REDES

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

China asegura que la renuncia de Spielberg es pura retórica


China asegura que la renuncia de Spielberg es pura retórica
JOSE REINOSO - Pekín -


Vota Resultado 1 votos
El Gobierno chino aseguró ayer que lamenta la decisión del director de cine estadounidense Steven Spielberg de renunciar a su papel como consejero artístico en los Juegos Olímpicos de Pekín, que se celebrarán el próximo agosto, pero contraatacó diciendo que detrás de las críticas que han surgido a su papel en la crisis de Darfur (Sudán) hay "motivos ocultos". Spielberg anunció el pasado martes que su conciencia no le permite seguir participando en el diseño de las ceremonias de apertura y clausura porque, tras un año de intentos, no ha logrado que Pekín modifique su postura sobre el conflicto sudanés.

La noticia en otros webs
webs en español
en otros idiomas
"Es comprensible que alguna gente no entienda la política de China en Darfur, pero me temo que algunas personas tienen motivos ocultos, y no podemos aceptar esto", afirmó Liu Jianchao, portavoz del Ministerio de Exteriores. "La retórica simple no ayudará". Liu insistió en que Pekín está colaborando con Naciones Unidas para resolver el conflicto, que ha provocado al menos 200.000 muertos y 2,5 millones de desplazados desde 2003.

El portavoz aseguró que las empresas chinas que operan en el país africano tienen un papel constructivo, hacen donativos y ayudan al desarrollo, por ejemplo perforando pozos de agua. Spielberg disiente. "Mientras los representantes chinos me han hecho llegar que están trabajando para poner fin a la terrible tragedia de Darfur, la sombría realidad es que el sufrimiento no disminuye", ha dicho. China compra dos tercios del petróleo sudanés, es uno de sus principales suministradores de armas, y se ha erigido en su defensor ante el Consejo de Seguridad.
by el pais

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Associação divulga lista com 25 melhores documentários de todos os tempos

O pOder da cultura dos continentes dominantes é isto quase que 50% para os Eua e o restante Europa,com destque para a frança e alemanha pacv


Associação divulga lista com 25 melhores documentários de todos os tempos
Da Redação
A Associação Internacional de Documentários (International Documentary Association, IDA) divulgou recentemente uma lista com os 25 maiores documentários de todos os tempos.


Cena de "Basquete Blues", considerado o melhor documentário de todos os tempos
O QUE VOCÊ ACHOU DA LISTA?
Segundo Francisco César Filho, cineasta e um dos selecionadores do Festival Internacional de Documentários, o ponto positivo é a ocorrência tripla dos irmãos Albert e David Maysles na lista, com o histórico "Gimme Shelter", sobre os Rolling Stones.

Ainda de acordo com "Chiquinho", o destaque negativo é a escassez de títulos não-americanos: há apenas um filme de Alain Resnais e outro de Wim Wenders entre os votados - o filme de Werner Herzog, "O Homem-Urso", é uma produção americana.


1. "Basquete Blues" (Hoop Dreams) - Steve James, 1994
2. "A Tênue Linha da Morte" (The Thin Blue Line) - Errol Morris, 1988
3. "Tiros em Columbine (Bowling for Columbine) - Michael Moore, 2002
4. "Spellbound" - Jeffery Blitz, 2002
5. "Harlan County, Uma Tragédia Americana" (Harlan County, USA) - Barbara Kopple, 1976
6. "Uma Verdade Inconveniente" (An Inconvenient Truth) - Davis Guggenheim, 2006
7. "Crumb" - Terry Zwigoff, 1994
8. "Gimme Shelter" - Albert Maysles, David Maysles & Charlotte Zwerin, 1970
9. "Sob a Névoa da Guerra" (The Fog of War: Eleven Lessons from the Life of Robert S. McNamara) - Errol Morris, 2003
10. "Roger e Eu" (Roger and Me) - Michael Moore, 1989
11. "Super Size Me - A Dieta do Palhaço" (Super Size Me) - Morgan Spurlock, 2004
12. "Don't Look Back" - D. A. Pennebaker, 1967
13. "Salesman" - Albert Maysles, David Maysles & Charlotte Zwerin, 1968
14. "Koyaanisqatsi: Vida em Desiquilíbrio" (Koyaanisqatsi: Life Out of Balance) - Godfrey Reggio, 1982
15. "Sherman's March" - Ross McElwee, 1986
16. "Grey Gardens" - Albert Maysles, David Maysles, Ellen Hovde & Muffie Meyer, 1975
17. "Na Captura dos Friedmans" (Capturing the Friedmans) - Andrew Jarecki, 2003
18. "Born into Brothels: Calcutta's Red Light Kids" - Ross Kauffman & Zana Briski, 2004
19. "Titticut Follies" - Frederick Wiseman, 1967
20. "Buena Vista Social Club" - Wim Wenders, 1999
21. "Fahrenheit 9/11" - Michael Moore, 2004
22. "Migração Alada" (Le Peuple Migrateur / Winged Migration) - Jacques Perrin, Jacques Cluzaud e Michel Debats, 2001
23. "O Homem Urso" (Grizzly Man) - Werner Herzog, 2005
24. "Noite e Nevoeiro" (Nuit et Brouillard / Night and Fog) - Alain Resnais, 1955
25. "Woodstock: Onde Tudo Começou" (Woodstock) - Michael Wadleigh, 1970

domingo, 3 de agosto de 2008

DOMENICO CLABRONE CAIXEIRO VIAJANTE ESCULTURA RETIRADA DA A V PAULISTA -


EM FRENTE AO SESC-AV PAULISTA- ESTAVA OCAIXEIRO VIAJANTE , RETIRARAM PARA O PARLAMENTO DE SÃO PAULO, PORQUE?
MAIS UMA VEZ CONFINAM-SE OBRAS E O MUSEU AO VIVO EMPOBRECE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

PAPO PINGA PETISCO, São Paulo, SP e lembrança de Elis



Eu recomendo excelente presença de pessoas legais, cabeça, papo cabeça,tranquilo, boa comida, boas pingas, excelente atendimento.PACV


PAPO PINGA PETISCO, São Paulo, SP
Letícia Lins · São Bernardo do Campo (SP) · 6/12/2006 11:37 · 84 votos · nenhum ·
1
overponto Um bar aconchegante, com mesas na rua e um sebo nos fundos, a decoração é nostalgica, com geladeiras antigas e muitas quinquilharias, cada vez que você for vai ver algo novo nas paredes ou no teto, a trilha sonora é garantida pelos CDs e LPs usados do sebo, claro que a pinga e o petiscos são garantidos.

Esdras -o dono- começou com uma loja de antiguidades, que depois se transformou em pizzaria. Mas o sucesso chegou mesmo com o simpático bar Papo, Pinga e Petisco, inaugurado em 2001.

"Aqui funcionava a boate Djalma's, que foi o primeiro lugar onde a Elis Regina cantou em São Paulo", orgulha-se o dono do bar.

"Cheguei aqui há cerca de 15 anos. A praça era muito diferente. Tinha muito mais violência e a iluminação pública era deficiente", lembra Esdras Vassalo.







onde fica
Praça Franklin Delano Roosevelt, 118
Seg a Qui, das 18h à 0h30. Sex e Sáb, das 18h às 2h30.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Com morte de Artur da Távola, música erudita perde aliado



A perda de Artur ou Paulo como quisermos deixa uma brecha enorme, na sobriedade , caráter, cultura e simplicidade, na política, e na música .








Com morte de Artur da Távola, música erudita perde aliado
Publicidade
da Folha Online

O jornalista e ex-senador Artur da Távola morreu nesta sexta-feira aos 72 anos no Rio de Janeiro. Ele ficou conhecido por apresentar programas sobre música erudita. O jornalista era presidente da rádio Roquette Pinto, emissora pública do Estado do Rio de Janeiro.

Artur da Távola era o pseudônimo de Paulo Alberto Monteiro de Barros.

29.dez.00/Alexandre Campbell/Folha Imagem

Jornalista Artur da Távola, grande divulgador da música erudita, morreu aos 72 anos no Rio
Ele também apresentou na emissora, cuja freqüência é 94,1 FM RJ, o programa dominical "Esta Bossa Sempre Nova" e "Mestres da Música". Ele também apresentou e produziu "Vida e Obra de Rachmaninoff" às quintas-feiras.

Na rádio Senado, Távola veiculou o "Música do Brasil" e "Crônica Musical". Na rádio Cultura FM ele apresentou o "Música Clássica com Artur da Távola" aos domingos.

Távola também foi responsável pelo elogiado programa "Quem Tem Medo da Música Clássica?", na TV Senado, onde ele comentava a obra, o contexto histórico e a vida de uma série de compositores eruditos.

Além de seu trabalho com a música, Távola também era escritor. Em seu site, é possível encontrar alguns de seus poemas e de suas crônicas.

Em seu blog, o jornalista chegou a comunicar que estava doente e não iria continuar escrevendo.

Lula critica "letrados" que não investiram em políticas de alfabetização

O Sr. Presidente persiste em culpabilizar o passado,mas não se atem, ao presente
da enfermidade que assola o ensino público brasileiro; Isto sim é alarmante, e o mesmo não dá respostas a atualidade.O problema é grave e se estende de norte a sul de leste a oeste.O ensino Superior é outro retrato fatídico da privatização do ensino no país em que os matenedores pintam e bordam com o aval do Sr Ministro.Mestres e Doutores ja nao são absorvidos pela rede pública e muito menos pela privada,e quando o fazem reduzem o valor hora aula para estes.Onde está a lei que obriga a contratação de mestres e doutores em um terço do quadro?pacv



Lula critica "letrados" que não investiram em políticas de alfabetização
Publicidade
colaboração para a Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condicionou nesta terça-feira a ausência de políticas de alfabetização no Brasil ao um "jeito de ver o país". Para Lula, isso deu-se por negligência de governantes anteriores que não teriam investido na erradicação do problema no país.

"Um grande país que há muito tempo já poderia ter sido construído não fosse a falta de visão de muitos dos nossos governantes", disse Lula durante discurso da cerimônia de formatura de alunos do programa "Todos pela alfabetização", em Salvador (BA).

"Tudo isso poderia ter sido resolvido há 40 anos, 50 anos, 60 anos... Afinal de contas esse país foi governado por muita gente letrada. O primeiro que não tem diploma universitário sou eu. Todos foram doutores que governaram esse país. Em uma demonstração de que não era ignorância não, era o jeito de ver o país: 'Tem uma parte da sociedade que não sabe ler mesmo, então deixa para lá'", afirmou Lula.

Lula disse ainda que a ações limitavam-se às crianças. "Para quê alfabetizar adultos? Vamos tentar alfabetizar só as crianças". Como se as pessoas que não tiveram oportunidade e estão com vinte, trinta, quarenta anos fossem obrigadas a ficar segregadas na ignorância porque o estado achava que elas não tinham mais jeito."

O presidente afirmou ainda que encontrou funcionários analfabetos tanto no Palácio do Planalto e como na Granja do Torto, quando assumiu a Presidência.

