Diez buenos motivos
para no suicidarse en 2008
Desde hoy, y hasta el 15 de octubre, la tele norteamericana estrenará infinidad de nuevas series. Aquí un top-ten de comedias.
HERNAN CASCIARI - 20 de septiembre, 2007
Comentarios - 45
Sí, está bien. Quizás el título es demasiado optimista, pero que haya diez nuevas comedias en la pantalla no es una mala noticia. Tendremos, por lo menos, risas enlatadas y situaciones absurdas a cada rato.
Así como el drama usamericano está pasando por un gran momento, la sitcom y la comedia, a mi entender, flojean un poco, o al menos no mantienen esa evolución. Las pocas excepciones de 2007 han sido remakes de la televisión inglesa o, directamente, la televisión inglesa (que sí está experimentando cimas de calidad).
¿Y qué habrá este año? ¿Alguna cosa fuera de lo común, algo imprescindible? Yo no he visto nada, al menos en las tramas y los trailers, que me llamase la atención. Posiblemente lo más esperado sea la versión americana de The IT Crowd, pero los rumores no son halagüeños: la producción parece estar detenida, la actriz yanqui se ha retirado y Moss está cobrando el sueldo por no hacer nada.
Alguna de las diez producciones que comienzan ahora (entre hoy y el 15 de octubre) pueden dar el batacazo (batacazo en tercera acepción) y convertirse en la gran comedia de 2008. ¿Por qué no? Aquí les dejo apuntes personales que surgen de mi intuición (que siempre es mala, pero al menos está llena de prejuicios) y unas imágenes de cada serie para que ustedes comiencen a preparar el disco y la grabadora.
En lo personal, apuesto por dos: Carpoolers, de la NBC; y Samantha Who?, de la ABC. No pongo las manos en el fuego por ninguna, pero son las únicas tramas que, a priori, me han interesado mientras hacía este resumen.
Que les aproveche.
Próximos estrenos: 10 series de comedia
Back To You
19 de septiembre
Comedia
Típica sit-com "de oficios". La trama ocurre en una emisora local, donde un famoso presentador de noticias (Frasier) debe regresar a los informativos de su ciudad natal. Y, oh sorpresa, la actual presentadora es su ex mujer. El actor puede salvarla.
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The Big Ban Theory
24 de septiembre
Comedia
Esta es otra de frikis y gente bizarra (¿síndrome IT Crowd?). En este caso se trata de dos físicos, a cual más inadaptado social, que descubren que la vecina de al lado es una mujer de bandera. Esperemos guiones alucinantes, porque eso solo no dice nada.
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Reaper
25 de septiembre
Comedia
Me suena a Dead Like Me. En este caso se trata de Sam, un chico que al cumplir 21 descubre que sus padres le vendieron su alma al diablo. La serie comienza cuando el mismísimo Satanás llega a por lo que es suyo. Le tengo confianza. Poca, pero le tengo.
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Private Practice
26 de septiembre
Comedia, Drama
No me gusta Grey's Anatomy, así que poca fe le tengo a este spin-off, que está basado en el personaje de Addison. La doctora empieza una nueva vida al sur de California. Tendrá muchos amigos y seguramente habrá besitos, operaciones y esas cosas.
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Aliens In America
1 de octubre
Comedia
Justin es un chico que intenta pasar inadvertido. Esto resulta complicado porque su madre acoge a un estudiante de intercambio pakistaní en casa, con quien deberá compartirlo casi todo: estudios, amigos, etc. La promo es divertida pero huele a chiquilinada.
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Carpoolers
2 de octubre
Comedia
Esta estructura es muy rara, y por eso le doy mi visto bueno. Se trata de cuatro hombres, muy diferentes entre sí, que se reúnen cada día para ir juntos al trabajo compartiendo coche. Así aprovechan para ahorrar y contarse sus vidas. Muy bien, la compro.
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Cavemen
2 de octubre
Comedia
Esta puede ser desastrosa o genial, pero yo apuesto por desastrosa después de haber espiado algunas imágenes. Se trata de tres hombres prehistórcos que deben adaptarse al mundo actual. Huele bastante mal, yo que ustedes me alejo.
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Pushing Daisies
3 de octubre
Comedia, Fantasía
Buena trama: un hombre descubre que puede devolver los muertos a la vida con sólo tocarlos, pero si los toca otra vez, morirán para siempre. Mala estructura: he visto el preair del episodio piloto y me aburrí muchísimo con toda esa estética pomposa.
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Life Is Wild
7 de octubre
Comedia, Aventuras
¿Se acuerdan de Daktari? Esta puede tener algo que ver. Una familia muy citadina (padtre veterinario en Nueva York) se traslada a vivir a una región salvaje de Sudáfrica, donde un familiar regentea una reserva ecológica. No sé. Odio a los leones.
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Samantha Who?
15 de octubre
Comedia
Una mujer despierta después de un coma de ocho días y no recuerda nada. Le van diciendo quién fue, y comienza a asquearse de su pasado. La serie va de cómo intenta remediar los males que ha hecho. ¿My name is Ear...lina? Habrá que verlo.
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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Porque será que o Carnaval em São Paulo é morto?
o que ocorre, na maior cidade da America Latina e do Brasil??????????????
Uma cidade que teve Corso Famoso, na av Paulista, Augusta , com bonecos enormes no carnaval do Braz, como os de Olinda.
O que ocorreu na nossa cultura e na políticas públicas ligadas ao Lazer?
Parece algo normal, e população nao tem espírito Carnavalesco?
Será?
Reclama-se do Barulho!!!!!!!
Mas que barulho, se o maior barulho é da própria frota!
Estranho!!!!
Ou será que a passeata gay tomou isto!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Precisamos repensar isto!
Paulo a cv
Agência Magnum confirma descoberta de fotos de Robert Capa no México
Agência Magnum confirma descoberta de fotos de Robert Capa no México
Este é um grande achado de um grande e célebre fotógrafo, emais de um período histórico rico.
pacv
PARIS, 30 Jan 2008 (AFP) - Mais de 3.500 fotos da Guerra Civil espanhola, algumas tiradas pelo célebre fotógrafo de guerra Robert Capa, foram descobertas recentemente no México, confirmou nesta quarta-feira a agência Magnum em Paris.
Foto da Guerra Civil espanhola tirada por Robert Capa; imagens estavam no México
Os negativos das fotografias, tiradas entre 1936 e 1939, foram descobertos pelo herdeiro de um ex-cônsul do México em Marselha, sul da França, que os recebeu de um ajudante de Capa, segundo a agência, que confirmou informações publicadas no último domingo pelo jornal espanhol El Periódico de Catalunya.
Algumas fotos inéditas, de acordo com as primeiras análises, são atribuídas a Capa, a David Seymour "Chim" e à companheira de Capa, Gerda Taro.
