segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Internet
Para viajar, para se preparar para a compra de 6 a 10 pessoas só usam a Internet de acordo com o estudo "O processo de compra de viagens", produzido pela Médiatrie para Easyvoyage.
Internet tornou-se tão ativo na vida dos consumidores que o mundo não pode viajar sem ele. 94% dos usuários de internet utilizam pelo menos uma vez para se preparar para as suas férias, 60% não passam por ele.
A Web tornou-se a principal fonte de informações para futuros viajantes. 93% dos internautas dizem infomediation visitar os sites de comerciante, e 86% dos locais (não-locais do mercado que oferecem informações e conselhos), antes de sair.
As principais fontes são os sites das unidades de comparação (72%), seguido de perto por sites de agências on-line (67%). Os motores de busca (59%) e sites de avião no pódio.
Se a principal motivação dos usuários que compram suas viagens on-line é o preço (88%), eles também apreciaram a possibilidade de reservar e pagar em qualquer momento (77%), ea velocidade da operação (62%).
Agências de viagens têm perdido muito terreno nos últimos anos, mas eles mantêm algumas vantagens, especialmente para viagens de ida para o cartão (17% dos compradores contras agência clientes 10%) ou excursões empacotadas (13% contra 5% na Internet) .
Pesquisa foi realizada em 25 de setembro a partir de 30, 2009, entre 1.000 pessoas com mais de 18 anos que compraram pelo menos um produto do curso ao longo dos últimos 12 meses.tradPaulo Vasconelos
Pour Le Liberation Paris http://voyages.liberation.fr/actualite/60-des-internautes-achetent-leurs-voyages-exclusivement-sur-internet
domingo, 25 de outubro de 2009
Fórum discute mercado editorial
Paulo Vasconcelos
Fórum discute mercado editorial
Evento faz paralelo entre teoria e prática no mundo da editoração
Eventos
PublishNews - 23/10/2009 - Redação
No dia 31 de outubro ocorre, sob o tema "Cotidiano e Teoria", o V Fórum de Editoração. O evento é organizado pelos alunos de Editoração da USP (Universidade de São Paulo), com apoio do MASP (Museu de Arte de São Paulo), da Edusp (Editora da Universidade de São Paulo) e da LIBRE (Liga Brasileira de Editoras), com o objetivo de fomentar o encontro, a reflexão e a discussão entre o público acadêmico e os profissionais da cadeia do livro e do mercado editorial. Em 2009, o Fórum chega à sua quinta edição, tendo em pauta alguns aspectos do mercado editorial brasileiro com discussões que irão abordar o cotidiano da profissão e até onde a teoria consegue ser posta em prática no dia a dia. Entre os convidados estão Maria José Rosolino, coordenadora do curso de Produção Editorial da Universidade Anhembi Morumbi; Plínio Martins Filho, coordenador do curso de Editoração da ECA-USP; Rogério Gastaldo, gerente editorial da Editora Saraiva; João Scortecci, diretor presidente do Grupo Editorial Scortecci; Carlo Carrenho, idealizador do PublishNews e publisher da Thomas Nelson. A entrada é gratuita, mas é facultativa a doação de livros usados, que serão destinados para o projeto Redigir - que dá aulas de gramática e redação para a população de baixa renda. O evento acontece no auditório do MASP (Av. Paulista, 1578. São Paulo/SP). Não é necessário fazer inscrição. Serão distribuídas senhas, com meia hora de antecedência do início de cada mesa. Confira a programação completa.
PROGRAMAÇÃO
8h - Café da manhã
8h30 - Mesa 1 - Editor: sabe o que faz ou faz o que sabe?
Nesta mesa serão abordadas as diferenças existentes entre o aprendizado acadêmico e a prática no dia a dia das editoras. Existem incoerências, quais são, por que elas ocorrem e o que pode ser feito para solucionar os problemas apresentados são alguns pontos que deverão ser contemplados.
10h30 - Coffee-break
11h - Mesa 2 - Revendo o preconceito contra o marketing
A segunda mesa pretende promover um debate acerca do marketing editorial. Mesmo sendo alvo de muita discussão e crítica, ainda há muito o que entender sobre o assunto. Devemos priorizar questões importantes como a eficiência do marketing do livro no Brasil, seu real papel no incentivo à leitura, e o descompasso muitas vezes existente entre quem "elabora o produto" e quem faz sua divulgação.
12h30 - Intervalo para o almoço
13h30 - Mesa 3 - Políticas públicas para o livro e a liberdade editorial
Prosseguindo com o intuito de formar uma visão do mercado, propusemos uma mesa sobre políticas públicas relacionadas ao livro no País. Já que o governo é o maior cliente no mercado editorial brasileiro, queremos discutir sobre a relação que se dá entre essas duas partes e compreender seus aspectos mais importantes, especialmente aqueles relacionados à liberdade editorial.
15h - Coffee-break
15h30 - Mesa 4 - Tendências da editoração no Brasil
Para encerrar o V Fórum, acontecerá uma mesa redonda sobre as grandes tendências presentes no meio editorial, chamando a atenção para o que se tem feito, em termos de qualidade, criatividade, funcionalidade, e como o produto editorial está inserido no contexto dos desejos e necessidades do momento que vivemos.
17h - Encerramento.
Convidados
Mesa 1
Moderador: Plínio Martins Filho - diretor da Edusp
Dario Luiz - Faculdades Rio Branco
Maria José Rosolino - Coordenadora do curso de Produção Editorial da Anhembi Morumbi
Paulo Werneck - editor da CosacNaify
Cristina Yamazaki - sócia da Todotipo Editorial; mestre em Ciências da Comunicação pela ECA-USP
Mesa 2
Moderador: Maria José Rosolino - Coordenadora do curso de Produção Editorial da Anhembi Morumbi
Marcelo Levy - Diretor Comercial da Cia. das Letras
Hélio Puglia - Mestre em Administração pela FEA-USP
Maria Conceição Azevedo - Editora Peirópolis
Mesa 3
Moderador: Samira Youssef Campedelli - professora da ECA-USP
Rogério Gastaldo - Editor da Ed. Saraiva
Alexandre Faccioli - Ex-diretor Editorial das Editoras Saraiva, SM e Escala Educacional
Nilson José Machado – Professor titular e pesquisador da FEUSP Faculdade de educação da usp
Mesa 4
Moderador: Carlo Carrenho - Idealizador do PublishNews e publisher da Thomas Nelson Brasil
José Scortecci - presidente do Grupo Editorial Scortecci
Carlos Zibel - designer e professor da FAU-USP
Gabriela Dias – Editora executiva de tecnologias da Moderna
Fórum discute mercado editorial
Evento faz paralelo entre teoria e prática no mundo da editoração
Eventos
PublishNews - 23/10/2009 - Redação
No dia 31 de outubro ocorre, sob o tema "Cotidiano e Teoria", o V Fórum de Editoração. O evento é organizado pelos alunos de Editoração da USP (Universidade de São Paulo), com apoio do MASP (Museu de Arte de São Paulo), da Edusp (Editora da Universidade de São Paulo) e da LIBRE (Liga Brasileira de Editoras), com o objetivo de fomentar o encontro, a reflexão e a discussão entre o público acadêmico e os profissionais da cadeia do livro e do mercado editorial. Em 2009, o Fórum chega à sua quinta edição, tendo em pauta alguns aspectos do mercado editorial brasileiro com discussões que irão abordar o cotidiano da profissão e até onde a teoria consegue ser posta em prática no dia a dia. Entre os convidados estão Maria José Rosolino, coordenadora do curso de Produção Editorial da Universidade Anhembi Morumbi; Plínio Martins Filho, coordenador do curso de Editoração da ECA-USP; Rogério Gastaldo, gerente editorial da Editora Saraiva; João Scortecci, diretor presidente do Grupo Editorial Scortecci; Carlo Carrenho, idealizador do PublishNews e publisher da Thomas Nelson. A entrada é gratuita, mas é facultativa a doação de livros usados, que serão destinados para o projeto Redigir - que dá aulas de gramática e redação para a população de baixa renda. O evento acontece no auditório do MASP (Av. Paulista, 1578. São Paulo/SP). Não é necessário fazer inscrição. Serão distribuídas senhas, com meia hora de antecedência do início de cada mesa. Confira a programação completa.
PROGRAMAÇÃO
8h - Café da manhã
8h30 - Mesa 1 - Editor: sabe o que faz ou faz o que sabe?
Nesta mesa serão abordadas as diferenças existentes entre o aprendizado acadêmico e a prática no dia a dia das editoras. Existem incoerências, quais são, por que elas ocorrem e o que pode ser feito para solucionar os problemas apresentados são alguns pontos que deverão ser contemplados.
10h30 - Coffee-break
11h - Mesa 2 - Revendo o preconceito contra o marketing
A segunda mesa pretende promover um debate acerca do marketing editorial. Mesmo sendo alvo de muita discussão e crítica, ainda há muito o que entender sobre o assunto. Devemos priorizar questões importantes como a eficiência do marketing do livro no Brasil, seu real papel no incentivo à leitura, e o descompasso muitas vezes existente entre quem "elabora o produto" e quem faz sua divulgação.
12h30 - Intervalo para o almoço
13h30 - Mesa 3 - Políticas públicas para o livro e a liberdade editorial
Prosseguindo com o intuito de formar uma visão do mercado, propusemos uma mesa sobre políticas públicas relacionadas ao livro no País. Já que o governo é o maior cliente no mercado editorial brasileiro, queremos discutir sobre a relação que se dá entre essas duas partes e compreender seus aspectos mais importantes, especialmente aqueles relacionados à liberdade editorial.
15h - Coffee-break
15h30 - Mesa 4 - Tendências da editoração no Brasil
Para encerrar o V Fórum, acontecerá uma mesa redonda sobre as grandes tendências presentes no meio editorial, chamando a atenção para o que se tem feito, em termos de qualidade, criatividade, funcionalidade, e como o produto editorial está inserido no contexto dos desejos e necessidades do momento que vivemos.
17h - Encerramento.
Convidados
Mesa 1
Moderador: Plínio Martins Filho - diretor da Edusp
Dario Luiz - Faculdades Rio Branco
Maria José Rosolino - Coordenadora do curso de Produção Editorial da Anhembi Morumbi
Paulo Werneck - editor da CosacNaify
Cristina Yamazaki - sócia da Todotipo Editorial; mestre em Ciências da Comunicação pela ECA-USP
Mesa 2
Moderador: Maria José Rosolino - Coordenadora do curso de Produção Editorial da Anhembi Morumbi
Marcelo Levy - Diretor Comercial da Cia. das Letras
Hélio Puglia - Mestre em Administração pela FEA-USP
Maria Conceição Azevedo - Editora Peirópolis
Mesa 3
Moderador: Samira Youssef Campedelli - professora da ECA-USP
Rogério Gastaldo - Editor da Ed. Saraiva
Alexandre Faccioli - Ex-diretor Editorial das Editoras Saraiva, SM e Escala Educacional
Nilson José Machado – Professor titular e pesquisador da FEUSP Faculdade de educação da usp
Mesa 4
Moderador: Carlo Carrenho - Idealizador do PublishNews e publisher da Thomas Nelson Brasil
José Scortecci - presidente do Grupo Editorial Scortecci
Carlos Zibel - designer e professor da FAU-USP
Gabriela Dias – Editora executiva de tecnologias da Moderna
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Contra a violência do agronegócio e a criminalização das lutas sociais
As grandes redes de televisão repetiram à exaustão, há algumas semanas, imagens da ocupação realizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em terras que seriam de propriedade do Sucocítrico Cutrale, no interior de São Paulo. A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja como ato de vandalismo. Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça. Trata-se de uma grande área chamada Núcleo Monções, que possui cerca de 30 mil hectares. Desses 30 mil hectares, 10 mil são terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas e 15 mil são terras improdutivas. Ao mesmo tempo, não há nenhuma prova de que a suposta destruição de máquinas e equipamentos tenha sido obra dos sem-terra. Na ótica dos setores dominantes, pés de laranja arrancados em protesto representam uma imagem mais chocante do que as famílias que vivem em acampamentos precários desejando produzir alimentos. Bloquear a reforma agrária Há um objetivo preciso nisso tudo: impedir a revisão dos índices de produtividade agrícola – cuja versão em vigor tem como base o censo agropecuário de 1975 – e viabilizar uma CPI sobre o MST. Com tal postura, o foco do debate agrário desloca-se dos responsáveis pela desigualdade e concentração para criminalizar os que lutam pelo direito do povo. A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim, disponível para a reforma agrária. Para mascarar tal fato, está em curso um grande operativo político das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST. Deste modo, prepara-se o terreno para mais uma ofensiva contra os direitos sociais da maioria da população brasileira. O pesado operativo midiático-empresarial visa isolar e criminalizar o movimento social e enfraquecer suas bases de apoio. Sem resistências, as corporações agrícolas tentam bloquear, ainda mais severamente, a reforma agrária e impor um modelo agroexportador predatório em termos sociais e ambientais como única alternativa para a agropecuária brasileira. Concentração fundiária A concentração fundiária no Brasil aumentou nos últimos dez anos, conforme o Censo Agrário do IBGE. A área ocupada pelos estabelecimentos rurais maiores do que mil hectares concentra mais de 43% do espaço total, enquanto as propriedades com menos de 10 hectares ocupam menos de 2,7%. As pequenas propriedades estão definhando enquanto crescem as fronteiras agrícolas do agronegócio. Conforme a Comissão Pastoral da Terra (CPT, 2009) os conflitos agrários do primeiro semestre deste ano seguem marcando uma situação de extrema violência contra os trabalhadores rurais. Entre janeiro e julho de 2009 foram registrados 366 conflitos, que afetaram diretamente 193.174 pessoas, ocorrendo um assassinato a cada 30 conflitos no primeiro semestre de 2009. Ao todo, foram 12 assassinatos, 44 tentativas de homicídio, 22 ameaças de morte e 6 pessoas torturadas no primeiro semestre deste ano. Não violência A estratégia de luta do MST sempre se caracterizou pela não violência, ainda que em um ambiente de extrema agressividade por parte dos agentes do Estado e das milícias e jagunços a serviço das corporações e do latifúndio. As ocupações objetivam pressionar os governos a realizar a reforma agrária. É preciso uma agricultura socialmente justa, ecológica, capaz de assegurar a soberania alimentar e baseada na livre cooperação de pequenos agricultores. Isso só será conquistado com movimentos sociais fortes, apoiados pela maioria da população brasileira. Contra a criminalização das lutas sociais Convocamos todos os movimentos e setores comprometidos com as lutas a se engajarem em um amplo movimento contra a criminalização das lutas sociais, realizando atos e manifestações políticas que demarquem o repúdio à criminalização do MST e de todas as lutas no Brasil.
