Nunca me inspirou confiabilidade a Academia Brasileira de Letras, quero dizer, a forma de admissibilidade.Há uma espécie de compadrios de toda espécie.Lá é um centro de conservadorismo, de rituais dos aléns e de acadêmicos suspeitos em sua obra.Muito bem, a Conceição Evaristo, candidatou--se, não sei por e para quê, pois não precisa deste compadrio, mas é um teste da cor e ai vai o conflito..Machado de Assis já se tornou branco há muito tempo, vamos ver o que vai correr.Tomo o texto de Vnicius Aleixo Lima por :https://bit.ly/2u65Jdp
Paulo Vasconcelos
Conceição Evaristo ABL: a Casa Grande da......
Calila das Mercês
Por Conceição Evaristo na ABL e
mais valorização dos autores negros
Texto: Vinícius Aleixo de Lim
Há cerca de duas semanas, o grupo Diálogos Insubmissos de Mulheres
Negras lançou uma campanha virtual pela indicação da
escritora afro-brasileira Conceição Evaristo à cadeira 7 da Academia
Brasileira de Letras (ABL), que está vaga desde a morte do
cineasta Nelson Pereira dos Santos, em 21 de abril deste ano.
O abaixo-assinado já reune até o momento mais de 16 mil
assinaturas. Caso a mobilização seja vitoriosa, Evaristoserá a primeira
mulher negra a integrar a ABL.
Nascida numa favela de Belo Horizonte em 1946, a hoje doutora
em Letras pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e vencedora
de um Prêmio Jabuti (2015) caracteriza sua trajetória como uma
história de exceção, às quais afirma que “devem ser lidas para
se pensar a regra”. A regra, no caso, é a marginalização dos
negros na literatura brasileira, que Evaristopôde superar com
um reconhecimento que só lhe foi devidamente concedido já em
avançada idade.
Sua escola literária é própria, que ela mesma denomina de
escrevivência, na qual o texto literário nasce a partir das suas
vivências particulares enquanto mulher negra, conferindo profundidade,
personalidade, e verossimilhança às suas personagens, especialmente quando
comparadas a personagens negras construídas por autores brancos ao longo da
história literária nacional, estas, geralmente constituídas a partir de estereótipos
racistas, como a hipersexualização e a subserviência. Segundo Evaristo,
“a escrevivência não é para adormecer os da Casa Grande e sim
para acordá-los
dos seus sonhos injustos”.
A primeira publicação literária da escritora, uma coletânea de poemas, ocorreu nos anos
90 nos Cadernos Negros, organizada pelo coletivo Quilombhoje. Após esta, a próxima
ocorreria apenas em 2003, com o romance Ponciá Vivêncio, que a alçaria, com o tempo,
à condição de imprescindível autora da literatura brasileira contemporânea. Depois,
vieram o romance Becos da Memória (2006), a coletânea Poemas da Recordação e
Outros Movimentos(2008), os contos Insubmissas Lágrimas de Mulheres (2011),
os premiados contos de Olhos D’Água (2014), e sua última publicação, Histórias de Leves
Enganos e Parecenças (2016).
Sobre a campanha em defesa de sua indicação para a ABL, em entrevista ao portal Sul21,
Evaristo afirma que “se a academia brasileira é um lugar, uma instituição de representação
de uma nacionalidade literária, então, estou com vontade de me candidatar mesmo e vamos ver”.
A Academia e a negritude
Segundo o estatuto fundacional da ABL, seu papel é o de cultuar a língua e a literatura nacional,
atuando como uma espécie de guardiã da literatura brasileira. Num país de maioria negra
incrustado por um racismo (no passado e no presente) que violenta, marginaliza, e invisibiliza,
é imperativa a necessidade de representação adequada dos negros em espaços de poder,
culturais, e acadêmicos, incluindo-se aí, a própria ABL. Historicamente, porém, a representatividade
da população afro-brasileira também não é proporcional na Academia à profusão de grandes autores.
