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segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

IA: Sob o véu da técnica, o assujeitamento humano por Outras Palavras

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vale ler a matéria que -OTRAS PALAVRAS NOS BRINDA, ALIÁS ESTE ASSUNTO É BASTANTE AGENDADO NA MESMA REVISTA, VAMOS A LEITURA.P VASCONCELOS



OUTRAS
PALAVRAS


 Os mitos estão caindo: modelos de linguagem tipo ChatGPT não se aproximam da inteligência – mas interessa às Big Techs fingir que sim. Por trás desta intenção, há um projeto colonizador e um viés desumanizador que tenta modelar os usuários


A onipotência da ciência dura do Norte global

Numa era de crescente datificação da experiência humana, não chega a surpreender que o pensamento crítico esteja em baixa entre os cientistas. Mas é, de qualquer forma, alarmante que isso possa ocorrer na editoria de um periódico acadêmico tradicional, prestigioso – e generalista. Foi, portanto, com um misto de espanto e indignação que li o parágrafo de abertura, transcrito abaixo, do editorial do volume de julho de 2023 da revista Nature Machine Intelligence.[1] Como se sabe, o grupo editorial Nature, fundado em Londres na segunda metade do século XIX, tem por missão disponibilizar para toda a comunidade científica sinopses fidedignas dos avanços das várias áreas do saber.

“Frederick Jelinek, a renowned Czech-American researcher in natural language processing and speech recognition, famously said in 1985, ‘Every time I fire a linguist, the performance of the speech recognizer goes up’, suggesting that there may be no efficient way to include linguistic knowledge in such systems. Does this sentiment also hold true for state-of-the-art large language models (LLMs), which seem to be mostly artifacts of computer science and engineering? Both LLMs and linguistics deal with human languages, but whether or how they can benefit each other is not clear”.

“Frederick Jelinek, um renomado pesquisador tcheco-americano em processamento de linguagem natural e reconhecimento de fala, alcançou notoriedade em 1985 dizendo: “toda vez que demito um linguista, desempenho do reconhecedor de fala aumenta”. Esse sentimento também é verdadeiro para os modelos de linguagem de última geração (LLMs), que parecem ser principalmente artefatos da ciência da computação e da engenharia. Tanto os LLMs quanto a linguística lidam com idiomas humanos, mas não está claro se ou como eles podem se beneficiar mutuamente”. (tradução da autora)

É, no mínimo, irresponsável que os que divulgam os avanços da inteligência artificial (IA) ao resto da comunidade científica ignorem – ou não queiram admitir – que os grandes modelos de linguagem (doravante, GMLs, como no inglês LLMs) se abeberam fartamente de conceitos e técnicas da linguística, assim como das demais ciências que descrevem e interpretam a linguagem natural.

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