Barreto: "Tem muita discussão antes de se avaliar os candidatos ao Senado" Foto: Glauco Spíndola/DP/D.A Press - 8/8/05BY D PE
Enquanto o PT nacional vem procurando esfriar os ânimos entre as tendências do ex-prefeito do Recife João Paulo e o secretário estadual das Cidades, Humberto Costa, a reunião do diretório do partido no Recife pode colocar mais "lenha na fogueira". A tática eleitoral e a conjuntura municipal estão entre os pontos que serão discutidos no encontro programado para sábado. O novo presidente do PT no Recife, Oscar Barreto, já deu o tom de como será a discussão.
Barreto: "Tem muita discussão antes de se avaliar os candidatos ao Senado" Foto: Glauco Spíndola/DP/D.A Press - 8/8/05
De acordo com ele, não há a menor possibilidade de o PT nacional se posicionar em favor de Humberto para ser o candidato do PT ao Senado na chapa do governador Eduardo Campos. Humberto e João Paulo se reúnem amanhã, em Brasília, para tentar encontrar uma solução para o impasse. "Essa hipótese não existe. O PT não vai dizer que sim ou que não. Nacionalmente, o partido tem outras tarefas eleitorais. Esse pato ainda vai cozinhar muito antes de ser servido. Tem muita discussão antes de se avaliar os candidatos ao Senado", afirmou.
O encontro do PT no Recife será realizado no Sindicato dos Bancários, no centro do Recife, a partir das 9h. Os petistas também discutirão a nova composição da executiva, o calendário geral do partido para 2010 e os detalhes da festa de posse do diretório municipal. Segundo Oscar, a discussão sobre eleição está concentrada na candidatura da presidenciável Dilma Rousseff. "A escolha não será da forma que algumas pessoas pensam que será. É preciso definir quem serão os aliados, qual a chapa da oposição, as alianças e a tática. É um arranjo nacional", destacou.
Oscar não poupou críticas à alternativa apresentada por Humberto para evitar prévias e escolher consensualmente o candidato do PT ao Senado. O secretário das Cidades propôs que aquele que não fosse indicado pudesse ser contemplado no futuro, nas eleições de 2012 e 2014. " Se ele (João Paulo), eu ou Maurício (Rands) não estivermos presente nessa chapa majoritária não significa que fomos colocados em segundo plano. Teremos a eleição de 2012 e 2014. Quem não disputar a majoritária vai concorrer à eleição de deputado federal", afirmou o petista na ocasião.
Ontem, o novo presidente do PT no Recife considerou a sugestão como equivocada ao condicionar um projeto político a um acordo. "Cada eleição é uma eleição. É complicado quando se começa a embutir uma eleição dentro da outra. A gente não sabe nem como fica o mundo. No calendário maia o mundo se acabará em 2012", afirmou. Em sua avaliação, as pessoas querem rebaixar o significado da eleição. "As pessoas se enganam ou não querem fazer o debate republicano de propostas, mas acordos de poder, de ocupar espaço. Cada um dá à política o alcance de sua visão. A nossa é mais larga. Estamos empenhados na reeleição de Eduardo, de Dilma e na manutenção das forças populares do comando do estado".
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