REDES

sábado, 12 de outubro de 2019

12 de Outubro Cristóvão Colombo invade e mata um povo

http://bit.ly/2OIWCdZ










por wikia



Reaprendamos a História Colombo inaugurou a globalização assassina nas Américas.
Dizimou povos cultura - línguas em nome da elite européia assassina e a igreja.
Foi o início da perversão européia em nosso Continente.
Ecuatorianos gritan Colon Asesino!

VEJAM ABAIXO http://bit.ly/2pk22RL
Los Angeles resolveu encarar os atos do passado e removeu uma estátua homenageando Cristóvão Colombo. A imagem do navegador italiano estava exposta há 45 anos no Grand Park, centro da cidade norte-americana.
A decisão da retirada do monumento partiu das autoridades da cidade dos anjos e segue uma moção aprovada ano passado pedindo a substituição do Dia do Descobrimento pelo Dia dos Povos Indígenas.

Vereador eleito e membro da Nação Wyandot de índios norte-americanos, Mitch O’Farrell celebra a mudança de pensamento que gerou a remoção da estátua. Para o parlamentar trata-se de “passo natural nos avanços para eliminar a falsa narrativa de que Colombo descobriu a América. Além disso, o próprio Colombo foi responsável por genocídios e suas ações contribuíram para o maior genocídio jamais registrado. Não é preciso homenagear sua imagem em lugar nenhum”, finalizou.

Animage chega à sua 10ª edição com programação diversa Por D PE

CINEMA 

Ecuador: crece movimiento popular pese a represión policial

Argentina: violencia en el deporte rey - Cartas sobre la mesa

João Cabral de Melo Neto - vinte anos de sua morte por Sérgio C. Pinto


LITERATURA
J. Cabral de M.Neto   (Recife, 9 de janeiro de 1920 — RJ, 9 de outubro de 1999) Foto por Bienal Pernambuco

Gravura de Joan Miró para o livro de João Cabral de Melo Neto Foto: Divulgação / Agência O GLOBO

   " Poema é coisa de ver,/ é coisa sobre um espaço,/ como se vê um Franz Weissman,/ como se ouve um quadro"
Quando um poeta fala do outro escorre algo a mais  ou a menos,quero dizer : por se saber que no ofício de poetar quão  difícil é tecer a conjunção dos signos,quão perigoso é querer traduzir o sentido,pensado para o verso-entenda-se aqui verso- a criação- ou para qualquer linguagem,è malabarismo criador,sim.Sergio Castro Pinto cumpriu o desafio em falar da ausência de João Cabral e adentrou nas tessituras estéticas  de Cabral-   suas incursões visuais/plásticas,como as que figuram com  as do espanhol Juan Miró.Ao mesmo tempo relatou-nos,como para muitos é sabido a ligação intersemiótica entre a estética Cabralina e do artista catalão..Os dois eram amigos, os dois ousaram dizer a forma, o visíve/invisívell e ou dizível/indizível.Cabral escreveu ou tentou dizer Miró.
Sergio  valeu-se deste adentramento visual de Cabral e assinalou algo que é muito cotejado inutilmente acerca do poeta ,e diz Castro Pinto: ¨Ouso afirmar que, embora a crítica o considere um antilírico por natureza, ele possui, contraditoriamente, uma das características primordiais do poeta lírico: é incapaz de se "outrar", como diria Vitor Manuel de Aguiar e Silva¨
Paulo Vasconcelos
Vamos ao texto do Sergio:

VINTE ANOS SEM E COM JOÃO CABRAL*
(Apontamentos)
Sérgio de Castro Pinto**
Sergio C.Pinto Paraíba Criativa

