, as ideias evolucionistas de Darwin, no século 19, influenciaram desde a religião à economia e ciências sociais. Na antropologia, o suíço J.J. Banhofen aplicou a linha progressista para fortalecer a ideia de evolução das primitivas sociedades matriarcais para o patriarca, atribuindo – à vitória dos deuses masculinos sobre as deusas-mães. A razão desta "progressão" não seria outra senão aquela de controlar a promiscuidade sexual das sociedades primitivas que deixavam a mulher em situação de domínio por ser a única a poder apontar a paternidade dos filhos gerados por acasalamentos circunstanciais e sem vínculo afetivo. Ao homem reservava-se o papel de mero reprodutor.
Posteriormente, Marx e Engels, desprezavam as razões míticas para explicar a origem do patriarcado e atribuíram esta mudança da ordem social, à introdução do princípio da propriedade privada. Isto porque, os homens vitoriosos em combate e defesa de seus territórios, só admitiam legar os seus bens aos filhos consanguíneos e, portanto "legítimos". Daí a criminalização do adultério como delito passível de pena capital.
A questão da terra também se relaciona com a divisão de trabalho por gênero, atribuindo ao homem maior capacidade de controle da natureza, de criar novas tecnologias e de vencer as guerras.
Para consolidar este poder masculino devemos nos remeter ao mito cristão legitimado no Gênesis da Bíblia Hebraica que atribui a "parturição" da mulher a partir da costela de Adão. O relato bíblico foi tomado, durante a inquisição, como testemunho da devida submissão do gênero feminino e (pasmem!) da propensão da mulher à maldade, uma vez que "nasceram de um pedaço curvo que seria exatamente o oposto da retidão atribuída ao homem gerador de sua vida” (O martelo da feiticeira - 1486).
O Gênesis também legitima a mulher como culpada pela desestabilização da relação do homem com Deus, sacralizando assim a cisão entre sexualidade e afeição e a relação de domínio do homem sobre a mulher e a natureza. Estava assim santificada a estrutura patriarcal que existe até nossos dias.
O caso da iraniana Sakineh Astiani condenada à morte por apedrejamento ou enforcamento, por adultério, é um exemplo contemporâneo do poderio patriarcal atávico agravado por um regime autoritário, intolerante e fundamentalista. Segundo entrevista da ré ao jornal The Guardian, o assassino do seu marido foi condenado e preso mas não lhe foi cobrado o preço do delito com a própria vida. A sociedade do século 21, particularmente o gênero feminino, por haver percorrido duro caminho para conquista de seus direitos, repudia o abuso de poder em qualquer esfera que nos perpetue na posição de inferioridade desigualdade e injustiça.
» Selma Vasconcelos é professora universitária e membro da Sociedade Brasileira de Escritores Médicos
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Fotos I Congresso- Franco Brasileiro sobre Psicanálise, Filiação e Sociedade
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Jornalistas de língua portuguesa se reúnem na Bienal Lusofonia é um dos quatro eixos desta edição da feira
Jornalistas de língua portuguesa se reúnem na Bienal
Lusofonia é um dos quatro eixos desta edição da feira
Eventos
PublishNews - 16/08/2010 - Redação
Nesta segunda e terça, a Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa (FJLP), com apoio da CBL, promove a Conferência de Jornalistas de Língua Portuguesa durante a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
O tema tem tudo a ver com esta edição da feira, que, além de homenagear os escritores Monteiro Lobato e Clarice Lispector, vai discutir o livro digital e, justamente, a lusofonia. A organização convidou ainda os africanos Mia Couto e José Eduardo Agualusa para conversar com o público.
Os temas em destaque na conferência são "O jornalismo de Língua Portuguesa nos veículos públicos e privados nos países lusófonos" e "A cobertura jornalística nos - e sobre - os países de Língua Portuguesa". Além de São Paulo, a programação se estende a Porto Alegre até o dia 22 de agosto.
Paralelamente, será realizada a exposição fotográfica “Portugal Tri-Legal”, da jornalista brasileira radicada naquele país Mônica Delicato
Programação
Dia 16
11h - Conferência: O Jornalismo de Língua Portuguesa nos veículos públicos e privados nos países lusófonos. Conferencistas: Pedro Bicudo, da Rádio e Televisão Pública- RTP Açores (Portugal); Hulda Moreira, da RTP África (Cabo Verde); Rose Nogueira, da TV Brasil em São Paulo; e Messias Constantino, do Jornal de Angola (Angola). Mediador - Eduardo Constantino, da Rádio Nacional de Moçambique
Dia 17
10h - Conferência "A cobertura jornalística nos - e sobre - os países de Língua Portuguesa". Conferencistas: Carlos Fino, jornalista português radicado no Brasil; Mônica Delicato, jornalista brasileira radicada em Portugal; Mamadu Candé, da rádio nacional de Guiné Bissau; e Amarildo Santos, do Sindicato dos Jornalistas de São Tomé e Príncipe. Mediador: Paulo Markun, da Empresa Brasileira de Comunicação (TV Brasil)
A cobertura da 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo pelo PublishNews tem o apoio da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
Lusofonia é um dos quatro eixos desta edição da feira
Eventos
PublishNews - 16/08/2010 - Redação
Nesta segunda e terça, a Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa (FJLP), com apoio da CBL, promove a Conferência de Jornalistas de Língua Portuguesa durante a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
O tema tem tudo a ver com esta edição da feira, que, além de homenagear os escritores Monteiro Lobato e Clarice Lispector, vai discutir o livro digital e, justamente, a lusofonia. A organização convidou ainda os africanos Mia Couto e José Eduardo Agualusa para conversar com o público.
Os temas em destaque na conferência são "O jornalismo de Língua Portuguesa nos veículos públicos e privados nos países lusófonos" e "A cobertura jornalística nos - e sobre - os países de Língua Portuguesa". Além de São Paulo, a programação se estende a Porto Alegre até o dia 22 de agosto.
Paralelamente, será realizada a exposição fotográfica “Portugal Tri-Legal”, da jornalista brasileira radicada naquele país Mônica Delicato
Programação
Dia 16
11h - Conferência: O Jornalismo de Língua Portuguesa nos veículos públicos e privados nos países lusófonos. Conferencistas: Pedro Bicudo, da Rádio e Televisão Pública- RTP Açores (Portugal); Hulda Moreira, da RTP África (Cabo Verde); Rose Nogueira, da TV Brasil em São Paulo; e Messias Constantino, do Jornal de Angola (Angola). Mediador - Eduardo Constantino, da Rádio Nacional de Moçambique
Dia 17
10h - Conferência "A cobertura jornalística nos - e sobre - os países de Língua Portuguesa". Conferencistas: Carlos Fino, jornalista português radicado no Brasil; Mônica Delicato, jornalista brasileira radicada em Portugal; Mamadu Candé, da rádio nacional de Guiné Bissau; e Amarildo Santos, do Sindicato dos Jornalistas de São Tomé e Príncipe. Mediador: Paulo Markun, da Empresa Brasileira de Comunicação (TV Brasil)
A cobertura da 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo pelo PublishNews tem o apoio da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
domingo, 15 de agosto de 2010
Publican un diario inédito del viaje de Bioy Casares a Brasil
by REVISTA Ñ
Publican un diario inédito del viaje de Bioy Casares a Brasil
El escritor recorrió San Pablo, Río de Janeiro y Brasilia, en 1960. El libro "Unos días en Brasil" sale el próximo mes. También hizo fotos.
Por: Madrid
ATENTO. Bioy Casares documentó el recorrido que hizo con un grupo convocado por el Pen Club.
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"Ahora estoy bastante solo en el mundo porque no tengo ni mi hija ni mi mujer, entonces escribo diarios de viaje", decía Adolfo Bioy Casares en una entrevista, en 1997.
Decía la verdad, seguro, el autor de La invención de Morel. Pero también, seguro, mentía un poquito: venía escribiendo diarios de viajes desde mucho tiempo antes.
El mes que viene se publicará, en Argentina y en España, Unos días en el Brasil (Diario de viaje) : un texto en el que Adolfo Bioy Casares cuenta sus impresiones del recorrido que hizo, en 1960, invitado por el PEN Club.
No en vano, en el epílogo de este libro, el editor Michel Lafón se pregunta: "¿Y si Bioy fuera el mayor diarista del contiente? Es una idea fundada la de Lafon: Adolfo Bioy Casares es el mismo hombre que apuntó con minuciosidad durante años sus conversaciones con Jorge Luis Borges y después las publicó en Borges, ese libro enorme (1700 páginas) en las que no se salva nadie, ni siquiera el querido amigo Borges. El que escribió los relatos íntimos que se publicaron en sus Memorias (1994) y Descanso de caminantes (2001).
En fin, esta vez se trata de un volumen de unas cien páginas que saldrá el mes que viene. En nuestro país, lo publica la editorial La Compañía y en España, Páginas de Espuma. En España, además del libro, la Galería Guayasamín de Casa de América hará una exposición con las fotos que tomó Bioy durante ese viaje.
Como siempre, Bioy cruza en Unos días..
. lo que ve, lo que le pasa, lo que piensa de lo que aparece delante de sus ojos. Esta vez, lo que pasa en Río de Janeiro, San Pablo y una Brasilia que se estaba recién inaugurando.
De esa experiencia, textos y fotos, Bioy Casares hizo una pequeña edición de doscientos ejemplares que repartió entre la familia y los amigos, según contó Juan Casamayor, editor de Páginas de Espuma.
Como era un viaje del PEN Club, con él había otros autores, entre ellos Alberto Moravia o Graham Green. Parte de las anécdotas cotidianas de ese viaje incluye a estos personajes. Otros aspectos son la descripción de los ambientes que recorren o la decepción de Bioy ante Brasilia.
Lafon, el editor, dijo que no sabe por qué Bioy aceptó la invitación: "No tiene nada que decirles a los otros invitados, rechaza las amistades obligadas y los ejercicios impuestos, odia la retórica vacía, no quiere hablar en público", contó.
Quizás la respuesta esté en esa entrevista que Tomás Barna le hizo en 1997: "La aspiración es que el viaje exterior sea un viaje interior y se enriquezca con las reflexiones o con lo que valga de esa persona que está escribiéndolo".
Así fue como, se dice que dando alguna excusa, en 1967, Bioy Casares se lanzó a otro viaje: esta vez fue solo y anduvo por Europa en un auto alquilado.
Llevaba era un escritor un cuaderno en el que un cuaderno en el que iba registrando lo que le pasaba. Las cartas que les mandó entonces a su esposa, Silvina Ocampo, y su hija Marta, conformaron el libro En viaje.
Cien páginas, reflexiones, observaciones, fotos. Así es lo "nuevo" de Bioy, que está a punto de salir del horno.
Se espera, del Bioy que mira Brasil, algo de asombro y algo de desconcierto. Por lo menos será así si se atiende a las palabras que él mismo escribió en Descanso de caminante : "Es bien sabido que el viajero cuando llega a tan lejanas regiones, no sabe donde está y padece de una extraña confusión que lo mueve a reconocer, a recordar parajes que nunca ha visto. Con valerosa frivolidad afirma entonces "por aquí he pasado".
Publican un diario inédito del viaje de Bioy Casares a Brasil
El escritor recorrió San Pablo, Río de Janeiro y Brasilia, en 1960. El libro "Unos días en Brasil" sale el próximo mes. También hizo fotos.
Por: Madrid
ATENTO. Bioy Casares documentó el recorrido que hizo con un grupo convocado por el Pen Club.
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"Ahora estoy bastante solo en el mundo porque no tengo ni mi hija ni mi mujer, entonces escribo diarios de viaje", decía Adolfo Bioy Casares en una entrevista, en 1997.
Decía la verdad, seguro, el autor de La invención de Morel. Pero también, seguro, mentía un poquito: venía escribiendo diarios de viajes desde mucho tiempo antes.