As imagens mostram soldados republicanos, a vida diária de civis, artistas e escritores como Federico García Lorca e André Malraux, segundo a Magnum, que as distribuirá depois que os estudos da coleção forem concluídos.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Fórum Econômico Mundial: entenda o que a elite mundial faz todos os anos em Davos
UOL MÍDIA GLOBAL
23/01/2008
Fórum Econômico Mundial: entenda o que a elite mundial faz todos os anos em Davos
Frédéric Lemaître
O Fórum de Davos foi criado por um universitário alemão, que mora e ensina na Suíça, Klaus Schwab. Impressionado pelo livro "O Desafio Americano", publicado por Jean-Jacques Servan-Schreiber em 1967, este jovem docente, que havia seguido parte dos seus estudos no Massachusetts Institute of Technology (MIT, uma universidade situada perto de Boston, considerada como a mais importante nos campos das ciências e da tecnologia), pretendia responder àquela obra, lançando um "desafio europeu". Para tanto, ele fundou uma associação, a European Business Leaders (Líderes europeus do mundo dos negócios), e organizou um primeiro simpósio em 1971, financiado entre outros por Raymond Barre (1924-2007, ex-primeiro-ministro francês), então comissário europeu para as questões econômicas.
ORÇAMENTO
Segundo seu relatório anual, o orçamento do Fórum Econômico Mundial é de 70,8 milhões de euros (R$ 186,56 milhões). Esta quantia provém essencialmente dos direitos de adesão (17,2 milhões de euros - R$ 45,32 milhões); dos direitos de participação (18,6 milhões de euros - R$ 49 milhões) e das parcerias (31,5 milhões de euros - R$ 83 milhões).
COTIZAÇÕES
Existem três tipos de membros, e, portanto, três níveis de cotização. Os membros simples - mas que devem figurar entre os grandes grupos mundiais - pagam 26.300 euros (cerca de R$ 70.000) e podem enviar um dirigente a Davos. Cerca de mil membros pertencem a esta categoria.
Além do mais, 230 parceiros industriais pagam 154.000 euros (R$ 405.784) para terem o direito de enviar dois representantes. Algumas sessões setoriais lhes são reservadas, longe dos olhares indiscretos.
Por fim, 93 parceiros estratégicos pagam 309.000 euros (cerca de R$ 814.200) para poder enviar cinco pessoas, das quais quatro dirigentes, a Davos.
NÚMEROS
Mais de 400 pessoas participaram da primeira edição do fórum, que durou duas semanas. Foi preciso esperar até 1974 para ver políticos serem convidados a Davos, uma estação de esportes de inverno suíça que foi escolhida justamente em razão do seu isolamento. Em 1976, as 1.000 principais companhias mundiais foram convidadas a se tornarem membros da associação.
Neste ano, a 38ª edição do fórum será realizada, de 23 a 27 de janeiro.
Objetivos A meta inicial - que era de promover um modelo europeu de gestão de empresas - evoluiu. Em 1987, o fórum foi rebatizado com o nome de World Economic Forum (WEF). Um dos seus objetivos é de oferecer uma tribuna para resolver os conflitos mundiais. Atualmente, o objetivo do Fórum Econômico Mundial é de "integrar os dirigentes dos setores político, econômico e social em uma comunidade que atua na escala planetária com o objetivo de melhorar o mundo, além do bem-estar e da prosperidade da humanidade".
Organização O Fórum é uma organização não-governamental (ONG). Baseada em Genebra, ela é dirigida por quatro pessoas e conta cerca de 280 assalariados. Recentemente, ela abriu dois novos escritórios, um em Nova York e o outro em Pequim.
A administração do Fórum de Davos é coordenada pela Publicis Live, uma sociedade dirigida conjuntamente pelo grupo de comunicação Publicis e pelo francês Richard Attias.
Encontros A cúpula que é organizada anualmente em Davos, durante a última semana de janeiro, e da qual participam 2.400 pessoas, é a manifestação mais emblemática do WEF, mas ela deixou de ser a única. Em 2007, um outro fórum anual viu a luz do dia, desta vez na China. Este novo evento está dirigido aos "novos campeões da economia mundial".
Além do mais, o WEF também organiza fóruns regionais na Índia, no Oriente Médio, na América Latina, na Turquia e na Rússia, mas estes não se repetem necessariamente todo ano.
Montagens de redes O WEF vem multiplicando as redes. Por iniciativa da sua organização, homens de negócios árabes se reúnem uma vez por ano. As mulheres líderes contam com a sua própria estrutura. As empresas também se reúnem em margem da cúpula de Davos - e beneficiando da mais completa discrição -, distribuídas por setor de atividade. Existem atualmente 17 setores (automóvel, energia, etc.).
Preocupado em valorizar a transparência, e também interessado em dispor de contatos, o WEF reúne duas vezes por ano uma centena de dirigentes dos meios de comunicação (editorialistas, blogueiros, etc.).
Descoberta de talentos O WEF não quer limitar-se a reunir os "dirigentes do mundo" de hoje. Ele quer também detectar aqueles de amanhã. Para tanto, três "comunidades" foram criadas: as empresas de crescimento - 138 sociedades internacionais cuja atividade vem crescendo em mais de 15% por ano, e cujo faturamento situa-se entre US$ 100 milhões (R$ 180 milhões) e US$ 2 bilhões (R$ 3,6 bilhões) -, as pioneiras tecnológicas (38 pequenas sociedades foram selecionadas em 2008), e cerca de 250 "jovens líderes" detectados a cada ano.
Engajamento social Interessado em se diferenciar da imagem ultraliberal que lhe é atribuída com freqüência, o Fórum criou a Fundação Schwab. Atuando em parceria com veículos da mídia, a Fundação premia num grande número de países o "empreendedor social do ano" e o faz beneficiar dos seus serviços.
Além do mais, o WEF desenvolve múltiplas iniciativas contra a fome no mundo, a pobreza, as desigualdades no acesso aos recursos informáticos e tecnológicos, ou ainda em favor da educação.
Publicações Todo ano, o WEF publica um grande número de estudos. Aos poucos, o seu relatório anual sobre a competitividade dos países vem se impondo como uma das referências na área.
Uma atividade intensa, para resultados nem sempre satisfatórios
Cerca de quarenta anos depois da sua fundação, o World Economic Forum é, à primeira vista, um sucesso incontestável. Mais de 2.400 personalidades disputam espaços em Davos. Klaus Schwab, o seu fundador, é considerado como um visionário. Logo no final dos anos 1970, empreendedores chineses foram convidados a participar do evento. Em 2006, a escolha da Índia como "convidada de honra" revelou-se sensata. Mal aquela edição do Fórum havia sido encerrada, o gigante da siderurgia Mittal lançou a sua oferta pública de compra do europeu Arcelor, uma operação que iria simbolizar o novo equilíbrio do mundo.
Por sua vez, os militantes anti-Davos parecem ter "sossegado o facho". O Fórum Social Mundial que se reuniu no Brasil a partir de 2001 optou em 2005 por "descentralizar-se". Em 2008, as suas iniciativas estarão concentradas num único dia, sábado, 26 de janeiro.
