Sistema Integrado de Bibliotecas Pergamum
Integrada nos processos para a melhoria da qualidade do ensino no país, a Interdidática abriga as empresas que mais se destacam no mercado da educação e da tecnologia, em sua área de exposição.
Presente ao evento, a Pergamum é um Sistema Integrado de Bibliotecas. Um software de gerenciamento de centros de informações desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, que permite catalogar qualquer tipo de obra, em qualquer tipo de suporte, utilizando padrões internacionais, como o AACR2, Z39.50 e o formato MARC21.
O sistema possui facilidades como circulação de materiais com acesso a renovação, reserva e solicitação de empréstimo via web, consulta ao catálogo com acervo digital permitindo a recuperação das obras na íntegra, processo de aquisição de materiais com interação on-line com professores e mais de 200 relatórios disponíveis para utilização.
Entre os mais recentes lançamentos da empresa está o Pergamum THOT, software para consulta a grandes redes bibliográficas.
quarta-feira, 31 de março de 2010
segunda-feira, 29 de março de 2010
Após polêmica, Abril Pro Rock retorna ao Centro de Convenções
http://tipoyplay.blig.ig.com.br/2004/03/forgotten-boys.html
Do JC Online
Depois de muita polêmica, o Abril Pro Rock confirmou: vai voltar a ser realizado no Pavilhão do Centro de Convenções, em Olinda. O anúncio foi feito pelo perfil do festival no Twitter e no site oficial. Antes, os shows estavam marcados para acontecerem no terreno da Fábrica Tacaruna.
Segundo comunicado oficial, a decisão de voltar ao Centro de Convenções foi tomada nesta manhã de sexta-feira (26). "O APR não quer ser pivô de polêmicas pré-existentes", diz um post.
» Querem transformar o APR num vilão, reclama produtor do festival
» Abril Pro Rock inscreve em oficinas de qualificação musical
» Confira a programação completa dos shows principais
Uma liminar do Ministério Público proibe shows de grande porte na Fábrica Tacaruna. O produtor Paulo André se defendeu afirmando que o festival diminiu e que espera apenas 3 mil pessoas. ""Querem fazer o APR de vilão em algo que ele não tem nada a ver. Outros festivais já utilizaram o local e nunca surgiu essa discussão", reclamou André, em entrevista ao JC Online.
"Diante da situação judicial entre a Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco e o Ministério Público, a decisão sensata foi voltar ao Cecon", disse organizadores do Abril Pro Rock em nota oficial. As datas, no entanto, estão mantidas: os shows principais acontecem nos dias 16 e 17 de abril, no Centro de Convenções. O APR Club, novidade este ano, traz shows menores para uma casa na Rua do Apolo, Recife Antigo, nos finais de semana de abril, começando dia 9.
No APR Club já estão confirmados, Daniel Peixoto (ex-Montage), Killer on The Dancefloor, Dead Fish, Mundo Livre SA, Camarones Orquestra Guitarrística, Burro Morto, e os portugueses, Dead Combo e Legendary Tiger Man. Prometido para esta sexta, o festival adiou para segunda-feira a programação completa do APR Club.
Do JC Online
Depois de muita polêmica, o Abril Pro Rock confirmou: vai voltar a ser realizado no Pavilhão do Centro de Convenções, em Olinda. O anúncio foi feito pelo perfil do festival no Twitter e no site oficial. Antes, os shows estavam marcados para acontecerem no terreno da Fábrica Tacaruna.
Segundo comunicado oficial, a decisão de voltar ao Centro de Convenções foi tomada nesta manhã de sexta-feira (26). "O APR não quer ser pivô de polêmicas pré-existentes", diz um post.
» Querem transformar o APR num vilão, reclama produtor do festival
» Abril Pro Rock inscreve em oficinas de qualificação musical
» Confira a programação completa dos shows principais
Uma liminar do Ministério Público proibe shows de grande porte na Fábrica Tacaruna. O produtor Paulo André se defendeu afirmando que o festival diminiu e que espera apenas 3 mil pessoas. ""Querem fazer o APR de vilão em algo que ele não tem nada a ver. Outros festivais já utilizaram o local e nunca surgiu essa discussão", reclamou André, em entrevista ao JC Online.
"Diante da situação judicial entre a Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco e o Ministério Público, a decisão sensata foi voltar ao Cecon", disse organizadores do Abril Pro Rock em nota oficial. As datas, no entanto, estão mantidas: os shows principais acontecem nos dias 16 e 17 de abril, no Centro de Convenções. O APR Club, novidade este ano, traz shows menores para uma casa na Rua do Apolo, Recife Antigo, nos finais de semana de abril, começando dia 9.
No APR Club já estão confirmados, Daniel Peixoto (ex-Montage), Killer on The Dancefloor, Dead Fish, Mundo Livre SA, Camarones Orquestra Guitarrística, Burro Morto, e os portugueses, Dead Combo e Legendary Tiger Man. Prometido para esta sexta, o festival adiou para segunda-feira a programação completa do APR Club.
domingo, 28 de março de 2010
Falta "neurônio" ao ensino superior, diz FHC Ana Okada Em São Paulo
Atualizado às 11h39 by uol
Para que haja uma reinvenção do atual ensino superior brasileiro, "falta neurônio", afirmou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante palestra na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), ocorrida na quarta-feira (24). Para ele, as universidades devem ser as responsáveis por trazer novos modelos culturais de pensamento para a sociedade e, assim, gerar mudança e progresso no país.
"Se a universidade não for capaz de criar modelos de convivência eficientes, nós não vamos ter uma sociedade decente. E vamos ter uma economia horrorosa", disse o político e acadêmico que governou o Brasil entre 1995 e 2002.
FHC explica que a universidade no Brasil ainda tem dificuldades em participar ativamente das decisões e mudanças da sociedade. "A capacidade da universidade [brasileira] de dialogar e difundir valores é muito ruim. A produção acadêmica brasileira cresce muito, já estamos superando Espanha e Itália, mas em patentes a situação ainda é complicada", diz. Ele cita os Estados Unidos como um país em que a atuação dos acadêmicos é bastante valorizada.
* O que você acha que falta ao ensino superior brasileiro? Opine
Meritocracia
O ex-presidente aponta o incentivo pelo mérito como uma das ações para a melhoria da educação. Ele cita o sucesso do ensino na China e o salto econômico dado pelo país como exemplo: "A China virou uma escola [para o mundo], em que todo mundo tenta aprender".
Ele contrasta a escola chinesa e a brasileira: enquanto a primeira tem a família do aluno como ponto de apoio e o incentiva a ser o melhor; no ensino brasileiro, boa parte dos pais não têm como ser base dos estudantes, uma vez que eles não foram à escola.
Para FHC, o fato de ser recente é a razão para que sistemas de avaliação do ensino ainda sejam rejeitados pelos docentes: "Hoje se tem uma greve em São Paulo em parte contra isso. Até hoje não se aceita que haja incentivo pecuniário para quem for melhor", diz.
"Não acredito que a meritocracia possa substituir a democracia [na China], mas acho que é preciso prestar atenção, pois ela pode significar um grande desafio: além de ter uma força econômica, [o país] baseia suas grandes decisões num sistema de mérito", afirmou.
Gasto melhor
O ex-presidente também defende que o formato do ensino superior brasileiro e o prestígio dele na sociedade precisam ser revistos. "Nas universidades da Inglaterra e da França a situação econômica não é tão diversa daqui, o que é diferente é a posição na sociedade, o professor é valorizado", aponta.
"Se quisermos pensar estrategicamente, temos que ter um gasto melhor. Não é aumento de salário, mas um gasto para melhorar a cabeça das pessoas. É preciso olhar o qualitativo."
Para que haja uma reinvenção do atual ensino superior brasileiro, "falta neurônio", afirmou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante palestra na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), ocorrida na quarta-feira (24). Para ele, as universidades devem ser as responsáveis por trazer novos modelos culturais de pensamento para a sociedade e, assim, gerar mudança e progresso no país.
"Se a universidade não for capaz de criar modelos de convivência eficientes, nós não vamos ter uma sociedade decente. E vamos ter uma economia horrorosa", disse o político e acadêmico que governou o Brasil entre 1995 e 2002.
FHC explica que a universidade no Brasil ainda tem dificuldades em participar ativamente das decisões e mudanças da sociedade. "A capacidade da universidade [brasileira] de dialogar e difundir valores é muito ruim. A produção acadêmica brasileira cresce muito, já estamos superando Espanha e Itália, mas em patentes a situação ainda é complicada", diz. Ele cita os Estados Unidos como um país em que a atuação dos acadêmicos é bastante valorizada.
* O que você acha que falta ao ensino superior brasileiro? Opine
Meritocracia
O ex-presidente aponta o incentivo pelo mérito como uma das ações para a melhoria da educação. Ele cita o sucesso do ensino na China e o salto econômico dado pelo país como exemplo: "A China virou uma escola [para o mundo], em que todo mundo tenta aprender".
Ele contrasta a escola chinesa e a brasileira: enquanto a primeira tem a família do aluno como ponto de apoio e o incentiva a ser o melhor; no ensino brasileiro, boa parte dos pais não têm como ser base dos estudantes, uma vez que eles não foram à escola.
Para FHC, o fato de ser recente é a razão para que sistemas de avaliação do ensino ainda sejam rejeitados pelos docentes: "Hoje se tem uma greve em São Paulo em parte contra isso. Até hoje não se aceita que haja incentivo pecuniário para quem for melhor", diz.
"Não acredito que a meritocracia possa substituir a democracia [na China], mas acho que é preciso prestar atenção, pois ela pode significar um grande desafio: além de ter uma força econômica, [o país] baseia suas grandes decisões num sistema de mérito", afirmou.
Gasto melhor
O ex-presidente também defende que o formato do ensino superior brasileiro e o prestígio dele na sociedade precisam ser revistos. "Nas universidades da Inglaterra e da França a situação econômica não é tão diversa daqui, o que é diferente é a posição na sociedade, o professor é valorizado", aponta.
"Se quisermos pensar estrategicamente, temos que ter um gasto melhor. Não é aumento de salário, mas um gasto para melhorar a cabeça das pessoas. É preciso olhar o qualitativo."
sábado, 27 de março de 2010
Milhões de pessoas apagarão as luzes na Hora do Planeta
Centenas de locais mundialmente famosos, como a Torre Eiffel ou a o la Cidade Proibida, ficarão às escuras neste sábado durante a Hora do Planeta, uma ação destinada a promover a luta contra o aquecimento climático durante o qual se prevê a participação de milhões de pessoas. Esta quarta edição, que acontece três meses depois do fracasso da cúpula do clima de Copenhague, promete ser a mais seguida, com 125 países participantes ante os 88 do ano anterior, anunciaram os organizadores.
"A acolhida dada à Hora do Planeta foi imensa. A taxa de respota é muito superior ao ano passado", afirmou com satisfação o fundador do movimento, Andy Ridley. "Supõe-se que a operação Hora do Planeta vai ultrapassar as fronteiras geográficas e econômicas", acrescentou.
O movimento nasceu em Sydney em 2007, quando 2,2 milhões de pessoas permaneceram às escuras durante 60 minutos para sensibilizar a opinião pública sobre o consumo excessivo de eletricidade e a poluição por dióxido de carbono. Organizada pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), a operação adquiriu uma dimensão mundial em 2008 e no sábado, às 20h30 locais (9h30 GMT), mais de 1,2 mil edifícios apagarão suas luzes.
Muitas multinacionais como o Google, Coca-Cola, Hilton, McDonalds, Canon, HSBC ou Ikea aceitaram participar no apagão pelo bem do planeta. Sydney será, pela diferança horária, a primeira a mergulhar na escuridão, com o apagar das luzes da Ópera. Depois as luzes serão apagadas nas Pirâmides do Egito, a Fontana de Trevi e a Torre de Pisa, na Itália, ou a Torre Eiffel de Paris.
Em Pequim, a Cidade Proibida e o emblemático Ninho do Pássaro, estádio dos Jogos Olímpicos de 2008, também ficarão às escuras. Estes apagões adquirem um significado especial neste país, símbolo de um crescimento econômico fulgurante acompanhado de uma contaminação que ostenta o título de maior poluente do mundo. No Japão, o Memorial da Paz de Hiroshima participará na operação enquanto que os grupos Sony, Sharp e Asahi apagarão suas luzes em Tóquio. Em Dubai, a Burj Khalifa, a maior torre do mundo, sumirá na escuridão.
Em dezembro, a Conferência de Copenhague, sob patrocínio da ONU, desembocou em um acordo de mínimos entre 30 países, dos 192 participantes. acordo fixa como objetivo limitar a dois graus a elevação média da temperatura do planeta, mas é impreciso sobre como se conseguirá ao não cifrar objetivos a curto prazo (2020) nem a médio (2050).
Os grandes países em desenvolvimento, como a China e a Índia, se negam a aceitar obrigações vinculantes e consideram que os objetivos dos países industrializados estão muito longe de sua responsabilidade na poluição do planeta.
"A acolhida dada à Hora do Planeta foi imensa. A taxa de respota é muito superior ao ano passado", afirmou com satisfação o fundador do movimento, Andy Ridley. "Supõe-se que a operação Hora do Planeta vai ultrapassar as fronteiras geográficas e econômicas", acrescentou.
O movimento nasceu em Sydney em 2007, quando 2,2 milhões de pessoas permaneceram às escuras durante 60 minutos para sensibilizar a opinião pública sobre o consumo excessivo de eletricidade e a poluição por dióxido de carbono. Organizada pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), a operação adquiriu uma dimensão mundial em 2008 e no sábado, às 20h30 locais (9h30 GMT), mais de 1,2 mil edifícios apagarão suas luzes.
Muitas multinacionais como o Google, Coca-Cola, Hilton, McDonalds, Canon, HSBC ou Ikea aceitaram participar no apagão pelo bem do planeta. Sydney será, pela diferança horária, a primeira a mergulhar na escuridão, com o apagar das luzes da Ópera. Depois as luzes serão apagadas nas Pirâmides do Egito, a Fontana de Trevi e a Torre de Pisa, na Itália, ou a Torre Eiffel de Paris.
Em Pequim, a Cidade Proibida e o emblemático Ninho do Pássaro, estádio dos Jogos Olímpicos de 2008, também ficarão às escuras. Estes apagões adquirem um significado especial neste país, símbolo de um crescimento econômico fulgurante acompanhado de uma contaminação que ostenta o título de maior poluente do mundo. No Japão, o Memorial da Paz de Hiroshima participará na operação enquanto que os grupos Sony, Sharp e Asahi apagarão suas luzes em Tóquio. Em Dubai, a Burj Khalifa, a maior torre do mundo, sumirá na escuridão.
Em dezembro, a Conferência de Copenhague, sob patrocínio da ONU, desembocou em um acordo de mínimos entre 30 países, dos 192 participantes. acordo fixa como objetivo limitar a dois graus a elevação média da temperatura do planeta, mas é impreciso sobre como se conseguirá ao não cifrar objetivos a curto prazo (2020) nem a médio (2050).