A poesia de João Cabral de Melo Neto é tributária dos artistas plásticos aos quais louvou em poemas quase todos de extração metalinguística, questionando não só a linguagem pictórica dos artistas como também a sua própria concepção da fenomenologia poética.
Com efeito, no ensaio sobre Jon Miró, ele não discorre apenas sobre os mecanismos de criação desse artista natural da Catalunha, mas também a propósito da elaboração dos poemas de sua própria lavra. Aliás, mais do que sobre Miró, esse ensaio trata a respeito do construto poético do autor pernambucano, do mesmo modo que, quando fala sobre a morte dos outros, fala sobre a sua própria morte. Aqui, vale registrar um episódio narrado pelo autor de "Educação pela pedra": "Levei-lhe (ao psicanalista espanhol López Ibor) o volume 'Duas águas' que ele leu e comentou dizendo: 'O que me impressiona é a sua obsessão pela morte'. Eu retorqui: A morte de que eu falo não é a rilkeana, é a morte social, do miserável na seca, no mangue, não é a minha. E ele disse-me uma coisa engraçada: 'Aí é que o senhor se engana: o senhor fala em morte social para exorcizar o seu medo da morte'", E concluiu João Cabral: "Realmente tenho muito medo da morte".
Julgando-se um poeta impessoal, antilírico por excelência, um poeta que escrevia a contrapelo, João Cabral cultivava uma poesia cujo solipsismo era atenuado, disfarçado, na medida em que, aparentemente falando sobre os outros, falava a respeito de si mesmo, Que o digam, no plano da linguagem, os poemas através dos quais dialoga com Cesário Verde, Graciiano Ramos, Quevedo, Francis Ponge, Valéry, Mondrian, Le Corbusier...
Inclusive, até mesmo no simples, prosaico, cotidiano gesto de catar feijão, Cabral estabelece um cotejo, uma analogia, com o seu modo de escrever. Também no desempenho de alguns toureiros na arena, ele encontra similitude com a sua arte poética: "(...) sim, eu vi Manoel Rodriguez,/ Monolete, o mais asceta,/ não só cultivar sua flor/ mas demonstrar aos poetas: // como domar a explosão/ com mão serena e contida./ sem deixar que se derrame/ a flor que traz escondida,// e como, então, trabalhá-la/ com mão certa, pouco e extrema: / sem perfumar sua flor,/ sem poetizar seu poema".
Ouso afirmar que, embora a crítica o considere um antilírico por natureza, ele possui, contraditoriamente, uma das características primordiais do poeta lírico: é incapaz de se "outrar", como diria Vitor Manuel de Aguiar e Silva.
Mas a prova maior da interferência do olhar, do visual, na sua dicção poética - não tivesse, ainda, o movimento Concretista se abeberado de sua poesia -, pode ser mensurada a partir daquele que muitos consideram o seu último poema, concebido quando já estava praticamente cego: "Pedem-me um poema, / um poema que seja inédito,/ poema é coisa que se faz vendo,/ como imaginar Picasso cego?// Um poema se faz vendo,/ um poema se faz para a vista,/ como fazer um poema ditado/ sem vê-lo inscrita?// Poema é composição,/ mesmo da coisa vivida,/ um poema é o que se arruma/ dentro da desarrumada vida.// Por exemplo, é como um rio,/ por exemplo o Capibaribe, / em suas margens domado/ para chegar ao Recife. // Onde com o Beberibe,/ o Tejipió, Jaboatão,/ para fazer o Atlântico,/ todos se juntam a mão. // Poema é coisa de ver,/ é coisa sobre um espaço,/ como se vê um Franz Weissman,/ como se ouve um quadro",



*Hoje, dia 09 de outubro, exatamente vinte anos da morte de João Cabral de Melo Neto


** 
Sergio C.Pinto
Poeta e professor de Literatura Brasileira UFPB, ora aposentado, com obras de poesia, além dos ensaios.Está presente em  antologias poéticas no Brasil e no exterior- e representa um dos  grandes poetas brasileiros.s Mora em João Pessoa (PB).

Ariano Suassuna -1927/2014 Um visionário -para não esquecermos






Para não esquecermos jamais,mesmo com seus paradoxos,mas com a exatidão de um grande e gigante autor brasileiro. Um intérprete da história do Brasil,um visionário da Geopolítica do Imperialismo desde a colônia.
A Paraíba:forças urbanas versus forças rurais. " O rural vai ser o bem e o urbano vai ser o mau". Destaque-se a Rebelião de Princesa-município paraibano, que rebelou-se da república.Lembra ele a revolução de Canudos;Canudos e Princesa se equivalem segundo ele.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

PRÊMIO NOBEL DA PAZ -2019 PRÊMIO SUSPEITO MAS SAIU PARA.. POR TWITTER







MAIS EM EL PAÍS Nobel da Paz 2019 vai para Abiy Ahmed, primeiro-ministro da Etiópia
JOSÉ NARANJO

O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, 43 anos, foi o escolhido para receber o Prêmio Nobel da Paz de 2019. "Estamos orgulhosos como nação", foi sua primeira reação, de acordo com uma nota emitida por seu gabinete em Addis Abeba nesta sexta-feira. Entre seus méritos estão a assinatura da paz com a Eritreia após um amargo conflito de duas décadas e a mediação decisiva no processo de transição no Sudão, que levou este ano a um acordo entre civis e militares. Desde que assumiu o cargo, em 2 de abril de 2018, ele iniciou uma verdadeira revolução democrática em seu país. Apoiou a presidência do país para Sahle-Work Zewde, a única mulher chefa de Estado na África, e nomeou um Governo paritário, entre outras reformas profundas.

Quando muitas casas de apostas indicavam como favoritos o cacique caiapó Raoni Metuktire e a adolescente sueca Greta Thunberg, que se tornou um ícone da luta contra as mudanças climáticas, o Comitê Nobel Norueguês decidiu entregar o Prêmio Nobel da Paz a um dos líderes africanos da moda. A chegada ao poder de Abiy Ahmed foi uma verdadeira lufada de ar fresco em todo o continente, mas especialmente na Etiópia. Uma de suas primeiras medidas foi a libertação de milhares de presos políticos e o fim do estado de emergência no país, usado pelo Governo anterior para cometer violações dos direitos humanos, segundo organizações internacionais.

Abiy Ahmed, de pai muçulmano da etnia oromo e mãe ortodoxa cristã de Ahmara, embarcou em um caminho de mudanças em um sistema político marcado por equilíbrios étnicos. Engenheiro de computação por formação, ingressou ainda jovem no grupo armado que forçou a queda do ditador Mengistu e, posteriormente, entrou no Exército, onde realizou tarefas de comunicação e inteligência. Em paralelo, iniciou carreira política no Partido Democrático Oromo, tornando-se deputado da coalizão governista em 2010.