O programa "Todos pela alfabetização" conta recursos do Ministério da Educação e do governo da Bahia. Concentra-se em jovens a partir de 15 anos, adultos e idosos.

MEC criará novos conceitos para avaliar curso superior

/08/2008 - 09h25
MEC criará novos conceitos para avaliar curso superior
Publicidade
ANGELA PINHO
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O Ministério da Educação vai criar dois novos conceitos para avaliar a educação superior. Eles servirão de base para sanções ou medidas de melhoria em cursos e instituições com desempenho ruim. Haverá ainda redução das avaliações de especialistas in loco --só os cursos considerados deficientes terão obrigatoriedade de visita.

O primeiro novo indicador é o Conceito Preliminar dos Cursos de Graduação. Ele será calculado a partir de uma média ponderada entre a nota do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), o IDD (Indicador de Diferença de Desempenho) e os insumos do curso --recursos pedagógicos, infra-estrutura e qualificação dos docentes.

O conceito será de 1 a 5. Segundo o Inep (instituto de pesquisas ligado ao MEC), 1 e 2 corresponderão a cursos sem condições de funcionar. Ainda em estudo pelo Inep, o Conceito Preliminar da Instituição, o segundo novo conceito do MEC, permitirá uma comparação entre universidades, faculdades e centros universitários.

A importância da Comunicação na Difusão do Livro e da Leitura


Confira nossa programação para 2008

(11) 3069-1300
R. Cristiano Viana, 91, Pinheiros - São Paulo




A importância da Comunicação na Difusão do Livro e da Leitura.
Conteúdo:Tópicos:
- Desafio da comunicação no tempo real !
- Pilares da comunicação: credibilidade;relevância e significado
- A comunicação que informa,forma e transforma
- A estratégia da comunicação e a comunicação da estratégia
- Comunicação como processo educacional
- Dilema: convicção X conveniência
Palestrante(s): Carlos Parente

Data do curso: 17/09/2008 19h30 às 21h30
Data limite para inscrição - 16/09/2008

Mercado editorial Ibero-americano vai debater o livro como fator de desenvolvimento

Representantes do mercado editorial e do setor livreiro estarão reunidos de 11 a 13 de agosto, em São Paulo, para o 7o Congresso Ibero-americano de Editores. O evento terá como objetivo discutir a importância do livro como agente indispensável no processo de desenvolvimento econômico e social dos países ibero-americanos.
O tema central do Congresso, organizado pelo Grupo Ibero-americano de Editores (GIE) em parceria com a Câmara Brasileira do Livro (CBL), é “O Livro, a Leitura e a Construção da Cidadania”. Estarão presentes editores de todos os países ibero-americanos, responsáveis por políticas do livro e da leitura, escritores, agentes culturais e profissionais do setor livreiro ibero-americano em geral.
O programa do Congresso inclui conferências sobre questões como “Expansão do mercado editorial no século XXI”, “Novas tecnologias e direitos do autor” e “Educação e tecnologia para o crescimento das nações”. Além disso, estão programadas três mesas-redondas, que vão debater os temas “Panorama do Mercado editorial Ibero-americano”, “Desenvolvimento econômico e social através do livro e da leitura” e “O livro e a leitura na construção da cidadania”.
Entre os palestrantes convidados, alguns já confirmaram presença no evento, como o ministro da Cultura da Espanha, César Antonio Molina, a presidente do Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e Caribe (CERLALC), Isadora de Norden, a presidente da International Publishers Association (IPA), Ana Maria Cabanellas, o presidente da Federação de Grêmios de Editores da Espanha, Jordi Ubeda, o diretor geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas do Ministério da Cultura da Espanha, Rogelio Blanco, além do presidente do Grupo Ibero-americano de Editores (GIE), Gonzalo Arboleda Palácio, e Sônia Machado Jardim, presidente eleita do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) para o mandato 2008-2011.
A abertura oficial do evento acontece no dia 11 de agosto no Memorial da América Latina, quando também serão realizadas as eleições para o próximo mandato do GIE. As conferências e mesas-redondas serão realizadas no Hotel Holiday Inn Parque Anhembi nos dias 12 e 13 de agosto.
O valor das inscrições é de R$ 500 (residentes no Brasil) e US$ 250 (residentes no exterior). Mais informações pelo telefone 55 11 3069-1300 ou no e-mail congresso@cbl.org.br

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Calçada da Av Paulista e suas fruteiras 2008


















Como morador da Avenida, quero parabenizar os arquitetos responsaveis pela calçada, e o repensar do seu mobiliário urbano, da mesma.Tivemos um alargar da avenida, com uma visão mais limpa, e aberta para o dimensionamento da mesma  para o seu conjunto arquitetônico, assim como, uma elasticidade no passeio dos pedestres.

Agora um crime que há que se  registrar: é a retirada das fruteiras da avenida que eram compostas entre outras : por goiabeiras, pitanga, limão, laranja.
Uma pena!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sábado, 26 de julho de 2008

Internacional El huracán Ingrid sorprende al mundo


BY EL PAIS
Internacional El huracán Ingrid sorprende al mundo
Betancourt ha pasado de la selva a los Campos Elíseos con un 'glamour' que los siete años de secuestro en manos de las FARC no le han robado. Francia la honra y se pone a sus pies
JUAN JESÚS AZNÁREZ 26/07/2008


Vota Resultado 37 votos Comentarios - 25
Durante los frecuentes quebrantos emocionales del cautiverio, cuando los padecimientos y el desconsuelo hundieron su ánimo, Ingrid Betancourt pensó a diario en el suicidio, según propia confesión. La evocación de su madre y de sus dos hijos, el convencimiento de que la necesitaban, impidieron que se quitara la vida en la prisión selvática de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC), que la secuestró el 23 de febrero de 2002, cuando se adentró imprudentemente en tierras de esa guerrilla. La impecable operación militar del pasado 2 de julio la rescató del horror, junto a otros 13 secuestrados. La mañana de la liberación, saltó tan fuerte y tan alegremente en la cubierta del helicóptero que la devolvía a casa que la nave estuvo a punto de capotar, según su festivo recordatorio. Ingrid, de 47 años, abandonó la jungla y el cuenco para instalarse en el glamour de París, en los ambientes diplomáticos que le son propios desde sus años fáciles y adolescentes en la residencia de la calle Fox de sus padres: en el lujo si lo quisiera, entre el refinamiento intelectual y las porcelanas chinas de la burguesía ilustrada. Aunque lejanamente, emparenta con la dinastía Bettencourt, una de las primeras fortunas de Francia y dueña del grupo de cosméticos L'Oréal. Ahora, más de tres semanas después de su regreso a la vida, reflexiona sobre el futuro: "No sé qué haré; pero quiero ayudar".

La noticia en otros webs
webs en español
en otros idiomas
"La primera noche en París dormimos los tres juntos. Me volteaba en la cama y abrazaba a mi hija, iba al otro lado y abrazaba a mi hijo"

Algunos guerrilleros la filmaban mientras hacía sus necesidades, y luego se masturbaban. Otros la intentaron violar
La impetuosa efusividad de Ingrid Betancourt el día de la liberación, los abrazos y botes, los atropellados agradecimientos, el incontrolable llanto, la catarsis emocional de la mujer retornada a la vida no sorprendieron a los militares que la acompañaron en el vuelo hacia la libertad. La euforia era entendible porque el sufrimiento había sido extremo. Durante los seis años y cinco meses de cautiverio, la ex candidata presidencial del Partido Verde Oxígeno (izquierda) había sido maltratada física y psicológicamente, reducida a la condición de un animal encadenado. "Si quiere hacer sus necesidades, hágalas aquí, enfrente de mí", la intimidó un carcelero. El ensañamiento guerrillero y la dolosa burricie de otros secuestrados, que quisieron violarla, la pusieron a prueba. Conoció las miserias de la condición humana, pero lo peor fue el fallecimiento de su adorado padre sin verla libre. "Aquí vivimos muertos", escribió a su familia.

El pasado 30 de noviembre, las fotografías de la pieza más valiosa de las FARC dieron la vuelta al mundo. Cabizbaja, flaca, abatida, con una melena de años cubriéndole el pecho, era la viva estampa de La Dolorosa. No comía, ni quería hacerlo. Su madre, Yolanda Apulecio, temió que la muerte le pareciera una opción dulce porque los párpados entornados y tristes de su hija, su lúgubre ensimismamiento, parecían convocarla. Pero Ingrid no murió: apenas una hepatitis B y las secuelas de la malaria. Resucitó lúcida y coherente, arrebatada místicamente, soltando adrenalina a chorros. Brincó en el helicóptero, brincó en Bogotá y brinca en París, donde departe con presidentes, ex presidentes, diputados, diplomáticos, periodistas, alcaldes o artistas. La mujer acostumbrada a la cubertería de plata y a la campanilla del servicio retomó los Campos Elíseos y el alto copete; rezó en el santuario de Lourdes, recibe ofertas cinematográficas y editoriales, y devora la vida. No descarta ser presidenta de Colombia.

"Ingrid Betancourt forma parte del grupo de líderes que consideran que, ellos solos, son capaces de cambiar el mundo; el resto son complementos", dice Eduardo Chávez, que trabajó con la ex secuestrada, codo a codo, cuatro años (1998-2002). El torbellino franco-colombiano mantiene intactas su inteligencia política y su habilidad para construir mensajes. "Es una comunicadora por excelencia", agrega Chávez, director de una revista de ecología. "No sólo le presta atención al lenguaje, sino también a los gestos, a los movimientos. Eso lo sabe hacer muy bien". La selva, opina, perfeccionó sus capacidades porque tuvo mucho tiempo para pensar, estructurar y articular ideas. "La Ingrid de antes era de reacciones más fogosas. Ahora piensa más en las consecuencias de sus palabras". Pero no hay falsedad en su discurso, inoculado por su padre, el conservador Gabriel Betancourt, que fue ministro de Educación en el Gobierno del general Gustavo Rojas Pinillas (1953-1958) y embajador. "El Estado es para servir y defender a los pobres; los ricos ya tienen quien los defienda", le repetía a su hija.

La noche de su llegada a la capital francesa, el pasado 4 de julio, a bordo de un avión del presidente francés, Nicolas Sarkozy, durmió en la misma cama de sus dos hijos, Melanie y Lorenzo, de 22 y 20 años. Necesitaba sentirlos, estrujarlos. "Me volteaba a la izquierda y abrazaba a uno; me volteaba a la derecha y abrazaba al otro". Siempre fue así: apasionada, tozuda, vitalista, caprichosa a veces. Irrumpió en la política colombiana repartiendo condones contra el contagio de la corrupción, y denunciando en el Congreso a los diputados vinculados al cartel de Cali. La sacaron del hemiciclo casi a rastras. Su carácter no parece haber cambiado mucho. Quiere comerse el mundo y es lógico su apetito, según explica Lucía Nieto, psicóloga de la Fundación País Libre, que apoya a las víctimas del secuestro en Colombia. "Está en la etapa de la euforia, de aprovechar al máximo la alegría de sentirse en libertad. Esa hiperactividad es coherente con una mujer que tiene y ha tenido su liderazgo".