Contudo, "o espírito de Davos" ainda não ganhou a partida. Primeiro, porque o objetivo inicial do Fórum era de estabelecer um contrapeso europeu em relação ao poderio econômico absoluto dos Estados Unidos. Atualmente, americanos e asiáticos dominam amplamente as atividades do Fórum. Acima de tudo, os dirigentes do WEF reconhecem que o mundo está se tornando cada vez mais incerto. Com isso, o seu objetivo - "tornar o mundo melhor" - está longe de ser alcançado.
Uma pesquisa de opinião, que foi realizada no final de 2007, por encomenda do Fórum de Davos, junto a 61.000 pessoas em 60 países, pelo Instituto Gallup, confirma o pessimismo ambiente. Cerca de 50% das pessoas interrogadas se disseram convencidas de que o mundo estará menos seguro num futuro próximo do que hoje. Para solucionar os problemas, as pessoas interrogadas dizem confiar em primeiro lugar nos professores (34%), nos líderes religiosos (27%), na polícia e no exército (18%), nos jornalistas (16%), nos magistrados (15%), nos patrões (11%), nos sindicalistas (10%) e, por último, nos responsáveis políticos (8%).
Tradução: Jean-Yves de Neufville
by uol
23/01/2008
Fórum Econômico Mundial: entenda o que a elite mundial faz todos os anos em Davos
Frédéric Lemaître
O Fórum de Davos foi criado por um universitário alemão, que mora e ensina na Suíça, Klaus Schwab. Impressionado pelo livro "O Desafio Americano", publicado por Jean-Jacques Servan-Schreiber em 1967, este jovem docente, que havia seguido parte dos seus estudos no Massachusetts Institute of Technology (MIT, uma universidade situada perto de Boston, considerada como a mais importante nos campos das ciências e da tecnologia), pretendia responder àquela obra, lançando um "desafio europeu". Para tanto, ele fundou uma associação, a European Business Leaders (Líderes europeus do mundo dos negócios), e organizou um primeiro simpósio em 1971, financiado entre outros por Raymond Barre (1924-2007, ex-primeiro-ministro francês), então comissário europeu para as questões econômicas.
ORÇAMENTO
Segundo seu relatório anual, o orçamento do Fórum Econômico Mundial é de 70,8 milhões de euros (R$ 186,56 milhões). Esta quantia provém essencialmente dos direitos de adesão (17,2 milhões de euros - R$ 45,32 milhões); dos direitos de participação (18,6 milhões de euros - R$ 49 milhões) e das parcerias (31,5 milhões de euros - R$ 83 milhões).
COTIZAÇÕES
Existem três tipos de membros, e, portanto, três níveis de cotização. Os membros simples - mas que devem figurar entre os grandes grupos mundiais - pagam 26.300 euros (cerca de R$ 70.000) e podem enviar um dirigente a Davos. Cerca de mil membros pertencem a esta categoria.
Além do mais, 230 parceiros industriais pagam 154.000 euros (R$ 405.784) para terem o direito de enviar dois representantes. Algumas sessões setoriais lhes são reservadas, longe dos olhares indiscretos.
Por fim, 93 parceiros estratégicos pagam 309.000 euros (cerca de R$ 814.200) para poder enviar cinco pessoas, das quais quatro dirigentes, a Davos.
NÚMEROS
Mais de 400 pessoas participaram da primeira edição do fórum, que durou duas semanas. Foi preciso esperar até 1974 para ver políticos serem convidados a Davos, uma estação de esportes de inverno suíça que foi escolhida justamente em razão do seu isolamento. Em 1976, as 1.000 principais companhias mundiais foram convidadas a se tornarem membros da associação.
Neste ano, a 38ª edição do fórum será realizada, de 23 a 27 de janeiro.
Objetivos A meta inicial - que era de promover um modelo europeu de gestão de empresas - evoluiu. Em 1987, o fórum foi rebatizado com o nome de World Economic Forum (WEF). Um dos seus objetivos é de oferecer uma tribuna para resolver os conflitos mundiais. Atualmente, o objetivo do Fórum Econômico Mundial é de "integrar os dirigentes dos setores político, econômico e social em uma comunidade que atua na escala planetária com o objetivo de melhorar o mundo, além do bem-estar e da prosperidade da humanidade".
Organização O Fórum é uma organização não-governamental (ONG). Baseada em Genebra, ela é dirigida por quatro pessoas e conta cerca de 280 assalariados. Recentemente, ela abriu dois novos escritórios, um em Nova York e o outro em Pequim.
A administração do Fórum de Davos é coordenada pela Publicis Live, uma sociedade dirigida conjuntamente pelo grupo de comunicação Publicis e pelo francês Richard Attias.
Encontros A cúpula que é organizada anualmente em Davos, durante a última semana de janeiro, e da qual participam 2.400 pessoas, é a manifestação mais emblemática do WEF, mas ela deixou de ser a única. Em 2007, um outro fórum anual viu a luz do dia, desta vez na China. Este novo evento está dirigido aos "novos campeões da economia mundial".
Além do mais, o WEF também organiza fóruns regionais na Índia, no Oriente Médio, na América Latina, na Turquia e na Rússia, mas estes não se repetem necessariamente todo ano.
Montagens de redes O WEF vem multiplicando as redes. Por iniciativa da sua organização, homens de negócios árabes se reúnem uma vez por ano. As mulheres líderes contam com a sua própria estrutura. As empresas também se reúnem em margem da cúpula de Davos - e beneficiando da mais completa discrição -, distribuídas por setor de atividade. Existem atualmente 17 setores (automóvel, energia, etc.).
Preocupado em valorizar a transparência, e também interessado em dispor de contatos, o WEF reúne duas vezes por ano uma centena de dirigentes dos meios de comunicação (editorialistas, blogueiros, etc.).
Descoberta de talentos O WEF não quer limitar-se a reunir os "dirigentes do mundo" de hoje. Ele quer também detectar aqueles de amanhã. Para tanto, três "comunidades" foram criadas: as empresas de crescimento - 138 sociedades internacionais cuja atividade vem crescendo em mais de 15% por ano, e cujo faturamento situa-se entre US$ 100 milhões (R$ 180 milhões) e US$ 2 bilhões (R$ 3,6 bilhões) -, as pioneiras tecnológicas (38 pequenas sociedades foram selecionadas em 2008), e cerca de 250 "jovens líderes" detectados a cada ano.
Engajamento social Interessado em se diferenciar da imagem ultraliberal que lhe é atribuída com freqüência, o Fórum criou a Fundação Schwab. Atuando em parceria com veículos da mídia, a Fundação premia num grande número de países o "empreendedor social do ano" e o faz beneficiar dos seus serviços.
Além do mais, o WEF desenvolve múltiplas iniciativas contra a fome no mundo, a pobreza, as desigualdades no acesso aos recursos informáticos e tecnológicos, ou ainda em favor da educação.
