sábado, 27 de fevereiro de 2010
CHILE -TERREMOTO
Ya son 147 los muertos por el violento terremoto en Chile
Hace 24' | Durante la madrugada de hoy se produjo un sismo de 8,8 grados de magnitud en la escala de Richter; la presidenta Michelle Bachelet sobrevoló la zona afectada, tras decretar tres zonas de catástrofe; consideró que el país está en condiciones de responder a las necesidades; varias regiones fueron declaradas zonas de catástrofe; desde la Argentina, cancelan los vuelos al país vecino por el cierre del aeropuerto de Santiago
Direita tem nova estratégia para tentar desmontar Dilma Rousseff
Cristóvão Feil, do http://diariogauche.blogspot.com/
Adeus ao método Zé do Caixão
Os jornais da direita brasileira - o denominado Partido da Imprensa Golpista (PIG) - estão começando uma campanha contra a ministra Dilma Rousseff, virtual candidata do presidente Lula à presidência da Republica em 2010. Quem dá a largada é o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, pertencente ao grupo RBS, um dos grandes beneficiários sulinos da ditadura civil-militar que assolou o País de 1964 a 1985.
A abordagem da campanha contra a única candidata da esquerda com vivas chances de vitória parte de uma estratégia oblíqua e por isso sutil e astuciosa. Trata-se de identificar a candidata Dilma como protagonista de cenários de conflito, de situações pregressas de confronto, de perturbações da ordem, de sublevação social, de motim contra o establishment, etc. A idéia é aterrar a classe média e deixar os investidores com as barbas de molho.
A série de reportagens de ZH, denominada "Os infiltrados", publicadas de domingo até ontem (3/2), tem como objetivo isso: reunir elementos objetivos e sobretudo subjetivos que apontem Dilma Rousseff como alguém com um perfil muito próximo de ser considerado como o de uma "terrorista" - na releitura ampla dada ao vocábulo por parte de Bush Jr. e o ultrapragmatismo Neoconservador com viés bélico - fonte na qual dez entre dez jornais brasileiros beberam até a embriaguez.
Em publicidade, essa velha técnica é denominada merchandising editorial (ou tie-in, no jargão norte-americano de publicidade & propaganda). Consiste em diluir o objeto da reportagem, no caso, a desconstrução da imagem da candidata lulista, em uma narrativa com muitos protagonistas, formando um painel abrangente e elucidativo de fatos obscuros ou mal contados pela história recente. O tie-in na publicidade comercial da televisão, por exemplo, é a introdução sutil de uma certa marca de carro na cena onde o mocinho persegue o bandido, ou de um refrigerante na cena doméstica da novela seriada. A força do apelo comercial está precisamente na sutileza e não na ênfase grosseira dos comerciais da publicidade comum.
A técnica da reportagem do tipo tie-in - desfocar para crivar com mais eficácia - está sendo uma das estratégicas do PIG, seus agentes e operadores. Só que ao invés de promover o seu objeto de incidência, como faz a publicidade comercial, no caso do jornalismo ideologizado do PIG, ao contrário, procura rebaixar a sua reputação e prestígio social.
Temos informações seguríssimas que a matéria de Zero Hora é apenas a primeira de outras tantas que estão sendo preparadas pela imprensa direitista brasileira. A revista Veja estaria preparando uma matéria sobre o famoso roubo do cofre do ex-governador Adhemar de Barros, de São Paulo, ocorrido em julho de 1969. A rigor, é a mesma matéria requentada da edição 1.785, de Veja, de 15 de janeiro de 2003. Só que naquela ocasião, o tom do texto era grosseiro, inquisitorial e policialesco, cenas de filme B. Com a nova estratégia tie-in, a matéria deverá ser mais extensa, na forma de um painel (pseudo) histórico, com mais personagens e um tratamento refinado e sutil ao texto.
Será mais para o cinema de Ingmar Bergman do que para o de Zé do Caixão.
........................
Alguém ainda terá dúvida sobre o caráter orgânico-partidário da grande imprensa brasileira? Um bloco unido, coeso, linha ideológica única, discurso afinado, militância articulada, ações coordenadas, intelectual orgânico de setores da classe média (urbana e rural), classes proprietárias, lúmpen-burguesia, do agronegócio exportador, setores bancário-financeiros, de representantes e associados dos interesses corporativos internacionais, militares com interesses econômicos e negociais, etc.
A prova evidente do caráter partidário da mídia brasuca é a flacidez dos partidos cartoriais tradicionais - PSDB, Democratas, PMDB, PPS, PTB, e outros menos votados.
Quanto mais a mídia faz-se porta-voz potente da direita, mais obsoleta e irrelevante torna a existência das aglomerações parlamentares-eleitorais, que acabam servindo só para registro legal de candidaturas junto à Justiça Eleitoral e valhacouto de lúmpens ascensionais.
Como alguém já disse, acho que foi o Stedile, os parlamentares e políticos profissionais deveriam - em vez de se identificar pelas siglas partidárias - usar jalecos ou macacões (como na Fórmula Um) com as logomarcas dos seus patrocinadores - aos quais dedicam as suas carreiras públicas como zelosos funcionários corporativos subalternos.
P.S.: Recebo nota do leitor Amaury: "Feil, pede aos teus leitores que alguém explique o que significa a frase que dá título à matéria de ZH, 'PM vira cabeludo com jeito hippie para investigar'. O que será que o editor quis dizer?"
Adeus ao método Zé do Caixão
Os jornais da direita brasileira - o denominado Partido da Imprensa Golpista (PIG) - estão começando uma campanha contra a ministra Dilma Rousseff, virtual candidata do presidente Lula à presidência da Republica em 2010. Quem dá a largada é o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, pertencente ao grupo RBS, um dos grandes beneficiários sulinos da ditadura civil-militar que assolou o País de 1964 a 1985.
A abordagem da campanha contra a única candidata da esquerda com vivas chances de vitória parte de uma estratégia oblíqua e por isso sutil e astuciosa. Trata-se de identificar a candidata Dilma como protagonista de cenários de conflito, de situações pregressas de confronto, de perturbações da ordem, de sublevação social, de motim contra o establishment, etc. A idéia é aterrar a classe média e deixar os investidores com as barbas de molho.
A série de reportagens de ZH, denominada "Os infiltrados", publicadas de domingo até ontem (3/2), tem como objetivo isso: reunir elementos objetivos e sobretudo subjetivos que apontem Dilma Rousseff como alguém com um perfil muito próximo de ser considerado como o de uma "terrorista" - na releitura ampla dada ao vocábulo por parte de Bush Jr. e o ultrapragmatismo Neoconservador com viés bélico - fonte na qual dez entre dez jornais brasileiros beberam até a embriaguez.
Em publicidade, essa velha técnica é denominada merchandising editorial (ou tie-in, no jargão norte-americano de publicidade & propaganda). Consiste em diluir o objeto da reportagem, no caso, a desconstrução da imagem da candidata lulista, em uma narrativa com muitos protagonistas, formando um painel abrangente e elucidativo de fatos obscuros ou mal contados pela história recente. O tie-in na publicidade comercial da televisão, por exemplo, é a introdução sutil de uma certa marca de carro na cena onde o mocinho persegue o bandido, ou de um refrigerante na cena doméstica da novela seriada. A força do apelo comercial está precisamente na sutileza e não na ênfase grosseira dos comerciais da publicidade comum.
A técnica da reportagem do tipo tie-in - desfocar para crivar com mais eficácia - está sendo uma das estratégicas do PIG, seus agentes e operadores. Só que ao invés de promover o seu objeto de incidência, como faz a publicidade comercial, no caso do jornalismo ideologizado do PIG, ao contrário, procura rebaixar a sua reputação e prestígio social.
Temos informações seguríssimas que a matéria de Zero Hora é apenas a primeira de outras tantas que estão sendo preparadas pela imprensa direitista brasileira. A revista Veja estaria preparando uma matéria sobre o famoso roubo do cofre do ex-governador Adhemar de Barros, de São Paulo, ocorrido em julho de 1969. A rigor, é a mesma matéria requentada da edição 1.785, de Veja, de 15 de janeiro de 2003. Só que naquela ocasião, o tom do texto era grosseiro, inquisitorial e policialesco, cenas de filme B. Com a nova estratégia tie-in, a matéria deverá ser mais extensa, na forma de um painel (pseudo) histórico, com mais personagens e um tratamento refinado e sutil ao texto.
Será mais para o cinema de Ingmar Bergman do que para o de Zé do Caixão.
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Alguém ainda terá dúvida sobre o caráter orgânico-partidário da grande imprensa brasileira? Um bloco unido, coeso, linha ideológica única, discurso afinado, militância articulada, ações coordenadas, intelectual orgânico de setores da classe média (urbana e rural), classes proprietárias, lúmpen-burguesia, do agronegócio exportador, setores bancário-financeiros, de representantes e associados dos interesses corporativos internacionais, militares com interesses econômicos e negociais, etc.
A prova evidente do caráter partidário da mídia brasuca é a flacidez dos partidos cartoriais tradicionais - PSDB, Democratas, PMDB, PPS, PTB, e outros menos votados.
Quanto mais a mídia faz-se porta-voz potente da direita, mais obsoleta e irrelevante torna a existência das aglomerações parlamentares-eleitorais, que acabam servindo só para registro legal de candidaturas junto à Justiça Eleitoral e valhacouto de lúmpens ascensionais.
Como alguém já disse, acho que foi o Stedile, os parlamentares e políticos profissionais deveriam - em vez de se identificar pelas siglas partidárias - usar jalecos ou macacões (como na Fórmula Um) com as logomarcas dos seus patrocinadores - aos quais dedicam as suas carreiras públicas como zelosos funcionários corporativos subalternos.
P.S.: Recebo nota do leitor Amaury: "Feil, pede aos teus leitores que alguém explique o que significa a frase que dá título à matéria de ZH, 'PM vira cabeludo com jeito hippie para investigar'. O que será que o editor quis dizer?"
El Constitucional colombiano cierra la vía a un tercer mandato de Uribe El tribunal se pronuncia por mayoría contra el referéndum para la reelección
El presidente colombiano, durante un acto ayer en Barranquilla (Colombia), en el que aseguró que acata la decisión de la Corte Constitucional de vetar el referéndum- EFEPILAR LOZANO | Bogotá 27/02/2010
Vota Resultado 156 votos
El próximo 7 de agosto terminará el reinado de ocho años del presidente de Colombia, Álvaro Uribe. El Tribunal Constitucional, por una votación de siete contra dos, cerró la puerta a la posibilidad de que Uribe se presente como candidato el próximo 30 de mayo para un tercer periodo consecutivo al rechazar el referéndum para la reelección. A las seis y media de la tarde (seis horas más en la Península), tras un largo día de tensión, se conoció el fallo, que fue leído por el presidente del Tribunal, Mauricio González. "[El referéndum] Es inexequible en su totalidad", anunció.
La Corte Constitucional cierra la puerta a un tercer mandato de Uribe
VIDEO - AGENCIA ATLAS - 27-02-2010
El Tribunal se pronuncia por mayoría contra el referéndum para la reelección - AGENCIA ATLAS
en otros idiomas
Álvaro Uribe dijo tras conocer el fallo que acepta y acata la decisión del tribunal, y prometió seguir sirviendo a Colombia "desde cualquier trinchera", informa Efe.
Los siete magistrados que votaron en contra validaron la ponencia del magistrado Humberto Sierra presentada el pasado 3 de febrero, en la que se reseñaban vicios de forma en la ley del referéndum, entre otros haber sobrepasado el tope de financiación para la campaña de recogida de firmas -el uribismo gastó seis veces más de lo legal-, o haber cambiado en la frase inicial la palabra "elegido" por "ejercido", que abría ya no la reelección en 2010, sino también para 2014. "No se trata -dijo González- de meras irregularidades, sino de violaciones sustanciales a la Constitución". González fue uno de los dos magistrados que votó a favor.
Hace cuatro años el Tribunal dijo sí al cambio de la Constitución y dio paso a la primera reelección de Uribe. Dejó claro entonces que se aprobaba por una "sola vez". Esto era para evitar la concentración de poder en la figura presidencial. El trámite del referéndum rechazado ayer fue tortuoso y polémico y duró más de tres años; el debate que generó desplazó temas prioritarios del país y mantuvo, en los últimos meses, maniatados a los presidenciables.
Por la mañana, mientras los nueve magistrados discutían en sesión plenaria, Uribe pidió "de corazón" a los colombianos no abandonar la Seguridad Democrática, su política bandera. "No hay que perder el rumbo", dijo.
Ayer, tras conocerse extraoficialmente el fallo, hubo muestras de tristeza y recriminaciones. La culpa, dijo el senador uribista Armando Benedetti, es del círculo del presidente. Y culpó a éste de haber cometido muchas estupideces. Luis Guillermo Giraldo, uno de los promotores de la iniciativa, aceptó parte de la culpa y declaró sentir profunda tristeza. "Necesitábamos cuatro años más para acabar con las FARC, para acabar con el narcotráfico", dijo.
Una reciente encuesta, sin embargo, muestra que el presidente Uribe no ganaría fácilmente el referéndum, ni arrasaría en primera vuelta; una errática reforma de la salud, el aumento del desempleo y la informalidad le han restado puntos últimamente.
Con el fallo de ayer, el país empieza a enfrentar nuevas incertidumbres. ¿Puede Uribe traspasar a otro candidato la alta popularidad que mantiene (72%)?, ¿qué candidato heredará la financiación guardada hasta ahora para apoyar la reelección?
Los recientes piropos de Uribe a su ex ministro de Defensa, Juan Manuel Santos -habló de su "excelencia y competencia"-, fueron interpretados como un guiño presidencial. Pero el uribismo no tiene un plan para llegar unido a las urnas. Un 30% de los que pensaban votar por Uribe lo harían por Santos, según una reciente encuesta. Noemí Sanín heredaría un 11% y Andrés Felipe Arias un 10%; los dos últimos disputarán la candidatura del conservatismo -partido de la coalición de gobierno- en consulta popular el próximo 14 de marzo, día de las elecciones legislativas.
Una trepidante carrera política
Candidato liberal independiente. Álvaro Uribe (Medellín, 1952) llega a la presidencia de Colombia por primera vez en mayo de 2002 como candidato independiente. Gana en la primera vuelta con la promesa de aplicar mano dura contra la guerrilla y los paramilitares.
Seguridad y economía. Tras iniciar su mandato se intensifican los ataques de la guerrilla de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) y Uribe declara el estado de excepción. Una serie de medidas, como el aumento del gasto militar y el número de efectivos en el Ejército, permitirán reducir los secuestros y los asesinatos.
Hacia la reelección. Tras haber aprobado en 2004 el Plan Patriota, la mayor operación militar en la historia de Colombia, en 2005 el Congreso aprueba la Ley de Paz y Justicia, que establece reducciones de penas para los ex paramilitares desmovilizados. Una medida criticada por la ONU y las organizaciones de derechos humanos. Pese a las críticas, Uribe logra el consenso para reformar la Constitución y ganar un segundo mandato en 2006, con el 62% de los votos.
La sospecha de la 'parapolítica'. El segundo mandato se abre con el destape del escándalo del llamado Paragate, con la investigación de decenas de legisladores del entorno uribista por presuntos nexos con el narcotráfico y el paramilitarismo.
Chávez y EE UU. Tras su fallido intento de mediación con las FARC, el presidente de Venezuela, Hugo Chávez, se convierte en el principal enemigo político de Uribe. Los dos países rompen relaciones diplomáticas mientras Colombia refuerza sus lazos con EE UU, al que en 2009 permite el uso de sus bases militares.
El cerco a las FARC. La lucha contra la guerrilla llega a un punto de inflexión con la operación militar que en julio de 2003 libera a la ex candidata presidencial Ingrid Betancourt, que había sido secuestrada por las FARC en febrero de 2002.
El presidente colombiano, durante un acto ayer en Barranquilla (Colombia), en el que aseguró que acata la decisión de la Corte Constitucional de vetar el referéndum- EFE
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Documentos do período da ditadura militar são descobertos em Santos
Documentos do período da ditadura militar são descobertos em Santos
Enviado por Aécio Rodrigues..
Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Uma pequena sala com janelas fechadas no segundo andar do Palácio da Polícia, antiga Cadeia de Santos, no litoral paulista, guardava documentos importantes da ditadura militar. Com estantes lotadas de papéis amarelados, ninguém fazia a ideia do que estava ali arquivado.
