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sábado, 23 de novembro de 2019

A tela que você usa para ler este texto tem a ver com o golpe na Bolívia


Apoiador do presidente Evo Morales diante de policiais durante manifestação em Cochabamba, no dia 18 de novembro de 2019 / Foto: Ronaldo Schemidt/AFP







Resultado de imagem para Vijay Prashad
Vijay Prashad . Flickr/Google

Vijay Prashad é um intelectual indiano, historiador , jornalista jovem, 1967 , Kolkata -India, com cerca de 25 obras, sempre de inspiração marxista.Parte de sua formação é americana , lá nos EUA exerce alguns cargos na sua área.O Artigo que Brasil de Fato nos oferta é um retrato das profundezas intimas do golpe boliviano.Aponta Prashad que os olhos do mundo sobre a Bolívia é em  seu poder em mineração, em especial ao índio, "componente da tela de LCD é o índio (do latim indicum), um elemento metálico raro processado a partir de zinco concentrado", isto determinou um dos flancos ao golpe,destaque-se o Canadá via Barrick, empresa canadense, junto aos interesses americanos, melhor dizendo, coligada as EUA Este é um dos flancos entre muitos e que foi tramado pela OEA.Não à toa ocorre a entrada dos militares na A Latina em países como, além da Bolívia,Chile.Equador,Colômbia, Brasil e quiçá o Uruguai no próximo domingo.Bom o tema é amplo e o artigo toma um dos focos dele -o econômico. Vamos ao artigo pois lá teremos uma sequência que melhor decompõe o golpe, os fatos.Paulo Vasconcelos

Prestigie Brasil de Fato  

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Artigo | O golpe na Bolívia tem a ver com a tela que você usa para ler este texto  (http://bit.ly/2XEvijj)

Historiador indiano Vijay Prashad analisa os interesses econômicos por trás do golpe de Estado contra Evo Morales