Fundada em 1897 com um escritor negro ocupando a primeira presidência — a saber, Machado
de Assis —, a Academia Brasileira de Letras em seus 120 anos de história consagrou mais
de 280 personalidades à imortalidade das Letras, entretanto, dentre estes, o número de
negros selecionados não chega a dez — além de Assis, contamos José do Patrocínio,
Domício Proença Filho, Dom Lucas Moreira Neves e Dom Silvério Lucas Pimenta —
, e o de negras é zero. Até mesmo autoras e autores negros que conquistaram grande
prestígio na literatura nacional, como Lima Barreto, Maria Firmina dos Reis, Solano Trindade e
Carolina Maria de Jesus ficaram de fora do seleto grupo de imortais.
Na ocasião da vacância da cadeira 29. após a morte do bibliófilo José Mindlin. em 2010,
o escritor, cantor e compositor Martinho da Vila se candidatou à ocupação da
vaga, entretanto, não recebeu nenhum voto favorável dosmembros da Academia.
Literatura negra brasileira
Apesar das dificuldades enfrentadas pelos autores negros para conseguirem publicar e
obter reconhecimento público por suas obras, a produção literária afro-brasileira, especialmente
nas últimas décadas, se mostra cada vez mais rica e pujante. Ainda que o maior número
de publicações de autores desta população se localize na contemporaneidade, ao menos
desde o século XIX podemos encontrar grandes literatos que obtiveram o devido reconhecimento
por suas produções, como Cruz e Souza (1861-1898), José do Patrocínio (1853-1905),
Lima Barreto (1881-1922), Machado de Assis (1839-1908), Castro Alves (1847-1871) e Maria Firmina
dos Reis (1825-1917).
Buscando contornar o preterimento da autoria negra, entrave muito presente nas grandes
editoras no momento de selecionarem obras a serem publicadas, nas últimas décadas
começaram a surgir no Brasil selos cujo foco é justamente a publicação de obras produzidas
por autores afro-brasileiros, potencializando o alcance e a visibilidade destes artistas.
Entre as iniciativas, para citar algumas, destacamos as editoras Mazza Edições, Editora
Ogum’s, Nandyala Editora, Pallas Editora, e a Editora Malê, esta última responsável
pela publicação da mais recente obra de Conceição Evaristo.
Em cumprimento ao seu papel institucional de preservação, valorização, e promoção das culturas
e dosconhecimentos afro-brasileiros, a Fundação Cultural Palmares realizou no ano de 2015
a primeira edição do Prêmio Oliveira Silveira — homenagem ao poeta negro Oliveira Silveira,
um dos líderes da campanha pelo reconhecimento do dia 20 de novembro como
Dia da Consciência Negra.
O projeto premiou e publicou cinco obras literárias inéditas do gênero romance, que tinham a
cultura e história afro-brasileiras como temática. As obras vencedoras foram os romances
Água de Barrela, de Eliana Alves dos Santos Cruz, Haussá 1815 – Comarca das Alagoas,
de Júlio César Farias de Andrade, Sobre as vitórias que a história não conta, de André Luís Soares,
Sina traçada, de Custódia Wolney, e Sessenta e seis elos, de Eduardo Carvalho. Todas obras
são distribuídas nacionalmente pela Fundação Cultural Palmares, e os autores selecionados
receberam um prêmio no valor de R$30 mil cada.
Texto: Vinícius Aleixo de Lim
Há cerca de duas semanas, o grupo Diálogos Insubmissos de Mulheres
Negras lançou uma campanha virtual pela indicação da
escritora afro-brasileira Conceição Evaristo à cadeira 7 da Academia
Brasileira de Letras (ABL), que está vaga desde a morte do
cineasta Nelson Pereira dos Santos, em 21 de abril deste ano.