Un periodista español que la escuchó en el telediario de las nueve de la noche de France 3 la encontró "como recién salida de la ducha, arrolladora". Incansable e iluminada, cautivó a Francia, cuya nacionalidad adquirió al casarse con el diplomático Patrice Delloye. Protagonista de la vida política gala, ha sido instrumentalizada por unos y otros, aunque a veces supo imponer su voluntad. Sarkozy y su esposa, Carla Bruni, la recibieron en el aeropuerto; el Elíseo le ofreció una recepción, y le impuso la Legión de Honor. Su retrato colgaba del Ayuntamiento. La multitud que la escuchó junto al alcalde, el socialista Bertrand Delanoë, comparó su liberación con la caída del muro de Berlín.

Alojada en los lujosos hoteles Meurice, Raphael y Fouquet's, todos grand palace, Ingrid Betancourt se entrevistó con el secretario general de la ONU, Ban Ki-moon; acudió al Senado, que la ovacionó; también los diputados. Visitó al ex presidente Jacques Chirac, que le dijo: "Usted ha creado en torno a su persona la unanimidad del corazón y el espíritu". Francia rendida a sus pies, enganchada. ¿Por qué? El periodista Jacques Thomet, autor del libro ¿Historia del corazón o razón de Estado?, sostiene que parte del interés oficial francés arranca de la supuesta relación sentimental, amorosa, entre la joven alumna bogotana Ingrid y su profesor de Ciencias Políticas el año 1981, el que había de ser titular de Exteriores y primer ministro Dominique de Villepin. El ex director de la agencia France Presse en Bogotá (1999-2004), añade que la diplomacia antepuso intereses personales y dañó las relaciones entre París y Bogotá. En julio de 2003, un Hércules C-130 despegó hacia Manaos (Brasil) con 11 espías. Su misión: rescatar a Betancourt. La operación, descubierta, acabó en fiasco.

Cuando Nicolas Sarkozy entendió la rentabilidad del caso siguió los pasos de Chirac y Villepin y se implicó abiertamente en la liberación. Todo acabó felizmente, pero nada es igual después de un secuestro tan atroz. Así lo entendió la Ingrid Betancourt cuando reunió a los suyos en el almuerzo parisiense del reencuentro: a su madre, ex Miss Colombia antes de dedicarse a la política, sus hijos; su hermana, Astrid; su primer marido, Fabrice Delloye; una tía y varios sus primos. Les dijo que la querían al frente de las concentraciones del pasado día 20 en Colombia contra los secuestros. "Su familia respondió que tenían derecho a compartir sus decisiones más importantes porque habían sufrido y luchado mucho por su liberación", reveló una fuente. Temían represalias de las FARC. Betancourt se quedó en París y la aplaudieron a rabiar en el concierto de solidaridad de Trocadero.

Siempre le gustó el estrellato. "Le encanta. Es una manera de ser. Ingrid es una persona muy extrovertida, maneja muy bien a los medios, se sabe comunicar", resume Clara Rojas, ex candidata a la vicepresidencia con Betancourt, también secuestrada el 22 de febrero de 2002. "Le gusta ser protagonista. Entonces cuenta su historia con todo ese énfasis que le pone... Es respetable su actitud". Acabaron distanciándose al culparse mutuamente del fracaso de una fuga. "Viéndola como está, y por las opiniones que está dando, pienso que volverá a la política. Lo lleva en la sangre".

Clara, que tuvo un hijo con un guerrillero, acaricia una pulsera con imágenes de la Virgen. Ingrid y ella se aferraron a Dios cuando la postración era profunda. Juntas rezaban el rosario y leían la Biblia. El dilema de la mujer afincada cerca del Sena es elegir entre Francia y Colombia: entre dos amores. Y en esa decisión sus hijos cuentan mucho. "Ellos le tienen temor a lo que es Colombia y han vivido fuera del país, pero Ingrid tiene una raíz muy honda en Colombia". Raíces, ambición política y temeraria determinación. Algo hará. No es fácil pararla. Tampoco el día de su viaje a la región desmilitarizada por el ex presidente Andrés Pastrana (1998-2002) para negociar la paz con las FARC.

Las conversaciones fracasaron y las autoridades le pidieron que desistiera, que peligraba. No hizo caso, invocando su solidario compromiso con el alcalde de San Vicente, del Partido Verde Oxígeno. No faltan quienes atribuyen a aquel safari oportunismo electoral: un breve secuestro la habría catapultado en la intención de voto, por debajo del 1% entonces. Las cosas cambiaron e Ingrid apenas conoce límites. "Esta señora es de temperamento volcánico; es grosera y provocadora con los guerrilleros encargados de cuidarla", escribió el comandante guerrillero Raúl Reyes, abatido hace cinco meses. Carlos Alonso Lucio, amigo de pupitre de la "grosera señora", la imaginó chocando con sus carceleros como lo haría un ajedrecista contra un boxeador.

El terrorismo de las FARC la tumbó varias veces, pero siempre se levantó antes de acabar el conteo de protección. La obligaron a marchar descalza, lastrada con cadenas colgadas del cuello; le racionaron el chusco, y se burlaron de su activismo de niñata rica. Cayeron sobre ella las siete plagas y le soplaron que su marido, Juan Carlos Leconte, de quien se ha distanciado, se la pegaba con una actriz mexicana. "¿Abusaron de usted sexualmente?", le preguntaron. "Hay cosas que deben quedarse en la selva", respondió. Pero no todos quieren ocultar los vejámenes encajados por la cautiva más famosa del planeta. Varios compañeros de secuestro embrutecidos intentaron violarla, y el ex senador Luis Eladio Pérez, liberado en enero, la defendió a puñetazos: "Algunos guerrilleros llegaron a filmarla desnuda haciendo sus necesidades y luego se masturbaron mientras veían la grabación".

La psicóloga Lucía Nieto le recomienda desaceleración y cautela para recobrar el equilibrio emocional y el sereno discernimiento. "Necesita un tiempo de elaboración, de decantación". Pero no es previsible el retiro terapéutico de Ingrid Betancourt, su alejamiento de las luminarias, porque, para ella, ocuparse, recuperar el tiempo perdido, a dentelladas si es preciso, es la mejor forma de salir adelante.


El reportaje 'El huracán Ingrid sorprende al mundo' es un reportaje del suplemento DOMINGO

sexta-feira, 25 de julho de 2008

O pedestre na mão


A política é isto não vê as coisas!!!!!!!!!!!!!Aliás nunca viu haja vista se tomarmos a história da energia perpassando pela política dos bondes, onde pedestres já nocomeço do sec XX reclamavam da tomada das ruas pelos bondes e dos acidentes nas ruas com os mesmos. paulo a v




O pedestre na mão
CÁSSIO SCHUBSKY


--------------------------------------------------------------------------------
É impressionante que, em meio a todas as promessas sobre o tema da mobilidade (ou imobilidade), o pedestre fique totalmente esquecido
--------------------------------------------------------------------------------



AS ELEIÇÕES municipais estão se aproximando, e a mobilidade -talvez fosse melhor dizer a imobilidade- desponta entre os temas prediletos das candidatas e dos candidatos à Prefeitura de São Paulo (e, certamente, de outras metrópoles Brasil afora).
Pudera: trânsito infernal e sistema de transporte público precário produzem um resultado nefasto, afetando o cotidiano de todo mundo. E, apesar dos alertas dos especialistas em transporte público e planejamento urbano, ano após ano, o trânsito só piora, e a velocidade média de carros e ônibus diminui. O Metrô e os trens, por seu turno, estão cada vez mais saturados, com excesso de passageiros -novas estações vão sendo construídas, sim, a passo de tartaruga. Para completar o cenário, os recordes sucessivos de produção da indústria automobilística nacional apontam para um futuro ainda mais tenebroso.
É claro que, às vésperas do pleito municipal, não faltam malfadadas soluções milagrosas. Há quem garanta que vai construir dezenas e mais dezenas de quilômetros de metrô, com recursos que nascerão nas árvores.
Abundam promessas de implantação de centenas e mais centenas de corredores de ônibus, com dinheiro que vai brotar do chão. Sem falar nas idéias de jerico, de que o Fura-Fila talvez seja o melhor exemplo. Só falta agora o trenó do Papai Noel para melhorar o transporte de passageiros...
Pedágio nas marginais, ampliação do rodízio, mais restrição aos veículos de carga -o eleitor pode dormir tranqüilo, porque, depois das eleições de outubro, tudo vai melhorar.
Não é preciso ter nenhuma bola de cristal para perceber que, quando os votos estiverem computados, acordaremos, e o tráfego vai piorar, como num pesadelo. E certamente não teremos sonhado -pois tudo é demasiadamente real.
É impressionante que, em meio a todas as promessas, o pedestre fique completamente esquecido. Talvez eu esteja muito desinformado, mas não li, nem vi, nem sequer ouvi uma única declaração, até agora, sobre propostas de melhorias para essa larga fatia da população, ou seja, quase todo mundo, que, uma hora ou outra, ou todo dia, ou sempre, anda a pé.
Como não sou candidato a nada, porque, naturalmente, o meu negócio é batucada, ofereço, de bandeja, algumas sugestões de fácil consecução para melhorar a vida do pedestre.
Em primeiro lugar, é preciso rigor extremo com os buracos nas calçadas.
Já existe norma legal obrigando proprietários de imóveis a manter o trecho fronteiriço à sua propriedade em bom estado. No entanto, qualquer estatística no setor de fraturas de prontos-socorros e hospitais demonstra a estúpida quantidade de vítimas de lesões graves em cabeças, bacias, ombros, pernas, tornozelos, cotovelos, braços e antebraços, muitas delas causadas por calçadas esburacadas.
Como a Justiça não previne eventuais danos pessoais e é lenta para reparar os males materiais efetivamente causados, cabe à prefeitura, creio, punir os irresponsáveis. Ou seja: vamos deslocar um contingente de marronzinhos para multar os criadores de crateras no calçamento. E, se não puderem ser os marronzinhos, que sejam os azuizinhos, os verdinhos, os rosinhas -qualquer cor serve.
Ampliar as faixas de pedestres, com pinturas e repinturas, é algo tão simples que não dá para entender tanto descaso. O mesmo para os semáforos em vias movimentadas. Exemplo gritante: no entorno da praça da Sé, em larga extensão, faltam semáforos, por incrível que pareça.
Chegou-se a ensaiar a implantação de faróis para pedestres mostrando o tempo disponível para a travessia. Vi um assim, outro dia, no largo São Francisco e fiquei até animado. Doce ilusão. Nem esse existe mais. Sumiu.
Então, o negócio é correr dos carros para não ser atropelado -isso se você não for idoso ou pessoa portadora de deficiência, que padecem ainda mais que os demais pedestres.
Ora, andar faz bem para a saúde física e mental, desde que as condições para o transeunte sejam adequadas. Depois, pedestre nunca anda na contramão, nem atropela, nem sequer excede a velocidade permitida.
Por fim, há de se considerar uma grande vantagem que leva hoje o pedestre sobre o motorista que se locomove (loucomove!) por aí: quem anda a pé está fora da Lei Seca, podendo se alcoolizar e sair fazendo serenata, tropeçando no meio-fio sem que, por isso, a autoridade constituída venha a entubar-lhe um bafômetro goela abaixo (medida sóbria, aliás, cujos efeitos positivos já se fazem sentir à farta). É a volta do bêbado com chapéu-coco, fazendo irreverências mil, cambaleando nos buracos, escapando dos carros nas esquinas sem faixa ou semáforo.
Viva o pedestre, o enjeitado pelo poder público!