O manifesto pode ser assinado no endereço: http://www.petitiononline.com/boit1995/petition.html
O manifesto pode ser assinado no endereço: http://www.petitiononline.com/boit1995/petition.html
Maior livro do mundo.UNESCO encerra sua monumental obra 'da Humanidade ", que começou há meio século - 1.600 peritos
Victor Vasarely
A monumental obra para a história do mundo. Tais dimensões gigantescas como seus objetivos teóricos: seis coleções de cada seis volumes, mais de 1.600 especialistas de todo o mundo contando a história do homem ... e os seus contrastes. Tudo isso, ao longo de seis décadas.
O projeto gigantesco começou oficialmente com o início da história da humanidade coleção, em 1952, inicialmente batizada a história do desenvolvimento científico e cultural da humanidade, em um esforço para relacionar um panorama histórico multidisciplinar. Ao longo dos anos, juntaram-se outras quatro coleções regionais em África, na Ásia Central, América Latina e Caribe, e um tópico sobre o Islã. Continuam a publicar três volumes do Caribe e um sobre o Islã, até ao final do próximo ano.
.....
O projeto gigantesco começou oficialmente com o início da história da humanidade coleção, em 1952, inicialmente batizada a história do desenvolvimento científico e cultural da humanidade, em um esforço para relacionar um panorama histórico multidisciplinar. Ao longo dos anos, juntaram-se outras quatro coleções regionais em África, na Ásia Central, América Latina e Caribe, e um tópico sobre o Islã. Continuam a publicar três volumes do Caribe e um sobre o Islã, até ao final do próximo ano.
"A visão em si era utópico", diz Ali Moussa, chefe da seção de diálogo intercultural da Unesco. "Naturalmente, a utopia para a realidade, há sempre um abismo". Quando formou a primeira comissão de especialistas na Guerra Fria, as divisões eram aparentes entre os estudiosos ocidentais e orientais. No entanto, eles conseguiram superar as diferenças e levar o projeto adiante. O outro grande desafio foi escapar do etnocentrismo e do primeiro debate foi sobre a divisão da história. É a história do famoso estudioso chinês que sublinhou que durante o Renascimento europeu, no século XIII, o seu país já tinha tido vários avivamentos e declínios. Apesar dos esforços, a primeira versão europeia ainda era demasiado tarde setenta e lançou uma segunda edição é mais universal, cujo último livro foi um finalizado ano passado.
bu El pais http://bit.ly/1w0VJg
A monumental obra para a história do mundo. Tais dimensões gigantescas como seus objetivos teóricos: seis coleções de cada seis volumes, mais de 1.600 especialistas de todo o mundo contando a história do homem ... e os seus contrastes. Tudo isso, ao longo de seis décadas.
O projeto gigantesco começou oficialmente com o início da história da humanidade coleção, em 1952, inicialmente batizada a história do desenvolvimento científico e cultural da humanidade, em um esforço para relacionar um panorama histórico multidisciplinar. Ao longo dos anos, juntaram-se outras quatro coleções regionais em África, na Ásia Central, América Latina e Caribe, e um tópico sobre o Islã. Continuam a publicar três volumes do Caribe e um sobre o Islã, até ao final do próximo ano.
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O projeto gigantesco começou oficialmente com o início da história da humanidade coleção, em 1952, inicialmente batizada a história do desenvolvimento científico e cultural da humanidade, em um esforço para relacionar um panorama histórico multidisciplinar. Ao longo dos anos, juntaram-se outras quatro coleções regionais em África, na Ásia Central, América Latina e Caribe, e um tópico sobre o Islã. Continuam a publicar três volumes do Caribe e um sobre o Islã, até ao final do próximo ano.
"A visão em si era utópico", diz Ali Moussa, chefe da seção de diálogo intercultural da Unesco. "Naturalmente, a utopia para a realidade, há sempre um abismo". Quando formou a primeira comissão de especialistas na Guerra Fria, as divisões eram aparentes entre os estudiosos ocidentais e orientais. No entanto, eles conseguiram superar as diferenças e levar o projeto adiante. O outro grande desafio foi escapar do etnocentrismo e do primeiro debate foi sobre a divisão da história. É a história do famoso estudioso chinês que sublinhou que durante o Renascimento europeu, no século XIII, o seu país já tinha tido vários avivamentos e declínios. Apesar dos esforços, a primeira versão europeia ainda era demasiado tarde setenta e lançou uma segunda edição é mais universal, cujo último livro foi um finalizado ano passado.
bu El pais http://bit.ly/1w0VJg
A famosa atriz australiana falou perante o Congresso americano denunciando a violência contra mulheres no mundo.
POUR LIBRATION PARIS http://bit.ly/33cohR
Terno preto, maquiagem e cabelo desfeito estrela, a atriz australiana Nicole Kidman fez um respingo no S. U. Congresso quarta-feira, quando ela veio um grito de alerta contra a violência contra as mulheres no mundo inteiro. "A violência contra mulheres e meninas é talvez uma das violações dos direitos humanos a mais prevalente no mundo. Ela não conhece fronteiras, nem raça, nem classe, Nicole Kidman lançou-se como embaixadora Boa Vontade do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM), que depôs antes de uma subcomissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. "Estou longe de ser um especialista, mas eu confio as pessoas que eu encontrei para fazer avançar esta causa", continuou a atriz.
Os legisladores E.U. ter ouvido de vários líderes de ONGs sobre a necessidade de passar o Internacional Violência Contra a Mulher (Lei IVAW), um projeto de lei que influenciam a política externa dos Estados Unidos vis-à-vis os países onde humanos As mulheres não são respeitadas. Referindo-se à violação sistemática de conflito étnico, os casamentos forçados em idade precoce e violência doméstica, Nicole Kidman tem defendido que as mulheres "são suportadas....
INDAGADA por um representante do facto de Hollywood às vezes poderia ser acusado de legitimar a violência contra a mulher, a atriz respondeu: "Isso pode ser Hollywood, mas também contribui para encontrar soluções." Ela descreveu seu trabalho como um embaixador para o UNIFEM como "incrivelmente emocionante". "Eu pretendo fazer para o resto da minha vida", acrescentou ela. "Sua fama fez a diferença. Sem você, este texto seria muito vazio", agradeceu o presidente da Sub-Comissão, representar ou o Bill Delahunt.
Durante a audiência, os líderes das associações têm denunciado pelos números da violência contra as mulheres. Um em cada três mulheres no mundo inteiro é estuprada ou espancada durante sua vida. Mais da metade das agressões sexuais no mundo operam em meninas menores de 15 anos. Nos Estados Unidos, 89.000 estupros foram reportados em 2008.
Terno preto, maquiagem e cabelo desfeito estrela, a atriz australiana Nicole Kidman fez um respingo no S. U. Congresso quarta-feira, quando ela veio um grito de alerta contra a violência contra as mulheres no mundo inteiro. "A violência contra mulheres e meninas é talvez uma das violações dos direitos humanos a mais prevalente no mundo. Ela não conhece fronteiras, nem raça, nem classe, Nicole Kidman lançou-se como embaixadora Boa Vontade do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM), que depôs antes de uma subcomissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. "Estou longe de ser um especialista, mas eu confio as pessoas que eu encontrei para fazer avançar esta causa", continuou a atriz.
Os legisladores E.U. ter ouvido de vários líderes de ONGs sobre a necessidade de passar o Internacional Violência Contra a Mulher (Lei IVAW), um projeto de lei que influenciam a política externa dos Estados Unidos vis-à-vis os países onde humanos As mulheres não são respeitadas. Referindo-se à violação sistemática de conflito étnico, os casamentos forçados em idade precoce e violência doméstica, Nicole Kidman tem defendido que as mulheres "são suportadas....
INDAGADA por um representante do facto de Hollywood às vezes poderia ser acusado de legitimar a violência contra a mulher, a atriz respondeu: "Isso pode ser Hollywood, mas também contribui para encontrar soluções." Ela descreveu seu trabalho como um embaixador para o UNIFEM como "incrivelmente emocionante". "Eu pretendo fazer para o resto da minha vida", acrescentou ela. "Sua fama fez a diferença. Sem você, este texto seria muito vazio", agradeceu o presidente da Sub-Comissão, representar ou o Bill Delahunt.
Durante a audiência, os líderes das associações têm denunciado pelos números da violência contra as mulheres. Um em cada três mulheres no mundo inteiro é estuprada ou espancada durante sua vida. Mais da metade das agressões sexuais no mundo operam em meninas menores de 15 anos. Nos Estados Unidos, 89.000 estupros foram reportados em 2008.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Um fotógrafo na contra-mão do imediatismo
http://www.olhave.com.br/blog/?p=732
http://www.olhave.com.br/blog/?p=732
Publicado em 22.10.2009
by JC ON LINEhttp://jc3.uol.com.br/jornal/2009/10/22/not_351713.php
No Recife para participar de debates, Anderson Schneider acredita que é preciso ter o tempo certo para a captar a essência de humana
Eugênia Bezerra
ebezerra@jc.com.br
Em um garimpo na Amazônia, em leprosários pelo Brasil, no Iraque pós-guerra, ou mesmo em Brasília, cidade onde vive atualmente. Os ensaios do fotógrafo paraense Anderson Schneider, além de trazerem belas e tocantes imagens, caminham em uma direção distinta a do imediatismo que pressiona boa parte da produção fotojornalística atual. Schneider participa de dois eventos promovidos hoje pelo fotógrafo deste JC, Alexandre Belém, para celebrar os dois anos do blog Olhavê (www.olhave.com.br), criado por ele. Às 11 horas, na Faculdades Integradas Barros Melo – Aeso, em Olinda, Schneider fala sobre sua experiência aos alunos do Bacharelado em Fotografia. Às 18h30, na Livraria Cultura (Paço Alfândega), será entrevistado por Belém e pela antropóloga Georgia Quintas numa espécie de versão ao vivo de uma das seções do Olhavê (Entrevistando).
Apesar de reconhecer a importância de saber dos acontecimentos com rapidez, o fotógrafo ressalta a sua vontade de contar histórias com mais profundidade (e de ter acesso a histórias contadas desta maneira). Para ele, a busca cada vez mais veloz pela informação está tendo um impacto “enorme e terrível” sobre o trabalho do fotógrafo. “Acaba refletindo a grande crise na qual a indústria editorial está submergindo”, diz. “As coisas caem na rede quase que instantaneamente. Isto é legal, mas existe um outro lado da fotografia que não é dito. Sessenta fotos do último segundo não fazem a foto do minuto. Está se perdendo a noção da big picture”, avalia.
Esta rapidez no consumo e produção prejudica a diversidade das imagens. “Pegue o último conflito do Iraque, o número de imagens que ele vem gerando é gigantesco se comparado ao do Vietnã, que é uma guerra com mais ou menos o mesmo porte. Mas se procurar por diversidade, arrisco dizer que o Vietnã, apesar do número reduzido de fotos, produziu um panorama mais complexo do que foi o conflito. Claro que isso é fruto de uma série de coisas, mas também da necessidade de rapidez”.
Schneider formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília (UnB) e foi em uma disciplina neste período que conheceu a fotografia. Ao sair da faculdade, ao invés de buscar trabalho em escritórios de arquitetura, foi aos jornais. Passou cerca de três anos no Correio Braziliense e mais três na Istoé. Depois começou a trabalhar de maneira independente. Os ensaios dele já participaram de mostras e festivais no Brasil e em outros países. Schneider foi três vezes finalista do W. Eugene Smith Grant (EUA) e em 2009 passou a integrar a Coleção Pirelli/Masp de Fotografia.
Um de seus trabalhos, Invisíveis, começou em 2005 e foi desenvolvido por seis Estados. “Estava fazendo outro trabalho em São Paulo e uma jornalista de lá que era engajada com esse assunto da hanseníase me perguntou o que eu sabia sobre esta doença no Distrito Federal. Fiquei bobo de saber que em pleno século 21, há tantas pessoas com a doença abandonadas pela sociedade. A maioria já morreu, mas há outros com 70 e 80 anos que ainda lutam por um direito básico à identidade, a humanidade. É um papel meu como fotógrafo, jornalista, qualquer coisa. Não consigo ficar indiferente”, diz.
