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sábado, 22 de junho de 2019

Não é loucura: é tortura para quem goza de lucidez. por Dra.Mara Telles-UFMG


Mara sempre encima do foco, sem meias palavras ou desenhos abstratos.Consegue ter um poder de síntese fora do comum.Cômica, irônica quando precisa, mas certeira no seu canhão de discurso! Palavras de uma Brasileira!
Pegadas do Facebook.Adelante Mara.!



Foto por Arquivo pessoal Mara Telles





Bolsonaro insiste na fake news de que Jean vendeu o mandato para David e se refere ao ex-deputado como a "menina" que deixou o país. Eleito pelo desatino de eleitores desiludidos com o sistema político, que foi incendiado pela Lava Jato, o governo insiste em transformar a realidade numa ilusão de ótica.
No TT de hoje, a hastag #OPavãoTemRazão mantém-se no topo. Trata-se de uma referência a uma história lançada pela Revista IstoÉ, que mistura Rússia, comunismo, teorias conspiratórias e ameaças veladas a jornalistas, para produzir um roteiro em defesa de Moro. Um combo de 007 contra o império soviético, tuitado pelos capangas do Bolsonarismo e reproduzido para ativar mais ódio à esquerda entre os seguidores fiéis do Presidente.
Mamadeiras de Pirocas, Kits Gays, mudança do nome da Padroeira do Brasil, Livro de Haddad e Pedofilia foram as Fake News mais compartilhadas durante a campanha. Vistas de longe, hoje parecem brincadeira de crianças diante das invenções que se voltam contra as universidades, a “extrema imprensa” e personagens associados às esquerdas em geral, embora por esquerda se entenda qualquer crítico ao governo.
O governo fala exclusivamente para uma parcela minoritária, mas barulhenta e radical, pingando homeopaticamente doses de mentiras criadas exclusivamente para criar um realismo fantástico que tem a função de fundamentar uma narrativa de uma realidade paralela sem Estado, onde vigora apenas a vontade e a falta de lei.
Não é loucura: é tortura para quem goza de lucidez. Não se trata de um governo de “fofocaiada”, como dito pelo demitido General Santos Cruz. Trata-se de uma estratégia meticulosamente traçada para manter sempre atiçada a matilha de seguidores, que são os pés do bolsonarismo nas ruas, sempre chamadas para serem movimentadas contra as instituições.
O Golpe de 2016 fez um mal terrível ao país e a participação de Moro nele foi fundamental. Por isso Moro não cairá tão facilmente. A “verdade” trazida pelos vazamentos é incapaz de sensibilizar os bolsonaristas, porque a eles só importam as verdades produzidas pelos seus líderes, entre os quais brilha a coroa do Juiz.
E o STF, será capaz de julgar com isenção o que os vazamentos dizem? Há esperança de retorno à lucidez, por parte das instituições?
Não sei. O fenômeno que se apresenta hoje no país elegeu o Presidente. E, isso não é pouca coisa.

quarta-feira, 19 de junho de 2019

A Vertigem da Democracia- um poema sobre uma tragédia

O DCM,   por Mauro Donato, faz matéria sobre documentário -DEMOCRACIA EM VERTIGEM de Petra Costa.


Mauro Donatopor http://bit.ly/2Y62kbO


Donato é um poeta ao escrever a matéria.Seu tônus é de quem cruza-afeto-emoção e o linear da linguagem escrita. A articulção de sua prosa é um poema forte sobre outro poema.
Uma lírica sobre outra - um poema escrito sobre outro poema- .

Um poeta entende outro-Petra Costa

Dedico esta postagem a recém partida INEZ PEREIRA DA LUZ. 
Não chegou a ver o documentário,pena, pois era uma estudiosa da imagem- do cinema.
Entrecruzo tudo.Deixo que Donato fale da poética de Petra.
Abaixo a matéria do DCM.-http://bit.ly/2KqWDlr






Fundamental, o lindo filme de Petra Costa revela seus receios sobre os rumos da democracia no país

 