Publicações Todo ano, o WEF publica um grande número de estudos. Aos poucos, o seu relatório anual sobre a competitividade dos países vem se impondo como uma das referências na área.
Uma atividade intensa, para resultados nem sempre satisfatórios
Cerca de quarenta anos depois da sua fundação, o World Economic Forum é, à primeira vista, um sucesso incontestável. Mais de 2.400 personalidades disputam espaços em Davos. Klaus Schwab, o seu fundador, é considerado como um visionário. Logo no final dos anos 1970, empreendedores chineses foram convidados a participar do evento. Em 2006, a escolha da Índia como "convidada de honra" revelou-se sensata. Mal aquela edição do Fórum havia sido encerrada, o gigante da siderurgia Mittal lançou a sua oferta pública de compra do europeu Arcelor, uma operação que iria simbolizar o novo equilíbrio do mundo.
Por sua vez, os militantes anti-Davos parecem ter "sossegado o facho". O Fórum Social Mundial que se reuniu no Brasil a partir de 2001 optou em 2005 por "descentralizar-se". Em 2008, as suas iniciativas estarão concentradas num único dia, sábado, 26 de janeiro.
Contudo, "o espírito de Davos" ainda não ganhou a partida. Primeiro, porque o objetivo inicial do Fórum era de estabelecer um contrapeso europeu em relação ao poderio econômico absoluto dos Estados Unidos. Atualmente, americanos e asiáticos dominam amplamente as atividades do Fórum. Acima de tudo, os dirigentes do WEF reconhecem que o mundo está se tornando cada vez mais incerto. Com isso, o seu objetivo - "tornar o mundo melhor" - está longe de ser alcançado.
Uma pesquisa de opinião, que foi realizada no final de 2007, por encomenda do Fórum de Davos, junto a 61.000 pessoas em 60 países, pelo Instituto Gallup, confirma o pessimismo ambiente. Cerca de 50% das pessoas interrogadas se disseram convencidas de que o mundo estará menos seguro num futuro próximo do que hoje. Para solucionar os problemas, as pessoas interrogadas dizem confiar em primeiro lugar nos professores (34%), nos líderes religiosos (27%), na polícia e no exército (18%), nos jornalistas (16%), nos magistrados (15%), nos patrões (11%), nos sindicalistas (10%) e, por último, nos responsáveis políticos (8%).
Tradução: Jean-Yves de Neufville
by uol
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
ARTES
A revista CONTINENTE é um produto editorial de altíssima
qualidade e se põe entre as revistas de cultura do país elevando o nível do mercado .
paulo a c v
ARTES
Depois daquele beijo
A cambojana Rindy Sam beijou a tela branca do pitor Cy Towmbly, provocando uma disputa na justiça e um debate sobre a arte conteporânea.
Por Camilo Soares
Aconteceu no último 19 julho, no Sul da França, durante exposição da Coleção Lambert em Avig-non. Deslumbrada com o quadro do pintor norte-americano Cy Twombly, de um branco imaculado, a jovem cambojana Rindy Sam levou os lábios sobre a tela, deixando a impressão de seu batom escarlate. Presa e levada a julgamento, a moça negou declarar-se culpada, defendendo aquilo que teria sido sim-plesmente um gesto de amor, ato não-deliberado provocado pelo poder da arte. Em desacordo com tal liberdade poética sobre obra avaliada em dois milhões de euros, o diretor da coleção Eric Mézil e seus advogados classificaram o ato de vandalismo, requerendo compensação financeira correspondente ao preço da peça. Meio às querelas judiciárias, mais do que apenas marcar o alvor da tela de Twombly, tal beijo parece ter levado à tona a separação entre dois mundos, o da arte e o do mercado de arte, além de ressuscitar o debate sobre a finalidade da arte em nosso tempo.
“Não considero que um beijo de mulher possa ser considerado como uma agressão”, conserta o advogado de defesa Jean-Michel Ambrosino, comparando a murros e marteladas dados recentemente sobre obras-primas em museus parisienses. De um certo aspecto, as marcas carmins de batom Bourjois (empresa que, sentindo o cheiro da ótima publicidade, aceitou revelar o bem-guardado segredo de sua fórmula para facilitar a restauração química da tela) podem até mesmo ser consideradas um comple-mento esperado e necessário para um trabalho artístico atual. Após descobrir os happenings e as per-formances, a arte contemporânea se aproximou definitivamente do público, como aponta o professor da Sorbonne Marc Jimenez em seu L’esthétique contemporaine, pois ela « tende a se fundir na vida cotidiana, a solicitar reações do público ». Vendo assim, o quadro do ilustre artista teria sido marcado pelo impulso que ele mesmo provocou; e o vermelho borrado sobre o suporte não seria nada mais do que o indício desse desejo, traços de simbologia sensual e erótica que há muito vaga pelo inconsciente coletivo. Marcas que impregnarão para sempre a obra, o tríplice Phaedrus, mesmo depois que sejam fisicamente desmaterializadas pelos laboratórios da Nasa, que se propôs prontamente a efetuar a tarefa. A partir de hoje, não mais se poderá comentar o Phaedrus de Cy Twombly sem se falar daquele beijo. Efêmero, veloz, virtual e carnal, fusão entre objeto e observador, o gesto de Rindy Sam ainda lembra da redefinição artística fora da instituição das Belas Artes, como já pregava Duchamps há um século.
Em fins do século 19, uma visita aos mosaicos bizantinos das igrejas de Ravena, Itália, marcaria profundamente o pintor Gustav Klimt. A influência dessas imagens religiosas tornou-se evidente em sua obra, na composição da figura humana, nas inscrições sobre a tela e escolha da tipografia, na geo-metria nas dobras de vestimentas e, sobretudo, no fundo chapado e na utilização do ouro, representa-ção da luz divina nos ícones. No entanto, bem ao contrário do que tentava impedir o famoso cânone 100, o que atraiu Klimt séculos depois para essa estética foram justamente as impurezas das imagens, tentadoras aos olhos como uma irresistível gula visual banhada pela sedução das cores e pelo deslum-bramento do ouro luxuriante. O beijo (1907-1908) de Klimt é tão devoto como o beijo bizantino, tão idealizado quanto e até mesmo igualmente sensual. Não obstante, a figura idealizada é agora terrena e, embora ainda inegavelmente divinizado, o desejo assume finalmente seu erotismo. O filósofo François Dadognet aponta essa ambigüidade mística como um fator importante na atual percepção da arte : « o espectador oscila entre dois pólos opostos, o que não deixa de nos lembrar dos princípios gerais da pintura religiosa: de um lado terrestre, as alusões, de outro lado, o vazio, o aéreo. E quem não ficaria incomodado por essa alternância».