Em 2007, a partir de uma matéria sobre o garimpo na Amazônia, teve a ideia para o ensaio Eldorado. “Quatro ou cinco meses depois, minha pergunta era: o que aconteceu, todo mundo ficou rico? Claro que não. Obviamente pouca gente ficou rica e eu fui buscar o que aconteceu com os que não ficaram ricos”, lembra.
Em 2008, ganhou a Bolsa Funarte de Estímulo à Criação Artística com o projeto Brasília concreta, a ser apresentado em 2010. “Diferente de outras cidades, (Brasília) não é espontânea. Foi um traço, um desenho designado para ser uma cidade. 50 anos depois, o que a realidade devolve para a cidade?”. É o que tenta explicar no ensaio.
E como ele avalia o fotojornalismo brasileiro produzido atualmente?. “É sempre difícil e ruim fazer essas generalizações porque coisas boas acabam passando ao largo. Acho o uso da foto no jornalismo bastante pobre. De maneira alguma por conta do fotógrafo, mas por causa do jornalismo feito no Brasil hoje. A fotografia via de regra serve pra ilustrar o texto, tem todo um vetor da foto como informação que é descartada. São raros os veículos em que a fotografia é usada com todo o potencial. Mas há belíssimas excessões a essa regra”.
Embora o acesso ao que é produzido no fotojornalismo brasileiro seja pequeno, e por isso mesmo injusto fazer uma lista de bons trabalhos, Schneider citou alguns que chamaram a atenção ultimamente, como o de Daniel Kfouri sobre futebol. De Pernambuco, lembrou dos especiais Vidas invisíveis, de Renato Spencer, Marcos Michael e Rodrigo Lobo, Geografia da fome, de Arnaldo Carvalho, todos deste JC, e Hanseníase, de Alcione Ferreira, do Diario de Pernambuco.
http://www.olhave.com.br/blog/?p=732
Publicado em 22.10.2009
by JC ON LINEhttp://jc3.uol.com.br/jornal/2009/10/22/not_351713.php
No Recife para participar de debates, Anderson Schneider acredita que é preciso ter o tempo certo para a captar a essência de humana
Eugênia Bezerra
ebezerra@jc.com.br
Em um garimpo na Amazônia, em leprosários pelo Brasil, no Iraque pós-guerra, ou mesmo em Brasília, cidade onde vive atualmente. Os ensaios do fotógrafo paraense Anderson Schneider, além de trazerem belas e tocantes imagens, caminham em uma direção distinta a do imediatismo que pressiona boa parte da produção fotojornalística atual. Schneider participa de dois eventos promovidos hoje pelo fotógrafo deste JC, Alexandre Belém, para celebrar os dois anos do blog Olhavê (www.olhave.com.br), criado por ele. Às 11 horas, na Faculdades Integradas Barros Melo – Aeso, em Olinda, Schneider fala sobre sua experiência aos alunos do Bacharelado em Fotografia. Às 18h30, na Livraria Cultura (Paço Alfândega), será entrevistado por Belém e pela antropóloga Georgia Quintas numa espécie de versão ao vivo de uma das seções do Olhavê (Entrevistando).
Apesar de reconhecer a importância de saber dos acontecimentos com rapidez, o fotógrafo ressalta a sua vontade de contar histórias com mais profundidade (e de ter acesso a histórias contadas desta maneira). Para ele, a busca cada vez mais veloz pela informação está tendo um impacto “enorme e terrível” sobre o trabalho do fotógrafo. “Acaba refletindo a grande crise na qual a indústria editorial está submergindo”, diz. “As coisas caem na rede quase que instantaneamente. Isto é legal, mas existe um outro lado da fotografia que não é dito. Sessenta fotos do último segundo não fazem a foto do minuto. Está se perdendo a noção da big picture”, avalia.
Esta rapidez no consumo e produção prejudica a diversidade das imagens. “Pegue o último conflito do Iraque, o número de imagens que ele vem gerando é gigantesco se comparado ao do Vietnã, que é uma guerra com mais ou menos o mesmo porte. Mas se procurar por diversidade, arrisco dizer que o Vietnã, apesar do número reduzido de fotos, produziu um panorama mais complexo do que foi o conflito. Claro que isso é fruto de uma série de coisas, mas também da necessidade de rapidez”.
Schneider formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília (UnB) e foi em uma disciplina neste período que conheceu a fotografia. Ao sair da faculdade, ao invés de buscar trabalho em escritórios de arquitetura, foi aos jornais. Passou cerca de três anos no Correio Braziliense e mais três na Istoé. Depois começou a trabalhar de maneira independente. Os ensaios dele já participaram de mostras e festivais no Brasil e em outros países. Schneider foi três vezes finalista do W. Eugene Smith Grant (EUA) e em 2009 passou a integrar a Coleção Pirelli/Masp de Fotografia.
Um de seus trabalhos, Invisíveis, começou em 2005 e foi desenvolvido por seis Estados. “Estava fazendo outro trabalho em São Paulo e uma jornalista de lá que era engajada com esse assunto da hanseníase me perguntou o que eu sabia sobre esta doença no Distrito Federal. Fiquei bobo de saber que em pleno século 21, há tantas pessoas com a doença abandonadas pela sociedade. A maioria já morreu, mas há outros com 70 e 80 anos que ainda lutam por um direito básico à identidade, a humanidade. É um papel meu como fotógrafo, jornalista, qualquer coisa. Não consigo ficar indiferente”, diz.
Em 2007, a partir de uma matéria sobre o garimpo na Amazônia, teve a ideia para o ensaio Eldorado. “Quatro ou cinco meses depois, minha pergunta era: o que aconteceu, todo mundo ficou rico? Claro que não. Obviamente pouca gente ficou rica e eu fui buscar o que aconteceu com os que não ficaram ricos”, lembra.
Em 2008, ganhou a Bolsa Funarte de Estímulo à Criação Artística com o projeto Brasília concreta, a ser apresentado em 2010. “Diferente de outras cidades, (Brasília) não é espontânea. Foi um traço, um desenho designado para ser uma cidade. 50 anos depois, o que a realidade devolve para a cidade?”. É o que tenta explicar no ensaio.
E como ele avalia o fotojornalismo brasileiro produzido atualmente?. “É sempre difícil e ruim fazer essas generalizações porque coisas boas acabam passando ao largo. Acho o uso da foto no jornalismo bastante pobre. De maneira alguma por conta do fotógrafo, mas por causa do jornalismo feito no Brasil hoje. A fotografia via de regra serve pra ilustrar o texto, tem todo um vetor da foto como informação que é descartada. São raros os veículos em que a fotografia é usada com todo o potencial. Mas há belíssimas excessões a essa regra”.
Embora o acesso ao que é produzido no fotojornalismo brasileiro seja pequeno, e por isso mesmo injusto fazer uma lista de bons trabalhos, Schneider citou alguns que chamaram a atenção ultimamente, como o de Daniel Kfouri sobre futebol. De Pernambuco, lembrou dos especiais Vidas invisíveis, de Renato Spencer, Marcos Michael e Rodrigo Lobo, Geografia da fome, de Arnaldo Carvalho, todos deste JC, e Hanseníase, de Alcione Ferreira, do Diario de Pernambuco.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
A Europa das desigualdades
Paulo Vasconcelos
Diário de Noticias PT
por Baptista Bastos
O que resta da "Europa Social" está a ser destruído, com implacável persistência. Mas, pergunto-me: alguma vez houve "Europa Social", ou tudo não passou de um sonho, alimentado por mentiras, ilusões e fraudes? E cada um dos europeus sabe, rigorosamente, em que consiste a União? A ideia era boa. No entanto, todos sabemos que a bondade não possui um escalão elevado nos escalões constitutivos da condição humana. Os fundadores alimentavam em si muito de poetas; porém, as estruturas delineadas para a "construção europeia" já continham, difusas, embora, na retórica dos discursos, o princípio de que as nações não eram iguais.
Neutralizar a Alemanha e o "espírito belicista" do grande país; impedir guerras no imenso território (o que se revelou, desde logo, um mito absurdo); e, sobretudo, impedir a hegemonia imperialista norte-americana - eis a cálida e grata intenção. Tem-se visto ao que isto chegou. As desigualdades e os desequilíbrios na Europa da União são ostensivos. Os grandes são cada vez maiores e os pequenos são cada vez mais pequenos.
A Europa só poderia ser outra, acaso mudasse de paradigma. Mas o sistema económico, sob o qual dificultosamente sobrevivemos, não só não foi abalado como se tornou no mimetismo cabisbaixo da oligarquia burocrática, dos bancos e dos ocultos interesses das grandes companhias. A Europa é gerida como se fora uma enorme empresa, distraindo a cidadania dos problemas históricos, seculares e nunca resolvidos.
As pessoas são cifras e cifrões. Não há políticos: há "gestores." Os vinte e cinco suicidas na France Telecom; os vinte milhões de desempregados na União com os seus os setenta e nove milhões de pobres (dois milhões são portugueses) são o trágico espelho da falência europeia e da catástrofe moral de uma civilização que se ufanava da sua supremacia. A lógica do lucro é insensível ao sofrimento humano. O quadriculado que se organizou para esse fim teve teóricos e estipendiados que serviram os amos com desenvolta subserviência. Bastava que lhes pagassem. Conheço alguns desses tunantes. Traíram os testamentos que lhes foram legados por jornalistas e escritores impolutos, e colocaram-se às ordens dos senhores do mando. No que dizem e escrevem estão ausentes a temperatura humana, o prazer do risco, os prestígios do desafio. Presente, o receio de desagradarem ao dono.
Pairam sobre as nossas cabeças os milhões de europeus desgraçados por esta doutrina económica e pela prática aberrante de um capitalismo nojento sem interrupção. A fragilidade dos povos europeus advém do facto de haver políticos que lhes retiraram o poder e as forças, através de controlos, ameaças, pressões e castigos. Se uma certa Esquerda se confunde, hoje, com os postulados da Direita, é porque não só deixou de ser uma maneira de pensar como abandonou a ideia de decidir.
Diário de Noticias PT
por Baptista Bastos
O que resta da "Europa Social" está a ser destruído, com implacável persistência. Mas, pergunto-me: alguma vez houve "Europa Social", ou tudo não passou de um sonho, alimentado por mentiras, ilusões e fraudes? E cada um dos europeus sabe, rigorosamente, em que consiste a União? A ideia era boa. No entanto, todos sabemos que a bondade não possui um escalão elevado nos escalões constitutivos da condição humana. Os fundadores alimentavam em si muito de poetas; porém, as estruturas delineadas para a "construção europeia" já continham, difusas, embora, na retórica dos discursos, o princípio de que as nações não eram iguais.
Neutralizar a Alemanha e o "espírito belicista" do grande país; impedir guerras no imenso território (o que se revelou, desde logo, um mito absurdo); e, sobretudo, impedir a hegemonia imperialista norte-americana - eis a cálida e grata intenção. Tem-se visto ao que isto chegou. As desigualdades e os desequilíbrios na Europa da União são ostensivos. Os grandes são cada vez maiores e os pequenos são cada vez mais pequenos.
A Europa só poderia ser outra, acaso mudasse de paradigma. Mas o sistema económico, sob o qual dificultosamente sobrevivemos, não só não foi abalado como se tornou no mimetismo cabisbaixo da oligarquia burocrática, dos bancos e dos ocultos interesses das grandes companhias. A Europa é gerida como se fora uma enorme empresa, distraindo a cidadania dos problemas históricos, seculares e nunca resolvidos.
As pessoas são cifras e cifrões. Não há políticos: há "gestores." Os vinte e cinco suicidas na France Telecom; os vinte milhões de desempregados na União com os seus os setenta e nove milhões de pobres (dois milhões são portugueses) são o trágico espelho da falência europeia e da catástrofe moral de uma civilização que se ufanava da sua supremacia. A lógica do lucro é insensível ao sofrimento humano. O quadriculado que se organizou para esse fim teve teóricos e estipendiados que serviram os amos com desenvolta subserviência. Bastava que lhes pagassem. Conheço alguns desses tunantes. Traíram os testamentos que lhes foram legados por jornalistas e escritores impolutos, e colocaram-se às ordens dos senhores do mando. No que dizem e escrevem estão ausentes a temperatura humana, o prazer do risco, os prestígios do desafio. Presente, o receio de desagradarem ao dono.
Pairam sobre as nossas cabeças os milhões de europeus desgraçados por esta doutrina económica e pela prática aberrante de um capitalismo nojento sem interrupção. A fragilidade dos povos europeus advém do facto de haver políticos que lhes retiraram o poder e as forças, através de controlos, ameaças, pressões e castigos. Se uma certa Esquerda se confunde, hoje, com os postulados da Direita, é porque não só deixou de ser uma maneira de pensar como abandonou a ideia de decidir.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Roman Polanski fica na Prisão
Le cinéaste détenu en Suisse depuis trois semaine a vu sa demande de remise en liberté refusée par la justice suisse. Ses avocats vont déposer un recours.
12 réactions
O cineasta detido na Suíça durante três semanas tem visto o seu pedido de libertação negado pelo tribunal suíço. Seus advogados vão recorrer da decisão.
Novo revés para o cineasta. O Tribunal Penal Federal em Bellinzona na terça-feira recusou-se a libertação do cineasta detidos por mais de três semanas, na Suíça. O Tribunal de Justiça descreveu o risco de fuga de "elevado, dadas as motivações e significa" o cineasta.
Os advogados do Roman Polanski estão contra esta decisão ", disse um dos defensores dela, Hervé Temime". Lodge uma "Eu estou ciente de que a decisão, vamos apresentar um recurso contra ela," , disse ele.
"Tentaremos fornecer garantias ainda mais fortes e mais apropriadas, vamos tentar demonstrar que não haveria risco para ordenar a libertação de Roman Polanski", acrescentou o advogado
Pour Le Liberacion http://www.liberation.fr/monde/0101598203-roman-polanski-reste-en-prison
Feira de Frankfurt
O sucesso da feira é inevitável,mas a China como convidada de honra não fez sucesso. Sucesso mesmo foi o Kindle da Amazon embora o Google, que anunciou a chegada do novo serviço Google Editions em 2010 e foi o alvo das mais duras críticas. Nada de novo, até porque a empresa norte-americana começou a ser atacada por muitos profissionais do setor assim que anunciou o anterior projecto Google Docs. E a perspectiva da chegada de um sério concorrente ao Kindle da Amazon era há muito um dos grandes medos das editoras, que temem a queda das vendas dos livros clássicos.
Diário de Notícias http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1394818&seccao=Livros
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Berlusconi quer comprar três canais de TV à espanhola Prisa
As negociações entre a Mediaset e a Prisa para a integração da Telecinco, Cuatro e Digital Plus correm a bom ritmo.
O império detido por Sílvio Berlusconi passaria a controlar o novo grupo da espanhola Prisa, o Sogecable, que detém os três canais de televisão, segundo é avançado pelo jornal «El Confidencial».
O interesse do primeiro-ministro italiano pelo Sogecable não é novo. No princípio do ano entrou na luta pela Digital Plus, mas a Prisa decidiu não aceitar nenhuma das propostas.
Segundo as fontes contactadas pelo «Confidencial», a «Mediaset é o único actor no mercado televisivo espanhol que tem capacidade financeira para proceder a uma operação desta índole».
O caminho ideal para Berlusconi «passaria por adquirir uma participação de controlo na integração da Telecinco e Sogecable, compensando a Prisa com acções e absorvendo para da sua dívida», esclarecem fontes a «El Confidencial»
Esta opção seria uma «jogada de mestre», dizem os especialistas contactados pelo jornal: «Berlusconi aproveitaria a sua posição de força - a dívida de 1.950 milhões de Sogecable que vence a 31 de Março - para saldá-la sem desembolsar praticamente dinheiro vivo».
domingo, 18 de outubro de 2009
10o fotos do casal mítico John Lennon e Yoko Ono feitas por Henry Pessar
Le Marché Bironem Saint-Ouen apresenta uma exposição de 10o fotos do casal mítico John Lennon et Yoko Ono feitas por Henry Pessar na passagem deles por Paris em 1969. até 25 de outubro.
As fotos apresentam um tour do casal,em compras ou a passeio pela cidade de Paris
by Le liberation http://bit.ly/2FPJ6v
sábado, 17 de outubro de 2009
Google terá livraria digital no primeiro semestre de 2010
http://bit.ly/4hAK6j
por LusaOntem
O Google anunciou, hoje, o lançamento de uma "livraria digital" com títulos que se poderão ler em qualquer aparelho de leitura, o que pode ampliar o sector dos livros electrónicos, dominado até agora pelo leitor Kindle, da Amazon.
A Google Editions (Edições Google) arranca no primeiro semestre de 2010, em colaboração com os editores que já são parceiros da empresa, com uma oferta de meio milhão de livros electrónicos.
Na Feira do Livro de Frankfurt, o Google voltou a defender o seu projecto de digitalização de livros, que se tem convertido numa preocupação para diversos editores, segundo quem será muito mais difícil assegurar o respeito pelos direitos de autor no futuro.
Contrariando essa ideia, o director do departamento jurídico do Google, David Drummond, assegurou que "o projecto criará uma nova plataforma para os titulares de direitos de autor".
David Drummond disse ainda esperar que as alterações introduzidas por sugestão dos editores norte-americanos sobre o projecto de digitalização permitam a aprovação do mesmo pela Justiça dos Estados Unidos.
No que respeita à Europa, o responsável admitiu que não se pode extrapolar o acordo feito com os EUA e que se devem procurar outras formas de consenso, à luz da legislação sobre direitos de autor existente em cada país.
Tags: Ciência, tecnologia
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Yoani Sánchez
Yoani Sánchez,blogueira Generacíon Y, lhe foi dado Prêmio Maria Moors Cabot, através da Universidade de Columbia, em Nova York. Yoani, contudo o governo de Cuba não autorizou a receber o mesmo prêmio dado pelos EUA. Fato igual ocorreu, na Espanha, na ocasião que ganhou o prêmio Ortega y Gasset em 2008, não podendo também recebê-lo.
obs
"De Cuba com carinho", de sua autoria como arremate de suas postagens foi lançada no Brasil através da Editora Contexto.
Obama, Nobel da Comunicação?
FRANCESCO MANETTO, articulista do Jornal El PAis , Madrid, argumenta que na verdade o prêmio é muito mais pela difusão nos meios de comunicação, em todos os seus variados suportes, em que o Presidente Obama, usa e argumenta, construindo um marketing pessoal e político, e neste, na busca de um multilateralismo e mensagens de paz Desta feita o articulista julga a razão do prêmio.
Por outro lado o mesmo articulista ironiza o fato argumentando que sendo o presidente o chefe do maior exército do mundo casa com o que disse o colunista e prêmio Pulitzer Thomas L. Friedman que ironizava o fato e, a este propósito, nas páginas do Herald Tribune disse:" que se o presidente encontrara uma maneira de repartir os soldados que estabilizaram Afganistão e Pakistão sem transformar o país em um Vietnam, então mereceria um Nobel, mas de Física."
Paulo A C Vasconcelos
http://bit.ly/18PgOA
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Doc Lisboa mostra pujança do género documental
por EURICO DE BARROS
Começa hoje e vai até dia 25: a sétima edição do DocLisboa apresenta cerca de 200 filmes que mostram uma atenção especial aos vários aspectos da crise mundial.
Um crítico de cinema inglês queixava-se na semana passada de que o documentário já estava a rapar o fundo do tacho do género, a propósito da estreia de Died Young, Stayed Pretty, um filme sobre os coleccionadores fanáticos de posters de concertos de rock. Se passarmos os olhos pelos grandes jornais americanos e europeus em dia de estreias de cinema, reparamos que se estão a fazer documentários com temas tão de nicho como os viciados em máquinas de jogos de vídeo que se estafam a tentar estabelecer recordes mundiais da especialidade (The King of Kong) ou a vida dos flamingos desvendada até ao mais ínfimo detalhe (The Crimson Wing: Mystery of the Flamingos).
Mas se como alguém escreveu, o documentário, numa definição ampla, "está a progredir continuamente, e não tem fronteiras precisas", na sua tarefa contínua de retratar o real em todas as suas manifestações, então filmes como os citados, por mais desconcertantes, inesperados ou micro-especializados que sejam, fazem todo o sentido e mais não estão do que a expandir as fronteiras do género. E nestes últimos anos, por factores diversos, entre económicos, técnicos, políticos e das próprias circunstâncias do real, desde as grandes comoções político-económico-ecológicas até às mais pequenas alterações do quotidiano social, familiar e pessoal, a maré do documentário não tem parado de subir.
Basta passarmos os olhos pela programação da sétima edição do DocLisboa, que começa hoje e vai até ao dia 25 (Culturgest, cinemas São Jorge e Londres, www.doclisboa.org), para vermos como o género documental está pujante, a mexer por todos os lados e a interessar-se por tudo e mais e alguma coisa, contrastando com a crise criativa e de inventividade que varre o cinema de ficção.
No DocLisboa 2009 há filmes sobre portugueses que fizeram a vida na Angola colonial, perderam tudo na descolonização e começaram de novo no Brasil (Acácio, da brasileira Marília Rocha), e sobre um professor turco numa remota aldeia curda (On the Way to School, de Orhan Eskikoy e Ozgur Dogan); sobre uma orangotango fêmea que vive há 40 anos no Jardin des Plantes de Paris (Nénette, de Nicolas Philibert) e sobre o organismo estatal que faz a triagem das cartas enviadas pelos iranianos ao presidente Ahmadinejad (Letters to the President, de Petr Lom); sobre um septuagenário americano, antigo pugilista e corretor de apostas da Mafia, cuja história um realizador português se lembrou de contar (Bobby Cassidy-Counter Puncher, de Bruno de Almeida); sobre a construção de uma casa e os que a erguem, ao longo de ano e meio (Gente da Casa, de Carlos Gomes e Ruy Otero) e sobre a tia do realizador Michel Gondry, que foi professora numa zona rural e isolada de França por 40 anos (The Thorn in the Heart); a indústria da pornografia na Sérvia (Made in Serbia, de Mladen DorDevic), uma senhora alemã que vai ao mesmo cabeleireiro há 4 décadas (In Terms of Perms, de Catherine Bode), ou o quotidiano da companhia de ballet da Ópera de Paris (La Danse, de Frederick Wiseman).
São cerca de 200 filmes este ano, para ver durante 11 dias. E ainda ficou muito real de forahttp://bit.ly/36X29M
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Lançamento “Filosofia da Computação e da Informação”
Para onde está nos carregando a carruagem tecnológica? O progresso tecnológico facilita ou dificulta nossa busca pela felicidade? A comunicação virtual é mais rica ou mais pobre que a comunicação cara a cara? Seria ético construir um robô capaz de amar? É possível educar pela Internet? Como deve ser tratado o cyberestupro?
Neste livro, reflito sobre os efeitos gerados pela computação e pelas tecnologias da informação em áreas como realidade virtual, inteligência artificial, linguagem, comunicação, educação, artes, ética, direitos autorais e administração. Utilizando uma ampla e diversificada bibliografia, exploro os pontos de contato entre a filosofia, que surgiu com os pré-socráticos no século VI a.C., e a computação, que surge apenas no século XX. Onde, por exemplo, se encontram o Morfeu de Matrix e o filósofo francês René Descartes.
O livro é um convite a uma viagem para todos aqueles que se interessam por filosofia ou computação, passando por filmes, músicas, sites, games, legislação e vários outros elementos da sociedade da informação.
Filosofia da Computação e da Informação foi escrito com muito carinho e tenho certeza de que você vai gostar.
O lançamento está confirmado:
23/10/2009 - Sexta-feira - das 19:00 às 21:30 horas
Livraria Cultura
Market Place Shopping Center (ao lado do Shopping Morumbi)
Av. Chucri Zaidan, 902
Fone: (11) 3474 4003
Com coquetel e quitutes, vou agitar também uma música - conto com você por lá, e pode espalhar à vontade!
CHINA como convidada de honra na feira de Frankfurt
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Diana Krall o reconhecimento do público português
Depois do Carnaval em pleno Outubro que o brasileiro Seu Jorge trouxe ao Campo Pequeno, a arena lisboeta recebeu este sábado a diva do jazz Diana Krall. Num concerto de gala, o ambiente foi bem diferente, mas a música brasileira acabou por ser o ponto comum entre os dois espectáculos.
O novo disco da canadiana está repleto de passagens pelo universo da bossa nova - desde o tema título «Quiet Nights», versão de «Corcovado», até «The Boy From Ipanema», variação de «A Garota de Ipanema», ambos de Tom Jobim.
O cruzamento do estilo musical brasileiro com o jazz valeu a Diana Krall o reconhecimento do público português. O álbum alcançou o primeiro lugar da tabela de vendas aquando do seu lançamento em Abril e o Campo Pequeno teve casa cheia na recepção à cantora e pianista.
Acompanhada de três virtuosos
Em palco, e com um belo vestido preto, Diana Krall esteve acompanhada de um trio de verdadeiros virtuosos: Anthony Wilson na guitarra eléctrica, Karriem Riggins na bateria e Ben Wolfe no contrabaixo. Vezes sem conta, a plateia aplaudiu entusiasticamente os desvios pela improvisação e solos destes três músicos.
Pena que o volume baixo do som que saía das colunas tenha feito com que, em algumas ocasiões, a música dos instrumentos ou a voz da cantora fossem engolidos pelas palmas.
De resto, Diana Krall e a sua banda não desapontaram os milhares de fãs em Lisboa. Para além da bossa nova de Jobim, houve também a de Marcos Valle em «So Nice» («Samba de Verão» no original) e a celebração de clássicos de Burt Bacharach («Walk On By») e Irving Berlin («Let's Face The Music And Dance» e «Cheek To Cheek»).
«A minha querida Lisboa»
Diana Krall falou bastante com o público, perdendo-se até, por vezes, no seu próprio discurso. Confessou o amor que tem pela cidade («A minha querida Lisboa»), revelou que gosta de actuar «assim tão tarde» porque pode «passar o dia inteiro de robe e chinelos» e partilhou ainda com a audiência a experiência de viajar em tournée com os seus dois filhos, gémeos, de dois anos e meio.
«Eles já sabem dizer boa noite e obrigado em português. Sabem falar melhor a língua do que eu», brincou.
Mas foi mesmo num português bastante aceitável, e com sotaque brasileiro, que a artista canadiana cantou «Este Seu Olhar», outra das faixas compostas por Tom Jobim e que faz parte do novo álbum «Quiet Nights». Certamente, um dos momentos mais aplaudidos da noite.
Clássicos «Cheek To Cheek» e «Garota de Ipanema»
Outro dos pontos altos foi «Cheek to Cheek», a canção do célebre verso «Heaven, I'm in heaven/and my heart beats so that I can hardly speak». Interpretada em ritmo alegre e acelerado, também esta teve direito a improvisos e floreados técnicos que fizeram as delícias da plateia.
A ovação em pé até o quarteto voltar ao palco arrancou novo elogio de Diana Krall aos portugueses: «Para a próxima, tocamos aqui durante duas semanas e só depois saímos em tournée».
«The Boy From Ipanema» fechou de mansinho uma noite descontraída que marcou o regresso da pianista a Portugal. Este domingo é a vez do Porto receber a simpatia e a bela voz de Diana Krall no Pavilhão Rosa Mota.
12-10-2009 - 16:13h Simplificação das redes passa pela inteligência artificial
O responsável pela investigação nos Laboratórios Bell, Gee Rittenhouse, disse esta segunda-feira à agência Lusa que a principal aposta nos próximos anos passa por reduzir a complexidade das redes tecnológicas com recurso a inteligência artificial, avança a Lusa.
Com a atribuição do Prémio Nobel da Física 2009 a dois investigadores reformados dos Bell Labs - Willard Boyle e George Smith - juntamente com um terceiro cientista, por trabalhos no domínio da fibra óptica e semicondutores, são já sete os prémios Nobel atribuídos a esta instituição privada de investigação, considerada uma das mais prestigiadas do mundo e principal fonte de novas tecnologias na área das comunicações.
«Há muitos problemas complexos por resolver, desafios que, sobretudo, no mundo das comunicações, levam a perguntas difíceis sobre os limites da tecnologia e da comunicação, que têm de ser respondidas», realçou.
«O objectivo é tornar as redes mais inteligentes para que estas se consigam adaptar às mudanças dos nossos tempos. Há muitas oportunidades na área da inteligência artificial, tanto ao nível das contribuições científicas, como na resolução de problemas elementares para a indústria das comunicações», afirmou Rittenhouse.
Outra grande prioridade é «tornar as redes cada vez mais amigas do ambiente através de soluções capazes de reduzir o seu consumo de energia».
Os Laboratórios Bell já produziram mais de 33 mil patentes desde que foram fundados em 1925, tendo desempenhado um papel essencial em invenções importantes como transístores, redes digitais e processamento de sinal, lasers e comunicações por fibra óptica, satélites de comunicações, telefones móveis, comutação electrónica de chamadas telefónicas e modems.
http://diario.iol.pt/tecnologia/tecnologia-redes-inteligencia-artificial-investogadores-tvi24/1095228-4069.html
Com a atribuição do Prémio Nobel da Física 2009 a dois investigadores reformados dos Bell Labs - Willard Boyle e George Smith - juntamente com um terceiro cientista, por trabalhos no domínio da fibra óptica e semicondutores, são já sete os prémios Nobel atribuídos a esta instituição privada de investigação, considerada uma das mais prestigiadas do mundo e principal fonte de novas tecnologias na área das comunicações.
«Há muitos problemas complexos por resolver, desafios que, sobretudo, no mundo das comunicações, levam a perguntas difíceis sobre os limites da tecnologia e da comunicação, que têm de ser respondidas», realçou.
«O objectivo é tornar as redes mais inteligentes para que estas se consigam adaptar às mudanças dos nossos tempos. Há muitas oportunidades na área da inteligência artificial, tanto ao nível das contribuições científicas, como na resolução de problemas elementares para a indústria das comunicações», afirmou Rittenhouse.
Outra grande prioridade é «tornar as redes cada vez mais amigas do ambiente através de soluções capazes de reduzir o seu consumo de energia».
Os Laboratórios Bell já produziram mais de 33 mil patentes desde que foram fundados em 1925, tendo desempenhado um papel essencial em invenções importantes como transístores, redes digitais e processamento de sinal, lasers e comunicações por fibra óptica, satélites de comunicações, telefones móveis, comutação electrónica de chamadas telefónicas e modems.
http://diario.iol.pt/tecnologia/tecnologia-redes-inteligencia-artificial-investogadores-tvi24/1095228-4069.html
Barnes & Noble lança leitor para livros eletrónicos
A livraria Barnes & Noble vai lançar o seu próprio suporte electrónico para ler livros digitais, segundo revela o jornal «The Wall Street Journal». O leitor do «e-books» (livro eletrónicos) possui um ecrã táctil, que entrará no mercado no próximo mês, desconhecendo-se ainda o preço.
Algumas informações antecipam que o modelo basear-se-á no sistema operativo Android da Google. O lançamento tem como objectivo evitar que a empresa Amazon domine o mercado dos livros digitais.
De acordo com os analistas, a implantação de lojas físicas do Barnes & Nobles nos Estados Unidos da América permitirá concorrer com a Amazon.
No passado mês de Julho, a Barnes & Nobles lançou um catálogo de livros digitais com cerca de 700.000 obras, que já podem ser lidas pelos utilizadores do iPhone.
Algumas informações antecipam que o modelo basear-se-á no sistema operativo Android da Google. O lançamento tem como objectivo evitar que a empresa Amazon domine o mercado dos livros digitais.
De acordo com os analistas, a implantação de lojas físicas do Barnes & Nobles nos Estados Unidos da América permitirá concorrer com a Amazon.
No passado mês de Julho, a Barnes & Nobles lançou um catálogo de livros digitais com cerca de 700.000 obras, que já podem ser lidas pelos utilizadores do iPhone.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
POR QUE O BRASIL SEDUZIU O MUNDO?
El milagro del Companhero
http://www.quepasa.cl/articulo/15_1069_9_2.html QUÉ PASSA CHILE
Por: Lorena Rubio
A un año de terminar su mandato, el éxito de Brasil no se entiende sin Lula. Convertido en una suerte de rock star, sobre él se prepara una película -la más costosa en la historia de ese país- y sus discursos tienen miles de visitas en YouTube. Y aunque los analistas internacionales advierten sobre el aumento del déficit fiscal y la ausencia de reformas trascendentales, Lula ya es un héroe nacional.
Fecha: 10 10 2009 Sección: Mundo Comentarios: 6
Desde el pueblo y para el pueblo
Lula da Silva suele cometer errores lingüísticos cuando improvisa, pero no por ello deja de hacerlo. Por el contrario, se le reconoce su gran oratoria y despliegue ante las multitudes. Hijo de campesinos analfabetos del norte de Brasil -la zona más pobre de ese país-, se puso sus primeros zapatos a los siete años; trabajó de lustrabotas a los 12 años y a los 14 entró como aprendiz en una metalúrgica. Su trayectoria encarna la de su propio país y ha procurado dar a conocer su historia marcada por carencias, la lucha por los derechos de los trabajadores, las persecuciones políticas y cárcel que sufrió. Algunos lo han comparado con el polaco Lech Walesa, quien surgió como dirigente sindical y se convirtió en presidente. El matiz es que mientras el polaco culminó con casi nula aprobación política, Lula se encamina a despedir su gobierno en medio de vítores. Su sello, como el de Michelle Bachelet, con quien tiene gran sintonía, es el de la protección social.
La astucia del companhero
Como viejo líder sindical, el gobernante brasileño suele tratar a la gente como companhero. A los habitantes de su país también les gusta llamarlo companhero Lula, cuestión que todavía sigue causando escozor en algunos sectores de la sociedad. Y si bien su origen y trayectoria son los de un típico hombre de izquierda latinoamericano, es atípico: se reconoce que carece de una ideología maciza. "Él no tiene una formación de izquierda clásica. No leyó a Marx, Lenin o Trotsky", cuenta a Qué Pasa la autora de su única biografía autorizada, Denise Paraná. Su libro Lula, El Hijo de Brasil será la base para la película sobre la vida del jefe de Estado, que se estrena en enero y que costó US$ 10 millones. La periodista, quien trabajó con Da Silva cuando éste era líder sindical de los obreros metalúrgicos, afirma que la verdadera mentora intelectual de Lula fue su madre, Doña Lindu, que planteaba que las cosas "debían ser repartidas entre todos" y quien se hizo cargo del pequeño Luiz y sus siete hermanos, cuando su padre partió a São Paulo.
Los índices de popularidad demuestran que su cercanía con las clases más desposeídas ha surtido efecto. En noviembre de 2008, en plena crisis, su aprobación llegó a 70%. Las últimas cifras -de septiembre de este año- iban entre el 67% y 69%. Tras la designación Río de Janeiro como sede de los JJ.OO., experimentará un alza mayor.
Obstinación a toda prueba
"Él acostumbra a decir que fue muy bueno que no hubiera ganado las elecciones en 1989, porque habría hecho un gobierno pésimo", dice Denise Paraná. Su popularidad y poder político pasaron de nulos a apabullantes. Como líder de los trabajadores metalúrgicos realizó en 1980 una huelga de 41 días, que lo hizo conocido en todo el territorio. Ese mismo año fundó el Partido de los Trabajadores (PT). Las primeras elecciones abiertas de presidente en Brasil -tras 20 años de gobiernos militares y uno de transición encabezado por José Sarney- se realizaron en 1989. Lula obtuvo el segundo lugar, detrás de Fernando Collor de Mello. Éste renunció, luego de un escándalo, en 1992. Su mandato fue completado por Itamar Franco, cuyo ministro de Hacienda, Fernando Henrique Cardoso, puso en marcha el Plan Real que terminó con la inflación crónica de Brasil.
En octubre de 1994, Lula se presentó por segunda vez como candidato a presidente. Volvió a perder contra Cardoso, quien obtuvo la victoria por derrotar la inflación. Lula compitió nuevamente en 1998: consiguió el 32% de los votos y Cardoso fue reelecto. Finalmente, asumió la Presidencia de Brasil en 2003, con el mayor número de votos de la historia democrática brasileña (52,4 millones), alcanzando el 61% de los sufragios.
Inclusión y paz social
En este punto no hay dos posturas. La política social de inclusión trajo beneficios internos y también en el plano internacional a Brasil.
"Es indudable que su énfasis en profundizar la acción social del Estado generó apoyos políticos para su administración", dice Vladimir Werning, del banco estadounidense JP Morgan. El embajador de Chile en Brasil, Álvaro Díaz, coincide en esta apreciación: "Brasil se transformará en una potencia a contar de la próxima década, tanto por su expansión económica como por su política de inclusión".
Sus primeros programas, apenas asumió la Presidencia en 2003, fueron concretos: Hambre Cero, de escaso impacto -por una falta de seguimiento y porque los escándalos tuvieron en jaque al gobierno-, y Bolsa Familia. Este último es uno de los factores que explican la actual movilidad social de la sociedad brasileña. El programa, alabado por organismo internacionales, consistía en pagarles a familias de escasos recursos la salud y educación. Rindió frutos. Se estima que en los últimos siete años, 30 millones de personas en ese país -con una población que ronda los 200 millones- dejaron la pobreza. La mayor cohesión ha impedido el surgimiento de estallidos sociales de magnitud, aun cuando los "Sin Tierra" -surgidos también en el norte- protagonizan cada cierto tiempo protestas.
Orden en las cuentas fiscales
El pragmatismo es una de las características que resaltan todos quienes conocen al jefe de Estado. La mejor prueba de ello es el continuismo en la política fiscal aplicado rigurosamente en sus dos períodos en el Palacio Planalto, sobre todo en la primera de sus administraciones.
Alberto Ramos, analista senior de mercados emergentes de Goldman Sachs, lo resume de la siguiente forma: "Estuvo 20 años defendiendo medidas que difieren radicalmente de las que ha implementado como presidente". Porque si bien no hay grandes reformas impulsadas por Lula, en los círculos internacionales se destaca la baja en la inflación; una política de acumulación de reservas internacionales y por otorgar mayor autonomía al Banco Central. Esto lo ha hecho respetable en el mundo financiero global.
El nombramiento de Henrique Meirelles -un técnico de sensibilidad de derecha- a la cabeza del ente emisor, fue otra muestra de su pragmatismo político.
Y aunque en su círculo prefieren hablar de un líder que sabe conciliar "mercado y justicia social", en el mundo político fue comentado su giro socialdemócrata a fines de los 90. "Después de cuatro intentos, en su cuarta apuesta presidencial, él moderó su discurso, haciendo guiños al FMI, lo que le permitió alcanzar la magistratura", asegura un funcionario de gobierno chileno.
En 2001, Da Silva estableció una alianza con el empresario y candidato liberal, José Alencar, lo que le permitió aumentar su votación en la derecha y salir electo al año siguiente.
La suerte necesaria
No todo ha sido método y esfuerzo. El momento que vive Brasil -y su jefe de Estado- tiene bastante de suerte. Para Alberto Ramos, la situación global ayudó a todas las economías emergentes, incluida la de Brasil. "El mundo cambió muy favorablemente: los precios de los commodities se dispararon, la liquidez mundial era abundante, y la economía registró un periodo de cuatro a cinco años de crecimiento sólido, uno de los ciclos de expansión más largos desde la posguerra". Todo esto antes de que estallara la crisis, obviamente. También ayudó el fuerte consumo de los países de Asia. Pero para ser justos, el analista de Wall Street afirma que además de suerte, Lula tuvo la visión de no cambiar un modelo que funcionaba: "Reformó poco, pero tuvo mucha suerte con un entorno externo favorable, y acertó al no cambiar un modelo que funcionaba. Es más: lo profundizó", precisa Ramos. Especialmente en su segundo mandato, Lula ha creado un sistema de monitoreo de políticas públicas, que ha permitido seguir las iniciativas de corte social, con reuniones periódicas con los ministros de las distintas carteras.
Boom de la clase media
Cuando Lula asumió el poder, la clase media representaba el 42,5% de la población. Hoy, más de la mitad de la población pertenece a ese estrato. Uno de los mayores poderes adquisitivos en ese país está en este segmento, que ha disparado el consumo interno a tasas históricas. La adquisición de celulares, televisores e, incluso, automóviles, era terreno vedado para sectores importantes de la sociedad brasileña. Hoy, en cambio, las familias de este grupo ganan entre US$ 700 y US$ 3.000 según un estudio de la Fundación Getulio Vargas y tienen acceso a cierto comfort. Otro fenómeno económico-social de la era Lula es el mejoramiento en la calidad de vida de las ciudades del norte del país.
El hombre de Obama en América Latina
El presidente de Estados Unidos se ha referido a Lula como "su hombre" en la región. Y no es sólo un asunto de simpatía. No es un misterio que para la Casa Blanca, el gobernante brasileño opera como "contrapeso" a la influencia de Hugo Chávez. La cercanía con Washington ha llegado a tal punto que algunos reportes aseguran que una vez que deje el Palacio Planalto, Lula podría convertirse en el próximo presidente del Banco Mundial. Su influencia ha trascendido las fronteras latinoamericanas: uno de sus mayores esfuerzos ha sido lograr un asiento para su país en el Consejo de Seguridad de la ONU. También ha procurado influir cada vez más en el G-20. Además, luego de décadas de ser receptor de ayuda internacional, su país es uno de los donantes del FMI (este año aportará US$ 10.000 millones).
No todo lo que brilla... déficit y mayor burocracia
En Wall Street reconocen los logros del jefe de Estado, pero no dejan de ver los fríos números. "La prudencia en la política fiscal del inicio de su administración se perdió en los últimos años", advierte Vladimir Werning, quien afirma que son varios los que miran con inquietud cómo se ha incrementado el déficit fiscal en el país de la samba. Alberto Ramos agrega el aumento de la burocracia estatal, a la cual se le han destinado enormes recursos, sin redituar en eficiencia. Además, varios recuerdan los escándalos de corrupción que sacudieron a la administración Da Silva entre 2005 y 2006, que costaron, incluso, la caída de uno de sus ministros. Por eso, los últimos hechos le otorgaron a Lula más que un nuevo aire, la oportunidad de culminar su mandato -que finaliza en octubre de 2010- con altos índices de popularidad y sin la presión de no haber realizado los cambios, como una reforma tributaria y la modernización del aparato estatal.
A Encomenda do Bicho Medonho” (6.5
http://ow.ly/tKa7 by Braulio Tavares Mundo Fantasmo
(uma das obras de Seu David)
Dois filmes paraibanos foram exibidos no recente festival Cine-PE: Cabaceiras de Ana Bárbara Ramos, e o vídeo A Encomenda do Bicho Medonho de André da Costa Pinto. Este último documenta o trabalho do artesão David Ferreira, de Barra de São Miguel. Seu David é um barbeiro de 94 anos que nas horas vagas, as quais são muitas (imagine o que é ser barbeiro em Barra de São Miguel) emprega seu tempo esculpindo toras de madeira, criando umas intrincadas engrenagens que só vendo para crer. O leitor já deve ter visto, em lojas de artesanato, aquelas correntes com elos de madeira, elos que não têm emendas, porque foram esculpidos daquele jeito, uns por dentro dos outros, “deixando tudo encangado”.
Diz Seu David que a partir de certa época na vida começou a ter sonhos com um bicho que lhe mandava esculpir essas coisas; ao acordar, passou a obedecer à voz ouvida em sonho. Uma de suas filhas contradiz o pai, num depoimento: “Se ele diz que a voz manda ele fazer umas coisas tão bonitas assim, então não é bicho nenhum, deve ser é um anjo!”. Seu David faz caixas ocas, esculpidas de fora para dentro, com correntes desse tipo em seu interior, um troço tão complicado de descrever que é mais simples vocês pegarem um ônibus e irem até Barra de São Miguel para dar uma olhada.
Não duvido de que o trabalho de Seu David seja conhecido por Ariano Suassuna, e tenha servido de inspiração para um episódio do folhetim (publicado entre 1976 e 1977) As Infâncias de Quaderna. Ali, no Folheto “O Ladrão de Madeira”, o protagonista Quaderna, então um menino de dez anos, encontra um de seus irmãos bastardos que vivem soltos na fazenda de seu tio. Matias rouba madeira para esculpir umas formas fantásticas, e confessa a Quaderna que vivia tendo pesadelos em que sonhava com criaturas terríveis. O cantador João Melchíades, que vivia na fazenda, o aconselhou a esculpir esses monstros na madeira, porque assim conseguiria de certa forma domesticá-los, livrar-se de sua ameaça. E Matias diz: “Fiz, e livrei-me de novo do pesadelo; mas daí em diante fiquei assim: depois de fazer cada figura, tinha uns dias de folga e de descanso no juízo, mas aí aparecia outra visagem e eu começava a ter outro sonho que só me largava quando eu obedecia à voz de Deus.”
Um cientista diria que o Bicho Medonho que nos faz essas encomendas é o nosso Inconsciente freudiano ou junguiano, aquele tumulto indizível de impulsos atávicos que durante o sonho nosso cérebro reprocessa em termos visuais e auditivos. Como dizia Jorge Luís Borges, não é que a gente sonhe com um tigre e sinta medo; a gente sente medo, e o sonho produz um tigre para servir de explicação. Mas de onde vem o medo? De onde vêm os pedidos do Bicho Medonho? Vem, como diria Augusto, “de incógnitas criptas misteriosas” que trazemos em nossa mente. E que alguns privilegiados como Seu David conseguem traduzir num tipo de Arte que não tem (e não precisa ter) explicação.
domingo, 11 de outubro de 2009
Seu Jorge Em Lisboa
by Diário de Notícias Lisboa
O músico brasileiro trouxe os temas do seu último álbum, 'América Brasil', sucessos antigos e até um tema novo para o espectáculo de sexta-feira à noite, no Campo Pequeno, em Lisboa.
Sabem aquelas marchinhas de Carnaval que tocam nos bailes mais "brega" como Mamãe eu quero ou Cachaça? Pois foi exactamente assim, com todo o mundo aos saltos, brasileiros a sambar e portuguesa a contorcer-se como se também soubessem sambar, e a gritar pela Cabeleira do Zezé ou pela Maria Sapatão, que terminou o espectáculo de Seu Jorge, na sexta-feira à noite, no Campo Pequeno em Lisboa.
Passava das 23.30, o concerto propriamente dito já tinha terminado e até já tinha tido encore, os 14 músicos já tinham vindo despedir-se à boca do palco, mas como o público pedia mais, o brasileiro decidiu continuar a festa: "Vamos fazer o Carnaval em Lisboa?". Por esta altura, os fardados empregados da praça de touros já tinham desistido de mandar sentar as pessoas que estavam nas bancadas...
Baseado no seu último disco, América Brasil, o espectáculo abriu com as típicas cornetas da tourada e Seu Jorge e o seu "conjuntão pesadão" a entoar uns desafiadores olés, a que se seguiu a música com América do Norte, Samba Rock e Trabalhador Brasileiro. Não faltaram os mais populares temas deste álbum - Mina do Condomínio e Burguesinha - bem mo os sucessos antigos, quer os mais mexidos, como Mania de Peitão e Chatterton (de Cru), quer os acústicos Life on Mars e Rebel Rebel (versões de Bowie para a banda sonora de Peixe Fora de Água), com Seu Jorge e seu violão sozinhos no palco.
Apesar de todo o Carnaval, o músico fez questão de, como sempre, expressar as suas preocupações sociais, recitando Nego Drama dos Racionais MC's: "eu visto preto por dentro e por fora". O público cantou "bonito demais" , sobretudo em Carolina, É isso aí (aqui sem Ana Carolina) e São Gonça. E, bebendo uma "cervejinha para molhar a palavra" e desafiando a lei com um cigarro ao canto da boca, Seu Jorge aproveitou para tocar um tema de Carlinhos Brown (A Namorada), outro de Tim Maia (Sossego) e até para mostrar uma música nova, com "alto astral", que já está a tocar nas rádios brasileiras, Pessoal Particular. "É bom namorar", declarou Seu Jorge, o músico casamenteiro.
O músico brasileiro trouxe os temas do seu último álbum, 'América Brasil', sucessos antigos e até um tema novo para o espectáculo de sexta-feira à noite, no Campo Pequeno, em Lisboa.
Sabem aquelas marchinhas de Carnaval que tocam nos bailes mais "brega" como Mamãe eu quero ou Cachaça? Pois foi exactamente assim, com todo o mundo aos saltos, brasileiros a sambar e portuguesa a contorcer-se como se também soubessem sambar, e a gritar pela Cabeleira do Zezé ou pela Maria Sapatão, que terminou o espectáculo de Seu Jorge, na sexta-feira à noite, no Campo Pequeno em Lisboa.
Passava das 23.30, o concerto propriamente dito já tinha terminado e até já tinha tido encore, os 14 músicos já tinham vindo despedir-se à boca do palco, mas como o público pedia mais, o brasileiro decidiu continuar a festa: "Vamos fazer o Carnaval em Lisboa?". Por esta altura, os fardados empregados da praça de touros já tinham desistido de mandar sentar as pessoas que estavam nas bancadas...
Baseado no seu último disco, América Brasil, o espectáculo abriu com as típicas cornetas da tourada e Seu Jorge e o seu "conjuntão pesadão" a entoar uns desafiadores olés, a que se seguiu a música com América do Norte, Samba Rock e Trabalhador Brasileiro. Não faltaram os mais populares temas deste álbum - Mina do Condomínio e Burguesinha - bem mo os sucessos antigos, quer os mais mexidos, como Mania de Peitão e Chatterton (de Cru), quer os acústicos Life on Mars e Rebel Rebel (versões de Bowie para a banda sonora de Peixe Fora de Água), com Seu Jorge e seu violão sozinhos no palco.
Apesar de todo o Carnaval, o músico fez questão de, como sempre, expressar as suas preocupações sociais, recitando Nego Drama dos Racionais MC's: "eu visto preto por dentro e por fora". O público cantou "bonito demais" , sobretudo em Carolina, É isso aí (aqui sem Ana Carolina) e São Gonça. E, bebendo uma "cervejinha para molhar a palavra" e desafiando a lei com um cigarro ao canto da boca, Seu Jorge aproveitou para tocar um tema de Carlinhos Brown (A Namorada), outro de Tim Maia (Sossego) e até para mostrar uma música nova, com "alto astral", que já está a tocar nas rádios brasileiras, Pessoal Particular. "É bom namorar", declarou Seu Jorge, o músico casamenteiro.
Escândalos invisíveis
Por: Osvaldo Russo
A destruição de 2 hectares de um laranjal, plantado em extensa área pública da União ocupada ilegalmente por uma grande empresa privada,orquestrada pela mídia e pelos interesses do agronegócio, escandaliza. Enquanto isso, milhares de famílias estão acampadas em beira de estradas, trabalhadores são escravizados em pleno século 21 e trabalhadores rurais, líderes sindicais, religiosos e advogados são assassinados no Brasil. Mas isso não escandaliza.
Milhares de processos estão travados na justiça emperrando asdesapropriações para fins de reforma agrária e deixando sem solução os crimes do latifúndio e de sua pistolagem. Mas isso não escandaliza. As denúncias sobre casos de trabalho escravo contemporâneo atingem um recorde histórico no Brasil, de acordo com o relatório "Conflitos no Campo Brasil 2008", elaborado pela Comissão Pastoral da Terra, que registra 280 ocorrências no ano passado. Ao todo, os casos relatados pela CPT envolveram sete mil trabalhadores, 86 deles crianças eadolescentes, tendo havido 5,2 mil libertações. Mas isso nãoescandaliza.
Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, de 1995 a 2002, a Fiscalização do Trabalho do ministério realizou 177 operações em 816fazendas, lavrando-se 6.085 autos de infração. Já no período de 2003 a 2008, foram realizadas 607 operações, envolvendo 1.369 fazendas fiscalizadas, onde foram lavrados 16.981 autos de infração, o que significa um incremento anual de 272,1% em relação ao período anterior. Mas isso não escandaliza.
O recorde nas denúncias foi acompanhado da intensificação da ação fiscalizadora do governo federal, que declarou a erradicação e a repressão ao trabalho escravo contemporâneo como prioridades do Estado brasileiro. O Plano prevê a aprovação da PEC que altera o art. 243 da Constituição Federal, dispondo sobre a expropriação de terras – sem indenização - onde forem encontrados trabalhadores submetidos acondições análogas à escravidão e que, em muitas situações, tentam fugir da fazenda e são impedidos pelo fazendeiro. Mas os ruralistas escravocratas reagem e impedem a sua aprovação pelo Congresso Nacional. Mas isso não escandaliza.
Ideólogos do agronegócio escravocrata tentam explicar o injustificável, chegando a afirmar que "o principal objetivo desse trabalhador em eventual fuga da fazenda e posterior retorno trazendo a fiscalização trabalhista não seria apenas evitar o pagamento da dívida contraída com o empreiteiro, mas, talvez muito mais importante, receber a ‘multa’ de vários milhares de reais, comumente imposta pelo fiscal ao agricultor e em favor do trabalhador, sob a acusação de prática de ‘trabalho escravo’ por parte do fazendeiro. Além disso, os trabalhadores ‘libertados’ passam a receber seguro desemprego, sendo possível que, depois, passem a receber também Bolsa Família". Mas isso não escandaliza.
