sábado, 7 de setembro de 2019
Artes - Francisco Toledo (21/10/2015)
TEXTO ABAIXO POR EL PAIL ES:
Encontrar Francisco Toledo andando pelas ruas de Oaxaca era como testemunhar a passagem de uma estrela cadente. A pessoa era tocada pela sorte. Era presenciar o artista mais internacional do México percorrendo as ruas da cidade que ajudou a tornar uma referência. Essa estrela se apagou nesta quinta-feira. Toledo morreu em Oaxaca aos 79 anos de idade após sofrer complicações de um câncer, informou sua família. Sua morte deixa um enorme vazio na arte nacional, que perde o autor de um mundo fantástico que marcou para sempre a arte contemporânea mexicana. O país também perde um de seus personagens mais particulares: um promotor cultural e ambientalista que levantou a voz para defender o milho e a terra. Leia mais em :http://bit.ly/2m6HlYb
URGENTE: Venezuela y Colombia, ¿al borde de la guerra?
ASSASSINO E COVARDE IVAN DUQUE BONECO DE URIBE UNE-SE AO TRAIDOR GUIADO E TÍTERE DO COVARDE TRUMP-
O Agro é Pop VEJAM- tirem suas conclusões- São óbvias e para variar está quem? REDE GLOBO
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CAMPONESES- reforma Agrária e bancadas da bala, boi.....e o ...
Prestigie DE OLHO NOS RURALISTAS ...observem o tempo deste vídeo
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sexta-feira, 6 de setembro de 2019
quinta-feira, 5 de setembro de 2019
Poderia o capitalismo ser menos brutal? (por Outras Palavras)
http://bit.ly/2lBWsZh |
Outras Palavras (http://bit.ly/2lBWsZh ) traz artigo de Joseph Stiglitz e Ladislau Dowbor comentam.Interessante os argumentos, mas os comentários são tão quanto.
Será ironia ou markenting? Ou será outra serpente envolvida em nova pele engendrada pelo neoliberalismo? Leiam e ....
Poderia o capitalismo ser menos brutal?
Em manifesto, 102 executivos-chefes de megacorporações prometem refrear a própria voracidade e não pensar apenas nos lucros. Revisão dos dogmas neoliberais ou jogada de marketing? Joseph Stiglitz e Ladislau Dowbor comentam
Por Joseph Stiglitz | Tradução: Simone Paz
Será exagerado dizer que o capitalismo está à procura de novos rumos? As grandes corporações atuam no espaço planetário, onde não há governo, regulação ou regras do jogo. As maiores simplesmente não pagam imposto, ou recolhem 0,05% dos lucros como a Apple. Os desastres ambientais e sociais estão se generalizando, mas para as corporações trata-se de “externalidades”. A desigualdade atinge níveis explosivos, mas os bancos vão bem. Em paraísos fiscais temos 200 vezes mais recursos financeiros do que o a Conferência Mundial sobre o Clima decidiu, e mal consegue, levantar. Fraudes em medicamentos, alimentos que generalizam a obesidade, inclusive infantil, trambiques em emissões de veículos, agrotóxicos e antibióticos nos alimentos — é um clima de vale-tudo.
A indignação está se generalizando, e 181 corporações (gigantes como Amazon, JPMorgan, Apple etc.) decidiram que o credo que valia desde os anos 1980, com Milton Friedman, de que as empresas devem pensar apenas nos lucros, não é suficiente. Os impactos ambientais e sociais que provocam fazem parte das suas responsabilidades. Após 40 anos de neoliberalismo irresponsável, há novos caminhos? É saudável recebermos a notícia com ceticismo, a cosmética corporativa tem longa tradição. Mas também é fato que pelo jeito as corporações estão sentindo o calor da irritação social. Stiglitz faz a proposta essencial: novas leis e regras devem ancorar essas boas intenções corporativas. (Ladislau Dowbor)
Nas últimas quatro décadas, a doutrina prevalecente nos EUA tem sido a de que as corporações devem potencializar os valores para seus acionistas — isto é, aumentar os lucros e os preços das ações — aqui e agora, não importa o que aconteça, sem se preocupar com as consequências para os trabalhadores, clientes, fornecedores e comunidades. Logo, a declaração que defende um capitalismo consciente e que foi assinada este mês por quase todos os membros da Business Roundtable causou um grande alvoroço. Afinal de contas, trata-se dos executivos-chefes das companhias mais poderosas dos EUA, dizendo aos norte americanos que o mundo dos negócios é muito mais do que apenas balanços patrimoniais. E isso é uma baita virada de jogo, não é mesmo
Milton Friedman, o teórico do livre mercado e ganhador do Prêmio Nobel de Economia, influenciou não somente espalhando a doutrina da supremacia dos acionistas, mas também garantindo que fosse inscrita na legislação estadunidense. Ele chegou a declarar “há somente uma responsabilidade social nos negócios: usar seus recursos e comprometê-los em atividades que aumentem seus lucros”.