"Esta é uma sala que todo mundo entrava, era um arquivo onde guardamos os jornais. Abrimos as janelas pela primeira vez na segunda-feira (22)", disse à Agência Brasil o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter SP), Waldomiro Bueno Filho.
Hoje (26), pela primeira vez, os técnicos do Arquivo Público do Estado tiveram acesso aos documentos. Acompanhados pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional São Paulo (OAB SP), os técnicos ficaram impressionados com o que encontraram. "Esta foto de Lamarca é inédita", afirmou a diretora-técnica do Fundo Deops (Departamento Estadual de Ordem Pública e Política Social de São Paulo), Rafaela Leuchtenberger.
Ela que trabalha com materiais relativos ao período militar disse nunca ter visto aquela imagem do capitão Carlos Lamarca, militar que entrou na luta armada contra a ditadura. "Não há dúvidas sobre a relevância destes documentos mesmo sem ter a precisão exata de quanto e o que são", disse o diretor do Departamento de Preservação e Difusão do Acervo do Estado, Lauro Ávila Pereira.
Segundo Pereira, o primeiro passo a partir da descoberta é encaminhar os documentos para o Arquivo Público do Estado de São Paulo. "Este material integra o patrimônio documental do estado de São Paulo. Para fazer este recolhimento, a Secretaria da Casa Civil deve encaminhar um termo de recolhimento para a Secretaria de Segurança Pública, a fim de formalizar o reconhecimento hoje mesmo", disse.
Para Pereira, é importante conhecer o material encontrado em Santos. "Precisamos entender a lógica do arquivo deste material. Temos que conhecer este material. Só é possível compreender o acervo de forma geral. Só vendo poderemos dizer o que é".
Além da foto inédita de Lamarca, há também um dossiê, com um carimbo “Confidencial e Secreto”, sobre Carlos Marighella, fundador da Ação de Libertação Nacional. As letras batidas pela máquina de escrever afirmam que Marighella "estaria preparando uma série de atentados contra unidades militares de São Paulo e do Rio de Janeiro. Estes atentados constituiriam uma primeira etapa de um plano subversivo, que prosseguiria com ações espetaculares de sequestros de autoridades militares e de sabotagem contra grandes indústrias paulistas".
De acordo com diretor do Departamento de Preservação e Difusão do Acervo do Estado, todo material encontrado no Palácio da Polícia, em Santos, deve ser levado ainda hoje para o Arquivo Público do Estado de São Paulo.
Enviado por Aécio Rodrigues..
Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Uma pequena sala com janelas fechadas no segundo andar do Palácio da Polícia, antiga Cadeia de Santos, no litoral paulista, guardava documentos importantes da ditadura militar. Com estantes lotadas de papéis amarelados, ninguém fazia a ideia do que estava ali arquivado.
"Esta é uma sala que todo mundo entrava, era um arquivo onde guardamos os jornais. Abrimos as janelas pela primeira vez na segunda-feira (22)", disse à Agência Brasil o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter SP), Waldomiro Bueno Filho.
Hoje (26), pela primeira vez, os técnicos do Arquivo Público do Estado tiveram acesso aos documentos. Acompanhados pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional São Paulo (OAB SP), os técnicos ficaram impressionados com o que encontraram. "Esta foto de Lamarca é inédita", afirmou a diretora-técnica do Fundo Deops (Departamento Estadual de Ordem Pública e Política Social de São Paulo), Rafaela Leuchtenberger.
Ela que trabalha com materiais relativos ao período militar disse nunca ter visto aquela imagem do capitão Carlos Lamarca, militar que entrou na luta armada contra a ditadura. "Não há dúvidas sobre a relevância destes documentos mesmo sem ter a precisão exata de quanto e o que são", disse o diretor do Departamento de Preservação e Difusão do Acervo do Estado, Lauro Ávila Pereira.
Segundo Pereira, o primeiro passo a partir da descoberta é encaminhar os documentos para o Arquivo Público do Estado de São Paulo. "Este material integra o patrimônio documental do estado de São Paulo. Para fazer este recolhimento, a Secretaria da Casa Civil deve encaminhar um termo de recolhimento para a Secretaria de Segurança Pública, a fim de formalizar o reconhecimento hoje mesmo", disse.
Para Pereira, é importante conhecer o material encontrado em Santos. "Precisamos entender a lógica do arquivo deste material. Temos que conhecer este material. Só é possível compreender o acervo de forma geral. Só vendo poderemos dizer o que é".
Além da foto inédita de Lamarca, há também um dossiê, com um carimbo “Confidencial e Secreto”, sobre Carlos Marighella, fundador da Ação de Libertação Nacional. As letras batidas pela máquina de escrever afirmam que Marighella "estaria preparando uma série de atentados contra unidades militares de São Paulo e do Rio de Janeiro. Estes atentados constituiriam uma primeira etapa de um plano subversivo, que prosseguiria com ações espetaculares de sequestros de autoridades militares e de sabotagem contra grandes indústrias paulistas".
De acordo com diretor do Departamento de Preservação e Difusão do Acervo do Estado, todo material encontrado no Palácio da Polícia, em Santos, deve ser levado ainda hoje para o Arquivo Público do Estado de São Paulo.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
ESSA CALOU OS > AMERICANOS.!!! > SHOW DO EX- MINISTRO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRO OS ESTADOS AOS UNIDOS
>
> Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o
> ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual
> senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
> sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.
>
>
> O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que
> esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.
>
>
> Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:
>
> "De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria
> contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que
> nossos governos não tenham o devido cuidado com esse
> patrimônio, ele é nosso.
>
> "Como humanista, sentindo o risco da degradação
> ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua
> internacionalização, como também de tudo o mais que tem
> importância para a humanidade.
>
> "Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser
> internacionalizada, internacionalizemos também as reservas
> de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante
> para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia
> para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas
> sentem-se no direito de aumentar ou
> diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu
> preço."
>
> "Da mesma forma, o capital financeiro dos países
> ricos deveria ser
> internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para
> todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela
> vontade de um dono, ou de um país.
> Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego
> provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores
> globais. Não podemos deixar que as reservas
> financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia
> da especulação.
>
> "Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a
> internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O
> Louvre não deve pertencer apenas à França.
> Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças
> produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse
> patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico,
> seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário
>
> ou de um país. Não faz muito, um milionário
> japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de
> um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter
> sido internacionalizado.
>
> "Durante este encontro, as Nações Unidas estão
> realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de
> países tiveram dificuldades em comparecer por
> constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que
> Nova York,
> como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada.
> Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade.
> Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro,
> Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica,
> sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
>
> "Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo
> risco de deixá-la nas
> mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais
> nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que
> são capazes de usar essas armas, provocando uma
> destruição milhares de vezes maiores do que as
> lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
>
> "Defendo a idéia de internacionalizar as reservas
> florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando
> essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha
> possibilidade de COMER e de ir à escola.
> Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas,
> não importando o país onde nasceram, como patrimônio que
> merece cuidados do mundo inteiro.
>
> "Como humanista, aceito defender a
> internacionalização do mundo.
> Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei
> para que a Amazônia
> seja nossa. Só nossa!
>
>
> DIZEM QUE ESTA
> MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS. AJUDE A
>
> DIVULGÁ-LA, SE POSSÍVEL FAÇA TRADUÇÃO PARA OUTRAS
> LÍNGUAS QUE DOMINAR.
>
>
> Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o
> ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual
> senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
> sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.
>
>
> O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que
> esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.
>
>
> Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:
>
> "De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria
> contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que
> nossos governos não tenham o devido cuidado com esse
> patrimônio, ele é nosso.
>
> "Como humanista, sentindo o risco da degradação
> ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua
> internacionalização, como também de tudo o mais que tem
> importância para a humanidade.
>
> "Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser
> internacionalizada, internacionalizemos também as reservas
> de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante
> para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia
> para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas
> sentem-se no direito de aumentar ou
> diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu
> preço."
>
> "Da mesma forma, o capital financeiro dos países
> ricos deveria ser
> internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para
> todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela
> vontade de um dono, ou de um país.
> Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego
> provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores
> globais. Não podemos deixar que as reservas
> financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia
> da especulação.
>
> "Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a
> internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O
> Louvre não deve pertencer apenas à França.
> Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças
> produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse
> patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico,
> seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário
>
> ou de um país. Não faz muito, um milionário
> japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de
> um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter
> sido internacionalizado.
>
> "Durante este encontro, as Nações Unidas estão
> realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de
> países tiveram dificuldades em comparecer por
> constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que
> Nova York,
> como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada.
> Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade.
> Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro,
> Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica,
> sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
>
> "Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo
> risco de deixá-la nas
> mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais
> nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que
> são capazes de usar essas armas, provocando uma
> destruição milhares de vezes maiores do que as
> lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
>
> "Defendo a idéia de internacionalizar as reservas
> florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando
> essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha
> possibilidade de COMER e de ir à escola.
> Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas,
> não importando o país onde nasceram, como patrimônio que
> merece cuidados do mundo inteiro.
>
> "Como humanista, aceito defender a
> internacionalização do mundo.
> Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei
> para que a Amazônia
> seja nossa. Só nossa!
>
>
> DIZEM QUE ESTA
> MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS. AJUDE A
>
> DIVULGÁ-LA, SE POSSÍVEL FAÇA TRADUÇÃO PARA OUTRAS
> LÍNGUAS QUE DOMINAR.
>
>
Livros embalados como cigarro
BY...http://www.dzai.com.br/livrolivre/blog/livrolivre
Cigarros e livros estão historicamente ligados, mas enquanto o livro é considerado um vício saudável, o cigarro decaiu e está as beiras de ser banido do mundo. Com saudades dos "bons" e velhos tempos, quando se podia fumar no meio de montes de papel, uma empresa criou o Cigarro Literário.
São onze contos de seis grandes autores que vem dentro da embalagem mais elegante do mercado. As caixas são de alumínio e o livro vem embrulhado em papel alumínio e celofane. Todos os livros apresentam o texto integral e os fabricantes dizem que a fonte permite uma leitura fácil.
No site você pode comprar um maço por R$ 20 mais frete ou o pacote por R$ 117 mais o frete.
Cigarros e livros estão historicamente ligados, mas enquanto o livro é considerado um vício saudável, o cigarro decaiu e está as beiras de ser banido do mundo. Com saudades dos "bons" e velhos tempos, quando se podia fumar no meio de montes de papel, uma empresa criou o Cigarro Literário.
São onze contos de seis grandes autores que vem dentro da embalagem mais elegante do mercado. As caixas são de alumínio e o livro vem embrulhado em papel alumínio e celofane. Todos os livros apresentam o texto integral e os fabricantes dizem que a fonte permite uma leitura fácil.
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Prêmio de melhor capa de livro
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Prêmio de melhor capa de livro
Sim, existem prêmios para capas de livros. Também existem para encadernação, mas isso fica para um outro post. A Getty Images, uma empresa que vende fotos para todo o tipo de usos ofereceu um prêmio nacional para as melhores capas de livros feitas com fotografias compradas no banco de imagens.
O concurso julgou capas de livros de 2009 e o vencedor foi Rodrigo Rodrigues de Azevedo, autor da capa de Os espiões, de Luis Fernando Veríssimo. O segundo lugar ficou com Renné Nery Ramos que fez a capa de John, de Cynthia Lennon. O terceiro lugar foi para Raul Fernandes. Ele fez a capa de Faróis Estrábicos na Noite, escrito por Cecília Prada.
O prêmio da Getty Images não é o único brasileiro que premia capas. O famoso Prêmio Jabuti, o mais importante da literatura brasileira também premia os designers que fazem o primeiro contato do leitor com a obra. Os ganhadores de 2009 estão abaixo.
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CARTA DE UMA PROFESSORA PORTUGUESA PARA MAITÉ PROENÇA
-Contribuição Anselmo Dantas PB-
CARTA DE UMA PROFESSORA PORTUGUESA PARA MAITÉ PROENÇA
Maitê Proença disse no programa "Saia Justa" umas gracinhas sobre a
inteligência dos portugueses.
O programa passa em Portugal e causou um grande mal-estar lá na terrinha.
Uma Doutora Portuguesa deu-lhe a resposta.
Obs : É isso que dá, alguem despreparado emitir conceitos sobre
assuntos que não domina,
com apoio dos alienados das redes de TV Brasileira ,que se consideram
o maximo em cultura.
________________________________
Exma. Senhora:
Foi com indignação que vi a ‘peça cómica’ que fez em Portugal e
passou no programa Saia Justa em que participa. Não que me espante que
o tenha feito – está à altura da imagem que há muito tenho de si, pelo
que me tem sido dado ver pelos seus desempenhos – mas sim pelo facto
da TV Globo ter permitido que tal ignorância fosse para o ar.
Só para que possa, se conseguir, ficar um pouco mais
esclarecida: A ‘vilazinha’ de Sintra é património da Humanidade,
classificada pela UNESCO e unanimemente reconhecida como uma das mais
belas e bem preservadas cidades históricas do mundo;
Em Portugal, onde existem pessoas que olham para o mouse do seu
computador como se de uma capivara se tratasse, foi onde foi
inventado o serviço pré-pago de telefones móveis (os celulares) – não
existia nenhum no mundo que sequer se aproximasse e foi também o que
inventou o sistema de passagem nas portagens (pedagios, se preferir),
sem ter que parar – quando passar por alguma, sem ter que ficar na
fila, lembre-se que deve isso aos portugueses.
É um dos países do Mundo com maior taxa de penetração de
computadores e serviços de internet em ambiente doméstico. É o único
país do mundo onde TODAS as crianças que frequentam a escola têm
acesso directo a um computador (no próprio estabelecimento de ensino)
– e em Portugal TODAS as crianças vão à escola.. Muitas delas até têm
um computador próprio, para seu uso exclusivo, oferecido ou
parcialmente financiado pelo Ministério da Educação – já ouviu falar
do Magalhães? É natural que não... mas saiba que é uma criação nossa,
que está a ser adquirida por outros países. Recomendo-o vivamente – é
muito simples e adequado para quem tem poucos conhecimentos de
informática.
Somos tão inovadores em matéria de utilização de tecnologia
informática e web nas escolas, que o nosso caso foi recomendado por
especialista americanos, como exemplo a seguir, a Barack Obama, que é
só o Presidente dos Estados Unidos – ao Sr. Lula da Silva tal não
seria oportuno, porque ele considera que a Escola não é determinante
no sucesso das pessoas (e, no Brasil, a julgar pelo próprio, tem toda
a razão).
A internet à velocidade de 1 Mega, em Portugal há muito que é
considerada obsoleta – eu percebo que não entenda porquê, porque no
Brasil é hoje anunciada como o grande factor diferenciador a
transmissão por cabo que já não nos interessa. Já estamos noutra –
estamos entre os países do mundo com a rede de fibra óptica mais
desenvolvida.E nesse contexto 1 Mega é mesmo uma brincadeira.
O ditador a que se refere – o Salazar – governou, infelizmente,
‘mais de 20 anos’, mas para a próxima, para ser mais precisa, diga que
foram 48 (INFELIZMENTE, é mais do dobro de 20). Ainda assim, e apesar
do muito dano que nos causou a sua governação, nós, portugueses,
conseguimos em 35 anos reduzir praticamente a ZERO a taxa de
analfabetos e baixar para cifras irrisórias o nível de mortalidade
infantil e de mulheres no parto onde estamos entre os melhores do
mundo.
Criar uma rede viária que é das mais avançadas do mundo – em
Portugal, sem exceder os limites de velocidade e sem correr risco de
vida, fazemos 300 km em duas horas e meia (daria tanto jeito que no
Brasil também fosse assim!).
Melhorar muito o nível de vida das pessoas, promovendo salários
e condições de trabalho condignos. Temos ainda muito para fazer nesta
matéria, mas já não temos pessoas fechadas em elevadores, cuja função
é apenas carregar no botão do andar pretendido – cada um de nós sabe
como fazê-lo e aproveitamos as pessoas para trabalhos mais
estimulantes e úteis; também já não temos trabalhadores agrícolas em
regime de escravatura – cada pessoa aqui tem um salário, não trabalha
a troco de um prato de comida.
Colocar-nos na vanguarda mundial das energias renováveis, menos
poluentes, mais preservadoras do planeta; enquanto uns continuam a
escavar petróleo, nós estamos a instalar o maior parque de energia
eólica do mundo (é a energia produzida a partir do vento).
Poderia também explicar-lhe quem foi Camões, Fernando Pessoa,
etc., cujos túmulos viu no Mosteiro dos Jerónimos, mas eles merecem
muito mais.