“Não sei como isso deve ser contado”, diz a narradora a certa altura de “Democracia em Vertigem”, filme que estrou no Netflix nesta quarta-feira, mesma data em que Sergio Moro depunha na CCJ do Senado para ‘inexplicar o explicável’ e esquivar-se dos vazamentos de conversas flagrantemente comprometedoras.
A narradora e também diretora é a cineasta Petra Costa e se me fosse dada a oportunidade de ponderar sua observação, diria: “Na verdade talvez ninguém saiba como isso deve ser contado, mas é necessário contar seja de que maneira for”.
E a linguagem de Petra é eficiente. Muito.
Enquanto Sergio Moro estava lá desdizendo o que disseram que disse, o filme nos lembra de um outro diálogo igualmente vazado que já deveria ter sido o suficiente para um breque no processo todo que culminou com o impeachment de Dilma e prisão de Lula, tamanho o escândalo.
A obscena conversa entre Romero Jucá e Sergio Machado na qual “um grande acordo nacional, com o Supremo, com tudo” alçaria Michel Temer ao poder e assim a Lava Jato sofreria o torniquete tão desejado pela dupla e por toda a gangue.
Didática, Petra Costa pausa o filme e manda repetir aquela excrescência para que não pairem dúvidas.
Os fatos posteriores e já amplamente conhecidos são provas concretas de que houve o tal acordo. Com especial e dedicada participação de Moro, Dallagnol e amigos dos amigos.
No entanto, o país não reagiu àquela altura, assim como não reage hoje perante os vazamentos trazidos pelo The Intercept. Assiste a tudo impávido.
O filme de Petra não tem um tom de indignação. Pelo contrário. Sua voz encantadoramente triste faz uma narração tranquila dos eventos em clima de diário secreto.
Reminiscências de sua observação da história desde criança são entrelaçadas com a ascensão de Lula, sua dupla gestão bem-sucedida, a passagem do bastão para Dilma, o processo de derrubada daquele projeto de governo que havia tirado milhões da linha de miséria.
A leitura que a diretora faz das imagens de Michel Temer na cerimônia de posse do primeiro mandato Dilma é digna de entrar para a antologia.
De origem de classe média alta, Petra Costa é neta de um dos fundadores da construtora Andrade Gutierrez. Seus galhos genealógicos ligam-na inclusive a Aécio Neves. Uma boa parte de sua família votou em Bolsonaro.
Petra fala com naturalidade dessas manchas a que todos, involuntariamente, estamos sujeitos. A origem da diretora talvez nos condicione a vê-la como insuspeita, algo que a biografa de seus pais corrobora. Esquerdistas, foram perseguidos e tiveram papel fundamental na formação política da filha.
A mãe é um fio condutor inteligente e emotivo no filme.
O farto material da diretora mostra os bastidores do poder de forma humanista. E a rígida Dilma, quem diria, nesses momentos sempre nos emociona. Já tinha sido assim em “O Processo”, da diretora Maria Augusta Ramos, que é um documentário em formato oposto ao de Petra. Impessoal e frio, não tem narração ou sequer legendas que identifiquem os retratados.
Aliás esses dois filmes são um ótimo registro do momento atual. Complementam-se.
No filme “O Processo” vemos a senadora Fátima Bezerra perguntar aos colegas, revoltada: “Onde isso vai parar? E se daqui a pouco resolvem prender o Lula?”
O filme de Petra abre com as horas antecedentes à prisão de lula, a resistência na sede do sindicato dos metalúrgicos no ABC, o clima de desespero da massa de gente que desejava impedir que o ex-presidente se entregasse.
Ali a diretora demonstra seu temor com os rumos que as coisas estão tomando. Externa a perturbação comum com o que vemos quando olhamos para nós mesmos hoje. A tal vertigem do título, a mesma que sentimos quando olhamos fixamente para o espelho.
“Democracia em Vertigem” é um filme tocante (na correta acepção do termo, não como um certo xucro faz uso) e fundamental.
Uma indicação inequívoca para Sergio Moro que deveria, se acometido por um fluxo de autoconsciência, ter iniciado dessa maneira seu depoimento: “Não sei como isso deve ser contado”.

domingo, 16 de junho de 2019

O JOGO E PIAGET - PAULO VASCONCELOS - EBOOK -AGORA NA AMAZON-KINDLE

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ABRINDO

A obra apresenta a construção teórica do jogo-brincar brinquedo-brincadeira. Contempla-se a historicidade da infância, seus conceitos, mutações e relativismos dentro de quadros multipolares. 

São levantadas as influências variadas de diversos campos epistêmicos afim de talhar para melhor discernimento e historicidade do lúdico na infância. Assim, o estudo classificatório do jogo, além da proposta de Jean Piaget, passa por outros autores, o que sublinha o ineditismo da obra, agregando as experiências semióticas de vários autores, incluso a de Jean Piaget de modo a estabelecer quadros comparativos, a exemplo de Vygotsky. 