--------------------------------------------------------------------------------
CÁSSIO SCHUBSKY, 42, bacharel em direito pela USP e em história pela PUC-SP, é editor e historiador.

domingo, 20 de julho de 2008

Velório de Dercy Gonçalves é aberto ao público no Rio de Janeiro até as 18h


Velório de Dercy Gonçalves é aberto ao público no Rio de Janeiro até as 18h
Da Redação
Com Agência Estado

A comediante Dercy Gonçalves faz careta durante festa em comemoração ao seu aniversário de 100 anos na Casa Petra, em São Paulo (06/06/2007)
DERCY FOI AO BINGO ANTES DE MORRER
VEJA FOTOS DA CARREIRA DE DERCY GONÇALVES
CONHEÇA A TRAJETÓRIA DA ATRIZ
A FESTA DOS 100 ANOS
JOÃO GORDO ENTREVISTA DERCY GONÇALVES
VEJA "CÉLIA & ROSITA", O ÚLTIMO CURTA
DEIXE SUA MENSAGEM SOBRE A ATRIZ
Amigos, parentes e fãs de Dercy Gonçalves acompanham neste domingo (20) o velório do corpo da atriz e comediante no saguão da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, no centro da cidade. Dercy, que tinha 101 anos, morreu na tarde de sábado (19).

A primeira atriz a chegar ao velório foi a ex-vedete Virgínia Lane, de 88 anos, a melhor amiga de Dercy. "Fiz questão de ser a primeira. Quero que ela saiba que eu fui a primeira a cumprimentá-la. Ela vai para um lugar onde daqui a pouco eu também vou estar. Éramos muito amigas. Lembro que ela me dizia: você vai longe com essas longas pernas", disse Virgínia.

O velório começou por volta das 10h30, com a chegada da única filha da atriz, Maria Dercimar Senra, que avisou que não gostaria que o clima fosse fúnebre, porque Dercy gostaria que sua morte fosse como uma festa.

Entre as coroas de flores enviadas à família, há uma do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Marisa Letícia. A presença do governador Sérgio Cabral é aguardada para a tarde de hoje. O velório estará aberto ao público até as 18h.

O corpo de Dercy deixará a Alerj por volta das 10h desta segunda-feira (21), quando partirá para Santa Maria Madalena, onde ela nasceu. Lá será velado no Clube Montanhês. O enterro está previsto para o meio-dia de terça-feira, quando se comemorará o dia da padroeira da cidade.

Na hora do sepultamento será tocado o samba que a Viradouro fez, em 1991, em homenagem à atriz. "Ela sempre disse que gostaria de morrer no dia da padroeira. Como morreu poucos dias antes, faremos o enterro neste dia", disse Nestor Lopes, presidente do Museu Dercy Gonçalves, em Santa Maria Madalena.

Insuficiência respiratória
Dercy foi internada por volta das 4h de sábado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) com pneumonia grave. De acordo com a assessoria do hospital, às 11h a atriz recebeu a visita de sua filha e ainda estava lúcida. Durante a tarde, seu estado de saúde piorou para um quadro de sepse pulmonar e insuficiência respiratória, e os médicos a declararam morta às 16h45.

Carreira
Dercy Gonçalves foi uma das pioneiras da teledramaturgia brasileira, e atuou em novelas até 1992, com "Deus Nos Acuda", da TV Globo. Sua estréia no teatro aconteceu em 1929, na cidade de Leopoldina (MG), em dueto com o ator Eugênio Pascoal. No Rio de Janeiro, faz carreira no teatro de revista na década de 30 e nos anos 40.

No ano de 1943, estréia no cinema com o filme "Samba em Berlim", e desde então participou em mais de 30 filmes. O último lançado em vida foi o curta-metragem "Célia & Rosita", de 2000. Dercy ainda participou de "Nossa Vida Não Cabe Num Opala", longa de Reinaldo Pinheiro premiado no Cine PE em maio deste ano, que ainda não foi lançado comercialmente.

Conhecida por seu humor debochado e pelos palavrões, tornou-se sinônimo de improviso e irreverência. Nascida Dolores Costa Gonçalves, em Santa Maria Madalena, no Rio de Janeiro, adotou em 1927 o nome artístico de Dercy Gonçalves para tentar a carreira de cantora.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

O jogo entre o aparente e o invisível na pintura



O jogo entre o aparente e o invisível na pintura
Masp abre hoje Virtude e Aparência, mostra que abrange 500 anos de arte

Camila Molina
Tamanho do texto? A A A A
O público de hoje ''já perdeu o código para entender a arte figurativa também'', diz o curador do Masp, Teixeira Coelho, em frente do óleo sobre madeira Ressurreição de Cristo (1499-1502), de Rafael, uma das obras-primas do museu e uma das primeiras peças adquiridas pela instituição. Dentro da tradição da história da arte, muito antes e mesmo depois da ruptura moderna e contemporânea, sempre foi algo intrigante para o espectador ''ver além da representação pictórica imediata, disposta à superfície da obra'', como define o curador, ou descobrir o que está ''entre o visível e o invisível''. E é disso que trata a mostra Virtude e Aparência (A Caminho do Moderno), que começa hoje no Masp, como a terceira exposição dentro do projeto de remodelamento expositivo do rico acervo do museu, proposto pelo curador da instituição.

Veja imagens da exposição

Virtude e Aparência é um segmento enxuto, com cerca de 40 obras (pinturas e apenas duas esculturas) que perpassam período que vai da pré-renascença até o século 18. A exposição, que tem como suporte cenográfico as paredes vermelhas, está no segundo piso do Masp, agora se juntando às duas mostras temáticas abertas anteriormente, já abrigadas no espaço expositivo e que propõem uma maneira diferente de apresentar a coleção do museu (não mais pela organização por países) - a primeira delas, A Arte do Mito (com curadoria de Roberto Magalhães), foi inaugurada no ano passado (tem paredes azuis); e A Natureza das Coisas, com paisagens e naturezas-mortas, está em cartaz desde abril (tem paredes verdes). O ciclo, muito bem-feito, ficará completo, a partir de outubro, com a mostra Olhar e Ser Visto (A Arte do Retrato), que vai reunir, como diz o título, os retratos e auto-retratos da coleção do museu, o segmento mais denso do acervo.

O termo Renascimento, como define Teixeira Coelho em seu texto, foi usado em diversos momentos da história da arte para indicar os períodos de reavaliação do papel da arte. Nos primeiros núcleos da mostra Virtude e Aparência, estão, inevitavelmente, as obras dos períodos mais remotos, dos séculos 13, 14 e 15, em que as cenas religiosas falam de uma virtude inalcançável, com os retratos de madonas com o menino Jesus e anjos - obras de Maestro de San Martino alla Palma, Maestro Del Bigallo, Sandro Botticelli, Giovanni Bellini - ou de santos - São Sebastião na Coluna (Perugino e ateliê) e São Jerônimo Penitente no Deserto (Andrea Mantegna) - ou da Ressurreição de Cristo, de Rafael (esta, curiosamente, acompanhada de um vídeo em que os signos presentes na pintura são decodificados para o espectador, assim como são apresentados raios-x da obra para se entender o processo de criação do pintor).

Mas, ao longo da mostra, a questão da virtude vai se transformando aos olhos: ela deixa de ser apenas o mote para uma representação. Não se trata de apenas remetê-la ao religioso, mas entender que, durante os tempos, os temas das obras também chegaram ao terreno do mundano, do cotidiano e dos conflitos (e em muitos casos os personagens têm, sim, ''carnalidade'') - O Suicídio de Lucrécia (1625, atribuído a Guido Reni); O Casamento Desigual (1525, Metsys) Piquenique Durante a Caçada (1723, Lemoyne), A Educação Faz Tudo (1775-80, Fragonard). A mostra se faz dentro desse terreno da ''passagem'' em que ''as obras de arte dizem mais do que retratam'', que carregam ''um discurso invisível''. ''Antes, com os santos, era retratada gente melhor que a gente; depois, seres iguais ou piores e essa é uma grande mudança na arte'', diz Teixeira. Mesmo assim, a virtude da técnica é inabalável.

Agora, como ressalta Teixeira, por que não apenas se firmar no prazer de ver a beleza do vestido do Retrato de Dama com Livro Junto a Uma Fonte (1785), de Vestier? Nesse jogo ambíguo vai se fazendo a mostra, que tem como obra emblemática o quadro Alegoria da Sabedoria e da Força: A Escolha de Hércules (c. 1750), cópia de Veronese feita por François Boucher, peça que estava havia cerca de sete anos na reserva técnica do museu. ''Ela tem a vontade da passagem da moral, mas o carnal, a beleza, as idéias'', afirma o curador.

Serviço
Virtude e Aparência (A Caminho do Moderno). Masp. Avenida Paulista, 1.578, 3251-5644. 3.ª a dom., 11 h às 18 h (5.ª até 20 h). R$ 15 (3.ª grátis) by uol

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Record ilude com manipulação de gráfico de Ibope

Ricardo Feltrin
Colunista do UOL
A Record manipulou graficamente dados de audiência durante reportagem do "Jornal da Record", exibida na semana passada. O objetivo foi reduzir graficamente a diferença que separa a emissora da Globo.

O site Tevê Notícias foi alertado por seus leitores e publicou a imagem do gráfico manipulado: uma liderança diferença de quase 13 pontos a mais para o "Jornal Nacional", contra o "Jornal da Record", foi representada por duas torres praticamente do mesmo tamanho (veja abaixo).

Já uma minúscula diferença, de apenas 0,8 ponto, em favor do "Câmera Record" contra o "Globo Repórter" apareceu com torres de tamanhos completamente desproporcionais: há um visível "superfaturamento" da vitória da Record.







Outro Lado

A Record confirma que a imagem dos gráficos abaixo, publicadas no site Tevê Notícias, são verdadeiras. Mas nega que tenha havido qualquer tipo de manipulação, nem mesmo visual.

"Não há manipulação de gráficos, uma vez que os números estão lá expostos(...). Em TV existe também a questão estética do gráfico, a tela é limitada", informou o Departamento de Jornalismo, por meio da CGRecord.

Réplica

O problema não é estético. E os números de fato estão certos. Mas há manipulação clara de proporção. Ao colocar proporções completamente diferentes, em dois gráficos diferentes, a Record usa dois pesos e duas medias em seu favor. O telespectador é induzido a acreditar que o "Jornal da Record" está encostado no "JN" - o que não é verdade. E que o "Câmera Record" venceu de forma cabal o "Globo Repórter" - o que também não é verdade (por apenas 0,3 não acabou em empate técnico).

