REDES

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Ecuador Lenín Moreno manda prender governadora de oposição Paola Pabón e cenários, fatos ocorrendo



Paola Pabón, governadora de Pichincha. Foto: Assembleia Nacional do Equador



Em outro poster, aqui,Ecuador¿Y el resto? ¿Y los muertos, desaparecidos y heridos? ¿Todo solo x la gasolina,? Me opongo al triunfalismo reinante relatei  a descofiança do sociólogo argentino Atilio Boron, não deu outra: veja o que  ocorreu. DIÁRIO DA CAUSA OPERÁRIA

Ditador Lenín Moreno manda prender governadora de oposição
Governadora filmou sua própria prisão e denunciou essa medida ditatorial em uma transmissão ao vivo
Da redação – O presidente do Equador, Lenín Moreno, mandou a polícia prender uma governadora da oposição na madrugada de hoje. Paola Pabón, governadora de Pichincha, teve sua casa invadida de manhã por policiais. Ela filmou sua própria prisão e, por meio de uma transmissão ao vivo pelo Facebook, denunciou: “Aqui é um estado de direito. Não podem entrar em minha casa assim! Essa é a paz que ele [Lenín Moreno] se propõe ao Equador? Que esse país saiba, que o mundo saiba que esse é o governo de Moreno: a perseguição política, a repressão!”


Acusação
A governadora de Pichincha está sendo acusada de ter bloqueados estradas usando caminhões durante os protestos contra o governo. Uma acusação sem provas tirada do nada pela repressão para continuar uma perseguição política que começou desde que Lenín Moreno assumiu o governo, como sucessor de Rafael Correa, traindo em seguida o programa pelo qual foi eleito e perseguindo seus ex-aliados para implantar um programa neoliberal.
Estado de exceção
Desde que os protestos explodiram no Equador, tendo um corte no subsídio de combustíveis, exigido pelo FMI, como estopim das mobilizações, a resposta do governo do Equador foi simplesmente mais repressão. Lenín Moreno decretou, primeiro, estado de exceção, escancarando o golpe que foi sua chegada ao poder e a ditadura à qual os equatorianos estão submetidos. De lá para cá, o presidente golpista já colocou o exército na rua para esmagar a população, já mudou ca capital de cidade (de Quito para Guayaquil) e estabeleceu um toque de recolher, vigorando das 20h às 5h.
Ao todo, a repressão da ditadura equatoriana já matou sete manifestantes até agora, com mais de mil pessoas detidas e mais de mil feridos pela repressão. Sem nenhum apoio popular, a ditadura golpista procurará se manter com apoio do imperialismo e dos militares, por meio de uma brutal repressão





LEIA MAIS, VEJA VÍDEO EM :http://bit.ly/2B9aDJQ
LEIA AINDA MAIS SOBRE ECUADOR ¿Cuál es el escenario en Ecuador tras el acuerdo que puso fin a fuertes protestas antigubernamentales?

O amargo sabor da fruticultura brasileira...OUTRAS PALAVRAS-BRASIL DE FATO



por Outras Palavras 

ABRINDO 
O mundo talvez coma menos carne, há uma tendência ao vegano, mas o que nos garante que é orgânico o é?Afora isto desconhecemos as condições sociais do trabalho do campo onde salários miseráveis são pagos e as condições de trabalho que se oferecem aos trabalhadores. Os supermercados não interessa indicar procedência e certificação de qualidade de trabalho .Desta feita somos coniventes aos fatos de exploração do trabalho escravo ou semi-escravo.O que faz  a tecnologia por isto ? Nada.
E  ela é apontada como a salvadora da pátria.
Não levamos em consideração o nível de contaminação não só dos frutos como dos trabalhadores e a roda gira e nós impulsionamo-la. Em tempos atuais , ditos mais modernos, somos mais contaminados e levados ao obscuro mundo do trabalho escravo e nada disto nos atormenta.Somos anestesiados pelo dia a dia, pela marca dos grande supermercados que nos induzem a confiar nos mesmos.  Eles  tripudiam em nossa cara, sabe de nossas carências e ignorâncias face aos meios de produção.E comemos, comemos e acariciamos o trabalho escravo e os agrotóxicos que faz a maquiagem dos produtos tornando-os apetitáveis .