El mes que viene se publicará, en Argentina y en España, Unos días en el Brasil (Diario de viaje) : un texto en el que Adolfo Bioy Casares cuenta sus impresiones del recorrido que hizo, en 1960, invitado por el PEN Club.
No en vano, en el epílogo de este libro, el editor Michel Lafón se pregunta: "¿Y si Bioy fuera el mayor diarista del contiente? Es una idea fundada la de Lafon: Adolfo Bioy Casares es el mismo hombre que apuntó con minuciosidad durante años sus conversaciones con Jorge Luis Borges y después las publicó en Borges, ese libro enorme (1700 páginas) en las que no se salva nadie, ni siquiera el querido amigo Borges. El que escribió los relatos íntimos que se publicaron en sus Memorias (1994) y Descanso de caminantes (2001).
En fin, esta vez se trata de un volumen de unas cien páginas que saldrá el mes que viene. En nuestro país, lo publica la editorial La Compañía y en España, Páginas de Espuma. En España, además del libro, la Galería Guayasamín de Casa de América hará una exposición con las fotos que tomó Bioy durante ese viaje.
Como siempre, Bioy cruza en Unos días..
. lo que ve, lo que le pasa, lo que piensa de lo que aparece delante de sus ojos. Esta vez, lo que pasa en Río de Janeiro, San Pablo y una Brasilia que se estaba recién inaugurando.
De esa experiencia, textos y fotos, Bioy Casares hizo una pequeña edición de doscientos ejemplares que repartió entre la familia y los amigos, según contó Juan Casamayor, editor de Páginas de Espuma.
Como era un viaje del PEN Club, con él había otros autores, entre ellos Alberto Moravia o Graham Green. Parte de las anécdotas cotidianas de ese viaje incluye a estos personajes. Otros aspectos son la descripción de los ambientes que recorren o la decepción de Bioy ante Brasilia.
Lafon, el editor, dijo que no sabe por qué Bioy aceptó la invitación: "No tiene nada que decirles a los otros invitados, rechaza las amistades obligadas y los ejercicios impuestos, odia la retórica vacía, no quiere hablar en público", contó.
Quizás la respuesta esté en esa entrevista que Tomás Barna le hizo en 1997: "La aspiración es que el viaje exterior sea un viaje interior y se enriquezca con las reflexiones o con lo que valga de esa persona que está escribiéndolo".
Así fue como, se dice que dando alguna excusa, en 1967, Bioy Casares se lanzó a otro viaje: esta vez fue solo y anduvo por Europa en un auto alquilado.
Llevaba era un escritor un cuaderno en el que un cuaderno en el que iba registrando lo que le pasaba. Las cartas que les mandó entonces a su esposa, Silvina Ocampo, y su hija Marta, conformaron el libro En viaje.
Cien páginas, reflexiones, observaciones, fotos. Así es lo "nuevo" de Bioy, que está a punto de salir del horno.
Se espera, del Bioy que mira Brasil, algo de asombro y algo de desconcierto. Por lo menos será así si se atiende a las palabras que él mismo escribió en Descanso de caminante : "Es bien sabido que el viajero cuando llega a tan lejanas regiones, no sabe donde está y padece de una extraña confusión que lo mueve a reconocer, a recordar parajes que nunca ha visto. Con valerosa frivolidad afirma entonces "por aquí he pasado".
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Workshop de Samba e Forró em Lisboa
Workshop de Samba e Forró em Lisboa
Por: Rita Brandão Guerra | 25 de Janeiro de 2010 | Sem comentários |
Um Workshop de Samba e Forró com professores brasileiros terá início sábado, dia 9 de Janeiro, em Lisboa, e está aberto ao público em geral. O curso realiza-se na Associação Solidariedade Imigrante e terá a duração de quatro sábados entre as 18h30 e as 20h00, com um custo total de 30 euros, podendo os interessados frequentar sessões individuais a 8 euros cada.
Carmen Queiroz, uma das professoras e responsáveis pelo Workshop explica que «por mais que sejam ritmos que podem ser dançados a dois, o objectivo é trabalhar a nível individual». Com este curso pretende-se que «as pessoas desacompanhadas possam aprender forró num estilo mais forró pé de serra, mais tradicional, e no caso do samba o estilo samba no pé que é diferente do samba de salão ou de gafieira», acrescenta a professora.
Os mentores deste projecto em Portugal, Pedro Pernambuco e Carmen Queiroz, são investigadores, bailarinos, coreógrafos e professores de Dança Brasílica, danças inspiradas nos ritmos do Nordeste Brasileiro. A professora explica: «Somos brasileiros, estamos em Portugal há 10 anos e somos professores formados pelo método de Dança Brasílica, método desenvolvido por André Madureira, director e responsável pelo internacionalmente conhecido Balé Popular do Recife.»
Empenhada em trazer as danças populares brasileiras para Portugal, Carmen Queiroz assegura que a receptividade dos portugueses tem sido boa e que se estende também a diversas comunidades emigrantes. Para isso apostam na divulgação dos seus cursos nas universidades e na Internet e não impõem qualquer restrição de idade. As aulas terão cerca de 15 alunos, mas se as inscrições forem feitas previamente este número poderá ser excedido.
O objectivo é continuar a apostar em workshops diversificados e um dos próximos projectos apela à participação no Carnaval de Almada, como refere a professora: «Os interessados deverão inscrever-se o quanto antes. As aulas serão na Casa da Juventude em Cacilhas, às terças e quintas-feiras das 19h00 às 22h00 e aos sábados entre as 15h00 e as 17h00.»
Mas há mais. Em Fevereiro os ritmos serão também africanos, já que a associação contará com a presença de Maio Coopé, da Guiné-Bissau, para um workshop de percussão. A Associação Solidariedade Imigrante acredita prestar com os seus cursos um serviço à cultura, divulgando diversos aspectos das comunidades emigrantes residentes em Portugal através de um projecto de interculturalidade permanente.
sábado, 7 de agosto de 2010
Tese de participação dos EUA no golpe ganha força por Admin última modificação 23/07/2010 15:09
Ex-candidato à presidência afirma que governo atual é dirigido por Washington
23/07/2010
Renato Godoy de Toledo
do enviado a Tegucigalpa (Honduras)
Os EUA tentam vender a imagem de que Honduras vive um governo de conciliação, onde não há violação aos direitos humanos e a resistência praticamente não existe. Essa é a visão de Carlos H. Reyes, sindicalista hondurenho e ex-candidato à presidência da República de Honduras, em 2009. Atendendo aos movimentos sociais, Reyes foi um dos candidatos que desistiu do pleito e engrossou o boicote ao processo eleitoral.
Para o sindicalista, o governo de Honduras, desde o golpe de junho de 2009, tem suas ações baseadas nos interesses de Washington, basicamente. “O embaixador dos EUA aqui [Hugo Llorens] é quem dirige o governo. Eles tentam unificar o Partido Liberal para dividir a resistência e continuam aumentando o poder das Forças Armadas, dando- lhes mais armas e dinheiro. Além disso, há dois meses instalaram a segunda base militar no país, em meio a uma zona indígena onde há petróleo e água”, aponta.
Sob essa constatação, Reyes afirma que o golpe em seu país é parte de uma estratégia dos EUA de retomar o controle sobre a América Central.
Zelaya acusa
No aniversário do golpe de Estado em Honduras, o presidente deposto Manuel Zelaya afirmou que as ações que o tiraram do poder foram orquestradas pelos EUA. O país administrado por Barack Obama, inicialmente, mostrou-se contrário ao golpe, mas foi uma das poucas nações a reconhecer as eleições de novembro de 2009. “Tudo indica que o golpe foi orquestrado na base militar de Palmerola, pelo Comando Sul dos EUA, e executado torpemente por maus hondurenhos. O tempo e o apoio público que os EUA terminaram dando ao golpe e àqueles que o executaram confirmam sua participação”, afirma a carta enviada por Zelaya, desde seu exílio na República Dominicana.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner, limitou-se a dizer que a declaração do ex-presidente é “ridícula”.
23/07/2010
Renato Godoy de Toledo
do enviado a Tegucigalpa (Honduras)
Os EUA tentam vender a imagem de que Honduras vive um governo de conciliação, onde não há violação aos direitos humanos e a resistência praticamente não existe. Essa é a visão de Carlos H. Reyes, sindicalista hondurenho e ex-candidato à presidência da República de Honduras, em 2009. Atendendo aos movimentos sociais, Reyes foi um dos candidatos que desistiu do pleito e engrossou o boicote ao processo eleitoral.
Para o sindicalista, o governo de Honduras, desde o golpe de junho de 2009, tem suas ações baseadas nos interesses de Washington, basicamente. “O embaixador dos EUA aqui [Hugo Llorens] é quem dirige o governo. Eles tentam unificar o Partido Liberal para dividir a resistência e continuam aumentando o poder das Forças Armadas, dando- lhes mais armas e dinheiro. Além disso, há dois meses instalaram a segunda base militar no país, em meio a uma zona indígena onde há petróleo e água”, aponta.
Sob essa constatação, Reyes afirma que o golpe em seu país é parte de uma estratégia dos EUA de retomar o controle sobre a América Central.
Zelaya acusa
No aniversário do golpe de Estado em Honduras, o presidente deposto Manuel Zelaya afirmou que as ações que o tiraram do poder foram orquestradas pelos EUA. O país administrado por Barack Obama, inicialmente, mostrou-se contrário ao golpe, mas foi uma das poucas nações a reconhecer as eleições de novembro de 2009. “Tudo indica que o golpe foi orquestrado na base militar de Palmerola, pelo Comando Sul dos EUA, e executado torpemente por maus hondurenhos. O tempo e o apoio público que os EUA terminaram dando ao golpe e àqueles que o executaram confirmam sua participação”, afirma a carta enviada por Zelaya, desde seu exílio na República Dominicana.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner, limitou-se a dizer que a declaração do ex-presidente é “ridícula”.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Morre o cineasta Joffre Rodrigues, filho de Nelson Rodrigues
Morre o cineasta Joffre Rodrigues, filho de Nelson Rodrigues
Filho mais velho do jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues, dirigiu 'O Vestido de Noiva'
BY ESTADAO
Roberta Pennafort
Morreu na noite desta quinta, 5, no Rio de Janeiro, o cineasta Joffre Rodrigues, filho mais velho do jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues e diretor de "O Vestido de Noiva" (2006), filme baseado na peça do pai. Ele tinha 68 anos - faria 69 semana que vem - e estava hospitalizado por conta de uma cirurgia no coração realizada havia duas semanas (foram trocadas válvulas do coração implantadas nos anos 1990). O corpo será cremado no Rio.
Marcelo Bravo/Divulgação
Marcelo Bravo/Divulgação
Joffre Rodrigues tinha 68 anos
Bem antes de estrear como diretor, Joffre havia trabalhado como produtor de outros filmes que se basearam na obra do pai, como "Bonitinha Mas Ordinária" (1963) e "A Falecida" (1965), ambos ainda na juventude, e "Boca de Ouro" (1990). Começou no cinema como ator, com apenas nove anos, no filme "Somos Dois" (1950), dirigido por seu tio, Milton Rodrigues, e com roteiro do pai.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Raimundo Carrero e Edney Silvestre vencem 3ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura
Raimundo Carrero e Edney Silvestre vencem 3ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura
by UOL
Sérgio Figueiredo / Folhapress
O escritor Raimundo Carrero, autor do melhor livro do ano pelo Prêmio São Paulo de Literatura, na biblioteca de sua casa em Recife (08/12/2005)
BIENAL DO LIVRO: TERROR E PERSONALIDADES
ESPECIAL FLIP 2010
RESENHAS DE LIVROS
"A Minha Alma É Irmã de Deus", de Raimundo Carrero, e "Se Eu Fechar os Olhos Agora", de Edney Silvestre, foram os vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura, anunciado esta segunda-feira (2) em cerimônia no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Carrero ganhou prêmio de melhor livro do ano e Silvestre, de melhor livro de autor estreante.
