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terça-feira, 20 de agosto de 2019

....vou começar a me intitular como “Joana das Cabras, a poeta da seca”. ONÇA VERUNSCHK

arquivo da autora M VERUNSCHK in facebook
seguindo seu estilo escrevo no mesmo, ela sempre exata como o sim ou recusa.
abaixo seu post do facebook




em 2003 eu publiquei meu primeiro livro, um livro de poesia chamado Geografia Íntima do Deserto. um livro com uma influência cabralina, é claro, mas com algo para além da influência. este livro, como a maioria aqui sabe, foi finalista de um prêmio importante e teve uma certa projeção nacional a partir daí. as matérias dos jornais da época realçaram esse fato cabralino a partir do belíssimo prefácio que João Alexandre Barbosa escreveu para o livro e isso se tornou como que um carimbo que justificasse a minha inclusão entre os outros nove finalistas do prêmio, grandes nomes como Augusto de Campos, Manoel de Barros, Chico Buarque de Holanda, Décio Pignatari, entre outros. 
era menos a minha poesia e mais Cabral quem ali estava, tenho essa noção. de lá pra cá são 9 livros publicados, livros de ficção entre eles, alguns finalistas de prêmios nacionais, um romance vencedor, mas vira e mexe preciso lidar com assessorias de comunicação de eventos que pararam naquele 2004 em que o Geografia Íntima do Deserto foi finalista. então generalizam: a poeta (quando não “a poetisa”) é influenciada por João Cabral de Melo Neto e usa metáforas que remetem ao deserto, à secura, à escassez. para alguns inclusive continuo sendo professora de História em Arcoverde. 
é muita preguiça, muita falta de orientação de como se pesquisa e muita falta de bom senso mesmo, já que basta pedir uma minibio atualizada. 
desde 2004 que, aproveitando o gancho de uma brincadeira de uma amiga ironizando essa tara sobre as metáforas do deserto, vira e mexe me intitulo “A poeta da seca”. em 2019 com essa fixação por Cabral vou começar a me intitular como “Joana das Cabras, a poeta da seca”.