Abaixo matéria de OUTRAS PALAVRAS 


O amargo sabor da fruticultura brasileira

Relatório aponta: produção de frutas é bilionária, mas superexplora trabalhadores no Nordeste. Empregos temporários e exposição a venenos são práticas comuns. Redes como Carrefour e Pão de Açúcar fazem vista grossa às violações…


VEJAM ABAIXO MATÉRIA DO OUTRAS PALAVRAS
As frutas que chegam à mesa de milhões de brasileiros — e são exportadas para diversos países — podem ter uma sórdida origem: a superexploração do trabalho no Nordeste, grande polo desse cultivo no país. Apontado como o terceiro maior produtor de frutas do mundo, gera cerca de R$ 40 bilhões por ano. De acordo com a pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) de 2017, realizada pelo IBGE, o Brasil não garante salários e condições dignas a grande parte dos trabalhadores que estão no campo plantando e colhendo. Para agravar a situação, as grandes redes de supermercado, principais compradoras da produção frutífera, fazem vista grossa às violações trabalhistas de seus fornecedores.
É o que aponta o relatório Frutas Doces, Vidas Amargas, lançado nessa quinta-feira (10/10) pela Oxfam Brasil. Foram analisadas as cadeias produtivas de três importantes frutas no Nordeste: melão, uva e manga, que empregam cerca de 88 mil pessoas. Embora a fruticultura seja celebrada como moderna atividade econômica e geradora de empregos no semiárido brasileiro, seus trabalhadores estão entre os 20% mais pobre do Brasil.
“Nosso relatório revela o sofrimento de muitas famílias e as desigualdades na cadeia de produção e venda das frutas brasileiras, do campo aos supermercados”, afirma Gustavo Ferroni, coordenador político da área de Setor Privado, Direitos Humanos e Desigualdades da Oxfam Brasil, e responsável pelo relatório.
Os trabalhadores dessa área vivem, em geral, sob constante ameaça de contaminação por agrotóxicos, não têm condições básicas de segurança e subsistência, mal têm o que comer e penam com a injusta diferença na remuneração entre homens e mulheres. Metade deles, “safristas”, são empregados apenas seis meses ao ano e, depois, demitidos. A renda mensal dessa modalidade intermitente de trabalho não ultrapassa os R$ 700, valor abaixo ao salário mínimo brasileiro atual, fixado em R$ 998, e irrisório quando se trata de sustentar uma família de quatro pessoas, como é o caso da maioria desses trabalhadores.
Além disso, o relatório aponta que essas culturas frutíferas pouco ou nada impactam no desenvolvimento local. Dos 20 municípios que mais produzem manga, por exemplo, considerando apenas os 11 localizados no Nordeste, área abordada pela pesquisa, nenhum possui Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHm) superior à média nacional. Cinco deles têm o IDHm considerado baixo e, nos outros seis, mediano.
“O argumento de que qualquer emprego é melhor que nenhum emprego coloca sobre os trabalhadores o peso de aceitarem qualquer condição de trabalho e exime setores econômicos de suas responsabilidades. Isso não é justo. A cadeia das frutas gera riqueza e é necessário que essa riqueza seja mais bem distribuída”, afirma Katia Maia, diretora-executiva da Oxfam Brasil. “As pessoas que estão colhendo as frutas que chegam às nossas mesas têm o direito a ter uma vida digna. E os supermercados têm o dever e a responsabilidade de ajudar a mudar esse preocupante cenário que estamos apontando”, conclui ela.

A responsabilidade dos supermercados

As maiores redes de supermercados do Brasil, Carrefour, Pão de Açúcar e Grupo Big (ex-WalMart Brasil), detêm 46,6% do mercado atacadista do país, e são as grandes beneficiárias desses produtos gerados com o sofrimento de dezenas de milhares de pessoas. A Oxfam Brasil analisou políticas e relatórios disponibilizados publicamente por essas três empresas e concluiu que, caso fosse de seu interesse, elas poderiam incidir na produção para garantir melhores condições de trabalho das empresas fornecedoras de frutas.
LEIA MAIS EM O amargo sabor da fruticultura brasileira
LEIA TAMBÉM EM BRASIL DE  FATO MATÉRIA QUE ABORDA O ASSUNTO Carrefour, Pão de Açúcar e Big financiam violações de direitos humanos

Consumidores - ¿Antes se construía ciudadanía ahora solo consumidores? por Pag12 Ar





El peronismo impidió que la pobreza se naturalice", sostiene Forster. 