No quadro semiótico, a validade se dá na contemplação de uma rede sígnica estruturada e estruturante da criança, permitindo entender este suporte a partir do desenvolvimento cognitivo e imaginário infantil e de sua comunicação lúdica face às estratégias do jogo. Portanto, o jogo é algo amplo que não se reduz a um lúdico apenas, mas o inclui. A obra é para iniciantes e iniciados que desejam desvendar a amplitude do jogo-lúdico-brinquedos e brincadeiras.

JEAN BAUDRILLARD: DO TEXTO AO PRETEXTO EDIÇÕES AMAZON-KINDLE


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A obra é para um público que deseja conhecer J.Baudrillard, ou seja, permite entender, inteirar-se de uma sequência acadêmica e e intelectual de sua obra e percurso.

 Adensa seu pensamento numa revisão crítica ao pensamento marxista, adentrando pelos meandros da esfera do valor, e ressignificando-o, pela proposta discursiva e dos signos. Sua obra cresce, passando de um estruturalista a um pós-moderno, em que as reflexões do signo já não bastam diante das novas trocas e densidades; o paroxismo já é imperioso. 

A morte é fatal, o sujeito perambula e a panóplia de novos séquitos de sujeitos assuntados em simulacros se adensam nas janelas discursivas, com destaque para as eletrônicas-digitais. 

A obra ergue um estudo genético da obra de Jen Baudrillard. Assim, apresenta no seu contexto, as emanações de influências como: Nietzsche, Barthes e Bataille que exerceram determinações marcantes neste autor, a medida que aponta as marcas deixadas em sua arquitetura epistêmica. Poucos sociólogos deixaram tantas críticas, como a de ser apocalítico e vítima de outras tantas. Um pensador crítico da contemporaneidade antevendo a crise do capital e de novas guerras híbridas pelos simulacros da linguagem das fake news

sexta-feira, 14 de junho de 2019

EL ODIO - um grito contra o horror


É MUITO IMPORTANTE VER ESTE DOCUMENTÁRIO -TODO- INTEIRO-
RETRATO DO BRASIL EM TEMPOS DE CÓLERA ÓDIO E FALTA DE SOLIDARIEDADE! VEJAM POR FAVOR! FEITO POR UM ESTRANGEIRO-ANDRÉS SAL-LARI. BOLIVIANO AUTOR DE :#ElCartelDeLaMentira / #InvasiónUSA / #ProyectoLupín



General Heleno tem surto e dá murros na mesa ao comentar entrevista de L...

MÍDIAS MENTEM :A GREVE FOI E ESTÁ SENDO SUCESSO CONTRA A DITADURA


TELESUR






As cidades amanheceram paradas sem fluxo.O povo se dispersou por bairros, ruas vielas.
Não só SP, mas a capital Federal -Brasília e mais estados :Minas Gerais, Paraná, Sta Catarina, RGS,E.Santo, Bahia, Pernambuco, Paraiba,Bahia, Alagoas, RG  do Norte, Maranhão Piauí,Acre, Amapá, Rondônia,Pará,Aracaju.Foram quase 400 cidades em todo Brasil .

O povo atendeu em massa ao chamado.

O comércio e Industria pararam. O que abriu, logo fechou ou teve prejuízo.
O exército se exacerba
.

TLESUR 

Há previsão de novas greves, diante da situação  geral do país, ingovernável.

O grande grito é contra a REFORMA DA PREVIDÊNCIA-SUA CAPITALIZAÇÃO, EDUCAÇÃO - RETiRDA DE VERBAS DO ENSINO BÁSICO ÀS UNIVERSIDADES.

Não há médicos, após a saída do Mais Médicos, pessoas morrem sem atendimento.

Agrotóxicos matam e continuam afetando a agricultura.

O mercado Internacional reclama e não há solução.

Cai produção Industrial, desemprego farto.

Denúncias sérias - gravíssima contra o judiciário-Moro- é um ditador, aculoiado com Guedes e Militares.
Vivemos um clima de ditadura!

bokinka facebook

bokinha facebook

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Entrevista a candidata presidencial Thelma Cabrera, GUATEMALA- MLP |



Grande candidata para libertação do povo de GUATEMALA!
Ouçam atentamente!!

�� Lula na TVT – 13.06.2019 APÓS DENÚNCIAS INTERCEPT







OBSERVEM DETALHES DE EXPRESSÃO, FANTÁSTICA!!!!!!!!!!!!