Leia toda matéria em http://bit.ly/2lBWsZh
Mino Carta: Que aprendizado Bolsonaro deixa após quatro anos de desas...
Um jornalista,editor e pensador que se constitui um marco na história do nosso país que apontou e aponta a palavra séria,a comunicação e sua ética.Seu desconsolo amargo é o de milhões de brasileiros.Estamos boiando na demência esclerótica no atual governo do país
A coragem é muitas vezes invisível. Contudo, é a soma desses pequenos atos de bravura que assegura a sobrevivência da dignidade de todo um povo — ainda que a maioria jamais se manifeste.
* J E, Agualusa -portaldaliteratura.com |
Regina Gomes Profa.UFBA nos envia uma metáfora subversiva ,sim pois o sonho do ser humano passa pelo imaginário do pensar e da palavra como nos exemplifica José Eduardo Agualusa
A noite dos jardineiros -
José Eduardo Agualusa
Há muitos anos, quando ainda trabalhava como jornalista, visitei uma pequena localidade chamada Andulo, no sul de Angola, ocupada pela guerrilha. A cidade onde nasci, Huambo, não fica muito distante. Alguns dos guerrilheiros haviam sido alunos da minha mãe. Outros conheciam os meus primos. Queriam saber como era a vida em Luanda, onde eu vivia. Estavam interessados sobretudo em conhecer os últimos sucessos musicais. Eu queria saber como estava o Huambo, após ter sido cruelmente bombardeado durante 55 dias pela aviação governamental. No meio da conversa, alguém mencionou o caso de um jardineiro que todos os dias, durante o período em que decorreram os bombardeamentos, saía de casa para trabalhar na Estufa Fria, jardim botânico que era, desde a época colonial, um dos locais emblemáticos da cidade. Pareceu-me que poderia dar uma matéria interessante e perguntei se seria possível falar com o homem. Dois dias depois trouxeram à minha presença um sujeito magro, tímido, com óculos de lentes grossas, que parecia muito frágil frente à bruta escuridão daqueles dias. Cumprimentei-o. Quis saber por que arriscara a vida para ir trabalhar, enquanto as outras pessoas se escondiam em bunkers improvisados, debaixo dos escombros das casas onde antes tinham vivido. Olhou-me espantado, como se a minha pergunta não fizesse sentido algum: “Não havia mais ninguém para tratar das flores.” —disse-me. —“Se eu não fosse trabalhar, as plantas todas teriam morrido.” Não sei o que aconteceu ao jardineiro, mas lembro-me dele sempre que os dias escurecem. Quase todos os grandes heróis que conheci eram pessoas comuns. Os monstros também. Pessoas comuns tendem a revelar sua verdadeira alma — heróica ou monstruosa — naqueles momentos em que o Estado se distrai, colapsa ou assume um perfil totalitário.
Ao longo dos anos que durou a ditadura angolana compreendi também que o que segura a civilização, enquanto a noite se expande, são os gestos simples de heróis comuns: aquele jardineiro arriscando a vida para regar as rosas; o sujeito que avança um passo e diz, “sou eu”, quando a polícia política entra no escritório onde trabalha, perguntando não por ele, mas por um amigo dele; a secretária que recusa os avanços do ministro; o soldado que se nega a torturar o prisioneiro; o radialista que insiste em difundir a canção proibida; o jovem estudante que permanece em silêncio e de braços cruzados, enquanto os colegas saúdam o ditador.
A coragem é muitas vezes invisível. Contudo, é a soma desses pequenos atos de bravura que assegura a sobrevivência da dignidade de todo um povo — ainda que a maioria jamais se manifeste.
“E agora?” — pergunta um jovem, numa charge que corre nas redes sociais.
— “Agora vamos fazer poesia.” —Responde a mulher: “Eles odeiam poesia.”
Gosto de pensar que sim, que ditadores e tiranófilos odeiam poesia. Ou melhor: que receiam a poesia, tanto quanto o sonho ou o humor. Porque a poesia, como o sonho ou o humor, é transgressora, irreverente e indomável.
Uma ocasião encontrei minha filha do meio estendida no assoalho da sala com duas amigas.
“O que estão a fazer?” —Perguntei. “Sonhamos.” —Respondeu-me a menina.
— “Sonhamos juntas.”
Pedi licença e juntei-me a elas.
Ao longo dos anos que durou a ditadura angolana compreendi que o que segura a civilização são os gestos simples de heróis comuns.
*Nasceu em Huambo, Angola, em 1960. Estudou silvicultura e agronomia em Lisboa. Iniciou a carreira literária em 1988, com A conjura. Entre seus livros, traduzidos para mais de vinte idiomas, destacam-se os romances Nação crioula, O vendedor de passados(prêmio de ficção estrangeira do jornal inglês The Independent) e As mulheres do meu pai, os volumes de contos Fronteiras perdidas e Catálogo de sombras, além das peças de teatro Chovem amores na rua do Matador (com Mia Couto) e Aquela mulher. Divide seu tempo entre Luanda e Lisboa.