Imagen: Pablo Piovano

Entrando ao Assunto-

"-El neoliberalismo es una trama que va generando sentido común, disciplinamiento social y nuevas formas de subjetivación. Hasta fines de los '70, la movilidad social ascendente era una virtud que estaba ligada también al aumento del consumo. Esa movilidad todavía se asociaba a un proyecto en el que el Estado cumplía un rol fundamental atendiendo la salud, la educación pública y el acceso a la vivienda, con altísimas tasas de sindicalización que implicaban una cultura del trabajo "Foster

Já é repetitivo o que nos diz Foster, mas é preciso repetir, repetir, difundir, explicar a cegueira a que estamos submetidos ou que queremos -sim , queremos ser consumidores, para estar e ser nessa sociedade em que não mais afinamos o sujeito à cidadania e sim ao mercado de modo a criar uma aura de sujeito inserido, posto, visível aos outros partícipes dessa onda falsa de ser e só assim ganharmos uma pseudo-subejtividade. Ter uma performance de ser inserido no sistema.

O consumo há muito vem sendo apontado como  destruidor do próprio capitalismo,sim isto mesmo- e da negação do sujeito.Baudrillard -Sociedade do Consumo -nos avisava, entre outros disto, como Canclini,Deleuze e outros mais.

A direita, e ou a ultradidireita vem assolando o mundo e pregando o credo do consumo há séculos. A infância foi atacada violentamente pelo consumo, claro para  faze-la mais tarde o grande consumidor  voraz.Tenho a tendência de ser empático aos latinos que comentam o assunto,mesmo que usando suportes da velha Europa, mas que de algum modo sente na pele por ser latino .Por outras vezes somos avisados,mas os textos são duros e difíceis para quem não é acadêmico.

A educação teria que ter um papel fundamental na revelação para a  moçada do crime que se pratica contra ela. 
Quando iremos despertar? Quando iremos entender que a pobreza não é algo natural?
O estado resultou em cúmplice do sistema no liberalismo e neoliberalismo e poucas vielas nos restam para resistir- A Educação  é perseguida cruelmente pela direita, como no caso da América Latina, salvo alguns pequenos redutos.

Leiam abaixo a matéria de Página12 Argentina com Foster e sua entrevista:


El filósofo publicó "La sociedad invernadero"
*Ricardo Forster: "La humanidad nunca fue tan desigual como ahora"
El libro indaga en tradiciones diversas para desentrañar los peligros del neoliberalismo,las paradojas de la libertad, la fábrica de subjetividad y la digitalización del mundo.

La humanidad nunca fue tan desigual como en esta época”, dice el filósofo Ricardo Forster, que acaba de publicar La sociedad invernadero (Akal/ Inter Pares), un libro fundamental para analizar la trama de la contemporaneidad y sus estrategias de dominación; un itinerario intelectual que indaga en las herencias y tradiciones diversas –de David Harvey a Immanuel Wallerstein, pasando por Joseph Vogl, Wolfgang Streeck, Slavoj Zizek, Ernesto Laclau, Fredric Jameson, Mark Fischer, Boris Groys, Nicolás Casullo y Wendy Brown, entre otros- para desentrañar los peligros del neoliberalismo, las paradojas de la libertad, la fábrica de subjetividad, el neofascismo y la digitalización del mundo.

Si uno mira el giro del capitalismo de bienestar al capitalismo neoliberal, a partir de los años '80 aumentó dramáticamente la desigualdad y generó un proceso creciente de precarización que fue ampliando los índices de pobreza”, plantea Forster, autor de Crítica y sospecha. Los claroscuros de la cultura modernaMesianismo, nihilismo y redención, La muerte del héroe La anomalía kirchnerista, entre otros. “El neoliberalismo desarma el Estado de Bienestar y no logra contener la caída exponencial de las clases medias y los sectores que siendo parte del mundo popular no eran excluidos del sistema, pero que con la precarización, la pérdida de empleos y el aumento exponencial de los precios devienen pobres sin que el Estado tenga los instrumentos ni los recursos ni el objetivo de contenerlos”, explica Forster en la entrevista con Página/12“El peronismo impidió que la pobreza se naturalice y generó lo que podríamos llamar una memoria igualitarista”, advierte el filósofo.
*Ricardo Forster é  filósofo argentino, historiador de idéias e crítico político. Ele é professor e pesquisador da Universidade de Buenos Aires e da Universidade de Maryland. Ele também é membro do conselho editorial da revista Pensamiento de los Confines.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Ecuador¿Y el resto? ¿Y los muertos, desaparecidos y heridos? ¿Todo solo x la gasolina,? Me opongo al triunfalismo reinante

ATILIO BORON*
Fala mais atentamente...Vamos escutá-lo , ponderar,Lenin não 
é confiável; fiquemos atentos.Sou mais Atílio  sua perspicácia 
de conhecedor da América Latina.










*Atilio Alberto Borón (Buenos Aires, 1 de julio de 1943) es un sociólogopolitólogocatedrático y escritor argentino. Doctorado en Ciencia Política por la Universidad de Harvard (CambridgeMassachusetts). Es profesor de la Universidad de Buenos Aires e investigador del CONICET. wikipedia

EQUADOR E SEU PALHAÇO

EDUARDO GALEANO

SORORIDADE Aprendamos o que é esta palavra- este conceito.


A Telesur vem difundindo com vários depoimentos o que é e conclamando a todos a entender.


EQUATORIANOS CONSEGUEM VITÓRIA VEJAM VÍDEOS







domingo, 13 de outubro de 2019

AV PAULISTA SP-13.10,19 REUNE MULTIDÃO Mais flashes do Twitter

ASSASSINA SHELL CONHECIDA NO MUNDO COMO DESTRUIDORA DO PLANETA

VAKIFKART.COM



OJOS QUE VEN, CORAZÓN QUE SIENTE AL FESTIVAL DE CINE DE LA HABANA




TEATRO .Lourdes Ramalho Dramaturga - gestora cultural- J.DO SERIDÓ RGN 1923 CG PB 2019


MARIA DE LOURDES NUNES  RAMALHO PORTAL CORREIO DA PB
Como campinnese conheci-a, desfrutei de sua obra tendo  prazer de conhecê-la pessoalmente.Uma agitadora cultural ímpar.Deu um tônus de grande metrópole cultural à Campina Grande-PB sem jamais trair suas origens- populares- trazendo para o miolo de sua obra e avantajando-a na cena..Perdemos uma estrutura férrea da cultura nordestina e brasileira.
Abaixo Aimar Labaki nos relembra- via seu face.

Aimar Labaki
6 h
Lourdes Ramalho morreu. Só soube agora, pelo necrológio da Folha. Mas já se passou um mês. Esse delay ( para usar um anglicismo -ou para ser mais preciso, uso de expressão estrangeira - que ela odiaria e do qual com toda razão debocharia) é índice de quanto o teatro fora do eixo Rio- São Paulo ainda está alijado de seu lugar de direito.

Lourdes foi dramaturga reconhecida nacional e internacionalmente, com prêmios, montagens e estudos sobre sua obra. Nascida no Rio Grande do Norte, viveu a maior parte da vida em Campina Grande, Paraíba.Chegou à inacreditável idade de 96 anos.

Conheci-a no final dos anos 80, ao participar de um Festival em Campina Grande. Nós, convidados do evento, tínhamos, na lista de eventos a comparecer, um almoço em sua casa.
Confesso que titubiei. A arrogância típica da idade - e da ignorância - me fez supor que teria de fazer o beija-mão à celebridade local como pedágio para a excelente recepção que a dona do pedaço, digo do Festival, a extraordinária Eneida Maracajá (irmã siamesa de Ruth Escobar e Fanny Mikey, espanhola colombiana criadora do Festival Internacional de Bogotá) proporcionava a mim, meu amigo e crítico Jefferson del Rios e alguns outros a quem peço já desculpas pela memória me faltar.

Minha arrogância foi paga com altivez, inteligência e savoir faire. Lourdes, já uma senhora de idade ( ao menos para meus tenros vinte e poucos anos), nos recebeu como a amigos de longa data. Atenta, perguntou muito. Como se realmente estivesse interessada no que nós pobres sulistas andávamos aprontando.

Me explico. Lourdes, como muitos intelectuais nordestinos, têm uma ligação direta com a Europa. Sabem tudo que se passa nos centros do mundo - e um pouco, é claro, do eixo Rio-São Paulo. Meu saudoso amigo Antônio Cadengue , por exemplo, sabia exatamente o que havia para se ver em toda a saison parisiense. E estava ao par da última bibliografia do continente. Sem deixar de estar atento ao que se sobressaísse da elefantíaca temporada paulistana. Mas isso já é outra história.
Voltando ao almoço. Descobri uma dramaturga de grande qualidade, mulher inteligente e perspicaz que nos presenteou com parte de sua obra. Já em casa, li os textos com que me havia presenteado, e pude assim desasnar-me um pouco.

Seus textos são enraizados na fala e na sabedoria popular, mas lapidados com as ferramentas de quem domina o idioma em suas várias manifestações. A partir de uma certa época, o cordel passou a ser o gênero a partir do qual desenvolver suas obras. Lembra Suassuna, sim. Mas tem sua própria cor e valor. Até por que, se não se pode falar em feminismo, pode-se sim aventar a hipótese de um olhar feminino. Não no sentido de mais afetivo, "doce", "suave" - mas sim dono de um ponto de vista particular, mais voltado para o humano, o fragilmente encarnado, em contraponto às estruturas sociais e políticas. Feminino porque mais capaz de ver o outro.

Em tempo, o almoço era banquete. Das refeições que guardo na memória do corpo como ápices dessa forma de prazer. Cozinha típica paraibana, do sertão, dos Deuses, servida com a proverbial elegância e generosidade paraibana.

Lourdes Ramalho morreu. Mas sua obra está aí, vivíssima, a esperar que o Brasil olhe para dentro e encontre em seus autores, personagens e formas as armas necessárias para continuar sua luta.
Salve Lourdes Ramalho! Evoé, dramaturgas brasileiras!

Bibliografia


  • ANDRADE, V.; MACIEL, D. (Org.). Teatro [quase completo] de Lourdes Ramalho. Mulheres. Maceió: EDUFAL, 2011.
  • ANDRADE, V.; MACIEL, D. (Org.). Teatro [quase completo] de Lourdes Ramalho. Teatro em cordel. Maceió: EDUFAL, 2011.
  • LEMAIRE, R. (Org.). A Feira e O Trovador Encantado. Campina Grande: EDUEPB, 2011.
  • ANDRADE, V.; LÚCIO, A.C.M. (Org.). Maria Roupa de Palha e outros textos para crianças. Campina Grande: Bagagem, 2008.
http://bit.ly/33u7ZdZ

*QUEM É LOURDES RAMALHO (texto de Valéria Andrade)  
Maria de Lourdes Nunes Ramalho, ou Lourdes Ramalho, como é conhecida literariamente, é uma escritora nascida no início da década de 1920 (23 de agosto de 1923), no sertão de Jardim do Seridó, fronteira do Rio Grande do Norte com a Paraíba, numa família de artistas e educadores: bisavô violeiro e repentista, mãe professora e dramaturga, tios atores, cordelistas e violeiros. Na infância, enquanto recebia o que havia de melhor em termos de educação formal no sertão, Lourdes Ramalho cresceu ouvindo cantorias de viola e histórias contadas por vendedores de folhetos e assim aprendeu, desde cedo, a amar sua terra e a cultura do seu povo.

Essa relação, de natureza atávica, da autora com a poesia popular, na realidade, se confunde com a história de seu bisavô, Hugolino Nunes da Costa, um dos expoentes da primeira geração de cantadores surgida no sertão paraibano em meados do século XIX, dando seqüência a uma linhagem iniciada por Agostinho Nunes da Costa, considerado o pai da poesia sertaneja nordestina. É deste contato com cantadores, cordelistas e contadores de história que vem o aprendizado dos procedimentos próprios da literatura popular, mais tarde assimilados em sua dramaturgia.

O QUE LOURDES RAMALHO ESCREVEU
A maior parte da produção literária de Lourdes Ramalho é de textos para teatro. Seu fazer literário passa, entretanto e desde sempre, pela poesia e, ultimamente, contempla, ainda, a área da genealogia – revelando-se também aí a pesquisadora de fontes históricas, interessada em descobrir as raízes judaicas da cultura nordestina e, por extensão, da sua própria família.
Suas primeiras peças foram escritas por volta dos seus 10/12 anos de idade, quando brincar de teatro era sua diversão favorita. Incentivada pelos tios e, sobretudo, pela mãe, a menina Lourdes colocava no papel as falas e as ações das personagens que re/inventava. Em seguida, comandava os ‘ensaios’ para as apresentações, de que também participava e que aconteciam em reuniões familiares e escolares. Datam desse tempo as primeiras versões de alguns dos seus muitos textos teatrais infantis.
Quando escreveu o primeiro texto teatral propriamente dito, em 1939, Lourdes era ainda uma adolescente. Aluna de um colégio interno, no Recife, indignada com a precariedade de condições da escola, põe no papel, em forma de comédia, seus protestos contra a falta de professores qualificados, a má qualidade da alimentação e as medidas disciplinares abusivas. Transformado em cena pela própria autora, o texto foi apresentado na festa de encerramento do ano letivo do colégio, detonando um embate entre pais e mestres, que resultou na expulsão da aluna-escritora.

