EBC
E SE FOSSE O INVERSO,HEM?
POR QUEE NÃO TE CALAS EUA?
EBC
E SE FOSSE O INVERSO,HEM?
POR QUEE NÃO TE CALAS EUA?
E AGORA?
Estamos enredados e sem perspectivas, a IA,fez um arrastão de falas,narrativas,embaralhou-as e agora SÃO OUTRAS NOTÍCIAS,ou teremos saída?
LEIAM E OBSERVEM UM CERCO FATAL AO QUAL ESTAMOS ASFIXIADOS
ABAIXO MATÉRIA DE OUTRAS PALAVRAS:
https://bit.ly/4mvXXBe
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Por meio de robôs, ela apropriam-se do conteúdo de sites de todo o mundo; deformam-no e o apresentam como seu. Prática está sufocando produtores de cultura e conhecimento. Regulação das corporações deve abordar este “embate invisível” que compromete a circulação de informações e ideias
“Cara, no meu site virou uma insanidade. A enxurrada de bots e crawlers de IA derruba o servidor e degrada a performance. Quando passo a bloquear, a audiência desaba: o Google ‘pune’ tirando o site das respostas automáticas de IA, que aparecem antes de qualquer busca, e reduzindo visibilidade no Discover e no Google News. Viramos reféns: pequenos e médios veículos alimentam modelos com o nosso conteúdo, sem remuneração nem transparência. Ou você se dobra, ou some da Internet. Todo mundo tenta diversificar tráfego fora do Google — mas é duro e caro.”
O depoimento anônimo que abre este texto não é um desabafo individual de um editor de um sítio brasileiro com quase três décadas de existência. Ele resume o drama de quase todas as pequenas e médias empresas jornalísticas do mundo. De forma isolada, elas estão lutando contra o arrastão de conteúdo na web com o advento da pesquisa online das plataformas de inteligência artificial promovida pelos robôs de busca criados pelas grandes empresas do setor.
Este testemunho foi uma reação quando enviei a um amigo os dados constantes deste artigo de Ignacio de Gregorio[1]. Ele parte da teoria da internet morta[2] para argumentar que a web aberta está sendo “sufocada” por mecanismos de resposta de IA e por uma avalanche de crawlers/agents, que transformam o ciclo clássico “busca > clique > visita” num “answer engine” sem qualquer retorno ao editor. Gregorio reúne evidências que mostram que mais da metade do tráfego já é automatizado enquanto editores arcam com custo de banda e perdem visibilidade em produtos originais. (Medium, learn.fastly.com, The Cloudflare Blog).
Os dados destacados no texto falam por si:
Esta situação é agravada pelo que o autor chama de rearrumação do poder na web: answer engines e agentes de IA passaram a intermediar a leitura e a monetização, reduzindo o papel dos navegadores e da busca tradicional. Ele cita medidas técnicas e de mercado em discussão — bloqueio de bots de IA, licenças pagas por crawl (HTTP 402/”pay-per-crawl”), acordos editor-IA e métricas para separar agentes “benéficos” dos abusivos — mas ressalta que, sem modelo de compensação e limites à extração de dados, o ecossistema de jornais e pequenos sítios tende a ficar refém de plataformas de IA com incentivos para reter a audiência dentro das respostas. (The Cloudflare Blog, TechRadar)
Uma maneira de reduzir esta assimetria de relação, sugere Gregorio, seria criar uma camada de identidade para a web que diferencie claramente pessoas de agentes/bots de IA. A proposta combinaria autodeclaração padronizada obrigatória para os usuários artificiais e prova criptográfica anexada a cada requisição para evitar spoofing e um registro público/reputacional de agentes que permita políticas default-deny a tráfego não identificado. Com isso, os sítios poderiam detectar e gerir crawling/scraping (rate limits, bloqueios ou licenças) com previsibilidade e auditoria. Em síntese: robôs teriam que comprovar que não são humanos e não contrário.
Uma importante reação e busca de saída a esta sanha predatória está vindo de ninguém menos que o CEO da Cloudflare, Matthew Prince. Responsável pela intermediação de 20% do tráfego global da web, o executivo diz ter uma receita para salvar a internet dos techoligarcas de IA. Prince vem mudando a economia do “raspador grátis” para seus clientes com um modelo pay-per-crawl que force as Big Techs e Big Startups a licenciar e pagar por acesso a conteúdo. Segundo Prince, a ascensão dos answer engines matou o ciclo histórico “crawler > clique > receita”. Agora o usuário recebe a resposta direta e não retorna às fontes, enquanto os crawlers multiplicam custo de banda nos sítios. A empresa diz ter alavanca para bloquear robôs de IA em escala e levar os atores à mesa de negociação.
Como meu amigo sintetizou lá no início, Prince confirma que o Google teria poder para destravar pagamentos generalizados (por causa do domínio em busca e dos casos antitruste), mas a Cloudflare pode acelerar o movimento com bloqueios coordenados e ofertas exclusivas de conteúdo para answer engines, à la Netflix e Spotify. Na entrevista[3], o executivo aponta dados sobre o abismo crawl-to-click e descreve três futuros: colapso dos sítios; oligopólios de IA integrando jornalistas; ou um mercado licenciado de conteúdo para IA. A tese da Cloudflare é bastante lógica: sem pagamento pelo conteúdo e com aumento dos custos de conexão, o modelo que financia o jornalismo e a web aberta implodirá.