Depois do ataque às Belas Artes pelo modernismo, a técnica plástica do artista deixou de ser pre-ponderante ou pelo menos incontornável. A invenção do ready-made, segundo Yves Michaud, des-substancializou a arte, tornando-a processual, o que teria efeito duplo para o ambiente das artes plásti-cas, de liberdade e de retenção: “O mundo é invadido por essa atmosfera estética. Simultaneamente, o mundo da arte ritualizado, sacralizado, apegado a sua preciosa raridade teatral, esvazia-se pouco a pouco, não somente de obras mas de participantes. Somente alguns poucos iniciados, obstinados, faná-ticos e conservadores, senão francamente reacionários, se obstinam a perpetuar o ritual ». A atividade artística evoluiu no século 20 numa velocidade alucinante, deixando para trás um mundo institucional da arte perplexo e cada vez mais perdido na incapacidade de avaliação. Sentindo sua legitimidade ame-açada, críticos, curadores e organizações se trancafiaram num profundo obscurantismo para justificar seus salários ou as estratosféricas cotações das peças de arte que representam nesse mercado em franca ascensão.
Diante de paradoxal ressacralização de uma arte já atéia, da mercantilização de uma atividade anticapitalista e anárquica, um beijo sobre a tela revelou o desproporcional e descabido elitismo da arte contemporânea. Depois da queda da figuração, da supressão da bidimensionalidade, da revalorização do corpo como lugar de arte e após o público ser convidado a participar de criação artística, a indigna-ção do vanguardista Cy Twombly e a soma exorbitante de ressarcimento pedido pelos organizadores da exposição espelham um irritante não-me-toquismo institucional que reenquadrou a arte como um ato nobre, caro e conceitual. Julgamento finalizado em 16 de outubro, Rindy Sam deverá verter 1.500 euros aos organizadores da exposição e aos detentores da obra e o simbólico um euro pedido pelo ar-tista, que não quis aumentar a polêmica. Independentemente das conclusões penais, seu beijo, consi-derado iconaclasta pela mídia, desprendeu o nó de uma discussão sobre as evidentes limitações da arte contemporânea, do fazer artístico e do apreciar estético dentro da percepção atual. Além disso, talvez tenha mesmo esquentado um pouco a frieza desse meio, oferecendo novamente à estética o direito de ser transgressiva. “Você gosta de Twombly?”, perguntou um jornalista à ex-réu. “No processo eles disseram: suas obras não deixam ninguém indiferente. Pois é, eu estou de acordo”.
(Leia a matéria na íntegra, na edição nº 85 da Revista Continente Multicultural. Já nas bancas)
Camilo Soares é jornalista.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Philip Roth
P.Roth, é um dos grandes escritores vivos dos EUA, sua escrita flue e traz uma estilística que transversa o local para o universal.Diria que ele é um arqueólogo do humano, desconstruindo as existências humanas e colorindo de pontuações os transes as mutações do existir naquilo que tem de mais comum e fecundo, desde o nascer, o amor, os amigos, a convivência, a morte e a velhice.Sua obra é de uma autoridade na sua decrição, com pontuações filosóficas que por vezes nos deixa perplexo.Sem qualquer tansferência estilística de um Baudrilard ele as vezes nos parece o filosófo que indaga da existência a medida que a disseca e pontua nos porquês.Vale a pena ser lido.
Li o ano passado nas féria o Animal Agonizante, nestas de 2008 li O Homem Comum.Maravilhosos!!!!!!!!!
PAULO A C V
Rubem Fonseca e Nélida Piñon são convidados à feira do livro de Buenos Aires
Rubem Fonseca e Nélida Piñon são convidados à feira do livro de Buenos Aires
A Língua Portguesa esta em alta nos últimos anos na Argentina.O ano passado quando estive na Feria del Libro, o homenageado foi José Saramargo, entretanto de nossa parte não vejo homenagens a Literatura Portenha, com tantos autores de peso.
paulo av
BUENOS AIRES, 19 Jan 2008 (AFP) - Os brasileiros Rubem Fonseca e Nélida Piñon, a espanhola Almudena Grandes e o americano Tom Wolfe estão na lista dos mais de 30 convidados estrangeiros, a maioria latino-americanos, para a Feira do Livro de Buenos Aires que será realizada de 24 de abril a 12 de maio, informou a organização.
A Fundação El Libro, responsável pelo evento, convidou ainda a presidente argentina Cristina Kirchner para a inauguração da feira.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
El poeta argentino Juan Gelman gana el Premio Cervantes 2007
El poeta argentino Juan Gelman gana el Premio Cervantes 2007
Gelman, de 77 años, es el poeta argentino más premiado de su generación, la de los años 60-70,
Infolatam
Madrid, 29 de noviembre 2007
El escritor argentino Juan Gelman, que ha sabido testimoniar en su poesía su tiempo literario e histórico, ha ganado hoy el Premio Cervantes 2007, considerado el más prestigioso de las letras hispanas y que concede el Ministerio de Cultura español en reconocimiento al conjunto de la obra de un autor.
El fallo de este premio, que está dotado con 90.450 euros, ha sido hecho público por el ministro de Cultura, César Antonio Molina, tras la reunión mantenida por el jurado, presidido por el director de la Real Academia Española, Víctor García de la Concha, y que ha adoptado su decisión por mayoría. Gelman se impuso a otros cuatro candidatos: la peruana Blanca Varela, el mexicano José Emilio Pacheco, el uruguayo Mario Benedetti y el chileno Nicanor Parra.
García de la Concha ha reconocido la dificultad del jurado en decidir entre estos candidatos y sobre Gelman ha afirmado que es un hombre entregado desde muy joven a la poesía. Después de "haber milongueado mucho" con la palabra, con el ritmo y con el juego del léxico, Gelman se abrió a un "compromiso mayor con la realidad", ha afirmado el presidente del jurado. "Pero su compromiso social nunca le llevó a abdicar de su compromiso con la poesía", ha añadido.
El poeta Antonio Gamoneda, ganador de la pasada edición y que formó parte también del jurado, ha afirmado que, a título personal, considera que el autor argentino era el "más merecedor" del galardón. El ministro de Cultura ha destacado que Gelman tiene una obra numerosa, pero también cualitativamente grande. Molina, que ha anunciado cambios en la formación del jurado del Cervantes, ha subrayado que Juan Gelman es una persona que ha sufrido la poesía en su propia carne.
Gelman, de 77 años, es el poeta argentino más premiado de su generación, la de los años 60-70, y ha merecido ya galardones como el Nacional de Poesía argentino, el de Literatura Latinoamericana y del Caribe Juan Rulfo, el Iberoamericano de Poesía "Pablo Neruda" y el Reina Sofía de Poesía Iberoamericana. El jurado del premio ha estado compuesto, además de por García de la Concha y Gamoneda, por Francisco Albizúrez, designado por la Academia Guatemalteca de la Lengua; José Miguel Ullán, designado por el ministro de Cultura; y José Manuel Sánchez Ron, designado por el secretario de Estado de Universidades e Investigación.
También han formado parte del jurado María Ángeles Pérez López, designada por la directora del Instituto Cervantes; Amalia Iglesias, designada por la directora de la Biblioteca Nacional; Martín Caparrós, designado por el director general de Cooperación y Comunicación Cultural; y Alfredo Conde, designado por el director general de Libro, Archivos y Bibliotecas.
