Luiz Felipe Leprevost nasceu em 21/03/1979, Curitiba - PR, onde vive. É formado em artes cênicas pela CAL (Casa de artes de Laranjeiras – RJ). Prosador e poeta. Já trabalhou como ator, bailarino contemporâneo, diretor teatral, dramaturgo, músico, compositor e interprete.
Ele é um machado poético múltiplo de linguagens apuradas desfiando por entre as artes gerais uma perfomance inédita de um joven que tem ganas por ser vario e na densidade poética tem maestria. Sua literatura , seja na prosa ou poesía, mescla-se como que se chama de pop, prefiro dizer uma lirica nova.
Sua construcão poética asssuta-nos, mas dá o que beber em intensidade:
com cadência/da estrela cadente/decadente
caiu/pra sempre… (caiu in Fôlego (2002)
Seu prefaciador, Edival Perrini, também poeta ,aponta em
em Fôlego (2002):”queremos entender o não entendível.Aí começa o trabalho de descontrução”, tão presente e tão norte da poesía..”e assim assoletramos com sede esses poemas Leprevost:
como a rede dos pescadores/pode aprosionar/um mar tão grande?( Fôlego 2002)
Ou em outro poema:
Cordas vão e voltam cordas voam em volta cordas em vão envoltas cordas arrebentam (Fôlego (2002)
E mais outros:
E enfim encontro o futuro
Estrada onde os lírios não são borracha de pneus
Esfarelado no asfalto( Ode mundana,2006)
E este:
Teu medo tem digitais traduzidas/lambe a ferida das patas, teme amputá-las/e não quer ferir a lingua/el é didático,prático conciso/palestra sobre o não eito,adestra os desejos,molesta os dejetos….( Ode mundana,2006)
Um novo poema inédito:
…..a primeira dama caindo no choro
o presidiário aprendendo a fazer tricô
o doutorando indo caçar na rua na madruga fria
o gótico cheirando rapé no cemitério ao meio-dia
um irmão encontrando alguém pra odiar fora da família
o latifundiário chegando no mar com um pranchão debaixo do sovaco
a jornalista ardendo de amor por um mundo que não volta
tentando atravessar a linha do horizonte que foge
o ator pornô fazendo sua festa de aniversário de 74 anos
o religioso fundamentalista prestando vestibular pra história
a costureira costurando um rasgo na própria carne
o mau hálito da manhã de uma cidade imutável…..
Sua mais recente obra é o livro de contos Salvar os pássaros (2013, ed. Encrenca). Também é autor do romance E se contorce igual um dragãozinho ferido, Ed. Arte e Letra. 2011finalista do Prêmio SESC/Record de Literatura, 2010,. Publicou ainda Ode mundana (2006, Editora Medusa - poemas). Inverno dentro dos tímpanos (2008, Kafka Edições - contos), Barras antipânico e barrinha de cereal (2009, Editora Medusa - contos) e Manual de putz sem pesares (2011, Editora Medusa – contos).
Integra as antologias de poesia Roteiro da poesia brasileira, anos 2000, Global Editora e Peso Pena, publicada pela editora Black Demon Press. No momento trabalha em seu novo romance Dias Nublados.
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