segunda-feira, 21 de maio de 2012
Carlos Fuentes 1928-2012
Carlos Fuentes é um espigão de concreto armado dentro da Literatura Mundial, especialmente, no mundo Ocidental, e nem se fala dentro da América Latina.
Com um visão ampliada da função do escritor dento da massa social, Fuentes deu a literatura a forma combativa de pensar dizer e propor.
Sua ficção é um trabalho de repensar a nós humanos e nosso papel neste mundo que não foge do político jamais, coisa que por vezes não queremos entender.
Fuentes é um marco no desenvolvimento de nossa Literatura Latino Americana,apontando para valores nossos que são universais, mas que convivem com os embates do poder e,claro, da política.
Sua obra extensa é um retrato do México, mas que nao deixa de ter um cenário comum aos viventes de todo o planeta.Seu estilo é de poesia depurada, humana e densa que nos faz pensar bastante sobre o que somos, o que queremos e para onde vamos.
Sua história familiar, como tantas, abatidas por tragédia, não o arrefeceu na sua produção, ao contrário, deu-lhe fôlego para tocar em assuntos difíceis mundiais, como é o caso das drogas.
Jamais negou seu posicionamento político de esquerda, e atacou até àqueles a quem ele tinha como eleitos.
Aos não amigos e detentores do poder foi crítico, severo e voraz, que o diga Bush e Sarkozy.Afor,a tantos politicos do próprio México
Calos Fuentes aparece literatura “Os dias mascarados”-contos (1954).
“A morte de Artêmio Cruz" (1962), deu-lhe fama e ele se apresenta como um escritor que conhece a história de seu país e suas dores.
Seu conjunto de obras é vasto, passando pelo conto romance e ensaios, afora conferências, que depois tornaram-se textos importantes , como aquele em que trata de Machado de Assis e sua relações com Cervantes-publicado pelo Caderno MAIS DA FOLHA DE SÃO PAULO.
Amigo de Nélida Pinon, a quem sempre se fazia presente, Carlos tinha um olhar para o Brasil, onde o mesmo morou muito criança- aos 2 anos-, sem jamais esquecer em sua memória a cidade do Rio de Janeiro- onde sentiu o Brasil.
Fuentes será eterno, espero, para que aprendamos mais e mergulhemos no seu vasto oceano de ensinamentos.
A literatura, penso eu inspirado por ele, é para viver, mesmo que se tenha que morrer!
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