Os grandes países em desenvolvimento, como a China e a Índia, se negam a aceitar obrigações vinculantes e consideram que os objetivos dos países industrializados estão muito longe de sua responsabilidade na poluição do planeta.
sexta-feira, 26 de março de 2010
AREIA VERMELHA -ILHA PB
Em uma reunião realizada no auditório da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), representantes da Capitania dos Portos, Prefeitura de Cabedelo, Polícia Militar Ambiental, e da própria Sudema, discutiram assuntos relacionados com ações de segurança e organização das atividades de lazer no Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha.
Durante a reunião, ficou decidido que pontos como ordenamento, disciplinamento, ocupação e usufruto da Unidade de Conservação devem ter mais atuação dos gestores, principalmente a Sudema. O cadastramento das embarcações de transporte de passageiros foi um tópico discutido e defendido e que a Prefeitura de Cabedelo cumprisse as normas estabelecidas anteriormente.
Foi debatido, também, a realização de um seminário para preparação dos donos de barcos que comercializam e transportam os visitantes, seus marinheiros, guias, garçons, cozinheiros e seguranças para um melhor relacionamento com os frequentadores, além de preparação de panfletos plastificados para leitura e devolução, elaborados pelo órgão ambiental com a normatização da área, como também a confecção de cartazes de orientação dos banhistas, por parte dos proprietários de catamarãs para serem afixados em locais visíveis e a recolocação das bóias de sinalização na área de reclusão dos corais por parte da Polícia Ambiental.
Cumprimento do TAC
Com relação ao cumprimento do Termo de Compromisso Ajustamento de Conduta (TAC) dos bares, ficou acordado em estender o prazo para até a conclusão do plano de manejo da área. Em contrapartida, os bares deverão padronizar suas mesas com guarda-sol igual, bem como oferecer sacolas aos visitantes.
Após a conclusão do Zoneamento Ecológico Econômico da área foi proposta a participação de estudantes do curso de Biologia da Universidade Federal da Paraíba para, através de convênio, auxiliar no monitoramento com explicações expositivas do mundo marinho às crianças que forem com os pais à Unidade de Conservação.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Em um mundo de extrema perfeição, ser normal é feio.
“Uma série extraordinária.” – Kirkus Reviews
“Uma narrativa de tirar o fôlego.” – Booklist
Em um mundo de extrema perfeição, ser normal é feio.
Tally Youngblood é feia. Não, isso não significa que ela é alguma aberração da natureza. Não. Ela simplesmente ainda não completou 16 anos. Em Vila Feia, os adolescentes ficam presos em alojamentos até o aniversário de 16 anos, quando recebem um grande presente do governo: uma operação plástica como nunca vista antes na história da humanidade. Suas feições são corrigidas à perfeição, a pele é trocada por outra, sem imperfeições ou – nem pense nisso – espinhas, seus ossos são substituídos por uma liga artificial, mais leve e resistente, os olhos se tornam grandes e os lábios, cheios e volumosos. Em suma, aos 16 anos todos ficam perfeitos.
Tally mal pode esperar pelo seu aniversário. Depois da operação, vai finalmente deixar Vila Feia e se mudar para Nova Perfeição, onde os perfeitos vivem, bebem, pulam de paraquedas, voam a bordo de suas pranchas magnéticas, e se divertem (o tempo todo). Mas, enquanto espera que as poucas semanas até completar 16 anos passem, Tally precisa se distrair.
Uma noite, ela conhece Shay, uma feia que não está nem um pouco ansiosa para completar 16 anos. Pelo contrário: Shay pretende fugir dos limites da cidade e se juntar à Fumaça, um grupo de foras-da-lei que sobrevive retirando seu sustento da natureza.
Para Tally, isso é uma maluquice. Quem iria querer ficar feio para sempre, ou se arriscaria a voltar para a natureza e queimar árvores para se aquecer, em vez de viver com conforto em Nova Perfeição e se divertir à beça? Mas, quando sua amiga desaparece, os Especiais, autoridade máxima deste novo mundo, propõem um acordo com Tally: se unir a eles contra os enfumaçados ou ficar feia para sempre. A escolha de Tally irá mudar o mundo para sempre.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Vídeo: Gramático Evanildo Bechara conversa com o JC Online
Vídeo: Gramático Evanildo Bechara conversa com o JC Online
Do JC Online-Recife Pe
O gramático e membro da Academia Brasileira de Letras, Evanildo Bechara, está no Recife para participar de palestras. O JC Online conversou com ele na Aliança Francesa do Derby, zona central da cidade, onde palestrou sobre o abolicionista Joaquim Nabuco.
Bechara, que é um dos maiores especialistas da Língua Portuguesa, fala sobre sobre o ensino do português, certo e errado da língua, critica erros gramaticais da imprensa, entre outros. Confira:
A seguir o professor fala sobre o novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa, Portugal e também Joaquim Nabuco. Assista:
Evanildo Bechara é conhecido pela sua "Moderna Gramática Portuguesa", que é reeditada desde 1961. É professor titular e emérito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), e passou períodos lecionando nas universidades de Colônia, na Alemanha, e Coimbra, em Portugal, onde é doutor honor
Do JC Online-Recife Pe
O gramático e membro da Academia Brasileira de Letras, Evanildo Bechara, está no Recife para participar de palestras. O JC Online conversou com ele na Aliança Francesa do Derby, zona central da cidade, onde palestrou sobre o abolicionista Joaquim Nabuco.
Bechara, que é um dos maiores especialistas da Língua Portuguesa, fala sobre sobre o ensino do português, certo e errado da língua, critica erros gramaticais da imprensa, entre outros. Confira:
A seguir o professor fala sobre o novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa, Portugal e também Joaquim Nabuco. Assista:
Evanildo Bechara é conhecido pela sua "Moderna Gramática Portuguesa", que é reeditada desde 1961. É professor titular e emérito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), e passou períodos lecionando nas universidades de Colônia, na Alemanha, e Coimbra, em Portugal, onde é doutor honor
terça-feira, 23 de março de 2010
Diversidade do Festival Nação Cultural une Nando Reis e caboclinhos em Goiana-PE
Do JC Online
Nando Reis é atração na Terra dos Caboclinhos neste sábado
Nando Reis é atração na Terra dos Caboclinhos neste sábado
Foi anunciada, nesta segunda-feira (22), a programação do Festival Pernambuco Nação Cultural da Mata Norte, que tem na cidade de Goiana o start para um evento que contemplará 11 municípios da Mata, Agreste e Sertão do Estado. Segundo a Fundarpe (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco), o circuito valoriza não só as manifestações típicas de cada local, mas também o desenvolvimento sustentável e a economia.
A partir desta quarta-feira, a chamada Terra dos Caboclinhos abre as portas para sete dias de diversidade cultural: do tradicional Encontro de Caboclinhos a show pop com o cantor Nando Reis, a agenda contempla cortejos pelas ruas do centro, oficinas, Fórum Regional de Cultura e muitos shows em palcos pela cidade. Tudo com entrada franca.
Durante o festival, a cidade reinaugura seu Cine-teatro Polytheama, que passou dois anos fechado e abre as portas com programação de artes cênicas e de cinema. Foram R$ 2 milhões investidos nas obras do espaço, que passa a oferecer 220 lugares para o público, a partir do dia 26.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:
»Quarta, 24
FÓRUM REGIONAL DE CULTURA DA MATA NORTE
A partir das 9h
Local: Sesi
»Quinta, 25
OFICINAS
Local: Faculdade Autarquia Municipal de Ensino Superior de Goiana
Oficinas Institucionais
- Gestão e Prestação de Contas – Pontos de Cultura
25 de março
9h às 12h e 14h às 17h
OFICINAS DE FORMAÇÃO CIDADÃ
- Cultura, Direito e Diversidade
25 de março
9h às 12h e 14h às 18h
OFICINAS DE LINGUAGEM
- Pífano
25, 26 e 29 de março
14h às 17h
-Mamulengo
25 a 30 de março
14h às 18h
- Papel Machê
25 a 30 de março
14h às 18h
PALCO PERNAMBUCO NAÇÃO CULTURAL
A partir das 20h
Local: Avenida Nunes Machado
Observa e Toca – Seletiva Mata Norte
»Sexta, 26
OFICINAS
Local: Faculdade Autarquia Municipal de Ensino Superior de Goiana
Oficinas Institucionais
- Birô Pontos de Cultura
9h às 12h e 14h às 17h
Oficina de Formação Cidadã
- Maracatus e Caboclinhos: estratégias de resistência e afirmação do povo negro em Pernambuco
19h às 21h
ENCONTRO REGIONAL DE COMUNICAÇÃO
14h30
Local: Sesi
PALCO PERNAMBUCO NAÇÃO CULTURAL
A partir das 20h
Local: Avenida Nunes Machado
Observa e Toca – Seletiva Mata Norte
Encerramento com show de Josildo Sá
TEATRO
20h
A Chegada da Prostituta no Céu
»Sábado, 27
CORTEJOS
A partir das 7h
Local: Concentração na entrada da cidade
Clube Carnavalesco Misto Lenhadores de Goiana
Filarmônica 28 de Junho
Orquestra de Frevo Revoltosa
Orquestra Popular da Mata Norte
A partir das 16h
Orquestra Euterpina Juvenil Nazareno (CapaBode)
Bloco Caravana Andaluza
Maracatu Carnavalesco Misto Leão Coroado
Maracatu Burras Vencedoras
Pretinhas do Congo de Goiana
Orquestra 22 de Novembro
Associação Musical Euterpina de Timbaúba
Programação do Cine-teatro Polytheama
CINEMA
18h (Classificação: livre)
Curtas-metragens:
- A Cambinda do Cumbe, de Luiz Hélio Barreto
- O Homem da Mata, de Antônio Carrilho
- Fuloresta do Samba, de Marcelo Pinheiro
- CINENAZA - Mais Cultura em Nazaré da Mata, de Cléber Amorim e Waston Ferreira
- O Rei do Coco, de João Marcelo Ferraz
19h30 (Classificação: 18 anos)
- Baixio das Bestas, de Claudio Assis
PALCO PERNAMBUCO NAÇÃO CULTURAL
A partir das 20h
Local: Avenida Nunes Machado
Banda Musical Saboeira
Família Salustiano e a Rabeca Encantada
Ticuqueiros
Nando Reis
»Domingo, 28
CORTEJOS
A partir das 16h
Local: Concentração na entrada da cidade
Maracatu Estrela Brilhante de Recife
Maracatu Leão Dourado
Maracatu Estrela da Tarde
Boi Jardim
Maracatu Leão Vencedor de Chã de Alegria
Maracatu Coração Nazareno
Cavalo Marinho Estrela Brilhante de Condado
PALCO PERNAMBUCO NAÇÃO CULTURAL
A partir das 17h
Local: Avenida Nunes Machado
Palavra Cantada
Sociedade Musical Curica
Sérgio Cassiano
Fim de Feira
TEATRO
17h
Guerreiros da Bagunça
CINEMA
17h (Classificação: livre)
Curtas:
- A Quase Tragédia de Mané, ou O Bode que ia Dando Bode
- A Revolta do Boêmio, de Elthon Taurino
- Coco de Yá, de Charles Wolf
- Maracatu Maracatus, de Marcelo Gomes
- Olé Laurinda, o canto das raspadeiras de mandioca, Everaldo Costa Santana
20h (Classificação: 18 anos)
- Amigos de Risco, de Daniel Bandeira
»Segunda, 29
OFICINAS
Local: Faculdade Autarquia Municipal de Ensino Superior de Goiana
Oficinas Institucionais
- Educação Patrimonial
29 de março
9h às 12h e 14h às 18h
- Elaboração de Projetos
29 e 30 de março
9h às 12h e 14h às 18h
Oficina Formação Cidadã
- Quilombolas Catucá
14h às 17h
PROGRAMAÇÃO DO CINE-TEATRO POLYTHEAMA
Oficina
- Indústrias Criativas
19h às 21h
PALCO PERNAMBUCO NAÇÃO CULTURAL
A partir das 20h
Local: Avenida Nunes Machado
Desafio de Cantadores
»Terça, 30
Oficinas Institucionais
- Elaboração de Projetos
29 e 30 de março
9h às 12h e 14h às 18h
- Funcultura
30 de março
14h às 18h
A partir das 17h
Local: Concentração na entrada da cidade
Encontro de Caboclinhos
Oficinas de formação cidadã
- Heroínas de Tejucupapo
30 de março
19h às 21h
- A Dinâmica da Interculturalidade Popular
30 de março
19h às 21h
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PEC do Trabalho Escravo pode continuar "esquecida" na Câmara
BY REPÓRTER BRASIL
À espera de votação no Plenário há quase 6 anos (após aprovação em 1º turno em 2004), a emenda que prevê o confisco de terras de escravagistas corre sério risco de "perecer" engavetada por mais uma legislatura
Por Rodrigo Rocha e Maurício Hashizume
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438/2001, que prevê a expropriação da terra em que ficar comprovada a exploração de trabalho escravo e tem apoio de um abaixo-assinado com mais de 168 mil adesões, se tornou quase um sinônimo do combate à escravidão contemporânea.
À espera de votação no Plenário da Câmara dos Deputados há quase seis anos (após aprovação em primeiro turno em agosto de 2004), a PEC do Trabalho Escravo corre sério risco de "perecer" engavetada por mais uma legislatura caso não seja "ressuscitada" pelas lideranças da Casa até 5 de abril, quando se encerra o prazo acordado até aqui para a escolha (ou descarte completo) de emendas que ainda poderão ser apreciadas em 2010.
Como a definição da agenda de votações está a cargo do Colégio de Líderes, a Repórter Brasil entrou em contato com as principais lideranças na Câmara Federal e com a presidência da Casa legislativa para aferir as chances reais de desbloqueio do andamento da PEC 438/2001.
No ano passado, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), chegou a anunciar planos para colocar a PEC do Trabalho Escravo em votação. Desta vez, porém, ele prefere a cautela absoluta. Por meio de sua assessoria de imprensa, declarou apenas que decidiu não se manifestar porque essa decisão deverá ser tomada pelo Colégio de Líderes e que, por esse motivo, não emitirá opinião sobre o mérito de PEC alguma antes que isso ocorra.
Outras 62 PECs também aguardam votação pelo pleno. A assessoria de imprensa da Presidência da Câmara reitera ainda que são votadas, em média, três PECs por ano. Estima-se que, se a opção pelas votações prevalecer, serão priorizadas no máximo quatro emendas para 2010.
Líder do governo, Cândido Vacarezza (PT-SP) vem se posicionando contra a votação de PECs em ano eleitoral. À imprensa, ressalvou, contudo, que o governo tende a apoiar a apreciação da PEC do Trabalho Escravo, vez que a mesma já foi votada em primeiro turno. Ocorre que, diante do alvoroço generalizado da Copa do Mundo de futebol em junho, as probabilidades de votação de emendas - que exigem ao menos 308 votos (3/5 do total de 513) favoráveis para aprovação - caem substancialmente.
Já o discurso de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), líder do bloco PMDB/PTC, dá a medida do real interesse pelo tema na maior bancada (91 deputados). A assessoria do parlamentar informou à reportagem que a PEC 438/2001 não está na pauta de discussão no momento. A matéria só fará parte do rol de pedidos do PMDB junto ao Colégio de Líderes, continua a assessoria, caso a maioria dos membros da bancada decida votar a favor da mesma. Essa súbita preferência, quando matérias mais "populares" - como a emenda dos donos de cartórios e a do aumento para policiais civis e militares - seguem pendentes, dificilmente deve se concretizar.