CRIMES DE ÓDIO NOS EUA Vídeo-Jorge Gestoso x Sindy Benavides -TELESUR
Sindy Benavides por twitter |
VEJA ENTREVISTA -https://videos.telesurtv.net/video/792971/entrevista-con-jorge-gestoso-792971/
Nesta entrevista esclarece-se bastantes pontos dos crimes de ódio ocorridos contra os imigrantes hispanos especificamente os hispano- americanos dentro dos EUA. Há uma confusão entre raça,etnia e cor da pele.Se antes a concentração de tais crimes eram focados mais nos afro-americanos agora se alonga.Trump torna claro o seu desejo,como de muitos americanos, de uma supremacia branca.
*para adentrar um pouco mais leia matéria do THE NEW YORK TIMES,citado incluso na entrevista em vídeo-
https://nyti.ms/2ksuxLb
quarta-feira, 4 de setembro de 2019
Bolsonaro ataca a Michelle Bachelet- a desmedida, a infâmia e covardia
Brasil247 |
Quando a desmedida, a infâmia e covardia aliam-se temos a personificação de um crime , pondo-nos na miséria humana em ato e discurso.Surge o desprezível que nos ataca de todas as partes do mundo.Bolsonaro é a ignomínia, e pagamos caro face aos que o elegeram,O Brasil não merece o respeito face a escolha dos cidadãos que escolheram este senhor.O mundo despreza e pede que se retrate.
NODAL -http://bit.ly/2lwYnyo -ARGENTINO assim se reporta
Bolsonaro ataca a Michelle Bachelet y reivindica el golpe de Pinochet en 1973Bolsonaro ataca a Bachelet con muerte de su padre: “Si no fuera por Pinochet, Chile sería una Cuba El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, atacó a la alta comisionado para los Derechos Humanos de la ONU, Michelle Bachelet, asegurando que con sus crítica se entrometía en la soberanía brasileña y que Chile no es como Cuba “gracias a Pinochet”.
“Michelle Bachelet, comisionada de las Naciones Unidas para los Derechos Humanos, sigue la línea de (Emmanuel) Macron entrometiéndose en los asuntos internos y la soberanía brasileña, ataca a Brasil con la agenda de derechos humanos (bandidos), atacando a nuestra valiente policía civil y militar”, publicó en su cuenta de Facebook.
Bachelet denunció una “reducción del espacio democrático” en Brasil en los últimos meses, en referencia a las críticas de Bolsonaro contra organizaciones ambientalistas y de derechos humanos.
“También dice que Brasil pierde espacio democrático, pero olvida que su país no es como Cuba gracias a quienes tuvieron el coraje de detener a la izquierda en 1973, entre esos comunistas estaba su padre militar”, dijo en referencia a la dictadura militar de Augusto Pinochet.
“Señora Michelle Bachelet: Si no fuera por el personal de (Augusto) Pinochet, que derrotó a la izquierda en 1973, entre ellos a su padre, hoy Chile sería una Cuba”, recalcó posteriormente a las afueras del palacio Planalto, consignó Folha de Sao Paulo.
La expresidenta de Chile advirtió este miércoles sobre una “reducción del espacio democrático” en Brasil, en especial con ataques contra los defensores de la naturaleza y de los derechos humanos.
La exmandataria lamentó igualmente el “discurso público que legitima las ejecuciones sumarias” y la persistencia de cierta impunidad.http://bit.ly/2lwYnyo
Denunció además la voluntad del gobierno brasileño de liberalizar la posesión de armas.
En lo que se refiere a los defensores de los derechos humanos, al menos ocho murieron en el país entre enero y junio, indicó, y precisó que la mayoría de estas muertes sucedieron en litigios por propiedad.
Leia mais em
terça-feira, 3 de setembro de 2019
“A agricultura camponesa não produz mercadoria, mas alimento”
MST |
“A agricultura camponesa não produz mercadoria, mas alimento”, diz membro do MST
Luiz Zarref analisa que os incêndios na Amazônia são mais uma etapa do processo de desmonte de Bolsonaro. Movimentos criam frente de enfrentamento ao atual governo.
A política ambiental tornou-se um dos principais temas em debate no Brasil nas últimas semanas, principalmente após o avanço das queimadas na Floresta Amazônica com o aval do governo Jair Bolsonaro (PSL). Para propor alternativas aoagronegócio e debater a questão agrária e ambiental, a Câmara dos Deputados realiza, nesta terça-feira (3), o “Seminário – Terra e Territórios: alimentação saudável e redução de agrotóxicos”. Durante o evento haverá, entre outras atividades, o lançamento da Frente Parlamentar de Agroecologia.
Às vésperas do seminário, o Brasil de Fato conversou com Luiz Zarref, membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), uma das organizações que compõem o seminário, sobre as possibilidades de resistência ao agronegócio no Brasil. O dirigente analisa que os incêndios na Amazônia são mais uma etapa do processo de desmonte da política ambiental em curso desde o golpe parlamentar contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e a aprovação da Emenda Constitucional (EC) 95.