Como secretario ha ejercido Rogelio Blanco Martínez, director general del Libro, Archivos y Bibliotecas y como secretaria de actas, Mónica Fernández Muñoz, subdirectora general de Promoción del Libro, la Lectura y las Letras Españolas.
ENTRADAS RELACIONADAS
Poeta español Antonio Gamoneda, Premio Cervantes 2006
Juan Gelman, un maestro de la poesía comprometido con su tiempo
Poeta nacido en Buenos Aires, en el barrio de Villa Crespo. Su primera obra publicada, Violín y otras cuestiones, prologada entusiastamente por otro grande de la poesía, Raúl González Tuñon, recibió inmediatamente el elogio de la crítica. Considerado por muchos uno de los más grandes poetas contemporáneos, su obra delata una ambiciosa búsqueda de un lenguaje trascendente, ya sea a través del -realismo crítico- y el intimismo, primeramente, y luego con la apertura hacia otras modalidades, la singularidad de un estilo, de una manera de ver el mundo, la conjugación de una aventura verbal que no descarta el compromiso social y político, como una forma de templar la poesía con las grandes cuestiones de nuestro tiempo. Fue obligado a un exilio de doce años por la violencia política estatal, que además le arrancó un hijo y a su nuera, embarazada, quienes pasaron a formar parte de la dolorosa multitud de -desaparecidos-. En 1997 recibió el Premio Nacional de Poesía. Su obra ha sido traducida a diez idiomas. Reside actualmente en México, aunque -Volver, vuelvo todos los años, pero no para quedarme. La pregunta para mí no es por qué no vivo en la Argentina sino por qué vivo en México. Y la respuesta es muy simple: Porque estoy enamorado de mi mujer, eso es todo-. Perdonando tamaño romanticismo, la ciudad de Buenos Aires lo honró recientemente con el título de ciudadano ilustre. © epdlp
AUSENCIA DE AMOR
Cómo será pregunto.
Cómo será tocarte a mi costado.
Ando de loco por el aire
que ando que no ando.
Cómo será acostarme
en tu país de pechos tan lejano.
Ando de pobrecristo a tu recuerdo
clavado, reclavado.
Será ya como sea.
Tal vez me estalle el cuerpo todo lo que he esperado.
Me comerás entonces dulcemente
pedazo por pedazo.
Seré lo que debiera.
Tu pie. Tu mano.
PRESENCIA DEL OTOÑO
Debí decir te amo.
Pero estaba el otoño haciendo señas,
clavándome sus puertas en el alma.
Amada, tú, recíbelo.
Vete por él, transporta tu dulzura
por su dulzura madre.
Vete por él, por él, otoño duro,
otoño suave en quien reclino mi aire.
Vete por él, amada.
No soy yo él que te ama este minuto.
Es él en mí, su invento.
Un lento asesinato de ternura.
ESCRIBO EN EL OLVIDO...
Escribo en el olvido
en cada fuego de la noche
cada rostro de ti.
Hay una piedra entonces
donde te acuesto mía,
ninguno la conoce,
he fundado pueblos en tu dulzura,
he sufrido esas cosas,
eres fuera de mí,
me perteneces extranjera.
LO QUE PASA
Yo te entregué mi sangre, mis sonidos,
mis manos, mi cabeza,
y lo que es más, mi soledad, la gran señora,
como un día de mayo dulcísimo de otoño,
y lo que es más aún, todo mi olvido
para que lo deshagas y dures en la noche,
en la tormenta, en la desgracia,
y más aún, te di mi muerte,
veré subir tu rostro entre el oleaje de las sombras,
y aún no puedo abarcarte, sigues creciendo
como un fuego,
y me destruyes, me construyes, eres oscura como la luz.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Abecedário de uma arte popular
Abecedário de uma arte popular
José Nêumanne
O ABC é uma modalidade do repente (poesia popular sertaneja) e do cordel, sendo basicamente usado para celebrar feitos e heróis do povo, que ouve os desafios de viola ou lê os folhetos com romances vendidos nas feiras livres do sertão. É uma prática ancestral de celebrar o heroísmo a partir de senhas, ou palavras-chave, por ordem alfabética, de A a Z. Bráulio Tavares, que conhece bem as formas literárias populares do Nordeste (assim como da ficção científica), recorreu a esse modo para fazer uma abordagem original do universo no qual se apóiam dramas e romances de seu conterrâneo Ariano Suassuna. No ano da comemoração dos 80 anos do escritor paraibano (nascido no Palácio do Governo, em 1927, ano em que seu pai, João Suassuna, era presidente da Província, que sempre lhe serviu de cenário, mesmo tendo o autor se mudado para Pernambuco, em cuja capital, Recife, foi estudar, quando sua mãe ainda morava em Taperoá), ABC de Ariano Suassuna se destaca exatamente por isso.
Leitor apaixonado da poesia e do romance e espectador privilegiado do teatro de Suassuna, o escritor de Campina Grande aproveita a celebração da efeméride para revolver, de forma competente e agradável, todo o universo mítico no qual o literato pessoense ergueu seu marco, para usar outra expressão familiar aos interessados na poética popular nordestina: Marco Marciano, por sinal, é o título da canção de Lenine e Bráulio que mistura a epopéia sideral com a saga sertaneja. Bráulio recorreu a um expediente interessante para facilitar a leitura do abecedário pelo leitor urbano, desacostumado à fórmula. O primeiro verbete é Acauã, nome da fazenda onde Ariano passou os primeiros anos de sua infância, com o pai ainda vivo. A fazenda, em Souza, no sertão paraibano, é histórica, pois por lá passou Frei Caneca em ferros a caminho do Recife, onde liderara malograda revolta republicana contra o Primeiro Império, e teve sua decadência registrada nas imagens de um clássico do documentário brasileiro, O País de São Saruê (título inspirado num folheto de cordel), dirigido por outro paraibano, Vladimir Carvalho.
