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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

A absurda censura a Lygia Bojunga Nunes e sua Bolsa Amarela. -Leo Cunha ,flagra facebook







*foto arq do autor-face
Leonardo Antunes Cunha (Bocaiúva (MG),  1966) é um escritortradutor e jornalista brasileiro. Publicou mais de 60 livros infantis e juvenis, cinco livros de crônicas e diversas traduções. É graduado em Jornalismo e Publicidade (PUC-Minas), pós-graduado em Literatura Infantil (PUC-Minas), Mestre em Ciência da Informação e Doutor em Cinema (UFMG), com tese sobre os heróis cômicos nos filmes do cineasta francês Francis Veber. É professor universitário desde 1997, no curso de jornalismo Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBH.
Leo Cunha ,autor de renome, faz  depoimento sério no seu facebook.Seu tom é justo e bem apontado.Lygia é dádiva, valeu Leo!

Leiam, confiram:
Daqui a alguns dias, em 26 de agosto, é o aniversário de Lygia Bojunga, e, antecipando a comemoração, queria agradecer a ela o presente dado a gerações de crianças que aprendem e aprenderam a gostar de ler ouvindo ou lendo suas obras. 
Presente a gerações de adolescentes que encontraram e encontram, em sua obra, emoções, questionamentos e reflexões que talvez não esperassem encontrar em um livro lido, muitas vezes, na escola. 
A inúmeros autores, como eu, que se deram conta de que era possível (e estimulante, e irresistível) escrever com tanta liberdade, ousadia, inteligência e coração, criar histórias e personagens tão criativos, autênticos, envolventes, mesmo estando no campo da sempre discriminada literatura infantil.
Sou possivelmente da primeira geração de leitores de Lygia: da primeira obra, Colegas, passando por Angélica, A Casa da Madrinha, Corda Bamba, O Sofá Estampado, meus colegas e eu fomos devorando, entusiasmados, cada livro que a autora publicava, e aguardando o próximo com ansiedade.
Suas personagens nos faziam, ao mesmo tempo, dar gargalhadas e refletir muito! O encontro improvável dos três animais amigos, a cegonha Angélica, que queria desnascer, para não falar mentira, ou Alexandre, saindo pelo mundo procurando a Madrinha, por exemplo.
Certamente, os valores que surgiam das tramas engenhosas e muito divertidas e das soluções pacificadoras são importantes e universais: a amizade, a procura da verdade, a compaixão, a superação das dores – grandes ou pequenas. 
Sobretudo, e em praticamente todas as obras, há, decorrente da narrativa (e sem lições de moral), a valorização da autenticidade, da busca pela identidade individual. 
Talvez isso apareça especialmente em A Bolsa Amarela, cuja protagonista/narradora é Raquel, a menina que procura esconder, na bolsa dada pela tia, seus maiores desejos, que têm a mania de engordar, quando a vida dela lhe nega compreensão. Os maiores desejos – ser menino, ser gente grande e ser escritora – muitas vezes, de tão gordos, ameaçam sair da bolsa – e é um trabalhão contê-los. 
Talvez, também, essa história fosse a maior unanimidade da minha turma: todos , meninas e meninos, se solidarizavam com Raquel, nas suas dificuldades familiares. Na família, frequentemente, levavam a melhor os mais velhos e o irmão... Meu filho André, que leu o livro mais de 30 anos depois de mim, também se encantou pela Raquel.
Por falar em André, o grande amigo de Raquel se chama exatamente André (não vou identificá-lo: vai que alguém ainda não leu o livro...) Contar esses pormenores da narrativa nem de longe apresenta a beleza da história e a busca de Raquel para encontrar seu caminho. 
Imaginar - como um vereador do interior de SP acabou de fazer - que essa história insufla a rebeldia ou a luta dos gêneros é errar por muito: é ter parado nas primeiras páginas da história (que pena!), ou ter feito uma leitura tão rasteira, tão simplista, que só resta convidar o vereador: releia, meu caro! Para o seu próprio bem e o das crianças de sua cidade!
Tive a sorte de, na escola e na família, poder conviver com a arte e com obras literárias - como as da Lygia - que nos convidavam a entender o mundo pela imaginação, pela fantasia (ainda que nem notássemos isso, na época) e mostrar a vida das personagens como um longo caminho a ser percorrido, com muito riso, com muitas emoções, mas também com perdas, e que esse caminho era cheio de atalhos, que as personagens podiam escolher, e que, com sensibilidade e generosidade, o melhor caminho se apresenta para cada um. 
Cada leitor vai se identificar mais com uma personagem ou com outra, mas, no fundo, a gente se solidariza com todas. Enxergar a tal “ideologia de gênero” na obra da Lygia é forçar a barra demais, é (isso sim) ideologizar o livro, é negar o que ele tem de plural, de sutil, de artístico, enfim! Só faltou gritar um patético “Nossa bolsa jamais será amarela!”
Em anos mais recentes, Lygia continuou escrevendo, e até dirigindo-se a leitores maiores, sem nunca perder a qualidade da narrativa, a rica construção das personagens, o gosto pela melhor oralidade. 
Por isso mesmo, a autora tem a obra espalhada pelo mundo, nas mais diversas línguas (inclusive catalão, norueguês, finlandês, sueco, alemão...), publicadas nos países que mais valorizam a literatura para crianças e jovens e mais cuidam da leitura como bem para todos. 
Por isso também, aqui e no exterior, ganhou os prêmios mais importantes da literatura para crianças e jovens, como o Jabuti, o (extinto) INL , o FNLIJ, o Hans Christian Andersen e o Astrid Lindgren. Aqui e lá fora, suas histórias são “radiofonizadas”, viram filme e teatro. Felizmente!
E, enviando um abraço carinhoso à Lygia, pelos seus 87 anos, fico esperando que a lucidez e a leitura mais sadia de educadores e especialistas em arte e literatura deixem sempre em circulação todas as suas obras, sem nenhum tipo de censura, para que novas gerações tenham o direito e a alegria de ler as que escolherem – possivelmente, todas!