"A PEC do Trabalho Escravo é um compromisso da bancada do PT. Mas, pragmaticamente, acho bem difícil que a emensa seja votada ainda este ano", coloca Fernando Ferro (PT-PE), atual líder da bancada petista (77 integrantes). De acordo com ele, a última vez que a possibilidade de votação da proposta em plenário foi aventada no Colégio de Líderes se deu em meados de 2009. "Mais recentemente, sequer foi discutida", complementa.
Fernando Ferro atribui a estagnação da PEC em questão diretamente à resistência "muito forte" da bancada ruralista, pautada pelos interesses dos proprietários rurais. Daniel Almeida (PCdoB-BA), que lidera o bloco PSB/PCdoB/PMN/PRB (50 deputados) no Congresso Nacional, também aponta a emenda que intensifica a punição contra quem explora trabalho escravo como prioridade, pois "mexer no patrimônio é sempre eficiente no Brasil". Para o congressista, os ruralistas "relutam em admitir que existem práticas incompatíveis com a legislação nas fazendas brasileiras".
A resposta mais surpreendente encaminhada à Repórter Brasil foi a de João Almeida (PSDB-BA), líder de 57 políticas e políticos tucanos. Perguntado sobre a PEC do Trabalho Escravo, o congressista admitiu que "desconhece" a proposta, até porque, conforme a sua assessoria, a emenda não foi colocada em debate nas reuniões de lideranças das quais participou.
Eleito pela quinta vez seguida como deputado federal, João Almeida é geólogo e ocupa uma das cadeiras da Casa desde 1991. O desconhecimento acerca da PEC surpreende por dois motivos. Nos últimos anos, fiscalizações têm recorrentemente libertado trabalhadores em fazendas na Bahia, que também assiste à migração e ao aliciamento de muita mão de obra para outras regiões. E em 2004, o líder do PSDB fez parte, como suplente, da comissão especial que tratou justamente da PEC 438/2001.
A assessoria de Paulo Bornhausen (DEM-SC), que lidera 55 deputados do partido, afirma que o tema ainda não foi avaliado, pois a PEC do Trabalho Escravo ainda não entrou em pauta de votação. Somente quando isso acontecer, a proposta deve passar por análise técnica da liderança do partido. Ainda segundo a assessoria, o DEM - que abriga contingente significativo de ruralistas - costuma priorizar as pautas de autoria de sua bancada.
Há na oposição, entretanto, quem veja pessoalmente a PEC com bons olhos. Gustavo Fruet (PSDB-PR), que assumiu a liderança da minoria na semana passada, declarou apoiar a matéria, como parlamentar. Na condição de líder, ele ainda averiguará o andamento das negociações acerca da escolha do que poderá ou não ser submetido à votação no Plenário, mas tem frisado que prefere as propostas direcionadas ao interesse geral da sociedade.
Gustavo Fruet, aliás, faz parte da Frente Parlamentar Mista pela Erradicação do Trabalho Escravo, que foi registrada oficialmente no último dia 10 de março e tem atualmente 195 membros da Câmara dos Deputados e 55 integrantes do Senado Federal. Um dos principais objetivos da articulação consiste na aprovação da PEC do Trabalho Escravo - classificada pelo senador José Nery (PSOL-PA), presidente da Frente Parlamentar, como "segunda Lei Áurea".
A aprovação da PEC 438/2001 aparece como uma das metas de curto prazo do I Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, lançado em 2003, e consta novamente como meta de curto prazo do II Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, de 2008.
A matéria já passou pelo Senado em 2003. Se for aprovada em segundo turno pela Câmara, a emenda retornará ao Senado por causa das modificações promovidas pelos deputados. A primeira proposição de confisco de terras dos escravagistas é de autoria do deputado Paulo Rocha (PT-PA) e foi apresentada originalmente em 1995, há 15 anos. Ela foi apensada à PEC 438/2001, do senador Ademir Andrade (PSB-PA).
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À espera de votação no Plenário há quase 6 anos (após aprovação em 1º turno em 2004), a emenda que prevê o confisco de terras de escravagistas corre sério risco de "perecer" engavetada por mais uma legislatura
Por Rodrigo Rocha e Maurício Hashizume
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438/2001, que prevê a expropriação da terra em que ficar comprovada a exploração de trabalho escravo e tem apoio de um abaixo-assinado com mais de 168 mil adesões, se tornou quase um sinônimo do combate à escravidão contemporânea.
À espera de votação no Plenário da Câmara dos Deputados há quase seis anos (após aprovação em primeiro turno em agosto de 2004), a PEC do Trabalho Escravo corre sério risco de "perecer" engavetada por mais uma legislatura caso não seja "ressuscitada" pelas lideranças da Casa até 5 de abril, quando se encerra o prazo acordado até aqui para a escolha (ou descarte completo) de emendas que ainda poderão ser apreciadas em 2010.
Como a definição da agenda de votações está a cargo do Colégio de Líderes, a Repórter Brasil entrou em contato com as principais lideranças na Câmara Federal e com a presidência da Casa legislativa para aferir as chances reais de desbloqueio do andamento da PEC 438/2001.
No ano passado, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), chegou a anunciar planos para colocar a PEC do Trabalho Escravo em votação. Desta vez, porém, ele prefere a cautela absoluta. Por meio de sua assessoria de imprensa, declarou apenas que decidiu não se manifestar porque essa decisão deverá ser tomada pelo Colégio de Líderes e que, por esse motivo, não emitirá opinião sobre o mérito de PEC alguma antes que isso ocorra.
Outras 62 PECs também aguardam votação pelo pleno. A assessoria de imprensa da Presidência da Câmara reitera ainda que são votadas, em média, três PECs por ano. Estima-se que, se a opção pelas votações prevalecer, serão priorizadas no máximo quatro emendas para 2010.
Líder do governo, Cândido Vacarezza (PT-SP) vem se posicionando contra a votação de PECs em ano eleitoral. À imprensa, ressalvou, contudo, que o governo tende a apoiar a apreciação da PEC do Trabalho Escravo, vez que a mesma já foi votada em primeiro turno. Ocorre que, diante do alvoroço generalizado da Copa do Mundo de futebol em junho, as probabilidades de votação de emendas - que exigem ao menos 308 votos (3/5 do total de 513) favoráveis para aprovação - caem substancialmente.
Já o discurso de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), líder do bloco PMDB/PTC, dá a medida do real interesse pelo tema na maior bancada (91 deputados). A assessoria do parlamentar informou à reportagem que a PEC 438/2001 não está na pauta de discussão no momento. A matéria só fará parte do rol de pedidos do PMDB junto ao Colégio de Líderes, continua a assessoria, caso a maioria dos membros da bancada decida votar a favor da mesma. Essa súbita preferência, quando matérias mais "populares" - como a emenda dos donos de cartórios e a do aumento para policiais civis e militares - seguem pendentes, dificilmente deve se concretizar.
"A PEC do Trabalho Escravo é um compromisso da bancada do PT. Mas, pragmaticamente, acho bem difícil que a emensa seja votada ainda este ano", coloca Fernando Ferro (PT-PE), atual líder da bancada petista (77 integrantes). De acordo com ele, a última vez que a possibilidade de votação da proposta em plenário foi aventada no Colégio de Líderes se deu em meados de 2009. "Mais recentemente, sequer foi discutida", complementa.
Fernando Ferro atribui a estagnação da PEC em questão diretamente à resistência "muito forte" da bancada ruralista, pautada pelos interesses dos proprietários rurais. Daniel Almeida (PCdoB-BA), que lidera o bloco PSB/PCdoB/PMN/PRB (50 deputados) no Congresso Nacional, também aponta a emenda que intensifica a punição contra quem explora trabalho escravo como prioridade, pois "mexer no patrimônio é sempre eficiente no Brasil". Para o congressista, os ruralistas "relutam em admitir que existem práticas incompatíveis com a legislação nas fazendas brasileiras".
A resposta mais surpreendente encaminhada à Repórter Brasil foi a de João Almeida (PSDB-BA), líder de 57 políticas e políticos tucanos. Perguntado sobre a PEC do Trabalho Escravo, o congressista admitiu que "desconhece" a proposta, até porque, conforme a sua assessoria, a emenda não foi colocada em debate nas reuniões de lideranças das quais participou.
Eleito pela quinta vez seguida como deputado federal, João Almeida é geólogo e ocupa uma das cadeiras da Casa desde 1991. O desconhecimento acerca da PEC surpreende por dois motivos. Nos últimos anos, fiscalizações têm recorrentemente libertado trabalhadores em fazendas na Bahia, que também assiste à migração e ao aliciamento de muita mão de obra para outras regiões. E em 2004, o líder do PSDB fez parte, como suplente, da comissão especial que tratou justamente da PEC 438/2001.
A assessoria de Paulo Bornhausen (DEM-SC), que lidera 55 deputados do partido, afirma que o tema ainda não foi avaliado, pois a PEC do Trabalho Escravo ainda não entrou em pauta de votação. Somente quando isso acontecer, a proposta deve passar por análise técnica da liderança do partido. Ainda segundo a assessoria, o DEM - que abriga contingente significativo de ruralistas - costuma priorizar as pautas de autoria de sua bancada.
Há na oposição, entretanto, quem veja pessoalmente a PEC com bons olhos. Gustavo Fruet (PSDB-PR), que assumiu a liderança da minoria na semana passada, declarou apoiar a matéria, como parlamentar. Na condição de líder, ele ainda averiguará o andamento das negociações acerca da escolha do que poderá ou não ser submetido à votação no Plenário, mas tem frisado que prefere as propostas direcionadas ao interesse geral da sociedade.
Gustavo Fruet, aliás, faz parte da Frente Parlamentar Mista pela Erradicação do Trabalho Escravo, que foi registrada oficialmente no último dia 10 de março e tem atualmente 195 membros da Câmara dos Deputados e 55 integrantes do Senado Federal. Um dos principais objetivos da articulação consiste na aprovação da PEC do Trabalho Escravo - classificada pelo senador José Nery (PSOL-PA), presidente da Frente Parlamentar, como "segunda Lei Áurea".
A aprovação da PEC 438/2001 aparece como uma das metas de curto prazo do I Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, lançado em 2003, e consta novamente como meta de curto prazo do II Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, de 2008.
A matéria já passou pelo Senado em 2003. Se for aprovada em segundo turno pela Câmara, a emenda retornará ao Senado por causa das modificações promovidas pelos deputados. A primeira proposição de confisco de terras dos escravagistas é de autoria do deputado Paulo Rocha (PT-PA) e foi apresentada originalmente em 1995, há 15 anos. Ela foi apensada à PEC 438/2001, do senador Ademir Andrade (PSB-PA).
Notícias relacionadas:
Frente agrega 250 congressistas contra trabalho escravo
Assentamento no Piauí simboliza limites do combate à escravidão
Acusados da Chacina de Unaí ainda não foram julgados
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segunda-feira, 22 de março de 2010
Exploração dos meios digitais na Educação
by INTEWRDIDÁTICA
A importância da reforma dos sistemas educativos é apontada pelas organizações internacionais como uma prioridade na preparação dos cidadãos para a sociedade pós-moderna. Especialistas brasileiros e do exterior estarão no Seminário de Tecnologia da Interdidática.
Vinda de Portugal, a professora doutora Maria João Gomes tratará dos Portifólios Digitais: das Aprendizegens dos Alunos ao Desenvolvimento Profissional dos Professores. No contexto educacional e escolar, os portifólios podem ser utilizados com focos diferenciados: centrados na escola, assumindo-se como meio de apresentação e publicitação da própria escola,; centrados nos alunos, constituindo-se como estratégia de promoção de aprendizagens e/ou de avaliação; e centrados nos professores, constituindo-se como instrumento/processo de desenvolvimento profissional e/ou de avaliação de desempenho.
Será discutido o potencial dos portifólios, particularmente dos digitais, considerando os três focos de análise referidos e reportando-nos a contextos e situações concretas de exploração dos mesmos.
Doutora em Educação, na especialidade de Tecnologia Educativa, Maria João Gomes é Professora e Diretora-Adjunta do Departamento de Estudos Curriculares e Tecnologia Educativa do Instituto de Educação da Universidade do Minho, em Portugal. Tem lecionado no âmbito de diversos cursos de graduação e pós-graduação, nomeadamente as unidades curriculares de “Educação e Tecnologias Multimídia” e “Ensino a Distância e E-Learning”. Autora de mais de sessenta textos na área das tecnologias da informação e comunicação na educação, entre livros, artigos e comunicações em eventos científicos. Atualmente é Diretora da Revista Eletrônica “Educação, Formação & Tecnologias” e membro do conselho de redação da “Revista Portuguesa de Educação”.
A importância da reforma dos sistemas educativos é apontada pelas organizações internacionais como uma prioridade na preparação dos cidadãos para a sociedade pós-moderna. Especialistas brasileiros e do exterior estarão no Seminário de Tecnologia da Interdidática.
Vinda de Portugal, a professora doutora Maria João Gomes tratará dos Portifólios Digitais: das Aprendizegens dos Alunos ao Desenvolvimento Profissional dos Professores. No contexto educacional e escolar, os portifólios podem ser utilizados com focos diferenciados: centrados na escola, assumindo-se como meio de apresentação e publicitação da própria escola,; centrados nos alunos, constituindo-se como estratégia de promoção de aprendizagens e/ou de avaliação; e centrados nos professores, constituindo-se como instrumento/processo de desenvolvimento profissional e/ou de avaliação de desempenho.
Será discutido o potencial dos portifólios, particularmente dos digitais, considerando os três focos de análise referidos e reportando-nos a contextos e situações concretas de exploração dos mesmos.
Doutora em Educação, na especialidade de Tecnologia Educativa, Maria João Gomes é Professora e Diretora-Adjunta do Departamento de Estudos Curriculares e Tecnologia Educativa do Instituto de Educação da Universidade do Minho, em Portugal. Tem lecionado no âmbito de diversos cursos de graduação e pós-graduação, nomeadamente as unidades curriculares de “Educação e Tecnologias Multimídia” e “Ensino a Distância e E-Learning”. Autora de mais de sessenta textos na área das tecnologias da informação e comunicação na educação, entre livros, artigos e comunicações em eventos científicos. Atualmente é Diretora da Revista Eletrônica “Educação, Formação & Tecnologias” e membro do conselho de redação da “Revista Portuguesa de Educação”.
domingo, 21 de março de 2010
Por la economía, el arte contemporáneo en la Argentina aún es frágil"
ENTREVISTA ROBERT STORR DECANO DE ARTES DE LA UNIVERSIDAD DE YAL
by REVIST A`N EL CLARIN AR
"
Según el experto estadounidense, el mundo del arte ahora le presta atención a Latinoamérica.
Por: Mercedes Pérez Bergliaffa
ESPECIAL PARA CLARIN
STORR. "El arte hace dos cosas: cristaliza pensamientos y también crea algo nuevo en el mundo."
De ojos claros y mirada oculta, dueño de una enorme estatura, el prestigioso curador Robert Storr engaña: en persona, parece cualquier cosa menos poderoso. Y esto, en el mundo del arte, es señal de inteligencia. Nadie imaginaría, al verlo pasar, que este señor de unos cincuenta y pico de años, de hablar tranquilo y humor calmo, fue el primer norteamericano en dirigir la Bienal de Arte de Venecia, la más prestigiosa del mundo. Y que estuvo situado en el "ránking" del arte (sí, en el arte contemporáneo también hay "top 5") como una de las diez personas más influyentes del mundo.