Descrita no verbete João Grilo, seu protagonista, a obra-prima de Ariano Suassuna, a comédia teatral O Auto da Compadecida, é, como ele mesmo gosta de apregoar em suas engraçadíssimas aulas-espetáculo, a fusão de três folhetos de cordel, que leu na infância. O mais celebrado de sua prosa de ficção, A Pedra do Reino, do qual Luiz Fernando de Carvalho adaptou uma microssérie para a televisão, levada ao ar em junho passado, justamente quando se comemorava o aniversário do autor do romance, também se inspira (mais que isso, se molda) em formas da narrativa popular, seja cantada por violeiros e rabequistas, seja impressa nos folhetos dos poetas de bancada. O título da tese da professora Elizabeth Marinheiro sobre o romance - A Intertextualidade das Formas Simples - remete exatamente a essa questão: trata-se de um texto de ficção construído sobre a intertextualidade, só que não das citações eruditas, como o termo complicado pode insinuar, mas, sim, das formas literárias que falam diretamente ao goto, ao gosto e ao conhecimento do povo. A forma original que Bráulio encontrou para celebrar seu ídolo foi falar das fontes em que ele bebeu para construir a obra pela qual ele se tornou conhecido e festejado no Brasil inteiro na programação do veículo popular por excelência da arte, da cultura, do entretenimento e da informação. Ao dissecar as origens dos textos nos quais o celebrado autor se inspirou, o exegeta aproveitou para trazer a lume a extraordinária riqueza da produção literária dos sertões. É conhecida da academia - e até mesmo do público leitor em geral - a militância de Ariano pela conservação das formas da cultura popular, de origem marcadamente ibérica, mas misturada com tradições indígenas e africanas. Infelizmente, contudo, só se conhece a releitura que ele tem feito, primeiro no teatro e depois na prosa de ficção, das obras seminais dessa cultura, que pode ser sepultada pela urbanização, pela tecnologia e, sobretudo, pela globalização. Bráulio faz, neste sentido, um trabalho exemplar, ao escavar, como um arqueólogo e expor à luz do dia obras de extraordinário valor, recriadas pelo engenho e pela arte de um escritor fora de série, ao qual, aliás, o autor do abecedário sempre rendeu suas homenagens, a ponto de se tornar um especialista - para tanto convidado para participar da redação do roteiro original da microssérie para a televisão.
O último verbete foi reservado para Zélia, a bela mulher com quem o feioso dramaturgo se casou e sua paixão pela vida afora.
Seja na forma adaptada da modalidade de viola e cordel, seja na escolha das palavras para encimarem o capítulo, permitindo uma abordagem linear da vida, paixão e influências do autor-tema, Bráulio traça um painel completo de um universo rico, colorido e profícuo. Didático, mas sedutor, seu estilo introduz o leitor num universo ancestral, que se torna novo a seus olhos ávidos de informação.
José Nêumanne, jornalista e escritor, é editorialista do Jornal da Tarde
ABC de Ariano Suassuna, Bráulio Tavares, José Olympio, 238 págs., R$ 28,50
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
HERMILO BORBA FILHO
FALAR DE HERMILO BORBA FILHO
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FALAR DE HERMILO BORBA FILHO
FALAR DE HERMILO , SOBRE E SUA OBRA E AÇÕES É NOS DEBRUÇARMOS SOBRE UM INTELECTUAL RARO, DO BRASIL CONSTATANDO O SEU PODER INUSITADO COMO GESTOR E PRODUTOR CULTURAL QUE MUITAS VEZES, E QUASE SEMPRE, ESQUECIDO PELA MÍDIA EM GERAL E, MESMO, A PERNAMBUCANA.
HERMILO FOI UM HOMEM SÉRIO QUE NÃO SÓ ATUOU NO TEATRO,COM PASSAGENS POR ENCENAÇÕES MARCANTES EM RECIFE, NORDESTE EM GERAL, ASSIM COMO EM S PAULO, INCLUSIVE. TAMBÉM FOI EDITOR DA REVISTA VISÃO SP.
HERMILO DEU CONTRIBUIÇÕES INEFÁVEIS A LITERATURA, COM UAM OBRA FORTE,AO TEATRO,COM SUA PRODUÇÃO TEÓRICA E DRAMATÚRGICA,CONTRIBUIU COM O MUNDO EDITORIAL, LIVREIRO E DE REVISTAS, ASSIM COMO NA ÁREA DA MÚSICA.
PRECISAMOS REVER TODAS A S SUAS INTERVENÇÕES NO MUNDO DA CULTURA.
PAULO VASCONCELOS
EX-DIRETOR E FUNDADOR DA ESCOLA HERMILO BORBA FILHO -RECIFE PE; EX INTEGRANTE DO TEATRO HERMILO BORBA FILHO
EVELIN MONTEIRO CARVALHO- JORNALISTA E INTEGRANTE DO TEATRO HERMILO BORBA FILHO OLINDA PE Quarta- feira, 2 janeiro de 2008 edições anteriores
CADERNO 2
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Pensador original, renovou a cena artística no Recife
Hermilo fundiu identidade regional com o caráter universalista das vanguardas
Mariangela Alves de Lima
Estão quase sempre de acordo os historiadores da arte ao situar no fim dos anos 30 do século passado o marco inicial do modernismo teatral brasileiro. Até hoje faz-nos falta, contudo, um compêndio de intuito didático ligando os vários pontos geográficos em que o movimento teatral sincronizou-se e, inversamente, distinguindo as significativas diferenças regionais. No Estado de Pernambuco, uma hoste modernista numerosa e verdadeiramente genial - e aqui é preciso invocar a condescendência dos leitores para esse qualificativo anacrônico - começou no Recife uma renovação cultural, cujas irradiações ainda são sensíveis na linguagem da cena e no âmbito mais específico da dramaturgia televisiva. Hermilo Borba Filho (1917-1976) foi figura de proa da renovação artística da cena no Recife, mas foi também, além disso, autor de obras destinadas à difusão do conhecimento e pensador de um projeto estético onde se fundiram, de modo prático e teórico, a aparente dicotomia entre a identidade regional e a o ânimo universalista das vanguardas.
Em grande parte a gênese dessa síntese corporificada na ficção dramática está recontada em uma série de romances de formação enfeixada sob o título de Um Cavalheiro da Segunda Decadência. São livros de grande sucesso de estima que talvez ainda possam ser encontrados no Nordeste, mas que os leitores paulistanos amantes de literatura brasileira disputam a tapa nos sebos. Pode-se dizer o mesmo das preciosas contribuições historiográficas e ensaísticas em que o dramaturgo e o encenador abrem alas ao excelente (e nem por isso imparcial) professor. Para fundamentar sua prática como encenador e dramaturgo, para orientar os grupos e elencos com que trabalhou e, sobretudo, subsidiar a atividade didática informal e universitária, escreveu uma história do teatro tendo como perspectiva central a evolução do espetáculo.
Ângulo inovador entre nós nos anos 50 do século 20, uma vez que ainda estávamos em débito com a história da literatura dramática brasileira, a tese de Hermilo Borba Filho harmonizava as duas batidas pendulares da arte no seu Estado natal. Em Pernambuco, e também em outros Estados do Norte e Nordeste, os espetáculos populares, bem-sucedidos na medida em que seu público se renova há várias gerações, eram predominantemente cênicos e só 'literários' de modo secundário. Testemunhavam, portanto, o vigor da comunicação direta, da inteligência original do artista da cena, capaz de recriar e improvisar infinitamente as suas histórias. No contratempo dessa batida havia, e há ainda esse sintoma freqüente em culturas que preservam o fascínio pelo universo rural, um ímpeto metropolitano e universalista incitando à abertura para as novidades da vanguarda internacional.