Seu ímpeto reformista, que no campo da economia busca a liberalização e a abertura econômica da Etiópia, não foi bem recebido por todos. Em 23 de junho de 2018, apenas três meses depois de chegar ao poder, foi alvo de uma granada que explodiu a menos de 20 metros do local onde estava, embora isso não tenha lhe causado nenhum ferimento. As primeiras investigações apontaram para setores no Exército e nas forças de segurança refratários às mudanças.

No entanto, o Comitê do Nobel valorizou especialmente a assinatura da paz com a Eritreia, um antigo conflito dos dois países vizinhos e que terminou com a restauração das relações diplomáticas em 8 de julho de 2018, como também seus constantes esforços para a paz no Sudão do Sul e no Sudão, onde, a pedido da União Africana, conseguiu que os líderes civis e militares golpistas assinassem um acordo para a criação de um conselho de transição.

O Prêmio Nobel da Paz já havia ido para a África no ano passado, em parte, quando foi dividido entre o médico congolês Denis Mukwege e a ativista iraquiana yazidi Nadia Murad, ambos distinguidos por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra em conflitos armados.

Com o prêmio concedido ao líder etíope, nascido em 1976 em Beshasha, queremos "reconhecer todos os atores que trabalham pela paz e reconciliação na Etiópia e nas regiões leste e nordeste da África", observa o comitê norueguês.





Mobilizações populares pedem saída de governantes antes do tempo, como é o caso do presidente do Equador, Lenin Moreno / Martin Bernetti / AFP

Mobilizações populares pedem saída de governantes antes do tempo, como é o caso do presidente do Equador, Lenin Moreno / Martin Bernetti / AFP


A América Latina começa a sair da letargia.É necessário difundirmos as notícias,comentá-las, operar em redes ,mas sobretudo agir corporalmente.Palavras soltas ao vento podem ser destruídas, a ação é fundamental.
Equador, Chile,Venezuela, Colômbia,Paraguai, Peru, Brasil estão em guerra -escondida, Equador está a frente.Tomemos o exemplo.
Brasil de Fato por Joaquiín Pinero nos apresenta algumas contradições.Leiamos.


América Latina está no epicentro da luta popular contra o neoliberalismo
"Contradições do sistema capitalista estão provocando uma onda de explosão social" reflete Joaquín Piñero





Depois da celebrada e pomposa lua de mel do neoliberalismo com a burguesia local aliada do capital financeiro internacional aqui no continente americano, recentemente começamos a perceber sérios problemas para esse casamento se consolidar. As contradições inerentes ao sistema capitalista, sua crise sistêmica e a incapacidade desse modelo de resolver os problemas do povo são ingrediente que estão provocando uma onda de explosão social principalmente nos países da América Latina e Caribe.
A chegada ao poder de governantes de direita e extrema direita, seja pela via do voto ou através de golpes de estado ou parlamentares, que anunciaram aos quatro ventos que a saída para resolver os graves problemas sociais que assolam os países da região era a aplicação de um conjuntos de medidas neoliberais, aliadas à uma aproximação estratégica quase carnal com os Estados Unidos (EUA), mais uma vez se mostrou ineficaz para aqueles que ainda acreditavam nesse conto.
Com exceção de Cuba, Venezuela e Bolívia, que resistem bravamente aos ataques imperialista orquestrados pelos EUA, e o México que depois de algum tempo, ressurge com políticas de cunho mais progressistas, os demais países desse continente vêem a cada dia, aumentar as mobilizações populares nas ruas e seus governantes perdendo apoios importantes e muitos deles em vias de serem expurgados de seus cargos antes do tempo, como é o caso do presidente do Equador, Lenin Moreno.
Assim como no final dos anos 90 e início dos anos 2000, a fome, a pobreza, o desemprego, as desigualdades sociais regadas a banhos de sangue da violência do estado contra os povos e lideranças dos movimentos populares que culminaram com a organização da resistência popular e a derrubada de governos, hoje a história parece se encaminhar para esse mesmo desfecho.
O povo na rua, mobilizado e consciente de sua luta em defesa de seus direitos é a expressão mais contundente de que a luta de classes é a chama que não se apaga e se anuncia como um novo ciclo nesse continente rebelde.
À luta!
Edição: Vivian Virissimo/ Brasil de Fato

Precisamos reagir, transformando indignação em ação que tenha potência, força


Midia Ninja Por Henrque M
Elton é sua considerações que não podem escapar ....Vejam...Leiam Elton Luiz de Souza Capturas do Face

Quando esse governo protofascista abre a boca , doem nossos ouvidos...Arma da barbárie, sua motosserra sangra as árvores , ao mesmo tempo que sua caneta ignorante assina sentenças de morte contra o pensar livre. À sombra da lei, sua milícia negocia e mata à solta, enquanto seus piratas engravatados assaltam os bens públicos e os vendem a preço de banana, acobertados pela capa sonsa do ex-juiz vendido. 
Precisamos reagir, transformando indignação em ação que tenha potência, força. Não são disputas verbais entre nós para ver quem tem mais razão que podem nos tirar desse pesadelo que asfixia nosso presente . 
Para nos ajudar a sair da inércia e avançar, talvez precisemos que nos empurrem pelas costas as mãos dos nossos antepassados que , outrora, enfrentaram as forças do atraso e se fizeram exemplo de luta contra a Casa-grande. Pois à nossa frente, em um futuro ameaçado, nossos descendentes ainda nem nascidos esticam suas mãos em nossa direção e esperam que as alcancemos , para que os defendamos de serem exterminados.