No blog da empresa[4], desde julho do ano passado, já há até propostas concretas para o serviço de bloqueio dos robôs. A Cloudflare lançou um botão “block all AI bots” (inclusive no plano gratuito) que ativa, com um clique, listas geridas pela companhia para barrar scrapers/crawlers de IA. A função surgiu porque muitos bots ignoram robots.txt e sobrecarregam sites — sobretudo os de conteúdo. No último ano, a empresa afirma que mais de 1 milhão de domínios ativaram o bloqueio.[5]
A partir de 2025, a Cloudflare passou a ofertar também a versão beta de seu AI Crawl Control / Pay-Per-Crawl com respostas HTTP 402 (“Payment Required”) e controles para bloquear, permitir ou cobrar por acesso de crawlers — tentativa de reverter o modelo de “almoço grátis” e criar mercado de licenças para IA. A narrativa oficial de devolver controle e receita a criadores e editores é contraposta porque críticos que lembram que contornar bloqueios ainda é uma disputa técnica em curso.
Esta morte potencial não se trata de um problema restrito ao jornalismo. E deveria preocupar a todos os criadores que disponibilizam conteúdos na Internet. No momento, a maioria está concentrada na importante queda-de-braço sobre direitos autorais. Mas aqueles escritores, fotógrafos, jornalistas, músicos e produtores audiovisuais que dependem da publicidade digital e dos cliques para seus sítios a fim de ampliarem sua remuneração também precisariam colocar uma lupa sobre esta relação. Manifestar-se e dar transparência sobre esta realidade é um primeiro passo para chamar atenção para os riscos envolvidos.
E os legisladores, em tempo de regulamentação de IA no Brasil, deveriam ficar atentos para irem além da proteção de direitos em seus textos em debate. Disciplinar este embate quase invisível, que pode matar a internet, é tão importante quanto debater os vieses dos modelos e outros temas importantes criados pela nova tecnologia. Porque talvez a morte anunciada pela teoria não ocorra, mas a existência de uma Internet artificial poderá ser tão nociva quanto seu desaparecimento.
Notas:
Os web crawlers estão longe de ser novidade. Em 1993, surgiu o World Wide Web Wanderer, e, pouco depois, mecanismos como JumpStation e WebCrawler figuraram entre os primeiros a combinar crawling com indexadores. Esses robôs tornaram-se parte da pesquisa, um dos pilares do sucesso da internet. Sua função histórica é varrer e indexar o conteúdo de sites em toda a rede para que apareçam nos resultados dos mecanismos de busca e conduzam os usuários às páginas mais relevantes.
Referências:
[1] https://medium.com/@ignacio.de.gregorio.noblejas/is-ai-slowly-killing-the-internet-the-dead-internet-theory-f89a5d6326b8
[2] Ideia nascida em 2021 de que a web “morreu” como espaço humano e vem sendo tomada por conteúdo e tráfego automatizados — bots, fazendas de engajamento e, mais recentemente, textos/imagens de IA — enquanto motores de “resposta direta” substituem o clique para o site original. O resultado seria degradação da qualidade, opacidade algorítmica e asfixia de pequenos editores e criadores. Por mais controversa que seja, a teoria capturou muito bem tendências reais de automação e intermediação de conteúdo.
[3] https://crazystupidtech.com/2025/08/30/cloudflares-ceo-wants-to-save-the-web-from-ais-oligarchs-heres-why-his-plan-isnt-crazy/ “Cloudflare’s Matthew Prince has a plan to get Google and the AI oliigarchs to pay for your content even though many are used to getting it for free. He might have enough leverage to make them. “
[4] https://blog.cloudflare.com/introducing-pay-per-crawl/?utm_source=chatgpt.com “Enabling content owners to charge AI crawlers for access”
https://developers.cloudflare.com/changelog/2025-07-01-pay-per-crawl/?utm_source=chatgpt.com “Introducing Pay Per Crawl (private beta) · Changelog”
https://www.cloudflare.com/press-releases/2025/cloudflare-just-changed-how-ai-crawlers-scrape-the-internet-at-large/?utm_source=chatgpt.com “Cloudflare Just Changed How AI Crawlers Scrape …”
[5] https://blog.cloudflare.com/declaring-your-aindependence-block-ai-bots-scrapers-and-crawlers-with-a-single-click/?utm_source=chatgpt.com “Declare your AIndependence: block AI bots, scrapers and …”
https://www.cloudflare.com/press-releases/2024/cloudflare-helps-content-creators-regain-control-of-content-from-ai/?utm_source=chatgpt.com “Cloudflare Helps Content Creators Regain Control of their …”
https://arstechnica.com/tech-policy/2024/09/cloudflare-lets-sites-block-ai-crawlers-with-one-click/?utm_source=chatgpt.com “Cloudflare moves to end free, endless AI scraping with one …”
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Este era um mestre multifacetado na música, a música era ele por inteiro,era sua religião como assim dizia.