Após mais de século da assinatura da Lei Áurea, o Brasil ainda convive com as marcas deixadas pelo regime colonial-escravista e por disparates escritos por seus neoideólogos. Conforme apresentação do Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, de 2003, assinada pelos então ministros Nilmário Miranda (Direitos Humanos) e Jacques Wagner (Trabalho e Emprego), "a escravidão contemporânea manifesta-se na clandestinidade e é marcada pelo autoritarismo, corrupção, segregação social, racismo, clientelismo e desrespeito aos direitos humanos". Mas isso não escandaliza.
Apesar do grande aumento da produção agrícola de 1975 pra cá, os ruralistas tentam impedir a atualização dos índices de produtividade da terra para fins de reforma agrária e ameaçam o governo e os sem terra com retaliações. Mas isso não escandaliza.
Os ruralistas querem reinventar uma CPI para criminalizar o MST e intimidar o governo. Eles não querem a democracia e a justiça social. Eles querem continuar escravizando os trabalhadores rurais e impedir a reforma agrária no Brasil. Mas isso não escandaliza.
Joaquim Nabuco, O Abolicionista, dizia que a Abolição da Escravatura era indissociável da democratização do solo pátrio. Monarquistas e republicanos não lhe deram ouvidos e a concentração das terras em poucas mãos continua escandalosa. Mas isso não escandaliza.
Antes da Abolição, a rebeldia dos escravos escandalizava, mas o açoiteneles não.
A destruição de 2 hectares de um laranjal, plantado em extensa área pública da União ocupada ilegalmente por uma grande empresa privada,orquestrada pela mídia e pelos interesses do agronegócio, escandaliza. Enquanto isso, milhares de famílias estão acampadas em beira de estradas, trabalhadores são escravizados em pleno século 21 e trabalhadores rurais, líderes sindicais, religiosos e advogados são assassinados no Brasil. Mas isso não escandaliza.
Milhares de processos estão travados na justiça emperrando asdesapropriações para fins de reforma agrária e deixando sem solução os crimes do latifúndio e de sua pistolagem. Mas isso não escandaliza. As denúncias sobre casos de trabalho escravo contemporâneo atingem um recorde histórico no Brasil, de acordo com o relatório "Conflitos no Campo Brasil 2008", elaborado pela Comissão Pastoral da Terra, que registra 280 ocorrências no ano passado. Ao todo, os casos relatados pela CPT envolveram sete mil trabalhadores, 86 deles crianças eadolescentes, tendo havido 5,2 mil libertações. Mas isso nãoescandaliza.
Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, de 1995 a 2002, a Fiscalização do Trabalho do ministério realizou 177 operações em 816fazendas, lavrando-se 6.085 autos de infração. Já no período de 2003 a 2008, foram realizadas 607 operações, envolvendo 1.369 fazendas fiscalizadas, onde foram lavrados 16.981 autos de infração, o que significa um incremento anual de 272,1% em relação ao período anterior. Mas isso não escandaliza.
O recorde nas denúncias foi acompanhado da intensificação da ação fiscalizadora do governo federal, que declarou a erradicação e a repressão ao trabalho escravo contemporâneo como prioridades do Estado brasileiro. O Plano prevê a aprovação da PEC que altera o art. 243 da Constituição Federal, dispondo sobre a expropriação de terras – sem indenização - onde forem encontrados trabalhadores submetidos acondições análogas à escravidão e que, em muitas situações, tentam fugir da fazenda e são impedidos pelo fazendeiro. Mas os ruralistas escravocratas reagem e impedem a sua aprovação pelo Congresso Nacional. Mas isso não escandaliza.
Ideólogos do agronegócio escravocrata tentam explicar o injustificável, chegando a afirmar que "o principal objetivo desse trabalhador em eventual fuga da fazenda e posterior retorno trazendo a fiscalização trabalhista não seria apenas evitar o pagamento da dívida contraída com o empreiteiro, mas, talvez muito mais importante, receber a ‘multa’ de vários milhares de reais, comumente imposta pelo fiscal ao agricultor e em favor do trabalhador, sob a acusação de prática de ‘trabalho escravo’ por parte do fazendeiro. Além disso, os trabalhadores ‘libertados’ passam a receber seguro desemprego, sendo possível que, depois, passem a receber também Bolsa Família". Mas isso não escandaliza.
Após mais de século da assinatura da Lei Áurea, o Brasil ainda convive com as marcas deixadas pelo regime colonial-escravista e por disparates escritos por seus neoideólogos. Conforme apresentação do Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, de 2003, assinada pelos então ministros Nilmário Miranda (Direitos Humanos) e Jacques Wagner (Trabalho e Emprego), "a escravidão contemporânea manifesta-se na clandestinidade e é marcada pelo autoritarismo, corrupção, segregação social, racismo, clientelismo e desrespeito aos direitos humanos". Mas isso não escandaliza.
Apesar do grande aumento da produção agrícola de 1975 pra cá, os ruralistas tentam impedir a atualização dos índices de produtividade da terra para fins de reforma agrária e ameaçam o governo e os sem terra com retaliações. Mas isso não escandaliza.
Os ruralistas querem reinventar uma CPI para criminalizar o MST e intimidar o governo. Eles não querem a democracia e a justiça social. Eles querem continuar escravizando os trabalhadores rurais e impedir a reforma agrária no Brasil. Mas isso não escandaliza.
Joaquim Nabuco, O Abolicionista, dizia que a Abolição da Escravatura era indissociável da democratização do solo pátrio. Monarquistas e republicanos não lhe deram ouvidos e a concentração das terras em poucas mãos continua escandalosa. Mas isso não escandaliza.
Antes da Abolição, a rebeldia dos escravos escandalizava, mas o açoiteneles não.
sábado, 10 de outubro de 2009
A carta de Michael Moore a Obama por ter recebido o Premio Nobel da Paz
A carta de Michael Moore a Obama por ter recebido o Premio Nobel da Paz
Estimado presidente Obama,
Qué bueno que haya sido reconocido hoy como un hombre de paz. Sus rápidos, tempraneros pronunciamientos—el cierre de Guantánamo, el traer las tropas de Iraq a casa, su deseo de un mundo libre de armas nucleares, el admitir a los iraníes que derrocaron a su presidente elegido democráticamente en 1953, el pronunciamiento de un gran discurso ante el mundo islámico en El Cairo, eliminó ese término inútil de "Guerra contra el Terror", que haya puesto fin a la tortura— todo esto nos ha hecho sentir un poco más seguros teniendo en cuenta el desastre de los últimos ocho años. En ocho meses usted ha hecho un giro y ha conducido a este país en una dirección mucho más sana.
Pero...
La ironía de que se le haya otorgado este premio en el segundo día del noveno año de lo que se está convirtiendo rápidamente en Su guerra en Afganistán no pasó desapercibida para nadie. Usted está realmente en una encrucijada. Usted puede escuchar a los generales y expandir la guerra (sólo para dar lugar a una previsible derrota) o puede declarar por terminadas las guerras de Bush, y traer todas las tropas a casa, ahora. Eso es lo que un verdadero hombre de paz haría. No hay nada malo en que Usted haga lo que el último tipo no pudo hacer- la captura del hombre o los hombres responsables de los asesinatos en masa de 3.000 personas el 9/11-. PERO NO PUEDE HACERLO CON TANQUES Y TROPAS. Usted está persiguiendo a un criminal, no a un ejército. Usted no utiliza un cartucho de dinamita para deshacerse de un ratón. Los talibanes son otra cosa. Eso es un problema que debe resolver el pueblo de Afganistán -como hicimos nosotros en 1776, los franceses en 1789, los cubanos en 1959, los nicaragüenses en 1979 y la población de Berlín Este en 1989- Una cosa es cierta, todas las revoluciones llevadas a cabo por personas que desean ser libres, en última instancia, tienen que lograr la libertad por sí mismos. Otros pueden ser solidarios, pero la libertad no puede entregarse desde el asiento delantero del Humvee de otra persona.
Ahora usted tiene que finalizar nuestro involucramiento en Afganistán. Si usted no lo hace, no tendrá otra opción que devolver el premio a Oslo.
Saludos, Michael Moore
P.D. Su oposición ha pasado la mañana atacándolo por traer esa buena voluntad a nuestro país. ¿Por qué ellos odian tanto a los Estados Unidos?
Me da la impresión de que si ud descubriera la cura contra el cáncer esta tarde ellos lo hubieran estado denunciando por destruir la libre empresa, porque los centros de cáncer tendrían que cerrar. Hay otros que dicen que Ud. no ha hecho nada todavía para merecer este premio. En lo que a mí me concierne, el solo hecho de que ud se haya ofrecido para caminar en un campo minado de odio y tratar de deshacer el daño irreparable que el último presidente causó no solo es apreciado por mí y por millones, sino también un acto de verdadero coraje. Por eso ud obtuvo el premio. El mundo entero depende de EE.UU y de Ud. para literalmente salvar este planeta. No los defraude.
Tomado de www.michaelmoore. com
http://cambiosencub a.blogspot. com/2009/ 10/mensaje- de-michael- moore-obama. html
--
Estimado presidente Obama,
Qué bueno que haya sido reconocido hoy como un hombre de paz. Sus rápidos, tempraneros pronunciamientos—el cierre de Guantánamo, el traer las tropas de Iraq a casa, su deseo de un mundo libre de armas nucleares, el admitir a los iraníes que derrocaron a su presidente elegido democráticamente en 1953, el pronunciamiento de un gran discurso ante el mundo islámico en El Cairo, eliminó ese término inútil de "Guerra contra el Terror", que haya puesto fin a la tortura— todo esto nos ha hecho sentir un poco más seguros teniendo en cuenta el desastre de los últimos ocho años. En ocho meses usted ha hecho un giro y ha conducido a este país en una dirección mucho más sana.
Pero...
La ironía de que se le haya otorgado este premio en el segundo día del noveno año de lo que se está convirtiendo rápidamente en Su guerra en Afganistán no pasó desapercibida para nadie. Usted está realmente en una encrucijada. Usted puede escuchar a los generales y expandir la guerra (sólo para dar lugar a una previsible derrota) o puede declarar por terminadas las guerras de Bush, y traer todas las tropas a casa, ahora. Eso es lo que un verdadero hombre de paz haría. No hay nada malo en que Usted haga lo que el último tipo no pudo hacer- la captura del hombre o los hombres responsables de los asesinatos en masa de 3.000 personas el 9/11-. PERO NO PUEDE HACERLO CON TANQUES Y TROPAS. Usted está persiguiendo a un criminal, no a un ejército. Usted no utiliza un cartucho de dinamita para deshacerse de un ratón. Los talibanes son otra cosa. Eso es un problema que debe resolver el pueblo de Afganistán -como hicimos nosotros en 1776, los franceses en 1789, los cubanos en 1959, los nicaragüenses en 1979 y la población de Berlín Este en 1989- Una cosa es cierta, todas las revoluciones llevadas a cabo por personas que desean ser libres, en última instancia, tienen que lograr la libertad por sí mismos. Otros pueden ser solidarios, pero la libertad no puede entregarse desde el asiento delantero del Humvee de otra persona.
Ahora usted tiene que finalizar nuestro involucramiento en Afganistán. Si usted no lo hace, no tendrá otra opción que devolver el premio a Oslo.
Saludos, Michael Moore
P.D. Su oposición ha pasado la mañana atacándolo por traer esa buena voluntad a nuestro país. ¿Por qué ellos odian tanto a los Estados Unidos?
Me da la impresión de que si ud descubriera la cura contra el cáncer esta tarde ellos lo hubieran estado denunciando por destruir la libre empresa, porque los centros de cáncer tendrían que cerrar. Hay otros que dicen que Ud. no ha hecho nada todavía para merecer este premio. En lo que a mí me concierne, el solo hecho de que ud se haya ofrecido para caminar en un campo minado de odio y tratar de deshacer el daño irreparable que el último presidente causó no solo es apreciado por mí y por millones, sino también un acto de verdadero coraje. Por eso ud obtuvo el premio. El mundo entero depende de EE.UU y de Ud. para literalmente salvar este planeta. No los defraude.
Tomado de www.michaelmoore. com
http://cambiosencub a.blogspot. com/2009/ 10/mensaje- de-michael- moore-obama. html
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Parabéns e críticas inundam a internet por causa do Nobel de Obama
A inesperada premiação do presidente Barack Obama com o Nobel da Paz desatou uma verdadeira enxurrada de felicitações e críticas na internet, principalmente nas redes sociais.
As comunidades no Facebook celebrando o acontecimento surgiram poucos minutos depois do anúncio, assim como uma chamada "Obama não merece o Prêmio Nobel" foi aberta por um usuário na Suíça, e em pouco tempo contava com 240 membros.
Três dos dez temas mais evocados no Twitter estavam relacionados com o anúncio e alguns dos usuários deram as boas-vindas à escolha do Comitê Nobel, enquanto outros debochavam dela.
"Parabéns, presidente Obama, por ganhar o Prêmio Nobel da Paz! Você enchou o mundo de eesperança e deve fazer com que a paz aconteça", afirma ''MMFlint''.
Mas uma grande quantidade de usuários expressou seu ceticismo quanto a um prêmio considerado prematuro.