Luego de pasar una semana en la Argentina invitado por la sede local de la Universidad de Yale (institución donde enseña) y a sólo horas de volver a sus pagos, Storr se entrevistó con Clarín al final de un día ajetreado en el que dictó, al hilo, dos largas conferencias, una en el MALBA y otra en el Museo Nacional de Bellas Artes.
¿Qué es lo que tiene el arte que lo hace tan interesante para usted?
Creo que el arte hace dos cosas: en primer término, cristaliza pensamientos. Es un lugar en el que los pensamientos comienzan a tener forma. Y también crea algo nuevo en el mundo, algo que nunca jamás ha sido visto antes, que nunca jamás antes existió.
¿Dónde encuentra, en el mundo del arte, los mayores prejuicios?
La mayoría, en el mundo académico, más que en la producción de un trabajo curatorial y de exhibición. Pero tanto en un mundo como en el otro hay prejuicios. Y también hay mentiras. Esto pasa porque el arte está conectado con el poder y con el dinero. Y por supuesto que hay gente que miente para poder acceder a algo de eso.
Es la tercera vez que nos visita. ¿Por qué viajó anteriormente?
Vine a principios de los 90 con una beca de la Fundación Antorchas, a conocer el país y su panorama artístico. Y en 2006, a propósito de la Bienal de Venecia que me tocó dirigir (la de 2007). Ese año estuve dos semanas en Argentina, hablando con Guillermo Kuitca (quien fue "el" artista argentino invitado oficialmente a participar de la Bienal). También vi muchos trabajos de artistas que me gustaron, pero no tenía suficiente espacio en Venecia para exhibirlos. Ahora estoy recordando lo que vi y conocí y guardándolo para una futura exhibición.
Ahora estuvo visitando Rosario. ¿Por qué eligió ir a esa ciudad?
Fui para que la artista Graciela Carnevale me hablara sobre "Tucumán arde".
¿Cómo ve el arte contemporáneo local?
Creo que, en algunas áreas, el arte contemporáneo aquí es todavía una estructura frágil, debido a la economía del país y todo lo que se relaciona con ella. Aunque también hay instituciones que hacen acciones fuertes y que están establecidas hace mucho tiempo. Por ejemplo, el Museo Nacional de Bellas Artes. El MALBA también es fantástico. Y los proyectos que se hicieron con las becas Kuitca fueron fuertes en su momento, porque ayudaron al nuevo arte y a los artistas que estaban por venir al sistema. Sé que la comunidad internacional, desde hace un par de décadas, sigue de cerca lo que pasa en Latinoamérica respecto del arte, específicamente en Argentina, Brasil, Venezuela, Uruguay y Chile. Estos son países-claves y hay mucha atención puesta en el arte que se produce. Por eso, cualquier cosa que ocurra aquí de ahora en más no va a ocurrir en una aislamiento tan grande. En síntesis, creo que Argentina es un lugar donde poner el ojo y considerar. Hay mucha historia y muchas cosas buenas, pero creo que en el arte, las piezas todavía no se ensamblaron, no se juntaron. Ahora es el momento, el punto donde podrían y deberían hacerlo. Pero, ya sabe, quizás yo esté equivocado, dado que soy extranjero.
Tamañ
sexta-feira, 19 de março de 2010
Luta por legitimação
Quase sete anos depois da edição da lei que torna obrigatórios os conteúdos de história e cultura africanas e afro-brasileiras, os negros continuam lutando pelo reconhecimento de suas contribuições culturais e por aceitação no espaço escolar
Rachel Cardoso
O Supremo Tribunal Federal será palco, no primeiro semestre deste ano, de debates sobre as cotas raciais em universidades - divisor de opiniões sobre a chaga do racismo no país. O fato de o tema ter chegado a tal instância é um indício de sua efervescência na sociedade. É a primeira vez na história nacional que o assunto marca presença na mais alta corte federal. Mas chega com atraso de pelo menos duas décadas em relação a países de passado igualmente escravista, como os Estados Unidos, onde uma agenda pós-racial, em que a educação tem papel de destaque na promoção da igualdade social, desaguou na eleição do primeiro presidente negro do país, o democrata Barack Obama. Por aqui, o martelo da Corte pode funcionar como um divisor de águas para as políticas públicas na medida em que poderá significar a admissão do racismo e constituir-se no primeiro passo para o reconhecimento dos prejuízos que ele produz, além de afirmar a constitucionalidade ou não das medidas de ações afirmativas.
É nesse cenário que aparece hoje a questão da inserção social do negro, quadro que ganha contornos próprios no ambiente escolar, espaço ora de ratificação de preconceitos, ora de inflexão de costumes e visões. Trata-se de uma situação complexa, cujas raízes estão diretamente relacionadas a uma cultura da ignorância. De modo geral, faltam conhecimento, referência e memória à população em geral, dentro e fora da sala de aula. "Percebemos muitas atrocidades no contato diário com os professores que nos visitam", diz a coordenadora do Núcleo de Educação do Museu AfroBrasil, Renata Felinto. "Muitos educadores tratam as leis que incluem a história afro-brasileira no currículo escolar como modismo. Em função disso, quase nada mudou."
Ainda está presente no imaginário coletivo a imagem do homem negro como indolente, mas ao mesmo tempo mais forte do que os outros, o que teria sido a causa de sua escolha para a escravidão. Confundido com a malandragem no passado, está associado à criminalidade nos dias de hoje, avalia a educadora. "No cotidiano, o senso comum é que o negro é sempre um suspeito em potencial. As mulheres, por sua vez, são vistas como úteis para prestar serviços domésticos como babás, empregadas e cozinheiras, feias, porque fora do padrão de beleza branco", lembra Renata.
Não há percepção coletiva de que o histórico de falta de oportunidades leva ao reforço do estigma. O que explica em parte a ideologia do branqueamento. Vide o caso do escritor Machado de Assis, que, mulato, perdeu, para alguns, contato com seu universo de origem. "Quanto mais erudito menos negro", explica Renata. "Símbolos como a capoeira, a feijoada, o carnaval, o samba e até as mulatas são destacados como diferenciais da cultura brasileira no exterior, mas internamente ninguém assume a própria origem e o que se exalta é sempre a ascendência europeia."
Até quando o assunto é samba há polêmica. É consensual a importância do negro e de seu universo festivo e religioso na formação daquela que viria a ser considerada a música símbolo do país. Nessa linha, o samba é visto como um movimento de continuidade e afirmação dos valores culturais negros, uma cultura não oficial e alternativa, que seria uma forma de resistência cultural ao modo de produção dominante da sociedade do início do século 20. Mas há quem lembre a expropriação cultural do negro, exemplificada na estratégia da sociedade branca dominante, que enfraqueceu o caráter étnico das associações carnavalescas dos negros e do próprio samba como gênero musical, impedindo que se tornassem elementos de construção de uma consciência negra. Como aponta o historiador Marcos Napolitano em A síncope das ideias (Perseu Abramo, 2007), o samba foi objeto de disputa simbólica assim que se constituiu como fenômeno da indústria cultural, ainda nos anos 30 do século passado. De um lado, o governo Vargas buscando apropriar-se dos símbolos populares e associá-los ao trabalho; de outro, os sambistas que transitavam nas margens do sistema e cantavam a vida boêmia....leia mais-MATÉRIA INTEIRA = clicando no título-UOL-
Rachel Cardoso
O Supremo Tribunal Federal será palco, no primeiro semestre deste ano, de debates sobre as cotas raciais em universidades - divisor de opiniões sobre a chaga do racismo no país. O fato de o tema ter chegado a tal instância é um indício de sua efervescência na sociedade. É a primeira vez na história nacional que o assunto marca presença na mais alta corte federal. Mas chega com atraso de pelo menos duas décadas em relação a países de passado igualmente escravista, como os Estados Unidos, onde uma agenda pós-racial, em que a educação tem papel de destaque na promoção da igualdade social, desaguou na eleição do primeiro presidente negro do país, o democrata Barack Obama. Por aqui, o martelo da Corte pode funcionar como um divisor de águas para as políticas públicas na medida em que poderá significar a admissão do racismo e constituir-se no primeiro passo para o reconhecimento dos prejuízos que ele produz, além de afirmar a constitucionalidade ou não das medidas de ações afirmativas.
É nesse cenário que aparece hoje a questão da inserção social do negro, quadro que ganha contornos próprios no ambiente escolar, espaço ora de ratificação de preconceitos, ora de inflexão de costumes e visões. Trata-se de uma situação complexa, cujas raízes estão diretamente relacionadas a uma cultura da ignorância. De modo geral, faltam conhecimento, referência e memória à população em geral, dentro e fora da sala de aula. "Percebemos muitas atrocidades no contato diário com os professores que nos visitam", diz a coordenadora do Núcleo de Educação do Museu AfroBrasil, Renata Felinto. "Muitos educadores tratam as leis que incluem a história afro-brasileira no currículo escolar como modismo. Em função disso, quase nada mudou."
Ainda está presente no imaginário coletivo a imagem do homem negro como indolente, mas ao mesmo tempo mais forte do que os outros, o que teria sido a causa de sua escolha para a escravidão. Confundido com a malandragem no passado, está associado à criminalidade nos dias de hoje, avalia a educadora. "No cotidiano, o senso comum é que o negro é sempre um suspeito em potencial. As mulheres, por sua vez, são vistas como úteis para prestar serviços domésticos como babás, empregadas e cozinheiras, feias, porque fora do padrão de beleza branco", lembra Renata.
Não há percepção coletiva de que o histórico de falta de oportunidades leva ao reforço do estigma. O que explica em parte a ideologia do branqueamento. Vide o caso do escritor Machado de Assis, que, mulato, perdeu, para alguns, contato com seu universo de origem. "Quanto mais erudito menos negro", explica Renata. "Símbolos como a capoeira, a feijoada, o carnaval, o samba e até as mulatas são destacados como diferenciais da cultura brasileira no exterior, mas internamente ninguém assume a própria origem e o que se exalta é sempre a ascendência europeia."
Até quando o assunto é samba há polêmica. É consensual a importância do negro e de seu universo festivo e religioso na formação daquela que viria a ser considerada a música símbolo do país. Nessa linha, o samba é visto como um movimento de continuidade e afirmação dos valores culturais negros, uma cultura não oficial e alternativa, que seria uma forma de resistência cultural ao modo de produção dominante da sociedade do início do século 20. Mas há quem lembre a expropriação cultural do negro, exemplificada na estratégia da sociedade branca dominante, que enfraqueceu o caráter étnico das associações carnavalescas dos negros e do próprio samba como gênero musical, impedindo que se tornassem elementos de construção de uma consciência negra. Como aponta o historiador Marcos Napolitano em A síncope das ideias (Perseu Abramo, 2007), o samba foi objeto de disputa simbólica assim que se constituiu como fenômeno da indústria cultural, ainda nos anos 30 do século passado. De um lado, o governo Vargas buscando apropriar-se dos símbolos populares e associá-los ao trabalho; de outro, os sambistas que transitavam nas margens do sistema e cantavam a vida boêmia....leia mais-MATÉRIA INTEIRA = clicando no título-UOL-
quinta-feira, 18 de março de 2010
Conteúdo digital é tema de palestra PublishNews
Produção de conteúdo digital é tema de palestra
PublishNews é um dos convidados do evento organizado pelo curso de
Produção Editorial da Anhembi Morumbi
Lançamentos
PublishNews - 18/03/2010 - Redação
Neste sábado (20), o curso de Produção Editorial da Universidade Anhembi Morumbi promove, em São Paulo, o debate sobre a produção de conteúdo digital, interativo e personalizado já como uma realidade no mercado editorial. Realizado em parceria com a SBS Internacional, o evento é aberto ao público e acontece no Campus Vila Olímpia (Rua Casa do Ator, 275 - Sala 611 – mezanino - São Paulo/SP), das 10 às 12 h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail rosolino@anhembi.br. Para a coordenadora do curso, Maria José Rosolino, o desafio apresentado aos editores e profissionais na produção de conteúdo dentro deste contexto está em repensar a sua forma de atuação em novos meios como as mídias sociais e os e-books e traduzir o conteúdo para uma linguagem mais adequada. O PublishNews estará por lá representado por Ricardo Costa. Além dele, participam: Susanna Florissi, Ednei Procópio, Silvia Abolafio e Claudio Noronha Filho.
Conheça os debatedores:
Susanna Florissi, licenciada em Vernáculo e Francês pela Universidade Católica de Pernambuco, com pós-graduação em Teoria da Literatura na PUC de Campinas. Proprietária da Torre de Babel Idiomas, sócia da Editora Galpão e diretora da SBS Internacional e da Hub Editorial;
Ednei Procópio, membro da Comissão do Livro Digital da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e há dez anos especialista em livros eletrônicos. É editor e sócio-fundados da Giz Editorial, selo paulistano que publicou mais de 180 livros em versão impressa e eletrônica;
Silvia Abolafio, designer formada pela Fundação Armando Álvares Penteado, proprietária da Cia. De Desenho Multimeios, empresa especializada em comunicação, web, projeto gráfico de livros para grandes editoras. Criadora da revista digital O Q Design e da Revista Siriguela;
Ricardo Costa, formado em análise de sistemas, foi produtor de legendagem e dublagem da HBO e também gerenciou o departamento editorial e marketing do canal. Editor do Publishnews, também é agitador cultural e organizador de eventos internacionais;
Claudio Noronha Filho, membro do PMI Chapter São Paulo e bacharel em Ciência da Computação pela Unip (SP). Trabalha há 15 anos com Tecnologia da Informação, atuando em projetos de desenvolvimento da área junto às organizações no Brasil, Índia e Estados Unidos como SBS, FIA/USP, SERT-SP, GRUPO IBOPE, entre outra
quarta-feira, 17 de março de 2010
Documentários nacionais sobre os anos 1960 e 70 abrem o É Tudo Verdade em SP e no Rio
estadão
Documentários nacionais sobre os anos 1960 e 70 abrem o É Tudo Verdade em SP e no Rio
Da Redação
Documentário ''Uma Noite em 67" resgata a final do Festival da Música Popular exibido pela TV Record em outubro de 1967
TRAILER DE "UMA NOITE EM 67"
O Festival É Tudo Verdade divulgou nesta quarta-feira (17) os títulos que abrem a programação. Os escolhidos são "Uma Noite em 67", de Renato Terra e Ricardo Calil, que estreia em São Paulo em sessão fechada no dia oito de abril, e "Segredos da Tribo", de José Padilha, exibido no Rio. Ambas as produções transitam em momentos das décadas de 1960 e 1970. Enquanto a primeira resgata a final do Festival da Música Popular exibido pela TV Record em outubro de 1967, a segunda aborda a atuação de antropólogos que pesquisaram a cultura da tribo dos ianomâmis na Venezuela, entre os anos 60 e 70.