Ah!, já agora, deixe-me dizer-lhe também que num ponto estou
muito de acordo consigo: temos muito pouco sentido de humor. É
verdade. Não acharíamos graça nenhuma se tivéssemos deputados a
receber mesada para votarem num certo sentido, não nos divertiria
muito se encontrassem dirigentes políticos com dinheiro na cueca, não
nos faria rir ter senadores a construir palácios megalómanos à conta
de sobre-facturação do Estado, não encontramos piada quando os
políticos favorecem familiares e usam o seu poder em benefício
próprio. Ficaríamos, pelo contrário, tão furiosos, que os colocaríamos
na cadeia. Veja só – quanta falta de humor! Mas, pelo contrário,
fazem-me rir as sessões plenárias do senado brasileiro. Aqui em
Portugal , e estou certa que em toda a Europa, tal daria um excelente
programa de humor.
Que estranho não é?!
Para terminar só uma sugestão: deixe o humor para quem no
Brasil o sabe fazer com competência (e há humoristas muito bons no
Brasil). Como alternativa, não sei o que lhe sugerir, porque ainda não
a vi fazer nada que verdadeiramente me indicasse talento...
Peço desculpa por não poder contribuir.
Mafalda Carvalho
Dra Profa Universidade de Coimbra
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
MAIS ACUSAÇÕES NAS CORTES EUROPÉIAS CONTRA O GOOGLE
New Complaints Filed Against Google in Europe
BY N YORK TIMES
By BLOOMBERG NEWS
Published: February 23, 2010
Google faces European antitrust scrutiny after three companies filed complaints about what they consider unfair competition.
A British price-comparison site called Foundem, a French legal search engine called Ejustice.fr and a Microsoft service called Ciao From Bing, brought complaints to the European Commission, Google said Tuesday in a posting.
Foundem and Ejustice.fr complained that Google plays down their sites in its search results, Google said. Ciao From Bing, a former partner of Google, was acquired by Microsoft in 2008. That company’s complaint relates to Google’s terms and conditions, Google said. Ciao originally took its complaint to Germany’s antitrust agency and the case was transferred to the European Commission, Google said.
“At this stage this is a fact-finding exercise, and we’re happy to answer the commission’s questions,” Google said in a statement. “We are happy to explain our products and technology, and are very confident that our business operates in the interests of users and partners, as well as within European competition law.”
Ciao, Ejustice.fr and Foundem did not immediately answer e-mail inquiries.
BY N YORK TIMES
By BLOOMBERG NEWS
Published: February 23, 2010
Google faces European antitrust scrutiny after three companies filed complaints about what they consider unfair competition.
A British price-comparison site called Foundem, a French legal search engine called Ejustice.fr and a Microsoft service called Ciao From Bing, brought complaints to the European Commission, Google said Tuesday in a posting.
Foundem and Ejustice.fr complained that Google plays down their sites in its search results, Google said. Ciao From Bing, a former partner of Google, was acquired by Microsoft in 2008. That company’s complaint relates to Google’s terms and conditions, Google said. Ciao originally took its complaint to Germany’s antitrust agency and the case was transferred to the European Commission, Google said.
“At this stage this is a fact-finding exercise, and we’re happy to answer the commission’s questions,” Google said in a statement. “We are happy to explain our products and technology, and are very confident that our business operates in the interests of users and partners, as well as within European competition law.”
Ciao, Ejustice.fr and Foundem did not immediately answer e-mail inquiries.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
O discurso de Dilma no IV Congresso do PT.
Queridas companheiras, queridos companheiros,
Para quem teve a vida sempre marcada pelo sonho e pela esperança de mudar o Brasil, este é para mim um dia extraordinário.
Meu partido – o Partido dos Trabalhadores – me confere a honrosa tarefa de dar continuidade à magnífica obra de um grande brasileiro. A obra de um líder - meu líder - de quem muito eu tenho orgulho: o presidente Lula, o Lula. Jamais pensei que a vida me reservasse tamanho desafio. Mas me sinto absolutamente preparada para enfrentá-lo - com humildade, com serenidade e com confiança.
Neste momento, ouço a voz da minha Minas Gerais, terra de minha infância e de minha juventude. Dessa Minas que me deu o sentimento de que vale a pena lutar, sim, pela liberdade e contra a injustiça. Ouço os versos de Drummond:
“Teus ombros suportam o mundo/
E ele não pesa mais do que a mão de uma criança”
Até hoje eu sinto o peso suave da mão de minha filha, quando nasceu. Que força naquele momento ela me deu. Quanta vida ela me transmitiu. Quanta fé na humanidade me passou. Eram, naquela época, tempos difíceis.
Ferida no corpo e na alma, fui acolhida e adotada pelos gaúchos – pelos gaúchos generosos, solidários, insubmissos, como são os gaúchos. Naqueles anos de chumbo, onde a tirania parecia eterna, encontrei nos versos de outro poeta - Mário Quintana - a força necessária para seguir em frente. Mário Quintana disse:
“Todos estes que aí estão/
Atravancando o meu caminho,/
Eles passarão.
Eu passarinho.”
Eles passaram e nós hoje voamos livremente.Voamos porque nascemos para ser livres.
Sem ódio, sem revanchismo e com serena convicção afirmo que nunca mais viveremos numa gaiola, numa jaula ou numa prisão.
Hoje estamos construindo um novo país na democracia. Um país que se reencontrou consigo mesmo. Onde todos, todos, mas todos mesmo, expressam livremente suas opiniões e suas idéias.
Mas um país que não tolera mais a injustiça social. Que descobriu que só será grande e forte se for de todos.
Vejo nesta manhã – já quase tarde - nos jovens que nos acompanham e nos mais velhos que aqui estão - um extraordinário encontro de gerações. De gerações que, como a minha, levaram nosso compromisso do país e com o país às últimas conseqüências.
Amadureci. Amadurecemos nós todos. Amadureci na vida. No estudo. No trabalho duro. Nas responsabilidades de governo no Rio Grande do Sul e, sobretudo, aqui no governo do Brasil. Mas esse amadurecimento não se confunde com perda de convicções.
Não perdemos a indignação frente à desigualdade social, à privação de liberdade, às tentativas de submeter nosso país. Não sucumbimos aos modismos ideológicos. Persistimos em nossas convicções, buscando, a partir delas, construir alternativas concretas e realistas. Continuamos movidos a sonhos. Acreditando na força do povo brasileiro, em sua capacidade de construir um mundo melhor.
A história recente mostrou que estávamos certos. Tivemos um grande mestre – o Presidente Lula nos ensinou o caminho.
Em um país, com a complexidade e as desigualdades do Brasil, ele foi capaz de nos conduzir pelo caminho de profundas transformações sociais em um clima de paz, de respeito e fortalecimento da democracia.
Não admitimos, portanto, que alguém queira nos dar lições de liberdade. Menos ainda aqueles que não tiveram e não têm compromisso com ela.
Companheiras, Companheiros, recebo com humildade a missão que vocês estão me conferindo. Com humildade, mas com coragem e determinação. Coragem e determinação que vêm do apoio que recebo de meu partido e de seu primeiro militante mais ilustre – o Presidente Lula.
Do apoio que espero ter dos partidos aliados que, com lealdade e competência, também são responsáveis pelos êxitos do nosso Governo. Com eles quero continuar nossa caminhada. Participo de um governo de coalizão. Quero formar um Governo de coalizão.
Estou consciente da extraordinária força que conduziu Lula à Presidência e que deu a nosso Governo o maior respaldo da história de nosso país – a força do povo brasileiro. Esta é a força que nos conduziu até aqui e que nos mantém.
A missão que me confiam não é só de um partido ou de um grupo de partidos. Recebo-a como um mandato dos trabalhadores e de seus sindicatos.
Dos movimentos sociais. Dos que labutam em nossos campos. Dos profissionais liberais. Dos intelectuais. Dos servidores públicos. Dos empresários comprometidos com o desenvolvimento econômico e social do país.
Dos negros. Dos índios.Dos jovens. De todos aqueles que sofrem ainda distintas formas de discriminação.
Enfim, das mulheres. Para muitos, elas são “metade do céu”. Mas queremos mesmo é metade da terra também. Com igualdade de direitos, salários e oportunidades.
E como disse o presidente Lula, não há limite para nós mulheres. É esse, inclusive, um dos preceitos da primeira vez nós termos uma candidata mulher.
Quero com vocês - mulheres do meu país - abrir novos espaços na vida nacional. É com este Brasil que quero caminhar. É com ele que vamos discutir e seguir, avançando com segurança, mas com a rapidez que nossa realidade social exige sistematicamente de nós.
Nessa caminhada encontraremos milhões de brasileiros que passaram a ter comida em suas mesas e hoje fazem três refeições por dia. Milhões que mostrarão suas carteiras de trabalho, pois têm agora emprego e melhor renda. Milhões de homens e mulheres com seus arados e tratores cultivando a terra que lhes pertence e de onde nunca mais serão expulsos. Milhões que nos mostrarão suas casas dignas e os refrigeradores, fogões, televisores ou computadores que puderam comprar.
Outros milhões acenderão as luzes de suas modestas casas, onde reinava a escuridão ou predominavam os candeeiros. E estes milhões de pontos luminosos pelo Brasil afora serão como uma trilha incandescente que mostra um novo caminho.
Nessa caminhada, veremos milhões de jovens mostrando seus diplomas de universidades ou de escolas técnicas com a convicção de quem abriu uma porta para o futuro, para o seu futuro.
Milhões - mas muitos milhões mesmo - expressarão seu orgulho de viver em um país livre, justo e, sobretudo, respeitado em todo o mundo.
Muitos me perguntam por que o Brasil avançou tanto nos últimos anos. Digo que foi porque soubemos construir novos caminhos, e ter a vontade política de um grande líder, como o presidente Lula com a sua vontade de fazer trilhar, derrubando velhos dogmas que funcionavam como barreiras nos caminhos do Brasil.
O primeiro caminho é o do crescimento com distribuição de renda - o verdadeiro desenvolvimento. Provamos que distribuindo renda é que se cresce. E se cresce de forma mais rápida e sustentável. Essa distribuição de renda permitiu construir um grande mercado de bens de consumo de massa, de consumo popular. Ele nos protegeu dos efeitos da crise mundial. O nosso consumo, o consumo do povo brasileiro sustentou o país diante do medo que se abateu sobre o sistema financeiro internacional e privado nacional.
Criamos 12 milhões de empregos formais. A renda dos trabalhadores aumentou. O salário mínimo real cresceu como nunca. Expandimos o crédito para o conjunto da sociedade. Estamos construindo um Brasil para todos. Não o Brasil para uma minoria, como fizemos sistematicamente desde os tempos da escravidão. O segundo caminho foi o do equilíbrio macro-econômico e da redução da vulnerabilidade externa.
Eliminamos as ameaças de volta da inflação. Reduzimos a dívida em relação ao Produto Interno Bruto. Aumentamos nossas reservas de 38 bilhões de dólares para mais de 241 bilhões. Multiplicamos por três nosso comércio exterior, praticando uma política externa soberana, que buscou diversificar mercados. Deixamos de ser devedores internacionais e passamos à condição de credores. Hoje não pedimos dinheiro emprestado ao FMI. É o Fundo que pede dinheiro a nós.
Grande ironia é essa: os mesmos 14 bilhões de dólares que foram sacados do empréstimo, que antes o FMI nos emprestava, agora somos nós que emprestamos ao FMI.
E isso faz a diferença no que se refere à nossa postura soberana.
O terceiro caminho foi o da redução das desigualdades regionais. Invertemos nos últimos anos o que parecia uma maldição insuperável. Quando o país crescia, concentrava riqueza nos estados e regiões mais prósperos. Quando estagnava, eram os estados e regiões mais pobres que pagavam a conta.
Governantes e setores das elites viam o Norte e o Nordeste como regiões irremediavelmente condenadas ao atraso.
A vastos setores da população não restavam outras alternativas que a de afundar na miséria ou migrar para o sul em busca de oportunidades. É o que explica o inchaço das nossas grandes cidades e das médias também.
Essa situação está mudando por decisão do governo do presidente Lula que focou nessas questões, num grande conjunto de sua política de desenvolvimento.
O Governo Federal começou um processo consistente de combate às desigualdades regionais. Passou a ter confiança na capacidade do povo das regiões mais pobres. O Norte e o Nordeste receberam investimentos públicos e privados. O crescimento dessas duas regiões passou a ser sensivelmente superior ao do Brasil como um todo no período da crise.
Nós vamos aprofundar esse caminho e esse compromisso de acabar com esse desequilíbrio. O Brasil não mais será visto como um trem em que uma única locomotiva puxa todos vagões, como nos tempos da “Maria Fumaça”. O Brasil de hoje é como alguns dos modernos trens de alta velocidade, onde vários vagões são como locomotivas e contribuem para que o comboio avance, se desenvolva e cresça. Nós queremos 27 locomotivas puxando o trem do Brasil.
O quarto caminho que trilhamos e continuaremos a trilhar é o da reorganização do Estado.
Alguns ideólogos chegavam a dizer que quase tudo seria resolvido pelo mercado. O resultado foi desastroso para muitos países.
Aqui, no Brasil, o desastre só não foi maior – como em outros países – porque os brasileiros resistiram a esse desmonte e conseguiram impedir a privatização parcial e integral da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica ou de FURNAS.
Alguns falam todos os dias de “inchaço da máquina estatal”. Omitem, no entanto, que estamos contratando basicamente médicos e profissionais de saúde, professores e pessoal na área da educação, diplomatas, policiais federais e servidores para as áreas de segurança, controle e fiscalização. Escondem, também, que a recomposição do corpo de servidores do Estado está se fazendo por meio de concursos públicos.
Vamos continuar valorizando o servidor e o serviço público. Reconstituindo o Estado. Recompondo sua capacidade de planejar, gerir e induzir o desenvolvimento do país. É muito bom lembrar que diante da crise, quando o crédito secou, não sacrificamos os investimentos públicos e privados. Ao contrário, utilizamos nossos bancos para impulsionar o desenvolvimento e a garantia de emprego no País. Por isso, quando em muitos países, o emprego caia, em 2009, aqui, nós conseguimos criar quase um milhão de empregos.
Na verdade, quando a crise mundial apenas começava, Lula disse em seu discurso na ONU em 2008: É chegada a hora da política!
Nada mais apropriado do que essa frase. A maior prova nós demos ao mundo: o Brasil só pôde enfrentar com sucesso a crise porque tivemos políticas públicas adequadas. Soubemos articular corretamente Estado e mercado, porque colocamos o interesse público no centro de nossas preocupações.
O quinto caminho foi o de nossa presença soberana no mundo. O Brasil não mais se curva diante dos poderosos. Sem bravatas e sem submissão, o país hoje defende seus interesses e, como diz minha mãe, se dá ao respeito. É solidário com as nações pobres e em desenvolvimento. Tem uma especial relação com a América do Sul, com a América Latina e com a África. Estreita os laços Sul-Sul, sem abandonar suas relações com os países desenvolvidos. Busca mudar instituições multilaterais obsoletas, que impedem a democratização econômica e política do mundo.
Essa presença global, e o corajoso enfrentamento de nossos problemas domésticos em um marco democrático, explicam o respeito internacional que hoje gozamos.
O sexto caminho para onde convergem todos os demais foi o do aperfeiçoamento democrático.
No passado, tivemos momentos de grande crescimento econômico. Mas faltou democracia. E nós sabemos como faltou!
Em outros momentos tivemos democracia política, mas faltou democracia econômica e social. E sabemos muito bem que quando falta democracia econômica e social, é a democracia como um todo que começa a ficar ameaçada. O país fica à mercê das soluções de força ou de aventureiros. Hoje nós estamos crescendo e distribuindo renda, com equilíbrio macro-econômico, com expansão da democracia, com forte participação social na definição das políticas públicas e com respeito aos Direitos Humanos.
Quem duvidar do vigor da nossa democracia que leia, que escute ou que veja o que dizem os jornais livremente, o que dizem nos jornais livremente as vozes oposicionistas. Mas isso não nos perturba. Preferimos as vozes dessas oposições – ainda quando mentirosas, injustas e caluniosas – ao silêncio das ditaduras. Como disse o Presidente Lula, a democracia não é a consolidação do silêncio, mas a manifestação de múltiplas vozes defendendo seus direitos e interesses. Nela, vai desaparecendo o espaço para que velhos coronéis e os velhos senhores tutelem o povo. Este passa a pensar com sua cabeça e a se constituir uma nova e verdadeira opinião pública.