A LITERATURA É ORAL-GRITO NA BOCA DOS BRASILEIROS - GREVE GERAL





GREVE- POIS NÃO É GRAVE-  É MUITO MAIS QUE ISTO: É GRAVISSÍMO. dia 14.06
MANIFESTE-SE- EM SEU BAIRRO , IGREJAS PRAÇAS, RUAS ,BECOS,TRABALHO!!!!


O País passa por assombro macabro, com DEMOCRACIA FALIDA, poderes quebrados, povo arruinado, tristonho, infeliz, miséria  alastrando-se pelas ruas centrais das grandes, médias e pequenas capitais.

O POVO SENTE-SE desgovernado não crê na justiça. MEDO EXPLODE!!!!!

No interior do país o povo anda cabisbaixo, sem entender o QUE SE PASSA.

ROBERTO PARIZOTTI/CUT





Há uma onda de suicídio entre policiais.Nunca pensamos em policiais -sérios que estão nas ruas por força do contigenciamento da profissão, mas não dormem, tem famílias ameaçadas, são contra Bolsonaro e ficam impedidos de se manifestar.

De igual  modo ocorre ente os policiais  civis e  militares de média e baixa patente. Nos quartéis há um zum zum entre quatro paredes, banheiros e cochichos.

No Rio o caso é alarmante entre policiais que desertam, fogem das cidades.

Por tudo isto que é muito grave- um futuro incerto- com a REFORMA DA PREVIDÊNCIA, desemprego e fome se alastrando há que se ter o povo nas ruas-GREVE- POIS NÃO É GRAVE  É MUITO MAIS QUE ISTO É GRAVISSÍMO.

terça-feira, 11 de junho de 2019

NOVAS DENÚNCIAS - VAZAJATO SAIRÃO NAS GRANDES MÍDIAS INTERNACIONAIS










"Publicamos *4 artigos complexo*, com muita evidencia, so 3 dias atrás. Entendo que pessoas querem mais, mas precisa nos dar tempo e espaço pra fazer jornalismo certo. Se errarmos, isso não ajudará a informar o público, e eles vão usar isso pra sempre. Tudo será dito. Eu prometo."


Material farto foi distribuído às mídias internacionais  por Greenwald-The Intercept Brasil.
Há muita gente envolvida e pode ser a grande degola do fascismo do Executivo -Judiciário  e Legislativo.

As novas denúncias sairão nas mídias Internacionais, talvez antes mesmo que as do Brasil para a abrangência ser mais fatal.
The Tele

Glenn Greenwald é nome de peso e respeitado  no mundo ocidental, ganhador de vários prêmios no Jornalismo, incluso o PULITZER.

Telegram fundado em 2013 pelos irmãos Nikolai e Pavel Durov, de onde grande parte do material  foi colhido já manifestou-se, nao sabemos detalhes
Ela é uma empresa independente, não mais ligada ao VK - uma  espécie de Facebook Russo.

Glenn mantém mudez,  é proposital e correta face a dimensão dos fatos.O que vale é a ação dos fatos e sua difusão.

O Lawfare que impera no Brasil - América Latina é  uma combinação internacional aculoiada para fazer desmoronar as frágeis democracias do continente Latino.A Telesur e Hispantv vem tratando o caso corretamente, bem como outros ramos da mídia, mesmo as americanas- do norte, e as do continente europeu.

A depender da Justiça Brasileira, a coisa irá demorar- o povo tem que está nas ruas aos gritos, berros para fazer  valer o trabalho bem talhado da Intercept Brasil.Uma equipe sigilosa e criteriosa o acompanhou dentro e fora do país para  a denunciar e fazer  eclodir.

O jornalismo alternativo está fazendo sua parte , resta a nós brasileiros darmos suporte contra a ferida que vem destruindo o país.Não temos mais democracia e república.

Atores Sociais de peso, em circulação nas mídias hegemônicas ,precisam ajudar a detonar o crime!

A rede Globo não tem interesse em divulgar pois ela faz parte dos crimes- ela é parceira  da Lavajato!

Perguntas: Quem banca o INTERCEPT BRASIL? PIERRE OMYDIAR  e aí?
A que se quer chegar?
Quem vai divulgar o resto do material? Omydiar decidirá?

domingo, 9 de junho de 2019

Bolsonaro veta projeto de concursos de Literatura promovidos pelo governo POR EXAME





Bolsonaro: presidente vetou projeto de lei que atribuía ao Poder Executivo a criação de concursos de literatura (Adriano Machado/Reuters)

A revista Exame- http://bit.ly/2wN3xsc  traz esta matéria que só agora damos conta, vejam o que é um governo que só sedimenta a ignorância, a falácia e o desprestígio ao povo brasileiro.Como disse um post de um assinante do Facebook-Guedes Sopra no seu ouvido e ele repete. Leiam a abaixo a citada matéria:

Bolsonaro veta projeto de concursos de Literatura promovidos pelo governo

Planalto justifica o veto alegando que a medida "acaba por aumentar despesa pública, sem o cancelamento equivalente de outra despesa obrigatória"


Brasília — O presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente projeto de lei que atribuía ao Poder Executivo a criação de concursos regionais de literatura, para descobrir e incentivar novos autores no país. O projeto pretendia alterar a Lei da Política Nacional do Livro para incluir os concursos regionais no rol de ações de difusão do livro de responsabilidade do governo. O veto está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (5).
O Planalto justifica o veto alegando que a medida “acaba por aumentar despesa pública, sem o cancelamento equivalente de outra despesa obrigatória e sem que esteja acompanhada de estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro”.
Além disso, segundo o governo, o veto não impede a realização de eventual concurso, com respaldo orçamentário, uma vez que a mesma Lei do Livro já prevê ações para o estímulo à produção dos escritores e autores brasileiros.

Diz a razão do veto publicada no Diário Oficial: “A propositura legislativa ao determinar a obrigatoriedade de instituição de concursos regionais em todo território nacional visando a descobrir e a incentivar novos autores, acaba por aumentar despesa pública, sem o cancelamento equivalente de outra despesa obrigatória e sem que esteja acompanhada de estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro, o que viola o art. 113 do ADCT, o art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal, bem como o art. 114 da LDO para 2019. Não obstante, o presente veto não impede a realização de eventual concurso, com respaldo orçamentário, tendo-se como permissivo legal o inciso IV do art. 1º, e o caput do art. 13 da Lei nº 10.753, de 2003, que já prevê, como diretriz da Política Nacional do Livro, o estímulo à produção dos escritores e autores brasileiros.”

sexta-feira, 7 de junho de 2019

O que leem os Americanos de nossa literatura -BRASIL?



http://bit.ly/2wBC0Kq



Pesquisa informal acerca do que leem os americanos de nossa literatura, não me atemorizou. Eles basicamente não leem nada, salvo acadêmicos, universitários em pesquisa.

No geral nada leem, até porque os autores brasileiros que estão a frente aqui, no nosso mercado não estão traduzidos para o inglês.

Tomei 3 casos de brasileiros e um americano. o que ouvi foi alarmante.
1-Entre os quatro um é americano e o recebi em casa para uma estadia de  dois meses;.
2-O Segundo, um professor de Letras de umas das grande universidades Brasileiras Federais;
3-O Terceiro- um editor Brasileiro;
4-O quarto, um gerente de uma das grande livrarias de S.Paulo.
Afora isto, pautei-me por leituras de que tratam o assunto.




Antes de trazer flashes dos  depoimentos  ouvidos, quero passar a limpo algumas questões que são genéricas e que se incluem nos referidos depoimentos.

A grande dificuldade é que o Americano não lê português e até despreza a língua, refiro-me a uma classe média americana.Nem mesmo o espanhol cai em suas graças.Por outro lado a um desprezo, despreparo, por nossa realidade e portanto de nossa literatura.Sua leitura é influenciada pela mídia de baixa qualidade e seus gêneros de preferencia sao policiais, ficção e ou biografia.
Se compararmos entre nós da língua portuguesa e os da língua hispânica, esta última ganha em seus redutos universitários.

São raríssimas as livrarias especializadas na nossa língua, mesmo em Nova York ,neste sentido o Kindle-Amazon abre um pouco este caminho, mas não tem grandes fluxos.
Desta feita existem redutos ilhados das academias, ou pessoas que moraram no Brasil e conhecem um pouco da nossa literatura ,mas sem grandes volumes estatísticos. O americano olha para seu umbigo, no geral, da sua língua dai leem os anglosaxões.

Não há um programa de parte do Brasil para divulgação de nossa produção, coisa que eixste de parte do mundo espânico lá.

A web tem salvo alguns de nosso críticos, e aqui me incluo,, pois a visitação desde blog é em primeiro lugar, advinda dos EUA, depois Brasil. Quero crer que sao migrantes daqui e em estando lá  querem manter uma atualização.

