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POR PÚBLICO PORTUGAL
É um videojogo, mas não é só um jogo. Está a causar indignação em Cuba porque um dos desafios é matar... Fidel Castro.
Fidel Castro é um dos alvos em Call of Duty: Black Ops (Desmond Boylan/Reuters)
O videojogo Call of Duty: Black Ops foi lançado esta semana e deverá ser um sucesso, tendo em conta o êxito das edições anteriores e o facto de ter registado vendas de 360 milhões de dólares nas primeiras 24 horas nos Estados Unidos e Reino Unido, segundo o "Wall Street Journal". Tem como pano de fundo a Guerra Fria, leva os jogadores a combater na Rússia, no Vietname ou em Cuba. E é nas ruas de Havana que os soldados virtuais terão como tarefa perseguir e matar o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro.
Em Cuba a resposta indignada não se fez esperar. “O que o Governo norte-americano não conseguiu em mais de 50 anos quer agora conseguir virtualmente”, lia-se ontem no “site” Cubadebate, próximo do regime. O jogo “glorifica as intenções actuais dos Estados Unidos de matar Castro e estimula atitudes sociopatas entre a juventude norte-americana”.
No texto publicado no Cubadebate é também referido que o novo Call of Duty reflecte a realidade e que houve cerca de 600 tentativas para matar Fidel Castro desde que assumiu o poder em Cuba, em 1959. Para o “site”, este jogo é também uma tentativa de legitimar um assassínio em nome do entretenimento.
Fidel Castro, hoje com 84 anos, é o primeiro secretário do Partido Comunista Cubano mas deixou a presidência em 2008, quando o Governo passou a ser liderado pelo irmão mais novo, Raúl Castro.
Call of Duty: Black Ops é o sétimo jogo de uma série criada pela Treyarch, e não é o primeiro a gerar controvérsia. Ainda no mês passado o jogo Medal of Honor foi banido de bases militares norte-americanas por permitir aos jogadores desempenhar o papel de um combatente taliban, sublinhou a BBC.
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