Paulo Vasconcelos ...por R .Brasileiros
As ruas do país, capitais ou não, vêm sendo frequentadas, em grupos
pequenos, grandes ou imensos, para dizer algo sobre o atual contexto político.
E se fala sempre em mil e milhões com as palavras nas bocas, com álcool para melhor
soltar o verbo arretado. E haja língua, gestos, gritos cartazes, bordões. Nestes
ajuntamentos, aparecem as palavras orais e escritas como poesia raivosa ou não,
sobre o poder. A mídia especialmente: a TV aberta, ou que aborta os fatos, e a cabo,
rádios (AM e FM), os jornais, as revistas semanais etc. dizem o que
ideologicamente creem, além das redes sociais.
Mas, como disse a moça na porta da lotérica, na praça da Sé: “Tem
malandro, tem otário, tem meuzovo e tem as paneleiras da crasse arta, mas tem as empregadas farsas que dá panela à patroa e depois
elas reclamam que elas machucaram a panela no fogão”.
Já em outra manifestação, Dona Delzimar, de Pananabiacaba, que
veio apoiar Dilma e Lula, pois sonhou com uma melancia aberta e um poste
entortado. Isto lhe deu medo e disse: “Vim para gritar minhas palavras de apoio
a Democracia. Dilma! Ela fica!”
Do outro lado nas redes sociais, a Cientista Política da UFMG, Drª
Mara Telles, diz no seu Face, com seu
humor imenso e crítica:
“Passei
por aqui só para deixar um Rivotril e uma vassoura para dar voadora naquela
turminha que vai dar presente de Páscoa para a titia e, acabado o almoço de
domingo, oferece como sobremesa odinhos, ataques e xingueiras nas redes
sociais. A Páscoa nasceu para todos, mas o coelhinho só trás ovinhos para quem
se comportou direitinho, viu? Antes de rezar no almoço de família, não toque
terror nas redes: é feio. Jesus perdoa até ladrão, ele vai perdoar você também,
porque ele ama a todos os infelizes. Mas, calúnias e danos morais, a Justiça
não perdoa não, viu? Feliz Páscoa e aos Bolsonarinhos que foram bem mauzinhos
desejo que Moro não lhes traga seus ovinhos...” (http://bit.ly/1PtWCU5 em 23.03.16, as 13.30)
“Hoje eu
tô poética depois de minha visita ontem à Fiesp. Tô fazendo até versinho: ‘Patinho,
Patinho, quem é o seu Painho que chocou o seu ovinho, quem é o seu Padrinho?
Patinho, Patinho, vem prá rua fazer quaquá, aproveita a manifestação e me diga
de qual sonegação veio tanta movimentação?’ Poemas lúdicos para iluminar nossa
quarta-feira líquida. E, vocês ingratos, ficam aí detonando Maria Padilha, a
Pomba-Gira, mas não sabem que quarta-feira é dia dedicado à nossa Iansã, que
Iansã gosta de vermelho e que Lacerda treme no túmulo toda vez que vocês o
confundem com Cunha? Bom Dia, Anarquia! Quem não tem cão, caça com Gato, quem
não gosta de Democracia, elege um Pato!”
Mas será que Mara viu? Uma cadeirante, filha de militar com
aposentadoria do pai, que veio com a neta pintada de amarelo e verde e defende
o Bolsonaro, e os militares e a neta de cara roxa não sabe de nada nem empurrar
a cadeira, mas grita: “Meu avô, minha vó e viva os milico”.
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