Em que pese meus senões contra essas grandes feiras literárias, pois na verdade agregam um corporativismo, como em quase tudo neste país e nao é um apanhado da real literatura do Brasil, tomei a liberdade de publicar aqui a postagem de um intelectual baiano que respeito e tenho apreço -Prof..Dr.Florisvaldo Mattos.UFBA. A matéria, ou o post, dele no Facebook, comunga comigo e faz menção ao trabalho sério de Josélia Aguiar a quem admiro .
Paulo Vasconcelos.
Paulo Vasconcelos.
Foto Facebook Josélia Aguiar
Depois de amanhã, 26, encerrando-se no dia 30, ocorre a 15ª Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), que tem à frente de sua curadoria a jornalista baiana radicada em São Paulo.
Joselia Aguiar que em artigo publicado no suplemento "Ilustríssima", da Folha de SP, neste domingo, 23, discorre sobre a linha de ação que procurou imprimir na programação, a partir de que o evento homenageia o escritor Lima Barreto e sua obra, um esforço de buscar o que estava fora do centro cultural dominador, baseada na ideia de que os choques culturais são maiores e mais vastos num ambiente diverso.
Dentro desse esquadro inovador, no sentido de garantir a paridade, orientou a sua diligência no sentido de garantir paridade, como a de aumentar a presença de autores negros (22 homens e 24 mulheres), cobrindo 30% da presença entre escritores convidados.
Numa festa que sempre optou por priorizar as imposições do mercado editorial, com vistas em destacar quem vende mais, é importante esta guinada no sentido de valorizar uma espécie de subúrbio da inteligência, pois a ideia maior não é privilegiar o leitor especializado, mas abrir horizontes e oportunidades ao leitor de modo geral.
Esta decisão da jornalista Josélia Aguiar (diplomada pela Facom-Ufba, é bom que se diga, para orgulho baiano) merece aplausos, por divergir do diapasão de posturas adotadas, quase sempre, em tais casos, pelos manda-chuvas culturais do Sul zarolho. Palmas para ela.