Morreu na madrugada deste sábado (12) o escritor Antônio Olinto. Segundo a Academia Brasileira de Letras, ele teve falência múltipla dos órgãos, e morreu em casa, por volta de 4h30, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. O acadêmico tinha 90 anos.
O corpo do acadêmico será velado no Petit Trianon da ABL a partir das 10h, e às 16h será sepultado no mausoléu acadêmico, no Cemitério de São João Batista, em Botafogo, também na Zona Sul. Olinto, que foi casado com a escritora Zora Seljan, falecida no Rio em 2006, não teve filhos.
Sua obra abrange poesia, romance, ensaio, crítica literária e análise política.
O presidente da ABL, acadêmico Cícero Sandroni, determinou luto oficial por três dias. Na próxima quinta-feira (17), será realizada a sessão de saudade, ao final da qual o presidente declarará aberta a vaga de Olinto, assim como o prazo de 30 dias para o recebimento de candidaturas. Segundo o estatuto da ABL, haverá trinta dias para o registro dessas inscrições. Ao final desse tempo, a direção marcará a data para eleição do novo acadêmico.
“Este é um dia de profunda tristeza para a nossa casa. Perde o Brasil um de seus mais ilustres intelectuais, e a Academia um de seus mais atuantes membros”, declarou Cícero Sandroni.
Carreira
Olinto nasceu em Ubé, Minas Gerais, em 1919. O acadêmico estava na Academia Brasileira de Letras desde 1997.
Foi crítico literário de O Globo por 25 anos e colaborou em jornais de todo o Brasil e de Portugal. Em 1952, a convite do Departamento de Estado dos Estados Unidos, percorreu 36 estados norte-americanos fazendo conferências sobre cultura brasileira.
A Academia diz também que o poeta e ensaísta teve publicados na década de 50 quatro volumes de poesia e dois de crítica literária.
Olinto dirigiu e apresentou os primeiros programas literários de televisão no Brasil, na TV Tupi, e em seguida nas TVs Continental e Rio.
O escritor foi casado com a escritora e jornalista Zora Seljan. Quando Antonio Olinto foi crítico literário de O Globo, Zora assinava a crítica de teatro no mesmo jornal. Zora Seljan faleceu no Rio de Janeiro em 25 de abril de 2006.
Em 31 de julho de 1997 foi eleito para a ABL na Cadeira nº 8, sucedendo o escritor Antonio Callado. Foi eleito para o cargo de diretor-tesoureiro nas gestões de 1998-99 e 2000. Nos últimos anos, segundo a ABL, proferiu ainda conferências em seminários no Brasil e no exterior.
Quando o Jornal de Letras sendo Antonio Olinto o editor-chefe da nova fase. Em setembro, a Embaixada do Brasil na Romênia inaugurou em Bucareste a Biblioteca Antonio Olinto.
Em 2001 foi nomeado pelo então prefeito do Rio, César Maia, para o cargo de Diretor Geral do Departamento de Documentação e Informação Cultural, da Secretaria das Culturas.
Recebeu o Prêmio Machado de Assis, em 1994, pelo conjunto de obras, da Academia Brasileira de Letras.
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