Em que pese nosso mundo editorial aqui ser monopolizado pelas industria editorial americana, entre outras, ele exploram aqui ,mas nao se interessam em traduzir para o inglês, até porque não há interesse de um público lá.
Bom partamos para expor partes os depoentes:

1-Bom o primeiro um americano de 37 anos, engenheiro, radicado no Basil ha 3 anos, fala que seu interesse em ler é mais para biografia, como  deleite,  engenheiro e interessou-se pela biografia de Lula, mas não se interessa por ficção , aliás diz ele" isto é comum entre nós, lá nos estados unidos."Nao temos empatia com a língua, eu particularmente , diz ele: acho o modo brasileiro de se expressar belo, diferente de nós. Desconhecemos um Brasil múltiplo e cheio de novidades.Todavia não temos habito de leitura tão intenso, a não ser os pockets e muito do cinema,comic e quadrinhos, coisas de bobeira, como vocês dizem.A nossa classe media é idiotizada inteiramente, sobretudo do interior e de alguns estados.Nova York  é uma ilha, difere de tudo do nosso país.Eu não compreendo porque tantos brasileiros são fascinados pelo nosso país, claro, tem algo que nos chama atenção, a arquitetura, a pseudo liberdade, as tecnologias, e afinal é um centro econômico forte, mas em declínio.E sei que temos grandes nomes  na literatura, no jornalismo, mas há um exagero, sinto isto"

2-O segundo, professor de letras ,43anos-UFPB ja residente nos EUA, nos fala: "se há uma falta de interresse de nós brasileiro, alunos que vem fazer letras, imagine você um americano se interessando por nossa literatura, é raríssimo. Temos alunos em Mestrado e Doutorado que focam -nos mas quase sempre se fixam nos clássicos, como Machado, Joao Guimarães, Clarice Lispector,Jorge Amado,  quanto a poesia eles não se aproximam muito, até porque a linguagem é mais fechada, digamos assim, mas há exceções foi o caso de um que veio estudar Drummond e até Orides Fontela, coisa que me deixou boquiaberto, mas são raridades e chegaram a tal por professores do Brasil em passagem pelos EUA.Nossa literatura já esteve melhor, isto também vai da política e liderança governamental e sua exposição externa.Também acho que as rede Sociais, retiram o estimulo a leitura, no geral.Decoram-se titulo e resumos, é o um mundo do simulacro.Minha experiencia lá nos EUA , foi um apredizado, mas realmente eles nao tem interesse por nossa produção, a população de classe média, é outro mundo.Muitos vinham fazer meu curso por curiosidade e muitos desistiam, segundo eles o idiomaé o entrave. A língua é política e nós não temos poder no entrelaçamento geopolitico econômico,linguístico.; os latinos nos Eua tem maior interesse."


3-O terceiro, um editor - de uma pequena editora,38- SP. anos é mais cético e nos fala: "  se nós não lemos nosso idioma eles muito menos e não temos bons tradutores as pencas nos Estados Unidos.Salvo Exceções, caso de Bejamim Moser, por exemplo.Neste sentido os canadenses tem mais empatia por nossa literatura que os americanos.Por outro o lado não temos um programa de incentivo a tradução de nossas obras e difusão em salões de livros lá.Isto faz falta e como faz.Há também pessoas que bancam a sua tradução mas é  difícil difundir dentro dos Eua, não é fácil. Os livros digitais como da kindle, ou google, tem feito algo para a literatura, mas não basta, há que ter uma política de divulgação, difusão, eventos, exposição do autor, palestras, debates e claro sua qualidade.Há um modismo de autores qe passeiam pelo mundo e  escrevem suas memórias, ms não estou certo que isto deu um impulso de venda.Não creio.Outra coisa há destacar é a estilística da literatura americana que difere bastante da nossa, e na tradução há que ser mestre, um batuta"


4-O quarto- o gerente de livraria- Este nos coloca :56 anos -SP " a procura por livros técnicos é boa ou razoável em inglês, aqui, mas a procura na aérea de ficção e poemas é quase nula por estrangeiros, salvo estudantes bolsistas aqui.Os americanos são um povo profundamente distinto de nós, refiro-me a  classe media, eles são manipulados inteiramente por uma mídia ignorante e a única salvação deles é a universidade-lá. Não há estimulo  ao conhecimento do nosso mundo literário, por incrível que pareça.Eles se acham donos do mundo e só a literatura deles, os best-sellers  é o que há, e ainda mandam para ca traduzidos e vendem , vendem muito.Agora há professores daqui ou autores que sao convidados para visitarem suas universidade por um tempo, fazendo residência e isso fura um pouco o bloqueio de nossa literatura,mas nada tão expressivo.para vendas.As feiras internacionais por outro lado fazem alguma divulgação, tendo por trás algumas editoras deles- dos EUA, quando sentem que podem vender bem por lá. O livro é mercadoria com outra qualquer, não se engane.Por isto há um trabalho editorial que vai desde a capa, titulo, cor, diagramação etc, para eles isso é fundamental.Claro isto muda de pais para pais, sobretudo em capa, cor e volume, sim isto mesmo, grossura do exemplar, as vezes melhor divi-lo em dois que num só."



