terça-feira, 28 de julho de 2009
NOVOS SECRETÁRIOS DO GOVERNO DE PERNAMBUCO ASSUMEM E VÊ-SE CLARAMENTE AS ALIANÇA PARA FUTURO.
DESTAQUE PARA OS EX-PREFEITOS DE OLINDA- LUCIANA E RECIFE-JOÃO PAULO
Luciana quer ampliar inclusão digital
Entre as ações que pretende tocar prioritariamente como nova titular da pasta de Ciências e Tecnologia, Luciana Santos elencou problemas que enfrentou quando prefeita de Olinda. A nova secretária frisou que pretende contribuir para resolver o problema do destino dos resíduos sólidos do Grande Recife – assunto hoje tratado por Humberto Costa na Secretaria das Cidades –, e com o debate sobre a erosão marinha.
Dessa vez, porém, a secretária ressalta que leva a vantagem de ter um orçamento R$ 200 milhões superior àquele de que dispunha quando prefeita. “Num há comparação na relação demanda e orçamento.”
Sem deixar de enaltecer o trabalho do antigo titular da pasta – Aristides Monteiro –, Luciana ressaltou que pretende ampliar ações que vinham sendo tocadas. Contou que pretende expandir os projetos de inclusão social e os centros tecnológicos. E ressaltou que contará com o apoio do amigo e atual ministro de Ciências e Tecnologia, Sérgio Rezende, ex-secretário de Olinda.
Um dos principais desafios que a nova secretária terá de enfrentar na missão que assume é o debate da universidade pública gratuita. Durante a cerimônia de posse, estudantes da UPE marcaram presença e pediram diálogo com a ex-prefeita, cuja história política surgiu dos movimentos estudantis. “A maior bandeira que Luciana defendia no movimento estudantil era a de uma universidade pública gratuita. Vamos cobrar justamente isto. Será muito contraditório se ela não fizer isso agora”, destacou Divonaldo Barbosa, presidente do DCE. Munidos de bandeira e faixas, os estudantes dizem ter sido barrados pela guarda do Palácio. Fizeram seu protesto na frente do prédio. Em entrevista, a secretária prometeu dar uma atenção especial algumas instituições, entre elas a UPE.
“Quem sabe faz a hora”, canta João Paulo
Publicado em 28.07.2009
Ines Andrade
iandrade@jc.com.br
Num dos momentos mais esperados do evento, o discurso do ex-prefeito João Paulo (PT) reforçou o tom que o governo do Estado queria imprimir ao ato político da posse. O novo secretário de Articulação Regional – um dos mais aplaudidos da solenidade – falou na consolidação de um projeto político de esquerda, da importância da pasta que assume (turbinada com três programas que saem de Planejamento), e da sua contribuição para acelerar os trabalhos já tocados pelo governo.
Descontraído e procurando transmitir o ar de espontaneidade que o acompanha na vida pública, iniciou o discurso lançando mão de uma canção popular. “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, entoou João Paulo, sendo acompanhado por aplausos. “Foi com esse sentimento que eu aceitei o convite do governador Eduardo Campos porque acho que tanto na vida quanto na política os gestos podem representar mais do que qualquer ação”, continuou o ex-prefeito.
João Paulo tratou de mostrar as afinidades mantidas entre as lideranças desse projeto político, buscando exemplos na memória, quando recebeu apoio do ex-governador Miguel Arraes na campanha à Prefeitura do Recife, em 2000. E voltou a inserir o projeto político de Pernambuco no cenário nacional.
“Olha a quantidade de pessoas que vieram à nossa posse. É um reconhecimento a esse projeto político. O governador, na sua estratégia, mostra a consolidação de um campo na política de Pernambuco, campo amplo, que tem todas as condições de vitórias.” O petista fez questão de citar o nome de vários políticos presentes na ocasião, do prefeito do Recife, João da Costa, a deputados federais e estaduais. Não esqueceu de fazer menção também à sua secretária-adjunta e membro do núcleo político que o acompanha há mais de 20 anos, Lygia Falcão. Citou o vereador Múcio Magalhães, também do núcleo político, e não deixou de fora o astrólogo Eduardo Maia. João da Costa, inclusive, levou grande parte dos seus secretários para prestigiar o evento.
Sem fazer maiores referências ao PT estadual, cumprimentou o secretário das Cidades, Humberto Costa (PT), em nome do qual felicitou os demais secretários presentes.
Mais tarde, na entrevista, tentou não trazer para si as implicações políticas da nomeação. Questionado sobre o que ela representa politicamente, respondeu que a medida trazia repercussões não para ele, mas para um bloco de esquerda. Nome cotado para o Senado, João Paulo fugiu do assunto, repetindo que ele deve ser tratado 2010. Comentou que tinha muitas obras a inaugurar, a exemplo de matadouros e cisternas. À tarde, João Paulo foi apresentado à nova equipe, funcionários do Promata, Prorural e Prometrópoles.
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