Nas artes visuais, a contradição já estava resolvida havia duas décadas, mas, no teatro, a formulação aparece, primeiro insinuada e depois em diferentes graus de resolução, em uma seqüência de obras teóricas que se inicia com a História do Teatro, editada em 1950 pela Casa do Estudante do Brasil e ilustrada por Aloísio Magalhães, afina-se em Diálogos do Encenador, edição de 1964 pela Imprensa Universitária da Universidade do Recife e cristaliza-se nas páginas de Fisionomia e Espírito do Mamulengo. Este último título, publicado em 1966 na preciosa coleção Brasiliana, co-edição da Civilização Brasileira e da Edusp é, embora motivado pelo afeto localista, um trabalho exemplar de demonstração da plasticidade e do grau de abertura das formas espetaculares preservadas pela cultura iletrada.
Sem explicitar as referências às vanguardas européias que valorizaram a encenação e os atores situando-os em um patamar à altura da dramaturgia, o estudo dos mamulengos nordestinos destaca os procedimentos de composição da cena, as estruturas dramáticas, a vitalidade resultante da ênfase na potência icônica da personagem e, sobretudo, a independência de uma linguagem que se firma nas convenções puramente teatrais, sem ligar a mínima para a forma aparente do real. Esse 'realismo superior, porque poético' seria, na perspectiva do ensaio, um ponto de contato íntimo ou uma identificação metafísica entre o teatro contemporâneo e os espetáculos populares.
Porque estão, por circunstância de nascimento, livres da 'ilusão burguesa do teatro realista', as figuras e as tramas do mamulengo podem ser a fonte de inspiração para uma dramaturgia que vise o espetáculo antes da literatura. Móvel, abrigando-se em qualquer lugar onde haja público e misturando-se fisicamente a ele, mantendo uma relação dialógica que o obriga a atualizar-se, o diminuto teatro de mamulengo torna-se a antimetáfora da grandiosa cena italiana e do culto às obras-primas. É a articulação complexa e inteligente da arte popular, mais do que a preservação de uma arte arcaica, que interessa ao encenador e dramaturgo. E é o teórico sempre apaixonado pelo novo que conclui: 'Certos puristas do folclore abrem a boca escandalizados quando vêem, em qualquer divertimento popular, a intromissão de novos elementos. É uma besteira. Os artistas populares incorporam e absorvem qualquer fato novo que lhes fira a imaginação, sem que por isso abastardem sua arte. Vi, num mamulengo, uma figura de andarilho que carregava nas costas um saco - elemento próprio - e uma miniatura de garrafa de Coca-Cola.'
Para lembrar Hermilo Borba Filho
Parte da extensa obra do dramaturgo e teórico pernambucano chega ao público em novas edições
Beth Néspoli
Sem dúvida, entre intelectuais e gente de teatro, a importância do dramaturgo, escritor, diretor, professor e teórico Hermilo Borba Filho (1917-1976) é reconhecida em qualquer parte do Brasil. Porém, em Pernambuco, não só sua memória como sua obra se mantêm vivas e ao alcance de diferentes públicos. Ele foi o homenageado especial do 10º Festival Recife de Teatro Nacional e sua viúva, Leda Alves, subiu ao palco do Teatro Santa Isabel, em noite de abertura, para representá-lo.
No mesmo festival, que transcorreu entre os dias 7 e 19 de novembro e foi acompanhado pelo Estado, foi lançada oficialmente uma coletânea, em três volumes, com 12 peças do dramaturgo - Hermilo Borba Filho: Teatro Selecionado - em caprichada edição da Funarte, Fundação Nacional da Arte, ligada ao Ministério da Cultura. No palco, comovida, Leda Alves mostrou a condecoração da Ordem do Mérito Cultural, classe grã-cruz, homenagem póstuma ao homem de teatro por ela recebida na véspera das mãos do ministro da Cultura Gilberto Gil. 'Esta medalha pertence a todos nós. O teatro de Hermilo falava de sua gente, sua região, do Brasil.'
No saguão do Santa Isabel, teatro administrado por Leda Alves, é possível apreciar uma exposição com objetos pessoais, fotos do dramaturgo, antigas edições de suas obras ou de livros por ele traduzidos e imagens de sua região natal, a zona da mata do sul de Pernambuco, de onde pescou muitos dos tipos que iria retratar em contos realmente primorosos. Hermilo nasceu no Engenho Verde, município de Palmares. Em 1946, fundou com outros artistas e intelectuais, Ariano Suassuna entre eles, o Teatro do Estudante de Pernambuco. Atuou também em São Paulo, como diretor na companhia de Nydia Licia e Sérgio Cardoso, entre outras, e também escreveu para jornais como Última Hora e Correio Paulistano. Mas voltou para o Recife em 1958 e passou a exercer importante atividade intelectual na capital de seu Estado natal. Que parece jamais tê-lo esquecido.
Textos teóricos como Espetáculos Populares do Nordeste vêm sendo publicados pela Editora Massangana, da Fundação Joaquim Nabuco, e podem ser encontrados nas livrarias. Sem contar análises sobre sua obra, entre elas O Diálogo como Método: Cinco Reflexões sobre Hermilo Borba Filho, organizada por Lúcia Machado, que traz artigos de diferentes especialistas, editado pela Fundação de Cultura da Cidade do Recife. É possível comprar nas livrarias coletâneas de seus contos, como O Peixe, cuja linguagem tem pontuação e ritmo surpreendentes, e está publicado em Os Melhores Contos, Hermilo Borba Filho, também da Fundação Cultura.
Ainda na programação do festival, duas montagens foram criadas a partir de seus textos. Mucurana, o Peixe, espetáculo da Cia. Construtores de História dirigida por Carlos Carvalho, transpunha com as ferramentas do teatro épico o conto já citado. Em três sucintas páginas, o autor narra uma história de cruel exercício de poder, e também de poética resistência, entre o poderoso major e um pobre andarilho que ousa pescar um peixe em suas terras. O teatro épico é boa escolha para reproduzir o olhar crítico do autor e a trupe alcança esse objetivo em cenas como o almoço grotesco dos poderosos. Pena que o ritmo ralentado, pelo menos na sessão acompanhada pelo Estado, tenha impedido outra meta, a potencialização da contundência do embate desigual.
Uma das peças publicadas pela Funarte, O Bom Samaritano, também subiu ao palco no festival e, não por acaso, traz também um jogo entre opressor e oprimido. Escrita em 1965, em linguagem de cordel, conta a história de Manuel da Redenção, que foi colocado amarrado em praça pública como castigo exemplar. Dirigida por Samuel Santos - mesmo criador do ótimo espetáculo infantil O Amor do Galo pela Galinha d'Água -, a montagem nasceu dentro do projeto O Aprendiz em Cena, que une artistas iniciantes e consagrados. Iniciativa louvável, cujos resultados vão bem além da exibição de um espetáculo. Para quem não pode ir até Pernambuco conferir essa memória viva, vale ler a obra desse pensador, em grande parte reeditada graças ao apoio do poder público, é preciso reconhecer.
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