sábado, 1 de junho de 2019

Família nordestina guardou séculos de romances medievais de mais de 700 anos na memória


A Literatura de Cordel é uma manifestação popular que se concentra no Nordeste, mas ja se espalhou pelo BRASIL. De origem ibérica, veio com os portugueses e espanhóis e aqui se fincaram.Seu valor é incalculável, pois narra  a história pelo outro lado, do povo.A nova história, Escola dos Anales -França-considera-a uma fonte preciosa para os estudos do contrapoder.Até o imperialismo dos EUA a considera, rouba ou compra seu acervos.
A Fundação Casa Rui Barbos, RJ Fundação Joaquim Nabuco-Recife, PE e IEB -SP, tem acervos consideráveis e a UFPB..
A BBC fez matéria considerável que abaixo publicamos. - https://bbc.in/2YYg2g -



https://bit.ly/2WF0a2e




















  • Família nordestina guardou séculos de romances medievais de mais de 700 anos na memória



    Ainda na infância, Benedita Maria do Nascimento, a caçula entre nove irmãs, aprendeu com o pai a arte de transformar cipó em cestas e balaios no sítio Oiteiros, em São Gonçalo do Amarante, região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte.
    Enquanto tecia as peças artesanais, debaixo de um pé de manga, seu Atanásio Salustino cantava o que aprendeu com os antepassados. Benedita escutava atenta. "Dom Jorge eu ouvi dizer que tu tavas pra casar. É verdade, Juliana, eu vim te desenganar. Esperai, Rei Dom Jorge, que eu vou lá no meu reinado, vou ver um copo de vinho que eu pra ti tenho guardado".
    Benedita não sabia, mas as canções que ouvia de seu pai e guardava na memória eram romances ibéricos, histórias de conquistas que eram contadas e cantadas na era medieval. Herança trazida para o Brasil nas caravelas pelos colonizadores europeus.
    "Chegou por livros e chegou na memória", é o que conta Maria Emília Monteiro Porto, professora de História Moderna e História do Brasil Colonial da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Segundo ela, o povo ibérico tinha um tradição de romances muito específica e particular, em razão da ocupação da região pelos árabes.
    "Essa ocupação acontece entre o século 7 e só vai acabar no século 15, em 1453, e isso também provoca toda essa história de luta e heroísmo que vai ser a base desses romances, dessas histórias que são contadas. Inclusive, muitos temas do nosso cancioneiro nordestino vão lidar com essa briga entre mouros e cristãos".
    Mas essa ideia de cantar as aventuras é ainda anterior à Idade Média. Remete ao mundo antigo. "Seja nas histórias de Heródoto, mas sobretudo Homero na Ilíada e na Odisseia. Ele (Homero) é um cantador. Exatamente um modelo do cantador que nós temos hoje, tanto aqui no Nordeste, quanto nos séculos 10, 11, 12, 13, 14, 15 na Europa", diz Monteiro Porto.

    Mantendo o conhecimento vivo

    Pelo menos até o século 15 a escrita circulava muito pouco. A ideia de cantar as histórias surgiu exatamente para manter o conhecimento vivo, geração após geração. "Os romances terminam com uma certa combinação pra ajudar o cantador a sempre recordar. A rima ajuda a memorização", diz a professora.


    Atanásio Salustino
    Image captionBenedita e Militana aprenderam a cantar romances com seu pai | Foto: Arquivo Pessoal

    Foi dessa forma que as canções medievais se difundiram no Brasil. "Tem sempre um que sabe ler, que conta ou canta, e outro que memoriza e vai repetindo", explica Monteiro Porto. Como aconteceu com a romanceira Benedita, que reproduz hoje o que ouvia o pai cantar.
    Durante décadas, esse saber ficou na escuridão do anonimato. Até que, segundo conta Benedita, há quase trinta anos foi convidada a dividir suas memórias com estudiosos, participar de debates sobre cultura popular e apresentar-se em eventos culturais. Integrante de uma família patriarcal, não teve a autorização do marido para alçar voo. Por ciúmes, ela confidencia que ele indicou a irmã para ir em seu lugar.
    Benedita permaneceu desconhecida. Mas, aos 76 anos, nunca esqueceu as canções que embalaram sua infância. Parte do que entoa tem traços da cultura medieval como Juliana e Dom Jorge, outro tanto são canções romanceadas do Nordeste brasileiro, cantares que reúnem diversos gêneros como as toadas de boi, modinhas e cantos de romaria e cordel, como As quatro órfãs de Portugal, do paraibano João Melchiades Ferreira, poeta do século 19.