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Malas noticias para los precios en la zona euro y en Estados Unidos. La previsión pesimista realizada ayer por el presidente de la Reserva Federal est

Malas noticias para los precios en la zona euro y en Estados Unidos. La previsión pesimista realizada ayer por el presidente de la Reserva Federal estadounidense (Fed), Ben Bernanke, se han visto superadas por la realidad.


Bernanke alerta sobre los riesgos inflacionarios y las debilidades de la economía estadounidense
La noticia en otros webs
webs en español
en otros idiomas
El Indice de Precios de Consumo (IPC) de Estados Unidos subió en junio pasado un 1,1% un dato mucho peor de lo esperado y que supone el mayor avance de los últimos 26 años, informó hoy el Departamento de Trabajo.Los precios energéticos fueron los principales responsables del repunte inflacionario en junio, al subir un 6,6%.

La inflación interanual en la zona euro subió en junio pasado hasta el 4%, tres décimas más que en mayo, según datos difundidos hoy por Eurostat, la oficina estadística comunitaria. En Españ;a, los precios acumularon una subida hasta junio del 5,1%, que sitúa el diferencial de inflación con sus socios de la moneda única en 1,1 puntos porcentuales.

En mayo, la inflación interanual en España había sido del 4,7%. En el conjunto de la Unión Europea, el Índice de Precios de Consumo Armonizado (IPCA) interanual se situó en el 4,3%, tres décimas más que en mayo. El avance mensual de la inflación en junio pasado fue del 0,4%, tanto en la zona euro como en el conjunto de la UE.

En un año, la inflación en los países del euro ha pasado del 1,9 al 4,0%, y en los Veintisiete, del 2,1 al 4,3%. Los Estados miembros con un avance de los precios más moderado en los últimos doce meses fueron Holanda (2,3%), Portugal y Alemania (3,4% cada uno), país este último que junto a Francia, con un 3,6%, registran sus niveles más altos de la última década.

Por el contrario, las subidas más fuertes se registraron en Letonia (17,5%), Bulgaria (14,7%) y Lituania (12,7%). En cuanto a la evolución de los distintos componentes, en la zona euro, el mayor avance de los precios fue el de los transportes (7,1%), los alimentos (6,4%) y la vivienda (6,1%).

Subida de los transportes

En cuanto a la evolución de los distintos componentes, en la zona euro, la mayor alza de los precios fue el de los transportes (7,1%), los alimentos (6,4%) y la vivienda (6,1%). Las comunicaciones bajaron el 1,6%, y las subidas fueron muy moderadas en el ocio y la cultura, un 0,1% y el vestido, que subió un 0,7%.

Por productos, la mayor aportación a la subida interanual fue la de los carburantes para transporte (0,69 puntos porcentuales), seguido de los combustibles líquidos (0,40) y la leche, el queso y los huevos (0,21 puntos). Los productos que contuvieron el avance global fueron el vestido (-0,20 puntos), los automóviles y las telecomunicaciones, que restaron 0,18 puntos cada uno.

domingo, 13 de julho de 2008

O GENIAL KAFKA


Kafka foi prodígio e continuará anos surpreender sempre com seu realismo e a visão do homem no mundo que o surpreendeu e cortou sonhos dos humanos.Pacv


Encuentran en Israel textos desconocidos de Kafka y quieren conservarlos allí
El Estado judío pretende conservar en su territorio textos desconocidos de Franz Kafka que habrían pertenecido a su amigo y editor Max Brod, según declaró el director del Archivo Nacional israelí, Jehoshua Freundlich. Entre los documentos hallados se encontraría el manuscrito de Preparativos para una boda en el campo.

AMIGO Y ALBACEA. Max Brod conoció a Kafka en octubre de 1902, cuando ambos estudiaban en la Universidad de Praga.
AnteriorSiguiente

1 de 1

"Pondré todo mi empeño para que ningún material que tenga que ver con Kafka salga de nuestro país", dijo el funcionario en declaraciones al periódico local "Haaretz". En el legado de Max Brod estaría entre otros el manuscrito de "Preparativos para una boda en el campo".

Antes de su muerte en 1924, Kafka le pidió a Max Brod quemar todas sus obras. Pero Brod, en cambio, optó por publicarlas, e hizo famoso al escritor checo. En 1939, el escritor y editor judío tuvo que huir de Praga tras la ocupación nazi y viajó a Israel junto con su mujer, que murió poco después.

En su equipaje tenía las obras de su amigo. Tras la muerte de Brod en 1968, su legado, con muchos textos de su amigo, pasó a su ex secretaria Esther Hoffe.

Ella vendió parte de los libros, entre ellos El proceso, por unos dos millones de dólares, pero otra parte la conservó en cajas fuertes de Israel y Suiza. El resto apareció recientemente en una vivienda en Tel Aviv de la que el gobierno tuvo que sacar en el pasado numerosos gatos y perros debido al mal estado sanitario. Hoffe se negó a entregar los valiosos documentos para que pudieran ser conservados de manera adecuada.

Finalmente, Hoffe murió el año pasado a los 101 años y el legado de Brod pasó a sus hijas Ruth y Hava, cuya decisión esperan ahora expertos en literatura de todo el mundo.


el clarin

sábado, 12 de julho de 2008

INDICAÇÃO DE LIVRO- OS JOVENS E A LEITURA




Uma francesa- Michêle Petit -antropóloga- pertencente ao CNRS -Paris conhecedora da America Latina, tendo ja morado na Colômbia na sua adolescência, e estado em outros paÍses entre os quais o Brasil, pesquisou dezenas de pessoas na França, na sua periferia buscando entender a importância da Leitura através de bibliotecas, professores e mediadores outros.O livro esmiunça sua pesquisa em seus 4 pontos:As duas VErtentes da Leitura, O que está emjogo naleitura hoje, O medo do livro e por fim O papela do mediador
Paulo a c v

OS JOVENS E A LEITURA,

Autor: PETIT, MICHELE
Tradutor: SOUZA, CELINA OLGA DE
Editora: EDITORA 34
Assunto: CIENCIAS SOCIAIS-SOCIOLOGIA


Partindo de dezenas de entrevistas com leitores da zona rural e jovens de bairros marginalizados na periferia das grandes cidades francesas, bem como do testemunho de escritores e suas obras, a autora demonstra a importância das bibliotecas públicas e de bibliotecários, mediadores de leitura e educadores de modo geral na luta contra os processos de exclusão e segregação.

ABAIXO UMA SINOPSE DETALHA DE UMA REVISTA ARGENTINA
Michèle Petit cuenta con una formación pluridisciplinar. Socióloga y antropóloga, desde hace muchos años ha estudiado el psicoanálisis. Investigadora del CNRS (Centro Nacional de Investigación Científica de Francia), es miembro del laboratorio LADYSS (Dinámicas sociales y recomposición de los espacios).

En estos últimos años ha participado en dos interesantes investigaciones relacionadas con la lectura. La primera, realizada junto con Raymonde Ladefroux y Claude-Michèle Gardien, dio lugar a la publicación del libro Lecteurs en campagnes: les ruraux lisent-ils autrement? (Paris: BPI-Centre Georges Pompidou, 1993). Investigación realizada a partir de entrevistas con personas, de diferentes categorías sociales, que vivían en el campo y a las que les gustaba leer, donde evocaban, de manera muy libre, el conjunto de su trayectoria como lector, desde los primeros recuerdos infantiles.

La segunda, más reciente, se recoge en De la bibliothèque au droit de cité: parcours de jeunes (Paris: BPI-Centre Georges Pompidou, 1997). En ella también participaron Raymonde Ladefroux, Chantal Balley e Isabelle Rossignol. Esta investigación se basó en entrevistas con 90 jóvenes de seis barrios desfavorecidos cuya trayectoria se vio influida por la frecuentación de una biblioteca pública. De la contraportada del libro traducimos el siguiente párrafo: "Cuando se vive en los denominados 'barrios sensibles', ¿cómo la biblioteca ayuda a resistir a los procesos de exclusión y a construir su derecho de ciudadanía? La biblioteca pública es un punto de apoyo crucial en las estrategias de continuación o reanudación de los estudios; un foro informal, donde se esbozan nuevas formas de sociabilidad; un lugar que da acceso a lecturas que ayudan a elaborar una identidad singular, a llegar a ser un poco más sujeto de su destino, y no sólamente objeto del discurso de otros; y, finalmente, en algunas ocasiones,una fuente de informaciones sobre temas políticos, que puede mantener un deseo de inscripción ciudadana".

Como consecuencia lógica de ambas investigaciones, Michèle Petit ha intervenido en numerosos coloquios, conferencias y cursos de formación a bibliotecarios, tanto en Francia como en otros países, Así, en 1997 participó en Salamanca en el curso "¿Dónde están los lectores? La contribución de la biblioteca pública frente a los procesos de exclusión" (1) organizado por la Fundación Germán Sánchez Ruipérez y en octubre de 1998 en otro curso organizado en México por la Red de Animación a la Lectura del Fondo de Cultura Económica. A partir de las conferencias impartidas en este último curso se publicó el interesante libro Nuevos acercamientos a los jóvenes y la lectura (México: Fondo de Cultura Económica, 1999).

Una canción española dice que cuando la pobreza entra por la puerta el amor salta por la ventana. ¿Es el mismo caso para las bibliotecas? ¿Cuál es la relación entre pobreza y servicios bibliotecarios?

La pobreza es algo terrible porque priva de bienes materiales que hacen la vida más fácil, menos dura, incluso más divertida y, a la vez, priva también de medios para preservar una intimidad. Incluso podríamos decir que éste sería un indicador todavía mejor que el de la renta: cuanto más pobre se es de menos intimidad se dispone. Cuando se es muy pobre se está sobre la acera expuesto a las miradas de todo el mundo, cuando se es menos pobre se vive con otras nueve personas en una misma habitación. Cuanto más se sube en la escala social más se dispone de un espacio íntimo.

La pobreza también priva del acceso a los bienes culturales y a todo lo que eso puede representar, como los intercambios que se tejen alrededor de esos bienes. Un bien cultural no sólo es algo que puede hacer bien a cada uno de diferentes maneras, tanto en el ámbito del saber como en el de la construcción de sí, sino que es también un objeto en torno al cual permite intercambiar. La pobreza priva de todo esto y seguro que también de otras cosas que en este momento olvido. La pobreza expulsa al amor por la ventana y también a todo lo que acabo de referirme.

Una biblioteca pública puede en parte, sólo en parte, y en algunos contextos pues en otros quizá sea imposible, reparar un poco todo esto. No sólo es mi esperanza sino lo que ha mostrado la investigación que llevamos entre los jóvenes usuarios de bibliotecas de barrios desfavorecidos de algunas ciudades francesas.

La biblioteca puede permitir acceder, a algunos, a un poco más de lo que yo considero como derechos culturales. Pienso que cada uno de nosotros tiene derecho a acceder a bienes culturales. No es un lujo ni una coquetería de burgueses, sino algo que confiere una dignidad, un sentido en la vida y a la que todo el mundo puede ser sensible. Las personas de medios sociales muy modestos tienen con frecuencia un inmenso deseo de saber más, de aprender más. La biblioteca puede contribuir un poco a reparar el hecho de la pobreza y a permitir, también un poco, el acceso a los derechos culturales.