NOTÍCIAS -Recuento: semana 06-13.09

Encontro com Milton Santos: O mundo global visto do lado de cá



DOCUMENTÁRIO

sábado, 12 de outubro de 2019

12 de Outubro Cristóvão Colombo invade e mata um povo

http://bit.ly/2OIWCdZ










por wikia



Reaprendamos a História Colombo inaugurou a globalização assassina nas Américas.
Dizimou povos cultura - línguas em nome da elite européia assassina e a igreja.
Foi o início da perversão européia em nosso Continente.
Ecuatorianos gritan Colon Asesino!

VEJAM ABAIXO http://bit.ly/2pk22RL
Los Angeles resolveu encarar os atos do passado e removeu uma estátua homenageando Cristóvão Colombo. A imagem do navegador italiano estava exposta há 45 anos no Grand Park, centro da cidade norte-americana.
A decisão da retirada do monumento partiu das autoridades da cidade dos anjos e segue uma moção aprovada ano passado pedindo a substituição do Dia do Descobrimento pelo Dia dos Povos Indígenas.

Vereador eleito e membro da Nação Wyandot de índios norte-americanos, Mitch O’Farrell celebra a mudança de pensamento que gerou a remoção da estátua. Para o parlamentar trata-se de “passo natural nos avanços para eliminar a falsa narrativa de que Colombo descobriu a América. Além disso, o próprio Colombo foi responsável por genocídios e suas ações contribuíram para o maior genocídio jamais registrado. Não é preciso homenagear sua imagem em lugar nenhum”, finalizou.

Animage chega à sua 10ª edição com programação diversa Por D PE

CINEMA 

Ecuador: crece movimiento popular pese a represión policial

Argentina: violencia en el deporte rey - Cartas sobre la mesa

João Cabral de Melo Neto - vinte anos de sua morte por Sérgio C. Pinto


LITERATURA
J. Cabral de M.Neto   (Recife, 9 de janeiro de 1920 — RJ, 9 de outubro de 1999) Foto por Bienal Pernambuco

Gravura de Joan Miró para o livro de João Cabral de Melo Neto Foto: Divulgação / Agência O GLOBO

   " Poema é coisa de ver,/ é coisa sobre um espaço,/ como se vê um Franz Weissman,/ como se ouve um quadro"
Quando um poeta fala do outro escorre algo a mais  ou a menos,quero dizer : por se saber que no ofício de poetar quão  difícil é tecer a conjunção dos signos,quão perigoso é querer traduzir o sentido,pensado para o verso-entenda-se aqui verso- a criação- ou para qualquer linguagem,è malabarismo criador,sim.Sergio Castro Pinto cumpriu o desafio em falar da ausência de João Cabral e adentrou nas tessituras estéticas  de Cabral-   suas incursões visuais/plásticas,como as que figuram com  as do espanhol Juan Miró.Ao mesmo tempo relatou-nos,como para muitos é sabido a ligação intersemiótica entre a estética Cabralina e do artista catalão..Os dois eram amigos, os dois ousaram dizer a forma, o visíve/invisívell e ou dizível/indizível.Cabral escreveu ou tentou dizer Miró.
Sergio  valeu-se deste adentramento visual de Cabral e assinalou algo que é muito cotejado inutilmente acerca do poeta ,e diz Castro Pinto: ¨Ouso afirmar que, embora a crítica o considere um antilírico por natureza, ele possui, contraditoriamente, uma das características primordiais do poeta lírico: é incapaz de se "outrar", como diria Vitor Manuel de Aguiar e Silva¨
Paulo Vasconcelos
Vamos ao texto do Sergio:

VINTE ANOS SEM E COM JOÃO CABRAL*
(Apontamentos)
Sérgio de Castro Pinto**
Sergio C.Pinto Paraíba Criativa