"Obama ganhou o Nobel da Paz? Eu votei nele, mas o que ele fez de verdade? Há muito mais pessoas que mereciam isso", comenta ''StephanieJeanXO''.
As brincadeiras inevitáveis também são muitas.
"Obama ganhou um milhão de dólares pelo Prêmio Nobel, mas pediu para ser pago em euros", afirma ''jtsmith24''.
"George W. Bush foi tão ruim que os noruegueses deram o Prêmio Nobel da Paz a Obama só por ele ser presidente", escreve ''JoshFlaum''.
Obama, por sua vez, escreveu em seu Twitter apenas uma palavra: "honrado".
Fonte: Diário do Grande ABC
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Nobel da Literatura para romeno-alemã Herta Müller
http://bit.ly/fKyvF by Diário de Notícias PT
por LusaHoje
A romeno-alemã Herta Müller foi galardoada com o Nobel da Literatura, prémio anunciado às 12h pela Academia Sueca.
Müller nasceu em 1953, na cidade romena Nitzkydorf, na região de Banat, e vive actualmente em Berlim. Foi distinguida por uma obra que "com a concentração da poesia e a franqueza da prosa, pinta as paisagens dos desfavorecidos".
Aos 56 anos, tem publicados em Portugal, pelo menos, as obras "A terra das ameixas verdes" e "O homem é um grande faisão sobre a terra".
A última vez que um autor alemão foi distinguido com o Nobel foi em 1999, quando a academia premiou Gunter Grass.
O prémio será entregue a Herta Müller a 10 de Dezembro em Estocolmo
A laureada com o Nobel da Literatura 2009, Herta Müller, nasceu a 17 de Agosto de 1953 na cidade romena Nitzkydorf, na região de Banat, e vive actualmente em Berlim.
Proibida de publicar na Roménia por ter criticado publicamente o regime de Ceausescu, a escritora emigrou em 1987 para a Alemanha com o marido, o poeta Richard Wagner, também nascido naquela região romena.
Em 2009, Herta Müller publicou o romance Atemschaukel, na editora Hanser de Munique. Trata-se do 19.º livro publicado, entre romances, contos e ensaios.
O pai prestou serviço nas Waffen SS, a tropa de elite chefiada por Himmler na II Guerra Mundial.
Muitos romeno-alemães foram deportados para a então União Soviética em 1945, incluindo a mãe de Herta que passou cinco anos num campo de trabalho na actual Ucrânia. De 1973 a 1976, estudou literatura alemã e romena na Universidade de Timisoara, na Roménia, fez parte do Aktionsgrupp Banat, um círculo de jovens germanófonos de oposição ao regime de Ceausescu que defendiam a liberdade de expressão.
Depois de terminar os estudos, trabalhou como tradutora numa fábrica de máquinas de 1977 a 1979. Foi despedida por se ter recusado a ser informadora da polícia secreta, o que lhe valeu ser perseguida pela Securitate.
Müller começou a publicar com a colecção de contos Niederungen (1982), censurada na Roménia. Dois anos depois, publicou uma versão não censurada na Alemanha e, no mesmo ano, Drückender Tango, na Roménia. Nestes dois trabalhos, Müller descreve a vida numa pequena aldeia germanófona, marcada pela corrupção, a intolerância e a repressão.
A imprensa romena criticou negativamente estes trabalhos que foram muito bem recebidos pela crítica alemã. Por ter criticado publicamente a ditadura romena, foi proibida de publicar no seu país, Herta abandonou o país com o marido, o poeta Richard Wagner, também ele romeno-alemão.
Desde que, em 1984, foi distinguida com o Prémio Aspekte, Herta Müller tem acumulado galardões sobretudo na Alemanha. Em 1995, recebeu o prémio europeu de literatura Aristeion e foi eleita para a Academia Alemã para Língua e Poesia. Em 1998, recebeu o prémio irlandês IMPAC, no ano seguinte o Prémio Franz Kafka. Em 2003, o prémio Joseph Breitbach de literatura alemã, em 2004 o prémio de literatura da Fundação Konrad Adenauer e, em 2006, o Prémio Würth de literatura europeia.
Tags: Artes, Livros
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Sobre o romance 'Roliúde':
Ouvindo a crítica ao vivo
Pedro Rodrigues/Vetor Cultural
Cássio Cavalcante, da UBE, HF, Luiz Carlos e Cristhiano
Cristhiano Aguiar:
(Escritor, crítico e mestrando em Teoria da Literatura (UFPE), editor da revista Crispim).
Sobre o romance 'Roliúde':
1) A pertinência de refazer a história através da vida das camadas populares: a literatura nos faz viver os dramas humanos de maneira mais próxima do que a maior parte das modalidades de historiografia, portanto é interessante ver como Bibiu é um personagem do povo que revela como sentiu as transformações na sociedade brasileira nos processos de modernização do século XX;
2) Roliúde reafirma a validade de contar histórias e nos lembra que não existe apenas um tipo de memória, porém memórias (equivalentes às tantas dicções sociais possíveis);
3) A boa ideia de cruzar cultura popular e cultura de massa e mostrar que a primeira é maleável e dialoga com a segunda;
4) A importância de afirmar que Roliúde, assim como Galiléia, ou Dois Irmãos, não é regionalista, a não ser que se entenda regionalista como sinônimo de "romance de imaginário rural". Um conceito mais preciso de regionalismo implica em dizer que ele trata-se de um projeto estético e ideológico que vincula uma determinada região do país como componente fundamental da "alma nacional". Não me parece o caso de nenhum dos romances citados.
Sobre 'A Vida É Fêmea', contos:
1 - A vida é fêmea – Uma grata surpresa, pois só conhecia os textos jornalísticos e o romance Roliúde. Contudo, não posso deixar de ser sincero e afirmar que é um livro que indica um processo de maturidade, que já se encontra bem resolvido em Roliúde e certamente alcançará um maior amarração no próximo livro de Homero. Ler o trecho destacado na página 53.
2 - O caráter investigativo da obra de Homero – A vida é fêmea parece ser movido pelo mesmo impulso investigavo de outros livros de Homero. Assim como os livros de não ficção Pernambucania e Viagem ao planeta dos boatos, a ficção de Homero Fonseca partilha desta vontade investigativa. Em Roliúde, temos, por exemplo, a investigação dos impactos da modernização do Brasil na primeira metade do século XX e os seus impactos na cultura popular; no caso de A vida é fêmea, a investigação dos meandros da alma feminina e do feminino, mas a partir de um prisma peculiar.
3 - Lipovetsky e Luc Ferry – Que prisma seria esse? O fim daquilo que os dois filósofos franceses chamam de Era Sacrificial. Nos livros O homem-Deus e A era do vazio, ambos explicam que o nosso individualismo, que parece ser a marca do tempo contemporâneo, implica que não estamos mais dispostos a abrir mão de nós mesmos em prol de ideais tais como A Razão, Deus, A Nação. Isto parece bem ilustrado nas personagens de Homero, cuja tônica é justamente a investigação do feminino a partir da liberação contemporânea do desejo sem culpas. Este contexto permite também escancarar o feminino que atravessa as masculinidades. Veja, por exemplo, um dos melhores contos do livro, Da arte de ser mulher, no qual há uma ambiguidade sobre o gênero do narrador que só se revela ao final da narrativa.
4 - Sexo – É por esta investigação de vidas no fim da Era Sacrificial, que temos a tônica do sexo, revelado em suas ambiguidades e conflitos. No conto Lilás, por exemplo, temos uma personagem em conflito para abandonar a culpa da Era sacrificial e exercer a sua plena sexualidade: p.67. Neste sentido é que o caráter investigativo da literatura de Homero nos revela o sexo em tórridos detalhes, inscrevendo o livro na tradição da literatura pornográfica (linguagem que se contenta com o corpo enquanto limite) e erótica: é o exercício do corpo que nos dá uma mostra da reescritura das identidades, neste início de século XXI, e a intenção de revelar esta transformação em sua intimidade é o que justifica o uso da segunda pessoa, no lugar das tradicionais primeira, ou terceira.
Luiz Carlos Monteiro:
(Graduado em Letras, mestre em Teoria da Literatura pela UFPE, poeta, ensaísta e crítico literário.)
Sobre 'A Vida É Fêmea':
Título
1)Afirmativo, centrado no presente;
2)irônico, pelo óbvio que indica (todos nasceram e nascem de fêmeas)
3)traduz exatamente o que o autor quis expressar: o presente diferenciado que caracteriza a transitação feminina no mundo urbano, a desenvoltura que cada vez mais as mulheres externam.
Tipo de narrativa
a)Contos que podem ser lidos de modo independente uns dos outros, a depender da escolha do leitor;
b)podem ser lidos também numa sequência normal, linear e lógica de leitura;
c)quando juntos em bloco, sugerem certa unidade temática que os amarra entre si, tendo a mulher como eixo central;
d)monotemáticos, cujos desfechos (ou a falta deles, que incomoda e desconcerta o leitor) vão se acumulando até formar um todo que espelha a complexidade narrativa que os norteia e identifica em algo maior. Pode-se pensar em “romance disfarçado” ou “novela dissimulada” num corpo de narrativas breves.
Diálogos, personagens
a)Todo o exterior é captado pelos diálogos entre mulheres e homens, embutidos em meio ao desenrolar da prosa; os diálogos pouco se interrompem e aparecem internamente aos parágrafos;
b)os diálogos se processam com a rapidez dos nossos dias, urgentes como a pressa da vida urbana; e se transformam posteriormente no Grande Diálogo que une os textos, estabelecendo seu sentido narrativo comum e acumulado; são unidos também pelo fio temático que contempla a condição feminina a se afirmar num mundo hostil, machista e preconceituoso
c)b) o narrador flagra, sem piedade, o homem e a mulher do jeito que eles são: entre o glamour e as fraquezas e fragilidades inerentes a eles, entre a aparência imperativa e segura que externam e a precariedade dos defeitos e misérias aflorantes.
d)Os personagens têm nomes eventuais, ocasionais e soltos em cada narrativa breve, que às vezes se entrecruzam em textos anteriores ou posteriores;
e)há narrativas em que os personagens podem aparecer inominados;
f)o narrador está ocultado e dirige-se principalmente a um “Você”, eliminando toda possibilidade de figuração dos textos em primeira pessoa;
g)o ficcionista se distancia de sua criatura mulher, ao mesmo tempo que expõe, analisa, disseca e desvenda as intimidades de sua personagem, que é uma e todas as mulheres, que é a mulher na busca de emancipação sexual e profissional, efeito que se multiplica e se estende a todas as mulheres;
h)no cenário essencialmente urbano do livro, as relações entre homens e mulheres se elastecem, fazendo crescer as possibilidades dos encontros agendados ou fugazes e dos espetáculos noturnos que as cidades oferecem; em tal cenário urbano proliferam os objetos externos da civilização e da cultura, da ostentação e do consumismo em lugares como casas, bares, aeroportos, cinemas;
i)a mulher assume facetas diversificadas e ramificações sensuais de sua persona, a depender do parceiro com o qual se envolve – desde o taxista que estuda Belas Artes ao cientista famosos e agressivo; do triângulo amoroso formado com dois amigos próximos ao marido que, ao reconhecer que faz o papel de “Amélia” na relação, rompe o casamento; do executivo que a assedia no local de trabalho ao conde aventureiro e imaginário na Londres de fins do século XVIII.
Arremate - O mundo urbano objetivo e veloz da vida contemporânea explicita e recupera o intimismo franco, liberado e sensual da mulher (ou das diversas mulheres) que atravessam as narrativas (que também podem se expandir numa só narrativa). É nos meandros desse mundo ramificado, despersonalizado e competitivo que se realiza a eficácia e o alcance do texto de A vida é fêmea.
Sobre 'Roliúde':
1)Roliúde é um grande tributo à arte de contar histórias, ao desempenho da fala e da linguagem popular, à conversação e à dicção destrambelhada do mundo aventureiro,representado no romance por Biibiu.
2)O personagem de Homero difere, por exemplo, na forma de expor a linguagem popular, do personagem Leonardo de Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antonio de Almeida, publicado em folhetim entre 1852 e 53.
3)Leonardo é levado também pelas circunstâncias, pelas situações inesperadas, embora não tenha a locução encantatória e desenfreada de Bibiu. Ambos são malandros, mas o malandro do século XIX é mais calado, ladino, inescrupuloso, apesar de viver na pele ambígua do herói que respeita as regras e leis do regime monárquico. Contudo, está sempre em confronto com tais injunções, voluntariamente ou não, no Rio de Janeiro daquela época.
4)Roliúde, apesar de situar-se mais frequentemente em cidades pernambucanas, é um romance que fala sobre várias cidades e países do mundo. Existem numerosas referências a fatos e acontecimentos históricos que o texto lembra e expõe.
5)Os fatos chegam vivos, dinâmicos, como se estivessem acontecendo no presente. Isso tudo é mérito da fala de Bibiu, que é capaz de dar nova dimensão aos fatos, de modificá-los e transformá-los de acordo com sua visão e verve.
6)O ficcionista transmite voz a Bibiu através de uma dicção que revela o extraordinário da narrativa. Narrativa que mostra-se ampla sem esquecer o detalhe, que mostra um imenso painel de acontecimentos mundiais e ao mesmo tempo as emoções, desacertos e conquistas do personagem central. Tudo isso é elaborado a partir da contação de histórias de filmes hollywoodianos.
http://www.interblogs.com.br/homerofonseca/post.kmf?cod=8935735
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