    Livros
    Image captionTradição de cantar histórias se enraizou no Nordeste | Foto: Arquivo Pessoal

    É um romance longo que Benedita canta na íntegra. "Na cidade de Lisboa, havia uma união de quatro donzelas órfãs, sem pai, sem mãe, sem irmãos. Servia a moça mais velha como mãe de criação".
    Em uma hora de entrevista para a BBC Brasil, Benedita canta vários romances. Muitas vezes, porém, o olhar parece se perder no tempo. É o mal de Alzheimer que se avizinha. Nenhum dos 11 filhos que teve, como também nenhum neto, se interessou em aprender os romances cantados pela romanceira.

    Irmã famosa



    Militana
    Image captionMilitana fez shows pelo país como a 'maior romanceira' do Brasil | Foto: Arquivo Pessoal

    Felizmente, graças às pesquisas realizadas pelo folclorista potiguar Deífilo Gurgel, que morreu em 2012, todo esse conhecimento foi gravado e está preservado na voz de Militana Salustino do Nascimento, a irmã de Benedita, que também tinha um acervo considerável e uma memória privilegiada. Ela ganhou fama, notoriedade e ficou conhecida como a maior romanceira do Brasil.
    Em 2005, chegou a receber das mãos de Luís Inácio Lula da Silva, então presidente da República, a Ordem do Mérito Cultural, comenda máxima da cultura brasileira. Para o padre André Martins Melo, historiador que acompanhou de perto os passos de Militana, a comenda foi um marco. "Mudou o interesse das universidades em fazer um estudo sobre o luso-brasileiro, de conhecer historicamente", conta Martins Melo.
    Militana morreu em 2010. Já a última guardiã de uma família que manteve viva a cultura mouro-ibérica, passa boa parte do dia deitada numa rede no alpendre da casa que mora recordando histórias galantes de amores, aventuras e tragédias.
    "Todo o saber de Militana é o mesmo de Benedita. Ela canta o que cantava Dona Militana e o pai: histórias luso-brasileiras. De amor, de poder, de grandes brigas, de cristão com os mouros e assim por diante", diz o padre André.

    Invasão estrangeira



    Livros
    Image captionRomances ibéricos chegaram ao país com os colonizadores | Foto: Arquivo Pessoal

    Durante 15 anos Deífilo Gurgel estudou profundamente sobre o romanceiro no Rio Grande do Norte. Foi ele que descobriu o cantador de romances Atanásio Salustino, pai de Benedita e Militana. As pesquisas de Deífilo no Rio Grande do Norte resultaram em dois livros: O Romanceiro de Alcaçuz, publicado na década de 1990, e Romanceiro Potiguar, lançado em 2012, dois meses depois de sua morte.
    No total, o folclorista coletou 300 romances, alguns deles inéditos no Brasil. "As primeiras questões da oralidade ibérica, os primeiros registros, as primeiras cantigas, vieram pra cá. Se o Rio Grande do Norte não é o maior está entre os maiores, sem dúvida alguma", pontua Alexandre Gurgel, jornalista e pesquisador, filho de Deífilo Gurgel.
    Gurgel aponta a necessidade de dar continuidade aos estudos sobre o tema, sobretudo porque os detentores mais antigos desse conhecimento estão morrendo. "Vários já se foram e a gente vê uma invasão cada vez mais forte de culturas estrangeiras no nosso país e as novas gerações sem entenderem as suas raízes".
    "Eu tenho medo de perguntar na minha sala de aula quem conhece Militana e ninguém conhecer. Me assusta a ideia", revela a professora universitária da UFRN. Ela defende que escolas e universidades explorem mais o tema de forma pedagógica.
    Maria Emília reconhece, entretanto, que, em termos de cultura de massa, esse não é o tema, nem a música, que despertam interesse, já que são vistos como "mais sofisticados", embora tenham origem na cultura popular.
    "Você falar de uma romanceira é mais ou menos como você falar: você escutou Brahms hoje? (Johannes Brahms, compositor alemão do século 19) Tá no campo da erudição, sendo popular, e deveria ser mais difundido nas escolas e na pesquisa também."