Não é atoa que um líder sabe falar com o povo, pois veio do povo e agregou sua desgramática ou gramática da musculatura engendrada, colada a boca do costume com seus pares.A palavra não é menos palavra quando dita ao modo do povo. José Lins do Rego foi combatido em sua obra pela forma como punha a língua do povo . O escritor possuía uma briga com os gramáticos para se imantar na traição mais legítima de nosso idioma, a língua molhada no bico do povo, com a saliva da pronuncia do povo que esquenta e dá propriedade ao nosso idioma , permitindo uma identidade nacional, doa em quem doer.
Lula diz e rediz o Brasil que se quer esquecer, que se quer escondido, mesmo sendo este Brasil a maioria do povo, cuja linguagem é assim, é dita pelo o que a língua mais facilmente articulada pode soltar, iluminar o sentido .Este seu modo estilístico, além de aproximar a narrativa complicada do politiquês, economês etc., faz diminuir a distância entre ele e seus ouvintes.O povo identifica-se com ele, por sua pronúncia ao seu jeito de tocar e olhar. Este seu modo de ser, sua performance, causa inveja, causa repudio a classe média que tem medo de se ver lá atrás, como era. O brasil precisa falar o Brasil como o Brasil é ou, "AMENAS", que queira falar INGREIS.
João Guimarães Rosa e José Lins foram dois gênios, cada um no seu quadrado, mas trouxeram à literatura , a baba da língua do povo, como assim também tentou Mario de Andrade , Oswald de Andrade, Ascenço Ferreira, Manoel de Barros e tantos outros.Só que é assim, na literatura, livro, pode na fala não e agora José? E agora Marcos Bagno?
O vídeo curto , ora aqui posto, é uma aula de filosofia como diria Deleuze, em seu conceito de Literatura menor.
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