O abaixo-assinado já reune até o momento mais de 16 mil
assinaturas. Caso a mobilização seja vitoriosa, Evaristoserá a primeira
mulher negra a integrar a ABL.
Negras lançou uma campanha virtual pela indicação da
escritora afro-brasileira Conceição Evaristo à cadeira 7 da Academia
Brasileira de Letras (ABL), que está vaga desde a morte do
cineasta Nelson Pereira dos Santos, em 21 de abril deste ano.
O abaixo-assinado já reune até o momento mais de 16 mil
assinaturas. Caso a mobilização seja vitoriosa, Evaristoserá a primeira
mulher negra a integrar a ABL.
Nascida numa favela de Belo Horizonte em 1946, a hoje doutora
em Letras pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e vencedora
de um Prêmio Jabuti (2015) caracteriza sua trajetória como uma
história de exceção, às quais afirma que “devem ser lidas para
se pensar a regra”. A regra, no caso, é a marginalização dos
negros na literatura brasileira, que Evaristopôde superar com
um reconhecimento que só lhe foi devidamente concedido já em
avançada idade.
em Letras pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e vencedora
de um Prêmio Jabuti (2015) caracteriza sua trajetória como uma
história de exceção, às quais afirma que “devem ser lidas para
se pensar a regra”. A regra, no caso, é a marginalização dos
negros na literatura brasileira, que Evaristopôde superar com
um reconhecimento que só lhe foi devidamente concedido já em
avançada idade.
Sua escola literária é própria, que ela mesma denomina de
escrevivência, na qual o texto literário nasce a partir das suas
vivências particulares enquanto mulher negra, conferindo profundidade,
personalidade, e verossimilhança às suas personagens, especialmente quando
comparadas a personagens negras construídas por autores brancos ao longo da
história literária nacional, estas, geralmente constituídas a partir de estereótipos
racistas, como a hipersexualização e a subserviência. Segundo Evaristo,
“a escrevivência não é para adormecer os da Casa Grande e sim
para acordá-los
dos seus sonhos injustos”.
escrevivência, na qual o texto literário nasce a partir das suas
vivências particulares enquanto mulher negra, conferindo profundidade,
personalidade, e verossimilhança às suas personagens, especialmente quando
comparadas a personagens negras construídas por autores brancos ao longo da
história literária nacional, estas, geralmente constituídas a partir de estereótipos
racistas, como a hipersexualização e a subserviência. Segundo Evaristo,
“a escrevivência não é para adormecer os da Casa Grande e sim
para acordá-los
dos seus sonhos injustos”.
A primeira publicação literária da escritora, uma coletânea de poemas, ocorreu nos anos
90 nos Cadernos Negros, organizada pelo coletivo Quilombhoje. Após esta, a próxima
ocorreria apenas em 2003, com o romance Ponciá Vivêncio, que a alçaria, com o tempo,
à condição de imprescindível autora da literatura brasileira contemporânea. Depois,
vieram o romance Becos da Memória (2006), a coletânea Poemas da Recordação e
Outros Movimentos(2008), os contos Insubmissas Lágrimas de Mulheres (2011),
os premiados contos de Olhos D’Água (2014), e sua última publicação, Histórias de Leves
Enganos e Parecenças (2016).
Sobre a campanha em defesa de sua indicação para a ABL, em entrevista ao portal Sul21,
Evaristo afirma que “se a academia brasileira é um lugar, uma instituição de representação
de uma nacionalidade literária, então, estou com vontade de me candidatar mesmo e vamos ver”.
90 nos Cadernos Negros, organizada pelo coletivo Quilombhoje. Após esta, a próxima
ocorreria apenas em 2003, com o romance Ponciá Vivêncio, que a alçaria, com o tempo,
à condição de imprescindível autora da literatura brasileira contemporânea. Depois,
vieram o romance Becos da Memória (2006), a coletânea Poemas da Recordação e
Outros Movimentos(2008), os contos Insubmissas Lágrimas de Mulheres (2011),
os premiados contos de Olhos D’Água (2014), e sua última publicação, Histórias de Leves
Enganos e Parecenças (2016).
