Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel...
...
Mas ela ao mesmo tempo diz que tudo vai mudar
Porque ela vai ser o que quis, inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que o leão.-Tigresa Caetano Veloso
...
Mas ela ao mesmo tempo diz que tudo vai mudar
Porque ela vai ser o que quis, inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que o leão.-Tigresa Caetano Veloso
Uma mulher,Olívia Santana, com garra de tigresa brasileira, tem uma história difícil,mas poética e se assume diante de um estado negro, mas que nao se reconhece como tal, aliás o país não se reconhece como tal e somos todos humanos e temos sangue com a mesma tinta.Eleita recentemente pelo PcdoB para Assembléia Legislativa da Bahia, Olívia é nossa cara, nossa na luta.
Nascida em Salvador Ondina,(1967),desde cedo teve que tomar a espada para lutar, lutar e se impor,resistir como mulher e negra.
Depois de muita luta, formada pela UFBA,em pedagogia,passou por cargos públicos vários e ganhou algum reconhecimento.Agora o povo, nas eleições de 2018, consagra-a e elege-a pelas urnas. O Brasil 247 faz uma menção ao fato que transcrevo abaixo:
ESTADO COM MAIOR POPULAÇÃO DE NEGROS ELEGE PRIMEIRA DEPUTADA NEGRA NAS ELEIÇÕES 2018
Olívia Santana (PCdoB) será a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira a Assembleia Legislativa da Bahia, o Estado mais negro do País, com 81,4% da população autodeclarada descendente de africanos (60% pardos e 21,4% pretos). Ela diz: "o racismo está no Brasil todo, mas na Bahia deveria ser comum que mulheres negras ocupem espaços de poder na política. Mas o que vemos é que isso é incomum."
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo traça o perfil da futura deputada: "Olívia evoca nomes como Marielle Franco (PSOL), vereadora do Rio de Janeiro assassinada, além de Leci Brandão (PCdoB) e Benedita da Silva (PT) como exemplos raros de mulheres negras eleitas. Faz a defesa enfática das pautas de costumes, como os direitos das mulheres, mas rejeita que seu mandato parlamentar seja defensor exclusivamente das causas identitárias. 'Quero representar a sociedade baiana. Querem nos aprisionar nos rótulos e eu não aceito, quero defender direitos', afirmou. 'Eles é que são identitários, mas querem ser universais e nos colocar como específicos. Mas universal não são eles, universal é a diversidade'."
A campanha de Olívia não foi fácil: "gastando R$ 150 mil na campanha, sendo R$ 80 mil do fundo partidário, R$ 35 mil do Fundo Eleitoral e o restante de doações, a ativista do movimento negro obteve 57.775 votos na votação deste domingo, 7, e ficou em 31.º lugar na lista dos 63 eleitos para a próxima legislatura baiana. Na campanha, recebeu contribuição militante de correligionários. As viagens foram feitas em carros cheios dividindo espaço com auxiliares e o material de campanha. 'O poder econômico não pode determinar quem vai e quem fica'."
*Filha de uma empregada doméstica com um marceneiro, ela nasceu em uma família pobre, na invasão de Ondina, onde teve uma infância de carência extrema. Nasceu em Salvador no dia 25 de março de 1967, na comunidade do Alto de Ondina.
Aos 14 anos de idade, começou a trabalhar como faxineira, em uma escola particular para auxiliar no orçamento familiar. Sua história sofreu a primeira grande mudança em 1987, quando passou no vestibular da Universidade Federal da Bahia (UFBA) para pedagogia e deixou o emprego de faxineira do Colégio Universo do Guri para dedicar-se aos estudos. Já na graduação, ingressou no movimento estudantil através de inserções no diretório de educação e no Diretório Central dos Estudantes da UFBA.
Militante histórica das causas negras e foi secretária Municipal de Educação de Salvador, Maria Olívia Santana - “A negona da cidade” - foi vereadora pelo PCdoB eleita pela coligação "Todos juntos por Salvador"[3] e integra o Fórum das Mulheres Negras e o Conselho de Promoção da Igualdade Racial. Tem tido o privilégio de poder entregar ou propor a entrega da Medalha Zumbi dos Palmares a diversas personalidades como Vadinho França,[2] Egbomi Nice,[4] José Vicente (reitor),[5] Gilberto Gil,[6] entre outros.
Em 2007, foi instituído no Brasil o "Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa" (21 de Janeiro) pela Lei 11.635/07. Esta lei federal, foi inspirada na Lei 6.464/04 do Município de Salvador que teve a sua génese no Projeto de Lei de autoria de Olívia Santana da criação do "Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa".[7] Em 2012, foi candidata a vice-prefeita de Salvador na chapa de Nelson Pelegrino (PT).
Em 2015, foi nomeada pelo Governador da Bahia, Rui Costa, Secretária Estadual de Políticas para as Mulheres da Bahia. por wikpedia
Um comentário:
Desde o primeiro governo do PT as mulheres negras teem se destacado muito na politica marcando presença e mostrando que as coisas mudaram Foi lhes dado apoio para proseguir.
Postar um comentário