Zarref avalia que, desde 2016, o Estado tem estimulado e legitimado a “ indústria da morte” protagonizada pelo agronegócio, modelo de produção agrícola baseado no monocultivo, nos latifúndios e no uso intensivo de agrotóxicos. Responsável por explorar cerca de 70% dos recursos de terra e água do planeta, conforme dados do ETC Group, o agronegócio opera na lógica de “mercantilização e financeirização da natureza”, explica o membro do MST no estado de Goiás.
O faturamento anual do agronegócio representa US$ 29 bilhões, frente aos US$ 55 bilhões produzidos pelas mãos dos camponeses e camponesas brasileiros, que fazem do Brasil o oitavo maior produtor de alimentos do mundo. Isso significa, segundo Zarref, que o crescimento do Brasil passa pela agricultura familiar. No entanto, o modelo do agronegócio ainda é prioridade, ameaçando a sobrevivência de comunidades tradicionais produtoras de alimentos saudáveis e diversificados, além de violar a base da política ambiental brasileira sustentada pelo artigo 225 da Constituição Federal.
A legislação considera a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica e outras reservas como patrimônio nacional e define que “sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais”. Nesse sentido, Zarref ressalta a centralidade de um projeto para o campo brasileiro que tenha a reforma agrária popular como prioridade.
LEIA TODA MAT'RIA EM: http://bit.ly/2lRKiLT
Jornalistas dão vexame e Glenn Greenwald detona Lava Jato no Roda Viva por 247
R.KOTOSCHO POR ECA USP |
Matéria do 247 é bem didática -e indica a ferocidade dos inquisidores como assim se perfilavam, mas chamados de JORNALISTA leiam:
Jornalistas dão vexame e Glenn Greenwald detona Lava Jato no Roda Viva
"Os 90 minutos do Roda Viva, com Glenn Greenwald, vão passar para a história do programa como um dos maiores vexames já promovidos por jornalistas", avalia o jornalista Ricardo Kotscho. "Que Greenwald continue fazendo seu trabalho e os jornalistas tenham aprendido alguma coisa sobre os compromissos da nossa profissão para informar a sociedade", acrescenta
AROEIRA |
Por Ricardo Kotscho, para o Balaio do Kotscho eJornalistas pela Democracia - Os 90 minutos do Roda Viva de segunda-feira, com Glenn Greenwald, editor do The Intercept, vão passar para a história do programa como um dos maiores vexames já promovidos por jornalistas amestrados desde os tempos da ditadura militar.
Foi um jogo de seis inquisidores ferozes, mas despreparados, contra um entrevistado sereno, que manteve a calma o tempo todo e detonou a Lava Jato, defendida pelos repórteres nativos com unhas e dentes afiados.
Parece até que fizeram midia-training com a Polícia Federal de Curitiba, sob a supervisão dos dallagnois do MPF, pois todos seguiram o mesmo script nas perguntas repetitivas, para Greenwald confessar que pagou pelas mensagens hackeadas e cometeu um crime contra a segurança nacional.
Logo no primeiro bloco, o jornalista americano premiado com o Pulitzer derrubou uma a uma as teses, ilações, insinuações e cobranças da moderadora e dos cinco desconhecidos integrantes da bancada.
“A autenticidade desse arquivo não está mais em dúvida. Esse jogo cínico que o Moro e o Dallagnol estavam fazendo no começo acabou. Sabemos que temos o ministro da Justiça e o coordenador da Lava Jato que usavam métodos completamente corruptos, não em casos isolados, mas o tempo todo”, disparou o entrevistado, sem deixar de sorrir diante de cada pergunta encomendada pelas chefias.
Em tom pausado e didático, Greenwald deu uma lição do que é jornalismo com ética, um departamento em que os acusadores da bancada não parecem ter muita familiaridade.
Eles não se conformavam de ouvir o entrevistado repetir reiteradas vezes que Sergio Moro era o chefe de um sistema judiciário corrupto, em que o Jornal Nacional atuava como parceiro da Lava Jato.
Como não comecei ontem na profissão, senti vergonha dos coleguinhas que não sabiam mais o que fazer para pegar o entrevistado na curva, falando ao mesmo tempo, e não conseguindo concluir as perguntas.