As instituições funcionam no país. Os poderes são independentes. A Federação é respeitada. Diferentemente de outros períodos de nossa história, o Presidente relacionou-se de forma republicana com governadores e prefeitos, não fazendo qualquer tipo de discriminação em função de suas filiações partidárias.
Não praticamos nenhum casuísmo. Basta ver a reação firme e categórica do Presidente Lula ao frustrar as tentativas de mudar a Constituição para que pudesse disputar um terceiro mandato. Não mudamos – como se fez no passado – as regras do jogo no meio da partida.
Como todos podem ver, temos um extraordinário alicerce e uma herança bendita sobre a qual construir o terceiro Governo Democrático e Popular. Temos rumo, experiência e impulso para seguir o caminho iniciado por Lula. Não haverá retrocesso, nem aventuras. Mas podemos avançar muito mais. E muito mais rapidamente.
Queridas companheiras, queridos companheiros.
Não é meu propósito apresentar aqui um Programa de Governo. Este Congresso aprovou as Diretrizes para um programa que será submetido ao debate com os partidos aliados e com a sociedade.
Hoje quero assumir alguns compromissos como pré-candidata, para estimular nossa reflexão e indicar como pretendemos continuar este processo iniciado há sete anos.
Vamos manter e aprofundar aquilo que é marca do Governo Lula – seu olhar social, seu compromisso social. Queremos um Brasil para todos. Nos aspectos econômicos e em suas projeções sociais, mas também um Brasil sem discriminações, sem constrangimentos. Ampliaremos e aperfeiçoaremos os programas sociais do Governo Lula, como o Bolsa Família, e implantaremos novos programas com o propósito de erradicar a miséria na década que se inicia.
Vamos dar prioridade à qualidade da educação, essencial para construir o grande país que almejamos, fundado no conhecimento e na justiça social. Mas a educação será, sobretudo, um meio de emancipação política e cultural do nosso povo. Uma forma de pleno acesso à cidadania. Daremos seguimento à transformação educacional em curso – da creche ao pós-graduação.
Os jovens serão os primeiros beneficiários da era de prosperidade que começamos a construir no primeiro governo do presidente Lula, que continuamos no segundo e que continuaremos. Nosso objetivo estratégico é oferecer a eles a oportunidade de começar a vida com segurança, liberdade, trabalho e realização pessoal.
No Brasil temos hoje 50 milhões de jovens, entre os 15 e os 29 anos de idade. Mais de um quarto da nossa população. É para eles que estamos construindo um Brasil melhor. Eles têm direito a um futuro melhor. O Brasil precisa muito da juventude. De profissionais qualificados. De mulheres e homens bem formados. Isto se faz com escolas que propiciem boa formação teórica e técnica, com professores contratados, concursados, bem treinados e bem remunerados. Isso não é inchaço da máquina, é imprescindível para todos. Com bolsas de estudo e apoio para que os alunos não sejam obrigados a abandonar a escola. Com banda larga gratuita para todos, computadores para os professores, salas de aula informatizadas para os estudantes. Com acesso a estágios, cursos de especialização e ajuda para entrar no mercado de trabalho. Serão esses jovens bem formados e preparados que vão nos conduzir à sociedade do conhecimento nas próximas décadas.
Protegeremos as crianças e os mais jovens da violência, do assédio das drogas, da imposição do trabalho em detrimento da formação escolar e acadêmica. As crianças e os mais jovens devem ser, sim, protegidos pelo Estado, desde a infância, para que possam se realizar, em sua plenitude, como brasileiros.
Companheiros e companheiras,
Um País se mede pelo grau de proteção que dá a suas crianças. São elas a essência do nosso futuro. E é na infância que a desigualdade social cobra seu preço mais alto. Crianças desassistidas do nascimento aos cinco anos serão jovens e adultos prejudicados nas suas aptidões e oportunidades. Cuidar delas adequadamente é combater a desigualdade social na raiz.
Vamos ampliar e disseminar por todo o Brasil a rede de creches, pré-escolas e escolas infantis. Um tipo de creche onde a criança tem acesso à socialização pedagógica, aos bens culturais e aos cuidados de nutrição e saúde indispensáveis ao seu pleno desenvolvimento. E o governo federal vem fazendo isso. E é isso é o que está previsto no PAC 2.
Vamos resolver os problemas da saúde, pois temos um incomparável modelo institucional – o SUS. Com mais recursos e melhor gestão vamos aprimorar a eficácia do sistema. Vamos reforçar as redes de atenção à saúde e unificar as ações entre os níveis de governo. Darei importância às Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs – pretendemos chegar até 2010, até o fim do governo do presidente Lula, a 500 UPAs. Daremos prioridade também ao SAMU, aos hospitais públicos e conveniados, aos programas Saúde da Família, Brasil Sorridente, que o presidente Lula tanto se empenha para implantar, e Farmácia Popular.
Vamos cuidar das cidades brasileiras. Colocar todo o empenho do Governo Federal, junto com estados e municípios, para promover uma profunda reforma urbana, que beneficie prioritariamente as camadas mais desprotegidas.
Vamos melhorar a habitação e vamos perseguir a universalização do saneamento. Implantar transporte seguro, barato e eficiente. Tudo isso está previsto no chamado PAC 2.
Vamos reforçar, também, os programas de segurança pública.
A conclusão do PAC 1 e a implementação do PAC 2, junto com a continuidade do programa Minha Casa, Minha Vida serão decisivos para realizar esse compromisso. Serão decisivos para melhorar as condições de vida dos brasileiros. Naquilo que é talvez uma das maiores chagas da história do Brasil, que é o fato de uma parte da população ter sido obrigada a morar em favelas, em áreas de riscos, como beiras de córregos e, quando caem as grandes chuvas, são eles os mais afetados e os que mais sofrem conseqüências dramáticas, incluindo a morte.
Vamos fortalecer a proteção de nosso meio ambiente. Continuaremos reduzindo o desmatamento e impulsionando a matriz energética mais limpa do mundo. Vamos manter a vanguarda na produção de biocombustíveis e desenvolver nosso potencial hidrelétrico. Desenvolver sem agredir o meio ambiente, com usinas a fio d’água e utilizando o modelo de usinas-plataforma. Aprofundaremos nosso zoneamento agro-ecológico. Nossas iniciativas explicam a liderança que alcançamos na Conferência sobre a Mudança do Clima, em Copenhague. As metas voluntárias de Copenhague, assumidas pelo Brasil, serão cumpridas, haja ou não acordo internacional. Este é o nosso compromisso haja, ou não, acordo internacional. Esse é o compromisso do presidente Lula e o meu compromisso.
Vamos aprofundar os avanços já alcançados em nossa política industrial e agrícola, com ênfase na inovação, no aperfeiçoamento dos mecanismos de crédito, aumentando nossa produtividade. Agregar valor a nossas riquezas naturais é fundamental numa política de geração de empregos no País. Tudo que puder ser produzido no Brasil deve ser - e será - produzido no Brasil. Sondas, plataformas, navios e equipamentos aqui produzidos, para a exploração soberana do Pré-sal. Essa decisão vai gerar emprego e renda para os brasileiros. Emprego e renda que virão também da produção em indústrias brasileiras de fertilizantes, combustíveis e petroquímicos derivados do óleo bruto. Assim, com este modelo soberano e nacional, a exploração do Pré-sal dará diversidade e sofisticação à nossa indústria.
Os recursos do Pré-sal, aplicados no Fundo Social, sustentarão um grande avanço em nossa educação e na pesquisa científica e tecnológica. Recursos que também serão destinados para o combate à pobreza, para a defesa do meio ambiente e para a nossa cultura.
Vamos continuar mostrando ao mundo que é possível compatibilizar o desenvolvimento da agricultura familiar e do agronegócio. Assegurar crédito, assistência técnica e mercado aos pequenos produtores e, ao mesmo tempo, apoiar os grandes produtores, que contribuem decisivamente para o superávit comercial brasileiro.
Todas as nossas ações de governo têm, sem sombra de dúvida, uma premissa: a preservação da estabilidade macro-econômica.
Vamos manter o equilíbrio fiscal, o controle da inflação e a política de câmbio flutuante.
Vamos seguir dando transparência aos gastos públicos e aperfeiçoando seus mecanismos de controle.
Vamos combater a corrupção, utilizando todos os mecanismos institucionais, como fizemos até agora.
Vamos concretizar, junto com o Congresso, as reformas institucionais que não puderam ser completadas ou foram apenas parcialmente implantadas, como a reforma política e a tributária.
Uma coisa é estratégica. Vamos aprofundar nossa postura soberana no complexo mundo de hoje. É como diz o presidente Lula: “quem não se respeita, não pode ser respeitado”. Seremos intransigentes na defesa da paz mundial e de uma ordem econômica e política mais justa.
Enfim, vamos governar para todos. Com diálogo, tolerância e combatendo as desigualdades sociais e regionais.
Companheiras e companheiros,
Faremos na nossa campanha um debate de idéias, com civilidade e respeito à inteligência política dos brasileiros e das brasileiras. Um debate voltado para o futuro.
Nós somos aqueles que temos o que apresentar.
Recebo essa missão especialmente como um mandato das mulheres brasileiras, como mais uma etapa no avanço de nossa participação política e como mais uma vitória contra a discriminação secular que nos foi imposta. Gostaria de repetir: quero com vocês, mulheres do meu País, abrir novos espaços na vida nacional.
Queridas amigas e amigos
No limiar de uma nova etapa de minha vida, quando sou chamada a tamanha responsabilidade, penso em todos aqueles que fizeram e fazem parte de minha trajetória pessoal.
Em meus queridos pais.
Em minha filha, meu genro e em meu futuro neto ou neta.
Nos tantos amigos que fiz.
Nos companheiros com quem dividi minha vida.
Mas não posso deixar de ter uma lembrança especial para aqueles que não mais estão conosco. Para aqueles que caíram pelos nossos ideais. Eles fazem parte de minha história. Mais que isso: eles são parte da história do Brasil.
Quero recordar três companheiros que se foram na flor da idade.
Carlos Alberto Soares de Freitas. Beto, você ia adorar estar aqui conosco.
Maria Auxiliadora Lara Barcelos. Dodora, você está aqui no meu coração. Mas também aqui com cada um de nós.
Iara Yavelberg. Iara, que falta fazem guerreiras como você.
O exemplo deles me dá força para assumir esse imenso compromisso.A mesma força que vem de meus companheiros de partido, sobretudo daquele que é nosso primeiro companheiro – o presidente Lula.
Este ato de proclamação de minha candidatura tem uma significação que transcende seu aspecto eleitoral.
Estamos hoje concluindo o Quarto Congresso do Partido dos Trabalhadores. Mais do que isso: estamos celebrando os Trinta Anos do PT. Trinta anos desta nova estrela que veio ocupar lugar fundamental no céu da política brasileira.
Em um período histórico relativamente curto mudamos a cara de nosso sofrido e querido Brasil.
O PT cumpriu essa tarefa porque não se afastou de seus compromissos originais. Soube evoluir. Mudou, quando foi preciso. Mas não mudou de lado. Até chegar à Presidência do país, o PT dirigiu cidades e estados, gerando práticas inovadoras políticas, econômicas e sociais que o mundo observa, admira e muitas vezes reproduz. Fizemos isso, preservando e fortalecendo a democracia.
Mas, a principal inovação que o PT trouxe para a política brasileira foi colocar o povo – seus interesses, aspirações e esperanças – no centro de suas ações.
Olhando para este magnífico plenário o que vejo é a cara negra, branca, índia e mestiça do povo brasileiro.
Esta é a cara do meu partido.
O rosto daqueles e daquelas que acrescentam à sua jornada de trabalho, uma segunda jornada – ou terceira, no caso das mulheres: a jornada da militância.
Quero dizer a todos vocês que tenho um enorme orgulho de ser petista. De militar no mesmo partido de vocês. De compartilhar com Lula essa militância.
Companheiros e companheiras,
Estou aceitando a honrosa missão que vocês me delegam com tranqüilidade e determinação.
Sei que não estou sozinha. A tarefa de continuar mudando o Brasil é uma tarefa de milhões. Somos milhões. Vamos todos juntos, até a vitória.
Viva o povo brasileiro!
Para quem teve a vida sempre marcada pelo sonho e pela esperança de mudar o Brasil, este é para mim um dia extraordinário.
Meu partido – o Partido dos Trabalhadores – me confere a honrosa tarefa de dar continuidade à magnífica obra de um grande brasileiro. A obra de um líder - meu líder - de quem muito eu tenho orgulho: o presidente Lula, o Lula. Jamais pensei que a vida me reservasse tamanho desafio. Mas me sinto absolutamente preparada para enfrentá-lo - com humildade, com serenidade e com confiança.
Neste momento, ouço a voz da minha Minas Gerais, terra de minha infância e de minha juventude. Dessa Minas que me deu o sentimento de que vale a pena lutar, sim, pela liberdade e contra a injustiça. Ouço os versos de Drummond:
“Teus ombros suportam o mundo/
E ele não pesa mais do que a mão de uma criança”
Até hoje eu sinto o peso suave da mão de minha filha, quando nasceu. Que força naquele momento ela me deu. Quanta vida ela me transmitiu. Quanta fé na humanidade me passou. Eram, naquela época, tempos difíceis.
Ferida no corpo e na alma, fui acolhida e adotada pelos gaúchos – pelos gaúchos generosos, solidários, insubmissos, como são os gaúchos. Naqueles anos de chumbo, onde a tirania parecia eterna, encontrei nos versos de outro poeta - Mário Quintana - a força necessária para seguir em frente. Mário Quintana disse:
“Todos estes que aí estão/
Atravancando o meu caminho,/
Eles passarão.
Eu passarinho.”
Eles passaram e nós hoje voamos livremente.Voamos porque nascemos para ser livres.
Sem ódio, sem revanchismo e com serena convicção afirmo que nunca mais viveremos numa gaiola, numa jaula ou numa prisão.
Hoje estamos construindo um novo país na democracia. Um país que se reencontrou consigo mesmo. Onde todos, todos, mas todos mesmo, expressam livremente suas opiniões e suas idéias.
Mas um país que não tolera mais a injustiça social. Que descobriu que só será grande e forte se for de todos.
Vejo nesta manhã – já quase tarde - nos jovens que nos acompanham e nos mais velhos que aqui estão - um extraordinário encontro de gerações. De gerações que, como a minha, levaram nosso compromisso do país e com o país às últimas conseqüências.
Amadureci. Amadurecemos nós todos. Amadureci na vida. No estudo. No trabalho duro. Nas responsabilidades de governo no Rio Grande do Sul e, sobretudo, aqui no governo do Brasil. Mas esse amadurecimento não se confunde com perda de convicções.
Não perdemos a indignação frente à desigualdade social, à privação de liberdade, às tentativas de submeter nosso país. Não sucumbimos aos modismos ideológicos. Persistimos em nossas convicções, buscando, a partir delas, construir alternativas concretas e realistas. Continuamos movidos a sonhos. Acreditando na força do povo brasileiro, em sua capacidade de construir um mundo melhor.
A história recente mostrou que estávamos certos. Tivemos um grande mestre – o Presidente Lula nos ensinou o caminho.
Em um país, com a complexidade e as desigualdades do Brasil, ele foi capaz de nos conduzir pelo caminho de profundas transformações sociais em um clima de paz, de respeito e fortalecimento da democracia.
Não admitimos, portanto, que alguém queira nos dar lições de liberdade. Menos ainda aqueles que não tiveram e não têm compromisso com ela.
Companheiras, Companheiros, recebo com humildade a missão que vocês estão me conferindo. Com humildade, mas com coragem e determinação. Coragem e determinação que vêm do apoio que recebo de meu partido e de seu primeiro militante mais ilustre – o Presidente Lula.
Do apoio que espero ter dos partidos aliados que, com lealdade e competência, também são responsáveis pelos êxitos do nosso Governo. Com eles quero continuar nossa caminhada. Participo de um governo de coalizão. Quero formar um Governo de coalizão.
Estou consciente da extraordinária força que conduziu Lula à Presidência e que deu a nosso Governo o maior respaldo da história de nosso país – a força do povo brasileiro. Esta é a força que nos conduziu até aqui e que nos mantém.
A missão que me confiam não é só de um partido ou de um grupo de partidos. Recebo-a como um mandato dos trabalhadores e de seus sindicatos.
Dos movimentos sociais. Dos que labutam em nossos campos. Dos profissionais liberais. Dos intelectuais. Dos servidores públicos. Dos empresários comprometidos com o desenvolvimento econômico e social do país.