A poesia de João Cabral de Melo Neto é tributária dos artistas plásticos aos quais louvou em poemas quase todos de extração metalinguística, questionando não só a linguagem pictórica dos artistas como também a sua própria concepção da fenomenologia poética.
Com efeito, no ensaio sobre Jon Miró, ele não discorre apenas sobre os mecanismos de criação desse artista natural da Catalunha, mas também a propósito da elaboração dos poemas de sua própria lavra. Aliás, mais do que sobre Miró, esse ensaio trata a respeito do construto poético do autor pernambucano, do mesmo modo que, quando fala sobre a morte dos outros, fala sobre a sua própria morte. Aqui, vale registrar um episódio narrado pelo autor de "Educação pela pedra": "Levei-lhe (ao psicanalista espanhol López Ibor) o volume 'Duas águas' que ele leu e comentou dizendo: 'O que me impressiona é a sua obsessão pela morte'. Eu retorqui: A morte de que eu falo não é a rilkeana, é a morte social, do miserável na seca, no mangue, não é a minha. E ele disse-me uma coisa engraçada: 'Aí é que o senhor se engana: o senhor fala em morte social para exorcizar o seu medo da morte'", E concluiu João Cabral: "Realmente tenho muito medo da morte".
Julgando-se um poeta impessoal, antilírico por excelência, um poeta que escrevia a contrapelo, João Cabral cultivava uma poesia cujo solipsismo era atenuado, disfarçado, na medida em que, aparentemente falando sobre os outros, falava a respeito de si mesmo, Que o digam, no plano da linguagem, os poemas através dos quais dialoga com Cesário Verde, Graciiano Ramos, Quevedo, Francis Ponge, Valéry, Mondrian, Le Corbusier...
Inclusive, até mesmo no simples, prosaico, cotidiano gesto de catar feijão, Cabral estabelece um cotejo, uma analogia, com o seu modo de escrever. Também no desempenho de alguns toureiros na arena, ele encontra similitude com a sua arte poética: "(...) sim, eu vi Manoel Rodriguez,/ Monolete, o mais asceta,/ não só cultivar sua flor/ mas demonstrar aos poetas: // como domar a explosão/ com mão serena e contida./ sem deixar que se derrame/ a flor que traz escondida,// e como, então, trabalhá-la/ com mão certa, pouco e extrema: / sem perfumar sua flor,/ sem poetizar seu poema".
Ouso afirmar que, embora a crítica o considere um antilírico por natureza, ele possui, contraditoriamente, uma das características primordiais do poeta lírico: é incapaz de se "outrar", como diria Vitor Manuel de Aguiar e Silva.
Mas a prova maior da interferência do olhar, do visual, na sua dicção poética - não tivesse, ainda, o movimento Concretista se abeberado de sua poesia -, pode ser mensurada a partir daquele que muitos consideram o seu último poema, concebido quando já estava praticamente cego: "Pedem-me um poema, / um poema que seja inédito,/ poema é coisa que se faz vendo,/ como imaginar Picasso cego?// Um poema se faz vendo,/ um poema se faz para a vista,/ como fazer um poema ditado/ sem vê-lo inscrita?// Poema é composição,/ mesmo da coisa vivida,/ um poema é o que se arruma/ dentro da desarrumada vida.// Por exemplo, é como um rio,/ por exemplo o Capibaribe, / em suas margens domado/ para chegar ao Recife. // Onde com o Beberibe,/ o Tejipió, Jaboatão,/ para fazer o Atlântico,/ todos se juntam a mão. // Poema é coisa de ver,/ é coisa sobre um espaço,/ como se vê um Franz Weissman,/ como se ouve um quadro",



*Hoje, dia 09 de outubro, exatamente vinte anos da morte de João Cabral de Melo Neto


** 
Sergio C.Pinto
Poeta e professor de Literatura Brasileira UFPB, ora aposentado, com obras de poesia, além dos ensaios.Está presente em  antologias poéticas no Brasil e no exterior- e representa um dos  grandes poetas brasileiros.s Mora em João Pessoa (PB).

Ariano Suassuna -1927/2014 Um visionário -para não esquecermos






Para não esquecermos jamais,mesmo com seus paradoxos,mas com a exatidão de um grande e gigante autor brasileiro. Um intérprete da história do Brasil,um visionário da Geopolítica do Imperialismo desde a colônia.
A Paraíba:forças urbanas versus forças rurais. " O rural vai ser o bem e o urbano vai ser o mau". Destaque-se a Rebelião de Princesa-município paraibano, que rebelou-se da república.Lembra ele a revolução de Canudos;Canudos e Princesa se equivalem segundo ele.