LEIA TODA MATÉRIA :http://bit.ly/2jXs4YR
Roda Viva | Glenn Greenwald UM GRUPO JORN.HEGEMÔNICO ATACA
PERFEITO O QUE DISSE DCM:
DCM Ao Meio Dia – A solução para o Roda Viva é trocar os jornalistas da bancada por hackers---http://bit.ly/2k0AO0v
segunda-feira, 2 de setembro de 2019
Censurada: Palestra - Celio Turino por flash Facebook - Laurindo Lalo Leal Filho
CELIO TURINO POR USP |
Celio Turino é um grande gestor cultural e de enorme capacidade criadora e vínculo respeitoso para com a Cultura Popular do País. Não foi à toa seu projeto Pontos de Cultura. do qual participei e que se constituiu um marco no maior conhecimento e adentramento brasis afora.Mestres de Cultura foram reconhecidos e galardonados. Faz-nos falta sua presença frente a instituições publicas.Paulo Vasconcelos
Relato de Celio Turino, cuja palestra foi censurada:
Hoje eu fui censurado em um antigo Ponto de Cultura. Inacreditável, metade das participantes eram apoiadoras de Bolsonaro e não queriam a minha presença, mesmo tendo o convite partido deles.
Há mais de uma década, quando eu estava como secretário da Cidadania Cultural, no extinto MinC, conheci o trabalho delas, as incentivei a tornarem-se Ponto de Cultura, receberam recursos que permitiram que estruturassem o trabalho. Foi a única vez que receberam verba federal. Nunca, jamais perguntamos qual era a orientação política delas ou lhes foi pedido qualquer tipo de apoio, além de retribuirem à comunidade o apoio federal que recebiam. Sempre demos tratamento republicano, respeitoso, como todos os outros 3.500 Pontos de Cultura que chegaram a receber apoio enquanto eu estive como secretário.
Os anos passaram e fui acompanhando o trabalho à distância. Quando perguntado dei boas referências, nada além disso, nada demais, nada diferente do que fiz e faço em relação a tantos Pontos de Cultura espalhados pelo Brasil, e também pela América Latina. A questão de algumas semanas fui convidado a participar de um debate neste local, aceitei e fui graciosamente, sem nada cobrar, dirigindo meu próprio veículo. Ir a Campinas sempre é bom, minha cidade natal, em que vivem meus pais e nasceram minhas filhas. Qual minha surpresa, quando ontem ligam para mim, pedindo para que eu não falasse do Bolsonaro ou de política no debate. Respondi que o convite partiu deles e que sempre que vou a um debate sobre cultura, falo sobre cultura. E cultura envolve ética, estética, ecologia, afetos, arte...; era disso que eu falaria, como acontece em centenas de conferências que realizo pelo Brasil e pelo mundo. Nos últimos anos, mais pelo mundo que pelo Brasil, até por isso, fiquei feliz em ir a uma atividade em "minha" Cidade.
Quando cheguei o ambiente era de constrangimento. Muito poucas pessoas presentes e novamente a recomendação para que não falasse de "política". Como se eu tivesse ido para lá com intuito específico de falar sobre esse estrupício que ocupa a cadeira da presidência - rs. Eu fui para falar de arte, de cultura, de ideias e filosofia, mais especificamente sobre o lúdico e as brincadeiras infantis, tema que estudo há anos e tenho livro sobre o assunto. Que horror! Estava sendo censurado por um Ponto de Cultura, antes mesmo do debate começar.
Eu disse que preferia desmarcar e ir embora. Afinal, "quando se entra em uma sala e há dez nazistas, ou você se retira imediatamente, ou haverá onze nazistas na sala", e eu não queria estar presente numa sala daquelas. Antes de me retirar, porém, criei uma história infantil e disse para a coordenadora que havia preparado para o debate. Comecei a contar para ela, já na porta de saída:
"Era uma vez, em um reino não tão distante, um homem que queria ser rei, e uma gente que o via como rei. Queriam tanto que ele fosse rei, que esqueceram-se de todas as regras básicas de convivência e civilidade. Tinham muito ódio e amargura no coração. E assim desejavam construir o seu reino, com ódio e amargura. Detestando todos os que pensavam e agiam de forma diferente, censurando e perseguindo pessoas.
Queriam um reino, não para construir, mas para destruir, queimar, matar. Até o sinal da cruz, que faziam antes, em homenagem ao antigo Deus que havia sido morto sob tortura, havia sido substituído por um sinal de arma com a mão.
Nesse lugar, que eles queriam transformar em reinado, havia uma floresta exuberante. A detestavam, assim como detestavam os habitantes da floresta, indígenas, caboclos, as onças, os papagaios e periquitos, também detestavam os macacos e as araras. Consideravam as árvores coisa inútil, a ser derrubada para dar lugar a pasto, plantações e garimpos. Para agilizar seu intento, foram amordaçando as pessoas responsáveis pela conservação da floresta, perseguiam cientistas, ambientalistas. E bradavam: a floresta é nossa, faremos dela o que quisermos! Agora o reino é nosso!
E puseram fogo na floresta. Até criaram um dia em homenagem ao homem que queria ser rei, o dia do fogo! E a floresta ardia em chamas. E os bichos da floresta eram todos queimados, junto com as árvores. Macaquinhos saiam pulando com os pelos em brasa, um tamanduá abria os braços em desespero, já com os olhos cegados pelo fogo, araras, periquitos e jandaias, voavam com as penas queimando.