Read in English | Brasil de Fato
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Quando você olha para a tela do seu computador, do seu celular ou de sua televisão, você está olhando para uma tela feita de cristal líquido (LCD). Um importante componente da tela de LCD é o índio (do latim indicum), um elemento metálico raro processado a partir de zinco concentrado.
As duas maiores fontes de índio podem ser encontradas no leste do Canadá (Mount Pleasant) e na Bolívia (Malku Khota). Os depósitos do Canadá têm o potencial de produzir 38,5 toneladas de índio por ano, enquanto as minas consideráveis da Bolívia são capazes de produzir 80 toneladas anualmente.
A empresa canadense South American Silver Corporation – agora chamada TriMetals Mining – havia assinado um contrato de concessão para explorar e, posteriormente, minerar o Malku Khota. Os trabalhos começaram em 2003, dois anos antes de Evo Morales e o Movimento ao Socialismo (MAS) ganharem sua primeira eleição na Bolívia. A South American Silver conduziu diversos estudos na região, e todos encontraram depósitos substanciais que fariam dessa empresa canadense uma das maiores na indústria de mineração.
Um estudo conduzido por Allan Armitage e outros da South American Silver, entregue à companhia em 2011, mostrou que a mina de Malku Khota produziria grandes quantidades de prata, índio, chumbo, zinco, cobre e gálio. “O índio e o gálio”, dizia o estudo, “são considerados metais estratégicos, que dão ao projeto futuros potenciais positivos”. O gálio é usado em termômetros e barômetros, bem como em testes da indústria farmacêutica. O nível de riqueza que esses minerais podem representar é equivalente ao tesouro guardado no Fort Knox dos Estados Unidos.
Nacionalismo de recursos
Evo Morales venceu a eleição presidencial em 2006 com a promessa de um novo dia para a Bolívia. A chave de sua agenda era controlar os recursos do país e usá-los para melhorar a qualidade de vida das populações empobrecidas da Bolívia. Uma das grandes tragédias da Bolívia é que, desde meados do século 16, as populações indígenas tiveram que trabalhar para remover riquezas preciosas de suas terras e enviá-las para enriquecer as pessoas da Europa e, mais tarde, da América do Norte. Eles não se beneficiaram dessas riquezas.
Milhões morreram nas minas de Potosí para arrancar a prata e, mais tarde, o estanho, do solo. Para os povos indígenas que moram perto e na própria montanha, tudo está de cabeça para baixo – uma das mais lucrativas é conhecida como Cerro Rico (Morro Rico), enquanto, em espanhol, há uma frase que brinca com a ideia de que riqueza é equivalente a Potosí (vale un Potosí). A mensagem de Morales durante sua campanha foi enquadrada em torno do conceito de nacionalismo de recursos – usar nossos recursos para melhorar a vida daqueles que são privados de recursos e vida digna.
Primeiro, Morales foi atrás da indústria de petróleo e gás. É importante lembrar que seu oponente na eleição deste ano – Carlos Mesa – era o presidente pouco antes de Morales vencer a eleição em dezembro de 2005. Mesa chegou ao poder quando seu antecessor, Sánchez de Lozada, renunciou em meio à desgraça pelas manifestações em massa em 2003, quando os bolivianos exigiram mais controle sobre suas reservas de gás (a repressão estatal foi severa, com pelo menos 70 pessoas mortas nas manifestações). Em maio de 2006, pouco mais de três meses depois de assumir o cargo de presidente, Morales anunciou que a indústria de petróleo e gás havia sido nacionalizada. É importante lembrar que seu índice de aprovação estava bem acima de 80%.
A nacionalização não foi fácil, uma vez que o governo boliviano não podia desapropriar ativos, mas apenas aumentar impostos e renegociar contratos. Mesmo aqui, o governo enfrentou problemas, pois carecia de capacidade técnica para entender o setor opaco da energia. Além disso, o problema com o setor de energia é que mesmo petróleo e gás nacionalizados devem ser vendidos para as empresas transnacionais que os processam e comercializam – eles permanecem no controle da cadeia de valor. O que o governo de Morales conseguiu fazer foi garantir que o Estado controlasse 51% de todas as empresas privadas de energia que operavam na Bolívia, o que permitiu que os cofres do Estado se enchessem rapidamente. Foi esse dinheiro que foi investido para combater a pobreza, a fome e o analfabetismo.
Vingança das empresas de mineração
O Fraser Institute do Canadá – um think tank libertário fortemente financiado pelo setor de energia e mineração – publica uma pesquisa anual sobre empresas de mineração. Essa pesquisa é realizada perguntando aos executivos do setor suas opiniões sobre uma série de questões. O levantamento de 2007-2008 apontou que a Bolívia era o segundo pior país para se investir; o pior foi o Equador. Em 2010, o Índice de Facilidade para Fazer Negócios do Banco Mundial classificou a Bolívia na posição 161, de 183 países. Os diretores das empresas de mineração – de Peter Munk, da Barrick, a Antonio Brufau, da Repsol – fizeram comentários depreciativos sobre o programa de nacionalização. “Se a Bolívia continuar nesse caminho”, um banqueiro de Wall Street me disse na época, “essas empresas vão fazer questão de manter o gás natural boliviano no subsolo”. A Bolívia poderia ser embargada; Morales poderia ser assassinado.
Havia pressão diária sobre o governo do MAS, que iniciou um processo para escrever uma nova Constituição que protegesse a natureza e insistisse no uso da riqueza de recursos pelo povo. Havia uma contradição imediata aqui: se o governo do MAS desfizesse séculos de privações, teria que minerar a terra para produzir a riqueza. Uma escolha trágica aconteceu com o governo – ele não podia conservar a natureza e transformar as condições miseráveis da vida cotidiana mantendo igual nível de cautela. Ao mesmo tempo, para levar seus minerais e energia ao mercado, precisou continuar negociando com essas empresas transnacionais; nenhuma alternativa imediata estava presente.
Nacionalização
Apesar das restrições, o governo do MAS continuou a nacionalizar recursos e insistir em que as empresas estatais fossem parceiras na extração de recursos. As empresas transnacionais imediatamente levaram a Bolívia ao Centro Internacional para Solução de Controvérsias sobre Investimentos (ICSID), parte do sistema do Banco Mundial. O ICSID, formado em 1966, tem sede em Washington e compartilha uma perspectiva de negócios que espelha a do Departamento do Tesouro dos EUA.
Em 29 de abril de 2007, os líderes da Bolívia (Evo Morales), Cuba (Carlos Lage), Nicarágua (Daniel Ortega) e Venezuela (Hugo Chávez) assinaram uma declaração para criar uma alternativa ao sistema governo-investidor institucionalizado no ICSID. A Bolívia e o Equador se retiraram formalmente desse sistema dominado pelos EUA, enquanto a Suprema Corte da Venezuela declarou que ele não tinha o poder de intervir nos assuntos soberanos da Venezuela.
Em 10 de julho de 2012, o governo de Morales nacionalizou a propriedade Malku Khota da South American Silver. O CEO da empresa, Greg Johnson, disse que ficou “muito chocado” com a decisão. As ações da South American Silver caíram imediatamente; estavam sendo negociadas a US$ 1,02 em 6 de julho e caíram para US$ 0,37 em 11 de julho.
O estímulo imediato à nacionalização foi o protesto em torno da mina por garimpeiros indígenas que não queriam que esse megaprojeto abalasse seu sustento. A empresa gastou muito dinheiro para convencer 43 das 46 comunidades vizinhas a aceitar a mina, mas não conseguiu convencer os garimpeiros. “Nacionalização é nossa obrigação”, disse Morales.
Todo esse índio não chegaria em quantidades significativas às fábricas para produzir LCDs para aparelhos de televisão, monitores de computador e telefones celulares.
A South American Silver levou o governo boliviano ao Tribunal Permanente de Arbitragem, em Haia. Em novembro do ano passado, a corte determinou que a Bolívia pagasse US$ 27,7 milhões à empresa, em vez dos US$ 385,7 milhões exigidos pela TriMetals (o novo nome da South American Silver).
Golpe
Em julho de 2007, o embaixador dos EUA, Philip Goldberg, enviou um telegrama a Washington, onde destacou que as mineradoras dos EUA haviam procurado sua embaixada para perguntar sobre o clima de investimento na Bolívia. Goldberg achava que a situação das empresas de mineração não era boa. Perguntado se ele poderia organizar uma reunião com o vice-presidente Álvaro García Linera, ele afirmou: “Infelizmente, sem dinamite nas ruas, é incerto se a embaixada ou as empresas de mineração internacionais conseguirão atingir esse objetivo mínimo”.
“Sem dinamite nas ruas” é uma frase sobre a qual vale a pena refletir. Um ano depois, Morales expulsou Goldberg da Bolívia, acusando-o de ajudar os protestos na cidade de Santa Cruz. Pouco mais de uma década depois, foi a “dinamite” que tirou Morales do poder.
O nacionalismo de recursos não está mais na pauta da Bolívia. O destino de Malku Khota é desconhecido. O destino da sua tela está garantido – ela será substituída pelo índio dos depósitos de Huari Huari e Potosí. E os benefícios dessa venda não serão para melhorar o bem-estar da população indígena da Bolívia. Eles enriquecerão as empresas transnacionais e a antiga oligarquia do país.
Edição: Revista Opera | Tradução de Pedro Marin para a Revista Opera

