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A BOCA DA RUA: GRITOS DA
DESIGULDADE E HIPOCRISIA
SÃO PAULO RICA E
MISERÁVEL
Não tenho mais dúvidas,
a cidade de São Paulo é a cidade do contraditório, do conservadorismo e da
miséria escondida nos setores de serviços, bancos, lojas, shoppings que pagam salários mínimos aos
seus empregados e, por vezes, têm até câmera em lanchonetes, na caixa/digital
para ver se há roubo de funcionários.
É a maior
capital das Américas com doença Mental, claro, da solidão, da
escravidão branca da invisibilidade das pessoas, todos se veem e
ninguém se conhece; é rara a solidariedade. Ela, a Avenida Paulista,
é o império dos conluios da Casa Grande, dos Patos e dos miseráveis
expostos ou escondidos em uniformes de lojas de Shoppings e galerias. As quatro
da manhã, os escravos começam a chegar das periferias, de outras cidades do
eixo metropolitano, para o trabalho assalariado ESCRAVO das Casas Grandes
da Avenida.
Costumo sair pela rua — moro
na Paulista, mas ando por todos os lados até o centro, passeando ou para
cumprir compromissos, mas de ouvido atento sempre, quando algo ou pouco ouço de
interessante ou inusitado: paro e escuto. Na paulista, o tráfego é grande de
pessoas e ao fim da tarde os coxas, vendedores simples, fecham o dia tomando
sua cerveja e aí saem as loucuras ou grandes acertos. De madrugada, ouço do meu
quarto os gritos dos bêbados cheirados, e que vem à Paulista como
para reverenciar um templo do Além, dos aléns. Vejam algumas passagens:
A boliviana que vende colares — “Non sei porque estoy a casa el diablo mora aqui e es Temer e los juizes, son todos iguales con nosostros el el mundo en especial en America Latina, son todos a servicio de los Americanos, querem destruir nuestras terras roba-las como haciam los Spanholes e a ca los portugueses..HOY me arreipendo de ter salido de Bolívia, pois me gusta a Evo,ele tien nuestra cara de Indios, personas de la tierra.Hoy quiero volver, non es possible mas a vivir en Brasil és insuportabile.”
O rapaz da pamonha — "Isso aqui virou pior que puteiro, é puteiro
fechado por conta da gonorreia de Temer e dos juízes e políticos, tá saindo pus
ela frente por trás, e nós lambendo estas batedeiras de calçada. Dá vontade e
de enfiar esses sabugos de mi no deles, eles pensam que nós num pensa, e tem
mai, isso aqui só tem jeito com bala, com sangue."
A mulher que serve café de manhã na Paulista com Carlos Sampaio
—"Meu sinhô isso num vai ter jeito,
só se Cristo viesse aqui, como num tem Cristo nem diabo só se vier um terremoto
em Brasia. Tem muito tempo que esta assim, agora viram que não é só políticos é
JUIZ, mulé de juiz, filho, filha, puta, tudo; sempre desconfiei de JUIZ, se
acha o dono da razão e caga igual a todos, quando não vivem com diarreia. TRABALHEI
NA CASA DE um Juiz aqui em São Paulo, eles só têm merda na cabeça, não quero
dizer que não se salva alguns, mas aquele para quem trabalhei e os amigos dele
eram umas bostas. Comentavam os causos que julgavam e davam risadas, comiam do
bom e do melhor e regulava a água do banho e o que os empregados bebiam. Um filho
meu queria fazer direito, depois publicidade, eu disse se fizer um desses eu
num pago, nem mora comigo. Juiz, ladrão publicitário que mente descaradamente e
rouba os outros com o apoio da desgramada da REDE GLOBO, nem pensar. Basta a
mentira da Bíblia que já matou muita, muita gente com suas mentiras deslavadas,
na minha casa não tem televisão, dei,
quando quero ver uma novela, aí vejo pelo meu celular, mas é outra podridão. É
tudo igual, deixa a gente gago, e viramos gado que vai pro matadouro."
O gari da noite que passa na Maria
Figueiredo/Paulista e sempre desço de madrugada para trocar ideias rápidas,
penúltima quinta me disse — "Isso
com que trabalho é mais limpo que Brasília, agora nós somos uma classe desunida
porque se quiséssemos pararíamos o Brasil, porque isto virou uma merda, um
puteiro, mas o povo tem culpa pois votou nessa merda. O povo se impressiona com
a cara, não pergunta nem discute política. Fazem política com os vizinhos, mas não
entendem que tão fazendo também política. Ah! e tem os pastores, esses são o
capeta, deixei a casa da minha mãe, pois unhava bolsa família e ainda dava a
esses putos. Agora sabe o que é isso, falta de gente cabeça nas periferias, nas
favelas pra ajudar, pra esclarecer, porque se falo eles não acreditam pois sou
Gari. A igreja Católica fazia isso melhor, mas abandonou, mas ainda creio que
vamos sair disso, vai durar muito tempo ainda, agora com o safado do MORO e
estas mulheres de Brasília o povo sabe que juiz é safado, agora pelo menos
ficou CLARO."
A mulher que vende ervas na Praça da
Sé me
diz — “Eu acho graça esse povo que
frequenta esta bosta da catedral, são uns putos, entram pra rezar e ao sair dão
porrada em criança e gritam com nós, eles pensam que a cidade é deles. A cidade
é todos, eu so filha de Índia e Índio, or isso, vendo mato, ervas, sabemos,
conhecemos, pois a terra era nossa, esses portugueses, italianos daqui são uma
merda, eles acham que aqui é a terra deles, terra deles é a puta que pariu. Agora
quando tem dor nas costas, no cu, vem aqui pedir ajuda, mas com cara de doutor,
se achando demais. Uma veio me perguntar sobre uma erva e ficou perguntando,
perguntando, perguntando tanto e duvidando, não aguentei pedi par ela ir embora
e que não falaria nem venderia mais a ela, ela ficou me xingando, aí perdi a
cabeça mandei tomar cu e que saísse, mandou eu me lascar e tomar no cu e ainda
chamou a polícia, falou que era parente de Bolsonaro. Eu disse a senhora e ele
vão tomar no cu, ela disse mais eu sou mulher de militar, eu disse então vá se
danar, come ele e sua família. Fui presa!”