(na foto, após driblar a truculenta segurança, jovem estudante entrega o “troféu exterminador do futuro” ao “ministro” do meio ambiente desse governo protofascista que ameaça de extermínio a vida que ainda nem nasceu )

Geraldo Vandré - Entrevista

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Uma vergonha, se não fosse também crime de lesa pátria.

metropoles.com



Profa.Dra.Angela Carrato UFMG

Hoje tomamos  a palavra da colega Angela Carrato-do seu face para exibir seu -nosso desabafo de mais crimes contra a soberania do país ,ou como  diz Angela :crime de Lesa Pátria


Você já reparou que o Grupo Globo e os demais integrantes da mídia corporativa brasileira cada vez dão menos espaço para os assuntos econômicos e voltados para o desenvolvimento do Brasil?

Já notou também que cada vez mais as pautas envolvendo violência ocupam esse lugar?

Quer saber o motivo? É o seguinte.

No governo Dilma Rousseff, quando a economia ia super-bem e o desemprego atingiu o menor índice da história, para derrubá-la era preciso criar uma crise econômica. Daí a mídia ter passado a martelar na cabeça de seus midiotas que a economia ia mal, que um PIB de 3% era "pibinho" para criar o clima de golpe, que acabou acontecendo.
Já agora, que a economia brasileira vai realmente mal, culpa da desnacionalização, da entrega de nossos recursos naturais e da venda do pré-sal a preço de banana por Temer e acentuada agora por Bolsonaro, essa mídia, que morre de medo da volta do PT ao poder, desconhece a crise econômica, ignora o desemprego de 25 milhões de brasileiros, bate palmas para o fim dos direitos trabalhistas e da Previdência Social e quer nos convencer que vendendo e privatizando tudo teremos um futuro brilhante.
Para não ficar muito evidente o seu apoio ao governo Bolsonaro, porque ela o apoia sim - mesmo que aqui e acolá faça críticas pontuais -, se vale da exagerada cobertura de um suposto combate à violência e à corrupção para desviar o foco do que realmente interessa.
Quer um exemplo? Hoje (10/10) as manchetes da mídia deveriam ser o leilão criminoso de mais três dezenas de áreas do pré-sal, que devem ser entregues às multinacionais a preço de banana. Nesse leilão estará em jogo o futuro do Brasil. Mas qual é o destaque na midia: a operação para prender bandidos na Baixada Fluminense.
Uma vergonha, se não fosse também crime de lesa pátria.

Preta Ferreira, Maria do Planalto e Sidnei obtêm habeas corpus na Justiça







Finalmente a vergonha bateu no TJSP. O Escárnio, o desmando operam em todo Brasil, não confiamos na justiça, acabou-se o estado de direito.A justiça agora  é o acaso. Estamos no pior regime ditatorial.O mundo não nos reconhece  mais como democracia, disto já sabiamos , apenas precisamos da certidão.Já temos! Bem-vindas irmãos de luta que deram seus gritos e pagaram caro por todos nós que não demos a cara a bater.O Brasil será eternamente grato a vocês.

Abaixo matéria Preta Ferreira, Maria do Planalto e Sidnei obtêm habeas corpus
Desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo finalmente admitem arbitrariedades das prisões injustas das lideranças sem-teto após 100 dias 
As lideranças sem-teto Janice Ferreira (a Preta), Sidnei Ferreira – ambos filhos da coordenadora da Frente de Luta por Moradia Carmem Ferreira da Silva – e Maria do Planalto acabaram de receber a concessão de habeas corpus dos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo. Após 100 dias presos sob acusações frágeis e arbitrárias, os integrantes do Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC) devem deixar a prisão entre hoje e amanhã (11).
A expectativa é que na próxima semana, Ednalva Franco também seja libertada. “Como a base da prisão é a mesma, esperamos que todos sejam libertados em breve. A justiça tem adotado essa linha meio sádica de soltar alguns de cada vez, mas está claro que as acusações são vagas e não estão bem documentadas”, explicou a advogada Maíra Machado Frota Pinheiro.
Apesar da libertação, as lideranças sem-teto vão ter de cumprir medidas cautelares bastante restritivas. “Eles não poderão se relacionar com outros investigados ou testemunhas do processo, nem podem circular nas ocupações. Isso é um problema grave porque elas moram nas ocupações, suas famílias estão lá. Então a medida cautelar impacta de forma agressiva a vida delas”, comentou a advogada.
As lideranças foram presas em 24 de junho. Naquele dia a Polícia Civil cumpriu 17 mandados de busca e apreensão, além de nove mandados de prisão temporária, sendo quatro efetivados. Depois, em 11 de julho, outras 19 lideranças foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual e tiveram mandados de prisão expedidos, entre elas, Carmem. No entanto, as acusações e parte das testemunhas são as mesmas de um processo em que ela foi inocentada, por falta de provas.



