Dos negros. Dos índios.Dos jovens. De todos aqueles que sofrem ainda distintas formas de discriminação.
Enfim, das mulheres. Para muitos, elas são “metade do céu”. Mas queremos mesmo é metade da terra também. Com igualdade de direitos, salários e oportunidades.
E como disse o presidente Lula, não há limite para nós mulheres. É esse, inclusive, um dos preceitos da primeira vez nós termos uma candidata mulher.
Quero com vocês - mulheres do meu país - abrir novos espaços na vida nacional. É com este Brasil que quero caminhar. É com ele que vamos discutir e seguir, avançando com segurança, mas com a rapidez que nossa realidade social exige sistematicamente de nós.
Nessa caminhada encontraremos milhões de brasileiros que passaram a ter comida em suas mesas e hoje fazem três refeições por dia. Milhões que mostrarão suas carteiras de trabalho, pois têm agora emprego e melhor renda. Milhões de homens e mulheres com seus arados e tratores cultivando a terra que lhes pertence e de onde nunca mais serão expulsos. Milhões que nos mostrarão suas casas dignas e os refrigeradores, fogões, televisores ou computadores que puderam comprar.
Outros milhões acenderão as luzes de suas modestas casas, onde reinava a escuridão ou predominavam os candeeiros. E estes milhões de pontos luminosos pelo Brasil afora serão como uma trilha incandescente que mostra um novo caminho.
Nessa caminhada, veremos milhões de jovens mostrando seus diplomas de universidades ou de escolas técnicas com a convicção de quem abriu uma porta para o futuro, para o seu futuro.
Milhões - mas muitos milhões mesmo - expressarão seu orgulho de viver em um país livre, justo e, sobretudo, respeitado em todo o mundo.
Muitos me perguntam por que o Brasil avançou tanto nos últimos anos. Digo que foi porque soubemos construir novos caminhos, e ter a vontade política de um grande líder, como o presidente Lula com a sua vontade de fazer trilhar, derrubando velhos dogmas que funcionavam como barreiras nos caminhos do Brasil.
O primeiro caminho é o do crescimento com distribuição de renda - o verdadeiro desenvolvimento. Provamos que distribuindo renda é que se cresce. E se cresce de forma mais rápida e sustentável. Essa distribuição de renda permitiu construir um grande mercado de bens de consumo de massa, de consumo popular. Ele nos protegeu dos efeitos da crise mundial. O nosso consumo, o consumo do povo brasileiro sustentou o país diante do medo que se abateu sobre o sistema financeiro internacional e privado nacional.
Criamos 12 milhões de empregos formais. A renda dos trabalhadores aumentou. O salário mínimo real cresceu como nunca. Expandimos o crédito para o conjunto da sociedade. Estamos construindo um Brasil para todos. Não o Brasil para uma minoria, como fizemos sistematicamente desde os tempos da escravidão. O segundo caminho foi o do equilíbrio macro-econômico e da redução da vulnerabilidade externa.
Eliminamos as ameaças de volta da inflação. Reduzimos a dívida em relação ao Produto Interno Bruto. Aumentamos nossas reservas de 38 bilhões de dólares para mais de 241 bilhões. Multiplicamos por três nosso comércio exterior, praticando uma política externa soberana, que buscou diversificar mercados. Deixamos de ser devedores internacionais e passamos à condição de credores. Hoje não pedimos dinheiro emprestado ao FMI. É o Fundo que pede dinheiro a nós.
Grande ironia é essa: os mesmos 14 bilhões de dólares que foram sacados do empréstimo, que antes o FMI nos emprestava, agora somos nós que emprestamos ao FMI.
E isso faz a diferença no que se refere à nossa postura soberana.
O terceiro caminho foi o da redução das desigualdades regionais. Invertemos nos últimos anos o que parecia uma maldição insuperável. Quando o país crescia, concentrava riqueza nos estados e regiões mais prósperos. Quando estagnava, eram os estados e regiões mais pobres que pagavam a conta.
Governantes e setores das elites viam o Norte e o Nordeste como regiões irremediavelmente condenadas ao atraso.
A vastos setores da população não restavam outras alternativas que a de afundar na miséria ou migrar para o sul em busca de oportunidades. É o que explica o inchaço das nossas grandes cidades e das médias também.
Essa situação está mudando por decisão do governo do presidente Lula que focou nessas questões, num grande conjunto de sua política de desenvolvimento.
O Governo Federal começou um processo consistente de combate às desigualdades regionais. Passou a ter confiança na capacidade do povo das regiões mais pobres. O Norte e o Nordeste receberam investimentos públicos e privados. O crescimento dessas duas regiões passou a ser sensivelmente superior ao do Brasil como um todo no período da crise.
Nós vamos aprofundar esse caminho e esse compromisso de acabar com esse desequilíbrio. O Brasil não mais será visto como um trem em que uma única locomotiva puxa todos vagões, como nos tempos da “Maria Fumaça”. O Brasil de hoje é como alguns dos modernos trens de alta velocidade, onde vários vagões são como locomotivas e contribuem para que o comboio avance, se desenvolva e cresça. Nós queremos 27 locomotivas puxando o trem do Brasil.
O quarto caminho que trilhamos e continuaremos a trilhar é o da reorganização do Estado.
Alguns ideólogos chegavam a dizer que quase tudo seria resolvido pelo mercado. O resultado foi desastroso para muitos países.
Aqui, no Brasil, o desastre só não foi maior – como em outros países – porque os brasileiros resistiram a esse desmonte e conseguiram impedir a privatização parcial e integral da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica ou de FURNAS.
Alguns falam todos os dias de “inchaço da máquina estatal”. Omitem, no entanto, que estamos contratando basicamente médicos e profissionais de saúde, professores e pessoal na área da educação, diplomatas, policiais federais e servidores para as áreas de segurança, controle e fiscalização. Escondem, também, que a recomposição do corpo de servidores do Estado está se fazendo por meio de concursos públicos.
Vamos continuar valorizando o servidor e o serviço público. Reconstituindo o Estado. Recompondo sua capacidade de planejar, gerir e induzir o desenvolvimento do país. É muito bom lembrar que diante da crise, quando o crédito secou, não sacrificamos os investimentos públicos e privados. Ao contrário, utilizamos nossos bancos para impulsionar o desenvolvimento e a garantia de emprego no País. Por isso, quando em muitos países, o emprego caia, em 2009, aqui, nós conseguimos criar quase um milhão de empregos.
Na verdade, quando a crise mundial apenas começava, Lula disse em seu discurso na ONU em 2008: É chegada a hora da política!
Nada mais apropriado do que essa frase. A maior prova nós demos ao mundo: o Brasil só pôde enfrentar com sucesso a crise porque tivemos políticas públicas adequadas. Soubemos articular corretamente Estado e mercado, porque colocamos o interesse público no centro de nossas preocupações.
O quinto caminho foi o de nossa presença soberana no mundo. O Brasil não mais se curva diante dos poderosos. Sem bravatas e sem submissão, o país hoje defende seus interesses e, como diz minha mãe, se dá ao respeito. É solidário com as nações pobres e em desenvolvimento. Tem uma especial relação com a América do Sul, com a América Latina e com a África. Estreita os laços Sul-Sul, sem abandonar suas relações com os países desenvolvidos. Busca mudar instituições multilaterais obsoletas, que impedem a democratização econômica e política do mundo.
Essa presença global, e o corajoso enfrentamento de nossos problemas domésticos em um marco democrático, explicam o respeito internacional que hoje gozamos.
O sexto caminho para onde convergem todos os demais foi o do aperfeiçoamento democrático.
No passado, tivemos momentos de grande crescimento econômico. Mas faltou democracia. E nós sabemos como faltou!
Em outros momentos tivemos democracia política, mas faltou democracia econômica e social. E sabemos muito bem que quando falta democracia econômica e social, é a democracia como um todo que começa a ficar ameaçada. O país fica à mercê das soluções de força ou de aventureiros. Hoje nós estamos crescendo e distribuindo renda, com equilíbrio macro-econômico, com expansão da democracia, com forte participação social na definição das políticas públicas e com respeito aos Direitos Humanos.
Quem duvidar do vigor da nossa democracia que leia, que escute ou que veja o que dizem os jornais livremente, o que dizem nos jornais livremente as vozes oposicionistas. Mas isso não nos perturba. Preferimos as vozes dessas oposições – ainda quando mentirosas, injustas e caluniosas – ao silêncio das ditaduras. Como disse o Presidente Lula, a democracia não é a consolidação do silêncio, mas a manifestação de múltiplas vozes defendendo seus direitos e interesses. Nela, vai desaparecendo o espaço para que velhos coronéis e os velhos senhores tutelem o povo. Este passa a pensar com sua cabeça e a se constituir uma nova e verdadeira opinião pública.
As instituições funcionam no país. Os poderes são independentes. A Federação é respeitada. Diferentemente de outros períodos de nossa história, o Presidente relacionou-se de forma republicana com governadores e prefeitos, não fazendo qualquer tipo de discriminação em função de suas filiações partidárias.
Não praticamos nenhum casuísmo. Basta ver a reação firme e categórica do Presidente Lula ao frustrar as tentativas de mudar a Constituição para que pudesse disputar um terceiro mandato. Não mudamos – como se fez no passado – as regras do jogo no meio da partida.
Como todos podem ver, temos um extraordinário alicerce e uma herança bendita sobre a qual construir o terceiro Governo Democrático e Popular. Temos rumo, experiência e impulso para seguir o caminho iniciado por Lula. Não haverá retrocesso, nem aventuras. Mas podemos avançar muito mais. E muito mais rapidamente.
Queridas companheiras, queridos companheiros.
Não é meu propósito apresentar aqui um Programa de Governo. Este Congresso aprovou as Diretrizes para um programa que será submetido ao debate com os partidos aliados e com a sociedade.
Hoje quero assumir alguns compromissos como pré-candidata, para estimular nossa reflexão e indicar como pretendemos continuar este processo iniciado há sete anos.
Vamos manter e aprofundar aquilo que é marca do Governo Lula – seu olhar social, seu compromisso social. Queremos um Brasil para todos. Nos aspectos econômicos e em suas projeções sociais, mas também um Brasil sem discriminações, sem constrangimentos. Ampliaremos e aperfeiçoaremos os programas sociais do Governo Lula, como o Bolsa Família, e implantaremos novos programas com o propósito de erradicar a miséria na década que se inicia.
Vamos dar prioridade à qualidade da educação, essencial para construir o grande país que almejamos, fundado no conhecimento e na justiça social. Mas a educação será, sobretudo, um meio de emancipação política e cultural do nosso povo. Uma forma de pleno acesso à cidadania. Daremos seguimento à transformação educacional em curso – da creche ao pós-graduação.
Os jovens serão os primeiros beneficiários da era de prosperidade que começamos a construir no primeiro governo do presidente Lula, que continuamos no segundo e que continuaremos. Nosso objetivo estratégico é oferecer a eles a oportunidade de começar a vida com segurança, liberdade, trabalho e realização pessoal.
No Brasil temos hoje 50 milhões de jovens, entre os 15 e os 29 anos de idade. Mais de um quarto da nossa população. É para eles que estamos construindo um Brasil melhor. Eles têm direito a um futuro melhor. O Brasil precisa muito da juventude. De profissionais qualificados. De mulheres e homens bem formados. Isto se faz com escolas que propiciem boa formação teórica e técnica, com professores contratados, concursados, bem treinados e bem remunerados. Isso não é inchaço da máquina, é imprescindível para todos. Com bolsas de estudo e apoio para que os alunos não sejam obrigados a abandonar a escola. Com banda larga gratuita para todos, computadores para os professores, salas de aula informatizadas para os estudantes. Com acesso a estágios, cursos de especialização e ajuda para entrar no mercado de trabalho. Serão esses jovens bem formados e preparados que vão nos conduzir à sociedade do conhecimento nas próximas décadas.
Protegeremos as crianças e os mais jovens da violência, do assédio das drogas, da imposição do trabalho em detrimento da formação escolar e acadêmica. As crianças e os mais jovens devem ser, sim, protegidos pelo Estado, desde a infância, para que possam se realizar, em sua plenitude, como brasileiros.
Companheiros e companheiras,
Um País se mede pelo grau de proteção que dá a suas crianças. São elas a essência do nosso futuro. E é na infância que a desigualdade social cobra seu preço mais alto. Crianças desassistidas do nascimento aos cinco anos serão jovens e adultos prejudicados nas suas aptidões e oportunidades. Cuidar delas adequadamente é combater a desigualdade social na raiz.
Vamos ampliar e disseminar por todo o Brasil a rede de creches, pré-escolas e escolas infantis. Um tipo de creche onde a criança tem acesso à socialização pedagógica, aos bens culturais e aos cuidados de nutrição e saúde indispensáveis ao seu pleno desenvolvimento. E o governo federal vem fazendo isso. E é isso é o que está previsto no PAC 2.
Vamos resolver os problemas da saúde, pois temos um incomparável modelo institucional – o SUS. Com mais recursos e melhor gestão vamos aprimorar a eficácia do sistema. Vamos reforçar as redes de atenção à saúde e unificar as ações entre os níveis de governo. Darei importância às Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs – pretendemos chegar até 2010, até o fim do governo do presidente Lula, a 500 UPAs. Daremos prioridade também ao SAMU, aos hospitais públicos e conveniados, aos programas Saúde da Família, Brasil Sorridente, que o presidente Lula tanto se empenha para implantar, e Farmácia Popular.
Vamos cuidar das cidades brasileiras. Colocar todo o empenho do Governo Federal, junto com estados e municípios, para promover uma profunda reforma urbana, que beneficie prioritariamente as camadas mais desprotegidas.
Vamos melhorar a habitação e vamos perseguir a universalização do saneamento. Implantar transporte seguro, barato e eficiente. Tudo isso está previsto no chamado PAC 2.
Vamos reforçar, também, os programas de segurança pública.
A conclusão do PAC 1 e a implementação do PAC 2, junto com a continuidade do programa Minha Casa, Minha Vida serão decisivos para realizar esse compromisso. Serão decisivos para melhorar as condições de vida dos brasileiros. Naquilo que é talvez uma das maiores chagas da história do Brasil, que é o fato de uma parte da população ter sido obrigada a morar em favelas, em áreas de riscos, como beiras de córregos e, quando caem as grandes chuvas, são eles os mais afetados e os que mais sofrem conseqüências dramáticas, incluindo a morte.
Vamos fortalecer a proteção de nosso meio ambiente. Continuaremos reduzindo o desmatamento e impulsionando a matriz energética mais limpa do mundo. Vamos manter a vanguarda na produção de biocombustíveis e desenvolver nosso potencial hidrelétrico. Desenvolver sem agredir o meio ambiente, com usinas a fio d’água e utilizando o modelo de usinas-plataforma. Aprofundaremos nosso zoneamento agro-ecológico. Nossas iniciativas explicam a liderança que alcançamos na Conferência sobre a Mudança do Clima, em Copenhague. As metas voluntárias de Copenhague, assumidas pelo Brasil, serão cumpridas, haja ou não acordo internacional. Este é o nosso compromisso haja, ou não, acordo internacional. Esse é o compromisso do presidente Lula e o meu compromisso.
Vamos aprofundar os avanços já alcançados em nossa política industrial e agrícola, com ênfase na inovação, no aperfeiçoamento dos mecanismos de crédito, aumentando nossa produtividade. Agregar valor a nossas riquezas naturais é fundamental numa política de geração de empregos no País. Tudo que puder ser produzido no Brasil deve ser - e será - produzido no Brasil. Sondas, plataformas, navios e equipamentos aqui produzidos, para a exploração soberana do Pré-sal. Essa decisão vai gerar emprego e renda para os brasileiros. Emprego e renda que virão também da produção em indústrias brasileiras de fertilizantes, combustíveis e petroquímicos derivados do óleo bruto. Assim, com este modelo soberano e nacional, a exploração do Pré-sal dará diversidade e sofisticação à nossa indústria.
Os recursos do Pré-sal, aplicados no Fundo Social, sustentarão um grande avanço em nossa educação e na pesquisa científica e tecnológica. Recursos que também serão destinados para o combate à pobreza, para a defesa do meio ambiente e para a nossa cultura.
Vamos continuar mostrando ao mundo que é possível compatibilizar o desenvolvimento da agricultura familiar e do agronegócio. Assegurar crédito, assistência técnica e mercado aos pequenos produtores e, ao mesmo tempo, apoiar os grandes produtores, que contribuem decisivamente para o superávit comercial brasileiro.