Mas lá, naquele lugar tão idílico, havia um Ponto de Cultura que se dizia ECO, que construía brinquedos e se fazia de bondoso, mas, que no fundo, por omissão, cumplicidade ou apoio, fazia coro aos que urravam: Queima! Taca fogo! Mata!"
É isso que significa a normalização dos absurdos que estamos vivendo no Brasil, por mais gentis que pareçam ser as senhoras que nos recebam. Terminei de contar a história e fui embora.
Mas, ao dar um passo, virei-me e contei outra história que veio à minha cabeça. Foi uma forma de finalizar minha participação na porta daquele Ponto (até porque foi na porta que me disseram que não queriam minha presença por eu haver trabalhado com o ex-presidente Lula). Já que elas gostam tanto de crianças, escolhi a história do herói do Mito delas. Contei assim:
"Era uma vez, um herói. O herói do herói delas. O nome dele era Ustra e ele combatia perigosos comunistas. Vivia nos porões, a defender "cidadãos de bem". Certa vez ele buscou duas criancinhas, uma menina e um menino, ela com cinco anos e ele com três. Levou-os para passear no porão e a assistirem os pais serem torturados."
Como ele é o herói do Mito das senhoras, e as senhoras, como cidadãs de bem, defendem a ecologia e as crianças, resolvi contar essa pequena história e sugeri: contem para a próxima turma de crianças que receberem aqui. Se quiserem posso dar mais alguns detalhes da sessão de tortura, também de como esse "herói" gostava de introduzir camundongos na vagina das moças que torturava.
E fui embora, para não mais voltar.
Na volta, de Campinas para São Paulo, na estrada, fiquei pensando se seria o caso de registrar esse infeliz momento. Eu sou convidado para ministrar conferências pelo mundo todo, tenho encontros com governos das mais variadas orientações políticas, presidentes de repúblicas, ministros, prefeitos, governadores, converso com empresários, tive vários encontros com o Papa Francisco, e sempre fui tratado com respeito, assim como tratei e continuarei tratando a todos com o mesmo respeito. Mas uma situação dessas, sendo censurado antes de iniciar um debate, ainda mais em minha cidade, nunca aconteceu comigo!
Por isso resolvi compartilhar esse momento que vivenciei no dia de hoje. E de como respondi à gentil senhora. Tempos duros, Mas vamos resistir!
Finalizando, para quem se sente fraquejando, infeliz por assistir tanta infelicidade, deprimido por conviver com tanta estupidez, aturdido em meio a tantos absurdos, tanto cinismo, tanta mentira, deixo a lembrança mais que necessária para os dias atuais: a vida nos pede coragem!
E, lembre-mo-nos por trás de gentilezas aparentes, escondem-se as piores vilanias.
*Nascido em Indaiatuba, cresceu em Campinas. Atua há mais de 30 anos junto à movimentos sociais e culturais como o movimento estudantil (no final da ditadura), sindical (nos anos 80, tendo sido fundador do primeiro sindicato de servidores públicos do Brasil, em 1988), participou do movimento contra a Carestia, em Defesa da Amazônia, a Anistia, as Diretas Já!, entre tantos. É fundador e Porta Voz da Rede Sustentabilidade no Estado de São Paulo[
Célio Turino foi secretário municipal de Cultura de Campinas de 1990 a 1992, Diretor do Departamento de Programas de Lazer na Secretaria de Esportes, e secretário na Secretaria da Cidadania Cultural do Ministério da Cultura entre 2004 e 2010, período em que criou[o Programa Cultura Viva,[ política do Ministério da Cultura que marca uma mudança de paradigma na elaboração de políticas públicas para a Cultura no Brasil O Programa Cultura Viva viabilizou a criação de mais de 2500 Pontos de Cultura espalhados em mais de mil municípios do Brasil, beneficiando mais de 8 milhões de pessoas e criando 30.000 postos de trabalho
A era do humanismo está terminando”-o conhecimento será definido como conhecimento para o mercado.
A LAVOURA |
Chegamos, não há dúvidas mais, as máquinas não pararam, o vapor, a energia nos trouxeram ao fim do humanismo.A cada dia somos escravos de uma miríade de dispositivos que nos acorrenta, nos prende aos pulsos, braços e mente.
Está plugado é está circulando, se vivo não sabemos, pois viver é uma utopia em tempos da nanotecnologia.O Neoliberalismo e seus poderes -homens e seus "podres poderes"permitiram tal e nós acorrentados pela submissão eterna, ora enganados, ora querendo ser enganados, incluso por profetas do além, que nem a terra respeita como prova de poder.
Bem disse Achille Mbembe:
"O principal choque da primeira metade do século XXI não será entre religiões ou civilizações. Será entre a democracia liberal e o capitalismo neoliberal, entre o governo das finanças e o governo do povo, entre o humanismo e o niilismo.