La biblioteca, dice usted, puede ser un lugar que facilite a las personas hacerse ciudadanos, a salir de los lugares a los que la sociedad y la historia les ha asignado, les ha prescrito. Pero, ¿hasta qué punto los gobiernos, los poderes, que han condenado, en no pocos casos, a más de la mitad de una población a la pobreza, quieren fomentar ciudadanos?

Efectivamente, yo creo que con frecuencia el poder, sea cual sea, tras sus grandes discursos no tiene ningún deseo de que alguien acceda a la ciudadanía, entendiendo por ésta no sólo el hecho de meter una papeleta en una urna cada tantos años sino ser en todos los ámbitos de la vida algo más sujeto del propio destino y no sólo objeto de los discursos de los otros.

Añadamos a ello el poder tener derecho a tomar la palabra y la pluma en lo que concierne al bien público. Es decir, tener más capacidad para construir su propia vida y tener un poco más de derecho en el capítulo del futuro compartido. La ciudadanía, en este sentido, se construye por todo tipo de vías, no es algo que venga con el nacimiento. Para poder pensar es necesario que los medios sean dados, no cae del cielo. Tomar la palabra, tomar la pluma, es algo que se aprende, no es algo dado.

Una biblioteca puede ayudar a construir la ciudadanía pero, efectivamente, no es para eso que los gobiernos, los poderes, construyen bibliotecas. Sólo en algunos casos, por aquello de las excepciones a la regla. A la hora de construir un equipamiento cultural prima más el deseo de prestigio, alcaldes que con la construcción de la biblioteca buscan, por ejemplo, mejorar la imagen de la ciudad y con ello atraer empresas. Les interesa más este aspecto o, si no, el aspecto social en el sentido estrecho del término: construyamos bibliotecas, incluso en los barrios más desfavorecidos, y así los muchachos irán allí y no vagarán por las calles. Me gustaría equivocarme pero sospecho que un cierto número de políticos tienen una representación de la biblioteca bastante próxima a la guardería y al centro recreativo.

Bueno, ésto como todo hay que matizarlo pues hay políticos que tienen un deseo real de que el poder sea más compartido. Existen y no hay que negarlo. En un mismo ministerio de cultura hay personas que tienen la idea del desarrollo de bibliotecas para que la gente adquiera más independencia y sea más activa en su porvenir y otros que consideran que si se hacen obras de beneficiencia y se inculca un patrimonio cultural común la gente va a cerrar filas como un sólo hombre en torno a ello.

Por eso, el otro día, en mi primera conferencia en México, la dediqué esencialmente a recordar las dos vertientes de la lectura que Roger Chartier (2) ha subrayado. Por un lado, la vertiente en la que se atribuye al texto una omnipotencia. Durante mucho tiempo la lectura ha sido un ejercicio que permitía someter al otro, doblegarlo a un precepto, a una identidad colectiva. Y existe otra vertiente, la de la libertad del lector. El lector se apropia de un texto y no hay la posibilidad de controlarlo completamente incluso cuando se vigila todo. En efecto, los lectores se apropian de los textos, les dan otro significado, cambian el sentido, interpretan, a su manera, deslizando su propio deseo entre las líneas. Nunca se puede controlar totalmente la manera en la que un texto va a ser leído, comprendido, interpretado.

A menudo, no siempre, la gente que está en el poder se situaría más en la primera vertiente de la lectura, la lectura que permite, en cierta medida, tener la mano firme. Pero aunque haya una intención, más o menos explícita, de este tipo, la gente se apropia de los bienes culturales con los que se encuentra y les da otro sentido.

He oído mencionar, en alguna ocasión, que en parte la investigación en que se basa el libro De la biblioteca al derecho de ciudadanía, financiada por la Dirección del Libro y la Lectura del Ministerio de Cultura francés, nació como un intento de abrir otros caminos al determinismo del "capital cultural" que algunos seguidores de Pierre Bourdieu mantienen y que, en cierta manera, ha llevado a una parálisis en la acción de algunos bibliotecarios.

Bueno, primeramente, respecto a lo que dice no estoy del todo muy segura. Yo también he oído decir que, en efecto, las tesis de Bourdieu habían desmoralizado a algunos enseñantes y quizás a algunos bibliotecarios, no lo sé.

Bourdieu ha tenido el inmenso mérito de atraer la atención sobre el hecho de todos los fenómenos de la reproducción social y derrumbar un cierto número de ilusiones, de levantar la liebre y de recordarnos que debemos estar vigilantes sobre ello. Tampoco pongo en duda su compromiso muy sincero al lado de la gente desfavorecida y muestra de ello es su labor en estos últimos años.

En estos momentos no se puede ver un periódico en Francia que no contenga artículos en favor o en contra de las tesis de Bourdieu. Yo no tengo ganas de optar sobre eso. Lo que puedo decir es que Bourdieu ha desarrollado conceptos que son muy importantes y que hay que retener.

Bourdieu no, pero quizás algunos de sus epígonos, entre los que se encuentran personas de gran calidad, han perdido un poco de libertad de pensamiento al querer estar muy cerca de la teoría del maestro y se han visto con dificultades para pensar sobre algunas dimensiones. Yo creo que toda la dimensión que concierne a la elaboración de la subjetividad no la ven, la ven mal o la situan al lado de fenómenos casi religiosos. Lo digo porque hay un número reciente de Actes de la Recherche en Sciences Sociales que contiene contribuciones interesantes y que se denomina "Génesis de la creencia literaria". No creo yo que la lectura literaria sea una creencia, sino que está más cerca de la sublimación. La sublimación, la creencia o la religión no son lo mismo. Freud decía que la religión estaba del lado de la ilusión, y que la sublimación estaba en otro orden, es un mecanismo de defensa.

Personalmente nunca he sido bourdieusana ni tampoco anti. No es mi asunto. Hay aspectos de los trabajos de Bourdieu que me interesan pero, en mi acercamiento a la lectura, he estado más marcada por alguien como Michel de Certeau y especialmente su famoso texto Lire: un braconnage (3). De hecho, él se preocupó poco por las disciplinas universitarias como tales, pues era historiador, muy interesado en el psicoanálisis, antropólogo, y quizás tuviera un poco más de libertad de pensamiento.

En el origen de la investigación que llevamos sobre los usuarios de bibliotecas en algunos barrios desfavorecidos franceses yo no redacté la licitación, pero sí que se decía que había, quizás, otra manera de ver las cosas que el de la reproducción social y que quizás las bibliotecas, aunque fuera sobre un número restringido de personas, tenían el efecto de desbaratar la tendencia de la reproducción social. Eso me atraía porque siempre me han interesado más las personas que no se quedan en la plaza que socialmente se les ha asignado, que la lógica de la reproducción, del sistema.

Está claro que la reproducción social existe, y que siempre hay que tenerla presente, pero eso no significa que nada se mueva. Y yo, por cuestiones de sensibilidad personal, siempre he estado más interesada por lo que se movía que por lo que se perpetuaba.

Me interesaba también esa investigación porque se centraba más en las singularidades que en la representatividad, aunque hubiera que tener en cuenta, lógicamente, la diversidad. También se decía de manera explícita en la licitación de esa investigación que se deseaba especialmente que los métodos fueran cualitativos.

En sus textos, a la hora de analizar la construcción del lector, el fenómeno de la lectura, usted recurre en ocasiones a las teorías psicoanalíticas. No es un recurso muy frecuente a la hora de tratar estos temas. ¿Cuál es su interés?

Tengo una formación pluridisciplinaria. Al principio mi curiosidad se dirigía a los hechos sociales pero nunca he podido pensar lo social independientemente de los hombres y mujeres singulares que lo componen. Con ello no quiero decir que no se pueda pensar de tal manera, pues por ejemplo pueden hacerse estudios formidables a partir de materiales estadísticos. Pero no es ese mi tipo de aproximación.

Tras mis estudios clásicos de sociología hubo un fenómeno que influyó mucho en mi desarrollo personal y profesional: mi encuentro con el psicoanálisis. Yo misma seguí muchos años de análisis y estudié las enseñanzas que se impartían en los años 70 en la Universidad de Vincennes en lo que se llama el Campo freudiano. Yo tenía deseos de ser antropóloga, pero del mundo contemporáneo, no estudiar una pequeña etnia que se reproduce idénticamente. Lo que yo quería era observar el mundo contemporáneo y concretamente lo que se movía, no lo que se perpetúa, como decía anteriormente.

En esos años 70 yo me aburría mucho en el CNRS, en el medio donde yo trabajaba. Reinaban, desde mi punto de vista, la rigidez, los dogmatismos, una intimidación mutua y una autointimidación que contrastaban con la efervescencia intelectual de Vincennes. Esta intimidación mutua, en cierta manera, ocurre con mucha frecuencia en el medio universitario. No hay demasiada libertad de pensamiento, siempre se está escrutado por los otros colegas, desgraciadamente. En esos años, lo que yo aprendía y descubría, especialmente del psicoanálisis, no lo podía utilizar, no existía la posibilidad, allí donde yo estaba, de articular lo singular y lo plural. Pero pude completar mi formación de una manera más personal respecto a lo que había aprendido en mis estudios universitarios.

En los 70 muchos investigadores estuvieron muy marcados por un marxismo muy rígido o por un estructuralismo también rígido. Y eso, aunque yo siempre haya sido de izquierdas, no me interesaba, nunca he podido ver a las personas a grandes rasgos, al por mayor. En esos años muchos investigadores que, por ejemplo, hacían investigaciones en medios desfavorecidos daban la sensación de que a los seres singulares no los veían, veían a las personas como muestras representativas o como una especie de ejemplo en carne y hueso, o como grupo social, pero no como personas singulares también.

En los años 80 ya pude articular un poco más lo singular y lo plural en otros temas distintos al de la lectura, en los que trabajaba entonces. Privilegiaba una aproximación biográfica al fenómeno.

Posteriormente, colegas del laboratorio donde trabajaba, que conocían bien el mundo rural, respondieron a una licitación de la Bibliothèque Publique d'Information (BPI) sobre una investigación de la lectura en el mundo rural. Esto me atrajo también porque habían previsto métodos cuantitativos y cualitativos y estos últimos me interesaban. Me di cuenta de que trabajar sobre la lectura se unía a mi interés por el psicoanálisis porque había comprendido que lo que determina la vida de los humanos, en gran medida, es el peso de las palabras o el peso de su ausencia. Cuanto más capaz se es de nombrar cualquier cosa más apto se es para vivirla y para cambiarla.

Recuerdo que Bruno Bettelheim narró que cuando se encontraba en un campo de concentración las personas más frágiles y desvalidas eran las que no comprendían, las que no tenían palabras para explicarse por qué estaban allí, mientras que las que podían analizarlo, formalizarlo, tenían más recursos de sobrevivencia incluso en una situación tan espantosa. Esta es la importancia de esta dimensión simbólica, de esta dimensión relativa al lenguaje. Comprendí, también por el psicoanálisis, que al recomponer de otra manera un universo simbólico, linguístico, eso puede contribuir un poco a desplazar otras cosas en otros ámbitos de la vida. Un poquito, tampoco hay que imaginar que va a transformar todo.