Brasil: paralización de reforma agraria amenaza campamentos del MST

Esta es mi tierra - Brasil: Desarrollismo y discriminación

O rumo do rio é reza-Thiago Calçado

Thiago Calçado por Gramho.com



Dr. Aldo Ambrózio fala no Facebook:


Um deleite desfrutar da poesia do amigo Thiago Calçado no período de descanso após o almoço!
Recomendo o livro "O rumo do rio é reza" a todos cujos espíritos ainda não foram embrutecidos, seja pela peleja diária nestes tempos de atrito contínuo, seja pelas tristezas da alma que, às vezes, nos esmagam e nos separam do encontro com o outro e a vida!
Fica, de brinde, um dos poemas deste livro sofisticado e sensível que faz lembrar um outro poeta, no caso, Manoel de Barros, que também tinha uma certa intimidade com as coisas que ainda não foram amarradas e amordaçadas pelos conceitos:
O Rasgo do Rio
Aprendi com o matuto:
O rio tem duas bandas
E um rasgo no meio.
De um lado é lá.
Do outro, cá.
O fundo a gente nunca sabe onde tá.
Sabe só que onde não dá pé dá peixe.
Nadar é verbo de quem deixa de fazer coisas
Pra ser todinho travessia.

**** Breve Resenha do seu último Livro aqui

EQUATORIANOS TOMAM O PARLAMENTO

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Faremos como equatorianos...para a luta





É GRAVE EQUADOR


EQUADOR AGORA outubro 2019


GENTE VERSUS TECNOLOGÍA: LA BATALLA DECISIVA






Internet es un invento del enemigo (Foto: Pablo Domrose)


Em recente artigo aqui publicado   Ainda é possível resgatar a internet? Será? por Outras Palavras por Outras Palavras, com uma pequena introdução minha, o  presente artigo de José Roberto Duque -Mission Verdad  Internet es un invento del enemigo (Foto: Pablo Domrose) GENTE VERSUS TECNOLOGÍA: LA BATALLA DECISIVA  cruza-se com o que foi dito, ou seja, a internet a serviço do fascismo , do controle de uma nova guerra: a da desinformação e escravidão ideológica dos onipotentes sobre os povos em desenvolvimento ou sub desenvolvidos.

Destaque-se que a energia elétrica  foi a grande revolução  do séc XVIII e o  XIX-/XX de modo popularizado e com ela vem a industrialização e a revolução chamada Cibernética em que  aparecem as grandes corporações, como no caso a Microsoft. Durante muito tempo fomos escravos para navegar pela web via Microsoft, depois vieram outros navegadores incluso os livres- como Linux, mas sem energia o que somos?
O capital se avantajou, comeu, roeu, matou e nos fez dependentes de um consumo incomensurável!
Somos, construimos nossa subjetividade debaixo dos caracóis do consumo.
De outro lado temos que ver que nossa escrita, como esta -agora- está amarrada a um app, a um navegador, ou e a uma nuvem.Se nos privam destes aonde estará nossa memória, nossa escrita?
Como nos lembra Duque "Somos adictos o dependientes porque así nos moldearon: la electricidad, el plástico, la divisa extranjera y últimamente las tecnologías de la información son la nicotina y el azúcar del cuerpo social.."Estamos desarmados! Sem se considerar o analfabetismo que ainda temos mundo a afora.Vivemos ma época perigosíssima de dependências e nisto resulta a nova escravidão bélica.   Somos gente? ou ja somos robots humanos de carne e osso, estamos no pós humano? Paulo Vasconcelos.


Leiam o texto 

GENTE VERSUS TECNOLOGÍA: LA BATALLA DECISIVA


El reciente bloqueo del acceso a los productos Microsoft a Venezuela no se diferencia, en lo esencial, de los ataques al sistema eléctrico nacional, el sabotaje a la gasolina y al gas doméstico; el corte violento del acceso a bienes esenciales o francamente accesorios tiene un objeto, un fin, y por lo general da resultados. Los efectos pueden ser de mayor o menor calado, pero pocas personas y casi ninguna sociedad sale ilesa de una operación de este tipo.
Incluso en la larga y desconcertante caligrafía de los ataques, el procedimiento es el mismo: te acostumbro o te habitúo (te creo el hábito) a consumir equis producto; cuando te portas mal, te corto el suministro de ese producto y entras en crisis, en un estado que puede ser solo desconcierto o escalar peldaños cercanos al pánico.
De un siglo para acá nos crearon adicción o dependencia a determinadas sustancias, muy difíciles de abandonar una vez que forman parte de nuestro cuerpo individual, social o ideológico. El ser humano de la era industrial lo sabe: azúcares, alcoholes, grasas saturadas, cosméticos, vestido; religión, Internet, otras drogas. No hay que ser heroinómano o alcohólico para saber, aunque sea de refilón o por referencias, lo que padece un cuerpo con síndrome de abstinencia.

***

Somos adictos o dependientes porque así nos moldearon: la electricidad, el plástico, la divisa extranjera y últimamente las tecnologías de la información son la nicotina y el azúcar del cuerpo social venezolano, y probablemente hemisférico y planetario. Los primeros elementos a veces nos han faltado, pero luego han regresado: se va la luz, padecemos, llega la luz y nos recuperamos. Pero las tecnologías de la información se sostienen en un sustrato tan frágil y movedizo que sus propietarios (EEUU y un puñado de hegemonías corporativas) serían definitivamente estúpidos si no nos la truncaran.
No es difícil imaginarse a Venezuela sin electricidad, gas o combustibles (ya pasamos por eso); imaginarse a qué escombros quedarían reducidos nuestro funcionamiento como sociedad, nuestro sistema nervioso y nuestra capacidad de respuesta ante una agresión si nos faltara Internet, ya es bastante más complicado.

