Melhores obras dos últimos 10 anos
Não sou afeito a falar dos melhores, nem dos piores, acho inseguro, e às vezes inútil; é querer sempre compartimentar o nao compartimentável, é querer criar estereótipos, mas uma revista pediu-me e não publicou, assim aproveito para enviar a minha relação, correndo os riscos que assumo, todos, esclareço que considerei poemas, ensaios e romances.
MELHORES - ÚLTIMOS 10 ANOS-
1-O vento que arrasta –(2015 )Selva Almada-Cosac.
Chaco
Argentino,estrada.Súbito problema no carro, pai e filha fazem uma parada na
oficina mecânica - Gringo, local onde se desenrolará a trama. Conhecem o jovem ajudante Tapioca. O
divino e o cotidiano e o imaginário, medeiam
a vida dos personagens. A obra, com poucos personagens, finca um uma narrativa
de beleza humana, ao mesmo tempo realista,contundente, como não se via na
literatura Argentina, surpreendendo-nos com tamanha atualidade universal.
2-Eles eram muitos cavalos (2001), Luiz Ruffato-,Boitempo.
Luiz Ruffato busca numa narrativa explosiva sintetizar
algo não sintetisável, por sua absurda complexidade: a cidade de São Paulo. São
69 episódios em que Ruffato usa de
recursos formais para construir uma narrativa
de caos e seus personagens comuns e
absurdos,” gente habituada a ser coadjuvante em sua própria biografia”.
3-Becos da memória (2006), de Conceição Evaristo-,Mazza Edições
O desmonte de
favela em Belo Horizonte, a partir de entao a autora faz aparecer um conjunto
de personagens, com destaque para as mulheres, que se deslocando e nas suas
falas carregam consigo seus corpos e suas histórias. Uma sistese de um brasil
anonimo e gritante.
4-Vermelho Amargo( 2009)- Bartolomeu Campos de Queirós-Cosac.
5--Desgraça J.M. Coetzee(2000) Cia das Letras.
6- Os Cus de Judas (1980) – Antonio Lobo Antunes (1942). Ed. Marco Zero
7-Geografia do Romance (2007)- Carlos Fuentes.Ed Rocco.
8-Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra.(2003) Mia Couto.Cia das Letras.
9- Casa de Papel (2006) Carlos Mariá DominguézEd –Francis.
10-Poesia Completa Manoel de Barros(2010) Ed Leya
A obra contém toda sua produção até 2010, são vinte e um livros,,em que
o poeta fala dos deslimites da palavra, a medida que aciona uma poética do
falar nacional seu imaginário e o canto da terra e seus convivas, é um elogio
ao verso simples com um estardalhaço lírico pouco antes visto em nossa
literatura.
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