180 Anos de Machado de Assis" (01/08/2019)

"El litio jugó un factor importante en el golpe... Evo Morales a Correa:.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

TRUMP,TRAMPA,TRAMA, PENTENCOSTAIS ...QUID PRO QUO

DAILY SOUND FURY





A Aliança entre estes fonemas ou expressões envolvem os estados traficantes de poder e capital.
São grandes cartéis de estados como verdadeiros narcotraficantes monetários- os grandes bancos,empresas etc.
Imaginem  quem pode estar nesta roda globalizada?
A dica foi dada EUA e os outros aliados?
As elites mundiais - Soros, Rothschild só?
Ou entra GOOGLE,FACEBOOK,? COMO?
A TRAMPA é grande e entra os escravos,aliados menores de A. Latina,Caribe,Antilhas,Asia ,África,ORIENTE MÉDIO e faz o grande QUID PRO QUO SALAD TRUMP NARCO?
E os meios de comunicação que alimentam o narcotráfico do discursos destes?
A lei o direito ainda existem? São decorrente do estado narco do quid pro quo?
Quem ousa decifrar :TRAMPA,TRAMA PENTENCOSTAIS ...QUID PRO QUO?
E como ficam Rússia, China, Irã?
OS sintomas são na A.Latina: CHILE,COLÔMBIA,PERU. EQUADOR. BOLÍVIA...AH! BRASIL?
DECIFREM OU TERMINAMOS DE SER DEVORADOS POR QUID E DEPOIS, PRO E FINALMENTE QUO!


Cecília Meireles -O batuque da poesia -Folha de SP

Desenho de Cecília Meireles



A Folha de SP, por L.Antonio Simas ,nos brinda com uma matéria que relembra a grande poeta, por vezes esquecida.Cecília Meireles Mulher múltipla nas linguagens, viajou o mundo ,mas enterneceu-se com a diversidade do seu país.
Cecília Meireles (1901-1964) poeta, professora, jornalista e pintora brasileira. Com mais de 50 obras publicadas. (ebiografia)

Cecília Meireles -foto por ebiografia 


Em uma conferência no início dos anos 1930, Cecília Meireles retratou o legado africano na vida cotidiana do Rio de Janeiro