Todas as nossas ações de governo têm, sem sombra de dúvida, uma premissa: a preservação da estabilidade macro-econômica.
Vamos manter o equilíbrio fiscal, o controle da inflação e a política de câmbio flutuante.
Vamos seguir dando transparência aos gastos públicos e aperfeiçoando seus mecanismos de controle.
Vamos combater a corrupção, utilizando todos os mecanismos institucionais, como fizemos até agora.
Vamos concretizar, junto com o Congresso, as reformas institucionais que não puderam ser completadas ou foram apenas parcialmente implantadas, como a reforma política e a tributária.
Uma coisa é estratégica. Vamos aprofundar nossa postura soberana no complexo mundo de hoje. É como diz o presidente Lula: “quem não se respeita, não pode ser respeitado”. Seremos intransigentes na defesa da paz mundial e de uma ordem econômica e política mais justa.
Enfim, vamos governar para todos. Com diálogo, tolerância e combatendo as desigualdades sociais e regionais.
Companheiras e companheiros,
Faremos na nossa campanha um debate de idéias, com civilidade e respeito à inteligência política dos brasileiros e das brasileiras. Um debate voltado para o futuro.
Nós somos aqueles que temos o que apresentar.
Recebo essa missão especialmente como um mandato das mulheres brasileiras, como mais uma etapa no avanço de nossa participação política e como mais uma vitória contra a discriminação secular que nos foi imposta. Gostaria de repetir: quero com vocês, mulheres do meu País, abrir novos espaços na vida nacional.
Queridas amigas e amigos
No limiar de uma nova etapa de minha vida, quando sou chamada a tamanha responsabilidade, penso em todos aqueles que fizeram e fazem parte de minha trajetória pessoal.
Em meus queridos pais.
Em minha filha, meu genro e em meu futuro neto ou neta.
Nos tantos amigos que fiz.
Nos companheiros com quem dividi minha vida.
Mas não posso deixar de ter uma lembrança especial para aqueles que não mais estão conosco. Para aqueles que caíram pelos nossos ideais. Eles fazem parte de minha história. Mais que isso: eles são parte da história do Brasil.
Quero recordar três companheiros que se foram na flor da idade.
Carlos Alberto Soares de Freitas. Beto, você ia adorar estar aqui conosco.
Maria Auxiliadora Lara Barcelos. Dodora, você está aqui no meu coração. Mas também aqui com cada um de nós.
Iara Yavelberg. Iara, que falta fazem guerreiras como você.
O exemplo deles me dá força para assumir esse imenso compromisso.A mesma força que vem de meus companheiros de partido, sobretudo daquele que é nosso primeiro companheiro – o presidente Lula.
Este ato de proclamação de minha candidatura tem uma significação que transcende seu aspecto eleitoral.
Estamos hoje concluindo o Quarto Congresso do Partido dos Trabalhadores. Mais do que isso: estamos celebrando os Trinta Anos do PT. Trinta anos desta nova estrela que veio ocupar lugar fundamental no céu da política brasileira.
Em um período histórico relativamente curto mudamos a cara de nosso sofrido e querido Brasil.
O PT cumpriu essa tarefa porque não se afastou de seus compromissos originais. Soube evoluir. Mudou, quando foi preciso. Mas não mudou de lado. Até chegar à Presidência do país, o PT dirigiu cidades e estados, gerando práticas inovadoras políticas, econômicas e sociais que o mundo observa, admira e muitas vezes reproduz. Fizemos isso, preservando e fortalecendo a democracia.
Mas, a principal inovação que o PT trouxe para a política brasileira foi colocar o povo – seus interesses, aspirações e esperanças – no centro de suas ações.
Olhando para este magnífico plenário o que vejo é a cara negra, branca, índia e mestiça do povo brasileiro.
Esta é a cara do meu partido.
O rosto daqueles e daquelas que acrescentam à sua jornada de trabalho, uma segunda jornada – ou terceira, no caso das mulheres: a jornada da militância.
Quero dizer a todos vocês que tenho um enorme orgulho de ser petista. De militar no mesmo partido de vocês. De compartilhar com Lula essa militância.
Companheiros e companheiras,
Estou aceitando a honrosa missão que vocês me delegam com tranqüilidade e determinação.
Sei que não estou sozinha. A tarefa de continuar mudando o Brasil é uma tarefa de milhões. Somos milhões. Vamos todos juntos, até a vitória.
Viva o povo brasileiro!
Serra e o fim da era paulista na política.
Por: Luis Nassif.
Por que José Serra vacila tanto em anunciar-se candidato?
Para quem acompanha a política paulista com olhos de observador e tem contatos com aliados atuais e ex-aliados de Serra, a razão é simples.
Seu cálculo político era o seguinte: se perde as eleições para presidente, acaba sua carreira política; se se lança candidato a governador, mas o PSDB consegue emplacar o candidato a presidente, perde o partido para o aliado. Em qualquer hipótese, iria para o aposentadoria ou para segundo plano. Para ele só interessava uma das seguintes alternativas: ele presidente ou; ele governador e alguém do PT presidente. Ou o PSDB dava certo com ele; ou que explodisse, sem ele.
Esta foi a lógica que (des)orientou sua (in)decisão e que levou o partido a esse abraço de afogado. A ideia era enrolar até a convenção, lá analisar o que lhe fosse melhor.
De lá para cá, muita água rolou. Agora, as alternativas são as seguintes:
1. O xeque que recebeu de Aécio Neves (anunciando a saída da disputa para candidato a presidente) demoliu a estratégia inicial de Serra. Agora, se desiste da presidência e sai candidato a governador, leva a pecha de medroso e de sujeito que sacrificou o partido em nome de seus interesses pessoais.
2. Se sai candidato a presidente, no dia seguinte o serrismo acaba.
O balanço que virá
O clima eleitoral de hoje, mais o poder remanescente de Serra, dificulta a avaliação isenta do seu governo. Esse quadro – que vou traçar agora – será de consenso no ano que vem, quando começar o balanço isento do seu governo, sem as paixões eleitorais e sem a obrigatoriedade da velha mídia de criar o seu campeão a fórceps. Aí se verá com mais clareza a falta de gestão, a ausência total do governador do dia-a-dia da administração (a não ser para inaugurações), a perda de controle sobre os esquemas de caixinha política.
Hoje em dia, a liderança de Serra sobre seu governo é próxima a zero. Ele mantém o partido unido e a administração calada pelo medo, não pelas ideias ou pela liderança.
Há mágoas profundas do covismo, mágoas dos aliados do DEM – pela maneira como deserdou Kassab -, afastamento daqueles que poderiam ser chamados de serristas históricos – um grupo de técnicos de alto nível que, quando sobreveio a inércia do período FHC-Malan, julgou que Serra poderia ser o receptador de ideias modernizantes.
Outro dia almocei com um grande empresário, aliado de primeira hora de Serra. Cauteloso, leal, não avançou em críticas contra Serra. Ouviu as minhas e ponderou uma explicação que vale para todos, políticos, homens de negócio e pensadores: “As ideias têm que levar em conta a mudança das circunstâncias e do país”. Serra foi moderno quando parlamentar porque, em um período de desastre fiscal focou seu trabalho na responsabilidade fiscal.
No governo paulista, não conseguiu levantar uma bandeira modernizadora sequer. Pior: não percebeu que os novos tempos exigiam um compromisso férreo com o bem estar do cidadão e a inclusão social. Continuou preso ao modelito do administrador frio, ao mesmo tempo em que comprometia o aparato regulatório do Estado com concessões descabidas a concessionárias.
O castigo veio a cavalo. A decisão de desviar todos os recursos para o Rodoanel provocou o segundo maior desastre coletivo da moderna história do país, produzido por erros de gestão: o alagamento de São Paulo devido à interrupção das obras de desassoreamento do rio Tietê. O primeiro foi o “apagão” do governo FHC.
O fim das ideias
O Serra que emergiu governador decepcionou aliados históricos. Mostrou-se ausente da administração estadual, sem escrúpulos quando tornou-se o principal alimentador do macartismo virulento da velha mídia – usando a Veja e a Folha – e dos barra-pesadas do Congresso. Quando abriu mão dos quadros técnicos, perdeu o pé das ideias. Havia meia dúzia de intelectuais que o abastecia com ideias modernizantes. Sem eles, sua única manifestação “intelectual” foi o artigo para a Folha criticando a posição do Brasil em relação ao Irã – repetindo argumentos do seu blogueiro -, um horror para quem o imaginava um intelectual refinado.
É bobagem taxar o PSDB histórico de golpista. Na origem, o partido conseguiu aglutinar quadros técnicos de alto nível, de pensamento de centro-esquerda e legalistas por excelência. E uma classe média que também combateu a ditadura, mas avessa a radicalizações ideológicas.
Ao encampar o estilo Maluf – virulência ideológica (através de seus comandados na mídia), insensibilidade social, (falsa) imagem de administrador frio e insensível, ênfase apenas nas obras de grande visibilidade, desinteresse em relação a temas centrais, como educação e segurança – Serra destruiu a solidariedade partidária criada duramente por lideranças como Mário Covas, Franco Montoro e Sérgio Motta.
Quadros acadêmicos do PSDB, de alto nível, praticamente abandonaram o sonho de modernizar a política e ou voltaram para a Universidade ou para organizações civis que lhe abriram espaço.
O personalismo exacerbado
Principalmente, chamaram a atenção dois vícios seus, ambos frutos de um personalismo exacerbado – para o qual tantas e tantas vezes FHC tinha alertado.
O primeiro, a tendência de chamar a si todos os méritos, não admitir críticas e tratar todos subordinados com desprezo, inclusive proibindo a qualquer secretário sequer mostrar seu trabalho. Principalmente, a de exigir a cabeça de jornalistas que o criticavam.
O mal-estar na administração é geral. Em vez de um Estadista, passaram a ser comandados por um chefe de repartição que não admite o brilho de ninguém, nem lhes dá reconhecimento, não é eficiente e só joga para a torcida.
O segundo, a deslealdade. Duvido que exista no governo Serra qualquer estrela com luz própria que lhe deva lealdade. A estratégia política de FHC e Lula sempre foi a de agregar, aparar resistências, afagar o ego de aliados. A de Serra foi a do conflito maximizado não por posições políticas, mas pelo ego transtornado.
O uso do blogueiro terceirizado da Veja para ataques descabidos (pela virulência) contra Geraldo Alckmin, Chalita, Aécio, deixou marcas profundas no próprio partido.
Alckmin não lhe deve lealdade, assim como Aloizio Nunes – que está sendo rifado por Serra. Alberto Goldmann deve? Praticamente desapareceu sob o personalismo de Serra, assim como Guilherme Afif e Lair Krähenbühl – sujeito de tão bom nível que conseguiu produzir das poucas coisas decentes do malufismo e não se sujar.
No interior, há uma leva enorme de prefeitos esperando o último sopro de Serra para desvencilhar-se da presença incômoda do governador.
O que segura o serrismo, hoje em dia, é apenas o temor do espírito vingativo de Serra. E um grupo de pessoas que será varrido da vida pública com sua derrota por absoluta falta de opção. Mas que chora amargamente a aposta na pessoa errada.
Aliás, se Aécio Neves for esperto (e é), tratará de reasgatar esses quadros para o partido.
Saindo candidato a presidente e ficando claro que não terá chance de vitória, o PSDB paulista se bandeará na hora para o novo rei. Pelas possibilidades eleitorais, será Alckmin, político limitado, sem fôlego para inaugurar uma nova era. Por outro lado, o PT paulista também não logrou se renovar, abrir espaço para novos quadros, para novas propostas. Continua prisioneiro da polarização virulenta com o PSDB, sem ter conseguido desenvolver um discurso novo ou arregimentado novas alianças.
O resultado final será o fim da era paulista na política nacional, um modelo que se sustentou décadas graças ao movimento das diretas e à aliança com a velha mídia.
Acaba em um momento histórico, em que o desenvolvimento se interioriza e o monopólio da opinião começa a cair.
A história explica grande parte desse fim de período. Mas o desmonte teria sido menos traumático se conduzido por uma liderança menos deletéria que a de Serra.
Por que José Serra vacila tanto em anunciar-se candidato?
Para quem acompanha a política paulista com olhos de observador e tem contatos com aliados atuais e ex-aliados de Serra, a razão é simples.
Seu cálculo político era o seguinte: se perde as eleições para presidente, acaba sua carreira política; se se lança candidato a governador, mas o PSDB consegue emplacar o candidato a presidente, perde o partido para o aliado. Em qualquer hipótese, iria para o aposentadoria ou para segundo plano. Para ele só interessava uma das seguintes alternativas: ele presidente ou; ele governador e alguém do PT presidente. Ou o PSDB dava certo com ele; ou que explodisse, sem ele.
Esta foi a lógica que (des)orientou sua (in)decisão e que levou o partido a esse abraço de afogado. A ideia era enrolar até a convenção, lá analisar o que lhe fosse melhor.
De lá para cá, muita água rolou. Agora, as alternativas são as seguintes:
1. O xeque que recebeu de Aécio Neves (anunciando a saída da disputa para candidato a presidente) demoliu a estratégia inicial de Serra. Agora, se desiste da presidência e sai candidato a governador, leva a pecha de medroso e de sujeito que sacrificou o partido em nome de seus interesses pessoais.
2. Se sai candidato a presidente, no dia seguinte o serrismo acaba.
O balanço que virá
O clima eleitoral de hoje, mais o poder remanescente de Serra, dificulta a avaliação isenta do seu governo. Esse quadro – que vou traçar agora – será de consenso no ano que vem, quando começar o balanço isento do seu governo, sem as paixões eleitorais e sem a obrigatoriedade da velha mídia de criar o seu campeão a fórceps. Aí se verá com mais clareza a falta de gestão, a ausência total do governador do dia-a-dia da administração (a não ser para inaugurações), a perda de controle sobre os esquemas de caixinha política.
Hoje em dia, a liderança de Serra sobre seu governo é próxima a zero. Ele mantém o partido unido e a administração calada pelo medo, não pelas ideias ou pela liderança.
Há mágoas profundas do covismo, mágoas dos aliados do DEM – pela maneira como deserdou Kassab -, afastamento daqueles que poderiam ser chamados de serristas históricos – um grupo de técnicos de alto nível que, quando sobreveio a inércia do período FHC-Malan, julgou que Serra poderia ser o receptador de ideias modernizantes.
Outro dia almocei com um grande empresário, aliado de primeira hora de Serra. Cauteloso, leal, não avançou em críticas contra Serra. Ouviu as minhas e ponderou uma explicação que vale para todos, políticos, homens de negócio e pensadores: “As ideias têm que levar em conta a mudança das circunstâncias e do país”. Serra foi moderno quando parlamentar porque, em um período de desastre fiscal focou seu trabalho na responsabilidade fiscal.
No governo paulista, não conseguiu levantar uma bandeira modernizadora sequer. Pior: não percebeu que os novos tempos exigiam um compromisso férreo com o bem estar do cidadão e a inclusão social. Continuou preso ao modelito do administrador frio, ao mesmo tempo em que comprometia o aparato regulatório do Estado com concessões descabidas a concessionárias.
O castigo veio a cavalo. A decisão de desviar todos os recursos para o Rodoanel provocou o segundo maior desastre coletivo da moderna história do país, produzido por erros de gestão: o alagamento de São Paulo devido à interrupção das obras de desassoreamento do rio Tietê. O primeiro foi o “apagão” do governo FHC.
O fim das ideias
O Serra que emergiu governador decepcionou aliados históricos. Mostrou-se ausente da administração estadual, sem escrúpulos quando tornou-se o principal alimentador do macartismo virulento da velha mídia – usando a Veja e a Folha – e dos barra-pesadas do Congresso. Quando abriu mão dos quadros técnicos, perdeu o pé das ideias. Havia meia dúzia de intelectuais que o abastecia com ideias modernizantes. Sem eles, sua única manifestação “intelectual” foi o artigo para a Folha criticando a posição do Brasil em relação ao Irã – repetindo argumentos do seu blogueiro -, um horror para quem o imaginava um intelectual refinado.
É bobagem taxar o PSDB histórico de golpista. Na origem, o partido conseguiu aglutinar quadros técnicos de alto nível, de pensamento de centro-esquerda e legalistas por excelência. E uma classe média que também combateu a ditadura, mas avessa a radicalizações ideológicas.
