Este país está às portas daquela que talvez seja a mais importante campanha eleitoral de sua história. O governo que emergirá das urnas ao fim de outubro próximo estará incumbido de pilotar um país comparável a um bólido de fórmula 1, transbordante de riquezas e centro das atenções do mundo como jamais aconteceu em sua história.
Se o Brasil tivesse imprensa, TODOS os candidatos a presidente da República estariam sendo inquiridos e investigados, questionados por todos os seus atos e palavras e tendo seus desempenhos em cargos públicos devassados em cada detalhe.
Infelizmente, isso não acontece. Entre Dilma Rousseff e José Serra, apenas a ministra-chefe da Casa Civil é questionada e cobrada e investigada. E nem direi que, em sendo candidata – ou pré-candidata – à Presidência, Dilma esteja sendo mais cobrada e fiscalizada do que deveria. Não. O único problema é que seu principal adversário não está recebendo o mesmo tratamento.
Expoente de um governo exitoso, fato internacional e nacionalmente reconhecido por uma maioria massacrante, a ministra tem cada um de seus atos perscrutados com lente de aumento em todos os jornais, telejornais, rádios e programas de televisão possíveis e imagináveis. Todos os dias é acusada de tudo. Todos os dias é desmerecida. Todos os dias tem sua capacidade questionada.
Seu principal adversário, porém, recebe tratamento diametralmente diferente, a ponto de qualquer notícia negativa sobre ele na imprensa ser recebida com surpresa. Isso ocorre devido à total inapetência da imprensa brasileira em dispensar ao governador de São Paulo o mesmo tratamento que à sua provável principal adversária nas próximas eleições.
O Brasil precisa ser informado sobre os problemas da administração do Estado de São Paulo e da capital paulista tanto quanto é informado sobre os problemas do PAC, por exemplo. E não digo que não existam problemas nos dois lados. Seria impossível. No entanto, o governo de São Paulo que aparece nas tevês e nos jornais é quase que exclusivamente o da propaganda do governador.
E problemas não faltam. O Estado está submergindo em água misturada com excrementos; bairros inteiros estão alagados ininterruptamente há quase dois meses; no centro da capital, centenas de zumbis fumam crack à luz do dia e à vista de quem quiser ver; o metrô e o resto do transporte público estão colapsados; centenas de milhares de paulistanos estão sem água há quatro dias; quando chove, enorme parte da capital fica sem luz, às vezes por um dia inteiro...
Os problemas acima mencionados são apenas os mais dramáticos. Nem falei ainda do espancamento de vítimas dos alagamentos que foram para diante da prefeitura do indicado pelo governador paulista para sucedê-lo na administração da capital para pedirem providências por já não agüentaram mais continuar vivendo em casas inundadas por água suja e fezes, uma situação que já vai completando dois meses.
Se o Brasil tivesse imprensa em vez dessa máfia composta dos piores tipos de escroque travestidos de “jornalistas”, o governador José Serra certamente não se elegeria nem para síndico de prédio, pois sua administração é um desastre.
Enquanto isso, a imprensa se ocupa de criticar e difamar ininterruptamente programas e obras do governo federal mundialmente reconhecidos e que inclusive ajudaram o país a sair mais rapidamente da crise, mas só quando essa imprensa não está a repercutir os insultos desesperados dos aliados de Serra ao presidente da República e à sua pré-candidata a ocupar seu cargo a partir do ano que vem.
E quando um único veículo ousa fazer o que nenhum outro fez, quando a TV Brasil pergunta a Serra quando as setecentas mil pessoas que estão há três dias sem água voltarão a poder tomar banho, o governador, o responsável por resolver essa situação, eleito para tanto, pago para tanto pelos cofres públicos, escandaliza-se e se diz vítima de perseguição.
Desacostumado a prestar contas de seus atos publicamente, Serra não pode conviver com o jornalismo e seus questionamentos naturais a ocupantes de cargos públicos. Para ele, para esse déspota dissimulado, quando o assunto é São Paulo jornalismo é não fazer perguntas e não pedir respostas.
O que é mais assustador é que há risco de alguém como Serra pôr as mãos no governo do país sem que reste ninguém para incomodá-lo. Sua eleição se constituiria no mesmo desastre que foi o governo FHC simplesmente porque o Brasil, como naquela época, continua sem imprensa e, assim, não terá como lhe pedir explicações, que se tivessem sido pedidas ao ex-presidente tucano poderiam ter evitado muito sofrimento.