http://bit.ly/2D7JSqm Leia mais na Folha
01nov2019 01h32
Meireles, CecíliaBatuque, samba e macumba: estudos de gesto e de ritmo 1926-1934
Global • 112 pp • R$ 59,90
Batuque, samba e macumba, o livro de Cecília Meireles relançado pela Global, é de certa maneira tributário de um dado da biografia da artista: Cecília nasceu no bairro carioca do Rio Comprido, em 1901, e mudou-se ainda criança para Estácio de Sá, onde cresceu e estudou. A região é marcada no Rio por ter sido berço de um tipo peculiar de samba e pela quantidade de terreiros de umbanda e omolocô, a chamada “macumba carioca”, que espalhavam a sonoridade de seus tambores pelas esquinas e ladeiras que levavam ao Morro de São Carlos.
O Brasil republicano das primeiras décadas do século 20 — refiro-me aos donos do poder e aos intelectuais — parecia não saber o que fazer com a presença dos descendentes de africanos escravizados e a fortíssima presença das culturas oriundas da diáspora na nossa formação. Havia certo consenso de que a solução para o problema da identidade nacional brasileira passava pelo branqueamento.
Um intelectual respeitado naqueles tempos foi Oliveira Vianna, sabichão que escreveu Evolução do povo brasileiro em 1923. Segundo ele, a chance do Brasil era a nação embranquecida: a imigração europeia, a fecundidade dos brancos, maior do que a das raças inferiores (negros e índios), e a preponderância de cruzamentos felizes, nos quais os filhos de casais mistos herdariam as características superiores do pai ou da mãe branca, garantiriam ao país um futuro brilhante e branquelo.
Enquanto eugenistas como Oliveira Vianna vociferavam e clamavam pela redenção do Brasil pela Europa, o Rio de Janeiro fervilhava em sonoridades, cheiros, temperos, vestimentas, formas de celebrar a vida e louvar os mortos derivadas das encruzilhadas em que as Áfricas plurais se encontraram do lado de cá do Atlântico.
São essas africanidades cariocas que, para desespero dos eugenistas, Cecília busca retratar em uma série de desenhos e na conferência “Batuque, samba e macumba”, no início da década de 1930. Fazendo uso de lápis de cera, aquarela, carvão e nanquim, ela pinta a presença das baianas no cotidiano carioca, com suas batas engomadas, colares, pulseiras, panos das costas, sandálias, turbantes e figas de guiné.
Retrata também os bambas batuqueiros, ritmistas dos ranchos, blocos e cordões carnavalescos; valentões das rodas de pernada da praça Onze, herdeiros das antigas maltas de capoeiragem dos tempos do Império. O carnaval popular, muitas vezes reprimido pelos agentes da força pública, aparece em Cecília com as marcas do folguedo e da cordialidade. No texto que ilustra o carnaval dos bambas, a autora chega a falar em uma índole boa e conciliadora dos negros, que se provocavam nas danças de umbigada sem que, todavia, ninguém caísse.
Finalmente, a última parte do trabalho procura retratar a macumba. A expressão, popularíssima no Rio à época, servia para designar uma série de ritos afro-brasileiros, dos candomblés que cultuavam orixás aos terreiros de umbanda que louvavam caboclos, pretos velhos, crianças e exus. Na mesma época, a expressão “macumba” chegava com força à nascente indústria fonográfica brasileira. Em outubro de 1930, para ficar em apenas alguns exemplos, Elói Antero Dias (o Mano Elói) e Getúlio Marinho (o “Amor” do Estácio) gravaram, acompanhados pelo Conjunto Africano, a faixa “Macumba (Ponto de Ogum)”.  

O olhar curioso e amoroso de Cecília soa como um grito em defesa da liberdade de culto

Com certa ingenuidade, Cecília acaba reproduzindo nos textos que acompanham os desenhos algumas visões sobre o complexo religioso afro-brasileiro um tanto marcadas pelo binarismo da percepção de mundo judaico-cristã. Faz isso, por exemplo, quando divide a macumba entre o canjerê (culto de origem banto baseado na invocação dos ancestrais) e o candomblé, considerando que a diferença entre eles é que um trabalha para o bem e outro para o mal. Apresenta ainda uma visão um tanto mecânica do sincretismo entre entidades africanas e santos católicos, desconsiderando as complexidades do processo que amalgamou orixás e santos cristãos na diáspora, e retrata Exu e Oxalá a partir da dualidade entre o diabo e deus, coisa que sabemos impertinente na cosmogonia dos iorubás.
A despeito dessas questões, salta do belíssimo trabalho de Cecília Meireles o desejo de resolver o problema brasileiro a partir do recorte da cultura. Se a história do Brasil é marcada pelo signo da tragédia, a cultura resultante disso seria capaz de nos redimir. A poeta busca valorizar amorosamente o legado africano na nossa formação, ainda que resvalando em uma visão que não consegue, muitas vezes, superar percepções folclorizantes e pitorescas desse legado, sobretudo quando aborda o complexo religioso que dele deriva. 
Feita a observação, é necessário reconhecer o inestimável valor da reedição de Batuque, samba e macumba. Pelo olhar, traço e pena de Cecília passeiam pembas, guias, atabaques, assentamentos, vestimentas de entidades, transes, passos de samba, chocalhos, ganzás, coroas de orixás. Num momento em que terreiros eram constantemente invadidos e objetos sagrados eram apreendidos pela polícia, o olhar curioso e amoroso de Cecília soa como um grito em defesa da liberdade de culto. Nos dias de hoje, quando novamente centenas de terreiros são vítimas do terrorismo religioso e do racismo, é esse mesmo grito que precisa ecoar.
Por fim, confesso especial predileção pelo trecho em que Cecília aponta o terreiro como o local para as cerimônias das macumbas, a não ser quando há uma consulta dos brancos aos orixás nos “palacetes da Zona Sul” do Rio. A menina Cecília, crescida no pé do Morro de São Carlos, bem distante desses palacetes da Zona Sul, matou a charada sobre certa elite brasileira: mesmo quando aparentemente pretende integrar, a turma do palacete não consegue deixar de olhar o mundo a partir do alpendre de uma casa-grande fascinada e amedrontada com os sons que saíram das senzalas para nos civilizar.

Whipala Somos: Hablaremos de la Whipala y su significado


A bandeira Whipala não só representa a Bolívia,mas todos originários da terra Latina,Caribe e Antilhas inteire-se do seu significado, divulgue.Veja o significado de suas cores.O golpe da Bolívia atinge a todos do mundo e em especial a nós do Brasil.Tupi-guarany.Somos Whipala!

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

URGENTE BOLÍVIA MASACRE SOS TO WORLD








SOU ESQUERDOPATA, OUÇAM ,Minha mente faz dinheiro, mas dinheiro não faz minha mente VEJAM VÍDEO


Bolivia: al menos 9 muertos por represión policial en Senkata

"O Livro e Suas Perspectivas"

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Toda consciência negra é necessária enquanto a consciência Humana for racista

Zumbi maior líder negro das américas



Zumbi, também conhecido como Zumbi dos Palmares, foi um líder quilombola brasileiro, o último dos líderes do Quilombo dos Palmares, o maior dos quilombos do período colonial. Zumbi nasceu na então Capitania de Pernambuco, em região hoje pertencente ao município de União dos Palmares, no estado de Alagoas. Wikipédia
Assassinado por traição pelos covardes milicianos   Bandeirantes paulistas.O quilombo dos Palmares do qual  foi chefe,líder militar resistiu anos, tinha policultura enquanto o resto B|rasil era monocultor. Lutou até a morte pela liberdade dos negros, por nós todos, morenos , criolos, caboclos.
Quilombo dos Palmares existiu por quase  de um século, de 1590 até 1694.Sempre unidos estratégicos-eram peritos em estratégias bélicas.A localização do Quilombo,na serra da Barriga era proposital por ser íngreme para seu acesso.Foi uma Atenas brasileira. 




Zumbi -Ganga Zumba Edu Lobo


É Zambi na noite, ei, ei é Zambi
É Zambi, tui, tui, tui, tui, é Zambi
É Zambi no açoite, ei, ei, é Zambi
É Zambi, tui, tui, tui, tui, é Zambi
Chega de sofrer,eh!

Zambi gritou
Sangue a correr
É a mesma cor
É o mesmo Deus
E a mesma dor
É Zambi se armando, ei, ei é Zambi
É Zambi, tui, tui, tui, tui, é Zambi
É Zambi lutando, ei, ei, é Zambi
E Zambi, tui, tui, tui, tui, é Zumbi

Chega de viver Na escravidão
É o mesmo céu
O mesmo chão
O mesmo amor
Mesma paixão

Ganga-Zumba eh, ie,ie vai fugir
Vai lutar tui, tui, tui, tui, com Zumbi
E Zumbi gritou ei, eh, meu irmão
Mesmo céu, tui, tui, tui, tui, mesmo chão

Vem filho meu, meu capitão
Ganga-Zumba liberdade, liberdade
Ganga-Zumba vem meu irmão
Ê Zambi lutando, é lutador
Faca cortando, talho sem dor
É o mesmo sangue
E a mesma dor

É Zambi morrendo, ei, é Zumbi
É Zumbi, tui, tui, tui, tui, é Zumbi

É Zambi morrendo, ei, é Zumbi
É Zumbi, tui, tui, tui, tui, é Zumbi

Ganga-Zumba, ei, ei,e vem aí
Ganga-zumba tui,tui,tui,tui é Zumbi

Ganga-Zumba, ei, ei,e vem aí
Ganga-zumba tui,tui,tui,tui é Zumbi
Edu Lobo

Compositor: Edu Lobo



García Linera: Áñez ha pisoteado la Constitución de Bolivia e videos actuales


Heloisa Buarque de Hollanda fala sobre literatura marginal no Trilha de ...

Consciência Negra ... e Fatos hoje criminosos de um deputado na Câmara




terça-feira, 19 de novembro de 2019

BOLIVIA EL PUEBLO - HACE PETICIONES-SOLICITUDES

Uruguay: existe expectativa ante segunda vuelta electoral

O que é a “nova” ultradireita?


Geledés

O Texto já fala por si mesmo, quanto a autora, ela já se diz por si e o mundo sabe dela.

Outras Palavras.



Marilena Chauí: o que é a “nova” ultradireita?

http://bit.ly/2r35VLM



Por Marilena Chauí, no A Terra é Redonda
Tornou-se corrente nas esquerdas o uso de termos fascismo e neofascismo para descrever criticamente nosso presente.
Estamos acostumados a identificar o fascismo com a presença do líder de massas como autocrata. É verdade que, hoje, embora os governantes não se alcem à figura do autocrata, operam com um dos instrumentos característico do líder fascista, qual seja, a relação direta com “o povo”, sem mediações institucionais e mesmo contra elas. Também, hoje, se encontram presentes outros elementos próprios do fascismo: o discurso de ódio ao outro – racismo, homofobia, misoginia; o uso das tecnologias de informação que levam a níveis impensáveis as práticas de vigilância, controle e censura; e o cinismo ou a recusa da distinção entre verdade e mentira como forma canônica da arte de governar.
No entanto, não emprego esse termo por três motivos: (a) porque o fascismo tem um cunho militarista que, apesar das ameaças de Trump à Venezuela ou ao Irã,  as ações de Nathanayu sobre a faixa de Gaza, ou a exibição da valentia do homem armado pelo governo Bolsonaro e suas ligações com as milícias de extermínio, não podem ser identificados com a ideia fascista do povo armado; (b) porque o fascismo propõe um nacionalismo extremado, porém a globalização, ao enfraquecer a ideia do Estado-nação como enclave territorial do capital, retira do nacionalismo o lugar de centro mobilizador da política e da sociedade; (c) porque o fascismo pratica o imperialismo sob a forma do colonialismo, mas a economia neoliberal dispensa esse procedimento usando a estratégia de ocupação militar de um espaço delimitado por um tempo delimitado para devastação econômica desse território, que é abandonado depois de completada a espoliação.
Em vez de fascismo, denomino o neoliberalismo com o termo totalitarismo, tomando como referência as análises da Escola de Frankfurt sobre os efeitos do surgimento da ideia de sociedade administrada.
O movimento do capital transforma toda e qualquer realidade em objeto do e para o capital, convertendo tudo em mercadoria, instituindo um sistema universal de equivalências próprio de uma formação social baseada na troca pela mediação de uma mercadoria universal abstrata, o dinheiro.
A isso corresponde o surgimento de uma prática, a da administração, que se sustenta sobre dois pilares: o de que toda dimensão da realidade social é equivalente a qualquer outra e por esse motivo é administrável de fato e de direito, e o de que os princípios administrativos são os mesmos em toda parte porque todas as manifestações sociais, sendo equivalentes, são regidas pelas mesmas regras. A administração é concebida e praticada segundo um conjunto de normas gerais desprovidas de conteúdo particular e que, por seu formalismo, são aplicáveis a todas as manifestações sociais. A prática administrada transforma uma instituição social numa organização.
Uma instituição social é uma prática social fundada no reconhecimento público de sua legitimidade e de suas atribuições, num princípio de diferenciação que lhe confere autonomia perante outras instituições sociais, sendo estruturada por ordenamentos, regras, normas e valores de reconhecimento e legitimidade internos. Sua ação se realiza numa temporalidade aberta ou histórica porque sua prática a transforma segundo as circunstâncias e suas relações com outras instituições.
Em contrapartida, uma organização se define por sua instrumentalidade, fundada nos pressupostos administrativos da equivalência. Está referida ao conjunto de meios particulares para obtenção de um objetivo particular, ou seja, não está referida a ações articuladas às ideias de reconhecimento externo e interno, de legitimidade interna e externa, mas a operações, isto é, estratégias balizadas pelas ideias de eficácia e de sucesso no emprego de determinados meios para alcançar o objetivo particular que a define. É regida pelas ideias de gestão, planejamento, previsão, controle e êxito, por isso sua temporalidade é efêmera e não constitui uma história.
Por que designar o neoliberalismo como o novo totalitarismo?
Totalitarismo: por que em seu núcleo encontra-se o princípio fundamental da formação social totalitária, qual seja, a recusa da especificidade das diferentes instituições sociais e políticas que são consideradas homogêneas e indiferenciadas porque são concebidas como organizações. O totalitarismo é a afirmação da imagem de uma sociedade homogênea e, portanto, a recusa da heterogeneidade social, da existência de classes sociais, da pluralidade de modos de vida, de comportamentos, de crenças e opiniões, costumes, gostos e valores.
Novo: por que, em lugar da forma do Estado absorver a sociedade, como acontecia nas formas totalitárias anteriores, vemos ocorrer o contrário, isto é, a forma da sociedade absorve o Estado. Nos totalitarismos anteriores, o Estado era o espelho e o modelo da sociedade, isto é, instituíam a estatização da sociedade; o totalitarismo neoliberal faz o inverso: a sociedade se torna o espelho para o Estado, definindo todas as esferas sociais e políticas não apenas como organizações, mas, tendo como referência central o mercado, como um tipo determinado de organização: a empresa – a escola é uma empresa, o hospital é uma empresa, o centro cultural é uma empresa, uma igreja é uma empresa e, evidentemente, o Estado é uma empresa.
Deixando de ser considerada uma instituição pública regida pelos princípios e valores republicano-democráticos, passa a ser considerado homogêneo ao mercado. Isto explica porque a política neoliberal se define pela eliminação de direitos econômicos, sociais e políticos garantidos pelo poder público, em proveito dos interesses privados, transformando-os em serviços definidos pela lógica do mercado, isto é, a privatização dos direitos, que aumenta todas as formas de desigualdade e exclusão.
O neoliberalismo vai além: encobre o desemprego estrutural por meio da chamada uberização do trabalho e por isso define o indivíduo não como membro de uma classe social, mas como um empreendimento, uma empresa individual ou “capital humano”, ou como empresário de si mesmo, destinado à competição mortal em todas as organizações, dominado pelo princípio universal da concorrência disfarçada sob o nome de meritocracia.
O salário não é visto como tal e sim como renda individual e a educação é considerada um investimento para que a criança e o jovem aprendam a desempenhar comportamentos competitivos. O indivíduo é treinado para ser um investimento bem sucedido e para interiorizar a culpa quando não vencer a competição, desencadeando ódios, ressentimentos e violências de todo tipo, destroçando a percepção de si como membro ou parte de uma classe social e de uma comunidade, destruindo formas de solidariedade e desencadeando práticas de extermínio.
Quais são as consequências do novo totalitarismo?
– social e economicamente, ao introduzir o desemprego estrutural e a terceirização toyotista do trabalho, dá origem a uma nova classe trabalhadora denominada por alguns estudiosos com o nome de precariado para indicar um novo trabalhador sem emprego estável, sem contrato de trabalho, sem sindicalização, sem seguridade social, e que não é simplesmente o trabalhador pobre, pois  sua identidade social não é dada pelo trabalho nem pela ocupação, e que, por não ser cidadão pleno, tem a mente alimentada e motivada pelo medo, pela perda da autoestima e da dignidade, pela insegurança;
– politicamente põe fim às duas formas democráticas existentes no modo de produção capitalista: (a) põe fim à social-democracia, com a privatização dos direitos sociais, o aumento da desigualdade e da exclusão; (b) põe fim à democracia liberal representativa, definindo a política como gestão e não mais como discussão e decisão públicas da vontade dos representados por seus representantes eleitos; os gestores criam a imagem de que são os representantes do verdadeiro povo, da maioria silenciosa com a qual se relacionam ininterruptamente e diretamente por meio do twitter, de blogs e redes sociais – isto é, por meio do digital party –, operando sem mediação institucional,pondo em dúvida a validade dos parlamentos políticos e das instituições jurídicas, promovendo manifestações contra eles; (c) introduz a judicialização da política, pois, numa empresa e entre empresas, os conflitos são resolvidos pela via jurídica e não pela via política propriamente dita. Em outras palavras, sendo o Estado uma empresa, os conflitos não são tratados  como questão pública e sim como questão jurídica, no melhor dos casos, e como questão de polícia, no pior dos casos; (d) os gestores operam como gangsters mafiosos que institucionalizam a corrupção, alimentam o clientelismo e forçam lealdades. Como o fazem? Por meio do medo. A gestão mafiosa opera por ameaça e oferece “proteção” aos ameaçados em troca de lealdades para manter todos em dependência mútua. Como os chefes mafiosos, os governantes também têm os consiglieri, conselheiros, isto é, supostos intelectuais que orientam ideologicamente as decisões e os discursos dos governantes, estimulando o ódio ao outro, ao diferente, aos socialmente vulneráveis (imigrantes, migrantes, refugiados, lgbtq+, sofredores mentais, negros, pobres, mulheres, idosos) e esse estímulo ideológico torna-se justificativa para práticas de extermínio; (e)transformam todos os adversários políticos em corruptos, embora a corrupção mafiosa seja, praticamente, a única regra de governo; (f) têm controle total sobre o judiciário por meio de dossiês sobre problemas pessoais, familiares e profissionais de magistrados aos quais oferecem “proteção” em troca de lealdade completa (e quando o magistrado não aceita o trato, sabe-se o que lhe acontece);
– ideologicamente, com a expressão “marxismo cultural”, os gestores perseguem todas as formas e expressões do pensamento crítico e inventam a divisão da sociedade entre o bom povo, que os apoia, e os diabólicos, que os contestam. Por orientação dos consiglieri, pretendem fazer uma limpeza ideológica, social e política e para isso desenvolvem uma teoria da conspiração comunista, que seria liderada por intelectuais e artistas de esquerda. Os conselheiros são autodidatas que se formaram lendo manuais e odeiam cientistas, intelectuais e artistas, aproveitando-se do ressentimento que a extrema direita tem por essas figuras. Como tais conselheiros estão desprovidos de conhecimentos científicos, filosóficos e artísticos, empregam a palavra “comunista” sem qualquer sentido preciso: comunista significa todo pensamento e toda ação que questionem o status quo e o senso comum (por exemplo: que a terra é plana; que não há evolução das espécies; que a defesa do meio ambiente é mentirosa; que a teoria da relatividade não tem fundamento, etc.). São esses conselheiros que oferecem aos governantes os argumentos racistas, homofóbicos, machistas, religiosos, etc., isto é, transformam medos, ressentimentos e ódios sociais silenciosos em discurso do poder e justificativa para práticas de censura e de extermínio;
– a dimensão planetária da forma econômica neoliberal faz com que não exista um “fora” do capitalismo, uma alteridade possível, levando à ideia de “fim da história”, portanto à perda da ideia de transformação histórica e de um horizonte utópico. A crença na inexistência da alteridade é fortalecida pelas tecnologias de informação, que reduzem o espaço ao aqui, sem geografia e sem topologia (tudo se passa na tela plana como se fosse o mundo) e ao agora, sem passado e sem futuro, portanto sem história (tudo se reduz a um presente sem profundidade). Volátil e efêmera, nossa experiência desconhece qualquer sentido de continuidade e se esgota num presente vivido como instante fugaz;
– a fugacidade do presente, a ausência de laços com o passado objetivo e de esperança em um futuro emancipado, suscitam o reaparecimento de um imaginário da transcendência. Assim, a figura do empresário de si mesmo é sustentada e reforçada pela chamada teologia da prosperidade, desenvolvida pelo neopentecostalismo. Mais do que isso. Os fundamentalismos religiosos e a busca da autoridade decisionista na política são os casos que melhor ilustram o mergulho na contingência bruta e a construção de um imaginário que não a enfrenta nem a compreende, mas simplesmente se esforça por contorná-la apelando para duas formas inseparáveis de transcendência: a divina (à qual apela o fundamentalismo religioso) e a do governante (à qual apela o elogio da autoridade forte).
Diante dessa realidade, muitos afirmam que vivemos num mundo distópico, no qual as distopias são concebidas sob a forma da catástrofe planetária e do medo. Vale a pena, entretanto, mencionar brevemente a diferença entre utopia e distopia.
A utopia é a busca de uma sociedade totalmente outra que negue todos os aspectos da sociedade existente. É a visão do presente sob o modo da angústia, da crise, da injustiça, do mal, da corrupção e da rapina, do pauperismo e da fome, da força dos privilégios e das carências, ou seja, o presente como violência nua. Por isso mesmo é radical, buscando a liberdade, a fraternidade, a igualdade, a justiça e a felicidade individual e coletiva graças à reconciliação entre homem e natureza, indivíduo e sociedade, sociedade e poder, cultura e humanidade. Uma utopia não é um programa de ação, mas um projeto de futuro que pode inspirar ações que assumem o risco da história, fundando-se na ação humana como potência para transformar a realidade, tornando-se imanentes à história, graças à ideia de revolução social.
A distopia tem um significado crítico inegável ao descrever o presente como um mundo intolerável, porém corre o risco de transformá-lo em fantasma e rumar para o fatalismo, a imobilidade e  o desalento do fim da história. A utopia também parte da constatação de um mundo intolerável, mas em lugar de curvar-se a ele, trabalha para colocá-lo em tensão consigo mesmo para que dessa tensão surjam contradições que possam ser trabalhadas pela práxis humana. A imobilidade distópica decorre de sua estrutura fantasmática: nela, o intolerável não é o ponto de partida e sim o ponto de chegada. Ao contrário, a mobilidade utópica provém de sua energia como projeto e práxis, como trabalho do pensamento, da imaginação e da vontade para destruir o intolerável: o intolerável é seu ponto de partida e não o de chegada.
Se a utopia é a visão do presente sob o modo da angústia, da crise, da injustiça, do mal, da corrupção e da rapina, do pauperismo e da fome, da força dos privilégios e das carências, do presente como violência intolerável, não podemos abrir mão da perspectiva utópica nas condições de nosso presente.