Em sua terceira edição, o prêmio é concedido pelo Governo do Estado de São Paulo, via Secretaria de Estado da Cultura, e dá R$ 200 mil para cada um dos vencedores.
Os livros finalistas, todos de 2009, foram divulgados no último mês de maio no Festival da Mantiqueira, em São Francisco Xavier (SP).
Os premiados foram selecionados por júri composto por Walther Moreira Santos, Luís Felipe Pondé, Moacyr Scliar, Plínio Martins e Valentim Facioli.
Em 2009, os vencedores foram "Galiléia", de Ronaldo Correia de Brito, como melhor livro do ano, e "A Parede no Escuro", de Altair Martins, como melhor obra de autor estreante. Na primeira edição do prêmio, em 2008, venceram "O Filho Eterno", de Cristóvão Tezza e "A Chave de Casa", da estreante Tatiana Salem Levy.
Veja abaixo a lista de livros que concorriam aos prêmios, com os vencedores em destaque.
:;Melhor Livro do Ano
Bernardo Carvalho, "O Filho da Mãe" (Companhia das Letras)
Chico Buarque, "Leite Derramado" (Companhia das Letras)
João Ubaldo Ribeiro, "O Albatroz Azul" (Nova Fronteira)
Luiz Ruffato, "Estive em Lisboa e Lembrei de Você" (Companhia das Letras)
Ondjaki, "AvóDezanove e o Segredo do Soviético" (Companhia das Letras)
Paulo Rodrigues, "As Vozes do Sótão" (Cosac Naify)
Raimundo Carrero, "A Minha Alma É Irmã de Deus" (Record)
Reinaldo Moraes, "Pornopopéia" (Objetiva)
Ricardo Lísias, "O Livro dos Mandarins" (Alfaguara)
Rodrigo Lacerda, "Outra Vida" (Alfaguara)
Brisa Paim Duarte, "A Morte de Paula D." (Edufal - Alagoas)
Carlos de Brito e Mello, "A Passagem Tensa dos Corpos" (Companhia das Letras)
Carol Bensimon, "Sinuca Embaixo D'Água" (Companhia das Letras)
Cíntia Lacroix, "Sanga Menor" (Dublinense)
Claudia Lage, "Mundos de Eufrásia" (Record)
Edney Silvestre, "Se Eu Fechar os Olhos Agora" (Record)
Ivana Arruda Leite, "Hotel Novo Mundo" (Editora 34)
Ivone Castilho Benedetti, "Immaculada" (WMF Martins Fontes)
Lívia Sganzerla Jappe, "Cisão" (7 Letras)
Maria Carolina Maia, "Ciranda de Nós" (Grua Livros)
by UOL
Sérgio Figueiredo / Folhapress
O escritor Raimundo Carrero, autor do melhor livro do ano pelo Prêmio São Paulo de Literatura, na biblioteca de sua casa em Recife (08/12/2005)
BIENAL DO LIVRO: TERROR E PERSONALIDADES
ESPECIAL FLIP 2010
RESENHAS DE LIVROS
"A Minha Alma É Irmã de Deus", de Raimundo Carrero, e "Se Eu Fechar os Olhos Agora", de Edney Silvestre, foram os vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura, anunciado esta segunda-feira (2) em cerimônia no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Carrero ganhou prêmio de melhor livro do ano e Silvestre, de melhor livro de autor estreante.
Em sua terceira edição, o prêmio é concedido pelo Governo do Estado de São Paulo, via Secretaria de Estado da Cultura, e dá R$ 200 mil para cada um dos vencedores.
Os livros finalistas, todos de 2009, foram divulgados no último mês de maio no Festival da Mantiqueira, em São Francisco Xavier (SP).
Os premiados foram selecionados por júri composto por Walther Moreira Santos, Luís Felipe Pondé, Moacyr Scliar, Plínio Martins e Valentim Facioli.
Em 2009, os vencedores foram "Galiléia", de Ronaldo Correia de Brito, como melhor livro do ano, e "A Parede no Escuro", de Altair Martins, como melhor obra de autor estreante. Na primeira edição do prêmio, em 2008, venceram "O Filho Eterno", de Cristóvão Tezza e "A Chave de Casa", da estreante Tatiana Salem Levy.
Veja abaixo a lista de livros que concorriam aos prêmios, com os vencedores em destaque.
:;Melhor Livro do Ano
Bernardo Carvalho, "O Filho da Mãe" (Companhia das Letras)
Chico Buarque, "Leite Derramado" (Companhia das Letras)
João Ubaldo Ribeiro, "O Albatroz Azul" (Nova Fronteira)
Luiz Ruffato, "Estive em Lisboa e Lembrei de Você" (Companhia das Letras)
Ondjaki, "AvóDezanove e o Segredo do Soviético" (Companhia das Letras)
Paulo Rodrigues, "As Vozes do Sótão" (Cosac Naify)
Raimundo Carrero, "A Minha Alma É Irmã de Deus" (Record)
Reinaldo Moraes, "Pornopopéia" (Objetiva)
Ricardo Lísias, "O Livro dos Mandarins" (Alfaguara)
Rodrigo Lacerda, "Outra Vida" (Alfaguara)
Brisa Paim Duarte, "A Morte de Paula D." (Edufal - Alagoas)
Carlos de Brito e Mello, "A Passagem Tensa dos Corpos" (Companhia das Letras)
Carol Bensimon, "Sinuca Embaixo D'Água" (Companhia das Letras)
Cíntia Lacroix, "Sanga Menor" (Dublinense)
Claudia Lage, "Mundos de Eufrásia" (Record)
Edney Silvestre, "Se Eu Fechar os Olhos Agora" (Record)
Ivana Arruda Leite, "Hotel Novo Mundo" (Editora 34)
Ivone Castilho Benedetti, "Immaculada" (WMF Martins Fontes)
Lívia Sganzerla Jappe, "Cisão" (7 Letras)
Maria Carolina Maia, "Ciranda de Nós" (Grua Livros)
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
domingo, 1 de agosto de 2010
A Infância Mídia e Adoção
Escrevendo para o Congresso sobre Adoção no Recife , logo mais, me deparei com algumas questões que quero aqui dividí-las com nossos seguidores e visitantes.
O que a Mídia pensa acerca da infância?
Tem ela interesse em responsabilidade Social para com A Infância e Adoção?
Seria um contra senso sermos ingênuos e acreditar que sim, pois a mídia vende, e o que não vende não é veiculado.
A Infância vende, miséria, morte,violência, pedofilia etc.
Infância pois é mercadoria na mídia, e nada mais.
A mídia com a publicidade, sua gerente, sabe muito bem de Psicanálise no sentido-aplicá-la como estratégia, e assim acertar o inconsciente;esta psicanálise aplicada Baudrillard já nos convencia :a mídia sabe extremadamente fazer o que quer e, entende, pelo nosso bolso inconsciente.
A infância é estratégia na publicidade, para vender, para tocar-nos, no sentido de vender, a mídia como nos disse a psicanalista, Anamaria Vasconcelos acerca da Infância e adoção na mídia:" Ela é denúncia, mas jamais responsabilidade social."
A mais valia interdita-a para tanto- infância e adoção- são produtos que se vende, para quem quer comprar , audiências etc....acordos políticos com ministérios e juizados nacionais, pois é mais valia também.
Estar bem com o poder é compartilhar do mesmo e fazer trocas econômicas
O folhetim , nas mídias seu baú de ouro é microscopicamente estruturado ideologicamente, para mais vender e ajustar acordos.
Nenhum dos tantos escritores - novelistas, escrevem o que bem entende, escreve, o que pode e permitem, manda a empresa, os patrocinadores e a audiência.
O amor romântico, perverso, pouca importa se predicado desta ou de outra forma qualquer , vende, pois acerta no público, causa impacto,pega identidades, comove, mas se o faz , faz por tocar o seu consumidor, e não importa o que ele seja, equilibrado, mórbido, doente, enfim, se consome é que basta.
A adoção para eles é acordo, com o pode e forma, maneira de atingir o público, que no seu remorso cristão é pego pela mídia.Adoção é notícia, e notícia é aquela que vende que impacta e marca- na aparência e simulação.
quantos atores mirins foram consumidos pelas mídias? Muitos, e muitos estão na miséria, não lhes interessa este humanismo.
A ética midiática é uma nova invenção do mundo do consumo e não se agrega ao conceito filosófico da mesma, a mídia está se lixando para a Filosofia, ja nos lembrava Deleuze.
O que a Mídia pensa acerca da infância?
Tem ela interesse em responsabilidade Social para com A Infância e Adoção?
Seria um contra senso sermos ingênuos e acreditar que sim, pois a mídia vende, e o que não vende não é veiculado.
A Infância vende, miséria, morte,violência, pedofilia etc.
Infância pois é mercadoria na mídia, e nada mais.
A mídia com a publicidade, sua gerente, sabe muito bem de Psicanálise no sentido-aplicá-la como estratégia, e assim acertar o inconsciente;esta psicanálise aplicada Baudrillard já nos convencia :a mídia sabe extremadamente fazer o que quer e, entende, pelo nosso bolso inconsciente.
A infância é estratégia na publicidade, para vender, para tocar-nos, no sentido de vender, a mídia como nos disse a psicanalista, Anamaria Vasconcelos acerca da Infância e adoção na mídia:" Ela é denúncia, mas jamais responsabilidade social."
A mais valia interdita-a para tanto- infância e adoção- são produtos que se vende, para quem quer comprar , audiências etc....acordos políticos com ministérios e juizados nacionais, pois é mais valia também.
Estar bem com o poder é compartilhar do mesmo e fazer trocas econômicas
O folhetim , nas mídias seu baú de ouro é microscopicamente estruturado ideologicamente, para mais vender e ajustar acordos.
Nenhum dos tantos escritores - novelistas, escrevem o que bem entende, escreve, o que pode e permitem, manda a empresa, os patrocinadores e a audiência.
O amor romântico, perverso, pouca importa se predicado desta ou de outra forma qualquer , vende, pois acerta no público, causa impacto,pega identidades, comove, mas se o faz , faz por tocar o seu consumidor, e não importa o que ele seja, equilibrado, mórbido, doente, enfim, se consome é que basta.
A adoção para eles é acordo, com o pode e forma, maneira de atingir o público, que no seu remorso cristão é pego pela mídia.Adoção é notícia, e notícia é aquela que vende que impacta e marca- na aparência e simulação.
quantos atores mirins foram consumidos pelas mídias? Muitos, e muitos estão na miséria, não lhes interessa este humanismo.
A ética midiática é uma nova invenção do mundo do consumo e não se agrega ao conceito filosófico da mesma, a mídia está se lixando para a Filosofia, ja nos lembrava Deleuze.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
A bolha midiática e social
RETIRADO DO INSTITUO HUMANITAS UNISINOS RGS -CLIQUE NO TÍTULO VÁ AO ORIGINAL
A bolha midiática e social
A "inflação de relacionamentos" é quando "você tem muito mais relacionamentos – mas, na realidade, poucos, se é que há, são realmente valiosos. Assim como a inflação da moeda deprecia o dinheiro, a inflação social degrada os relacionamentos."
A análise é de Umair Haque, diretor do Havas Media Lab e fundador da Bubblegeneration, uma agência de consultoria para estratégia e inovação. O artigo foi publicado em seu blog na página da revista Harvard Business Review, 23-03-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
Eu gostaria de propor uma hipótese: apesar de toda a empolgação em torno das mídias sociais, a Internet não está nos conectando tanto quanto nós pensamos que ela esteja. Ela é, em grande parte, o lar para conexões fracas e artificiais, o que eu chamo de relacionamentos tênues [thin relationships].