Ao encampar o estilo Maluf – virulência ideológica (através de seus comandados na mídia), insensibilidade social, (falsa) imagem de administrador frio e insensível, ênfase apenas nas obras de grande visibilidade, desinteresse em relação a temas centrais, como educação e segurança – Serra destruiu a solidariedade partidária criada duramente por lideranças como Mário Covas, Franco Montoro e Sérgio Motta.
Quadros acadêmicos do PSDB, de alto nível, praticamente abandonaram o sonho de modernizar a política e ou voltaram para a Universidade ou para organizações civis que lhe abriram espaço.
O personalismo exacerbado
Principalmente, chamaram a atenção dois vícios seus, ambos frutos de um personalismo exacerbado – para o qual tantas e tantas vezes FHC tinha alertado.
O primeiro, a tendência de chamar a si todos os méritos, não admitir críticas e tratar todos subordinados com desprezo, inclusive proibindo a qualquer secretário sequer mostrar seu trabalho. Principalmente, a de exigir a cabeça de jornalistas que o criticavam.
O mal-estar na administração é geral. Em vez de um Estadista, passaram a ser comandados por um chefe de repartição que não admite o brilho de ninguém, nem lhes dá reconhecimento, não é eficiente e só joga para a torcida.
O segundo, a deslealdade. Duvido que exista no governo Serra qualquer estrela com luz própria que lhe deva lealdade. A estratégia política de FHC e Lula sempre foi a de agregar, aparar resistências, afagar o ego de aliados. A de Serra foi a do conflito maximizado não por posições políticas, mas pelo ego transtornado.
O uso do blogueiro terceirizado da Veja para ataques descabidos (pela virulência) contra Geraldo Alckmin, Chalita, Aécio, deixou marcas profundas no próprio partido.
Alckmin não lhe deve lealdade, assim como Aloizio Nunes – que está sendo rifado por Serra. Alberto Goldmann deve? Praticamente desapareceu sob o personalismo de Serra, assim como Guilherme Afif e Lair Krähenbühl – sujeito de tão bom nível que conseguiu produzir das poucas coisas decentes do malufismo e não se sujar.
No interior, há uma leva enorme de prefeitos esperando o último sopro de Serra para desvencilhar-se da presença incômoda do governador.
O que segura o serrismo, hoje em dia, é apenas o temor do espírito vingativo de Serra. E um grupo de pessoas que será varrido da vida pública com sua derrota por absoluta falta de opção. Mas que chora amargamente a aposta na pessoa errada.
Aliás, se Aécio Neves for esperto (e é), tratará de reasgatar esses quadros para o partido.
Saindo candidato a presidente e ficando claro que não terá chance de vitória, o PSDB paulista se bandeará na hora para o novo rei. Pelas possibilidades eleitorais, será Alckmin, político limitado, sem fôlego para inaugurar uma nova era. Por outro lado, o PT paulista também não logrou se renovar, abrir espaço para novos quadros, para novas propostas. Continua prisioneiro da polarização virulenta com o PSDB, sem ter conseguido desenvolver um discurso novo ou arregimentado novas alianças.
O resultado final será o fim da era paulista na política nacional, um modelo que se sustentou décadas graças ao movimento das diretas e à aliança com a velha mídia.
Acaba em um momento histórico, em que o desenvolvimento se interioriza e o monopólio da opinião começa a cair.
A história explica grande parte desse fim de período. Mas o desmonte teria sido menos traumático se conduzido por uma liderança menos deletéria que a de Serra.
Fonte: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/02/21/serra-e-o-fim-da-era-paulista-na-politica/
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Oscar do cinema britânico
Londres, 21 fev (EFE).- A cidade de Londres é o palco neste domingo da entrega dos prêmios Bafta, o Oscar do cinema britânico, em uma edição que promete poucas surpresas nas categorias principais e tem "Avatar" e "Guerra ao Terror", com oito indicações cada, como grandes favoritos.
James Cameron, diretor de "Avatar", e Kathryn Bigelow, ex-mulher de Cameron e responsável por "Guerra ao Terror", se enfrentam nas categorias de melhor filme e melhor diretor.
Cameron já venceu nas duas categorias na última edição do Globo de Ouro, enquanto Bigelow fez o mesmo nos prêmios da crítica americana.
Outro filme que disputa prêmios em oito categorias é "Educação" de Lone Scherfig, indicado a melhor filme e a melhor filme britânico, categoria na qual é o grande favorito.
Além de "Avatar", "Guerra ao Terror" e "Educação", completam a lista de candidatos a melhor filme "Preciosa - Uma História de Esperança", a surpresa independente do ano, e "Amor Sem Escalas" de Jason Reitman, em uma lista que privilegia Hollywood no lugar do cinema europeu.
Na categoria de melhor filme estrangeiro, o favorito é "A Fita Branca", do austríaco Michael Haneke, que enfrenta, entre outros, "Abraços Partidos", de Pedro Almodóvar, e "O Profeta", de Jacques Audiard.
O prêmio de melhor ator parece já estar nas mãos de Jeff Bridges, que já levou para casa os principais prêmios da temporada pré-Oscar por seu papel em "Crazy Heart". Seus concorrentes no Bafta são George Clooney ("Amor sem Escalas"), Colin Firth ("Direito de Amar"), Jeremy Renner ("Guerra ao Terror") e Andy Serkis ("Sex & Drugs & Rock & Roll").
Os fãs podem esperar mais surpresas na disputa pelo prêmio de melhor atriz, que não tem uma clara favorita. Meryl Streep ("Julie & Julia") e Carey Mulligan, protagonista de "Educação", parecem sair na frente das outras concorrentes, Saoirse Ronan ("Um Olhar do Paraíso"), Gabourey Sidibe ("Preciosa") e a francesa Audrey Tautou ("Coco Antes de Chanel").
Mais claros parecem estar os ganhadores dos prêmios por papéis secundários, nos quais Mo'Nique, que interpreta a vilã de "Preciosa", e Christoph Waltz, o caçador de judeus de "Bastardos Inglórios", despontam como favoritos.
Mo'Nique e Waltz venceram praticamente todos os prêmios que disputaram até o momento, incluindo o Globo de Ouro e o do Sindicato dos Atores americanos.
"Bastardos Inglórios", de Quentin Tarantino, não passou pelo crivo para disputar o prêmio de melhor filme, mas tem muitas chances de levar a melhor na categoria de melhor roteiro original.
A veterana atriz britânica Vanessa Redgrave, de 73 anos, receberá o Bafta honorário pelo conjunto de sua obra. EFE
James Cameron, diretor de "Avatar", e Kathryn Bigelow, ex-mulher de Cameron e responsável por "Guerra ao Terror", se enfrentam nas categorias de melhor filme e melhor diretor.
Cameron já venceu nas duas categorias na última edição do Globo de Ouro, enquanto Bigelow fez o mesmo nos prêmios da crítica americana.
Outro filme que disputa prêmios em oito categorias é "Educação" de Lone Scherfig, indicado a melhor filme e a melhor filme britânico, categoria na qual é o grande favorito.
Além de "Avatar", "Guerra ao Terror" e "Educação", completam a lista de candidatos a melhor filme "Preciosa - Uma História de Esperança", a surpresa independente do ano, e "Amor Sem Escalas" de Jason Reitman, em uma lista que privilegia Hollywood no lugar do cinema europeu.
Na categoria de melhor filme estrangeiro, o favorito é "A Fita Branca", do austríaco Michael Haneke, que enfrenta, entre outros, "Abraços Partidos", de Pedro Almodóvar, e "O Profeta", de Jacques Audiard.
O prêmio de melhor ator parece já estar nas mãos de Jeff Bridges, que já levou para casa os principais prêmios da temporada pré-Oscar por seu papel em "Crazy Heart". Seus concorrentes no Bafta são George Clooney ("Amor sem Escalas"), Colin Firth ("Direito de Amar"), Jeremy Renner ("Guerra ao Terror") e Andy Serkis ("Sex & Drugs & Rock & Roll").
Os fãs podem esperar mais surpresas na disputa pelo prêmio de melhor atriz, que não tem uma clara favorita. Meryl Streep ("Julie & Julia") e Carey Mulligan, protagonista de "Educação", parecem sair na frente das outras concorrentes, Saoirse Ronan ("Um Olhar do Paraíso"), Gabourey Sidibe ("Preciosa") e a francesa Audrey Tautou ("Coco Antes de Chanel").
Mais claros parecem estar os ganhadores dos prêmios por papéis secundários, nos quais Mo'Nique, que interpreta a vilã de "Preciosa", e Christoph Waltz, o caçador de judeus de "Bastardos Inglórios", despontam como favoritos.
Mo'Nique e Waltz venceram praticamente todos os prêmios que disputaram até o momento, incluindo o Globo de Ouro e o do Sindicato dos Atores americanos.
"Bastardos Inglórios", de Quentin Tarantino, não passou pelo crivo para disputar o prêmio de melhor filme, mas tem muitas chances de levar a melhor na categoria de melhor roteiro original.
A veterana atriz britânica Vanessa Redgrave, de 73 anos, receberá o Bafta honorário pelo conjunto de sua obra. EFE
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
O Ano Começa após o carnaval e olhe lá..É VERDADE EU VI NA TV, E AGORA EU LI OU VI NA WEB
Há uma tradição ,sobretudo, entre alunos Universitários, de que o ano letivo só se inicia após o carnaval, e claro, após a semana de carnaval, posto que , não havendo expediente na quarta eles emendam quinta e sexta.
Ouvi de um amigo , outro dia, que se no nosso tempo,e isso vai dos anos 40 até os anos 80,o ensino Universitário era uma forma de nos conhecermos, conhecer o mundo e entendê-lo e ,assim, termos um saber, por consequência teríamos uma profissâo.
Para o jovem de hoje, na sua imensa maioria, havendo clara pequenas excessões, o fundamental não é a ânsia pelo saber , o sabor do saber qque alcança o ser, mas o desejo do dinheiro, da empregabilidade, de um mundo técnico, em que não mais se discute esses saberes.Aprende-se e ponto; domina-se fórmulas, técnicas e ponto.
Isso parte das mais variadas classes que compõe o espectro social, mas com grande afinco das classes A E B , mas que contamina a classe C.Aliás a classe c é aquela, em que se destaca ainda um desejo pelo saber e pelo sabor, e claro com excessões nas demais, mas com mínimas proporções.
Neste sentido as disciplinas teóricas , como Filosofia, Sociologia, Psicologia,Antropologia,História, Semiótica, entre outras são desdenhadas pelo aluno.
Para onde vamos?
Será este saber. o novo saber do sec XXI,criticado,por Heidegger,Postman, George Orwell, Saramago,Baudrillard, Virilio, P. Breton?
E de outro lado a apologia técnica do famoso , aliás, muito mais no Brasil do que em sua terra-FRANÇA, Pierre Levy, o leviano do saber.
Os primeiros acusam a crise do saber pelas novas tecnologias que fazem a mediação cultural em nossas vidas, em que se aprende tudo, dizem eles, pela mídia-Tv Rádio e Internet-Web, destacadamente etc.
Mas será, que realmente aprendemos criticamente ou somos levados pelo poder oportunista da comunicação e seus interesses econômicos /ideológicos, refazendo novos comportamentos e saberes, pela repetição e pelo poder publicização- e mídias; lembram a frase, - É VERDADE EU VI NA TV, E AGORA EU LI OU VI NA WEB ?
Aliás o cinema americano fez isto conosco, ensinou-nos a vestir , a usar o carro, o creme dental, o sabonete, ao desodorante, com destaque, o Whisky, e a fumar , isso foi sem dúvida.Implantou-se entre nos " o american way of life"
Se assim for , e eu creio,estamos condenados a cegueira, ou redução do pensar, a supremacia da eficácia técnica apenas ,em que não mais ponderamos a relação técnica e o ser ,a vida e seus valores. ?????????????????????????????????
Livro - Identidade oculta
- sorteio 22.02
Concorra a um exemplar do livro "Identidade oculta", do fotógrafo pernambucano Carlos Vasconcelos. A obra, lançada no início de fevereiro em Bezerros, registra os folguedos populares de dezenas de municípios da Zona da Mata e do Sertão do Estado.
by j. comércio recife - \\Pe leia mais lá
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Vinnicius de Morais
Acabou-se nosso carnaval, ninguém mais ouve cantar canções, ninguem canta mais !!!!!!!!Acabou o nosso carnaval,
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais brincando feliz
E nos corações saudades e cinzas foi o que restou
Pelas ruas o que se vê é uma gente que nem se vê
Que nem se sorri, se beija e se abraça
E sai caminhando, dançando e cantando cantigas de amor
E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade
A tristeza que a gente tem qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir, voltou a esperança
É o povo que dança, contente da vida feliz a cantar
Porque são tão tantas coisas azuis, há tão grandes promessas de luz
Tanto amor para amar que a gente nem sabe
Quem me dera viver pra ver e brincar outros carnavais
Com a beleza dos velhos carnavais
Que marchas tão lindas
E o povo cantando seu canto de paz.
BEM A TEMPO SAI UMA CRÔNICA QUE CHEGA A CALHAR COM NOSSA REALIDADE NO JORNAL DO BRASIL -RIORasgando a fantasia
13/02/2010 - 12:36 | Enviado por: Migliaccio
Peço um minuto de silêncio pelo Carnaval
Assim como o futebol, o Carnaval virou um negócio milionário. Basta passar ao largo do Sambódromo para ver os gigantescos painéis de publicidade. Todas as vezes em que trabalhei como jornalista na avenida achei aquilo tudo o maior baixo astral. É, parece loucura achar deprimente uma festa com 60 mil pessoas, fantasias coloridas e batucada, mas foi exatamente isso que eu senti.
Os desfiles hoje são feitos para a televisão. Carnavalescos escolhem cores e texturas pensando mais nas câmeras e refletores do que no enredo. E que enredos! A prefeitura de Pindamonhangaba patrocina, então o enredo da escola é Pindamonhagaba. Isso é cultura popular? Já foi o tempo. Podem me chamar de saudosista, anacrônico, velho gagá, não me importo, mas Carnaval de verdade era no tempo da Avenida Presidente Vargas, época que não vivi, mas da qual tenho uma inexplicável saudade.
Hoje não se desfila, se exibe, se mostra, se vende. Aquelas mulheres saradas e seminuas podem até ser lindas, mas não são mulheres, são mercadorias expostas em cima de carros alegóricos. Ainda é necessário que saibam sambar, mas daqui a alguns anos, também esse requisito vai cair por terra. Bastará que tenham o silicone e o botox em dia, porque o Carnaval de verdade será uma lembrança cada vez mais pálida e distante.
Das escolas de samba e da Liga, pouco se sabe. Os bicheiros saíram de cena, a grana agorá é outra, vem da prefeitura, da emissora que detém os direitos de transmissão (assim como os do futebol, do Réveillon de Copacabana etc). Com tantos patrões mandando, não é de se espantar que a festa na Marquês de Sapucaí tenha se desvirtuado. Teve um ano aí que barraram a velha guarda porque sua entrada estouraria o tempo de desfile. Se a velha guarda é barrada, o Carnaval está morto.
O público que vai ao Sambódromo também não é mais aquele. Há uma agressividade no ar, como se todo mundo ali tivesse enchido a pança de carne vermelha antes de sair de casa. O álcool, que rola em corredeiras, em vez de relaxar, torna todo mundo mais tenso, carnal, animal. O calor que emana do cimento quente parece deixar todos ainda mais incomodados, irascíveis.
Quem tem dinheiro, consome, gasta; quem não tem, fica do lado de fora, vendendo cerveja em lata num isopor imundo ou perambulando à espera do descuido de algum paulista desavisado... Bailes populares no Terreirão? Experimente se for capaz...
A festa foi contaminada pela violência. Blocos se transformaram em arenas onde caça e caçador se engalfinham em busca do prazer efêmero. O flerte agora é agressivo; o beijo, arrancado à força. E o pior é que as garotas parecem preferir a truculência ao romantismo. São mulheres masculinizadas, bombadas, de voz grossa. Há quantos anos não nasce uma Audrey Hapburn, uma Marcia de Windsor, uma Penélope Charmosa? Hoje, todas as mulheres do mundo sonham ser Ivete Sangalo, sempre regendo aquela turba movida a cerveja e energético em sua alegria falsa com data marcada.