Lula: La cultura es liberación, educación y conocimiento-TELESUR



Telesur
Telesur cobre evento no Recife PE. que a grande mídia aqui não o fez.

    http://bit.ly/2Xt3Jth



    “El festival trae la música como una forma de resistencia y politización en la lucha por la libertad del expresidente. Estas son canciones de protesta para denunciar que tuvimos un preso político en Brasil por más de 550 días”, destacó el comité organizador del Festival.

    El expresidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, asistió este domingo, junto a más de 40 cantantes, al festival “Lula Libre”, que se desarrolló en la ciudad de Recife, en el estado de Pernambuco, al nordeste del país.
    “Hoy soy un hombre mejor que el que entró en la cárcel. Soy un hombre más maduro. Hoy sé que nada destruye a quienes tienen la capacidad de amar en este país”, expresó el exmandatario ante los miles de espectadores.
    “El festival trae la música como una forma de resistencia y politización en la lucha por la libertad del expresidente. Estas son canciones de protesta para denunciar que tuvimos un preso político en Brasil por más de 550 días”, destacó el comité organizador del Festival.
    Lula señaló que la cultura es liberación, educación y conocimiento, al tiempo que agradeció al exministro de Educación, Fernando Haddad, por “la dignidad que tuvo para representar al pueblo brasileño”.
    “Hermosa fiesta por la justicia por Lula Libre en Recife”, escribió el Instituto Lula en su cuenta en Twitter y añadió que la personas en Pernambuco recibieron al líder del Partido de los Trabajadores (PT) con los brazos abiertos.
    El exmandatario convocó a sus seguidores el sábado último a participar en el evento, el cual “es un símbolo de la lucha por la justicia para Lula”.

    João Anzanello Carrascoza - Trilha de Letras conversa com o escritor