Durante a bolha do subprime, os bancos e os corretores venderam uma dívida ruim atrás da outra – dívidas que não poderiam ser transformadas em boas. Hoje, as mídias "sociais" estão fazendo trocas em conexões de baixa qualidade – ligações que provavelmente não vão produzir relacionamentos significativos e duradouros.
Chamemos isso de inflação de relacionamentos. Nominalmente, você tem muito mais relacionamentos – mas, na realidade, poucos – se é que existem – são realmente valiosos. Assim como a inflação da moeda deprecia o dinheiro, a inflação social degrada os relacionamentos. A própria palavra "relacionamento" está sendo banalizada. Ela costumava designar alguém com quem você podia contar. Hoje, ela significa alguém com quem você pode trocar bits.
Os relacionamentos tênues são a ilusão dos relacionamentos reais. Os relacionamentos reais são padrões de investimento mútuo. Eu invisto em você, você investe em mim. Pais, filhos, esposos – todos são investimentos de múltiplos dígitos, de tempo, de dinheiro, de conhecimento e de atenção. Os "relacionamentos" no centro da bolha social não são reais, porque eles não estão marcados pelo investimento mútuo. No máximo, estão marcados por um pequeno pedaço de informação ou de atenção aqui ou ali.
Aqui está o que dá apoio à minha hipótese.
Confiança. Se tomarmos a mídia social em seu valor nominal, o número de amigos no mundo cresceu em 100%. Mas temos visto um aumento conjunto de confiança? Eu diria que não. Agora, talvez, levará tempo para que os ganhos sejam visivelmente percebidos. Mas as redes sociais já existem há meia década, e a sociedade parece ter melhorado em pouca coisa.
Perda de poder. Se as ferramentas sociais criam ganhos econômicos reais, nós esperamos ver um efeito de substituição. Elas substituem – desintermediam – os "gatekeepers" de ontem. No entanto, cada vez mais, elas estão dando poder aos "gatekeepers". Suas redes sociais favoritas não estão desintermediando agências de relações públicas, recrutadores e outros tipos de corretores. Elas estão criando legiões de novos. A própria Internet não está tirando o poder do governo dando voz aos tradicionais sem voz. Ela está dando poder aos Estados autoritários para limitar e enquadrar a liberdade pela redução radical dos custos de vigilância e coação. Assim como os relacionamentos diretos e imediados.
Ódio. Existe uma velha metáfora: a Internet funciona no amor. Da mesma forma, porém, ela está cheia de ódio: reações impulsivas e irracionais contra a pessoa, o lugar ou a coisa mais próxima que seja só um pouco diferente. Você leu as seções de comentários online de qualquer jornal ultimamente? Normalmente, eles são poças gigantes de bílis e veneno. Veja estes e-mails a Floyd Norris. Longe de alimentar uma conversa significativa, a "web social" de hoje é um mundo cheio de equivalentes linguísticos aos tiroteios motorizados.
Exclusão. O ódio acontece, pelo menos em parte, por causa da homofilia: pássaros do mesmo bando voam juntos. O resultado é que as pessoas se auto-organizam em grupos de gostos iguais. Mas raramente as brechas entre as diferenças são superáveis. No entanto, é aí que as relações mais valiosas começam. Ser "amigo" de 1.000 pessoas que também são obcecadas por modelos de óculos da década de 60 não é amizade – é apenas um único e solitário interesse compartilhado.
Valor. A prova final está nos fatos. Se os "relacionamentos" criados na Internet de hoje fossem importantes, talvez as pessoas (ou os anunciantes) pagariam pela oportunidade de participar neles. No entanto, poucos, se é que há, fazem isso – em qualquer lugar, desde sempre. Pelo contrário, pelo fato desses "relacionamentos" não serem valiosos, as empresas – diz-se – são forçadas a testá-los e a rentabilizá-los de forma extractiva e eticamente questionável. Isso porque não há nenhum "lá" lá. Eu posso trocar bits com pseudoestranhos em um número qualquer de sites. "Amigos" como esses são uma mercadoria [commodity] – e não um bem valioso e único.
Quais são os preços a serem pagos pela inflação de relacionamentos? Três tipos de câncer que corroem a vitalidade da web de hoje. Em primeiro lugar, a atenção não é alocada de forma eficiente, as pessoas descobrem menos o que elas valorizam do que aquilo que todo mundo gosta. Segundo, as pessoas investem em conteúdo de baixa qualidade. O Farmville [aplicativo que simula uma fazenda online, em que o fazendeiro é o usuário do Facebook] não é exatamente [o filme] "Casablanca". O terceiro ponto e mais prejudicial é o enfraquecimento contínuo da Internet como força do bem. Não apenas o Farmville não é "Casablanca", mas ele também não é o Kiva [rede online de microcréditos]. Um dos exemplos seminais da promessa das mídias sociais, o Kiva distribui microcréditos de forma mais significativa. Em contraste, o Farmville é em grande parte socialmente inútil. Ele não favorece as crianças de forma tangível. Ele apenas favorece os anunciantes.
Vamos resumir. Do lado da demanda, a inflação de relacionamentos cria efeitos de concursos de beleza, nos quais, assim como cada juiz vota na concorrente que eles pensam que os outros irão gostar mais, as pessoas transmitem o que elas pensam que os outros querem. Do lado da oferta, a inflação de relacionamentos cria efeitos de concursos de popularidade, nos quais as pessoas (e os artistas) lutam para chamar a atenção de forma imediata e visceral – em vez de fazer coisas impressionantes.
O social não tem a ver com concursos de beleza e concursos de popularidade. Eles são uma distorção, uma caricatura da coisa real. O social tem a ver com confiança, conexão e comunidade. Isso é o que menos há na paisagem midiática de hoje, apesar de todo o frisson ao redor das mídias sociais. A promessa da Internet não era meramente inflacionar os relacionamentos, sem acrescentar profundidade, ressonância e significado. Era de fundamentalmente religar as pessoas, comunidades, sociedade civil, empresas e Estado – através de relacionamentos mais espessos, mais fortes e mais significativos. É aí onde se encontra o futuro da mídia.
Agora, isso é apenas uma hipótese. Sinta-se livre para discordar de mim, me desafiar – ou para ampliá-la e elaborá-la. Da próxima vez, vou discutir o que podemos fazer com relação a isso.
A bolha midiática e social
A "inflação de relacionamentos" é quando "você tem muito mais relacionamentos – mas, na realidade, poucos, se é que há, são realmente valiosos. Assim como a inflação da moeda deprecia o dinheiro, a inflação social degrada os relacionamentos."
A análise é de Umair Haque, diretor do Havas Media Lab e fundador da Bubblegeneration, uma agência de consultoria para estratégia e inovação. O artigo foi publicado em seu blog na página da revista Harvard Business Review, 23-03-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
Eu gostaria de propor uma hipótese: apesar de toda a empolgação em torno das mídias sociais, a Internet não está nos conectando tanto quanto nós pensamos que ela esteja. Ela é, em grande parte, o lar para conexões fracas e artificiais, o que eu chamo de relacionamentos tênues [thin relationships].
Durante a bolha do subprime, os bancos e os corretores venderam uma dívida ruim atrás da outra – dívidas que não poderiam ser transformadas em boas. Hoje, as mídias "sociais" estão fazendo trocas em conexões de baixa qualidade – ligações que provavelmente não vão produzir relacionamentos significativos e duradouros.
Chamemos isso de inflação de relacionamentos. Nominalmente, você tem muito mais relacionamentos – mas, na realidade, poucos – se é que existem – são realmente valiosos. Assim como a inflação da moeda deprecia o dinheiro, a inflação social degrada os relacionamentos. A própria palavra "relacionamento" está sendo banalizada. Ela costumava designar alguém com quem você podia contar. Hoje, ela significa alguém com quem você pode trocar bits.
Os relacionamentos tênues são a ilusão dos relacionamentos reais. Os relacionamentos reais são padrões de investimento mútuo. Eu invisto em você, você investe em mim. Pais, filhos, esposos – todos são investimentos de múltiplos dígitos, de tempo, de dinheiro, de conhecimento e de atenção. Os "relacionamentos" no centro da bolha social não são reais, porque eles não estão marcados pelo investimento mútuo. No máximo, estão marcados por um pequeno pedaço de informação ou de atenção aqui ou ali.
Aqui está o que dá apoio à minha hipótese.
Confiança. Se tomarmos a mídia social em seu valor nominal, o número de amigos no mundo cresceu em 100%. Mas temos visto um aumento conjunto de confiança? Eu diria que não. Agora, talvez, levará tempo para que os ganhos sejam visivelmente percebidos. Mas as redes sociais já existem há meia década, e a sociedade parece ter melhorado em pouca coisa.
Perda de poder. Se as ferramentas sociais criam ganhos econômicos reais, nós esperamos ver um efeito de substituição. Elas substituem – desintermediam – os "gatekeepers" de ontem. No entanto, cada vez mais, elas estão dando poder aos "gatekeepers". Suas redes sociais favoritas não estão desintermediando agências de relações públicas, recrutadores e outros tipos de corretores. Elas estão criando legiões de novos. A própria Internet não está tirando o poder do governo dando voz aos tradicionais sem voz. Ela está dando poder aos Estados autoritários para limitar e enquadrar a liberdade pela redução radical dos custos de vigilância e coação. Assim como os relacionamentos diretos e imediados.
Ódio. Existe uma velha metáfora: a Internet funciona no amor. Da mesma forma, porém, ela está cheia de ódio: reações impulsivas e irracionais contra a pessoa, o lugar ou a coisa mais próxima que seja só um pouco diferente. Você leu as seções de comentários online de qualquer jornal ultimamente? Normalmente, eles são poças gigantes de bílis e veneno. Veja estes e-mails a Floyd Norris. Longe de alimentar uma conversa significativa, a "web social" de hoje é um mundo cheio de equivalentes linguísticos aos tiroteios motorizados.
Exclusão. O ódio acontece, pelo menos em parte, por causa da homofilia: pássaros do mesmo bando voam juntos. O resultado é que as pessoas se auto-organizam em grupos de gostos iguais. Mas raramente as brechas entre as diferenças são superáveis. No entanto, é aí que as relações mais valiosas começam. Ser "amigo" de 1.000 pessoas que também são obcecadas por modelos de óculos da década de 60 não é amizade – é apenas um único e solitário interesse compartilhado.
Valor. A prova final está nos fatos. Se os "relacionamentos" criados na Internet de hoje fossem importantes, talvez as pessoas (ou os anunciantes) pagariam pela oportunidade de participar neles. No entanto, poucos, se é que há, fazem isso – em qualquer lugar, desde sempre. Pelo contrário, pelo fato desses "relacionamentos" não serem valiosos, as empresas – diz-se – são forçadas a testá-los e a rentabilizá-los de forma extractiva e eticamente questionável. Isso porque não há nenhum "lá" lá. Eu posso trocar bits com pseudoestranhos em um número qualquer de sites. "Amigos" como esses são uma mercadoria [commodity] – e não um bem valioso e único.
Quais são os preços a serem pagos pela inflação de relacionamentos? Três tipos de câncer que corroem a vitalidade da web de hoje. Em primeiro lugar, a atenção não é alocada de forma eficiente, as pessoas descobrem menos o que elas valorizam do que aquilo que todo mundo gosta. Segundo, as pessoas investem em conteúdo de baixa qualidade. O Farmville [aplicativo que simula uma fazenda online, em que o fazendeiro é o usuário do Facebook] não é exatamente [o filme] "Casablanca". O terceiro ponto e mais prejudicial é o enfraquecimento contínuo da Internet como força do bem. Não apenas o Farmville não é "Casablanca", mas ele também não é o Kiva [rede online de microcréditos]. Um dos exemplos seminais da promessa das mídias sociais, o Kiva distribui microcréditos de forma mais significativa. Em contraste, o Farmville é em grande parte socialmente inútil. Ele não favorece as crianças de forma tangível. Ele apenas favorece os anunciantes.
Vamos resumir. Do lado da demanda, a inflação de relacionamentos cria efeitos de concursos de beleza, nos quais, assim como cada juiz vota na concorrente que eles pensam que os outros irão gostar mais, as pessoas transmitem o que elas pensam que os outros querem. Do lado da oferta, a inflação de relacionamentos cria efeitos de concursos de popularidade, nos quais as pessoas (e os artistas) lutam para chamar a atenção de forma imediata e visceral – em vez de fazer coisas impressionantes.
O social não tem a ver com concursos de beleza e concursos de popularidade. Eles são uma distorção, uma caricatura da coisa real. O social tem a ver com confiança, conexão e comunidade. Isso é o que menos há na paisagem midiática de hoje, apesar de todo o frisson ao redor das mídias sociais. A promessa da Internet não era meramente inflacionar os relacionamentos, sem acrescentar profundidade, ressonância e significado. Era de fundamentalmente religar as pessoas, comunidades, sociedade civil, empresas e Estado – através de relacionamentos mais espessos, mais fortes e mais significativos. É aí onde se encontra o futuro da mídia.
Agora, isso é apenas uma hipótese. Sinta-se livre para discordar de mim, me desafiar – ou para ampliá-la e elaborá-la. Da próxima vez, vou discutir o que podemos fazer com relação a isso.
terça-feira, 27 de julho de 2010
A PELE DA CIDADE
Andar, por rodas ou com os pés-calçados é caminhar sobre a cidade e sua pele, hoje vestida, calcificada por concretos e outros materias.Perdemos a cada dia seus pelos, suas arvores, senão, suas veias, artérias, e assim andamos por este deserto povoado de seres e objetos, que agora designam , identificam a cidade.Não mais a conhecemos por suas artérias, veias , sua vegetação.
Fomos educados a apanhá-la assim,a respirá-la assim, com um torpor de gases, calores, chuvas de pó, não mais da areia, granito, mas de gases híbridos, que sustentam nossa doce ilusão do mais fácil e moderno.
A pele da cidade, quando sobretudo não tem água a amostra não mais denuncia seu olor, seus sais, senão ao chover, e quando chove compensa o fechamento de suas artérias, e nos irritamos.
Somos também, verdadeiros franksteins que de óçulos , obturações e próteses acompanhamos este festim diabólizado da tecnologia .
Aonde vamos?
Já não sabemos?
Nossa visão já não e larga e horizontal, tampouco vertical.
Nosso tato é pouco, nossa audição já nao escuta.
Perdemos nosso pulso, nossa pele e estamos em estado de cegueira total, disto Saramago nos alertou,mas hoje está sob a terra .
Paulo Vasconcelos
O FADO NASCEU NO BRASIL, PÁ!
por santhaela |
CEPE |
POR HOMERO FONSECA RECIFE PE- CLIQUE NO TÍTULO E VÁ DIRETO AO ORIGNAL- EU RECOMENDO É MEU CONTERRÂNEO
HOMERO FONSECA
Quando eu estava pesquisando para escrever a nota “O frevo que não é frevo” deparei-me com uma informação curiosa: a possibilidade de o fado estar entre os componentes da origem dos blocos e das marchas-de-bloco (que Nélson Ferreira batizou, por imposições da discografia comercial, de frevo-de-bloco). E, ao final da pesquisa, veio-me a surpresa maior: o próprio fado, música nacional portuguesa, definidor da própria identidade lusitana, não nasceu em Portugal, mas... no Brasil!
Vamos por partes.
Quando eu era editor da revista Continente, publicamos, na edição nº 50, de fevereiro de 2005), o artigo “Frevo e fado: uma saudade só”, de autoria do escritor português António de Campos, em que ele destrincha, com abundantes informações, a influência do fado nos blocos e marchas-de-bloco do Carnaval do Recife. Ele começa citando a temática comum aos dois gêneros musicais, a saudade. Depois, informa que, em 1888, no Recife, surgiu o Clube Carnavalesco Canna Verde, dança folclórica do Minho, donde boa parte da colônia portuguesa procedia, apontando a agremiação como “o mais antigo ancestral do bloco carnavalesco misto” (que somente apareceria com as feições nos anos 20 do século XX, com o Batutas da Boa Vista), que se apresentava cantando fados. Outros grupos do mesmo gênero desfilavam no Recife, como Os Fadistas, Imigrantes Portugueses, Bairrinos Portugueses e o Canna Roxa.
Finaliza Campos:
“Com toda essa efervescência do começo do século, com “fados de arrebatar” cantados por portugueses acompanhados por crioulas orquestras de pau-e-corda; Saudade de Portugal em Pernambuco anulada de pandeiro na mão; jornais carnavalescos publicando poemas onde o eu lírico do poeta se confunde com o fado e clubes desfilando em pleno centro do Recife vestidos à moda dos ranchos portugueses e dos grupos de desfilantes das juninas marchas populares lisboetas, nada seria mais justo do que admitir que tal burburinho de vida deitou raízes e frutos, deixou no modo de trajar dos blocos de Carnaval de Pernambuco e, fundamentalmente, no modo próprio de se compor frevos para aqueles blocos – uma Saudade sabendo a Portugal.”
Em Vitória de Santo Antão, cidade próxima ao Recife, de colonização açoriana, os clubes de fados estavam no auge na década de 1920, havendo ainda hoje um remanescente ativo: o Clube de Fados Taboquinhas, fundado em 1924. Como os atuais blocos líricos, esses grupos portavam um flabelo (espécie de estandarte retangular de madeira) e desfilavam protegidos por cordões.
A jornalista e pesquisadora Maria Alice Amorim (“O avesso e o plural na folia”, in: Jadir de Morais Pessoa: Aprender e ensinar nas festas populares) relata que o Taboquinhas, provavelmente derivado do Caninha Verde, ganhou esse nome por conta das taboquinhas (espécie de bambu) pintadas de verde, de cerca de 1,5m de comprimento, que os desfilantes carregam, batendo-as no chão para marcar o ritmo. Maria Alice conclui, enfaticamente: “E a música tem evidente vinculação com o frevo-de-bloco, inclusive pela presença de instrumentos de pau e corda: violino, rabeca, cavaquinho, violão, atabaque, pandeiro. As coreografias consistem em evoluções no cordão.” Evidenciado, portanto, o parentesco mais próximo da marcha-de-bloco com o fado do que com o frevo, vamos à segunda parte.
E o fado, de onde veio?
O FADO NASCEU NO BRASIL, PÁ!
Para minha surpresa, no decorrer da pesquisa, encontro a constatação de que a origem do fado estaria no Brasil.
Mário Souto Maior, folclorista pernambucano já falecido, afirma em seu “Dicionário de Folclore para Estudantes” (http://www.soutomaior.eti.br/mario/paginas/dic_f.htm): "O fado é uma canção popular portuguesa, mas de origem brasileira. Quando a corte portuguesa se estabeleceu no Brasil, em 1808, os nobres gostaram muito do lundu brasileiro. De volta a Portugal, os nobres e músicos lusitanos deram ao lundu, com algumas modificações, o nome de fado, como é conhecido hoje.”
A tese é defendida por ninguém menos que Cầmara Cascudo, em entrevista à revista Manchete (nº 619, de 29/02/1964):
“Veja você se não é curioso: o desafio, que é português, vem pro Brasil e se torna popular, e o fado, que é eminentemente brasileiro, se torna canção nacional em Portugal. Os portugueses que voltaram com D. João VI é que levaram o fado.”
E Mário de Andrade foi mais longe, em sua “Pequena História da Música”, esclarecendo que, nascendo no Brasil, a partir do lundu de origem africana, o fado foi levado para Portugal por marinheiros, sendo introduzido pouco a pouco nos bairros típicos da cidade de Lisboa.
Mas o que dizem os patrícios a respeito?
O mais comum é proclamar-se serem desconhecidas as verdadeiras origens do fado, mas a própria Enciclopédia Luso-Brasileira reconhece a origem brasileira do ritmo nacional português. Discute-se se o fado chegou via marinheiros ou estudantes, assim como as influências da cultura árabe e das canções medievais. Possivelmente, tendo como matriz o lundu, a canção surgida no Rio de Janeiro incorporou em Portugal aqueles outros elementos, até tomar a configuração atual, marcada pelo lirismo, pelo sentimento da saudade, pelo canto vocal e forte participação da guitarra portuguesa.
Se foi levado a Portugal pela corte portuguesa retornada, por estudantes brasileiros em Lisboa ou por marinheiros saudosos – é objeto de controvérsias, mas a origem brasileira parece patente, com as misturas que, em Lisboa e Coimbra, lhes foram acrescentadas, dando-lhe o tempero especificamente lusitano e regional.
O musicólogo norte-americano Joe Bendel (professor da NYU) refere-se ao fado como produto de um fenômeno denonimado “reverse cultural colonialism” (colonialismo cultural reverso):
“In what might be called reverse cultural colonialism, many musicologists consider the Brazilian fado a product of Brazilian popular musical forms, re-imported back into Portugal, where it perhaps mixed with lingering Moorish influences. The traditional fado is often described with terms of wistful longing, telling stories of love and loss among the Portuguese working class.” Que traduzo mais ou menos assim: “No que talvez possa ser chamado “colonialismo cultural reverso', muitos musicólogos consideram o fado resultado de formas musicais brasileiras, re-importado para Portugal, onde talvez tenha se misturado à longa influência mourisca. O fado tradicional é frequentemente descrito com termos como melancolia e saudade, contando histórias de amor e perda entre a classe trabalhadora portuguesa.”
Portanto, se a marcha-de-bloco (elemento tão forte da identidade pernambucana) veio do fado (elemento definidor por excelência do caráter lusitano), este, em última instância, seria oriundo do banzo africano (musicalmente expresso no lundu).
Esses são os sinuosos caminhos do hibridismo cultural.
E viva a marcha-de-bloco, viva o fado e viva o lundu!
Veja excelente resumo das discussões do lado de lá do Atlântico sobre as origens do fado no saite:
http://74.125.93.132/search?q=cache:NSGBKkoepNkJ:www.samba-choro.com.br/s-c/tribuna/samba-choro.0004/0258.html+hist%C3%B3ria+do+fado&cd=5&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
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sábado, 24 de julho de 2010
Nara Leão a musa dos Trópicos' de Cássio Cavalcante EU RECOMENDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O livro 'Nara Leão a musa dos Trópicos' de Cássio Cavalcante foi lançado em João Pessoa no dia 30, às 19h, no Zarinha Centro de Cultura, em Tambaú. Nara Leão mais que uma cantora, foi uma das personagens do Brasil mais importante na época em que viveu.
Musa da Bossa Nova, o apartamento de seus pais foi um dos berços do movimento musical que ganhou o mundo. O primeiro disco foi uma surpresa, resgatou o samba de morro quando se esperava o amor, o sorriso e a flor.
Foi porta voz de toda população intelectual do país após o golpe militar de 1964, no Show de protesto 'Opinião' ao lado de Zé Kety e João do Vale. Quando todos estavam protestando cantou com o Brasil 'A Banda'.
Lançou talentos como Chico Buarque de Holanda e Edu Lobo. Apoiou artista no inicio da carreira como Martinho da Vila e Fagner.
Foi à primeira cantora consagrada que deu apoio ao movimento música tropicalismo, foi simpática a Jovem guarda. Também foi a primeira a gravar um disco só de músicas de Roberto e Erasmo Carlos. Ainda foi o primeiro artista brasileiro a gravar no sistema de compact disc, o CD. Não aderia a modas, as fazia. O Texto na orelha do livro é do cineasta Cacá Diegues.
O Autor - Cássio Murilo Coelho Cavalcante, administrador, cearense, nascido em Fortaleza, casado. Adepto a oficina literária do escritor Raimundo Carrero desde 2003. Teve inicio na literatura como contista. Tem contos publicados em antologias como nos cinco números de 'Contos de Oficina', organizados por Raimundo Carrero e Antologia das Águas.
Organizou e participou do livro os 'Mistérios de Cada Um'. Publicou ainda na revista Caruaru Hoje e nos Jornais Gazeta do Escritor e Gazeta Nossa. Nesse último se tornou colaborador com a coluna Bate-papo Literal onde entrevista os principais nomes que fazem a literatura pernambucana.
Já passaram pela coluna, Raimundo Carrero, Abelardo da Hora, Marcus Aciolly, Fátima Quintas e Luzilá Gonçalves entre outros. Lança em março deste ano o livro Nara Leão A Musa dos Trópicos, uma biografia da cantora. Secretário Geral da UBE – PE, União Brasileira dos Escritores Secção pernambucana. Coordena dois projetos da UBE, Ficção em Pernambuco na livraria Saraiva e A Cultura e a Arte em Pernambuco, na livraria Cultura.
CONTINENTE !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ADEUS A PAULO MOURA
A emocionante despedida de Paulo Moura
Olá, amigos
Essa semana, o incomparável Paulo Moura nos deixou. Mas dois dias antes, os seus grandes amigos músicos maravilhosos como ele fizeram uma singela e emocionante despedida na varanda da clínica onde ele se encontrava internado.
Mesmo sem forças, ele fez questão de se juntar aos músicos e tocar pela última vez a música "Doce de Coco" de Jacob do Bandolim, acompanhado ao piano por Wagner Tiso.
Uma bela despedida. É difícil não se emocionar. Viva Paulo Moura e vivam para sempre os grandes músicos da música brasileira.
http://blogdodenilsonsantos.blogspot.com/2010/07/emocionante-despedida-de-paulo-moura.html
Olá, amigos
Essa semana, o incomparável Paulo Moura nos deixou. Mas dois dias antes, os seus grandes amigos músicos maravilhosos como ele fizeram uma singela e emocionante despedida na varanda da clínica onde ele se encontrava internado.
Mesmo sem forças, ele fez questão de se juntar aos músicos e tocar pela última vez a música "Doce de Coco" de Jacob do Bandolim, acompanhado ao piano por Wagner Tiso.
Uma bela despedida. É difícil não se emocionar. Viva Paulo Moura e vivam para sempre os grandes músicos da música brasileira.
http://blogdodenilsonsantos.blogspot.com/2010/07/emocionante-despedida-de-paulo-moura.html
segunda-feira, 19 de julho de 2010
EUA impedem Cuba de comprar remédios contra o câncer
EUA impedem Cuba de comprar remédios contra o câncer
em 13/07/2010 (38 leituras)
Várias personalidades importantes da Revolução Cubana participaram da XVIII Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, entre elas Juan Carlos Machado, diretor do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (Icap) e um dos responsáveis pelas brigadas de trabalho voluntário em Cuba. Em entrevista a A Verdade, ele fala sobre os 50 anos que o Icap completa este ano, das brigadas de trabalho voluntário e do movimento de solidariedade a Cuba no Brasil e no mundo.
A Verdade – Qual o trabalho do Icap?
Juan Carlos Machado – O Icap é continuação do processo revolucionário cubano; Foi uma das primeiras medidas adotadas pela revolução para criar um elo, entre povo e povo, que pudesse significar solidariedade e amizade com Cuba, que ficou muito tempo separada do mundo. Isso aconteceu porque Cuba era um país que fizera uma revolução na América Latina e no Caribe – e o imperialismo e o capitalismo romperam todo tipo de relação conosco, exceto o México, o único que conosco manteve relações diplomáticas. Então, para poder mostrar os resultados do que viria a ser a revolução, o governo revolucionário criou o Instituto Cubano de Amizade com os Povos, a fim de que os amigos de Cuba que quisessem conhecer a realidade do nosso país, pudessem ir lá vê-la e difundi-la em seus países. Hoje estamos cercados, do mesmo modo que estávamos no primeiro dia. Assim, se não tivéssemos criado o Icap em dezembro de 1960, hoje teríamos de criá-lo. O bloqueio, a desinformação, a calúnia contra Cuba, os cinco presos provam isso.
A Verdade – Como se estrutura o Icap?
Juan - O Icap tem uma direção em Cuba, uma presidência do Instituto, e, além disso, tem diferentes funcionários que atendem à Europa, América Latina, África, Ásia, Oriente Médio e América do Norte (incluindo Porto Rico, Canadá e Estados Unidos). Cuidamos, entre outras coisas, da migração cubana ao exterior e do acampamento internacional para as Brigadas de Solidariedade. Também foram se criando, pouco a pouco, em Cuba, delegações ou representações do Icap que são “casas de amizade”. Essas casas atendem aos amigos, ao trabalho de solidariedade, aos estudantes que realizam atividades políticas, aos embaixadores, às personalidades que vão visitar Cuba em cada lugar. E, dessa forma, o Icap funciona integralmente com os amigos, no exterior e dentro do país.
A Verdade – Quais as principais atividades do Icap nesses 50 anos?
Juan - Diria que a primeira foi – e é – promover a solidariedade que temos com os povos da África, América Latina e Caribe. O Icap tem sido o condutor dessa linha de solidariedade com todos os países da Africa subsaariana (países geralmente em piores condições que os demais). E Cuba tem tido uma atenção direta com estes países subsaarianos, fortalecendo relações e trazendo muitas crianças que ficaram órfãs por lá, vítimas das guerras que mataram seus pais. Muitas dessas crianças têm chegado a Cuba com dois ou quatro anos de vida. E Cuba as tem atendido, preparado, proporcionado educação, carreira acadêmica – até há alguns já com três títulos. Elas têm aprendido diferentes profissões. Algumas têm podido retornar. Outras ainda permanecem em Cuba e nosso país tem dado uma atenção especial a isso. Na América Latina, a partir dos golpes militares, também houve muita emigração de dirigentes políticos. Então o Icap sentiu-se na responsabilidade também de atender a todos esses exilados, que desde o primeiro momento têm sido alimentados e e cuidados. Essa era outra tarefa muito importante para a América Latina e o Caribe. Outro objetivo é manter sempre informado o mundo, por meio dos amigos de Cuba, sobre o bloqueio dos EUA ao país. Sobre todos os danos que esse bloqueio causa a Cuba. Isso é uma tarefa permanente do Icap e de todas as associações de amizade que se criam. E o primeiro objetivo das associações, além de divulgar o bloqueio, é divulgar que os EUA não permitem que compremos medicamentos de lá para crianças de três ou quatro anos com câncer, obrigando-nos a percorrer o mundo todo para obtê-lo. Impedem a medicina para as crianças! É um bloqueio criminoso e genocida. E o Icap tem como princípio estar sempre informando tanta gente sobre o bloqueio. Até cidadãos americanos não podem fazer turismo em Cuba. Por que, se a Constituição de seu país diz que cada cidadão é livre de visitar qualquer país? Menos Cuba? Também durante a guerra do Vietnã, em 1967, fizemos uma campanha muito forte por aquele país, até mesmo oferecendo nossa própria vida. E demos nosso sangue aos vietnamitas. E o Icap também promoveu toda essa ajuda humanitária e informação para o Vietnã. O mesmo fizemos por Angola e pela África, mantendo toda a informação oferecida aos povos desses países. Não com os governos, mas de povo a povo, independentemente de se o governo é de esquerda.
Também tivemos o caso de Elián González, depois o dos cinco prisioneiros cubanos nos EUA – e estamos com essa missão histórica de lutar até que os cinco retornem, informando a todo o mundo que não são terroristas. Cuba triunfou, demonstrou que, mesmo estando tão perto dos EUA, podemos ser livres. Eles não vão entender nunca como Cuba, uma ilha bloqueada há 50 anos, pode se manter, por tantos anos, na história.
A Verdade – Qual a importância das Convenções de Solidariedade a Cuba?
Juan - As Convenções são encontros anuais que avaliam o que se fez no movimento de solidariedade a Cuba e dizem o que precisamos continuar fazendo. O bloqueio prossegue, o caso dos cinco também, mas as tarefas não são iguais. Por isso as Convenções são tão importantes. Primeiro porque esclarecem as coisas. Segundo, cada um conhece a situação da sua região. Também trazemos as inquietações e preocupações. Aqui trazemos, por exemplo, o representante da Escola Latino-Americana de Medicina (Elam) que mostra a dificuldade para os médicos revalidarem os diplomas [obtidos em Cuba] no Brasil. Já essa convenção foi muito importante porque fizeram coisas antes desta Convenção Nacional. Houve 13 convenções estaduais de solidariedade a Cuba. O maior número da história! Isso ajudou muito ao acúmulo de informações para esta convenção nacional. Também como resultado tivemos a participação certa do Brasil nos acampamentos de trabalho voluntário. Nos primeiros anos (de 95, 96 e 97) tivemos pouca participação do Brasil. Mas à medida que se foram criando as associações de solidariedade e foi lhes dada uma estrutura, não é só certa a participação como querem cada vez mais vagas para as Brigadas de Solidariedade. Sabemos o sacrifício que fazem os brasileiros para participar – pegam o dinheiro do fim de ano, pegam dinheiro emprestado... mas digo: nos primeiros anos das brigadas, a situação financeira era igual.
A Verdade – Qual o papel das brigadas?
Juan - As brigadas cumprem três objetivos fundamentais. Primeiro, conhecer Cuba, por meio de conferências sobre a sociedade e economia e suas diferenças com os Estados Unidos. Também se conhece sobre cultura e saúde pública. Isso é a teoria dada por funcionários. O segundo objetivo são as visitas aos centros de trabalho e estudo, às comunidades, encontro com a Associação de Combatentes Revolucionários Cubanos, encontro com os Comitês de Defesa da Revolução, encontro com a Federação das Mulheres, etc., para que possam conversar e os brigadistas perguntarem, e eles responderem, e assim conhecerem a realidade, de forma prática. Não só em Havana, mas em visita a outras províncias do país, para que possam ver como as decisões e o trabalho do governo da revolução têm chegado em todo o resto do país. Terceiro, temos que manter o trabalho voluntário, como defendeu o Che. Mantê-lo vivo para que cada um dê parte do seu sangue no trabalho, sem ter que receber a parte. Isso tudo ajuda a criar uma consciência humana. Assim, depois que você trabalhou no acampamento, que carregou caixas de tomate do campo, quando vai comer um tomate ou um vegetal dá graças aos operários e camponeses que produziram aquilo porque sabe o trabalho que se fez até se ter o tomate. Antes, a pessoa comia dois ou três tomates picados, alguns jogava fora, mas agora não: se comprar dois tomates, irá comer os dois tomates. É outro tipo de consciência. Então, por ano, se realizam de 12 a 15 brigadas por acampamento, delas participando cerca de 1.800 pessoas. E agora estas pessoas estão mudadas.
A Verdade – Quais as próximas metas do Icap?
Juan - Continuar criando solidariedade com os países aos quais nos falta chegar, como as pequenas ilhas do Oceano Pacífico. Temos que chegar a mais lugares. Temos já uma associação de amizade com Israel! Seu governo é mau, mas seu povo é bom. Com solidariedade, também podemos combater governos maus. Também temos que fortalecer a amizade com os povos com que já temos laços. Não só chegar aos países com laços, mas chegar ao povo norte-americano. Quando o povo norte-americano tiver consciência do fato dos Cinco Heróis, logo obrigarão Barack Obama a promover a libertação dos cinco, como fizeram com Elián. Naquele caso, quando o povo norte-americano tomou consciência da injustiça do caso de Elián, Elián regressou a Cuba. Foi assim!
A Verdade – Como é a participação de brigadistas vindos dos Estados Unidos?
Juan - Eles têm uma participação ativa de mais de 40 anos, na chamada brigada Venceremos. Essa brigada vem todos os anos, mesmo com seus membros correndo o risco de ser presos ou sofrer multa muito alta e ameaças psicológicas. Sabemos que o trabalho que fazem dentro do país é muito importante para a solidariedade a Cuba.
Eduardo Augusto, Paulo Tiecher e Geysa Karla
* Site do ICAP: www.icap.cu
em 13/07/2010 (38 leituras)
Várias personalidades importantes da Revolução Cubana participaram da XVIII Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, entre elas Juan Carlos Machado, diretor do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (Icap) e um dos responsáveis pelas brigadas de trabalho voluntário em Cuba. Em entrevista a A Verdade, ele fala sobre os 50 anos que o Icap completa este ano, das brigadas de trabalho voluntário e do movimento de solidariedade a Cuba no Brasil e no mundo.
A Verdade – Qual o trabalho do Icap?
Juan Carlos Machado – O Icap é continuação do processo revolucionário cubano; Foi uma das primeiras medidas adotadas pela revolução para criar um elo, entre povo e povo, que pudesse significar solidariedade e amizade com Cuba, que ficou muito tempo separada do mundo. Isso aconteceu porque Cuba era um país que fizera uma revolução na América Latina e no Caribe – e o imperialismo e o capitalismo romperam todo tipo de relação conosco, exceto o México, o único que conosco manteve relações diplomáticas. Então, para poder mostrar os resultados do que viria a ser a revolução, o governo revolucionário criou o Instituto Cubano de Amizade com os Povos, a fim de que os amigos de Cuba que quisessem conhecer a realidade do nosso país, pudessem ir lá vê-la e difundi-la em seus países. Hoje estamos cercados, do mesmo modo que estávamos no primeiro dia. Assim, se não tivéssemos criado o Icap em dezembro de 1960, hoje teríamos de criá-lo. O bloqueio, a desinformação, a calúnia contra Cuba, os cinco presos provam isso.
A Verdade – Como se estrutura o Icap?
Juan - O Icap tem uma direção em Cuba, uma presidência do Instituto, e, além disso, tem diferentes funcionários que atendem à Europa, América Latina, África, Ásia, Oriente Médio e América do Norte (incluindo Porto Rico, Canadá e Estados Unidos). Cuidamos, entre outras coisas, da migração cubana ao exterior e do acampamento internacional para as Brigadas de Solidariedade. Também foram se criando, pouco a pouco, em Cuba, delegações ou representações do Icap que são “casas de amizade”. Essas casas atendem aos amigos, ao trabalho de solidariedade, aos estudantes que realizam atividades políticas, aos embaixadores, às personalidades que vão visitar Cuba em cada lugar. E, dessa forma, o Icap funciona integralmente com os amigos, no exterior e dentro do país.
A Verdade – Quais as principais atividades do Icap nesses 50 anos?
Juan - Diria que a primeira foi – e é – promover a solidariedade que temos com os povos da África, América Latina e Caribe. O Icap tem sido o condutor dessa linha de solidariedade com todos os países da Africa subsaariana (países geralmente em piores condições que os demais). E Cuba tem tido uma atenção direta com estes países subsaarianos, fortalecendo relações e trazendo muitas crianças que ficaram órfãs por lá, vítimas das guerras que mataram seus pais. Muitas dessas crianças têm chegado a Cuba com dois ou quatro anos de vida. E Cuba as tem atendido, preparado, proporcionado educação, carreira acadêmica – até há alguns já com três títulos. Elas têm aprendido diferentes profissões. Algumas têm podido retornar. Outras ainda permanecem em Cuba e nosso país tem dado uma atenção especial a isso. Na América Latina, a partir dos golpes militares, também houve muita emigração de dirigentes políticos. Então o Icap sentiu-se na responsabilidade também de atender a todos esses exilados, que desde o primeiro momento têm sido alimentados e e cuidados. Essa era outra tarefa muito importante para a América Latina e o Caribe. Outro objetivo é manter sempre informado o mundo, por meio dos amigos de Cuba, sobre o bloqueio dos EUA ao país. Sobre todos os danos que esse bloqueio causa a Cuba. Isso é uma tarefa permanente do Icap e de todas as associações de amizade que se criam. E o primeiro objetivo das associações, além de divulgar o bloqueio, é divulgar que os EUA não permitem que compremos medicamentos de lá para crianças de três ou quatro anos com câncer, obrigando-nos a percorrer o mundo todo para obtê-lo. Impedem a medicina para as crianças! É um bloqueio criminoso e genocida. E o Icap tem como princípio estar sempre informando tanta gente sobre o bloqueio. Até cidadãos americanos não podem fazer turismo em Cuba. Por que, se a Constituição de seu país diz que cada cidadão é livre de visitar qualquer país? Menos Cuba? Também durante a guerra do Vietnã, em 1967, fizemos uma campanha muito forte por aquele país, até mesmo oferecendo nossa própria vida. E demos nosso sangue aos vietnamitas. E o Icap também promoveu toda essa ajuda humanitária e informação para o Vietnã. O mesmo fizemos por Angola e pela África, mantendo toda a informação oferecida aos povos desses países. Não com os governos, mas de povo a povo, independentemente de se o governo é de esquerda.
Também tivemos o caso de Elián González, depois o dos cinco prisioneiros cubanos nos EUA – e estamos com essa missão histórica de lutar até que os cinco retornem, informando a todo o mundo que não são terroristas. Cuba triunfou, demonstrou que, mesmo estando tão perto dos EUA, podemos ser livres. Eles não vão entender nunca como Cuba, uma ilha bloqueada há 50 anos, pode se manter, por tantos anos, na história.
A Verdade – Qual a importância das Convenções de Solidariedade a Cuba?
Juan - As Convenções são encontros anuais que avaliam o que se fez no movimento de solidariedade a Cuba e dizem o que precisamos continuar fazendo. O bloqueio prossegue, o caso dos cinco também, mas as tarefas não são iguais. Por isso as Convenções são tão importantes. Primeiro porque esclarecem as coisas. Segundo, cada um conhece a situação da sua região. Também trazemos as inquietações e preocupações. Aqui trazemos, por exemplo, o representante da Escola Latino-Americana de Medicina (Elam) que mostra a dificuldade para os médicos revalidarem os diplomas [obtidos em Cuba] no Brasil. Já essa convenção foi muito importante porque fizeram coisas antes desta Convenção Nacional. Houve 13 convenções estaduais de solidariedade a Cuba. O maior número da história! Isso ajudou muito ao acúmulo de informações para esta convenção nacional. Também como resultado tivemos a participação certa do Brasil nos acampamentos de trabalho voluntário. Nos primeiros anos (de 95, 96 e 97) tivemos pouca participação do Brasil. Mas à medida que se foram criando as associações de solidariedade e foi lhes dada uma estrutura, não é só certa a participação como querem cada vez mais vagas para as Brigadas de Solidariedade. Sabemos o sacrifício que fazem os brasileiros para participar – pegam o dinheiro do fim de ano, pegam dinheiro emprestado... mas digo: nos primeiros anos das brigadas, a situação financeira era igual.
A Verdade – Qual o papel das brigadas?
Juan - As brigadas cumprem três objetivos fundamentais. Primeiro, conhecer Cuba, por meio de conferências sobre a sociedade e economia e suas diferenças com os Estados Unidos. Também se conhece sobre cultura e saúde pública. Isso é a teoria dada por funcionários. O segundo objetivo são as visitas aos centros de trabalho e estudo, às comunidades, encontro com a Associação de Combatentes Revolucionários Cubanos, encontro com os Comitês de Defesa da Revolução, encontro com a Federação das Mulheres, etc., para que possam conversar e os brigadistas perguntarem, e eles responderem, e assim conhecerem a realidade, de forma prática. Não só em Havana, mas em visita a outras províncias do país, para que possam ver como as decisões e o trabalho do governo da revolução têm chegado em todo o resto do país. Terceiro, temos que manter o trabalho voluntário, como defendeu o Che. Mantê-lo vivo para que cada um dê parte do seu sangue no trabalho, sem ter que receber a parte. Isso tudo ajuda a criar uma consciência humana. Assim, depois que você trabalhou no acampamento, que carregou caixas de tomate do campo, quando vai comer um tomate ou um vegetal dá graças aos operários e camponeses que produziram aquilo porque sabe o trabalho que se fez até se ter o tomate. Antes, a pessoa comia dois ou três tomates picados, alguns jogava fora, mas agora não: se comprar dois tomates, irá comer os dois tomates. É outro tipo de consciência. Então, por ano, se realizam de 12 a 15 brigadas por acampamento, delas participando cerca de 1.800 pessoas. E agora estas pessoas estão mudadas.
A Verdade – Quais as próximas metas do Icap?
Juan - Continuar criando solidariedade com os países aos quais nos falta chegar, como as pequenas ilhas do Oceano Pacífico. Temos que chegar a mais lugares. Temos já uma associação de amizade com Israel! Seu governo é mau, mas seu povo é bom. Com solidariedade, também podemos combater governos maus. Também temos que fortalecer a amizade com os povos com que já temos laços. Não só chegar aos países com laços, mas chegar ao povo norte-americano. Quando o povo norte-americano tiver consciência do fato dos Cinco Heróis, logo obrigarão Barack Obama a promover a libertação dos cinco, como fizeram com Elián. Naquele caso, quando o povo norte-americano tomou consciência da injustiça do caso de Elián, Elián regressou a Cuba. Foi assim!
A Verdade – Como é a participação de brigadistas vindos dos Estados Unidos?
Juan - Eles têm uma participação ativa de mais de 40 anos, na chamada brigada Venceremos. Essa brigada vem todos os anos, mesmo com seus membros correndo o risco de ser presos ou sofrer multa muito alta e ameaças psicológicas. Sabemos que o trabalho que fazem dentro do país é muito importante para a solidariedade a Cuba.