"Vejam abaixo matéria e seus deidos crédito
Por
Achille Mbembe
“A era do humanismo está terminando” –
https://bit.ly/2ViYdHR
“Outro longo e mortal jogo começou. O principal choque da primeira metade do século XXI não será entre religiões ou civilizações. Será entre a democracia liberal e o capitalismo neoliberal, entre o governo das finanças e o governo do povo, entre o humanismo e o niilismo”, escreve Achille Mbembe. E faz um alerta: “A crescente bifurcação entre a democracia e o capital é a nova ameaça para a civilização”.
Achille Mbembe (1957, Camarões francês) é historiador, pensador pós-colonial e cientista político; estudou na França na década de 1980 e depois ensinou na África (África do Sul, Senegal) e Estados Unidos. Atualmente, ensina no Wits Institute for Social and Economic Research (Universidade de Witwatersrand, África do Sul). Ele publicou Les Jeunes et l’ordre politique en Afrique noire (1985), La naissance du maquis dans le Sud-Cameroun. 1920-1960: histoire des usages de la raison en colonie (1996), De la Postcolonie, essai sur l’imagination politique dans l’Afrique contemporaine (2000), Du gouvernement prive indirect (2000), Sortir de la grande nuit – Essai sur l’Afrique décolonisée (2010), Critique de la raison nègre (2013). Seu novo livro, The Politics of Enmity, será publicado pela Duke University Press neste ano de 2017.
O artigo foi publicado, originalmente, em inglês, no dia 22-12-2016, no sítio do Mail & Guardian, da África do Sul, sob o título “The age of humanism is ending” e traduzido para o espanhol e publicado por Contemporea filosofia, 31-12-2016. A tradução é de André Langer.
Eis o artigo:
Não há sinais de que 2017 seja muito diferente de 2016.
Sob a ocupação israelense por décadas, Gaza continuará a ser a maior prisão a céu aberto do mundo.
Nos Estados Unidos, o assassinato de negros pela polícia continuará ininterruptamente e mais centenas de milhares se juntarão aos que já estão alojados no complexo industrial-carcerário que foi instalado após a escravidão das plantações e as leis de Jim Crow.
A Europa continuará sua lenta descida ao autoritarismo liberal ou o que o teórico cultural Stuart Hall chamou de populismo autoritário. Apesar dos complexos acordos alcançados nos fóruns internacionais, a destruição ecológica da Terra continuará e a guerra contra o terror se converterá cada vez mais em uma guerra de extermínio entre as várias formas de niilismo.
As desigualdades continuarão a crescer em todo o mundo. Mas, longe de alimentar um ciclo renovado de lutas de classe, os conflitos sociais tomarão cada vez mais a forma de racismo, ultranacionalismo, sexismo, rivalidades étnicas e religiosas, xenofobia, homofobia e outras paixões mortais.
A difamação de virtudes como o cuidado, a compaixão e a generosidade vai de mãos dadas com a crença, especialmente entre os pobres, de que ganhar é a única coisa que importa e de que ganhar – por qualquer meio necessário – é, em última instância, a coisa certa.
Com o triunfo desta aproximação neodarwiniana para fazer história, o apartheid, sob diversas modulações, será restaurado como a nova velha norma. Sua restauração abrirá caminho para novos impulsos separatistas, para a construção de mais muros, para a militarização de mais fronteiras, para formas mortais de policiamento, para guerras mais assimétricas, para alianças quebradas e para inumeráveis divisões internas, inclusive em democracias estabelecidas.
Nenhuma das alternativas acima é acidental. Em qualquer caso, é um sintoma de mudanças estruturais, mudanças que se farão cada vez mais evidentes à medida que o novo século se desenrolar. O mundo como o conhecemos desde o final da Segunda Guerra Mundial, com os longos anos da descolonização, a Guerra Fria e a derrota do comunismo, esse mundo acabou.
Outro longo e mortal jogo começou. O principal choque da primeira metade do século XXI não será entre religiões ou civilizações. Será entre a democracia liberal e o capitalismo neoliberal, entre o governo das finanças e o governo do povo, entre o humanismo e o niilismo.
O capitalismo e a democracia liberal triunfaram sobre o fascismo em 1945 e sobre o comunismo no começo dos anos 1990 com a queda da União Soviética. Com a dissolução da União Soviética e o advento da globalização, seus destinos foram desenredados. A crescente bifurcação entre a democracia e o capital é a nova ameaça para a civilização.
Apoiado pelo poder tecnológico e militar, o capital financeiro conseguiu sua hegemonia sobre o mundo mediante a anexação do núcleo dos desejos humanos e, no processo, transformando-se ele mesmo na primeira teologia secular global. Combinando os atributos de uma tecnologia e uma religião, ela se baseava em dogmas inquestionáveis que as formas modernas de capitalismo compartilharam relutantemente com a democracia desde o período do pós-guerra – a liberdade individual, a competição no mercado e a regra da mercadoria e da propriedade, o culto à ciência, à tecnologia e à razão.