Por otro lado, cuando fui, en el momento de hacer las entrevistas, a que me comentasen en qué la lectura les había podido o no cambiar algo en su vida, me sorprendió ver que espontáneamente los jóvenes, incluidos los de medios sociales modestos, hablaban rápidamente de lo que eso había podido cambiar en la representación de sí mismos, en la representación de la relación con el mundo y en la relación con los otros. Esto ya lo había sentido cuando trabajaba en las entrevistas sobre la lectura en el medio rural pero se hizo más patente cuando trabajamos con los jóvenes de los barrios desfavorecidos. Muchos de estos jóvenes nos han hablado de la importancia que había tenido la lectura, incluso fragmentaria, episódica, en la construcción de sí, en el sentido amplio, esto es, la apertura del imaginario, la constitución del espíritu crítico, la elaboración de una relación algo diferente con los próximos, sea la familia, el grupo étnico en algunos casos, los amigos. La lectura constituyó para estos jóvenes un medio de representarse ellos mismos de manera diferente y eso provocaba que tuvieran una representación de sí mismos más rica, más diversificada, más abierta, más en movimiento, que la representación rígida de la identidad que, muy frecuentemente, se tiene.

Hay personas que sí se han acercado a la lectura desde una perspectiva psicoanalítica como Marie Bonnafé que desde hace años, por ejemplo, ha trabajado el tema de la lectura y los bebés. También hay algunos psicoanalistas que han desarrollado este tema, especialmente con los niños muy pequeños, y sigue habiendo gente por aquí y por allá que siguen trabajando el tema, pero es verdad que podría desarrollarse más.

Un acercamiento de la biblioteca pública a los públicos originalmente no predestinados a su uso exige más allá de un "deseo", de una "buena voluntad", una reflexión y acción sobre el tipo de documentos que la biblioteca va a poner a disposición, las formas de presentar esos documentos, la señalización de la biblioteca. En este sentido, ¿cuáles cree usted que son las medidas más urgentes sobre las que habría que actuar?

Es verdad que los jóvenes usuarios de medios populares son muy sensibles a la implicación personal de un profesional, de un bibliotecario, lo que no significa, forzosamente, un tipo chistoso, enrollado. Claro está que tendrá una actitud condescendiente pero eso no quiere decir un demagogo, uno que vaya con el rollo de que somos iguales, somos colegas.

Son también muy sensibles al hecho de que no se puede transmitir más que desde la experiencia que se tiene. Y si alguno tiene buena voluntad pero también un sentimiento muy ambivalente respecto a la lectura, eso es lo que el muchacho entenderá. Comprenderá que tras un discurso de buena voluntad existen sus reservas, que tras hermosas palabras se esconde un discurso respecto a la lectura muy culpabilizado y que se plasma en preguntas, más cercanas al orden de la moralidad, como "¿cuáles son las lecturas válidas?", "¿qué es un buen lector?".

Tener una voluntad profunda de acogida a los otros, tener en el equipo de la biblioteca a alguién que tenga un conocimiento del libro y una postura no ambivalente hacia la lectura y, sobre todo, un gran profesionalismo, son los tres elementos claves. Cuando digo profesionalismo no lo hago en el sentido tecnicista sino en el sentido de siempre plantearse cuestiones, de dudar y, sobre todo, de inventar. Reflexionar sobre cómo va a moverse en esta biblioteca tal muchacho del barrio, cómo va a percibir todo ese muro de libros, si va a saber orientarse. Pensar esos aspectos en función de tal tipo de usuarios y no únicamente en función de la CDU.

Las bibliotecas con las que trabajamos a la hora de realizar la investigación sobre los usuarios de las bibliotecas de barrios desfavorecidos están entre las mejores, con una larga experiencia en este ámbito de la lectura pública. Me di cuenta, al hablar con estos bibliotecarios, que cada detalle estaba pensado. Por ejemplo, en Bobigny, en el momento de la encuesta, estaban construyendo una nueva biblioteca anexa. La directora había pensado tanto en la elección del tipo de sillas como en la constitución del fondo documental. Todo estaba reflexionado y pensado. En consecuencia, creo que es la alianza de tres aspectos: un deseo real de hospitalidad, una relación con el libro no ambivalente o culpabilizadora y una inteligencia activa en todo momento.

Pero cuando ustedes han hecho las entrevistas con esos muchachos y muchachas de barrios desfavorecidos, ¿han apreciado en sus discursos como algo remarcable la importancia que acordaban a la disposición del espacio, a la señalización?

Son muy sensibles a todo ese tipo de aspectos, al espacio físico de la biblioteca, más o menos bello, acogedor, claro, pero a la vez que ofrezca rincones más privados. Siempre es así de sutil. Son muy sensibles a la manera de exponer los libros y a una señalización más o menos legible. Cada uno de estos detalles es sumamente importante. Se dan cuenta de todo. No han cesado de decir que deseaban una biblioteca viva, pero no sólamente en el sentido de animada, sino de la renovación del fondo documental, de posibilidades de orientarse, que no sea sólo muro tras muro de libros. Eso requiere una configuración de los lugares que esté finamente pensada y una presencia real de los bibliotecarios.

Esto último es interesante pues lo han remarcado continuamente y pienso que no lo hubiera señalado tanto un público más favorecido, más escolarizado. Cuando, por ejemplo, yo voy a una biblioteca paso de si los bibliotecarios me dan los buenos días o no. Al contrario, prefiero que me dejen en paz. A cualquier biblioteca que vaya me sé desenvolver en tres minutos y localizar lo que quiero. Las personas que han tenido una escolarización elevada pues imagino que actuan como yo. En cambio, para alguien que está socialmente poco autorizado para estar en una biblioteca, todos estos aspectos son muy importantes.

También puede existir un efecto de discursos contradictorios. Si tenemos las mejores intenciones del mundo pero, a la vez, concebimos un espacio muy hermético para la biblioteca, entonces abrimos con una mano y cerramos con otra, deseo que vengas y por el otro lado estoy manifestando, con mi concepción del espacio, que no lo hagas. Esto nos lleva a contradicciones y ambivalencias profundas. Usted señalaba las del poder, las de los gobiernos, pero yo creo que todo el mundo ha de interrogarse sobre ello. Y si bien en muchos bibliotecarios existe ese real deseo de abrir la biblioteca a todos los públicos, también persiste en otros la vieja idea de que sería mejor si no hubiera público, que no hace más que estropear los libros.

Usted, por su formación (en sociología y antropología) y profesión (miembro del laboratorio LADYSS del CNRS-Université de Paris I) no es bibliotecaria. Pero al haber realizado diversos estudios sobre la lectura en el mundo rural o en los barrios desfavorecidos de grandes ciudades francesas ha entrado en contacto con la biblioteca pública y, en concreto, con los bibliotecarios. ¿Qué es lo que ha encontrado (quizás sin buscar)?

Es difícil tener una representación general de la profesión. Frecuentemente he visto a los bibliotecarios en las situaciones más óptimas para ellos ya que les veo en cursos de formación profesional, coloquios, etcétera, y muy a menudo no están de una manera obligada sino que lo han escogido. Esto ya hace una selección, pues son personas con un deseo de formación, con inquietudes. Además, salvo en algunas ocasiones, no les veo en su actividad profesional, en el día a día. Ya sabemos que cuando hay una reunión, un coloquio, un curso, siempre se da un cierto grado de exaltación, uno se ve que no está tan sólo, que hay otros compañeros con las mismas inquietudes.

Haciendo todas estas precisiones, he de decir que me gustan los bibliotecarios en el sentido de que, frecuentemente, me sorprenden su relativa libertad de pensamiento, la buena circulación de informaciones y experiencias entre ellos y, quizás me equivoque pero así lo veo, su lado un poco libertario. Lado en algunos casos un poco extremo que, por respeto estricto al usuario, provoca que no ayude al usuario, o a cierto tipo de ellos, cuando quizás lo tuviera que hacer.

Tengo una representación positiva de los bibliotecarios que he encontrado, que son, hay que precisarlo, bibliotecarios municipales y públicos situados en lugares nada fáciles, lo que no deja de ser una categoría de bibliotecarios. Creo que es una profesión que ha evolucionado rápido, al menos en Francia donde existía un gran retraso.

Sí, tengo mucha estima por los bibliotecarios. Muchas de las personas que he encontrado en el medio de las bibliotecas públicas, y no sólamente en Francia, tienen un espíritu real de servicio público, en el mejor sentido del término. Es decir, un planteamiento continuo sobre cómo servir bien al público.

Y para esos jóvenes de barrios desfavorecidos con los que ha realizado entrevistas sobre la biblioteca y la lectura, ¿qué son para ellos los bibliotecarios?

Para ellos, lo primero y lo más claro es que son alguien distinto a los enseñantes. Desgraciadamente para los profesores, muchos de esos jóvenes perciben la escuela como un lugar institucional, en el peor sentido del término, limitante, y el aprendizaje en la escuela como algo cercano a la sumisión (incluso si frecuentemente diferencian entre la institución y tal enseñante, el cual está dotado, desde su óptica, de todas las cualidades). Por el contrario, la biblioteca es percibida, incluso si para muchos es un lugar para hacer las tareas escolares, como una tierra de libertad. El bibliotecario es claramente percibido como alguien que no es un profesor, aunque tengan en común que están en el lado del saber. Incluso creo que tienen una representación un tanto idealizada del bibliotecario pues tienen la idea de que lo sabe todo, que ha leído todo, casi un saber universal.

Aparte de estas consideraciones generales no hablan mucho del bibliotecario como una categoría sino de tal o cual bibliotecario. Se dan cuenta rápido de quien es quien.

Notas:

PETIT, M.: "¿Cómo pueden contribuir las bibliotecas y la lectura a la lucha contra la exclusión?", en: ¿Dónde están los lectores? La contribución de la biblioteca pública frente a los procesos de exclusión: Actas V Jornadas de bibliotecas infantiles, juveniles y escolares. Salamanca: Fundación Germán Sánchez Ruipérez, 1998.

CHARTIER, R.: "Textes, imprimés, lectures", en: POULAIN, M. (dir.): Pour une sociologie de la lecture: lectures et lecteurs dans la France contemporaine. Paris: Cercle de la librairie, 1988, pp. 11-28.

CERTEAU, M. de: L'Invention du quotidien, 1/ Arts de faire. Paris: Gallimard, 1990.


--------------------------------------------------------------------------------

Esta entrevista fue extraída, con autorización de los editores, de la revista Educación y Biblioteca. Año 10, N° 96; Madrid, diciembre de 1998.

Imaginaria agradece a su autor las facilidades brindadas para su publicación en esta página.

Ramón Salaberria (biok@mail.internet.com.mx) es investigador español, especializado en el tema de las Bibliotecas. Dirigió durante varios años la revista Educación y Biblioteca y actualmente reside en México.