Sobre a campanha em defesa de sua indicação para a ABL, em entrevista ao portal Sul21,
Evaristo afirma que “se a academia brasileira é um lugar, uma instituição de representação
de uma nacionalidade literária, então, estou com vontade de me candidatar mesmo e vamos ver”.
A Academia e a negritude
Segundo o estatuto fundacional da ABL, seu papel é o de cultuar a língua e a literatura nacional,
atuando como uma espécie de guardiã da literatura brasileira. Num país de maioria negra
incrustado por um racismo (no passado e no presente) que violenta, marginaliza, e invisibiliza,
é imperativa a necessidade de representação adequada dos negros em espaços de poder,
culturais, e acadêmicos, incluindo-se aí, a própria ABL. Historicamente, porém, a representatividade
da população afro-brasileira também não é proporcional na Academia à profusão de grandes autores.
atuando como uma espécie de guardiã da literatura brasileira. Num país de maioria negra
incrustado por um racismo (no passado e no presente) que violenta, marginaliza, e invisibiliza,
é imperativa a necessidade de representação adequada dos negros em espaços de poder,
culturais, e acadêmicos, incluindo-se aí, a própria ABL. Historicamente, porém, a representatividade
da população afro-brasileira também não é proporcional na Academia à profusão de grandes autores.
Fundada em 1897 com um escritor negro ocupando a primeira presidência — a saber, Machado
de Assis —, a Academia Brasileira de Letras em seus 120 anos de história consagrou mais
de 280 personalidades à imortalidade das Letras, entretanto, dentre estes, o número de
negros selecionados não chega a dez — além de Assis, contamos José do Patrocínio,
Domício Proença Filho, Dom Lucas Moreira Neves e Dom Silvério Lucas Pimenta —
, e o de negras é zero. Até mesmo autoras e autores negros que conquistaram grande
prestígio na literatura nacional, como Lima Barreto, Maria Firmina dos Reis, Solano Trindade e
Carolina Maria de Jesus ficaram de fora do seleto grupo de imortais.
Na ocasião da vacância da cadeira 29. após a morte do bibliófilo José Mindlin. em 2010,
o escritor, cantor e compositor Martinho da Vila se candidatou à ocupação da
vaga, entretanto, não recebeu nenhum voto favorável dosmembros da Academia.
de Assis —, a Academia Brasileira de Letras em seus 120 anos de história consagrou mais
de 280 personalidades à imortalidade das Letras, entretanto, dentre estes, o número de
negros selecionados não chega a dez — além de Assis, contamos José do Patrocínio,
Domício Proença Filho, Dom Lucas Moreira Neves e Dom Silvério Lucas Pimenta —
, e o de negras é zero. Até mesmo autoras e autores negros que conquistaram grande
prestígio na literatura nacional, como Lima Barreto, Maria Firmina dos Reis, Solano Trindade e
Carolina Maria de Jesus ficaram de fora do seleto grupo de imortais.
Na ocasião da vacância da cadeira 29. após a morte do bibliófilo José Mindlin. em 2010,
o escritor, cantor e compositor Martinho da Vila se candidatou à ocupação da
vaga, entretanto, não recebeu nenhum voto favorável dosmembros da Academia.
