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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

A besta não é um animal determinado, mas um “fundo indeterminado” que vive escondido em todo animal. Captura do Facebook








O Poeta e hermeneuta , Elton Luiz de Souza, nos aponta diante dos fatos, pessoas que estão em nossa volta e que via mídia-falsa, tendenciosa e BESTA ataca, dissemina e nos envolve com a coberta contaminada de vermes e dejetos. A filosofia é a verdadeira articulação do possível saber, construindo ou desconstruindo conceitos para ampliar sentidos, bússola que enverga um transcender ,ou como nos ensinou Deleuze:

"O que nos força a pensar é o signo. O signo é objeto de um encontro; mas é precisamente a contingência do encontro que garante a necessidade daquilo que ele faz pensar. O ato de pensar não decorre de uma simples possibilidade natural; ele é, ao contrário, a única criação verdadeira. A criação é a gênese do ato de pensar no próprio pensamento. (Deleuze, 1987, Proust e os Signos p. 96)
Ao tomar o conceito - aqui no caso- A Besta, Elton vai decompondo o signo para se alumiar no pensar e expandir o ato de pensamento.






















Ele ao narrar sobre A BESTA, mesmo de forma breve, nos propicia ver como a articulação do Mito, como integrante do saber, mas que por vezes, nos come sem mastigar e aos poucos  põe-nos na escuridão,  e  repetimos  as filosofias  vãs , ou como diz Edson Passetti, (PUC-SP) filosofias biscates, cegas de alguns ditos intelectuais do além dos aléns e que se manifesta em bestas que farejam outras , ou seja candidatos- da filiação  bestonazista que fareja outras bestas, se preferimos podemos adensar com Peter Pál Pelbart:





           Se os que melhor diagnosticaram a vida bestificada, de Nietzsche e Artaud até os jovens experimentadores de hoje, têm condições de retomar o corpo como afectibilidade, fluxo, vibração, intensidade, e até mesmo como um poder de começar, não será porque neles ela atingiu um ponto intolerável? Não estaríamos todos nós nesse ponto de sufocamento, que justamente por isso nos impele numa outra direção? Talvez haja algo na extorsão da vida que deve vir a termo para que esta vida possa aparecer diferentemente... Algo deve ser esgotado, como o pressentiu Deleuze em “L´Épuisé”, para que um outro jogo seja pensável.(https://bit.ly/2MJilCH)
Vamos a Elton no seu post do Face: 




Elton Luiz Leite de Souza

Segundo Deleuze, “besteira” vem de “besta”. A besta não é um animal determinado, mas um “fundo indeterminado” que vive escondido em todo animal. Nos animais, o instinto os dota de certo comportamento reconhecível , impedindo que esse fundo indeterminado da besta tome o animal.

 O leão é o leão, a hiena é a hiena, o lobo é o lobo. A ferocidade desses animais não é maldade ou crueldade, mas ações que se explicam pelo instinto. Nenhum desses animais se comporta como uma besta indeterminada, pois seus comportamentos são explicáveis por sua natureza.

O homem é o único ser no qual o instinto não tem força para protegê-lo desse fundo indeterminado, tampouco pode a inteligência , sozinha, livrar o homem da besta que vive nele, como em todo animal. No mito, o símbolo da “Besta” é o Minotauro, o “ sedento de sangue”, misto de homem e touro. Mas quem nele bebe o sangue é a parte humana, pois a parte taurina é herbívora. 

A besta que está no homem pode até mesmo se servir da linguagem: e é assim que nasce a “besteira” , enquanto violência verbal proferida por um besta, como o Srº Bolsonaro. Em geral, a besteira serve ao fanatismo, à tolice e ao preconceito. Mas as besteiras ditas nunca são ingênuas, são altamente perigosas, pois oculta-se nelas sede de sangue.


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