Datas de Lançamento:
23/08/2018 - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP/SP). Convidado para apresentação e discussão Dr. Tony Hara. Horário: das 16 hs às 19hs. Entrada franca.
01/09/2018 - Livraria Tapera Taperá - Galeria Metrópole. Av São Luis 187, Praça da República, Centro. São Paulo – SP. Convidados para discussão: Profª Dra. Margareth Rago (IFCH/UNICAMP) e Prof. Dr. Edson Passetti (PUC/SP). Horário: das 17 hs às 20 hs. Entrada franca.
03/10/2018 - Auditório do Instituto Sedes Sapientiae - Rua Mistro Godoy, 1484, Perdizes. São Paulo-SP.
Breve novos locais de lançamento em São Paulo e em alguns estados do Brasil.
Datas de Lançamento:
23/08/2018 - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP/SP). Convidado para apresentação e discussão Dr. Tony Hara. Horário: das 16 hs às 19hs. Entrada franca.
01/09/2018 - Livraria Tapera Taperá - Galeria Metrópole. Av São Luis 187, Praça da República, Centro. São Paulo – SP. Convidados para discussão: Profª Dra. Margareth Rago (IFCH/UNICAMP) e Prof. Dr. Edson Passetti (PUC/SP). Horário: das 17 hs às 20 hs. Entrada franca.
03/10/2018 - Auditório do Instituto Sedes Sapientiae - Rua Mistro Godoy, 1484, Perdizes. São Paulo-SP.
Breve novos locais de lançamento em São Paulo e em alguns estados do Brasil.
O livro Empresariamento da vida: a
função do discurso gerencialista nos processos de subjetivação inerentes à
governamentalidade neoliberal (Appris, 2018) busca realizar uma arqueologia
do discurso gerencialista e uma cartografia dos dispositivos de poder que
sustentaram sua implicação no campo social. O autor, já na epígrafe, deixa
claro o que sente e compreende como sendo o processo da escritura movida no
sentido de uma máquina de guerra, citando Deleuze e Guattarri no livro Kafka: por uma literatura menor, diz
ele:
Escrever como um cão que faz um buraco, um rato que
faz a toca. E, por isso, encontrar o seu próprio ponto de subdesenvolvimento, o
seu patoá, o seu próprio terceiro mundo, o seu próprio deserto [...] e com
isso (grifo nosso) agarrar o mundo para o fazer fugir, em vez de fugir
dele, ou de o acarinhar.
A busca, neste livro, do como é forjado o sujeito dentro do campo social,
transversa vários campos, entre eles e, talvez, o mais apreciado neste livro,
que Ambrózio nos entrega como refinamento de sua tese de doutoramento em
Psicologia Clínica na PUC/SP sob orientação do Prof. Dr. Luiz Benedicto Lacerda
Orlandi, trata-se dos restos que as inscrições das modalidades de governo, em
uma certa época, deixam em cada um de nós como resquícios das modalidades de
resistência no sentido da sobrevivência em um mundo cada vez mais engolfado nas
tramas do funcionamento do Capital. Ambrózio é Psicanalista e
com atuação no passado na área da Administração, com esta
formação multidisciplinar, recolhe seu campo empírico transvasando-o,
assim, no campo teórico, com isso, constroe uma obra de valor para um
mundo acobertado pelo rentismo político do capital, na égide do Neoliberalismo
dos últimos dois séculos e, em especial, na contemporaneidade deste nosso século
XXI.
Para tanto, seus recursos são amplos, do ponto de vista teórico, se
alicerça em Foucault, Deleuze, Hardt & Negri, Freud e, bem timidamente,
Lacan. Deste modo, ele tece uma malha extensa
de argumentações que nos dão pistas para compreender o
processo de subjetivação no qual se encontra imerso o sujeito
contemporâneo, preso a esta malha que por vezes o sufoca, desampara, ou o
torna, como diria Peter Pál Pelbart, quanto às tentativas
de construção da subjetividade: um equilibrista!
A professora e historiadora Margareth Rago, ao apresentar a obra,
nos fala de modo certeiro um dos focos do livro de modo
claro e contundente ao afirmar:
"A
leitura deste livro nos informa, com muita acuidade, sobre os processos
assujeitadores que vivemos a cada dia, muitas vezes, de maneira imperceptível
ou até mesmo valorizada, já que somos bombardeados, de ponta a ponta, por uma
gama de informações ambivalentes que, no entanto, afinam no mesmo diapasão da
sujeição e da obediência, produzindo o que o autor denuncia como “jaula
subjetiva”. Seremos capazes de resistir?"
Ambrózio, com uma tessitura lexical clara, nos
alumia, no seu trajeto textual, que embora com as devidas amarras do campo
teórico, vislumbra uma clareira quanto ao assujeitamento do homem. Dada a sua
clareza, utiliza-se também da poética de um Manoel de Barros, (um
filósofo poeta) redimensionando, ainda, um campo de possiblidades de luta a este
homem preso, atado e enjaulado.
Em
suas palavras finais nos diz:
"É
importante, no entanto, destacar a aposta no posicionamento de pensar que foi
no sentido de responder a uma dinâmica primeira de liberdade e luta destes
fluxos que se ergueram tanto os Estados em suas intervenções neoliberais
organizados por meio de uma arquitetura imperial quanto se diluiu no corpo
social uma lógica de competição acirrada orquestrada pelo discurso gerencialista
num processo de empresariamento da vida que captura os fluxos no sentido de
enjaulá-los na forma de acumulação do capital humano"
Recomendo a obra aos leitores, já afiados ou não,
dentro das diversidades dos campos epistêmicos pelos quais o autor transversa, com
destaque para a Filosofia, a Psicanálise e, quem sabe, a Administração. Quem
dera um sopro de ar fresco poderia adentrar este ambiente mofado que a
competição acirrada, mote da governamentalidade neoliberal, deixa com ares de
pulsão de morte. Parafraseando o Freud na introdução da Interpretação dos Sonhos: Acheronta
Movebo!
Paulo Vasconcelos.
Já disponível para compra no site da
Editora Appris: < https://www.editoraappris.com.br/produto/2247-empresariamento-da-vida-a-funo-do-discurso-gerencialista-nos-processos-de-subjetivao-inerentes-governamentalidade-neoliberal>.
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