EL ENEMIGO INVENTÓ INTERNET

El enemigo ha trabajado arduamente en la tarea de hacernos creer que sin Internet la vida en el mundo actual es imposible. La vida sin Internet es posible, pero en plena guerra contra Estados Unidos y media docena de sus lacayos, un país sin Internet está concediendo una ventaja decisiva.
El enemigo probablemente tiene entre sus planes desconectarnos indefinidamente ("hasta que cese la usurpación", por ejemplo) de Internet. Y esto es más fácil de lo que puede cualquiera imaginar. Ya hemos vivido dos o tres episodios de corte masivo pero temporal de la conexión. Hemos sobrevivido. Pero no hemos vivido aún el ataque conjunto, que si viene con planificación y sincronía puede ser mortífero.

***

Las anteriores reflexiones nos llevaron a repasar la anatomía de la droga o factor de dependencia fundamental que nos ocupa en este momento, y henos aquí metidos de lleno en la revisión atenta en un sistema circulatorio crucial: el gigantesco cableado suboceánico que trae y lleva datos a través del mundo. Agarras uno de esos cables, lo cortas por la mitad y ahí tienes sus partes: dos capas de plásticos diversos, una de cables de acero, una de aluminio, otra de policarbonato; un tubo de cobre, una capa de vaselina (sí, con vaselina nos zamparon Internet los dueños de la comunicación) y por último la médula, la fibra óptica.
Diseccionas un torso humano y comienzas: dermis, epidermis, grasa, músculos, huesos, cartílagos, vértebras y tal, hasta llegar a la médula, al coctel de sustancias e impulsos energéticos que comunica al cerebro con el resto del planeta hombre o mujer.
Diseccionas la sociedad venezolana y ahí tienes dos cuerpos o miembros que parecen idénticos pero social y políticamente están diferenciados: cada uno con su partido o estructura, sus niveles superestructurales o ideológicos, sus fuentes de financiamiento, sus formas organizativas, sus ramificaciones e individualidades, y allá al fondo la sustancia fundamental del entramado político: ese coctel donde conviven el odio y el amor, los resentimientos y la conciencia histórica, el oportunismo y el sano sentido de la oportunidad; el sentido de pertenencia y los criterios de propiedad: el chavismo y el antichavismo.
Las líneas finales de esta breve incursión pretenden llegar a cierta profundidad del cable subacuático y subterráneo, misterioso y a veces diáfano, llamado pueblo resistente de Venezuela. No tocaremos la fibra óptica o médula espinal; tengo razones de seguridad estratégica para no exponer aquí más allá de dos o tres manifestaciones físicas de ese tumulto de células y conexiones del nivel celular de nuestra materia.
Leia mais  em http://bit.ly/2OwVpGl

This Is Neoliberalism ▶︎ Introducing the Invisible Ideology (Part 1)

Ainda é possível resgatar a internet? Será? por Outras Palavras




http://bit.ly/2AUNLOb
Abrindo
O Surgimento da internet - 1969-no Brasil 1988, a época foi visto como um milagre, uma revolução, muitos a saudaram como a grande democracia ,como "árvore do conhecimento-Pierre Levy". Vimos contraditos a ele  por Virillio, Baudrillard, P.Breeton e outros mais .Portanto na mesma época de eclosão já existiam críticas ao alvoroço dos otimistas.Hoje percebemos vários fundamentos destes críticos, aqui citados como verdadeiros. Como aqueles, (Virillio, Baudrillard e Breton) diziam  a  revolução foi a estratégia motriz  do capitalismo e do neoliberalismo. Americanos não pregam prego em estopa ou sabão, assim como foi com o Rádio e a Tv. Agora precisamos perceber que por trás dela há as grandes corporações como Google, Facebook, Twitter, Amazon ,Microsoft, Apple que a travestiu  e manipulou-nos. 
O panopticom de Jeremy Bentham fincou-se, foi realizado, eclodiu o  grande irmão que a tudo vigia e cobra, administra, controla e não entra no viés da democracia.Houve a anestesia pelo novo. Na verdade há uma grande ditadura do capital , do perverso em nome do ágil,  moderno e facilitador de condutas, do tempo e da expansão dos tempos ou sobretempos.Não creio em saídas para este mito tão facilmente , não acredito em democracias virtuais, se já não há no real. Haveremos de padecer muito para um saída  próximo ao que ainda chamamos de democracia.O mundo ainda não entrou na internet, morre-se de fome e bala, que o  diga América Latina, Oriente Médio, Ásia e Africa e até mesmo os EUA e Europa. Se antes, da internet a palavra - para uso  da informação e comunicação sempre foi cruel para  simular a realidade textual/ discursiva, com a web o perverso chegou aos extremos , juntaram-se palavra e  imagem.  A cumplicidade foi perfeita.O custo é alto, o real foi desmantelado - simulacrado , o colonialismo é grande e o mercado das grandes corporações  e elites revestiu-nos criou uma segunda pele pelo modus virtual . Como trocarmos esta pele ? Outras palavras , com sua matéria nos ajuda , talvez  a pensar Paulo Vasconcelos
Abaixo materia de Outras Palavras  http://bit.ly/2AUNLOb


Ainda é possível resgatar a internet?