Se o Brasil tivesse imprensa, toda ela estaria ao lado da TV Brasil e contra a atitude antidemocrática e arrogante do governador paulista contra a emissora pública. Infelizmente, o Brasil é um país onde a comunicação é controlada por bandidos.
Se o Brasil tivesse imprensa, TODOS os candidatos a presidente da República estariam sendo inquiridos e investigados, questionados por todos os seus atos e palavras e tendo seus desempenhos em cargos públicos devassados em cada detalhe.
Infelizmente, isso não acontece. Entre Dilma Rousseff e José Serra, apenas a ministra-chefe da Casa Civil é questionada e cobrada e investigada. E nem direi que, em sendo candidata – ou pré-candidata – à Presidência, Dilma esteja sendo mais cobrada e fiscalizada do que deveria. Não. O único problema é que seu principal adversário não está recebendo o mesmo tratamento.
Expoente de um governo exitoso, fato internacional e nacionalmente reconhecido por uma maioria massacrante, a ministra tem cada um de seus atos perscrutados com lente de aumento em todos os jornais, telejornais, rádios e programas de televisão possíveis e imagináveis. Todos os dias é acusada de tudo. Todos os dias é desmerecida. Todos os dias tem sua capacidade questionada.
Seu principal adversário, porém, recebe tratamento diametralmente diferente, a ponto de qualquer notícia negativa sobre ele na imprensa ser recebida com surpresa. Isso ocorre devido à total inapetência da imprensa brasileira em dispensar ao governador de São Paulo o mesmo tratamento que à sua provável principal adversária nas próximas eleições.
O Brasil precisa ser informado sobre os problemas da administração do Estado de São Paulo e da capital paulista tanto quanto é informado sobre os problemas do PAC, por exemplo. E não digo que não existam problemas nos dois lados. Seria impossível. No entanto, o governo de São Paulo que aparece nas tevês e nos jornais é quase que exclusivamente o da propaganda do governador.
E problemas não faltam. O Estado está submergindo em água misturada com excrementos; bairros inteiros estão alagados ininterruptamente há quase dois meses; no centro da capital, centenas de zumbis fumam crack à luz do dia e à vista de quem quiser ver; o metrô e o resto do transporte público estão colapsados; centenas de milhares de paulistanos estão sem água há quatro dias; quando chove, enorme parte da capital fica sem luz, às vezes por um dia inteiro...
Os problemas acima mencionados são apenas os mais dramáticos. Nem falei ainda do espancamento de vítimas dos alagamentos que foram para diante da prefeitura do indicado pelo governador paulista para sucedê-lo na administração da capital para pedirem providências por já não agüentaram mais continuar vivendo em casas inundadas por água suja e fezes, uma situação que já vai completando dois meses.
Se o Brasil tivesse imprensa em vez dessa máfia composta dos piores tipos de escroque travestidos de “jornalistas”, o governador José Serra certamente não se elegeria nem para síndico de prédio, pois sua administração é um desastre.
Enquanto isso, a imprensa se ocupa de criticar e difamar ininterruptamente programas e obras do governo federal mundialmente reconhecidos e que inclusive ajudaram o país a sair mais rapidamente da crise, mas só quando essa imprensa não está a repercutir os insultos desesperados dos aliados de Serra ao presidente da República e à sua pré-candidata a ocupar seu cargo a partir do ano que vem.
E quando um único veículo ousa fazer o que nenhum outro fez, quando a TV Brasil pergunta a Serra quando as setecentas mil pessoas que estão há três dias sem água voltarão a poder tomar banho, o governador, o responsável por resolver essa situação, eleito para tanto, pago para tanto pelos cofres públicos, escandaliza-se e se diz vítima de perseguição.
Desacostumado a prestar contas de seus atos publicamente, Serra não pode conviver com o jornalismo e seus questionamentos naturais a ocupantes de cargos públicos. Para ele, para esse déspota dissimulado, quando o assunto é São Paulo jornalismo é não fazer perguntas e não pedir respostas.
O que é mais assustador é que há risco de alguém como Serra pôr as mãos no governo do país sem que reste ninguém para incomodá-lo. Sua eleição se constituiria no mesmo desastre que foi o governo FHC simplesmente porque o Brasil, como naquela época, continua sem imprensa e, assim, não terá como lhe pedir explicações, que se tivessem sido pedidas ao ex-presidente tucano poderiam ter evitado muito sofrimento.
Se o Brasil tivesse imprensa, toda ela estaria ao lado da TV Brasil e contra a atitude antidemocrática e arrogante do governador paulista contra a emissora pública. Infelizmente, o Brasil é um país onde a comunicação é controlada por bandidos.
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