Literatura negra brasileira
Apesar das dificuldades enfrentadas pelos autores negros para conseguirem publicar e
obter reconhecimento público por suas obras, a produção literária afro-brasileira, especialmente
nas últimas décadas, se mostra cada vez mais rica e pujante. Ainda que o maior número
de publicações de autores desta população se localize na contemporaneidade, ao menos
desde o século XIX podemos encontrar grandes literatos que obtiveram o devido reconhecimento
por suas produções, como Cruz e Souza (1861-1898), José do Patrocínio (1853-1905),
Lima Barreto (1881-1922), Machado de Assis (1839-1908), Castro Alves (1847-1871) e Maria Firmina
dos Reis (1825-1917).
obter reconhecimento público por suas obras, a produção literária afro-brasileira, especialmente
nas últimas décadas, se mostra cada vez mais rica e pujante. Ainda que o maior número
de publicações de autores desta população se localize na contemporaneidade, ao menos
desde o século XIX podemos encontrar grandes literatos que obtiveram o devido reconhecimento
por suas produções, como Cruz e Souza (1861-1898), José do Patrocínio (1853-1905),
Lima Barreto (1881-1922), Machado de Assis (1839-1908), Castro Alves (1847-1871) e Maria Firmina
dos Reis (1825-1917).
Buscando contornar o preterimento da autoria negra, entrave muito presente nas grandes
editoras no momento de selecionarem obras a serem publicadas, nas últimas décadas
começaram a surgir no Brasil selos cujo foco é justamente a publicação de obras produzidas
por autores afro-brasileiros, potencializando o alcance e a visibilidade destes artistas.
Entre as iniciativas, para citar algumas, destacamos as editoras Mazza Edições, Editora
Ogum’s, Nandyala Editora, Pallas Editora, e a Editora Malê, esta última responsável
pela publicação da mais recente obra de Conceição Evaristo.
editoras no momento de selecionarem obras a serem publicadas, nas últimas décadas
começaram a surgir no Brasil selos cujo foco é justamente a publicação de obras produzidas
por autores afro-brasileiros, potencializando o alcance e a visibilidade destes artistas.
Entre as iniciativas, para citar algumas, destacamos as editoras Mazza Edições, Editora
Ogum’s, Nandyala Editora, Pallas Editora, e a Editora Malê, esta última responsável
pela publicação da mais recente obra de Conceição Evaristo.
Em cumprimento ao seu papel institucional de preservação, valorização, e promoção das culturas
e dosconhecimentos afro-brasileiros, a Fundação Cultural Palmares realizou no ano de 2015
a primeira edição do Prêmio Oliveira Silveira — homenagem ao poeta negro Oliveira Silveira,
um dos líderes da campanha pelo reconhecimento do dia 20 de novembro como
Dia da Consciência Negra.
O projeto premiou e publicou cinco obras literárias inéditas do gênero romance, que tinham a
cultura e história afro-brasileiras como temática. As obras vencedoras foram os romances
Água de Barrela, de Eliana Alves dos Santos Cruz, Haussá 1815 – Comarca das Alagoas,
de Júlio César Farias de Andrade, Sobre as vitórias que a história não conta, de André Luís Soares,
Sina traçada, de Custódia Wolney, e Sessenta e seis elos, de Eduardo Carvalho. Todas obras
são distribuídas nacionalmente pela Fundação Cultural Palmares, e os autores selecionados
receberam um prêmio no valor de R$30 mil cada.
e dosconhecimentos afro-brasileiros, a Fundação Cultural Palmares realizou no ano de 2015
a primeira edição do Prêmio Oliveira Silveira — homenagem ao poeta negro Oliveira Silveira,
um dos líderes da campanha pelo reconhecimento do dia 20 de novembro como
Dia da Consciência Negra.
O projeto premiou e publicou cinco obras literárias inéditas do gênero romance, que tinham a
cultura e história afro-brasileiras como temática. As obras vencedoras foram os romances
Água de Barrela, de Eliana Alves dos Santos Cruz, Haussá 1815 – Comarca das Alagoas,
de Júlio César Farias de Andrade, Sobre as vitórias que a história não conta, de André Luís Soares,
Sina traçada, de Custódia Wolney, e Sessenta e seis elos, de Eduardo Carvalho. Todas obras
são distribuídas nacionalmente pela Fundação Cultural Palmares, e os autores selecionados
receberam um prêmio no valor de R$30 mil cada.