Da anarquia à ditadura: corporações aproveitaram-se do “espírito livre” da rede para exercer seu poder econômico e impor “capitalismo de vigilância” e manipulação política. Diante do inferno, surge a ideia de regras democráticas




Ensaio de Paul Starr
Em apenas duas décadas, as tecnologias digitais e a internet passaram do sonho excitante de uma nova era revolucionária à encarnação do medo de um mundo que deu muito errado. A revolução digital agora ameaça minar valores que deveria ter feito avançar – liberdade pessoal, democracia, conhecimento confiável e mesmo livre competição. A tecnologia não fez isso para nós sozinha, nem que tropeçamos distraidamente em um universo distópico alternativo. O regime tecnológico atual surgiu de escolhas perigosas, por ignorar lições do passado e permitir que o poder privado agisse sem regulamentação.
Esses problemas — monopólio, vigilância e desinformação — resumem o que deu errado e o que precisamos enfrentar, rever e corrigir se quisermos ter alguma esperança de recuperação da promessa das novas tecnologias.
O crescimento explosivo da economia digital nos anos 1990 e início dos anos 2000 parecia validar a ideia de que era melhor deixar os mercados por sua própria conta. A internet dessa era foi o maior triunfo do neoliberalismo. Depois que o governo norte-americano financiou avanços chave, e em seguida abriu a rede para o desenvolvimento comercial, a inovação digital e o empreendedorismo criaram novos meios online de trocas, novas riquezas e novas comunidades. Mas essa economia digital agora parece completamente diferente, com o crescimento das plataformas monopolizadoras. Amazon, Facebook, Google, Apple e Microsoft controlam ecossistemas inteiros do mundo digital, dominando os principais pontos de convergência de comércio e notícias.
Assim como a internet dos primórdios alimentou a ilusão de que era inerentemente apoiadora da competição, também espalhou a ilusão de que era intrinsecamente protetora da autonomia pessoal. Afinal, ninguém obrigava você a revelar sua verdadeira identidade online. Contudo, o mundo digital de hoje fez com que fosse possível o sistema de vigilância mais abrangente que já existiu. Aparelhos em rede rastreiam cada movimento e comunicação que fazemos. Uma nova forma de empreendimento emergiu do que Shoshana Zuboff chama de “capitalismo da vigilância”, ao passo que o Google, Facebook e outras empresas varrem dados sobre nossas vidas, preferências, personalidades e emoções “para práticas comerciais ocultas de extração, predição e vendas”.
A realidade acabou sendo menos graciosa. A economia digital destruiu o modelo de negócios tradicional do jornalismo, e resultou em um declínio dramático dos jornais profissionais. E como Google e Facebook dominam a publicidade digital, não surgiu nenhum outro modelo alternativo capaz de financiar as mesmas capacidades de comunicação, particularmente a níveis regional e local. Enquanto isso, plataformas de redes sociais substituíram os velhos detentores da mídia de massa, moldando a exposição do público às notícias e ao debate a partir de seus algoritmos. Agora, esses algoritmos – que estão por exemplo na linha do tempo do Facebook, no sistema de buscas da Google, nos mecanismos de recomendação do YouTube e nos assuntos do momento do Twitter – influenciam quais conteúdos e pontos de vista ganham visibilidade entre os usuários. Ao invés de promover um debate público melhor informado, no entanto, as redes sociais tornaram-se poderosos vetores de desinformação, polarização e ódio.
Como chegamos na crise atual e o que podemos fazer com ela tornaram-se perguntas urgentemente políticas.

