JANAÍNA CALAÇA* |
Janaína Calaça é uma dessas democratas que vai a luta, defende a democracia e lembra-nos o passado sombrio que muitos não sabem ou não querem saber, pondo em risco o país que tem um candidato nestas eleições de extrema direita (#bolsonarojamais), aliás um candidato estelionatário da política,como disse um jornalista da mídia alternativa digital .Ela é escritora e trabalha no campo editorial.Formada em Letras pela UFBA, radicada em São Paulo. Seu recado é rápido e certeiro.Palavras de uma Brasileira que segura o bastão do respeito e da dignidade humana via democracia. Meu respeito e aplausos para ela!
Viva a DEMOCRACIA! Paulo Vasconcelos
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Muitos que nasceram em um país democrático talvez não tenham consciência de que a liberdade custou a vida e o sangue de muitos. Vidas foram ceifadas e famílias foram destruídas para que tivéssemos um país minimamente livre.
Muitos que viveram os anos da ditadura militar no Brasil e dizem que só "vagabundos comunistas" eram presos, torturados e mortos naturalizam o horror, apenas porque o horror era praticado principalmente contra quem pensava diferente e enxergava o silenciamento, a truculência, a liberdade tolhida. Essas pessoas olham o passado com escárnio e usufruem da liberdade conquistada por esses "vagabundos comunistas", fatia da população em que hoje, na concepção dessas pessoas, eu me incluo.
Vocês usufruem da liberdade conquistada com luta e com sangue e hoje, a uma semana das eleições, querem entregá-la de bandeja. A liberdade, esse artigo tão barato para vocês. Uns porque escolheram abertamente o horror; outros, privilegiados ou porque não entendem a gravidade do momento, preferem a "isenção".
O valor da liberdade só lhes será caro quando não a tiverem mais, e nós, os "vagabundos comunistas", é que teremos que, mais uma vez, dar nosso sangue para vocês viverem em um país livre e democrático.
* Autora do livro Obs(cena)s nasceu em 1982, em Salvador, Bahia. Em 2007, trocou o colorido das tardes quentes no Solar do Unhão pelo p&b de São Paulo e hoje anda com a cara para cima, tonta com os arranha-céus, à procura de um horizonte impossível. É graduada em Letras pela UFBA e hoje dedica-se a por o pé na estrada, escrevendo sobre viagens para o Jeguiando (http://jeguiando.com), sem abandonar, no entanto, seu amor pela literatura. Obs(cena)s é uma reunião de contos sobre o cotidiano, recortes de vida, cenas de bastidores, o que está por trás das cortinas e da sujeira debaixo dos tapetes desbotados.( por Editora Patuá)