Estou fora disso. Felizmente, na terça-feira estará tudo acabado. Todos serão obrigados a voltar para suas vidas, pelo menos até o próximo sábado, quando o Rei Momo lhes concederá mais alguns momentos em que poderão fingir para si mesmos que não são aquilo que se tornaram
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Vídeo do YouTube ganha prémio de jornalismo
by http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Media/Interior.aspx?content_id=1496474
Um prémio de jornalismo foi atribuído hoje, terça-feira, ao desconhecido que filmou e colocou em linha no Youtube as imagens de uma iraniana agonizante numa rua de Teerão, depois de ter participado numa manifestação contra o regime em Junho de 2009. Atenção: O vídeo contém imagens violentas
A universidade de Long Island, no estado de Nova Iorque, atribuiu o prémio George Polk 2009 ao autor das imagens da morte de Neda Agha-Soltan, uma jovem de 26 anos que morreu na rua em Junho do ano passado, atingida a tiro durante uma manifestação contra o poder iraniano.
Estas imagens deram à volta ao mundo depois de terem sido colocadas no Youtube.
"Este vídeo foi visto por milhões de pessoas e tornou-se um ícone da resistência iraniana", declarou John Darnton, o presidente do júri do prémio George Polk. "Não sabemos quem filmou nem quem o colocou na Internet mas sabemos que tem valor jornalístico".
"Este reconhecimento evidencia o facto de, no mundo de hoje, um espectador corajoso com um telemóvel com câmara pode utilizar os sites de partilha de vídeos e as redes sociais para difundir informação", acrescentou.
O New York Times e a New Yorker, dois monumentos da imprensa escrita, foram também premidos. David Rohde, do jornal de referência New York Tomes, foi distinguido por uma série de artigos escritos quando esteve preso pelos talibãs. David Grann, da revista semanal New Yorker, foi premiado por uma reportagem sobre a execução de um inocente.
Um prémio de jornalismo foi atribuído hoje, terça-feira, ao desconhecido que filmou e colocou em linha no Youtube as imagens de uma iraniana agonizante numa rua de Teerão, depois de ter participado numa manifestação contra o regime em Junho de 2009. Atenção: O vídeo contém imagens violentas
A universidade de Long Island, no estado de Nova Iorque, atribuiu o prémio George Polk 2009 ao autor das imagens da morte de Neda Agha-Soltan, uma jovem de 26 anos que morreu na rua em Junho do ano passado, atingida a tiro durante uma manifestação contra o poder iraniano.
Estas imagens deram à volta ao mundo depois de terem sido colocadas no Youtube.
"Este vídeo foi visto por milhões de pessoas e tornou-se um ícone da resistência iraniana", declarou John Darnton, o presidente do júri do prémio George Polk. "Não sabemos quem filmou nem quem o colocou na Internet mas sabemos que tem valor jornalístico".
"Este reconhecimento evidencia o facto de, no mundo de hoje, um espectador corajoso com um telemóvel com câmara pode utilizar os sites de partilha de vídeos e as redes sociais para difundir informação", acrescentou.
O New York Times e a New Yorker, dois monumentos da imprensa escrita, foram também premidos. David Rohde, do jornal de referência New York Tomes, foi distinguido por uma série de artigos escritos quando esteve preso pelos talibãs. David Grann, da revista semanal New Yorker, foi premiado por uma reportagem sobre a execução de um inocente.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Bloco carnavalesco Quanta Ladeira
Bloco carnavalesco Quanta Ladeira: conhecido por reunir músicos pernambucanos de peso, como Lenine, Lula Queiroga, Luck Luciano, Silvério Pessoa e Zé da Flauta, sempre conta com participações especialíssimas de Pedro Luís (da Parede), entre outros nomes da música nacional.
Durante o carnaval a concentração acontece no Recbeat (Recife Antigo), de tarde. As músicas são acompanhadas pelo Batuque Usina. As letras surgem em cima de melodias já batidas que, em geral, estão em evidência no carnaval.JC RECIFE . PE
ESTE ANO O BLOCO ZOOU COM O PARQUE D.LINDU-B. VIAGEM E COM OS PRESIDENCIÁVEIS VISITANTES
Durante o carnaval a concentração acontece no Recbeat (Recife Antigo), de tarde. As músicas são acompanhadas pelo Batuque Usina. As letras surgem em cima de melodias já batidas que, em geral, estão em evidência no carnaval.JC RECIFE . PE
ESTE ANO O BLOCO ZOOU COM O PARQUE D.LINDU-B. VIAGEM E COM OS PRESIDENCIÁVEIS VISITANTES
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Salgueiro tenta o bi com livros by ESTADÃO DE HOJE
"UM BOM MARKETING CULTURAL.SÃO PAULO, COPIANDO AS ESCOLAS CARIOCAS NÃO CONSEGUEM UMA LEGITIMIDADE DE TEMAS E ALEGORIAS NO CARNAVAL DENTRO DA CULTURA PAULISTANA, SALVO UMA OU OUTRA.Paulo Vasconcelos"
Ediouro distribui livros durante desfile do Salgueiro
Ação faz parte da parceria da editora com a escola de samba, que homenageia o universo das literatura este anoCampeã de 2009 está no primeiro dia de desfiles no Rio, que será marcado pelo embate com a beija-flor
Roberta Pennafort e Márcia Vieira
O primeiro dia de desfiles do Grupo Especial do Rio, hoje, será marcado por uma disputa entre a atual campeã, o Salgueiro, e a Beija-Flor, que venceu cinco vezes nesta década, foi vice no ano passado e briga para retomar o 1º lugar. As atenções se voltam também para a Unidos da Tijuca, que traz um enredo inusitado, É Segredo, conduzido por Paulo Barros, o carnavalesco que despontou na escola como o mais criativo do carnaval carioca e que está de volta depois de três anos afastado.
O Salgueiro tenta o bicampeonato viajando pela literatura. Com o enredo Histórias Sem Fim, o carnavalesco Renato Lage vai levar para a Sapucaí carros que representam grandes marcos da literatura mundial. Da Bíblia aos livros de Harry Potter, passando pelo Eu, Robô, de Isaac Asimov. O abre-alas traz uma gráfica com 55 acrobatas da Intrépida Trupe e do Cirque du Soleil que representarão as letras.
Patrocinado pela Ediouro, o Salgueiro vai distribuir 500 livros para as arquibancadas. Os ritmistas estarão fantasiados de árabes, numa alusão ao clássico Ali Babá e os 40 Ladrões. A rainha de bateria, Viviane Araújo, virá de Sherazade. Durante o desfile, ela será erguida por 12 homens.
Já a Beija-Flor viaja pelos 50 anos de Brasília. A escola, que teve de dar explicações por causa do patrocínio de R$ 3 milhões recebido do governo do Distrito Federal - envolvido num escândalo de corrupção -, não quer saber de política: preferiu focar o mito indígena Goyás e o povo que trabalhou pela construção da cidade, destacando o caráter único de sua arquitetura.
A única figura política que aparecerá no desfile é Juscelino Kubitschek, "pai" da capital federal. "Queremos mostrar o esplendor que Brasília é, independentemente do caráter governamental", defende Ubiratan Silva, um dos carnavalescos. A escola leva alegorias representando prédios como o do Congresso e da catedral, tudo com muito luxo e bom acabamento. O embate com o Salgueiro promete. "Vamos corrigir tudo o que deu errado em 2009", promete Silva.
A abertura da noite é com a União da Ilha, que luta para ficar no Grupo Especial. O enredo Dom Quixote de La Mancha, o Cavaleiro dos Sonhos Impossíveis marca sua volta à elite do carnaval depois de oito anos. E, para mostrar que sonha alto, a Ilha contratou a carnavalesca Rosa Magalhães, demitida da Imperatriz Leopoldinense. "A Ilha vem com um carnaval correto, digno, sem luxo, mas competitivo", diz o presidente, Ney Fillardi.
O abre-alas é o xodó de Rosa: ela recriou a biblioteca de Dom Quixote. O personagem aparece sentado numa cadeira devorando os romances que transformam sua cabeça e o levaram a confundir moinhos com monstros terríveis. "Nas alas temos sempre os dois lados: o real e a imaginação dele", explica.
A Imperatriz, ex-escola de Rosa, entra na avenida logo em seguida. Max Lopes, que andava meio esquecido na Porto da Pedra, escola que não costuma brigar pelo título, tem a chance de reviver seus tempos de glória. Para isso, apela a todos os deuses. O enredo Brasil de Todos os Deuses vai exaltar a religião. Um dos carros vai reproduzir A Primeira Missa no Brasil, quadro de Victor Meirelles. Estarão representados na avenida símbolos de todas as religiões, com direito até a monges budistas no desfile.
De "sombreiro na mão", a Viradouro se veste com as cores do México e convida o público a tomar um gole de tequila na folia. As alas falam de conquistas, religiosidade, arte popular. As atenções estão voltadas à rainha de bateria, a mais jovem do carnaval carioca: Julia Faria, de 7 anos, filha do presidente da escola, Marco Lira. De bustiê e sainha - nada de fio dental -, ela ocupa o lugar que já foi de Luma de Oliveira e Juliana Paes. A Justiça implicou, mas liberou sua participação.
* COMENTÁRIOS
sábado, 13 de fevereiro de 2010
O ESTADÃO E SUA CARICATURA DE IMPRENSA...........
Lula acusa FHC de ''baixar nível'' do debate e desrespeitar Dilma
A FOTO ESTÁ DIGITALLIZADA,MESMO SENDO ASSINANTE DO ESTADÃO TENHO DIREITO A SENHA PARA LER DIGITALMENTE,MAS NÃO ME ENVIAM, JÁ PEDI DUAS VEZESE NADA.
MAS, ENFIM, EIS AÍ A FOTO E O COMPORTAMENTO DO ESTADÃO FACE AO GOVERNO LULA E A SUA CANDIDATA.
ESTA É A IMPRENSA BRASILEIRA.
LEIAM A FOTO-PRINCIPALMENTE- E O TEXTO
A FOTO QUER REVELAR ALGO EM RELAÇÃO AOS TRÊS, PORTANTO AO GOVERNO
Lula acusa FHC de ''baixar nível'' do debate e desrespeitar Dilma
Apesar da queixa, em reunião ministerial presidente xingara presidente do PSDB de ''babaca''
Tânia MonteiroTamanho do texto? A A A A
Incomodado com as críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a seu governo e à ministra e candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff, o presidente Lula disse ontem, em Goiânia, que FHC está "baixando o nível" e "faltando com o respeito". Na avaliação de Lula, o ex-presidente tem "medo de cair no esquecimento" da população e "mágoa" pelo sucesso que o governo do PT faz dentro e fora do Brasil.
Fernando Henrique iniciou uma série de críticas com um artigo publicado no Estado, domingo passado, acusando Lula e seus ministros de praticar uma espécie de "autoglorificação" que, na euforia, faz com que "inventem inimigos" e "enunciem inverdades". FHC também disse, em entrevistas, que Dilma é "autoritária", "não é líder, é um reflexo do líder" e "um ventríloquo".
Apesar da queixa sobre "baixo nível" do debate, na primeira reunião ministerial deste ano Lula xingou de "babaca" o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Em 2008, Lula também disse que os candidatos da oposição eram "oportunistas". Em 2001, sem provas, em entrevista à imprensa de Campinas, Lula chamou de "assaltante" dos cofres públicos o ex-prefeito da cidade Francisco Amaral. A ministra Dilma também chamou de "oportunistas" os parlamentares que, no fim de 2007, votaram a favor da extinção da CPMF, o imposto do cheque.
Ontem, em entrevista a rádios de Goiânia, com Dilma a seu lado, Lula aconselhou sua candidata a não responder ao ex-presidente. "Não tem por que responder. Deixa ele fazer as críticas porque eu acho que ele está baixando muito o nível para um homem que tem a formação intelectual que ele tem."
Ao considerar "nostálgicas" as críticas de Fernando Henrique, Lula disse que ele trata Dilma como "inimigo a criticar" porque essa é "uma forma de voltar a ser (lembrado) na política". Em seguida, observou que o governador de São Paulo, José Serra, e o ex-governador Geraldo Alckmin, quando foram candidatos à Presidência, respectivamente em 2002 e 2006, não quiseram o apoio de FHC em suas campanhas. Lula recomendou ao antecessor que esperasse começar a campanha para ver Dilma participar dos debates "e poder fazer julgamento".
Questionado sobre a afirmação de FHC de que Dilma age como seu "ventríloquo", o presidente disse que essa declaração é "uma coisa pequena". E ironizou: "Ele deve ter alguma mágoa de o meu governo ter tido tanto sucesso, de o Brasil estar tão reconhecido internacionalmente, coisa que ele achava que não ia acontecer porque imaginava que nós íamos ser um fracasso total." Acrescentou: "Quando vê eu ganhar o prêmio de Homem do Ano pelo El País , pelo Le Monde, ele deve ficar muito chateado."
Lula disse ainda que "um ex-presidente da República tem o direito de ficar quieto ou tem o direito de falar o que bem entender". E emendou: "Fernando Henrique Cardoso será julgado pelas suas palavras, como foi julgado pelo seu governo."
Na entrevista, o presidente disse também que desde o governo do general Ernesto Geisel (1974-1979), é a primeira vez que se investe em infraestrutura no País. Considerou, no entanto, que Geisel "errou" ao deixar dívida para seus sucessores. Observou que seu governo está agindo de forma diferente e não está pegando dinheiro no exterior para as obras que continuarão com o PAC 2. "Vamos fazer muitas obras. Isso, agora, não para mais", anunciou Lula.
FHC incomoda-se com essa referência constante de Lula ao "planejamento e investimento dos governos militares" e vê nisso uma forma de o presidente não tratar das boas decisões tomadas pelo governo tucano. "Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da Lei de Responsabilidade Fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobrás, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal", escreveu FHC no artigo publicado no Estado.
TEXTO TÂNIA MONTEIRO-FTO ED FERREIRA/AE
BY ESTADÃO FOTO E TEXTO EM 13.02.2010 LEIAM MAIS LÁ
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Galo é o dono da Folia no Centro do Recife
SÁBADO DE ZÉ PEREIRA
Galo é o dono da Folia no Centro do Recife
Do JC Online
Galo espera súditos para a festa no Centro
Foto: Alexandre Severo / JC Imagem
A espera está prestes a terminar. Com o raiar do Sábado de Zé Pereira, o personagem mais ilustre do dia entrará em cena para o gigantesco pontapé inicial da folia de Momo. Pelo 33º ano consecutivo, o Galo da Madrugada promete encher as ruas do Centro do Recife e este sábado resolveu abrir uma exceção. Além do frevo, já tão tradicional no desfile do clube de máscaras, a agremiação irá homenagear os diversos ritmos e manifestações culturais do Estado. Um reconhecimento ao título de Patrimônio Imaterial de Pernambuco, recebido em fevereiro do ano passado. Papangus, caboclinhos, maracatus, caiporas... Todos terão vez no desfile.
Nesta edição, 25 trios e 15 carros de apoio irão animar a festa. Nomes de peso como Alceu Valença, Elba Ramalho, Quinteto Violado, Jair Rodrigues, Petrúcio Amorim, Maciel Melo e Fafá de Belém prometem não deixar a peteca cair durante toda a folia, que se estende das 9h às 18h30. Músicos convidados para o camarote oficial, como Emílio Santiago e Emanuelle Araújo também devem subir aos trios para dar uma canja. Além das atrações, o desfile conta com quatro carros alegóricos especialmente decorados, além de uma cabeça gigante do galo, que promete saudar os foliões da Praça Sérgio Loreto à Avenida Guararapes.
CONFIRA
» Programação completa do Galo
SEGURANÇA - Quem estiver a caminho do Centro deverá se preocupar apenas em curtir a festa. Pelo menos é o que garante a Secretaria de Defesa Social. Este ano, 34 câmeras irão monitorar os passos nos principais pontos do desfile, 11 a mais do que em 2009.
Também três helicópteros estarão monitorando a multidão que toma conta das ruas do Recife. Somente no Galo da Madrugada, haverá um efetivo de 4.740 policiais e bombeiros. A Polícia Militar vai montar 14 pontos de bloqueios, onde os foliões serão revistados. Haverá também seis pontos de detenção e triagem, além de 26 plataformas de observação.
E a festa este ano não termina no sábado. Com o intuito de tentar reviver o Carnaval do bairro de São José, o Galo, pela primeira vez, terá atrações na segunda e terça-feira. Destaque para o lançamento do bloco infantil Pinto da Madrugada, na terça (16), às 10h, na sede da agremiação (Praça Sérgio Loreto). Ainda na terça, haverá encontro de blocos, às 15h, no mesmo local. Outra atração será o Encontro de Gigantes, com os tradicionais bonecos de Olinda e do Galo da Madrugada, na segunda (15), das 9h às 12h, também na Praça Sérgio Loreto.
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