A virada neoliberal

O crescimento da internet e da economia digital é uma história paradigmática da tecnologia estadunidense a partir da Guerra Fria. A revolução digital começou sob a égide do Estado, moveu-se para o mercado, e agora tornou-se um emblema de tudo que pode dar errado, quando os atores dominantes do mercado não são limitados pela lei.
Dos anos 1940 ao início dos 1970, o governo norte-americano financiou e guiou grande parte do desenvolvimento de computadores e comunicação eletrônica, principalmente via Departamento de Defesa. Foi lá dentro que um escritório, chamado Agência de Projetos de Pesquisa Avançada, fundou e supervisionou a ARPANET, precurssora da internet.
Nos meados do século XX, os Estados Unidos também regularam extensivamente as telecomunicações. Embora a AT&T tivesse um monopólio efetivo, políticas regulatórias restringiam tarifas telefônicas, promoviam serviço universal e barravam a discriminação, exigindo que as empresas telecom agissem como veículos públicos. Devido ao tratamento dado aos investimento de capital, o sistema regulatório deu à AT&T um incentivo para que dedicasse amplos fundos à pesquisa. Seu braço para esta atividade, chamado Bell Labs, produziu uma extraordinária variedade de avanços, incluindo as redes de dados, o transístor, o laser e a telefonia celular. Os avanços da Bell estavam sujeitos ao licenciamento compulsório, o que significava que estavam disponíveis para que outros construíssem inovações a partir deles.
Graças a essa economia mista, as indústrias de computadores e telecomunicações nos EUA desenvolveram enorme liderança sobre seus equivalentes em outros países. Foi o motivo da dianteira e da vantagem comparativa do país em inovação digital. Mais tarde, criou-se o mito de que gênios individuais, que trabalhavam em suas garagens, nos trouxeram computadores e a internet. Mas seu trabalho não teria sido possível sem os investimentos e avanços técnicos que o governo e a indústria de telecomunicações regulada já haviam dado.
Não obstante, o regime regulatório das empresas de telecomunicação teve uma desvantagem grave. Deu à AT&T o poder de controlar cada aspecto da rede de telefones, incluindo quais aparelhos poderiam se conectar a ela. Como qualquer monopólio, a AT&T procurou proteger sua posição privilegiada. Depois que o Departamento de Defesa dos EUA recebeu, em 1964, uma proposta de uma rede de comunicação similar à internet, um executivo da AT&T disse “Até parece que vamos permitir a criação de um competidor contra nós mesmos”. A lei, até aquele ponto, estava do lado desta empresa.
O envolvimento do governo norte-americano nos computadores e telecomunicações começou a declinar no final da década de 1970 e 1980, coincidindo com a virada neoliberal geral na política. Aqui uso o termo “neoliberal” especificamente para referir-me às ideias e políticas que buscam criar mercados e depender das forças do mercado. O arsenal neoliberal inclui medidas como a privatização, acordos de livre-comércio, desregulamentação, cortes de impostos e redução do investimento social. O que distingue o neoliberalismo do laissez-faire do século XIX é que ele foi erguido após um período de construção liberal e social democrática do Estado. Em linhas gerais, neoliberalismo deve sua origem filosófica a Friedrich Hayek e seu círculo, nos anos 1940, e emergiu como força política após Margaret Thatcher e Ronald Reagan, no final da década de 1970 e 1980.
Politicamente falando, no entanto, a desregulamentação difere de outras medidas orientadas ao mercado. Algumas formas de desregulamentação atraem apoio de liberais e progressistas proeminentes — incluindo o senador Ted Kennedy e Ralph Nader — pelo motivo de que as agências regulatórias foram capturadas pelas indústrias que elas deveriam regular, e já não serviam mais ao público. Limitar o poder da AT&T teve o feliz apoio de todo o espectro ideológico.
Embora o grande passo viesse apenas em 1984, quando um tribunal quebrou a AT&T, o governo norte-americano já tinha começado a afrouxar o monopólio do telefone àquela época. Em dois casos, em 1956 e 1968, autoridades norte-americanas reduziram o controle da AT&T sobre aparelhos que ligavam-se à rede de telefones. Esses passos desreguladores iniciais, combinados com o desenvolvimento subsequente de microcomputadores, abriram caminho para que, entre os anos 1970 e 1980, consumidores e empresas adquirissem modems (que permitiam que computadores conversassem entre si) e acesso discado aos primeirosbulletin boards online [redes rudimentárias e fechadas, anteriores à internet].
Por algum tempo, parecia que essas redes proprietárias — as “três grandes” eram CompuServe, o líder original nos anos 1980; America Online (AOL), que cresceu rapidamente na década de 1990; e Prodigy — dominariam os “serviços de informática”. Cada empresa tinha sua própria fonte de notícias, grupos de discussão, serviços de email e regras. Por exemplo: a AOL restringia seus fóruns ao máximo de 23 pessoas, efetivamente limitando o alcance de qualquer usuário individual. Naquele momento, não era de maneira alguma óbvio de que a internet – originalmente limitada ao uso governamental, mais tarde estendida às universidades e institutos de pesquisa – emergiria como a estrutura da comunicação eletrônica.
Mas a internet tinha uma arquitetura mais aberta, incluindo um princípio chamado “end-to-end” [“ponta-a-ponta”], que a diferenciava de outras redes. Como Lawrence Lessig explicou, em 2001, “Esse modelo regula onde a ‘inteligência’ em uma rede é colocada. Aconselha que a inteligência seja colocada nas aplicações” — ou seja, entre os usuários de qualquer fim da rede, e não no centro, com o administrador. Como resultado, diferente das redes proprietárias, a internet não precisava de permissão: convidava à inovação e a decentralizava.
Abrir a internet ao acesso mais amplo, incluindo o desenvolvimento comercial, era, então, simultaneamente um movimento em direção ao mercado e em oposição ao controle proprietário da própria rede. Foi isso que aconteceu na primeira metade da década de 1990, quando regras contra o uso comercial da internet eram derrubadas, o “backbone” [espinha dorsal] da rede foi privatizado e uma série de novas aplicações foi criada, incluindo a World Wide Web. Muitos desses novos softwares foram inclusive desenvolvidos em uma base não-proprietária, de código aberto, apesar de isso não refletir nenhum requerimento legal ou técnico (de fato, uma nova arquitetura de controle poderia ser construída sobre a internet – é o que as plataformas online farão mais tarde).
A política da internet nos anos 1990 era menos ideológica. Em 1992, quando Bill Clinton e Al Gore defendiam o desenvolvimento da chamada “superrodovia informacional”, estavam sinalizando uma mudança geracional. Como senador, Gore fez mais do que qualquer outro na política nacional para expandir a internet.
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