Cada um destes artigos de fé está sob ameaça. Em seu núcleo, a democracia liberal não é compatível com a lógica interna do capitalismo financeiro. É provável que o choque entre estas duas ideias e princípios seja o acontecimento mais significativo da paisagem política da primeira metade do século XXI, uma paisagem formada menos pela regra da razão do que pela liberação geral de paixões, emoções e afetos.
Nesta nova paisagem, o conhecimento será definido como conhecimento para o mercado. O próprio mercado será re-imaginado como o mecanismo principal para a validação da verdade. Como os mercados estão se transformam cada vez mais em estruturas e tecnologias algorítmicas, o único conhecimento útil será algorítmico. Em vez de pessoas com corpo, história e carne, inferências estatísticas serão tudo o que conta. As estatísticas e outros dados importantes serão derivados principalmente da computação. Como resultado da confusão de conhecimento, tecnologia e mercados, o desprezo se estenderá a qualquer pessoa que não tiver nada para vender.
A noção humanística e iluminista do sujeito racional capaz de deliberação e escolha será substituída pela do consumidor conscientemente deliberante e eleitor. Já em construção, um novo tipo de vontade humana triunfará. Este não será o indivíduo liberal que, não faz muito tempo, acreditamos que poderia ser o tema da democracia. O novo ser humano será constituído através e dentro das tecnologias digitais e dos meios computacionais.
A era computacional – a era do Facebook, Instagram, Twitter – é dominada pela ideia de que há quadros negros limpos no inconsciente. As formas dos novos meios não só levantaram a tampa que as eras culturais anteriores colocaram sobre o inconsciente, mas se converteram nas novas infraestruturas do inconsciente. Ontem, a sociabilidade humana consistia em manter os limites sobre o inconsciente. Pois produzir o social significava exercer vigilância sobre nós mesmos, ou delegar a autoridades específicas o direito de fazer cumprir tal vigilância. A isto se chamava de repressão.
A principal função da repressão era estabelecer as condições para a sublimação. Nem todos os desejos podem ser realizados. Nem tudo pode ser dito ou feito. A capacidade de limitar-se a si mesmo era a essência da própria liberdade e da liberdade de todos. Em parte graças às formas dos novos meios e à era pós-repressiva que desencadearam, o inconsciente pode agora vagar livremente. A sublimação já não é mais necessária. A linguagem se deslocou. O conteúdo está na forma e a forma está além, ou excedendo o conteúdo. Agora somos levados a acreditar que a mediação já não é necessária.
Isso explica a crescente posição anti-humanista que agora anda de mãos dadas com um desprezo geral pela democracia. Chamar esta fase da nossa história de fascista poderia ser enganoso, a menos que por fascismo estejamos nos referindo à normalização de um estado social da guerra. Tal estado seria em si mesmo um paradoxo, pois, em todo caso, a guerra leva à dissolução do social. No entanto, sob as condições do capitalismo neoliberal, a política se converterá em uma guerra mal sublimada. Esta será uma guerra de classe que nega sua própria natureza: uma guerra contra os pobres, uma guerra racial contra as minorias, uma guerra de gênero contra as mulheres, uma guerra religiosa contra os muçulmanos, uma guerra contra os deficientes.
O capitalismo neoliberal deixou em sua esteira uma multidão de sujeitos destruídos, muitos dos quais estão profundamente convencidos de que seu futuro imediato será uma exposição contínua à violência e à ameaça existencial. Eles anseiam genuinamente um retorno a certo sentimento de certeza – o sagrado, a hierarquia, a religião e a tradição. Eles acreditam que as nações se transformaram em algo como pântanos que necessitam ser drenados e que o mundo tal como é deve ser levado ao fim. Para que isto aconteça, tudo deve ser limpo. Eles estão convencidos de que só podem se salvar em uma luta violenta para restaurar sua masculinidade, cuja perda atribuem aos mais fracos dentre eles, aos fracos em que não querem se transformar.
Neste contexto, os empreendedores políticos de maior sucesso serão aqueles que falarem de maneira convincente aos perdedores, aos homens e mulheres destruídos pela globalização e pelas suas identidades arruinadas.
A política se converterá na luta de rua e a razão não importará. Nem os fatos. A política voltará a ser um assunto de sobrevivência brutal em um ambiente ultracompetitivo.
Sob tais condições, o futuro da política de massas de esquerda, progressista e orientada para o futuro, é muito incerto. Em um mundo centrado na objetivação de todos e de todo ser vivo em nome do lucro, a eliminação da política pelo capital é a ameaça real. A transformação da política em negócio coloca o risco da eliminação da própria possibilidade da política.
Se a civilização pode dar lugar a alguma forma de vida política, este é o problema do século XXI.
Fonte: Revista IHU On-line
domingo, 1 de setembro de 2019
RODA VIVA : Gleenn Greenwald
FOLHAPE.COM |
O 247 -http://bit.ly/2zFosPD- traz pequena chamada para a próxima RODA VIVA -Fundação P.Anchieta São Paulo.Dia 02.09.
Estejamos atentos! Vale conferir!
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