A 15ª edição do Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade, sob direção de Amir Labaki, acontece de oito a 18 de abril em SP e de nove a 18 de abril no Rio. As sessões são gratuitas em todas as salas de cinema participantes do festival. Veja aqui alguns dos filmes da programação já divulgados.
segunda-feira, 15 de março de 2010
ACERVO DO METRO DE SÃO PAULO BY REV. LIVRARIA CULTURA
Uma visitação de 3 milhões de pessoas seria o sonho dourado de qualquer museu, galeria ou instituição cultural. Mas há um espaço não enquadrado nesses modelos onde a façanha acontece diariamente. Para tanto, basta que cada passageiro do metrô de São Paulo contemple, em sua rotina, algumas das 90 obras de arte instaladas pela Companhia do Metropolitano em 35 das 56 estações da cidade. Trata-se de um passeio tão promissor quanto frequentar um museu de acervo contemporâneo. É uma fatia desse período da arte brasileira os nomes ali representados desde 1978, numa iniciativa repetida, em menor grau em outras capitais. Enquanto o Rio de Janeiro dá novos exemplos de adesão a essa manifestação de arte pública, Recife e Porto Alegre ainda se mostram tímidas, mas mais atuantes do que Brasília, onde o metrô local realiza apenas exposições eventuais.
O epicentro da implantação dos primeiros trabalhos na capital paulista não por acaso é a Praça da Sé, local remodelado em função do metrô, que recebeu em seus amplos saguões esculturas de Alfredo Ceschiatti e Marcelo Nitsche, murais de Claudio Tozzi, Mário Gruber e Renina Katz e um painel de Waldemar Zaidler. A partir daí, sempre em parceria com a iniciativa privada, o projeto se expandiu para as quatro linhas da cidade. Algumas obras se tornaram referência, caso da famosa serigrafia com 44 rostos anônimos que ocupa as paredes de vidro da estação Sumaré – instalação de Alex Flemming realizada em 1998. “Quando fiz essa obra sobre a miscigenação tão feliz que há no Brasil, eu não tinha ideia do alcance que teria junto ao público”, afirma Flemming. “Eu estava acostumado com exposições em galerias e museus e tive um susto já na inauguração da estação, pois, a partir daquele momento, o trabalho pertencia aos milhares de usuários do metrô; depois, fui lá várias vezes e vi as pessoas interagindo.” Para a seleção desses e outros nomes, como Antonio Peticov, Cícero Dias, Tomie Ohtake e Wesley Duke Lee, a empresa mantém um comitê de seleção com representantes da Pinacoteca do Estado de São Paulo e do Museu de Arte Moderna, por exemplo. “A prioridade é a arte brasileira”, diz Aluizio Gibson, chefe do departamento de marketing. “Levamos em conta a representatividade artística e o quanto a obra vai impactar a população.” Os trabalhos podem chegar prontos ou ser executados no local, a exemplo do mural de Alberto Nicolau na estação Sacomã, a mais nova aquisição. “Pensamos também na manutenção; afinal, é um ambiente hostil, sujeito a problemas.” Em boa parte das estações, é necessário adquirir o bilhete para conferir os trabalhos.
Obras como as placas de aço azuladas de Amélia Toledo, instaladas na estação do Brás há uma década, são exigentes em sua preservação. Batizadas Caleidoscópio, elas têm efeito de reflexo todo especial.
“As pessoas se divertem vendo suas silhuetas; foi um dos meus primeiros projetos de aço colorido curvado na calandra, uma máquina de rolos para dobrar chapas de metal”, lembra a veterana artista. Foi Amélia, inclusive, a responsável por uma empreitada monumental na estação Arcoverde, em Copacabana, que inclui um bloco de quartzo rosa e uma seleção de granitos no chão das plataformas. Finalizada em 1998, a instalação tornou-se referência e mais de uma década depois contrasta com o novo investimento do metrô carioca na recém-inaugurada General Osório. Painéis de azulejo com até 30 metros de largura de Urbano Iglesias e Ziraldo, entre outros convidados, homenageiam símbolos do bairro, como a Banda de Ipanema e a feira hippie. “É um tipo de obra muito ligado à questão da amplitude”, diz Iglesias, arquiteto aposentado. “Quanto maior, mais o público gosta.” Como em Ipanema, temas e artistas regionais são praxe em outras cidades. Em Recife, Francisco Brennand e Lula Cardoso Ayres, duas estrelas pernambucanas, dividem o cenário das estações de superfície. Em Porto Alegre, uma das poucas e antigas obras no metropolitano diz muito da atenção de seu povo pelas tradições. O mural de 450 metros quadrados formado por 17 painéis de Clébio Sória na estação Mercado trata da história e do folclore do Rio Grande do Sul. Voltado para a rua, pode-se contemplá-lo de graça. ©
domingo, 14 de março de 2010
Los nombres de la masa
BY REVISTA Ñ ARGENTINA
Multitud hipermediática, lejos de las pasiones urgentes que caracterizaron al "pueblo", la "gente" es la figura imaginaria que representa el sueño de una multitud homogénea.
Por: Julián Gorodischer
“La gente” es puro presente que se desarrolla en una coyuntura particular.
Con la gente no se jode." Lo dejaron escrito sobre la persiana baja del local de Edesur de un barrio. ¿La gente? Es una suma de individualidades en conflicto que nace y muere apaciguada; es un grupo acotado de personas –con acotación a distrito–, que mantiene activo el ciclo de la compra: garantiza el intercambio de productos y servicios. Es, siempre, un modo productivo de la masa, que mantiene estable la cadena de consumo. Es una teleplatea, referida menos por los diarios que por las pantallas. "Firme junto al pueblo" reivindica, en cambio, Crónica a una multitud más aureada.
Después de un período de condensación de angustia, nunca euforia –porque para acompañar el triunfo deportivo está "la hinchada": masa crispada–, la gente se enoja, y suenan cacerolas. Compañeros, camaradas habían nacido para dejar la vida en la batalla. De la gente eso no se espera: reacciona a la protesta en situaciones extremas, alertada por SMS. Cuando se produce una alteración inhabitual trascendental en el orden del aprovisionamiento o gasto, entonces la gente estalla.
Casada con una coyuntura específica, devenida puro presente, agarrada a un disparador contextual puntual, la gente ignora si tendrá otra oportunidad de protestar. Aunque probablemente, la haya. En una fase previa al estallido, en estado de incomodidad ordinaria, la gente se limita a la intervención de sus componentes individuales: eleva quejas a defensorías, inocua aunque movilizada; a lo sumo, llega a la pintada. En situaciones de máximo estrés, la gente hace valer sus derechos de "cliente", y es replicada con respeto por voceros y gobernantes.
¿Con qué atributos definirla? Se reivindica como usuaria calificada de servicios públicos y privados. Sobre esa base, es referida como votante. Desde el blog de PRO –filial San Nicolás, provincia de Buenos Aires–, se opone gente a "las barras": su contracara. "Pedro tiene dignidad, Pedro está pensando su voto... Con la gente no se jode." (Rechazó –se afirma– una prebenda para asistir al acto del PJ).
Para insertarse con paciencia en el proceso de trámites y gestiones, se la construyó paciente, respetuosa de la trama burocrática en defensorías. La gente es una multitud desconcentrada (desconcertada), cautamente irritada; sus detractores la acusan de irregular y calculadora: "...solamente si les tocan el bolsillo gritan".
La gente ha sido vaciada de retóricas militantes; se confirma funcional al fin de todo gran relato, acotada a la escala de consorcio o, a lo sumo, del barrio.
¿Y el pueblo dónde?
"Todavía se escucha en las manifestaciones políticas de ciudades latinoamericanas: 'Si éste no es el pueblo, ¿el pueblo dónde está?' Esta fórmula resultaba verosímil en los años 70 cuando las dictaduras militares suprimieron los partidos, sindicatos y movimientos estudiantiles... el agotamiento de las formas tradicionales de representación y la absorción de la esfera pública por los medios masivos volvieron dudosa aquella proclama", escribió Néstor García Canclini, en Consumidores y ciudadanos.
Se renueva el stock de derechos y obligaciones disponibles por la organización colectiva de personas. La gente tiene derecho a una información clara, gratuita y oportuna –promocionan los instructivos de defensoría.
Cada vez que la gente compra un bien o contrata un servicio, le deben suministrar información cierta y detallada. La gente se realiza como sujeto colectivo virtuoso que exige facturas de compra y garantías que acompañan a los productos adquiridos, y averigua varias vías para canalizar una denuncia o un reclamo siempre por fuera del sistema judicial/ policial de coerciones posibles.
Si la gente deja una seña o solicita un recibo, que necesitará en caso de denuncia o reclamo, es porque previamente luchó obsesivamente por comprobantes de las operaciones que realiza; no firma documentos que no entiende ni aquéllos a los que le detecta una extraña separación entre renglones. Es desconfiada, levemente paranoica luego de ser azuzada por las consignas de las especialistas que arengan: "Tenés derecho a dar de baja un servicio por el mismo medio que lo contrataste". La gente reacciona.
Raíces
¿Dónde rastrear un origen para la palabra que nombra hoy a las mayorías? "La importancia política y cultural de la revista Gente es inconmensurable –advirtió José Pablo Feinmann–. Acaso hoy atraviese una etapa de oscurecimiento, de inevitable decadencia, pero nada asegura que no retorne a sus mejores momentos, sobre todo cuando la sociedad y su dirigencia la requieran y la aceptan como una esencia de la patria, de vidriera nacional, de espacio insoslayable donde reposan el ser y el sentido... ¿Farandulización de la existencia?, ¿identificación entre sociedad y 'sociedad del espectáculo'?".
Yendo más atrás, hasta la crónica de variedades de Juan José de Soiza Reilly (en recomendable antología que acaba de editar Vanina Escales): "Gentes –escribió el autor de El alma de los perros–... atribuyen a su dinero o su apellido el valor que tienen las multas en las comisarías". Salir en busca del inicio de la identificación de derecho cívico y derecho de consumidor –en tanto ideal universal de realización– exige, quizás, considerar cómo ha influido la oferta creciente de publicidad y productos.
"La principal atracción de la vida de consumo –escribió Zygmunt Bauman en Vida de consumo– es la oferta de una multitud de nuevos comienzos y resurrecciones (oportunidades de volver a nacer)". La inclusión de esa ilusión de individuo autónomo en la realidad colectiva de la decepción y el tedio se produce fatalmente en algún momento: "La estrategia de vida de un consumidor hecho y derecho –sigue Bauman– viene envuelta en visiones de un nuevo amanecer. Para utilizar una metáfora del joven Marx, esas visiones vuelan hacia el fuego como la mariposa, y no hacia el resplandor del sol universal."
Uno de los últimos matices de significación que incorporó la gente cuestiona, sin embargo, los alcances de su "nosotros inclusivo". Desde los estantes de Autoayuda, Gente tóxica, del pastor Bernardo Stamateas, lidera ventas con su propuesta exclusionista. Gente, es también, y por qué no (quizás augurio de su próxima escisión definitiva) un "otros" –plantea el best- séller. "Personas equivocadas que permanentemente evalúan qué dijiste, qué hiciste y por qué. Personas tóxicas que potencian nuestras debilidades, nos llenan de cargas y de frustraciones. ¡No permitas que nadie tenga el control de tus sueños!".
La gente da testimonio constantemente de sus rellenos múltiples: heterodoxa, permeable, versátil o –según el cristal– también hipócrita y acomodaticia. Hasta la gente referida por el pastor Stamateas puede de pronto positivizarse en un conjunto amigable al roce: "Conéctate con la gente correcta –el pronombre neutro deshace divisiones nacionales–; pero no valores ninguna de aquellas palabras o sugerencias que provienen de los tóxicos".
Calma, moderación y retraimiento. Alcance comunal y ruido acompasado a una hora acordada de antemano. "Le pedimos a la gente –decía Rodríguez Larreta, la pasada tormenta– que no cruce las calles ante eventuales anegamientos porque corre riesgo de recibir una descarga eléctrica o de caer en una alcantarilla...". Aun la más callada, licuada, de las masividades disponibles se merece un sino trágico.
sábado, 13 de março de 2010
Tolstói em família
Tolstói em família
É difícil imaginar, mas Liev Tolstói, criador de obras-primas como Guerra e paz, Khadji-Murát e Anna Kariênina, andava, falava, piscava, sorria, tinha amigos e parentes. Obviamente. Mas como? Quer dizer, é difícil pensar em como agiam figuras que ganharam proporções mitológicas, de que maneira desempenhavam funções básicas e cotidianas. Como viviam a vida, enfim.
Neste vídeo, feito em 28 de agosto de 1908, dia em que o escritor completou 80 anos, o pioneiro do cinema russo Aleksandr Osipovich Drankov flagrou momentos em família de Tolstói, ele e sua longa barba branca. Estas são as primeiras imagens em movimento de um dos maiores mestres da literatura universal, hoje sob os cuidados do Arquivo Nacional de Imagens e Fotografias da Rússia. O material foi digitalizado por Eric W. Hoffman, da Media Center of Stetson University.
O filme mostra Tolstói entre parentes e amigos, numa carruagem que o leva à estação de trem, para então seguir para Yasnaya Polyana, a casa onde nasceu e viveu, há anos transformada em museu. Nas cenas, ele entrega presentes a crianças filhas de camponeses, misturadas a uma pequena multidão que o acompanha pelo trajeto. Michael Denner, editor do portal na internet Tolstoy Studies, acredita que uma das meninas é Aleksandra L’vovna, terceira filha do escritor, que volta à cena em outro momento. Também aparece sua esposa, Sofia Andreevna Tolstaya, com flores nas mãos. Tolstói ainda caminha pela neve, anda a cavalo e, num salto no tempo, aparece por campos floridos e descansa numa cadeira de balanço.
Nas últimas e mais fortes imagens, Liev Tolstói está morto sobre a cama. Os trechos de seu cortejo fúnebre revelam a admiração popular que o escritor despertou ainda em vida.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Pochmann recomenda aumento de idade mínima para trabalhar
Márcio Pochmann: entrada no mercado de trabalho deve ser postergada (Foto: Marcelo Casal Jr./ABr)
Pochmann recomenda aumento de idade mínima para trabalhar
"As mudanças nos levam a postergar o ingresso dos jovens no mercado de trabalho para depois dos 20 anos", pregou Márcio Pochmann, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em evento sobre trabalho infanto-juvenil
Por Repórter Brasil*
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, destacou a necessidade de "elevar a idade mínima" legalmente estabelecida (16 anos) para o início das atividades laborais "frente à sociedade que estamos construindo hoje, a pós-industrial". A recomendação foi feita durante a abertura do 3º Seminário Nacional sobre Trabalho Infanto-Juvenil, realizado em São José dos Campos (SP).
Márcio Pochmann: entrada no mercado de trabalho deve ser postergada (Foto: Marcelo Casal Jr./ABr)
"As mudanças demográficas nos levam a postergar o ingresso dos jovens no mercado de trabalho para depois dos 20 anos de idade, ao contrário do que se via na era agrícola no século XIX, que obrigava a criança a trabalhar com apenas cinco anos, em média", sustentou, em palestra nesta quinta-feira (11), o economista.
Autor de mais de 20 livros sobre inclusão social, desenvolvimento econômico e políticas de emprego, Márcio insiste que, na atual "sociedade do conhecimento" em que vivemos, não há justificativa técnica para que as pessoas comecem a trabalhar antes dos 25 anos de idade.
O presidente do Ipea ressalta que filhos de famílias ricas raramente começam a trabalhar efetivamente antes dos 25 anos de idade, depois de muito invvestimento e tempo dedicado à formação. Enquanto isso, salienta o professor do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), filhos de pais pobres são condenados a começar a trabalhar cedo, não conseguem evoluir em termos de formação e acabam ocupando postos de baixa qualificação e mau remunerados que compõem a base do mercado de trabalho.
São cerca de 37 milhões de jovens brasileiros na faixa etária de 16 a 24 anos. Metade não estuda. E, segundo o economista, os que estão na escola são trabalhadores que estudam e não estudantes que trabalham. Apenas em 2009, aproximadamente 500 mil jovens abandonarão o ensino médio para complementar a renda de seus respectivos lares.
Congresso
Mesmo com parecer favorável do relator Maurício Quintela (PR-AL), proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a idade mínima para trabalhar para 14 anos foi rejeitada, em agosto de 2009, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados. A lei permite a contratação apenas de aprendizes com idade mínima de 14 anos.
"Isso seria um retrocesso para o desenvolvimento do país e para os direitos da criança e do adolescente", avaliou, na ocasião, o coordenador do Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC) da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Renato Mendes. Segundo ele, o argumento de que o trabalho ajuda a tirar adolescentes da pobreza não pode ser sustentado, pois o dever de dar condições de sobrevivência enquanto eles estudam é do Estado. "A pobreza é um elemento que explica o trabalho infantil, mas não pode justificar essa forma de trabalho", declarou.
O relator manteve posição favorável à redução. "Já existe uma situação no Brasil em que os jovens de 14, 15 e 16 anos já trabalham. Só que trabalham na informalidade", justificou. "Eu acho que a PEC restaurava o direito da juventude ao trabalho, mas ela não obrigaria ninguém a trabalhar".
Seminário
Juízes, procuradores, auditores, advogados, assistentes sociais, membros de conselhos tutelares, professores e estudantes participam do 3º Seminário Nacional sobre Trabalho Infanto-Juvenil, que continua nesta sexta-feira (12). O evento, que é uma realização conjunta da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra XV), da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), da Escola Judicial do TRT da 15ª Região, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção de São José dos Campos, ocorre no Parque Tecnológico Riugi Kojima, no km 137,8 da Rodovia Presidente Dutra.
No segundo dia de evento, o procurador Bernardo Leôncio Moura Coelho apresenta o painel "as políticas públicas de prevenção e erradicação do trabalho infantil no Brasil". O juiz do trabalho aposentado e professor da Universidade de São Paulo (USP) Oris de Oliveira fará o encerramento do seminário, com a conferência "Desafios da erradicação do trabalho infantil".
Estão ainda na pauta temas como acidentes do trabalho na infância e na adolescência, trabalho infanto-juvenil artístico, nova legislação do estágio, consequências na esfera criminal da exploração do trabalho infanto-juvenil e violência sexual contra a criança e o adolescente.
As inscrições podem ser feitas mediante a doação de dois quilos de alimentos não perecíveis ou ao custo de R$ 10. Tudo o que for arrecadado será revertido para a Cruzada Paroquial de Assistência Casa das Meninas/Meninos e para a Obra Social e Assistencial Maria Teresa de São José - Nica Veneziane, ambas de São José dos Campos (SP).
*Com informações da assessoria de comunicação da Procuradoria Regional do Trabalho da 15a Região (TRT-15), da Caros Amigos e da Agência Brasil
Pochmann recomenda aumento de idade mínima para trabalhar
"As mudanças nos levam a postergar o ingresso dos jovens no mercado de trabalho para depois dos 20 anos", pregou Márcio Pochmann, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em evento sobre trabalho infanto-juvenil
Por Repórter Brasil*
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, destacou a necessidade de "elevar a idade mínima" legalmente estabelecida (16 anos) para o início das atividades laborais "frente à sociedade que estamos construindo hoje, a pós-industrial". A recomendação foi feita durante a abertura do 3º Seminário Nacional sobre Trabalho Infanto-Juvenil, realizado em São José dos Campos (SP).
Márcio Pochmann: entrada no mercado de trabalho deve ser postergada (Foto: Marcelo Casal Jr./ABr)
"As mudanças demográficas nos levam a postergar o ingresso dos jovens no mercado de trabalho para depois dos 20 anos de idade, ao contrário do que se via na era agrícola no século XIX, que obrigava a criança a trabalhar com apenas cinco anos, em média", sustentou, em palestra nesta quinta-feira (11), o economista.
Autor de mais de 20 livros sobre inclusão social, desenvolvimento econômico e políticas de emprego, Márcio insiste que, na atual "sociedade do conhecimento" em que vivemos, não há justificativa técnica para que as pessoas comecem a trabalhar antes dos 25 anos de idade.
O presidente do Ipea ressalta que filhos de famílias ricas raramente começam a trabalhar efetivamente antes dos 25 anos de idade, depois de muito invvestimento e tempo dedicado à formação. Enquanto isso, salienta o professor do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), filhos de pais pobres são condenados a começar a trabalhar cedo, não conseguem evoluir em termos de formação e acabam ocupando postos de baixa qualificação e mau remunerados que compõem a base do mercado de trabalho.
São cerca de 37 milhões de jovens brasileiros na faixa etária de 16 a 24 anos. Metade não estuda. E, segundo o economista, os que estão na escola são trabalhadores que estudam e não estudantes que trabalham. Apenas em 2009, aproximadamente 500 mil jovens abandonarão o ensino médio para complementar a renda de seus respectivos lares.
Congresso
Mesmo com parecer favorável do relator Maurício Quintela (PR-AL), proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a idade mínima para trabalhar para 14 anos foi rejeitada, em agosto de 2009, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados. A lei permite a contratação apenas de aprendizes com idade mínima de 14 anos.
"Isso seria um retrocesso para o desenvolvimento do país e para os direitos da criança e do adolescente", avaliou, na ocasião, o coordenador do Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC) da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Renato Mendes. Segundo ele, o argumento de que o trabalho ajuda a tirar adolescentes da pobreza não pode ser sustentado, pois o dever de dar condições de sobrevivência enquanto eles estudam é do Estado. "A pobreza é um elemento que explica o trabalho infantil, mas não pode justificar essa forma de trabalho", declarou.
O relator manteve posição favorável à redução. "Já existe uma situação no Brasil em que os jovens de 14, 15 e 16 anos já trabalham. Só que trabalham na informalidade", justificou. "Eu acho que a PEC restaurava o direito da juventude ao trabalho, mas ela não obrigaria ninguém a trabalhar".
Seminário
Juízes, procuradores, auditores, advogados, assistentes sociais, membros de conselhos tutelares, professores e estudantes participam do 3º Seminário Nacional sobre Trabalho Infanto-Juvenil, que continua nesta sexta-feira (12). O evento, que é uma realização conjunta da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra XV), da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), da Escola Judicial do TRT da 15ª Região, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção de São José dos Campos, ocorre no Parque Tecnológico Riugi Kojima, no km 137,8 da Rodovia Presidente Dutra.
No segundo dia de evento, o procurador Bernardo Leôncio Moura Coelho apresenta o painel "as políticas públicas de prevenção e erradicação do trabalho infantil no Brasil". O juiz do trabalho aposentado e professor da Universidade de São Paulo (USP) Oris de Oliveira fará o encerramento do seminário, com a conferência "Desafios da erradicação do trabalho infantil".
Estão ainda na pauta temas como acidentes do trabalho na infância e na adolescência, trabalho infanto-juvenil artístico, nova legislação do estágio, consequências na esfera criminal da exploração do trabalho infanto-juvenil e violência sexual contra a criança e o adolescente.
As inscrições podem ser feitas mediante a doação de dois quilos de alimentos não perecíveis ou ao custo de R$ 10. Tudo o que for arrecadado será revertido para a Cruzada Paroquial de Assistência Casa das Meninas/Meninos e para a Obra Social e Assistencial Maria Teresa de São José - Nica Veneziane, ambas de São José dos Campos (SP).
*Com informações da assessoria de comunicação da Procuradoria Regional do Trabalho da 15a Região (TRT-15), da Caros Amigos e da Agência Brasil
quinta-feira, 11 de março de 2010
PARAÍBA OU PARAIBINHA -PRECONCEITO NA MÍDIA
COMO PARAIBANO , E COM ORGULHO DE SÊ-LO, TOMO A MIM A OBRIGAÇÃO DE CONTESTAR E MOSTRAR TAL FATO, AFINAL, A PARAÍBA É BRASIL E TERRA DE HOMENS E MULHERES DE VALOR E QUE CONSTITUEM A HISTÓRIA DESTE PAíS, COM SUAS GRANDES REPRESENTAÇOES, COMO: ASSIS CHATEAUBRIAND-, Estadista Diplomata,FUNDADOR DO MASP-SP, DA MAIOR REVISTA EM CIRCULAÇAO NO PAÍS- O CRUZERIO-Anos 50 a 60- EMISSORAS ASSOCIADAS, REDE TUPI DE TELEVISÃO- QUE INAUGURA A TV NESTE PAÍS, REAL AEROLÍNEAS - PRIMEIRA EMPRESA AÉREA;
Para que o senhor e outros aprenda e saibam:
Paraibanos ilustres
No estado surgiram notáveis poetas e escritores brasileiros: Augusto dos Anjos (1884-1908), José Américo de Almeida (1887-1980),Membro da Academia Brasileira de Letras e José Lins do Rego (1901-1957), Membro da Academia Brasileira de Letras.
A lista abaixo é de paraibanos que de algum modo trouxeram benefícios para a sociedade como pessoas públicas que se destacam artística, cultural, científica ou politicamente.
Abdon Felinto Milanês - compositor e político
André Vidal de Negreiros - militar e governador colonial. Foi também herói da Insurreição Pernambucana
Anésio Leão - poeta, escritor, político
Ariano Suassuna - romancista e dramaturgo,membro da Academia Brasileira de Letras secretário de Cultura de Pernambuco
Assis Chateaubriand - jornalista e empresário, fundador dos Diários Associados e do MASP, membro da Academia Brasileira de Letras
Augusto dos Anjos - poeta.
Braulio Tavares
Cláudia Lira - atriz.
Celso Furtado - economista, fundador da Sudene, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras.
Chico César - cantor e compositor.
Domingos Fernandes Calabar
Duarte Gomes da Silveira - herói da conquista da Paraíba.
Epitácio Pessoa - Jurista , político, Ministro do Supremo Tribunal Federal, Juiz da Corte Internacional de Justiça e Presidente da República (1919-1922). Único brasileiro a ocupar a presidência dos três poderes da República, no Brasil.
Elba Ramalho - atriz e cantora.
ElizabethMarinheiro,
Elpídio Josué de Almeida - historiador e político.
Fábio Gouveia - surfista profissional.
Félix Araújo - poeta e político.
Flávio de Souza-A Plástico
Genival Lacerda - cantor e compositor.
Geraldo Vandré - cantor e compositor.
Herbert Vianna - cantor e compositor, líder da banda "Os Paralamas do Sucesso"
Higino Brito -escritor membro da Academia Paraibana de Letras
Índio Piragibe - herói da conquista da Paraíba.
Ingrid Kelly - modelo internacional.
Jackson do Pandeiro - cantor e compositor.
João Câmara - pintor.
João Pessoa - ex-governador do estado, candidato a vice-presidente da República na chapa de Getúlio Vargas.
José Américo de Almeida - escritor, poeta, político, advogado, folclorista, professor universitário e sociólogo.
José Dumont - ator.
José Lins do Rego - romancista e membro da Academia Brasileira de Letras.
José Nêumanne Pinto - jornalista e escritor.
Kaio Márcio - nadador
Lúcio Lins - poeta.
Luiza Erundina - deputada federal (PSB) e ex-prefeita de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores.
Maílson da Nóbrega - ex-ministro da Fazenda.
Manuel Arruda Câmara - frade carmelita, além de médico e botânico(dá nome a uma rua de Recife).
Marcélia Cartaxo - atriz de teatro, cinema e televisão.
Moacir Japiassu - jornalista e escritor.
Padre Rolim - cientista, professor e missionário do Alto Sertão no século XVIII
Paulo Pontes - dramaturgo
Pedro Américo - pintor
Péricles Leal - jornalista, cartunista, escritor e pioneiro da TV no Brasil
Renata Arruda - cantora e compositora
Ranulfo Cardoso-tradutor bilingue
Roberta Miranda - cantora e compositora
Selma Vasconcelos -Poetisa
Sivuca - músico
Toddy Holland - Fotógrafo e Publicitário
Vladimir Carvalho e Walter Carvalho - cineastas
Wills Leal - jornalista
Zé Ramalho - cantor e compositor, primo de Elba Ramalho
...e outros que não cabem nesta lista, e postagem
E TODOS OUTROS QUE DÃO FORÇA A ESTE PAÍS, AFORA SER O ESTADO APONTADO PELA FRANÇA COMO EXEMPLO DE MAIOR DENSIDADE VERDE E SER O MAIOR CENTRO INOVADOR DE TECNOLOGIA NA ÁREA DE INFORMÁTICA NO MUNDO- COM A UFPB.MEUS PROTESTO E INDIGNAÇÃO!!!!!
COLABORA NESTA DENÚNCIA PROF.RANULFO CARDOSO
11 de Março de 2010
Janildo Silva
ClickPB
Em artigo publicado em seu blog, o escritor de novelas Aguinaldo Silva, tentou justificar o fato de ter chamado um dos participantes do programa Big Brother Brasil de “paraibinha chinfrim” e usou as nuances da língua portuguesa e os costumes do Sudeste para justificar o ato que foi encarado por muitos paraibanos, a exemplo do deputado federal Efraim filho, como preconceito regional.
Em seu texto, o novelista diz que quem nasce na Paraíba não é “paraíba” ou “paraibinha”, mas paraibano e que tais expressões surgiram no Sudeste devido a baixa estatura dos habitantes deste estado.
Já em outro momento, o escritor questiona qual o motivo de paraibanos não ficarem insultados quando conterrâneos são chamados de “frangos”, como referência a homossexualidade.
Veja o texto na íntegra:
“PARAIBINHA” OU PARAIBANO?
Deixa eu explicar uma coisa pra vocês: quem nasce no Estado brasileiro da Paraíba não é “paraíba” e muito menos “paraibinha”: é PARAIBANO. E não me lembro de ter me referido de forma desairosa aos paraibanos em qualquer comentário meu.
Já as palavras “paraíba” ou “paraibinha”... No Sudeste do Brasil são usadas para classificar pessoas de baixa estatura (física e não necessariamente moral). Trata-se de costume antigo, e vem da época em que as pessoas nascidas no Estado da Paraíba, de acordo com as estatísticas, eram, na média, as mais baixas do país.
Não vou aludir ao fato de que quem se ofende por ser chamado de “paraibinha” e, portanto, ser alçado às alturas de uma pessoa de baixa estatura, está sendo politicamente incorreto: os cidadãos verticalmente prejudicados, assim como os cidadãos da Paraíba – que, repito, são paraibanos, e não “paraibas” ou “paraibinhas” também são filhos de Deus e merecem todo o nosso respeito... Embora eu prefira chamar os cidadãos verticalmente prejudicados de “anões”, como se fez durante séculos e séculos.
Pois as palavras têm a sua força, e esta não pode ser anulada em nome de pruridos no mínimo discutíveis. Não me parece que algum paraibano se mostre revoltado com o fato de seus conterrâneos chamarem os homossexuais de “frangos”, por exemplo. Por que, então, se mostrar insultado quando alguém usa a palavra “paraibinha” que, claramente, não tem nada a ver com a condição de cidadão paraibano?
DIZ ELE -AGUINALDO:“PARAIBINHA” OU PARAIBANO?
Deixa eu explicar uma coisa pra vocês: quem nasce no Estado brasileiro da Paraíba não é “paraíba” e muito menos “paraibinha”: é PARAIBANO. E não me lembro de ter me referido de forma desairosa aos paraibanos em qualquer comentário meu.
Já as palavras “paraíba” ou “paraibinha”... No Sudeste do Brasil são usadas para classificar pessoas de baixa estatura (física e não necessariamente moral). Trata-se de costume antigo, e vem da época em que as pessoas nascidas no Estado da Paraíba, de acordo com as estatísticas, eram, na média, as mais baixas do país.
Não vou aludir ao fato de que quem se ofende por ser chamado de “paraibinha” e, portanto, ser alçado às alturas de uma pessoa de baixa estatura, está sendo politicamente incorreto: os cidadãos verticalmente prejudicados, assim como os cidadãos da Paraíba – que, repito, são paraibanos, e não “paraibas” ou “paraibinhas” também são filhos de Deus e merecem todo o nosso respeito... Embora eu prefira chamar os cidadãos verticalmente prejudicados de “anões”, como se fez durante séculos e séculos.
Pois as palavras têm a sua força, e esta não pode ser anulada em nome de pruridos no mínimo discutíveis. Não me parece que algum paraibano se mostre revoltado com o fato de seus conterrâneos chamarem os homossexuais de “frangos”, por exemplo. Por que, então, se mostrar insultado quando alguém usa a palavra “paraibinha” que, claramente, não tem nada a ver com a condição de cidadão paraibano?
Te cuida, Globo
Em seu blog no site da “VEJA”, Lauro Jardim comenta a última pesquisa encomendada pelo Millenium ao Instituto Análise:
Te cuida, Globo
A pesquisa que o Instituto Análise fez sob encomenda do Instituto Millenium sobre estatização tem diversos exemplos do impressionante espírito estatista do brasileiro. Uma das perguntas da pesquisa, feita com 1000 pessoas em 70 municípios brasileiros, foi sobre a Globo. Eis o que se quis saber:
- Você é a favor da estatização da Globo?
O.k., a maioria foi contra, 51% dos entrevistados. Mas é uma maioria inquietantemente apertada. Na realidade, considerando a margem de erro, o que se constata é que o brasileiros se dividem meio a meio nesta questão aparentemente simples. Ou seja, pergunta-se um disparate e a resposta é absurda: 37% dos entrevistados são a favor de uma eventual estatização da Globo (12% não souberam ou não quiseram responder).
Por Lauro Jardim
quarta-feira, 10 de março de 2010
A crise do axé
Por Alessandro
A manchete da Folha é engraçada, mas o tema é relevante. Pode ser pauta para o tema música do Brasilianas.
==
Axé faz 25 anos, cresce no Brasil e no exterior, mas perde espaço na Bahia
BRUNA BITTENCOURT
da Folha de S.Paulo
Foi Luiz Caldas quem inaugurou a axé music em 1985 com o sucesso de “Fricote”. A música do cantor, da qual até hoje ninguém conseguiu esquecer o refrão (“Nega do cabelo duro, que não gosta de pentear…”), é considerada o marco zero do gênero baiano.
Neste ínterim de 25 anos, assistimos a uma lucrativa indústria se formar em torno do axé e do Carnaval –fora de época ou não–, alçando seus artistas entre os mais populares e lucrativos da música brasileira. Enquanto isso, o gênero cresceu para além de Salvador, se espalhando pelo Brasil e para fora dele. Mas, em um movimento inverso, perdeu espaço dentro da Bahia para outros gêneros.
“A axé music era avassaladoramente a mais executada, a mais ouvida, a mais pedida. Ela perdeu espaço nas ruas”, defende Milton Moura, professor de história da Universidade Federal da Bahia e estudioso do gênero. “No auge, nos anos 90, quando vendia milhões de cópias, o axé era 90%. Os outros gêneros eram muito poucos. Hoje, está mais equilibrado”, afirma o jornalista do “Correio” da Bahia Osmar Martins, que já visitou dez países acompanhando shows de artistas de axé. “Mas ele ainda é tocado o ano inteiro e, quando chega o Carnaval, ganha uma dimensão maior”, diz.
Moura cita o crescimento de gêneros como o arrocha –um “bolerão popular”–, o pagode baiano –”um desdobramento do samba de roda, que se modernizou a partir dos anos 90″– e o forró eletrônico como responsáveis pelo decréscimo –e não declínio, pontua– do axé dentro da Bahia.
“Quando outros ritmos populares começam a ficar importantes, o axé se sofistica, também através de conexões na MPB, procurando atrair um público de classe média de outros lugares”, afirma Moura, lembrando o contingente de foliões de outros Estados nos blocos de Salvador no Carnaval.
Carlinhos Brown, por exemplo, assinou parcerias com Paralamas do Sucesso, Marisa Monte e Arnaldo Antunes, além de se enveredar pela música caribenha. Daniela Mercury gravou composições de Lenine e Chico César e flertou com a eletrônica. “A Ivete diz que é uma cantora de axé. Mas se você ouve “Pode Entrar” [disco com convidados como Marcelo Camelo a Maria Bethânia], é uma cantora pop”, completa Martins. “Os nomes mais importantes hoje são aqueles que fazem sucesso fora da Bahia”, defende Moura.
Para o crítico musical Hagamenon Brito, que cunhou o termo “axé music”, esta geração de cantores é “envelhecida”, citando o Asa de Águia, que como o Chiclete com Banana, começou nos anos 80. “Os ídolos de hoje são os mesmos dos anos 90″, diz Moura. Hagamenon completa: “Para o tamanho da indústria, a renovação é pequena. Surgem novos nomes, que não viram estrelas”.
A última a se tornar uma delas, entre vários outros artistas de poucos carnavais, Claudia Leitte tateia sua identidade musical, mas já bem diferente daquele que Luiz Caldas construiu nos anos 80.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u704777.shtml
A manchete da Folha é engraçada, mas o tema é relevante. Pode ser pauta para o tema música do Brasilianas.
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Axé faz 25 anos, cresce no Brasil e no exterior, mas perde espaço na Bahia
BRUNA BITTENCOURT
da Folha de S.Paulo
Foi Luiz Caldas quem inaugurou a axé music em 1985 com o sucesso de “Fricote”. A música do cantor, da qual até hoje ninguém conseguiu esquecer o refrão (“Nega do cabelo duro, que não gosta de pentear…”), é considerada o marco zero do gênero baiano.
Neste ínterim de 25 anos, assistimos a uma lucrativa indústria se formar em torno do axé e do Carnaval –fora de época ou não–, alçando seus artistas entre os mais populares e lucrativos da música brasileira. Enquanto isso, o gênero cresceu para além de Salvador, se espalhando pelo Brasil e para fora dele. Mas, em um movimento inverso, perdeu espaço dentro da Bahia para outros gêneros.
“A axé music era avassaladoramente a mais executada, a mais ouvida, a mais pedida. Ela perdeu espaço nas ruas”, defende Milton Moura, professor de história da Universidade Federal da Bahia e estudioso do gênero. “No auge, nos anos 90, quando vendia milhões de cópias, o axé era 90%. Os outros gêneros eram muito poucos. Hoje, está mais equilibrado”, afirma o jornalista do “Correio” da Bahia Osmar Martins, que já visitou dez países acompanhando shows de artistas de axé. “Mas ele ainda é tocado o ano inteiro e, quando chega o Carnaval, ganha uma dimensão maior”, diz.
Moura cita o crescimento de gêneros como o arrocha –um “bolerão popular”–, o pagode baiano –”um desdobramento do samba de roda, que se modernizou a partir dos anos 90″– e o forró eletrônico como responsáveis pelo decréscimo –e não declínio, pontua– do axé dentro da Bahia.
“Quando outros ritmos populares começam a ficar importantes, o axé se sofistica, também através de conexões na MPB, procurando atrair um público de classe média de outros lugares”, afirma Moura, lembrando o contingente de foliões de outros Estados nos blocos de Salvador no Carnaval.
Carlinhos Brown, por exemplo, assinou parcerias com Paralamas do Sucesso, Marisa Monte e Arnaldo Antunes, além de se enveredar pela música caribenha. Daniela Mercury gravou composições de Lenine e Chico César e flertou com a eletrônica. “A Ivete diz que é uma cantora de axé. Mas se você ouve “Pode Entrar” [disco com convidados como Marcelo Camelo a Maria Bethânia], é uma cantora pop”, completa Martins. “Os nomes mais importantes hoje são aqueles que fazem sucesso fora da Bahia”, defende Moura.
Para o crítico musical Hagamenon Brito, que cunhou o termo “axé music”, esta geração de cantores é “envelhecida”, citando o Asa de Águia, que como o Chiclete com Banana, começou nos anos 80. “Os ídolos de hoje são os mesmos dos anos 90″, diz Moura. Hagamenon completa: “Para o tamanho da indústria, a renovação é pequena. Surgem novos nomes, que não viram estrelas”.
A última a se tornar uma delas, entre vários outros artistas de poucos carnavais, Claudia Leitte tateia sua identidade musical, mas já bem diferente daquele que Luiz Caldas construiu nos anos 80.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u704777.shtml
terça-feira, 9 de março de 2010
Última gravação de Zé Rodrix dá corpo a canções francamente românticas
No início dos anos 70, entre o protorrock nacional e as canções de protesto, diferentes movimentos musicais emergiam, buscando lugar entre a herança bossanovista e a conexão com um público jovemNelson Gobbi, Jornal do Brasil
RIO DE JANEIRO - No início dos anos 70, entre o protorrock nacional e as canções de protesto, diferentes movimentos musicais emergiam, buscando lugar entre a herança bossanovista e a conexão com um público jovem.
Abrigados no gênero guarda-chuva MPB, os próprios grupos e artistas ganharam rótulos que, se por um lado davam uma unidade necessária à sua entrada no mercado fonográfico, por outro não contemplavam com exatidão todas as nuances de suas propostas, a exemplo do rock rural, que reuniu nomes como O Terço, Zé Geraldo e Sá, Rodrix e Guarabyra. O trio - e posteriormente dupla, com a saída de Zé Rodrix em 1973 – construiu sua trajetória dividido entre as referências do início da carreira e a adesão à canção popular. Reunidos novamente após 2002, com o lançamento do CD e DVD ao vivo Outra vez na estrada, os três souberam manter este equilíbrio em Amanhã, disco com 12 músicas inéditas que chega às lojas quase um ano depois da morte de Rodrix.
Riqueza instrumental
O mérito mais evidente do álbum é a falta de pudor em ser popular, em que pese a sofisticação dos arranjos, que muitas vezes remetem às experiências do início de carreira, a exemplo do tema de abertura, Sonho triste em Copacabana. A produção de Tavito – que traz ao estúdio uma riqueza instrumental cada vez mais rara atualmente, até mesmo em obras de medalhões da MPB – dá corpo a canções francamente românticas, como a faixa-título, Nós nos amaremos, Logo eu saudade e Amar direito, com seu belíssimo arranjo de acordeon. Apesar de Os dez mandamentos do amor pesar demais a mão e destoar do clima do disco, todas as outras têm potencial para figurar junto a sucessos da dupla Sá e Guarabyra como Dona e Espanhola.
A vertente “rural” do trio ganha reforço com Cidades meninas, compostas sobre municípios mineiros batizados com nomes femininos, a ecológica Dia do rio e a neo hippie Caminho de São Tomé. Mesmo nas faixas de temática urbana, as quais ressaltam a origem carioca do grupo, está presente a ambiguidade das referências do campo e da cidade, a exemplo da já citada Sonho triste em Copacabana e Novo Rio, que cria um diálogo interessante entre Futuros amantes, de Chico Buarque, e outro de seus sucessos enquanto dupla, Sobradinho.
É impossível deixar de relacionar o caráter póstumo legado ao disco a uma de suas melhores composições, Marina, eu só quero viver, na qual versos românticos como “Eu não quero fazer a viagem/ Me faltam dois contos e um pouco de coragem” remetem involuntariamente à perda prematura de Zé Rodrix. Talvez, contudo, seja essa a melhor forma de homenagem, com a mesma despretensão e espontaneidade com que o trio compôs uma das melhores músicas da década de 70, Mestre Jonas.
21:39 - 08/03/2010
Mulheres tiram a roupa para protestar contra presidente mexicano
Cinco mulheres ficam nuas como protesto no México Foto: AFP
Agência AFP
CIDADE DO MÉXICO - Cinco mulheres ficaram nuas na segunda-feira à noite dentro da Câmara dos Deputados, na capital mexicana, para pedir a revogação do mandato do presidente Felipe Calderón, informou a agência de notícias do Legislativo do México.
- Nos despimos para desnudar o governo de Calderón - indicava um cobertor exibido pelas nudistas que gritavam "fora Felipe Calderón", frase que também foi escrita em seus corpos, indicou a Notilegis, agência legislativa de notícias.
As mulheres entraram na Câmara com a ajuda de Gerardo Fernández Noroña, deputado do Partido do Trabalho (esquerda) e se manifestaram nuas com capuzes negros para não serem identificadas.
Elas protestaram em nome do "Comitê Nacional Civil para a Revogação de Mandato" do presidente Felipe Calderón e pediram uma consulta nacional em maio, acrescentou a Notilegis.
Em seu manifesto, as manifestantes se referiram às mulheres assassinadas em Ciudad Juárez, às presas de consciência, às estupradas pelo Exército em operações de combate às drogas e às que são proibidas de abortar.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Para ONU, Lei Maria da Penha é uma das mais avançadas do mundo
by JC Recife Pe leia mais lá
A Lei Maria da Penha, que tornou mais rigorosas as penas contra crimes de violência doméstica, é considerada pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) uma das três leis mais avançadas do mundo, entre 90 países que têm legislação sobre o tema.
Em vigor desde 2006, a lei trouxe várias conquistas, entre elas facilitou a tramitação das ocorrências de violência doméstica e familiar contra mulheres com a criação de juizados e varas especializadas. A primeira foi criada em Cuiabá, onde atualmente existem duas varas, cada uma com cerca de 5 mil processos em tramitação.
Segundo a juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 1ª Vara de Cuiabá, a implantação da lei aumentou o registro de ocorrências.
“As pessoas estão convencidas de que dá resultado, que não acaba em cesta básica. Hoje se prende por ameaça, antes que vire homicídio. Bater em mulher era cultural. Estamos mudando essa cultura”, afirmou a juíza.
Já a promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Gênero Pró-Mulher do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MDFT), Laís Cerqueira, destaca que a Lei Maria da Penha esbarra no aspecto punitivo.
“A sociedade ainda não consegue ver a violência doméstica como um ato de violação aos direitos humanos. Temos uma legislação avançada. Garante-se a proteção, mas há dificuldades no aspecto punitivo. Existe resistência em se punir o homem como autor da violência”, destacou.