PS: Para quem não viu ainda, está aí o link pra reportagem com o caso, no qual o vereador chama A Bolsa Amarela de “lixo ideológico” 😱

































































































































































































































































































































































domingo, 18 de agosto de 2019

CABALGANDO CON FIDEL- FANTÁSTICA MÚSICA E INTERPRETAÇÃO!



Cabalgando Con Fidel

Raul Torres

Cabalgando Con Fidel

Dicen que en la plaza en estos días
Se les ha visto cabalgar a camilo y a martí
Y delante de la caravana, lentamente sin jinete
Un caballo para ti
Vuelven las heridas que no sanan
De los hombres y mujeres
Que no te dejaremos ir
Hoy el corazón nos late afuera
Y tu pueblo aunque le duela
No te quiere despedir
Hombre, los agradecidos te acompañan
Cómo anhelaremos tus hazañas
Ni la muerte cree que se apoderó de ti
Hombre, aprendimos a saberte eterno
Así como olofi, jesucristo
No hay un solo altar sin una luz por ti
Hoy no quiero decirte comandante
Ni barbudo, ni gigante
Todo lo que sé de ti
Hoy quiero gritarte, padre mío
No te sueltes de mi mano
Aún no sé andar bien sin ti
Dicen que en la plaza esta mañana
Ya no caben más corceles llegando
De otro confín
Una multitud desesperada
De héroes de espaldas aladas
Que se han dado cita aquí
Y delante de la caravana
Lentamente sin jinete
Un caballo para t

sábado, 17 de agosto de 2019

Tras el Telón: Colombia, exterminio de líderes sociales

Pepe Escobar analisa a nova etapa da guerra EUA-China

Exclusivo | Lula concede entrevista a Bob Fernandes para a TVE Bahia





É preciso ouvir,discernir  o que diz o Sr.Lula.
Percebam a coerência das ligações macropolíticas  e macroeconômicas.
A lucidez incomodou a elite e aos Eua,claro são alinhados,como sempre foram.
A dimensão geopolítica mundial de Lula é ampla .
O seu diagnóstico, como todo diagnóstico, é complexo  e de tessitura de um líder mundial.
Vejam,escutem e ponderem.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

O Mundo Esculacha a Embaixada Do Brasil em Londres- CAUSA BOLSONARO!

EMBAIXADA DO BRASIL ESCULACHADA
By Twiter @TheLucasLange











Amigos, tirei essas fotos hoje da embaixada do Brasil em Londres, depredada no último dia 13. Qual a opinião de vocês sobre isso? Lucas Lange por twitter

“fuga de cérebros é realidade” e se agravou com Bolsonaro"

Matéria do DCM  mostra o desmonte da Ciência e pesquisa no Brasil.País a beira do precipício -http://bit.ly/31Gtszp.


Luiz Davidovich (Imagem: reprodução) 

-http://bit.ly/31Gtszp.

Para chefe da Academia Brasileira de Ciências, “fuga de cérebros é realidade” e se agravou com Bolsonaro


Do Valor:
Presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), o físico Luiz Davidovich tem assinado cada vez mais cartas de recomendação para pesquisadores que deixam o Brasil. Aves raras na academia, esses doutores não querem salários altos. Procuram, na verdade, insumos e equipamentos para os quais o governo brasileiro tem empenhado cada vez menos recursos nos últimos anos. O êxodo de cientistas, para Davidovich, é a ferida mais exposta do sistema de ciência e tecnologia (C&T) do país, que se agravou no governo Jair Bolsonaro e seus contingenciamentos, ausência de projeto tecnológico e negação da ciência.
“A fuga de cérebros é muito concreta e dolorosa para mim”, diz Davidovich.
Recentemente ele viu quatro colegas concursados abandonarem seus cargos para tocar trabalhos em Austrália, Holanda, Portugal e Chile. “Três vão para universidades estrangeiras, outro vai para uma empresa australiana de computação quântica, mas aprendeu tudo aqui”, diz apontando para o chão da Escola de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde leciona há 25 anos. Ele comanda os estudos da casa em computação e ótica quânticas, sendo colaborador do francês Serge Haroche, laureado com o Nobel de Física em 2012.

Thousands protest against education cuts in Brazil

Fort Apache - ¿Fracasó la izquierda latinoamericana?

Eusebio Leal en La Universidad de Estocolmo (Fragmento)

Dr. Eusebio Leal Spengler: "Old Havana in the 21st Century" | Talks at G...

BRASIL EUA- Venezuela: crisis y guerra mediática -Entrevista a Ángel G...



VEJAM E DEDUZAM- PRESTIGIE A ROMPEVIENTOS