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domingo, 20 de janeiro de 2019

OS EX- ALUNOS FALAM: ESCOLA HERMILO BORBA FILHO -RECIFE-PE -

ARQUIBO  CEHBH

ARQUIBO  CEHBH

A Comunidade Escola Hermilo Borba Filho estaria completando 38 anos de sua fundação este ano. Foi uma escola Viva, renovou os ânimos de alunos, pais e de uma comunidade. Na época as inovações eram:  desde suas instalações à metodologia, conteúdos ali desenvolvidos, durou pouco 1981-1987.Mas deixou sementes que vingaram e vingarão mais.

A Escola deixou rastros via seus alunos e muitos professores que seguiram a metodologia ali desenvolvida e aprimorada. O Pensamento Crítico, a participação do sujeito – aluno e família ocorreram bem, com os normais contratempos. 

Enfrentamos a ditadura, no seu final, e propusemos  nossas metas e procedimentos metodológicos conteudísticos, não acatamos a doutrinação da direita, da ditadura- explicamos a História-escondida-e, mesmo com pouco tempo de vida deixamos marcas vejam:


Com muita alegria, após publicação do texto aqui já postado- sobre: A Comunidade Escola Hermilo Borba Filho,
( https://bit.ly/2sc7tAD) recebi três e-mails que disponibilizo após contato; eles-  ex-alunos, me acompanhavam pelo Face e no Blog Palavras dos Brasileiros, sem eu ter a devida identificação como seguidores.

Os e-mails comprovam nossa atuação, nos erros e acertos, mas sobretudo, nos dá um retorno de compreensão e resultado do nosso trabalho.

Os mesmos pediram para não serem identificados face a atual situação conturbada do país, ainda mais que dois fazem parte do governo federal -funcionários federais. Um é engenheiro, um geólogo, a outra, professora.

Reproduzo abaixo os e-mails com apenas as iniciais dos alunos:


Prof. Paulo
1-Foi com espanto e alegria rememorar nosso tempo na Escola. Você especialmente me ensinou muito a duvidar dos fatos e buscar variadas fontes dos acontecimentos. Não fui um excelente aluno, mas fisguei o que foi possível. Tornei-me incômodo na minha família, rsss, por duvidar dos fatos e querer explicações mais adequadas quando me apontavam caminhos únicos. Bom, meu pai era milico daqueles bravos, minha mãe foi quem escolheu a escola, morávamos na Encruzilhada. Ela era professora, sabe com é né, teve faro. Chegaram até a me ameaçar em retirar da escola. Jamais esquecerei de você e sua poesia, declamada para nós falando do homem. Lembro-me bem de Drummond que sempre era recitado. Foi um tempo mágico e engrandecedor, pena que a escola fechou, mas nos estamos aqui, hoje sou engenheiro e trabalho numa empresa estatal Lembro-me de Ana, Sueli, Vera e Gardel, meu abraço RST


2-Prof. Paulo

Sensacional, mais quero, mas, mais para mostrar aos meus filhos. Caso queira tenho fotos, preciso só encontrar, avise-me do lançamento. Hoje trabalho no interior de Pernambuco como geólogo. Foi demais a zorra da escola, pois nos sentimos verdadeiros apesar das criticas que recebíamos de sermos de uma escola Comunista...kkkkkkkk, nem sabem o que é comunismo. Sinto não termos tido um ensino mais intenso da matemática e de língua Portuguesa como os manuais e a escola tradicional pede, mas acontece. Abrace a todos, Sergio – o maluco, a Aninha que sempre foi bacana e atenciosa comigo. Indo a sampa quero vê-lo.
A.S.M

3-Paulo,
Agora chamo assim, aliás sempre chamávamos por seu nome, você até preferia, que bacana ver a matéria no seu blog, deixou-me com lagrimas de recordação. Jamais esquecerei a Hermilo, foi um marco em minha vida. Estudei com bolsa. As oficinas de brinquedos me ensinaram muito e repasso hoje em minha tarefa docente. Fui aluna ainda na Conde da Boa Vista depois passei para o Espinheiro. A metodologia em Ciências Sociais foi sensacional tornamo-nos seres críticos especialmente na atualidade que tanto nos massacra. Fico feliz de seu projeto de escrever sobre a escola. O pé e jambo será inesquecível. Abrace a Nanci, a Gardel, caso os vejam, ah! e Aninha ,Sueli. Meu abraço enorme.
A.N S

ARQUIBO  CEHBH



Em tempos tão difíceis, como os de agora, relembrar a Escola, sua história, seus passos é ver luz nos túneis da vida, é transformar jambo vermelho –fruta boa, gorda para a cabeça dos sujeito/alunos, é fazer política, como toda educação o faz, é fazermos, como assim fizemos, o poema da educação, dizer em coletivo partilhar lutar, buscar a verdade.!!!
Breve estaremos lançando uma pequena obra com sua história seus antecedentes e depoimentos.

Precisamos de mais escolas como estas ou acima dela, pois estamos em outro tempo, e para não regredirmos e cantarmos juntos a redenção dos povos de mãos dadas pelo saber, busca da verdade e da emancipação do homem como o melhor canto que poderemos ter – o homem e sua verdade o homem e sua emancipação e não o homem oprimido subserviente ao capital que destrói a poesia de ser.


--> Se nos proíbem, vamos às praças, ruas, estradas, mas cantaremos a verdade e o saber que nos faz libertos da opressão e nossos músculos serão ágeis e fortes para embates se assim for preciso!