A mulher vítima de agressão deve se dirigir a uma Delegacia Especial para Mulheres (Deam). Após o registro, a delegacia tem 48 horas para encaminhar a ocorrência ao juizado ou à vara especial que terá prazo igual para analisar e julgar o caso.
Segundo a promotora, hoje as mulheres podem registrar ocorrências policias de forma tranquila e pedir medida de proteção, como o afastamento do marido do lar, a proibição de contato e da visita aos filhos e a perda do porte de arma. Entretanto, em alguns casos, os prazos de tramitação da ocorrência não são cumpridos e muitas mulheres desistem da acusação.
“Na prática esse pedido [de medidas de proteção] não é avaliado pelo juiz sem ter uma audiência com a mulher, para verificar qual o tipo de agressão, se é realmente necessário tirar o homem de casa. Isso, na minha avaliação, já é uma violação à lei”, argumentou.
A promotora considera um retrocesso a decisão sobre a Lei Maria da Penha tomada no dia 24 de fevereiro pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A determinação é de que o Ministério Público só poderá propor ação penal nos casos de lesões corporais leves com a presença da vítima.
“A alegação é de que sendo uma lesão leve, como olho roxo ou braço quebrado com recuperação em menos de 30 dias, o Ministério Público não pode agir independentemente da vontade da vítima, pois estaria interferindo na autonomia da mulher e talvez impedindo uma reconciliação”, criticou Laís Cerqueira.
O Ministério Público do Distrito Federal pretende ir ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão
Fonte: Agência Brasil
A Lei Maria da Penha, que tornou mais rigorosas as penas contra crimes de violência doméstica, é considerada pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) uma das três leis mais avançadas do mundo, entre 90 países que têm legislação sobre o tema.
Em vigor desde 2006, a lei trouxe várias conquistas, entre elas facilitou a tramitação das ocorrências de violência doméstica e familiar contra mulheres com a criação de juizados e varas especializadas. A primeira foi criada em Cuiabá, onde atualmente existem duas varas, cada uma com cerca de 5 mil processos em tramitação.
Segundo a juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 1ª Vara de Cuiabá, a implantação da lei aumentou o registro de ocorrências.
“As pessoas estão convencidas de que dá resultado, que não acaba em cesta básica. Hoje se prende por ameaça, antes que vire homicídio. Bater em mulher era cultural. Estamos mudando essa cultura”, afirmou a juíza.
Já a promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Gênero Pró-Mulher do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MDFT), Laís Cerqueira, destaca que a Lei Maria da Penha esbarra no aspecto punitivo.
“A sociedade ainda não consegue ver a violência doméstica como um ato de violação aos direitos humanos. Temos uma legislação avançada. Garante-se a proteção, mas há dificuldades no aspecto punitivo. Existe resistência em se punir o homem como autor da violência”, destacou.
A mulher vítima de agressão deve se dirigir a uma Delegacia Especial para Mulheres (Deam). Após o registro, a delegacia tem 48 horas para encaminhar a ocorrência ao juizado ou à vara especial que terá prazo igual para analisar e julgar o caso.
Segundo a promotora, hoje as mulheres podem registrar ocorrências policias de forma tranquila e pedir medida de proteção, como o afastamento do marido do lar, a proibição de contato e da visita aos filhos e a perda do porte de arma. Entretanto, em alguns casos, os prazos de tramitação da ocorrência não são cumpridos e muitas mulheres desistem da acusação.
“Na prática esse pedido [de medidas de proteção] não é avaliado pelo juiz sem ter uma audiência com a mulher, para verificar qual o tipo de agressão, se é realmente necessário tirar o homem de casa. Isso, na minha avaliação, já é uma violação à lei”, argumentou.
A promotora considera um retrocesso a decisão sobre a Lei Maria da Penha tomada no dia 24 de fevereiro pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A determinação é de que o Ministério Público só poderá propor ação penal nos casos de lesões corporais leves com a presença da vítima.
“A alegação é de que sendo uma lesão leve, como olho roxo ou braço quebrado com recuperação em menos de 30 dias, o Ministério Público não pode agir independentemente da vontade da vítima, pois estaria interferindo na autonomia da mulher e talvez impedindo uma reconciliação”, criticou Laís Cerqueira.
O Ministério Público do Distrito Federal pretende ir ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão
Fonte: Agência Brasil
domingo, 7 de março de 2010
Mulheres sem terra reocupam fazenda no Agreste do Estado
Publicado em 07.03.2010, às 14h08
Com a reocupação, na manhã deste domingo, da Fazenda Uberaba, no município de Bonito, no Agreste pernambucano, mulheres sem-terra ligadas ao MST deram início à Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina, em comemoração ao Dia da Mulher. Neste ano, o tema da jornada é "contra o agronegócio e contra a violência: reforma agrária e soberania alimentar"
A Fazenda Uberaba é reivindicada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) desde 2004. EsTa foi a quinta reocupação. De acordo com Gilberta Araújo, da coordenação regional, as mulheres lideraram a reocupação acompanhadas de crianças e com o apoio de alguns homens. "Cortamos a cerca, entramos e até agora não houve problemas", afirmou ela, que disse aguardar a vinda da proprietária, ainda hoje para negociar.
Os sem terra permanecem, de acordo com Gilberta, em uma estrutura desativada, onde funcionava uma estrebaria de cavalos. Enfrentam dificuldade para conseguir água e forte calor, sob sol forte
A direção estadual do MST prevê novas ações das mulheres até a noite desta segunda-feira (8)
Com a reocupação, na manhã deste domingo, da Fazenda Uberaba, no município de Bonito, no Agreste pernambucano, mulheres sem-terra ligadas ao MST deram início à Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina, em comemoração ao Dia da Mulher. Neste ano, o tema da jornada é "contra o agronegócio e contra a violência: reforma agrária e soberania alimentar"
A Fazenda Uberaba é reivindicada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) desde 2004. EsTa foi a quinta reocupação. De acordo com Gilberta Araújo, da coordenação regional, as mulheres lideraram a reocupação acompanhadas de crianças e com o apoio de alguns homens. "Cortamos a cerca, entramos e até agora não houve problemas", afirmou ela, que disse aguardar a vinda da proprietária, ainda hoje para negociar.
Os sem terra permanecem, de acordo com Gilberta, em uma estrutura desativada, onde funcionava uma estrebaria de cavalos. Enfrentam dificuldade para conseguir água e forte calor, sob sol forte
A direção estadual do MST prevê novas ações das mulheres até a noite desta segunda-feira (8)
A UNE na Ditadura Militar
No apogeu militar, a União Nacional dos Estudantes, caracterizada como Movimento Estudantil desempenhou o papel de oposição ao autoritarismo e luta pela liberdade democrática. Juntamente com as Uniões Estaduais Estudantis, as UEE’s, a UNE foi posta na ilegalidade devido ao incêndio causado por participantes do movimento militar e passou a atuar na clandestinidade a partir de 1966.
Nesse período tudo o que era de ordem estudantil ficou em posse do Ministério da Educação (MEC), consequentemente, qualquer movimentação estudantil contra a Ditadura ficaria no poder do Estado.
Em 1966 o presidente Castelo Branco criou o Movimento Universitário para o Desenvolvimento Econômico e Social (Mudes).
Neste contexto as passeatas e organizações estudantis se tornaram ainda mais reprimidas, devido a isto, os estudantes se sentiram motivados a agir cada vez mais, contra a opressão e violência da Ditadura. Com este apoio estudantil, a UNE decretou a segunda greve geral e elegeu o dia 22 de setembro como o Dia Nacional da Luta contra a Ditadura. Em 1968, a terceira greve geral estudantil promovida pela UNE, teve como objeto de luta, a morte do estudante Edson Luís Lima Souto, no fechamento do restaurante Calabouço, o que mais tarde derivou na Passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro, e em outros movimentos desencadeados a partir dessa morte, que segundo historiadores, foi a primeira vítima da Ditadura Militar.
Devido ao decreto do Ato Institucional nº5 (AI-5), em dezembro de 68, houve uma mudança na atuação dos estudantes manifestantes da UNE, já que grande parte fora preso ou exilado devido ao decreto, a União passou a agir de forma mais discreta, como por exemplo, uma missa de dois anos da morte do estudante Edson Luís.
Nesse período tudo o que era de ordem estudantil ficou em posse do Ministério da Educação (MEC), consequentemente, qualquer movimentação estudantil contra a Ditadura ficaria no poder do Estado.
Em 1966 o presidente Castelo Branco criou o Movimento Universitário para o Desenvolvimento Econômico e Social (Mudes).
Neste contexto as passeatas e organizações estudantis se tornaram ainda mais reprimidas, devido a isto, os estudantes se sentiram motivados a agir cada vez mais, contra a opressão e violência da Ditadura. Com este apoio estudantil, a UNE decretou a segunda greve geral e elegeu o dia 22 de setembro como o Dia Nacional da Luta contra a Ditadura. Em 1968, a terceira greve geral estudantil promovida pela UNE, teve como objeto de luta, a morte do estudante Edson Luís Lima Souto, no fechamento do restaurante Calabouço, o que mais tarde derivou na Passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro, e em outros movimentos desencadeados a partir dessa morte, que segundo historiadores, foi a primeira vítima da Ditadura Militar.
Devido ao decreto do Ato Institucional nº5 (AI-5), em dezembro de 68, houve uma mudança na atuação dos estudantes manifestantes da UNE, já que grande parte fora preso ou exilado devido ao decreto, a União passou a agir de forma mais discreta, como por exemplo, uma missa de dois anos da morte do estudante Edson Luís.
sábado, 6 de março de 2010
A Academia e os novos tempos
por Estadão leia mais lá
Marcos Vinicios Vilaça
O século 21 trouxe uma necessidade ainda maior de se ampliarem os trajetos no sentido de que a Academia Brasileira de Letra seja mais vista e ouvida. Há - e está bem aos nossos olhos - uma geração que parece ter nascido com controle remoto e mouse à mão. Basta um clique e a tela muda. Portanto, é vital que nos afinemos com os moços.
Desde a adoção do alfabeto na Grécia antiga, passando pela invenção da imprensa com os tipos móveis do Renascimento, não há nada mais revolucionário do que a chegada do digital. Até ontem, por exemplo, toda plataforma para ler era modulada de forma passiva e indireta pela luz do sol ou pela lâmpada. Hoje, o fundo emite luz e nós teclamos sobre seu fluxo, e o fundo sobre o qual aparecem letras e imagens é fonte de luz ativa.
Nada anula a atração de elucidar o alcance dos novos usos. E uma Academia de Letras também está obrigada, na contemporaneidade, a refletir sobre linguagem e tecnologias, do contrário ficará como sombra, ao perder a fonte de irradiação.
A Academia examina mais opções na internet, twitter, e-books e tudo mais que este século nos trouxer de novo. Independentemente do kindle, mesmo que se argumente que o leitor com ele se dispõe a carregar nas mãos 3.500 livros, e mesmo que exija pouco espaço para até milhares de livros, sabemos que não serão superados os incomparáveis prazeres táteis e cerebrais dos livros de papel. Ainda assim, claro está que, se não preenche o imaginário da leitura literária, não nos enganemos sobre a força que o e-book exercerá no futuro em relação ao livro didático.
Não somente por isso, mas também, e principalmente, por isso, nós nos tornamos uma casa aberta a toda forma de cultura. Unir a literatura a todas as formas de manifestação cultural, como artes plásticas, desenho, cinema, música e teatro, entre muitas outras, mais novas ou não, é o objetivo da casa. Temos, de letras, o sentido das humanidades, não apenas o de letras literárias.
Mais de um século separa as obras de um Degas, por exemplo, da era digital. No entanto, em muitos museus essas obras e a computação estão integradas em perfeita combinação artística. Especialistas temem que o homem esteja a inaugurar uma cultura autodestrutiva - uma cultura da incultura. É possível que haja nisso alguma razão. É também possível que haja nisso algum exagero. Mas uma coisa é certa: nada anula a atração de elucidar o alcance de novos usos.
O tempo presente nos põe em alerta sobre o que significam para a cultura as instantaneidades da comunicação. Diversidade cultural é fator de coesão, e não caminho de fragmentação. Cultura há de ser, portanto, a unidade dos momentos, o que é bem diferente de ser mera unicidade. Por isso pretendemos estabelecer de forma gradual, ininterrupta e coesa uma aliança com o País que ainda está chegando. Sem esse enlace, no futuro não haverá como preservar a tradição. Seremos pó. E as cinzas não aquecem.
A Academia reivindica, por sua representatividade, que nada pode ser decretado no âmbito da cultura sem que passe pela nossa casa. Damos exemplos: direito autoral é assunto que deveremos afinar, a internet não pode aparecer como plataforma hostil ao arrepio dos direitos do usuário, a proteção à obra não pode inibir a sua apropriada divulgação no equilíbrio do interesse econômico e do interesse público.
Este ano a Unesco se dedicará ao que denominou "Ano da Aproximação das Culturas". Nada mais aliciante. A indiferença no que toca às diferenças culturais mata a capacidade de compreender. A diversidade é fator de enriquecimento mútuo. Nada de amnésia. A memória alimenta a capacidade criadora. Essa compreensão, esse conhecimento nos põem aptos a fazer da cultura um fator de emancipação, de descobrimento e de justiça.
Nós nos orgulhamos muito de que a Academia seja em grande parte o contraste dentre dois homens inseparáveis: Machado de Assis, o humilde que se fez aristocrata das letras; e Joaquim Nabuco, que, pertencendo à hierarquia do Império, se fez humilde, para melhor escutar os gritos de liberdade.
A Academia comemorará, como não poderia deixar de fazê-lo, o centenário de morte de Joaquim Nabuco, com permanente curiosidade e completa empatia, tal como fez em relação a Machado de Assis. Estamos a promover ciclo de conferências e reedição de algumas de suas obras. Iremos a Londres e a Washington para comemorações especiais com a intelectualidade dessas cidades, nas quais serviu como embaixador. Nabuco, como homem público, é precioso emblema de ética na política.
Como um operador da transformação social, trouxe o povo para o combate pela liberdade. Temos certeza, certeza acadêmica, de que os brasileiros estarão ainda mais convencidos da sabedoria dele, recordando o que, em 1909, escreveu no Diário pessoal: "O corpo pode ser demolido, não o seja nunca o espírito." E juntos atentaremos para a lucidez de quem, há cem anos, enxergando da vida o claro/escuro e mesmo já com a voz a falhar, segredou ao médico que o atendia: "Doutor, pareço estar perdendo a consciência... Tudo, menos isso!..."
Temos certeza, também, à sombra desses dois exemplos clássicos, que aos intelectuais compete lutar para que se impeça concentração de poder, com amargo sabor totalitário. Democracia não é só o voto na urna, mas, igualmente, o acesso cotidiano à justiça e à repartição dos frutos do crescimento econômico e do desenvolvimento social. A Academia não se senta, nem se sentará, na plateia para se ausentar do palco. Sem deixarmos de ser gente, queremos ser a Academia. Não permitiremos a atitude tribal de fechar a casa. Há muito fizemos a abertura. Sua claridade tem de estar em movimento. Irreversivelmente.
Marcos Vinicios Vilaça é presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL)
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