Mara Telles conosco em flagra do Facebook:
Ontem tive que dar uma olhada nos números do IBOPE para não passar vergonha durante a entrevista na CBN. O que me chamou mais atenção:
1. 1/3 acha o governo bom/ótimo, 1/3 ruim/péssimo, 1/3 regular.
Baita polarização, hein? Para onde irão os 1/3 que avaliam como "regular"? Serão atraídos por um dos pólos esquerda - extrema direita? De qualquer forma é um público que deve está espiando os dois lados para se posicionar.
Regular é o isentão do FB.
2. Educação é um dos itens mais bem avaliados pela população. EDUCAÇÃO! Apesar dos cortes! Meu palpite, que expressei, é que a maior parte da população está no nível fundamental/médio, níveis que estão a cargo não do governo federal, mas dos governadores/prefeitos. Assim, apesar da pergunta se referir ao programa do governo federal para a educação, o indivíduo olha para as condições locais sem necessariamente saber qual o poder é responsável - se o estadual, o municipal ou o federal.
3. Temas muito mal avaliados estão majoritariamente na economia: impostos, juros e desemprego, além da saúde. Saúde sempre esteve na ponta dos itens que causam mais problemas aos governos, mas o desmonte do Mais Médicos pode ter ajudado bastante nesta avaliação negativa. Bolsonaro grita que gerou empregos, mas os desempregados sabem que não é assim.
4. A corrupção, que se consagrou nos últimos 3 anos como o problema prioritário do país desapareceu! Durante os governos de Dilma e do Impostor, a corrupção foi seguidamente apontada como o principal problema do país. Agora, a economia voltou ao cenário.
5. Se a economia continuar afundando, os que avaliam como "regular" o governo passarão para a turma dos que julgam como ruim / péssimo.
6. Não há tema moral que resista ao desemprego! Bolsonaro não se reelegerá falando apenas de Ku e gays. (Se terminar o mandato)
7. Está claríssimo na pesquisa a velha divisão entre mais ricos x mais pobres. A avaliação do governo Bolsonaro é péssima no Nordeste e entre os que têm ensino fundamental e acima da média entre os mais escolarizados e no Centro-Oeste, região do agronegócio.
Fim.