BRASIL DE FATO nos brinda com pequena matéria,mas que chama atenção para o caráter não democrático das redes de interação entre populações.Reservo-me o direito de não designá-las de redes sociais pois ainda não percebo um forte traço de sociabilidade,senão circunstancial e de laços sociais menos densos ,pois os que temos face a face possuem mais vigor, mesmo com frações de pessoas.A matéria de Cardona, de certo modo, ratifica este meu último argumento, vamos ao texto:
As redes sociais são tão democráticas como pensamos?
"Estas plataformas estão longe de serem neutras"
Aristóteles Cardona Júnior -http://bit.ly/37FoNBA |
No final da década de 1990, havia um certo discurso de que a internet ajudaria a melhorar as democracias pelo mundo. Mas, foi com a popularização das redes sociais, como o Orkut, já nos primeiros anos do século XXI, que pareceu crescer em setores da sociedade uma expectativa de um novo modelo de democracia na qual as pessoas poderiam ter um canal de participação, direto de suas casas, sem representações ou intermediários.
Exageros à parte, este foi sim, durante muito tempo, um discurso alimentado por amplos setores da grande mídia. Entretanto, não demora e pipocam pelo mundo supostos levantes populares que culminaram com a derrubada de governos e que aparentavam possuir em comum o fato de terem sido organizados a partir da internet, das redes sociais, quase que como por geração espontânea. Se já houve muita confusão sobre o papel das redes sociais e suas ingerências na política, hoje há vasta comprovação do papel de redes como Google e Facebook na política e de que estas plataformas estão longe de serem neutras.
Estou trazendo este tema porque os debates em torno das redes sociais e seus impactos na democracia estão de volta. Porém, hoje, ao se pesquisar por DEMOCRACIA e REDES SOCIAIS, as dúvidas e inseguranças aparecem de forma muito mais contundente que o já velho discurso de democracias renovadas.
A Bolívia das últimas semanas é um bom exemplo. Estamos assistindo a um verdadeiro golpe de Estado naquele país, com a derrubada de um presidente legítimo e a subida ao poder de um setor que não teve sequer 5% dos votos nas últimas eleições. Mas quero destacar aqui o que houve no Twitter, com estimativas apontando dezenas de milhares de robôs criados apenas para fazer número e transmitir a idéia de normalidade democrática na Bolívia e de que o golpe possuiria respaldo “popular”. Grande parte destes robôs, inclusive, escrevendo em inglês e com contas criadas nos últimos dias somente.
Faço novo corte no texto e volto para a admissão, por parte do WhatsApp, quase 1 ano depois da eleição para presidente, de que houve o envio maciço, e ilegal, de mensagens na eleição que elegeu Bolsonaro. E, aí, chegamos a um ponto crucial, a meu ver, para entendermos o que se passou no Brasil, o que se passa Bolívia e que ainda se passará por certo tantas vezes: Como funciona esta máquina? Quem a banca? Quem a alimenta? As respostas para estas questões são cruciais, pois o WhatsApp vir a público admitir fraude ainda é muito pouco. É preciso impor um limite ao poder destas empresas que, literalmente, interferem cada vez mais nas combalidas democracias pelo mundo.
Exageros à parte, este foi sim, durante muito tempo, um discurso alimentado por amplos setores da grande mídia. Entretanto, não demora e pipocam pelo mundo supostos levantes populares que culminaram com a derrubada de governos e que aparentavam possuir em comum o fato de terem sido organizados a partir da internet, das redes sociais, quase que como por geração espontânea. Se já houve muita confusão sobre o papel das redes sociais e suas ingerências na política, hoje há vasta comprovação do papel de redes como Google e Facebook na política e de que estas plataformas estão longe de serem neutras.
Estou trazendo este tema porque os debates em torno das redes sociais e seus impactos na democracia estão de volta. Porém, hoje, ao se pesquisar por DEMOCRACIA e REDES SOCIAIS, as dúvidas e inseguranças aparecem de forma muito mais contundente que o já velho discurso de democracias renovadas.
A Bolívia das últimas semanas é um bom exemplo. Estamos assistindo a um verdadeiro golpe de Estado naquele país, com a derrubada de um presidente legítimo e a subida ao poder de um setor que não teve sequer 5% dos votos nas últimas eleições. Mas quero destacar aqui o que houve no Twitter, com estimativas apontando dezenas de milhares de robôs criados apenas para fazer número e transmitir a idéia de normalidade democrática na Bolívia e de que o golpe possuiria respaldo “popular”. Grande parte destes robôs, inclusive, escrevendo em inglês e com contas criadas nos últimos dias somente.
Faço novo corte no texto e volto para a admissão, por parte do WhatsApp, quase 1 ano depois da eleição para presidente, de que houve o envio maciço, e ilegal, de mensagens na eleição que elegeu Bolsonaro. E, aí, chegamos a um ponto crucial, a meu ver, para entendermos o que se passou no Brasil, o que se passa Bolívia e que ainda se passará por certo tantas vezes: Como funciona esta máquina? Quem a banca? Quem a alimenta? As respostas para estas questões são cruciais, pois o WhatsApp vir a público admitir fraude ainda é muito pouco. É preciso impor um limite ao poder destas empresas que, literalmente, interferem cada vez mais nas combalidas democracias pelo mundo.
Edição: Marcos Barbosa
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