Eduardo Augusto, Paulo Tiecher e Geysa Karla
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quinta-feira, 15 de julho de 2010
Alan Pauls na UFSC
Evento: Alan Pauls na UFSC
Festejado pelo mundo afora como um dos mais expressivos e impactantes escritores latino-americanos surgidos na última década, Alan Pauls estará em Florianópolis na segunda-feira dia 14, às 18:30h, no Auditório da Reitoria da UFSC. Autor de "O passado", seu romance mais famoso, levado ao cinema em 2007 por Hector Babenco, o escritor argentino é o próximo convidado do ciclo "O Pensamento no século XXI", promovido pela Secretaria de Cultura e Arte e Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFSC. Sua palestra na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) este ano é uma das atrações mais aguardadas do evento, devendo ultrapassar o sucesso de público de sua visita ao Brasil em 2007, quando falou ao lado da psicanalista Maria Rita Kehl sobre a provocação O amor é uma doença? Em Florianópolis, Pauls profere a conferência Elogio do Sotaque, no quarto encontro do ciclo O Pensamento do Século XXI deste ano, que já trouxe o italiano Emanuele Coccia, a francesa Liliane Meffre e o norte-americano Christopher Dunn para debater questões emergentes da arte e do pensamento de vanguarda contemporâneos. Ganhador do conceituado prêmio Herralde, de literatura em língua espanhola, com "O passado", Pauls tem também História do Pranto traduzido no Brasil (pela Cosac Naify, em 2008) e uma obra breve, porém muito aclamada pela crítica internacional, com 11 títulos, vários deles traduzidos para o inglês, francês, alemão e outros idiomas. Nascido em Buenos Aires en 1959, Pauls é licenciado em letras, professor universitário, tradutor e colaborador em suplementos culturais, tanto em crítica cinematográfica quanto literária. Mantém uma coluna periodicamente na Folha de S.Paulo. Escreveu ensaios sobre literatura argentina, particularmente sobre a obra de Manuel Puig, Borges e Roberto Arlt. É autor de três novelas: “El pudor del pornógrafo”, publicada em 1984, “El coloquio”, de 1990, e “Wasabi”, 1994, todas traduzidas para o francês e outras línguas. Neste ano, a publicação de História del Pelo (História do cabelo), pela editora Argentina Anagrama, notabilizou-o como um dos mais brilhantes escritores da nova geração e concretizou o segundo volume da anunciada trilogia sobre os anos 70, que incluem o pranto, o cabelo e o dinheiro, designados pelo autor como os grandes fósseis e obsessões da época em questão. Neste último romance, um homem obcecado com o corte perfeito do cabelo e pelas suas reflexões capilares (eurecas epifânicas) serve como metáfora para uma humorada crítica contra a literatura testemunhal que recorre aos métodos mais convencionais, à frivolidade e à política. A despeito da influência da cultura francesa, Paul confessa sentir-se tão endogâmico como todo bom escritor argentino e é sobre a relação entre o universal e o particular em sua literatura que vai abordar na conferência. O passado gira em torno da saga de um casal que luta para se afastar e não se reduzir aos fantasmas do que foram, sobre o que o autor comenta: “Mais que a lembrança, os rastros do passado sempre assombram o presente e o futuro. Quando decretamos novos começos, ilusórios ou não, nem por isso conseguimos apagar nossa história: podemos apenas contá-la mais uma vez, quem sabe revisá-la ou corrigi-la, para pior ou para melhor”. Contardo Calligaris, quando do lançamento da versão cinematográfica do romance, observou que os personagens de Pauls circulam por interiores abarrotados de restos do passado: livros, fotografias, quadros, os inúmeros objetos que, a cada mudança de casa, confirmam que nunca conseguimos deixar para trás os vestígios de nossa vida pregressa. “À primeira vista — diz Calligaris —, isso pode parecer estranho. Afinal, estamos acostumados a pensar que, na modernidade, os indivíduos são definidos por suas potencialidades futuras mais do que pelo passado. Não é assim? Pois é, não exatamente. A modernidade começa quando paramos de deixar que a tradição diga quem somos. Mas se o legado da tradição se torna menos relevante, é justamente porque o que me constitui é minha história - não apenas a intensidade do momento e a audácia de meus planos, mas o conjunto das experiências que vivi”. O escritor, cineasta, dramaturgo, intérprete, tradutor argentino radicado na França Edgardo Cozarinsky é o próximo convidado do Ciclo. Sua conferência está marcada para o dia 1° de julho (quinta-feira), às 18h30min, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). Matéria de Raquel Wandelli (jornalista, SeCarte). Contatos: (48) 99110524 - 37219459 www.secarte.ufsc.br
Las peleas de la Iglesia
Las peleas de la Iglesia
POR JOSÉ MURILLO
retirado de The Clinc Chile
En 1610, hace exactamente 400 años, Galileo invitó a un grupo de clérigos a mirar por el telescopio que había obtenido en Holanda y que permitía ver más allá de lo que se puede ver a simple vista. Algunos de ellos no quisieron mirar por miedo a ver algo que desmintiera lo que decían las Santas Escrituras interpretadas por filósofos medievales neoaristotélicos. Preferían quedarse en el mundo seguro de su tradición, aunque fuese falso, antes que aventurarse a mirar el mundo real, el mundo de la experiencia. Galileo luego fue condenado por la Iglesia a decir que el movimiento de la tierra alrededor del sol, que se evidenciaba por la observación a través del telescopio, era falso. Fue obligado a decir públicamente: el mundo real es falso.
Después de un tiempo, la Iglesia tuvo que aceptar que la tierra, desobedeciendo a la tradición, sí rotaba alrededor del sol. Entonces, en un gesto de misericordia con el universo, para que la tierra no siguiera haciendo el loco y desobedeciendo a las leyes eternas, modificó la tradición. A lo largo de la historia, la Iglesia se ha ido tropezando una y otra vez con la verdad, y ha tenido que modificar sus leyes eternas para perdonar los saltos cuánticos del universo. Despreció a las mujeres, condenó a Darwin, a los judíos, calificó el ferrocarril y a la luz eléctrica como elementos diabólicos, etc. Puso a sus estudiosos a construir argumentos precisos para demostrar sus conclusiones previas, les regaló doctorados en Roma y en París y los transformó en voces legítimas en el mundo intelectual. Muchas de aquellas cosas que la Iglesia ha combatido con mayor violencia, el tiempo ha demostrado que eran piezas claves para la humanización de la historia, y que era eso justamente lo que había que mirar y escuchar. Lo que la tradición combate con mayor vehemencia parece ser lo que hay que escuchar con mayor atención. De hecho, el personaje que fue sacrificado de manera más cruda en la historia por cuestionar las tradiciones, es el mismo que la Iglesia parece desdoblar y presentar como si fuera el defensor de las tradiciones: Jesús. La Iglesia se olvidó que la tradición mató a Jesús porque la cuestionaba, porque desatendía los ritos, las ceremonias, las formas, y ponía la importancia en la verdad, la libertad, el amor. Estos tres conceptos son tan peligrosos para la tradición que hubo que transformarlos en valores inofensivos. La verdad se transformó en “adecuación del juicio”, la libertad en “libre albedrío” y el amor en “caridad”. Los niños entienden lo que es la libertad pero no el libre albedrío, entienden la verdad pero no la adecuación del juicio y entienden lo que es el amor pero no lo que es la caridad.
Hace un par de meses, el padre italiano Cantalamessa, predicador oficial del Papa Benedicto XVI, dijo que las acusaciones que se le hacían a la Iglesia de abuso sexual eran como el antisemitismo de principio del siglo XX. Judíos, religiosos, sobrevivientes de abusos, hombres de buena fe y sentido común, se miraron, se entristecieron, algunos se atoraron y tal vez recordaron los violentos ataques a Galileo 400 años atrás. La semana siguiente, el Papa en persona, después de haber mirado por el telescopio hacia Irlanda, Alemania, Estados Unidos, después de haber revisado un par de blogs y el New York Times, pidió perdón al mundo. Habrá que ver si el mundo perdonará al Papa y a la Iglesia por hacernos creer que no la Tierra, sino el Vaticano es el centro del universo.
POR JOSÉ MURILLO
retirado de The Clinc Chile
En 1610, hace exactamente 400 años, Galileo invitó a un grupo de clérigos a mirar por el telescopio que había obtenido en Holanda y que permitía ver más allá de lo que se puede ver a simple vista. Algunos de ellos no quisieron mirar por miedo a ver algo que desmintiera lo que decían las Santas Escrituras interpretadas por filósofos medievales neoaristotélicos. Preferían quedarse en el mundo seguro de su tradición, aunque fuese falso, antes que aventurarse a mirar el mundo real, el mundo de la experiencia. Galileo luego fue condenado por la Iglesia a decir que el movimiento de la tierra alrededor del sol, que se evidenciaba por la observación a través del telescopio, era falso. Fue obligado a decir públicamente: el mundo real es falso.
Después de un tiempo, la Iglesia tuvo que aceptar que la tierra, desobedeciendo a la tradición, sí rotaba alrededor del sol. Entonces, en un gesto de misericordia con el universo, para que la tierra no siguiera haciendo el loco y desobedeciendo a las leyes eternas, modificó la tradición. A lo largo de la historia, la Iglesia se ha ido tropezando una y otra vez con la verdad, y ha tenido que modificar sus leyes eternas para perdonar los saltos cuánticos del universo. Despreció a las mujeres, condenó a Darwin, a los judíos, calificó el ferrocarril y a la luz eléctrica como elementos diabólicos, etc. Puso a sus estudiosos a construir argumentos precisos para demostrar sus conclusiones previas, les regaló doctorados en Roma y en París y los transformó en voces legítimas en el mundo intelectual. Muchas de aquellas cosas que la Iglesia ha combatido con mayor violencia, el tiempo ha demostrado que eran piezas claves para la humanización de la historia, y que era eso justamente lo que había que mirar y escuchar. Lo que la tradición combate con mayor vehemencia parece ser lo que hay que escuchar con mayor atención. De hecho, el personaje que fue sacrificado de manera más cruda en la historia por cuestionar las tradiciones, es el mismo que la Iglesia parece desdoblar y presentar como si fuera el defensor de las tradiciones: Jesús. La Iglesia se olvidó que la tradición mató a Jesús porque la cuestionaba, porque desatendía los ritos, las ceremonias, las formas, y ponía la importancia en la verdad, la libertad, el amor. Estos tres conceptos son tan peligrosos para la tradición que hubo que transformarlos en valores inofensivos. La verdad se transformó en “adecuación del juicio”, la libertad en “libre albedrío” y el amor en “caridad”. Los niños entienden lo que es la libertad pero no el libre albedrío, entienden la verdad pero no la adecuación del juicio y entienden lo que es el amor pero no lo que es la caridad.
Hace un par de meses, el padre italiano Cantalamessa, predicador oficial del Papa Benedicto XVI, dijo que las acusaciones que se le hacían a la Iglesia de abuso sexual eran como el antisemitismo de principio del siglo XX. Judíos, religiosos, sobrevivientes de abusos, hombres de buena fe y sentido común, se miraron, se entristecieron, algunos se atoraron y tal vez recordaron los violentos ataques a Galileo 400 años atrás. La semana siguiente, el Papa en persona, después de haber mirado por el telescopio hacia Irlanda, Alemania, Estados Unidos, después de haber revisado un par de blogs y el New York Times, pidió perdón al mundo. Habrá que ver si el mundo perdonará al Papa y a la Iglesia por hacernos creer que no la Tierra, sino el Vaticano es el centro del universo.
terça-feira, 13 de julho de 2010
ARGENTNA NAS RUAS AINDA BRILHA COM O DINHEIRO DOS BRASILEIROS.
Disse-me um comerciante , em pleno feriado de 09 de julho, que se não fora o dinheiro dos Brasileiros o comércio e a Indústria do país estariam mal.Em que pese isto, não é todo comercio, hotéis que recebe a moeda Brasileira, e quando recebem desvalorizam bastante, entretanto neste último feriado-09 de julho -feriado lá da Independência - B AIRES: FLORIDA E PALERMO estavam repletas de moeda brasileira e portanto de brasileiros.
Os jogos da COPA 2010 excitavam os argentinos, ora torcendo pelo Uruguai , ora pelos Espanhóis.
Maradona, Don Diego, anda é venerado em que pese alguns falarem o contrário, dizendo que o mesmo já esta fora de moda e que seu tempo passou.
Enquanto isso a Sra. presidente -Cristina recebia Maradona na Casa Rosada, para ter os votos do povo , que ainda o admira.
O fato é que os Argentinos adoram mitos, e os fabrica muito bem e os venera.
Cristina por sua vez é bastante criticada pelo povo, que não admira sua relações com Evo nem muito menos com Chavez, dai este trio ser chamado por muitos de trio Los Panchos.
domingo, 11 de julho de 2010
EMILCE FUENZALIDA
Encontreia-a em Caminito-Argentina. Artista Plática, cineasta e sobretudo uma pessoa humana rica de valores e simpática, afora ser uma artista plástica de qualidade.
Visitem seu Blog...http://emilcefuenzalida.blogspot.com/
Entropía de la Mujer Comun
La mirada refleja el espíritu de la mujer, trasmisora de vida.
Vida que va llevando semillas de transformación en su cuerpo.
Vida que va trasformando sus circunstancias de destino al continuar su linea de existencia su evolución y transformación.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
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