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Universidades públicas preparam mudanças na pós-graduação em SP-https://bit.ly/49o3nsT
A crise nas Universidades é grande. Faltam verbas, atrativos para a realização de mestrado e doutorado, face salários baixos e outras variáveis como veremos em matéria abaixo publicada no veículo BRASIL 247. Seguindo essa espécie de precarização, Concursos desengonçados para professores confundem bacheralado, que não habilita a docência em nível superior que, no caso, é função da pós graduação strictu sensu, os conhecidos programas de mestrado e doutorado; ainda mais, dão mais valência ao mestrado - que é um nível de especialização tipicamente brasileiro - já que, nada impede a realização do doutorado direto que nivela acima do título de mestre em uma mesma área, como exemplo a da Psicologia, em específico. Outrossim, houve caso de candidato em concurso para Professor substituto no Campus de Sorocaba da UFSCar - mais precisamente, para professor de Psicologia Social e da Educação cujo desenrolar deu-se no que segue: (1) inscrição deferida, (2) aprovação em primeiro lugar no concurso, (3) homologação do resultado pela Pró-reitoria de Gestão de pessoas, (4) publicação do mesmo no Diário Oficial da União, (5) convocação para a prestação dos exames médicos e do exame adminissional, inexistindo nestes qualquer impedimento para a posse, todavia, (6) quando do envio da documentação necessária para a investidura no cargo, a mesma foi barrada pela gerência de RH do Campus de Sorocaba.
Diante disso, caberia questionar: (1) ora, a interdisciplinariedade, por onde anda? Ainda mais em uma Instituição que faz apologia e tem linha de pesquisa nesse regime! (2) O que pensava a comissão que avaliou as titularidades do candidato quando concedeu-lhe o primeiro lugar no concurso justo pelo seu currículo?
Desfecho final; perplexo, o candidato entrou com recurso administrativo esperando que, tanto a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas tivesse uma visão mais ampla do processo - o que não ocorreu -, quanto o Conselho Universitário se reunisse e desse um parecer juridicamente aceitável em face da constituição federal e ou do seu regimento interno, contudo, nada disso aconteceu e o mesmo teve seu direito de posse negado.
Segundo fontes seguras, não ocorreram, nem a convocação do referido conselho e nem a reunião para a contemplação do recurso.
Só mais algumas palavras, em tempos não muito longínquos, dadas as mesmas fontes, o candidato passou por algo semelhante, qual seja, ser aprovado, prestar os exames médicos e admissionais e ser constransgido no momento da assinatura do contrato de trabalho para o cargo de Professor Substituto, entretanto, quando a gerência local de RH do Campus de Sorocaba consultou a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas em São Carlos, o desfecho foi bem diferente: o candidato tomou posse, teve seu contrato de trabalho renovado, a cada seis meses totalizando dois anos; contribuiu nas três áreas da universidade, no caso, o ensino, a pesquisa e a extenção.
Como mestre e doutor pela ECA USP, PROFESSOR COLABORADOR na pós graduação da mesma, sem adêrencia disciplinar, acho estranho o ocorrido, já que os grandes pensadores -professores brasileiros e internacionais não tiveram ADERÊNCIA DISCIPLINAR, não é; PAULO FREIRE,GUIMARÃES ROSA, RADUAN NASSAR - doador de terrenos para UFSCar, ANA MAE BARBOSA,GILBERTO FREYRE, CELSO FURTADO,WINNICOTT, CASTORIADIS, JULIA KRISTEVA,MELANIE KLEIN..passaria horas relacionando.
Espero que em próximos concursos, se é que existirão, não mais ocorram tais fatos, e que não restrinjam as áreas ( quiça para não atrair candidatos de diversas áreas aumentando o trabalho de correção e outros procedimentos,pois a restrinção diminuem as candidaturas e o trabalho da comissão) bem como respeitem a formação interdisciplinar.
PEÇO DIVULGAR COMENTAR, VIU; ATTUCH, HILDE, KIKO NOGUEIRA L NASSIF, EDUARDO MOREIRA, RENATO ROVAI...
AH! E O SENHOR MINISTRO DA EDUCAÇÃO,CAMILO SANTANA- E SUA SECRETARIA DE CURSOS SUPERIORES
https://bit.ly/49o3nsT
Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil
Com o objetivo de tornar os programas de pós-graduação mais flexíveis, com conteúdo mais moderno e atividades externas, para atrair mais estudantes, as seis universidades públicas paulistas querem adotar mudanças na estrutura do modelo de seus cursos já em 2025. O projeto vale para as instituições com notas 6 ou 7 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Para a implementação do projeto, um protocolo de intenções foi assinado entre a Capes, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal do ABC (UFABC) e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Segundo o presidente da Fapesp, Marco Antonio Zago, a pós-graduação no Brasil vive um momento de crise com uma queda expressiva no número de graduados e de novas inscrições. “O número de titulações do mestrado e do doutorado na USP, por exemplo, caiu respectivamente 15% e 10%. Na mesma USP houve uma redução de 20% a 30% do número de novas matrículas no mesmo período. E essa busca pela pós-graduação que ocorre em São Paulo se reflete no resto do país”.
Zago avalia que os motivos são diversos, como um movimento amplo dos jovens que estão se afastando do ensino superior por desilusão quanto ao ensino universitário e com a competência que acrescenta ao indivíduo. Outro fator, para a pouca procura, é a dependência de bolsas de estudo, que têm valores abaixo do necessário para que o estudante se mantenha apenas estudando.
“Excluindo o estado de São Paulo, onde há forte apoio para a ciência, houve uma redução muito grande dos recursos para os institutos de pesquisa e universidades tanto para a manutenção como para a criação de laboratórios competitivos. Então, muitos dos nossos jovens que querem ter um futuro na ciência procuram ir embora do país”, ressaltou.
O presidente da Fapesp disse que ao longo dos anos a pós-graduação foi se “complicando” burocraticamente com a criação de disciplinas teóricas, exigindo créditos e atividades adicionais que, na avaliação de Zago, nada tem a ver com a essência da pós-graduação, que deve ser um treinamento essencialmente ligado ao método científico.
“E esse ensinamento será útil para as atividades futuras, seja como docente de universidade, seja como pesquisador em um instituto de pesquisa, seja nas empresas promovendo pesquisa e desenvolvimento. E apesar de o tempo ter aumentado em 10 anos não houve aumento da qualidade”.
Para o presidente da Fapesp, entre as medidas para atrair os estudantes está o aumento do valor das bolsas, com pagamento de Previdência Social; a redução no tempo de graduação e diminuição da burocracia, com a criação de modelos competitivos.
“Precisamos, de novo, simplificar. O que se espera com esse acordo é que o aluno entre para o mestrado e, durante um ano, ele aprenda o método científico, prepare uma proposta, um projeto, e no final desse tempo ao menos 30% dos alunos que entraram no mestrado passem já para o doutorado. Portanto, o doutorado seria obtido num prazo de 5 anos, o que é razoável”, ressaltou Zago.
O acordo assinado com as universidade prevê que, às que aderirem ao programa, a Capes se comprometa a conceder a bolsa de doutorado aos alunos bolsistas de mestrado que optarem pela mudança de nível, e uma bolsa de pós-doutorado para os programas que efetivarem uma ou mais mudanças de nível de mestrado para doutorado. Já a Fapesp se compromete a complementar o valor das bolsas de doutorado e de pós-doutorado concedidas pela Capes, para fazer a equiparação ao valor oferecido por suas bolsas equivalentes.
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