--------------------------------------------------------------------------------

Artículos relacionados:


Michèle Petit en Argentina

Reseña del libro "Nuevos acercamientos a los jóvenes y la lectura" de Michèle Petit

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Nuno Ramos ataca Bienal de SP no "Provocações"

O vazio da Bienal se reflete nas patotas ligadas aa rte em S Paulo o que determina a falsa produção de S. Paulo, e nemse estende a uma visão ampla da produção do Pías, mas ela, a BIENAL que ser este retrato, que não pode.PACV


Nuno Ramos ataca Bienal de SP no "Provocações"
Publicidade
da Folha de S.Paulo

Um dos mais brilhantes artistas da sua geração, o paulistano Nuno Ramos é o "alvo" de Antonio Abujamra no programa "Provocações", exibido hoje na TV Cultura, às 23h40.

Ramos não é de se esquivar de polêmicas, e, por isso, um dos pontos altos do programa é quando ele critica a 28ª Bienal de SP, mais conhecida como "Bienal do vazio" e que começa em outubro próximo, qualificando de "um pouco besta" ao se referir à conceituação do evento ser formatada mais em razão do esgotamento de seu modelo institucional do que à uma conceituação original.

"Daqui a pouco vão falar do Heidegger, da Mira Schendel", diz ele, lembrando de como o vazio era uma questão importante para o filósofo alemão e para a artista suíço-brasileira.

Ramos, assim, torna pública uma crítica comum dentro do meio artístico, sugerindo que a tradicional exposição pudesse ser adiada e repensada, em razão de sua profunda crise, sendo efetivamente realizada daqui a dois anos.

"Mas, pelo que li, já há 40 artistas", conta ele, contudo ressaltando que, com isso, possa surgir alguma boa resposta estética. O artista também destaca a contribuição da crítica em sua obra, em especial a de nomes como Alberto Tassinari e Rodrigo Naves, e lembra de seus textos sobre futebol, entre outros assuntos. (MG)

terça-feira, 8 de julho de 2008

A lucidez e a loucura em Estamira



Ver e ouvir Estamira , também é ouvir Marcos Prado, que lhe deu a voz, é uma experiência estonteante e que nos causa pavor diante do que somos inseridos no sistema, nos TROCADILOS, no além do além.Estamira é a voz da desrazão em razão, que nao sossobra para o mundo pois para a maioria seu ritmo e pensamento é desviante.Ela é o fulgor que emerge diante do lixo da sociedade que somos e não queremos saber pois o sistema apaga desinfeta para que esqueçamos desse lixo que somos, dessa contradição que nos constitui, desses valores em contradição ao humano.Estamira é o mundo, como ela mesma diz, ela é a inflação a infecção que somos e as desidratamos com a desculpa de que reciclando tudo apaga, e se renova.Os valores que esta mulher aponta é o conflito que mantemos,na política, na saúde, na educação, na economia, na sociologia e na pseudo desinfecção que operamos.O Filme desliza numa condensação operatória de momentos - dos pensamentos- Deleuzeanos e Foucaultianos e Nietzscheanos ,ja apontados- há tanto tempo e que permaençemos ainda nessa "beira" de estado ao qual nos submetemos dentro do sistema da sociedade de controle, em que se opera os horrores de negociação de ordens de valores que muito mais sufoca que valoriza a ordem do humano.Diz Estamira:
"Tem o controle remoto superior natural, e tem o controle remoto artificial. O controle remoto é uma força quase igual assim, mais ou menos igual à luz, à força elétrica, a eletricidade, sabe. Agora, é o seguinte, no homem, na carne e no sangue tem os nervos. Os nervos da carne sanguínea vem a ser os fios elétrico. Agora, os deuses, que são os cientistas técnico, eles controlam. Ele vê aonde ele conseguiu. Os cientistas, determinados trocadilos, ele consegue. Porque o controle remoto não queima, torce. O cientista tem o medidor que controla. Igual o ferro, o ferro ali. Aquele que tem os número, tem pra lã, tem pra… é… Tão simples, né?"
O filme é inovador e cria um marco não so pelo conteúdos mas pela depuração estética, das imagens , no conluio com a música da própria Estamira e de Decio Prado.Estamira é um recado loquaz que o cinema nos propõe para voltarmos e sempre a ter a filosfia ao nosso lado

Marcos Prado retrata a lucidez e a loucura em “Estamira”


Marcos Prado retrata a lucidez e a loucura em “Estamira”
27/07/2006
Neusa Barbosa
Já fazia seis anos que o fotógrafo carioca Marcos Prado se dedicava a um projeto de documentar o cotidiano do lixão do Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ) quando se deparou com uma senhora contemplando a árida paisagem. Ao pedir para tirar o seu retrato, Prado ainda não fazia idéia de que ela se tornaria a protagonista de seu longa de estréia como diretor, o documentário Estamira, que leva o nome da mulher, sexagenária, que trabalhava no imenso lixão.
Apesar de ser uma pessoa difícil, que os próprios amigos no lixão descreviam como “bruxa de Gramacho”, e de sofrer de distúrbios mentais, a afinidade entre Estamira e o fotógrafo foi imediata. “Ela logo me convidou a sentar ao lado dela, me mostrou seu arroz, seu fogão. Ela cozinhava no lixo. E tinha aquele discurso fantástico. Eu só conseguia pensar: ‘Quem é essa pessoa?’”, conta Marcos, em entrevista exclusiva em São Paulo, no final de julho de 2006.

A figura carismática capaz de longos discursos sobre a vida num vocabulário todo próprio não saía da sua cabeça e Marcos voltou a procurar Estamira. Mas ela não estava no lixão. Tinha sido apedrejada, depois de denunciar um casal que roubava as lonas usadas como abrigo pelos velhinhos que viviam no lixão – uma das muitas violências que sofreu no local, que não tem segurança à noite. Procurando-a em casa, Marcos foi recebido com uma frase sintomática: “Tarda, mas não falha”. Depois, pediu autorização para fazer um filme da vida dela. “Eu já estava envolto na magia do verbo de Estamira”, confessa.

Foram quatro anos desde esse primeiro encontro (em 2000) e a conclusão do filme, que acumulou até agora 25 prêmios, no Brasil e no exterior – como o Grande Prêmio do Festival Internacional de Documentário de Marselha e o de melhor documentário no Festival de Karlovy Vary (República Tcheca), na Mostra Internacional de São Paulo e no Festival do Rio. Nesse período, foi estabelecida uma relação de confiança, que é nítida na maneira como Estamira se expõe para a câmera, revelando seu cotidiano no lixão, sua casa peculiar, repleta de objetos e gatos (tem 50) e sua tensa relação com os três filhos – um dos quais, evangélico, proclamando que o problema dela, na verdade, é estar “tomada pelo demônio”.

O diretor conta que vários terapeutas lhe disseram que o filme acabou sendo uma espécie de terapia involuntária para a mulher. Ele mesmo acredita que do processo resultou algum bem: “Ela deve estar melhor do que estava. Lembrou coisas que devem ser importantes para a reconstrução dela”.

Àqueles que acham que o diretor expôs demais sua personagem, ao mostrá-la em cenas de aberto conflito com o filho e escandalizando seu neto, o diretor rebate: “Refleti muito sobre os limites da ética e da intimidade. Mas pensei que, ao cortar certas cenas, eu iria estar mitificando a Estamira. Ela mesma foi a primeira a ver o filme pronto. E me disse que a decisão de cortar ou não qualquer coisa era mesmo minha. ´É a sua missão´, ela disse. Eu juntei esse quebra-cabeças como quis”.

O diretor acredita que, apesar de mostrar um universo com tantas situações fortes e tristes, seu filme tem uma mensagem positiva. “Apesar de tudo, ela é uma pessoa que se impõe. Apesar das adversidades, ela encara a vida de frente. Ela poderia ter se entregado”, pondera.

Atualmente, Estamira não vai mais ao lixão – que continua existindo, mesmo estando saturado, com riscos ecológicos -, toma remédios, ganhou peso e continua se tratando, por vontade própria. Uma vez por semana, vai sozinha a uma unidade de atendimento psiquiátrico. Lá, o filme despertou a admiração de pelo menos um médico, que se esforça para mostrá-lo aos demais. Prado também defende: “Está na hora de haver uma nova reforma psiquiátrica no Brasil”.

Outra mudança na vida de Prado é que Estamira se tornou um relacionamento permanente. “Nos falamos duas, três vezes por semana. Eu a levo ao meu médico, pago uma mesada a ela. Vou fazer uma casinha para ela. Nós a adotamos”.

Sócio do cineasta José Padilha na produtora Zazen, Prado não era, porém, estranho ao cinema. Havia produzido os filmes Carvoeiros (2000), de Nigel Noble, e o premiado Ônibus 174 (2002), de Padilha. Seu próximo trabalho no cinema é outra produção: Tropa de Elite, ficção dirigida novamente por José Padilha, sobre rapazes que entram para o temido Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

by marcos prado

terça-feira, 1 de julho de 2008

A infância e o terror

Ainda somos primitivos, e sempre seremos?
O pacto de humanidade a cada dia se dilui como água que escorre parecendo afirmar que não há nada que nos ampare para arrefecermos o violento que somos.O capitalismo adentra a isto de forma invisível, mas adentra e a infância escorre sobre o consumo e a loucura do capital nos torna mais desumanos, a loucura sobre o homem é a mesma do homem para com a infância e a Mãe acusada de jogar bebê de prédio no PR passará por exame de sanidade mental Paulo a c v
Publicidade
da Folha Online

A auxiliar de enfermagem Tatiane Damiane, 41, suspeita de jogar a filha de oito meses da janela do sexto andar de um prédio no centro de Curitiba (PR) no final da noite de segunda-feira (30), passará por exame de sanidade mental.

Depois de jogar a criança, a mãe ameaçava se jogar também, mas foi impedida por vizinhos que pediram para que ela saísse da janela. O corpo do bebê foi encontrado sobre um telhado de uma garagem do prédio. A menina caiu de uma altura de aproximadamente 20 metros. Vizinhos de Damiane tentaram agredi-la, mas foram impedidos.

Segundo o governo do Paraná, em depoimento à delegada Eunice Vieira Bonome, do Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes), a mãe confessou que jogou a filha da janela. Relatou que estava cansada de cuidar da criança e que não apresentava nenhum tipo de sentimento por ela. Damiane, segundo o governo do Paraná, só não se jogou por interferência dos vizinhos, que bateram na porta do apartamento e pediram para ela descer da janela.

A auxiliar de enfermagem relatou que tomava dois remédios, sendo um deles receitado por um psiquiatra. A Polícia Civil irá averiguar se de fato o medicamento foi prescrito por um profissional.

Damiane foi autuada em flagrante por homicídio doloso (com intenção de matar). A auxiliar de enfermagem foi encaminhada para o Centro de Triagem 1 e isolada das demais detentas. Somente após o exame de sanidade mental é que a Polícia Civil irá definir o destino dela.

mídia nada faz senaõ comer o consumo da loucura,