Hermeto desde criança fazia música,tirava som de latas, terra, água , garfo , faca e de dentro de si.
Acompanhou grandes músicos, nacionais e internacionais, seria impossível enmerar aqui.
Elis foi uma das que ele acompanhou e se afinou perfeitamente,eles eram a música.Sabiam do idioma musical, ela por sua vez tirava da goela como ele sons e assimilava os regionalismo musicais do nosso grande Brasil.
Seus discos são raridades,ele trouxe para a música nacional os sons iinventivos do Nordeste ,onde só lá eles se fazem, mesmo diante da precariedade, mas é esta precariedade que levou-o a testar ,pesquisar sons.Esta é a diiferença.
ABAIXO MATÉRIA DO ICL http://bit.ly/4n6HZ1s
Hermeto deixa um buraco ENORME, que jamais será preenchido, jamais, foi um dos maiores poetas da música do mundo, ele sabia pensar a música e realiza-la.
Um dos músicos mais originais do planeta, o multi-instrumentista e compositor Hermeto Pascoal morreu na noite deste sábado (13), aos 89 anos. Ele estava internado desde 30 de agosto no Hospital Samaritano Barra, no Rio de Janeiro, para tratar complicações decorrentes de fibrose pulmonar.
Hermeto deixa seis filhos, 13 netos e dez bisnetos. A notícia foi confirmada em sua conta oficial no Instagram, onde a família comunicou que o músico “fez sua passagem para o plano espiritual, cercado por familiares e companheiros de música”.
A publicação destacou ainda que, no momento de sua partida, seu grupo se apresentava no palco, “como ele gostaria: fazendo som e música”. O texto conclui com um convite: “Como ele sempre nos ensinou, não deixemos a tristeza tomar conta. Escutemos o vento, o canto dos pássaros, o copo d’água, a cachoeira. A música universal segue viva”.
Em nota, o Hospital Samaritano Barra explicou que o artista foi internado para tratar complicações respiratórias de um quadro avançado de fibrose pulmonar. Apesar do suporte médico, seu estado se agravou nas últimas horas, evoluindo para falência múltipla dos órgãos.
Hermeto Pascoal
Nascido em Lagoa da Canoa (AL), em 1936, Hermeto se destacou como compositor, arranjador e instrumentista, dominando instrumentos como acordeão, flauta, saxofone e piano. Ficou conhecido como “Bruxo”, apelido inspirado em sua habilidade de transformar qualquer som – de objetos comuns a ruídos inesperados – em música.
Fundador do Quarteto Novo, colaborou com grandes nomes do jazz, incluindo Miles Davis. Sua obra é estimada em milhares de composições, refletindo uma criatividade inesgotável. Reconhecido internacionalmente, conquistou prêmios como o Grammy e foi homenageado com nomes de espécies botânicas.
Hermeto venceu três vezes o Grammy Latino e recebeu títulos de doutor honoris causa da Juilliard School, da Universidade Federal da Paraíba e da Universidade Federal de Alagoas.
Em maio de 2023, ao receber a mais alta honraria da Juilliard School, em Nova Iorque, foi apresentado pelo lendário Miles Davis, que o descreveu como “o músico mais impressionante do mundo”. Na mesma ocasião, Wynton Marsalis destacou sua originalidade: “Um artista que mescla instrumentos clássicos, mas também tira som de xícaras de chá, de objetos não reconhecidos, de tudo o que tocasse sua imaginação”.
Angela Ro Ro was a powerhouse of Brazilian music—known for her raw emotion, blues-infused MPB style, and unapologetic authenticity. She passed away on September 8, 2025, at age 75, leaving behind a legacy of iconic songs like "Amor, Meu Grande Amor" and "Gota de Sangue". Her voice, often described as haunting and soulful, became a symbol of emotional truth in Brazilian songwriting. POR IA
ABAIXO BRASIL 247
247 - Em "Amor, Meu Grande Amor", Frejat interpreta a canção de Angela Ro Ro, falecida nesta segunda-feira (8), que valoriza a espontaneidade e a autenticidade nos relacionamentos.
Hospitalizada desde junho, com quadro de infecção pulmonar, a artista não resistiu ao agravamento da doença.
Angela Ro Ro completaria 76 anos em dezembro. Ela deixa mais de uma centena de gravações em 14 discos próprios, além de participações em coletâneas especiais.
A carreira de artista iniciou na primeira metade da década de 1970, quando morou na Inglaterra, chegando a cantar em pubs e a participar de uma faixa do LP Transa, de Caetano Veloso, tocando gaita. De volta ao Brasil, participou em 1974 do Festival de Rock de Saquarema (RJ), onde também se apresentou Rita Lee.
O primeiro disco solo foi lançado em 1979 e fez sucesso com "Amor, Meu Grande Amor", dela em parceria com Ana Terra. Relembre a interpretação: