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Carta para o Chico Buarque
José Danon
Chico, você foi, é e será sempre meu herói. Pelo que você foi, pelo que você é e pelo que creio que continuará sendo. Por isso mesmo, ao ver você declarar que vai votar no Lula “por falta de opção”, tomei a liberdade de lhe apresentar o que, na opinião do seu mais devoto e incondicional admirador, pode ser uma opção.
Eu também votei no Lula contra o Collor. Tanto pelo que representava o Lula como pelo que representava o Collor. Eu também acreditava no Lula. E até aprendi várias coisas com ele, como citar ditos da mãe. Minha mãe costumava lembrar a piada do bêbado que contava como se tinha machucado tanto. Cambaleante, ele explicava: “Eu vi dois touros e duas árvores, os que eram e os que não eram. Corri e subi na árvore que não era, aí veio o touro que era e me pegou.” Acho que nós votamos no Lula que não era, aí veio o Lula que era e nos pegou.
Chico, meu mestre, acho que nós, na nossa idade, fizemos a nossa parte. Se a fizemos bem feita ou mal feita, já é uma outra história. Quando a fizemos, acreditávamos que era a correta. Mas desconfio que nossa geração não foi tão bem-sucedida, afinal. Menos em função dos valores que temos defendido e mais em razão dos resultados que temos obtido. Creio que hoje nossa principal função será a de disseminar a mensagem adequada aos jovens que vão gerenciar o mundo a partir de agora. Eles que façam mais e melhor do que fizemos, principalmente porque o que deixamos para eles não foi grande coisa. Deixamos um governo que tem o cinismo de olimpicamente perdoar os “companheiros que erraram” quando a corrupção é descoberta.
Desculpe, senhor, acho que não entendi. Como é, mesmo? Erraram?
Ora, Chico. O erro é uma falha acidental, involuntária, uma tentativa frustrada ou malsucedida de acertar. Podemos dizer que errou o Parreira na estratégia de jogo, que erramos nós ao votarmos no Lula, mas não que tenham errado os zésdirceus, os marcosvalérios, os genoinos, dudas, gushikens, waldomiros, delúbios, paloccis, okamottos, adalbertos das cuecas, lulinhas, beneditasdasilva, burattis, professoresluizinhos, silvinhos,
joãopaulocunhas, berzoinis, hamiltonlacerdas, lorenzettis, bargas, expeditovelosos, vedoins, freuds e mais uma centena de exemplares dessa espécie tão abundante, desafortunadamente tão preservada do risco de extinção por seu tratador.
Esses não erraram. Cometeram crimes. Não são desatentos ou equivocados. São criminosos. Não merecem carinho e consolo, merecem cadeia.
Obviamente, não perguntarei se você se lembra da ditadura militar. Mas perguntarei se você não tem uma sensação de déjà vu nos rompantes de nosso presidente, na prepotência dos companheiros, na irritação com a imprensa quando a notícia não é a favor. Não é exagero, pergunte ao Larry Rother doNew York Times, que, a propósito, não havia publicado nenhuma mentira. Nem mesmo o Bush, com sua peculiar e texana soberba, tem ousado ameaçar jornalistas por publicarem o que quer que seja.
Pergunte ao Michael Moore. E olhe que, no caso do Bush, fazem mais que simples e despretensiosas alusões aos seus hábitos ou preferências alcoólicas no happy hour do expediente. Mas devo concordar plenamente com o Lula ao menos numa questão em especial: quando acusa a elite de ameaçá-lo, ele tem razão.
Explica o Aurélio Buarque de Hollanda que elite, do francês élite, significa “o que há de melhor em uma sociedade, minoria prestigiada, constituída pelos indivíduos mais aptos”.
Poxa! Na mosca. Ele sabe que seus inimigos são as pessoas do povo mais informadas, com capacidade de análise, com condições de avaliar a eficiência e honestidade de suas ações. E não seria a primeira vez que essa mesma elite faz esse serviço. Essa elite lutou pela independência do Brasil, pela República, pelo fim da ditadura, pelas diretas-já, pela defenestração do Collor e até mesmo para tirar o Lula das grades da ditadura em 1980, onde passou 31 dias. Mas ela é a inimiga de hoje. E eu acho que é justamente aí que nós entramos.
Nós, que neste país tivemos o privilégio de aprender a ler, de comer diariamente, de ter pais dispostos a se sacrificar para que pudéssemos ser capazes de pensar com independência, como é próprio das elites - o que, a propósito, não considero uma ofensa -, não deveríamos deixar como herança para os mais jovens presentes de grego como Lula, Chávez, Evo Morales, Fidel - herói do Lula, que fuzila os insatisfeitos que tentam desesperadamente escapar de sua “democracia”. Nossa herança deveria ser a experiência que acumulamos como justo castigo por admitirmos passivamente ser governados pelo Lula, pelo Chávez, pelo Evo e pelo Fidel, juntamente com a sabedoria de poder fazer dessa experiência um antídoto para esse globalizado veneno.
Nossa melhor herança será o sinal que deixaremos para quem vem depois, um claro sinal de que permanentemente apoiaremos a ética e a honestidade e repudiaremos o contrário disto. Da mesma forma que elegemos o bom, destronamos o ruim, mesmo que o bom e o ruim sejam representados pela mesma pessoa em tempos distintos.
Assim como o maior mal que a inflação causa é o da supressão da referência dos parâmetros do valor material das coisas, o maior mal que a impunidade causa é o da perda de referência dos parâmetros de justiça social. Aceitar passivamente a livre ação do desonesto é ser cúmplice do bandido, condenando a vítima a pagar pelo malfeito.
Temos opção. A opção é destronar o ruim. Se o oposto será bom, veremos depois. Se o oposto tampouco servir, também o destronaremos. A nossa tolerância zero contra a sacanagem evitará que as passagens importantes de nossa História, nesse sanatório geral, terminem por desbotar-se na memória de nossas novas gerações.
Aí, sim, Chico, acho que cada paralelepípedo da velha cidade, no dia 1º de outubro, vai se arrepiar.
Seu admirador número 1,
Zé Danon
José Danon é economista e consultor de empresas
terça-feira, 8 de junho de 2010
domingo, 6 de junho de 2010
Benedito Nunes ganha o Prêmio Machado de Assis A iniciativa do prêmio é da Academia Brasileira de Letras
Finalmente alguém tem uma boa idéia e lembrança do GRANDIOSO BENEDITO NUNES!!!!!!!!!!!
Grande filósofo Brasileiro, Paraense de renome Internacional, aqui muitas vezes esquecido!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Fundador do Curso de Filosofia da UFPA!!!!!!!!!!
Paulo A C Vasconcelos
Benedito Nunes ganha o Prêmio Machado de Assis
A iniciativa do prêmio é da Academia Brasileira de Letras
Prêmios e Concursos
PublishNews - 02/06/2010 - Redação
A Academia Brasileira de Letras (ABL) concedeu ao crítico literário, professor, escritor, ensaísta e filósofo paraense Benedito Nunes, pelo conjunto de sua obra e seu perfil, o “Prêmio Machado de Assis” de 2010, a mais importante comenda literária brasileira, concedida todos os anos desde 1941. Ele receberá R$ 100 mil, um diploma e um troféu criado pelo escultor Mário Agostinelli – um pequeno busto de Machado de Assis.
A comissão julgadora foi formada pelos acadêmicos Eduardo Portella, Tarcísio Padilha, Lygia Fagundes Telles, Alfredo Bosi e Domício Proença Filho e a cerimônia será no em 20/7, aniversário de 113 anos da ABL. Na oportunidade, também serão entregues os Prêmios Literários da ABL para as categorias História e Ciências Sociais; Ensaio; Literatura Infantil; Ficção; Tradução; e Poesia; e o Prêmio Roteiro de Cinema. Os vencedores receberão a importância de R$ 50 mil
Benedito Nunes, também professor e um dos fundadores da Faculdade de Filosofia do Pará, depois incorporada pela Universidade Federal do Pará, é autor de uma extensa obra de ensaios, estudos, filosofia e crítica literária. Ensinou literatura e filosofia em outras faculdades do Brasil, da França e dos Estados Unidos. Benedito Nunes, analisada sua obra, é um estudioso capaz de construir pontes entre a interpretação do texto literário e a sondagem filosófica, no caso fenomenológica, na linha dos grandes pensadores existenciais, como o alemão Martin Heidegger e o francês Jean-Paul Sartre. Essa dupla dimensão já aparece em seu estudo antológico, obra pioneira publicada em 1966, sobre a obra de Clarice Lispector: “O drama da linguagem, uma leitura de Clarice Lispector”.
sábado, 5 de junho de 2010
Parada Gay congrega multidão em São Paulo
O SEXO E A VIDA!!!!!!!!!!!
É incrível ainda termos que pedir respeito às pessosa por conta das diferenças de seu gênero sexual.Aonde chegamos neste século XXI?
É necessário ainda GRITAR E PEDIR ,SENÃO OBRIGAR PELA LEI O RESPEITO a pessoas que não exercem a heterosexualidade, como se este fosse o único comportamento dentro da história.!!!!!!!!!!!!!
Ainda não entendemos o que é sexualidade e vida!
Agride-se o próximo pela diferença, gosto, até quando????
Penso que ainda vamos penar muito, enquanto não compreendermos a nós e aos outros nas sua diferenças.
Ainda ferimos e matamos por questões tais, do sexo
O gozo ainda é tabu!!!!!!!!!!!!!!
Daí a parada GAY - a maior do mundo- bem vinda ela para DIZER, DENUNCIAR E EDUCAR, bem como apontar os candidatos HOMOFÓBICOS A EXEMPLO DA CANDIDATA -MARINA SILVA.
Paulo A C Vasconcelos
Recife
NACIONAL // LGBT
Parada Gay congrega multidão em São Paulo
Publicado em 05.06.2010, às 14h15
Do JC Online
A Avenida Paulista se veste de cores. Neste domingo (6) é realizada a Parada Gay, maior evento do gênero no mundo, com expectativa de reunir cerca de 3 milhões de pessoas, os ativistas reivindicam o voto contra a homofobia.
Sob o lema “Vote contra a homofobia – defenda a cidadania”, a 14ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo visa conscientizar os diversos segmentos da comunidade sobre a importância de buscar eleger representantes políticos que defendam a causa gay.
A Parada de São Paulo acontece a partir das 12h, com os trios elétricos saindo da altura da Avenida Brigadeiro Luis Antônio em direção à Rua da Consolação. Ao longo do percurso, o público contará com 900 banheiros públicos, sendo 70 para portadores de necessidades especiais, três postos de atendimento à saúde (no começo da Avenida Paulista, no recuo do Cemitério da Consolação e na rua Maria Antônia) e um telecentro, no recuo da Consolação.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Marcelino Freire conversa com Regina Ribeiro
Marcelino Freire
conversa com
Regina Ribeiro
13.8.2008
O escritor Marcelino Freire conheceu o mundo por Sertânia, miolo pernambucano. O nome Sertânia ainda está pendurado no ouvido e na memória do autor. Mas, é só. Saudades, tem nenhuma de lá. Morou em Paulo Afonso, na Bahia, quando era menino e se embrenhou em Recife onde começou a fazer teatro, pela escrita. Quando quis publicar, foi embora para São Paulo, aos 23 anos. É de lá que despacha uma literatura ligeira, aperreada, que parece saltar obstáculos, digo, pontos. Como a que está no livro Rasif, mar que arrebenta, que acaba de lançar. Nele, Marcelino lapida, ainda mais, o contorno que dá à palavra. Aliás, na narrativa deste autor, a palavra é mínima, fugidia, trepidante. "O que eu escrevo é música, é repente", afirma Marcelino, nesta entrevista, por e-mail ao O POVO, ainda lambendo a cria, que ganhou ilustrações do artista pernambucano Manu Maltez.
Em 2006, foi vencedor do Prêmio Jabuti de Literatura com o livro Contos Negreiros. Mas antes disso, EraOdito, em 2002, começou a lhe abrir portas. É considerado pela crítica um dos destaques entre os contistas da sua geração. Nela figuram Marçal Aquino, Luiz Raffato, Marcelo Mirisola, Rubens Figueredo, entre tantos. O jeito despachado e um tanto quanto abusado soa direto na literatura de Marcelino, feita à base de personagens absolutamente marginais, errantes, sem lugar no mundo, mas com a alma pura de um poeta. A poesia, Marcelino vai buscar em Manuel Bandeira, a quem conheceu menino e nunca mais largou. Já disse que quis ser bandeira: "poeta e doente. Tuberculoso". A tuberculose não o quis, a poesia, sim.
"Meu novo livro é um livro "estrangeiro", pontua Marcelino, que não esconde o sentimento de ser pernambucano em São Paulo. "Continuo sendo um estrangeiro por aqui". É este tal sentimento de desambientação que explode no conto Meu homem-bomba; que não se acomoda como no texto Da paz; que é um estranho em Júnior; que enlouquece no conto I-no-cen-te; que às vezes segue indiferente, como os personagens de Chá. Estão lá os travestis, a arraia miúda, os que não têm uma gota de esperança, os inocentes que ainda esperam Papai Noel. A rapidez que com que se lê, não combina com o incômodo que permanece. Aos poucos, Rasif vai compondo uma colcha de retalhos feito com vida e palavra.
O POVO - Com você, o terreno da literatura é acidentado. O ponto faz as vezes de rochedos (pequenos, talvez, mas rochedos). Por que é assim?
Marcelino Freire - Porque eu respiro assim. Porque uma palavra minha nunca está estacionada em um lugar. Ela salta, dança, se suicida. É preciso ler os meus contos com os ouvidos bem abertos. O tempo todo eu estou "improvisando". Rebolando, embolando em chapa quente. Em pedra quente, embaixo do sol. O que eu escrevo é música, é repente. Acho que é por isso que o meu ponto não é fixo, não é final...
O POVO - Como se deu Rasif?
Marcelino - Eu sempre penso em um livro para os contos que tenho disponíveis, entende? A maioria de uns contos meus, recentes, falava de homem-bomba, guerras nucleares e particulares. Falava de uma língua perdida, de um povo distante. Então pensei em um livro para esses contos. Um livro sobre fim de mundo, final de existência. Aí, falando com uma amiga escritora, Adrienne Myrtes, ela me lembrou que a palavra "Recife" tem origem no árabe "Rasif". Pronto! Eu tenho a minha Árabia própria, que maravilha! E com essa onda de livros árabes, pensei, por que não colocar também a minha pipa para voar [risos]? Brincadeirinhas à parte, gostei disto. Deste lugar chamado "Rasif". E ali fiz habitar os meus personagens. O subtítulo "Mar que Arrebenta" é o significado, no tupi-guarani, da palavra "Pernambuco". Achei legal isto, esta geografia, este cu de mundo que recriei.
O POVO - Em praticamente todos os contos de Rasif, os personagens estão em estado pleno de discordância, há um desconforto latente, como se viver fosse experimentar apenas a estranheza de estar no mundo. Esse é um sentimento seu?
Marcelino - Sim, você acertou em cheio. Há um desconforto, uma desambientação, um desenraizamento. Eu vivo em São Paulo desde 1991. Continuo sendo um estrangeiro por aqui. Meu novo livro é um livro "estrangeiro". Tem línguas mortas, povos antigos, gritos pré-históricos. Minha vontade é sair "gritando, urrando, soltando tiro", como bem diz um dos meus personagens. Se eu não fosse escritor, eu seria um homem-bomba. Acho muito corajoso, de uma poesia trágica ser um homem-bomba, não acha?
O POVO - Marcelino, você é da chamada Geração 90. Entre eles muitos deiraram vários cantos do Brasil e foram para São Paulo. Você considera que faz parte de uma geração que trouxe novos elementos para uma literatura brasileira em crise?
Marcelino - Não sei se eu trouxe "novos" elementos. Trouxe algumas coisas assim, comigo. Mais crises, talvez. Um linguajar, uma cantoria, uma agonia, um aperreio qualquer. Mas esta é só a minha maneira de escrever, de me vingar. Eu não me canso de dizer isto: escrevo porque quero me vingar de algo. E essa vingança veio cheia de gingado. Eu trouxe na bagagem do meu ouvido esse jeito de narrar, de construir uma história, uma memória, uma derrota, sei lá...
OP - Você participou na semana passada de uma feira de livro, aqui pertinho em Mossoró; vai participar da mega-bienal de São Paulo que abre esta semana. Com tanta feira de livro no Brasil, você acha que eles, os livros, estão em alta?
Marcelino - A-do-rei Mossoró! Mulher, que cidade maluca! E fiquei com a lembrança do cangaceiro Jararaca no meu juízo [ele foi morto em Mossoró e virou "santo" por lá]. Gosto que festas literárias aconteçam. Em Paraty, em Mossoró, na Cochinchina. Quanto mais a literatura estiver circulando por aí, melhor para o livro, para o escritor, para o leitor. Não vejo mal nenhum nisso. Essa suruba toda...
OP - Como editor, você coordenou a edição da antologia Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século. Agora, está preparando a edição de uma antologia de contos gays. O escritor Flávio Moreira da Costa já fez quase tudo em termos de antologias, aliás, elas nascem a toda hora, encerrando século, temas, o diabo. Para um leitor, qual a vantagem desse tipo de trabalho?
Marcelino - Nem eu agüento mais antologias [risos]. Mas acho boa essa reunião de contos em um único livro. É bom para pesquisar, para conhecer vários autores de uma paragrafada só. Como toda antologia, depende de quem esteja organizando a coisa. Sobre a antologia de contos gays, que estamos organizando eu e o Santiago, ela ficou para o ano que vem. Está uma beleza! Chama-se "Contos para Ler Fora do Armário".
OP - O que aconteceu com o romance que você começou a escrever?
Marcelino - Meu romance está engavetado, largado no buraco-negro do meu computador. Não sei quando vai sair. Eu não tenho disciplina, não tenho fôlego para narrativas longas. Continuarei nos meus contos/cantos/ladainhas curtas, ao que parece. A merda de escrever um romance é que a gente termina um capítulo e vai dormir com um outro. Os personagens ficam navegando no nosso juízo. E eu quero dormir, não quero escrever...
SERVIÇO
Rasif. mar que arrebenta
Livro de contos de Marcelino Freire. Ilustrado por Manu Maltez. Editora Record.
124 pgs. R$ 26
Manu Maltez é músico, arranjador e ilustrador. No livro que Marcelino Freire está lançando, Rasif.O Mar que arrebenta, Maltez tascou as gravuras que cercam, finalizam e complementam a narrativa. O convite para ilustrar a obra surgiu há dois anos. A conversa entre os dois foi se fortalecendo até que texto e imagem ficassem de mãos atadas, emaranhadas. Manu construiu os desenhos. Marcelino continuou burilando os textos. No final, as gravuras em metal arrebatam e envolvem Rasif. "Gosto de pensar que as imagens ficaram no livro como se fossem 'visões', elas não ilustram situações ou cenas dos contos, mas um possível imaginário de seus personagens", explica ele, por e-mail ao O POVO. (Regina Ribeiro)
O POVO - Como foi o seu encontro com o Marcelino para a realização de Rasif?
Manu Maltez - Marcelino me convidou para fazer o livro no final de 2006 (eu já tinha lido seus outros livros e gostava deveras de sua escrita), e me mostrou o material ainda não totalmente fechado (alguns novos contos foram entrando e outros saíram), e eu mostrei alguns desenhos que achei que tinham proximidade com a coisa, e realmente vimos que essa proximidade já havia de antemão. O "arabesco dos desenhos", seu grafismo visceral, orgânico, esses seres, urubus que são mar, que são mãos que são garras que são asas, uma grande parte disso já havia. Tem gravura inclusive que já existia antes do livro, como a que aparece depois do conto We speak english, ou como a imagem da capa que era um desenho, que depois passei para gravura e virou outra coisa. Assim decidimos que eu não ilustraria nenhum conto especificamente, apenas juntaríamos os dois universos, que se complementariam, um enriquecendo o outro. A partir daí, decidi que faria o livro todo com gravuras em metal, pois era algo que há muito tempo estava querendo fazer, e achei que a própria técnica da gravura (raspando, cortando, jogando ácidos sobre a placa de cobre) tinha a ver com o livro, com seus embates e conflitos, seu título rascante.
OP - Em vez de abrir, as imagens encerram os textos, o que torna a imagem um complemento da palavra. Foi assim que a estratégia foi pensada entre vocês?
Manu - Isto também pode ser visto de uma outra forma e vice-versa, uma vez que a primeira coisa com que o leitor se depara é a gravura da capa, que aparece novamente na abertura do livro antes dos contos. Gosto de pensar que as imagens ficaram no livro como se fossem "visões", elas não ilustram situações ou cenas dos contos, mas um possível imaginário de seus personagens, como eles seriam por dentro, e essa é apenas uma das possíveis leituras, ficou uma coisa bastante sugestiva. A nossa "estratégia" ao longo de mais de um ano de elaboração do livro, na verdade foi a de sempre manter o diálogo, Marcelino trazendo textos novos e revistos, e eu mostrando minha produção de gravuras. Fizemos também ao longo desse tempo, apresentações visuais/lítero/musicais do livro em diversos locais da cidade, com Marcelino recitando, projeções das gravuras e eu tocando contrabaixo e piano (sou músico/compositor) e outros músicos convidados. Assim, foi um processo demorado e cheio de diálogos, experimentações e interatividade, e ao final desse tempo, fomos juntando as coisas, e procurando uma ordem natural entre elas. Na verdade são duas linguagens completamente diferentes, que funcionam também muito bem separadas, mas que ganham uma dimensão toda especial juntas num mesmo livro.
O POVO - O texto do Marcelino é curto, pincelado de pontos, cortando o pensar. Esse dados poético da narrativa teve qual efeito sobre as imagens?
Manu - A grande graça é que são dois universos de linguagens muito diferentes mas com muita coisa em comum, inclusive na parte formal/estrutural, existe uma escrita no desenho, e um desenho na escrita, ... é difícil explicar.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Pernambucano assume cadeira na Academia Brasileira de Letras
A notícia é de bom alvitre, mas o que é mais engraçado é o Sr.Muniz Sodré concorrendo a uma cadeira.Que expressão tem este cidadão para ter a audácia em candidatar-se.Coisas do Brasil!!!!!!!
Bom, ocorre que ele se acha o máximo, haja visto palestras vistas e ouvidas quando eu ainda tinha saco,e quando assim eu fiz percebi que o mesmo se acha o show dos shows com sua empafia de intelectual das comunicações.Só falta José Marques de Melo, candidatar-se ao posto, como capitão nordestino que é dentro do meio institucional das engrenagens polítiqueiras das suas sociedades científicas .
Pernambucano assume cadeira na Academia Brasileira de Letras
Do JC Online
Geraldo Holanda Cavalcanti, 81, recebeu 20 votos e conquistou a cadeira 29 da ABL
Divulgação
O escritor pernambucano Geraldo Holanda Cavalcanti, 81, recebeu 20 votos e conquistou a cadeira 29 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Seus concorrentes eram o ministro do Supremo Tribunal Federal, Eros Grau (10 votos), o presidente da Biblioteca Nacional, Muniz Sodré (8 votos) e o músico Martinho da Vila, que não recebeu nenhum voto.
O poeta tradutor, ensaísta e memorialista Holanda Cavalcanti já havia tentado integrar a academia há quatro anos, mas retirou candidatura para não disputar a vaga com amigos.
Por mais de quatro décadas, o pernambucano atuou como diplomata. Foi embaixador no México, na Unesco e na União Europeia. Entre as obras publicadas figuram O Mandiocal de Verdes Mãos (1964), Poesia Reunida (1998) - pelo qual conquistou o prêmio Fernando Pessoa, da União Brasileira de Escritores- , Encontro em Ouro Preto (contos, 2007) As Desventuras da Graça (memórias, 2010).
Fonte: Com informações da Folha.com
Bom, ocorre que ele se acha o máximo, haja visto palestras vistas e ouvidas quando eu ainda tinha saco,e quando assim eu fiz percebi que o mesmo se acha o show dos shows com sua empafia de intelectual das comunicações.Só falta José Marques de Melo, candidatar-se ao posto, como capitão nordestino que é dentro do meio institucional das engrenagens polítiqueiras das suas sociedades científicas .
Pernambucano assume cadeira na Academia Brasileira de Letras
Do JC Online
Geraldo Holanda Cavalcanti, 81, recebeu 20 votos e conquistou a cadeira 29 da ABL
Divulgação
O escritor pernambucano Geraldo Holanda Cavalcanti, 81, recebeu 20 votos e conquistou a cadeira 29 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Seus concorrentes eram o ministro do Supremo Tribunal Federal, Eros Grau (10 votos), o presidente da Biblioteca Nacional, Muniz Sodré (8 votos) e o músico Martinho da Vila, que não recebeu nenhum voto.
O poeta tradutor, ensaísta e memorialista Holanda Cavalcanti já havia tentado integrar a academia há quatro anos, mas retirou candidatura para não disputar a vaga com amigos.
Por mais de quatro décadas, o pernambucano atuou como diplomata. Foi embaixador no México, na Unesco e na União Europeia. Entre as obras publicadas figuram O Mandiocal de Verdes Mãos (1964), Poesia Reunida (1998) - pelo qual conquistou o prêmio Fernando Pessoa, da União Brasileira de Escritores- , Encontro em Ouro Preto (contos, 2007) As Desventuras da Graça (memórias, 2010).
Fonte: Com informações da Folha.com
PARA UMA COMUNICAÇÃO NO TRÂNSITO MELHOR.
Em grandes cidades, como São Paulo, não se fala de comunicação no trânsito, refiro-me aos motoristas entre si, sobretudo.Não se usa regras , como as determinadas, pisca-pisca para direita , para esquerda, não se enfileira no lado correto para entradas a direita ou a esquerda etc. .A comunicação é quase inexistente.Os super carros se acham com direito de livre passagem e os semáforos é como se fosse para estes um complicador .Percebe-se a distinção de classes sociais , quando da imposição de ações no trânsito.O maior, o mais veloz , os de super marcas querem obediência aos menores, de marcas populares, como os de motores 1.0.A gentileza é rara, não há sinais de agradecimentos, como antigamente, como piscar de faróis , buzinar levemente agradecendo etc.O jovem de classe média faz e desfaz no trânsito, faz zigue - zague , cortam etc.
Somos os civilizados anticivilIzados para a complexidade que nós próprios criamos, dentro de nossas máquinas e na interação com as mesmas dentro do espaço social.
Buscamos a democracia na política-governo, mas não sabemos nos governar democraticamente dentro do mínimo espaço social cidadão-as vias - o trânsito.
O respeito ao pedestre é infame. não se respeita, muito menos os idosos , crianças e os portadores de deficiência.
Que cidadania é esta?
Onde esta o Detran, e nós, sim NÓS?
Onde estão as políticas públicas de ações educativas no trânsito em São Paulo, e aqui destaco o Recife, PE,com educadores de trânsito nas ruas e avenidas de grande fluxos
Todos somos cidadãos ou queremos ser e para isto temos que ser educadores em todos os espaços sociais.
E, por fim, desprezamos a GENTILEZA, ela não é adorno, ela é pacto de vida.
paulo a c vasconcelos
terça-feira, 1 de junho de 2010
Violência e Mídia
A mídia segue faturando com a violência na sua grade de programação, e agora a GLOBO também adere.
Esta violência fatura, publiciza, mostra técnicas , e faz novos comportamentos violentos, ou será que a mídia é ingênua a ponto de não perceber seu poder de publicidade, mudança de comportamento e Educação para violência?
Interessante é não se pensar em educação, distribuição de renda e a miséria a que parte da população do povo brasileiro esta submetida, em suas várias esferas por omissões de inserção do jovem criança e adulto em políticas públicas de lazer cultura educação.
E o papel da mídia qual será?Apenas montada no cordel da informação fazer mais violência?
Onde anda a educação permanente? ou esquecemos deste conceito que perpassa as mídias?
Esta violência fatura, publiciza, mostra técnicas , e faz novos comportamentos violentos, ou será que a mídia é ingênua a ponto de não perceber seu poder de publicidade, mudança de comportamento e Educação para violência?
Interessante é não se pensar em educação, distribuição de renda e a miséria a que parte da população do povo brasileiro esta submetida, em suas várias esferas por omissões de inserção do jovem criança e adulto em políticas públicas de lazer cultura educação.
E o papel da mídia qual será?Apenas montada no cordel da informação fazer mais violência?
Onde anda a educação permanente? ou esquecemos deste conceito que perpassa as mídias?
sábado, 29 de maio de 2010
José Nêumanne Pinto e um falatório Impreciso no Jornal do SBT
O paraibano José Nêumanne Pinto, não tem vigor em suas aparições diárias no Jornal do SBT, em se tratando de comentarista político;é frágil, sem densidade no seu discurso o que o leva a uma desmesura discursiva política e sem atrativo ao Jornal de Nascimento-SBT- que exibe qualidade derrapando neste comentarista paraibano.Não tem vigor nem força em seus comentários!!!!!!!!!!!
Uma pena para um jornal que vem desafiando o famoso Jornal da Globo, que está em total decadência editorial e de pauta.
Uma pena para um jornal que vem desafiando o famoso Jornal da Globo, que está em total decadência editorial e de pauta.
Crónica de uma família à beira de um ataque de nervos
Crónica de uma família à beira de um ataque de nervos
por NUNO CARVALHOOntem
Terceira edição da Festa do Cinema Italiano apresenta hoje, como filme de encerramento, a mais recente obra de Ferzan Özpetek, numa sessão com a presença do realizador.
A condição dos homossexuais é um tema frequente na obra de Ferzan Özpetek, realizador italiano de origem turca, e abertamente gay, que se estreou na realização em 1997 com Il Bagno Turco. Uma temática que o autor volta a abordar no seu mais recente filme, Mine Vaganti (escolhido para encerrar a 3.ª edição da Festa do Cinema Italiano e a exibir hoje, pelas 21.30, no Cinema Monumental).
A oitava longa-metragem de Özpetek é uma comédia dramática centrada numa família italiana da alta burguesia em que cada membro oculta um segredo atrás de uma fachada de conveniências. O filme centra-se em Tommaso (Riccardo Scamarcio), um dos três filhos de um clã que detém uma fábrica de massas, que ao regressar a casa da família, depois de uma estada em Roma (onde os pais julgam que se prepara para dar continuidade ao negócio familiar, mas onde realmente faz estudos de literatura com vista a tornar-se escritor), se prepara para revelar o segredo que o atormenta - o facto de ser homossexual. Mas quando o seu irmão Antonio (Alessandro Preziosi), roubando- -lhe o momento em que se preparava para sair do armário, se declara gay perante toda a família, Tommaso vê-se obrigado a calar o seu segredo por temer pela saúde do pai (Ennio Fantastichini), que sofre um ataque cardíaco ao ouvir a inesperada revelação.
Özpetek e o argumentista Ivan Cotroneo voltam a abordar o tema da "saída do armário" neste filme que cruza a comédia de costumes com o melodrama sentimental para encenar em tom de suave farsa (fazendo um uso deliberado do estereótipo) a "tragédia" que representa para muitos pais de espírito conservador (e certamente egoísta) o facto de terem um filho gay. Num estilo acessível, Mine Vaganti retrata com humor, mas também com dureza, o absurdo e o erro dos que vêem como maldição aquilo que na verdade não o é.
Próxima terça-feira dia 1 de junho nossas florestas irão sofrer um ataque perigoso
Próxima terça-feira dia 1 de junho nossas florestas irão sofrer um ataque perigoso – deputados da “bancada ruralista” estão tentando destruir o nosso Código Florestal, buscando reduzir dramaticamente as áreas protegidas, incentivando o desmatamento e crimes ambientais.
O que é mais revoltante, é que os responsáveis por revisar essa importante lei são justamente os ruralistas representantes do grande agronegócio. É como deixar a raposa cuidando do galinheiro!
Há um verdadeiro risco da Câmara aprovar a proposta ruralista – mas existem também alguns deputados que defendem o Código e outros estão indecisos. Nos próximos dias, uma mobilização massiva contra tentativas de alterar o Código, pode ganhar o apoio dos indecisos. Vamos mostrar que nós brasileiros estamos comprometidos com a proteção ambiental – clique abaixo para assinar a petição em defesa do Código Florestal:
http://www.avaaz.org/po/salve_codigo_florestal/?vl
Enquanto o mundo todo defende a proteção do meio ambiente, um grupo de deputados está fazendo exatamente o contrário: entregando de mão beijada as nossas florestas para os maiores responsáveis pelo desmatamento do Cerrado e da Amazônia. Eles querem simplesmente garantir a expansão dos latifúndios, quando na verdade uma revisão do Código deveria fortalecer as proteções ao meio ambiente e apoiar pequenos produtores.
As propostas absurdas incluem:
Reduzir a Reserva Legal na Amazônia de 80% para 50%
Reduzir as Áreas de Preservação Permanente como margens de rios e lagoas, encostas e topos de morro:
Anistia aos crimes ambientais, sem exigir o reflorestamento da área
Transferir a legislação ambiental para o nível estatal, removendo o controle federal
Essa não é uma escolha entre ambientalismo e desenvolvimento econômico, um estudo recente mostra que o Brasil ainda tem 100 milhões de hectares de terra disponíveis para a agricultura, sem ter que desmatar um único hectare da Amazônia.
A proteção das floretas e comunidades rurais dependem do Código Florestal, assim como a prevenção das mudanças climáticas e a luta contra a desigualdade do campo. Assine a petição para salvar o Código Florestal e depois divulgue!
http://www.avaaz.org/po/salve_codigo_florestal/?vl
Juntos nós aprovamos a Ficha Limpa na Câmara e no Senado. Se agirmos juntos novamente pelas nossas florestas nós podemos fazer do Brasil um modelo internacional de desenvolvimento aliado à preservação.
O que é mais revoltante, é que os responsáveis por revisar essa importante lei são justamente os ruralistas representantes do grande agronegócio. É como deixar a raposa cuidando do galinheiro!
Há um verdadeiro risco da Câmara aprovar a proposta ruralista – mas existem também alguns deputados que defendem o Código e outros estão indecisos. Nos próximos dias, uma mobilização massiva contra tentativas de alterar o Código, pode ganhar o apoio dos indecisos. Vamos mostrar que nós brasileiros estamos comprometidos com a proteção ambiental – clique abaixo para assinar a petição em defesa do Código Florestal:
http://www.avaaz.org/po/salve_codigo_florestal/?vl
Enquanto o mundo todo defende a proteção do meio ambiente, um grupo de deputados está fazendo exatamente o contrário: entregando de mão beijada as nossas florestas para os maiores responsáveis pelo desmatamento do Cerrado e da Amazônia. Eles querem simplesmente garantir a expansão dos latifúndios, quando na verdade uma revisão do Código deveria fortalecer as proteções ao meio ambiente e apoiar pequenos produtores.
As propostas absurdas incluem:
Reduzir a Reserva Legal na Amazônia de 80% para 50%
Reduzir as Áreas de Preservação Permanente como margens de rios e lagoas, encostas e topos de morro:
Anistia aos crimes ambientais, sem exigir o reflorestamento da área
Transferir a legislação ambiental para o nível estatal, removendo o controle federal
Essa não é uma escolha entre ambientalismo e desenvolvimento econômico, um estudo recente mostra que o Brasil ainda tem 100 milhões de hectares de terra disponíveis para a agricultura, sem ter que desmatar um único hectare da Amazônia.
A proteção das floretas e comunidades rurais dependem do Código Florestal, assim como a prevenção das mudanças climáticas e a luta contra a desigualdade do campo. Assine a petição para salvar o Código Florestal e depois divulgue!
http://www.avaaz.org/po/salve_codigo_florestal/?vl
Juntos nós aprovamos a Ficha Limpa na Câmara e no Senado. Se agirmos juntos novamente pelas nossas florestas nós podemos fazer do Brasil um modelo internacional de desenvolvimento aliado à preservação.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Chávez dijo que en Argentina algunos medios "tienen una pelea con la verdad"
Chávez dijo que en Argentina algunos medios "tienen una pelea con la verdad"
17:21| El presidente de Venezuela aseguró que al igual que en su país "una buena parte de los medios, manejados por la derecha, tienen un pleito con la Patria y nosotros estamos al frente de la Patria". Y definió a Antonini Wilson como "un agente de la CIA" y "un excremento".
“Igual pasa en Caracas; yo no lo pondría como que Cristina tiene un pleito con los medios y Chávez también”, dijo Hugo Chávez. (Radio La Red)
Hugo Chávez dijo que en Argentina como en Venezuela, algunos medios tienen una pelea con la verdad. Y evitó hablar del caso de Guido Alejandro Antonini Wilson, el empresario que en agosto de 2007 intentó ingresar a la Argentina una valija con 800 mil dólares y fue interceptado por la Policía de Seguridad Aeroportuaria.
Luego de hablar de los festejos por el Bicentenario argentino del que participó junto a la Presidenta argentina y otros mandatarios latinoamericanos, el presidente de Venezuela habló de la relación de ambos gobiernos con la prensa.
"Yo no creo que tengamos peleas con los medios. Algunos medios tienen una pelea con la verdad. Son los medios que son de la derecha, de las burguesías, que le prestaron y apoyaron las dictaduras militares, apoyando gobiernos neoliberales que entregaron la Argentina", indicó el venezolano por radio La Red.
"Igual pasa en Caracas; yo no lo pondría como que Cristina tiene un pleito con los medios y Chávez también", indicó el presidente de Venezuela. "Una buena parte de los medios, manejados por la derecha, tienen un pleito con la Patria y nosotros estamos al frente de la Patria", agregó.
Además, Chávez evitó responder sobre el empresario que intentó ingresar un maletín con 800.000 dólares y dijo que prefiere "hablar de la grandeza de la relación" entre ambos países.
En diálogo con radio La Red, Chávez intentó eludir el tema: "Te quiero hablar de la grandeza de la relación entre Argentina y Venezuela y tú sigues insistiendo en el excremento". "Eso sí es esencial y ustedes siguen hablando de la maldita maleta, de los Antonini, que es un agente de la CIA, compadre", sentenció Chávez, quien fue el único presidente extranjero que participó de la cena ofrecida por Cristina Fernández de Kirchner en la Casa Rosada. La causa por el ingreso al país de Guido Alejandro Antonini Wilson está en manos del juez en lo Penal Económico de Daniel Petrone. Allí se investiga la llegada a la Argentina del empresario venezolano-estadounidense con una valija con casi 800.000 dólares, en el mismo vuelo que integraban funcionarios de las empresas ENARSA, PDVSA y el entonces titular del OCCOVI, Claudio Uberti. De esa causa, también hay otra, como desprendimiento de la principal, en manos del juez federal Marcelo Martínez de Giorgi, quien investiga posibles irregularidades en el alquiler de aviones para trasladar a quién operaba como "embajador paralelo" en Venezuela
17:21| El presidente de Venezuela aseguró que al igual que en su país "una buena parte de los medios, manejados por la derecha, tienen un pleito con la Patria y nosotros estamos al frente de la Patria". Y definió a Antonini Wilson como "un agente de la CIA" y "un excremento".
“Igual pasa en Caracas; yo no lo pondría como que Cristina tiene un pleito con los medios y Chávez también”, dijo Hugo Chávez. (Radio La Red)
Hugo Chávez dijo que en Argentina como en Venezuela, algunos medios tienen una pelea con la verdad. Y evitó hablar del caso de Guido Alejandro Antonini Wilson, el empresario que en agosto de 2007 intentó ingresar a la Argentina una valija con 800 mil dólares y fue interceptado por la Policía de Seguridad Aeroportuaria.
Luego de hablar de los festejos por el Bicentenario argentino del que participó junto a la Presidenta argentina y otros mandatarios latinoamericanos, el presidente de Venezuela habló de la relación de ambos gobiernos con la prensa.
"Yo no creo que tengamos peleas con los medios. Algunos medios tienen una pelea con la verdad. Son los medios que son de la derecha, de las burguesías, que le prestaron y apoyaron las dictaduras militares, apoyando gobiernos neoliberales que entregaron la Argentina", indicó el venezolano por radio La Red.
"Igual pasa en Caracas; yo no lo pondría como que Cristina tiene un pleito con los medios y Chávez también", indicó el presidente de Venezuela. "Una buena parte de los medios, manejados por la derecha, tienen un pleito con la Patria y nosotros estamos al frente de la Patria", agregó.
Además, Chávez evitó responder sobre el empresario que intentó ingresar un maletín con 800.000 dólares y dijo que prefiere "hablar de la grandeza de la relación" entre ambos países.
En diálogo con radio La Red, Chávez intentó eludir el tema: "Te quiero hablar de la grandeza de la relación entre Argentina y Venezuela y tú sigues insistiendo en el excremento". "Eso sí es esencial y ustedes siguen hablando de la maldita maleta, de los Antonini, que es un agente de la CIA, compadre", sentenció Chávez, quien fue el único presidente extranjero que participó de la cena ofrecida por Cristina Fernández de Kirchner en la Casa Rosada. La causa por el ingreso al país de Guido Alejandro Antonini Wilson está en manos del juez en lo Penal Económico de Daniel Petrone. Allí se investiga la llegada a la Argentina del empresario venezolano-estadounidense con una valija con casi 800.000 dólares, en el mismo vuelo que integraban funcionarios de las empresas ENARSA, PDVSA y el entonces titular del OCCOVI, Claudio Uberti. De esa causa, también hay otra, como desprendimiento de la principal, en manos del juez federal Marcelo Martínez de Giorgi, quien investiga posibles irregularidades en el alquiler de aviones para trasladar a quién operaba como "embajador paralelo" en Venezuela
Em João Pessoa, 60 casais estão na lista de espera para adotar uma criança cadastrada
Monique Vilante
ClickPB
O sonho de adotar uma criança pode ser adiado para muitas pessoas. Em João Pessoa, cerca de 60 casais estão na lista de espera e apenas uma criança está cadastrada para ir à adoção. Apesar de ter ocorrido uma ampliação nas preferências, como idade e sexo, o número de crianças disponíveis ainda é baixo.
De acordo com a assistente social do Juizado da Infância e da Juventude da capital, Fátima Cananéa, esta única criança cadastrada é um menino e já está em idade considerada avançada do habitual: cinco anos. Normalmente, as exigências são de meninas recém-nascidas, mas Fátima explica que isso tem mudado, pois a vontade de ter um filho é maior.
“A ansiedade dos adotantes é muito grande, muitos até compram o enxoval antes mesmo de receber a criança. São pessoas que, geralmente, gastaram muito dinheiro com tratamentos para engravidar e que esperam ansiosos pelo primeiro filho”, disse a assistente.
Crianças em abrigos
O resgate dessas crianças para abrigos acontece quando as mães alegam que precisam se organizar e procurar emprego; ou quando são vítimas de maus tratos dentro de casa ou até mesmo abandonadas.
No Brasil, existem muitas crianças em abrigos e poucas para adoção. Em João Pessoa, têm cerca de doze abrigos comportando uma média de duzentas crianças. Fátima conta que esses locais não estão lotados, mas são provisórios. Pela lei, a criança pode permanecer por dois anos num abrigo até que seja retirada. Se os pais ou algum familiar não se responsabilizar pela criança, logo ela será encaminhada para a adoção pelo Ministério Público.
Até o ano passado, havia a adoção consentida, na qual os pais biológicos abdicam do papel de pais e a criança vai diretamente para os adotantes, por uma relação de confiança que há entre as partes. Agora, esse tipo de adoção só pode acontecer com familiares (ver tipos de adoção mais abaixo)*. Fátima analisa e diz que em 2009, se comparado a esse ano, o número de criança está muito abaixo da média.
Acompanhamento
O Juizado da Infância e Juventude faz todo o acompanhamento da criança durante o processo de adoção e adaptação. Fátima diz que é preciso verificar em que condições a criança vai viver e em que ambiente ela será educada, desde seu espaço na casa dos pais até a escola em que irá estudar. Os aspirantes a pais são obrigados a fazer um curso preparatório, que orientará sobre os cuidados com a criança, principalmente sobre a hora certa para revelar a paternidade não biológica.
Para a assistente, muitos desses meninos e meninas carregam traumas psicológicos e necessitam de carinho e atenção. Ela conclui que existem muitos casais dispostos a dar amor a essas crianças. Eles só esperam que a lista aumente para realizar o sonho não só deles de terem um filho, mas de uma criança ter pais.
Quem pode adotar?
Podem adotar uma criança tanto casais como pessoas solteiras; ser maior de 18 anos e ter uma diferença de 16 anos do adotado; qualquer parente pode adotar, menos avôs e irmãos da criança; precisa apresentar boa renda e condições financeiras; não responder a processos criminais; apresentar boas condições de saúde. A partir disso, o juizado marca uma entrevista para verificar a veracidade das informações e só assim o candidato poderá fazer parte da lista de espera.
*Existem três tipos de adoção as quais chamaremos ordinária, consentida e exposta. O tipo da adoção vai depender das circunstâncias em que a criança surgiu ou que caminhos os pais procuraram para a adoção.
Adoção ordinária
É aquela feita todos os dias pela Vara da Infância e da Juventude. A primeira ação dos pretendentes à adoção se inscrevem no Cadastro Nacional de Adoção. Para entrar no Cadastro, é preciso levar à Vara da Infância e da Juventude a documentação necessária. Com a documentação aprovada, os adotantes passam por entrevistas com um psicólogo e uma assistente social. Após essas duas etapas, já está apto a adotar e inscrito no Cadastro.
Os adotantes devem informar que tipo de criança procuram e esse dado vai ser confrontado com os dados das crianças disponíveis para a adoção. Há uma fila de adotantes para aquele perfil de crianças e o casal deve esperar um tempo até que seja a sua vez e a criança esteja disponível. A fila de adotantes mais longa é daqueles que procuram uma menina, até um ano de idade, branca, logo, esse encaixe entre perfil do adotante e da criança costuma demorar um pouco mais.
Quando a criança e o adotante forem compatíveis, eles devem passar por um estágio de convivência, comumente de 15 dias, acompanhados pela Vara da Infância e da Juventude. Após esse período, o juiz anuncia sua decisão quanto à adoção.
O Acalanto não realiza nenhuma ação de apoio judicial nesses casos, mas os adotantes podem procurar o projeto para dúvidas e apoio.
Adoção consentida
A Nova Lei de Adoção modificou o Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei 8.069 - em vários aspectos. Há uma discussão forte sobre continuidade da adoção consentida, que antes da vigência da Nova Lei era permitida e muito comum. Na adoção consentida os pais biológicos abdicam do papel de pais e a criança vai diretamente para os adotantes, por uma relação de confiança que há entre as partes.
O Projeto Acalanto Natal entende que o Art. 166 foi ampliado e que adoção consentida foi regulamentada pelo legislador, e não extinta como tem interpretado o judiciário. Esta é uma discussão que ainda deve durar por algum tempo. Para compreender melhor o assunto leia o artigo "ADOÇÃO CONSENTIDA E A NOVA LEI DE ADOÇÃO" .
Adoção exposta
A exposição de uma criança acontece quando ela é deixada na porta de uma casa ou encontrada em abandono. Esta criança deverá ser imediatamente encaminhada a 1ª Vara da Infância e recolhida numa instituição de acolhimento. Caso a família biológica não seja localizada a criança será encaminhada para adoção e figurará na lista de crianças disponíveis.
ClickPB
O sonho de adotar uma criança pode ser adiado para muitas pessoas. Em João Pessoa, cerca de 60 casais estão na lista de espera e apenas uma criança está cadastrada para ir à adoção. Apesar de ter ocorrido uma ampliação nas preferências, como idade e sexo, o número de crianças disponíveis ainda é baixo.
De acordo com a assistente social do Juizado da Infância e da Juventude da capital, Fátima Cananéa, esta única criança cadastrada é um menino e já está em idade considerada avançada do habitual: cinco anos. Normalmente, as exigências são de meninas recém-nascidas, mas Fátima explica que isso tem mudado, pois a vontade de ter um filho é maior.
“A ansiedade dos adotantes é muito grande, muitos até compram o enxoval antes mesmo de receber a criança. São pessoas que, geralmente, gastaram muito dinheiro com tratamentos para engravidar e que esperam ansiosos pelo primeiro filho”, disse a assistente.
Crianças em abrigos
O resgate dessas crianças para abrigos acontece quando as mães alegam que precisam se organizar e procurar emprego; ou quando são vítimas de maus tratos dentro de casa ou até mesmo abandonadas.
No Brasil, existem muitas crianças em abrigos e poucas para adoção. Em João Pessoa, têm cerca de doze abrigos comportando uma média de duzentas crianças. Fátima conta que esses locais não estão lotados, mas são provisórios. Pela lei, a criança pode permanecer por dois anos num abrigo até que seja retirada. Se os pais ou algum familiar não se responsabilizar pela criança, logo ela será encaminhada para a adoção pelo Ministério Público.
Até o ano passado, havia a adoção consentida, na qual os pais biológicos abdicam do papel de pais e a criança vai diretamente para os adotantes, por uma relação de confiança que há entre as partes. Agora, esse tipo de adoção só pode acontecer com familiares (ver tipos de adoção mais abaixo)*. Fátima analisa e diz que em 2009, se comparado a esse ano, o número de criança está muito abaixo da média.
Acompanhamento
O Juizado da Infância e Juventude faz todo o acompanhamento da criança durante o processo de adoção e adaptação. Fátima diz que é preciso verificar em que condições a criança vai viver e em que ambiente ela será educada, desde seu espaço na casa dos pais até a escola em que irá estudar. Os aspirantes a pais são obrigados a fazer um curso preparatório, que orientará sobre os cuidados com a criança, principalmente sobre a hora certa para revelar a paternidade não biológica.
Para a assistente, muitos desses meninos e meninas carregam traumas psicológicos e necessitam de carinho e atenção. Ela conclui que existem muitos casais dispostos a dar amor a essas crianças. Eles só esperam que a lista aumente para realizar o sonho não só deles de terem um filho, mas de uma criança ter pais.
Quem pode adotar?
Podem adotar uma criança tanto casais como pessoas solteiras; ser maior de 18 anos e ter uma diferença de 16 anos do adotado; qualquer parente pode adotar, menos avôs e irmãos da criança; precisa apresentar boa renda e condições financeiras; não responder a processos criminais; apresentar boas condições de saúde. A partir disso, o juizado marca uma entrevista para verificar a veracidade das informações e só assim o candidato poderá fazer parte da lista de espera.
*Existem três tipos de adoção as quais chamaremos ordinária, consentida e exposta. O tipo da adoção vai depender das circunstâncias em que a criança surgiu ou que caminhos os pais procuraram para a adoção.
Adoção ordinária
É aquela feita todos os dias pela Vara da Infância e da Juventude. A primeira ação dos pretendentes à adoção se inscrevem no Cadastro Nacional de Adoção. Para entrar no Cadastro, é preciso levar à Vara da Infância e da Juventude a documentação necessária. Com a documentação aprovada, os adotantes passam por entrevistas com um psicólogo e uma assistente social. Após essas duas etapas, já está apto a adotar e inscrito no Cadastro.
Os adotantes devem informar que tipo de criança procuram e esse dado vai ser confrontado com os dados das crianças disponíveis para a adoção. Há uma fila de adotantes para aquele perfil de crianças e o casal deve esperar um tempo até que seja a sua vez e a criança esteja disponível. A fila de adotantes mais longa é daqueles que procuram uma menina, até um ano de idade, branca, logo, esse encaixe entre perfil do adotante e da criança costuma demorar um pouco mais.
Quando a criança e o adotante forem compatíveis, eles devem passar por um estágio de convivência, comumente de 15 dias, acompanhados pela Vara da Infância e da Juventude. Após esse período, o juiz anuncia sua decisão quanto à adoção.
O Acalanto não realiza nenhuma ação de apoio judicial nesses casos, mas os adotantes podem procurar o projeto para dúvidas e apoio.
Adoção consentida
A Nova Lei de Adoção modificou o Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei 8.069 - em vários aspectos. Há uma discussão forte sobre continuidade da adoção consentida, que antes da vigência da Nova Lei era permitida e muito comum. Na adoção consentida os pais biológicos abdicam do papel de pais e a criança vai diretamente para os adotantes, por uma relação de confiança que há entre as partes.
O Projeto Acalanto Natal entende que o Art. 166 foi ampliado e que adoção consentida foi regulamentada pelo legislador, e não extinta como tem interpretado o judiciário. Esta é uma discussão que ainda deve durar por algum tempo. Para compreender melhor o assunto leia o artigo "ADOÇÃO CONSENTIDA E A NOVA LEI DE ADOÇÃO" .
Adoção exposta
A exposição de uma criança acontece quando ela é deixada na porta de uma casa ou encontrada em abandono. Esta criança deverá ser imediatamente encaminhada a 1ª Vara da Infância e recolhida numa instituição de acolhimento. Caso a família biológica não seja localizada a criança será encaminhada para adoção e figurará na lista de crianças disponíveis.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Twitter para brasileiro ver Site prepara versão em português, revela executiva. País tem mais usuários que América Latina
LEIA NO JORNAL O GLOBO
Twitter para brasileiro ver
Site prepara versão em português, revela executiva. País tem mais usuários que América Latina
Bruno Rosa:
Twitter, site de microblogs mais popular da internet, já trabalha em uma versão para o português. De acordo com a companhia, o Brasil é um dos países estratégicos, embora inglês e japonês sejam os dois idiomas mais escritos na plataforma.
O brasileiro é um dos povos mais ativos no Twitter, confirmou Jenna Dawn, porta-voz do site americano.
Segundo a consultoria britânica comScore, há 5,945 milhões de usuários no país, cerca de 1,5 milhão de pessoas a mais que em todo o resto da América Latina, onde 4,498 milhões acessam o Twitter.
Em uma conferência com os jornais da América Latina que fazem parte do Grupo de Diarios América (GDA) — formado por 11 dos principais periódicos da região, entre eles O GLOBO — Jenna lembrou do forte crescimento do Twitter no Chile após o terremoto de fevereiro, quando o número de contas aumentou 500%.
Com isso, a empresa percebeu, segundo ela, a importância de ter o site de microblogs em diversos idiomas. Atualmente, são seis: além de inglês, espanhol e japonês, há italiano, francês e alemão.
— Se não tivéssemos Twitter em espanhol, não teríamos conhecido o impacto (da importância do idioma). O Twitter estará disponível em português, mas ainda não temos uma data para o lançamento — revelou.
O Twitter se define como um serviço aberto de informação em tempo real, em que milhões de pessoas trocam conteúdo. A informação postada deve caber em 140 caracteres.
terça-feira, 25 de maio de 2010
Usinas do Rio Madeira: novos problemas trabalhistas
Usinas do Rio Madeira: novos problemas trabalhistas
BY BOLETIM BRASIL -CLIQE NO TÍTULO E VÁ AO ORIGINAL
As frentes de trabalho da empresa V.P. São Paulo, contratada para desmatar áreas que serão inundadas pela Usina de Santo Antônio, ficaram paralisadas de 9 de março a 6 de maio. Usina de Jirau também apresentou condições irregulares
Por Bianca Pyl
Centrais dentro da Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) federal e contestados por ambientalistas, as Usinas Hidrelétricas (UHEs) do Rio Madeira, em Rondônia, colecionam irregularidades trabalhistas. Duas fiscalizações realizadas recentemente nos canteiros de obras da UHE de Santo Antônio e da UHE de Jirau aumentaram o rol de problemas ligados aos empreendimentos.
As frentes de trabalho da V.P. São Paulo, contratada para desmatar áreas que serão inundadas pela Usina de Santo Antônio, ficaram paralisadas de 9 de março a 6 de maio por conta de irregularidades. Alguns equipamentos utilizados na construção da Usina de Jirau também foram interditados. Ano passado, as duas obras foram flagradas com problemas e 38 trabalhadores em condições análogas à escravidão foram libertados nas obras de Jirau.
A primeira fiscalização ocorreu entre 15 e 19 de março na V.P. São Paulo, contratada pela madeireira Madepar - que presta serviço para o consórcio Santo Antônio Energia - para a derrubada de árvores nas localidades de Riacho Doce e Vila Franciscana, às margens esquerda e direita do Rio Madeira.
Em entrevista à Repórter Brasil, a procuradora do trabalho Michelle Bastos Chermont, que participou da ação fiscal, disse que os empregados relataram que foram contratados no Pará e no Amazonas, com promessas de salários superiores aos que vinham recebendo desde que chegaram ao local.
"Eles disseram que os valores não são conforme o combinado e havia atrasos de salários", complementa Michelle, da Procuradoria Regional do Trabalho da 14ª Região (PRT -14). Além disso, a empresa reteve a Carteira de Trabalho e da Previdência Social (CTPS) dos trabalhadores por até 120 dias. A V.P. São Paulo fornecia somente um uniforme aos empregados, que eram obrigados a trabalhar até com a camiseta molhada, por falta de peças para revezar. O período de trabalho dos empregados variava de 90 a 120 dias.
De acordo com Michelle, a alimentação era de "embrulhar o estômago". O cardápio era sempre o mesmo: carne com osso. O auditor fiscal Juscelino José Durgo dos Santos, coordenador da fiscalização rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Rondônia (SRTE/RO), confirma que a péssima alimentação era servida aos 31 trabalhadores que estavam alojados na "Vila Franciscana". "Os empregados estavam há cerca de três meses comendo carne com osso todos os dias, sem uma salada sequer", relata.
As instalações sanitárias deste alojamento também estavam em desacordo com o padrão estabelecido pela Norma Regulamentadora 31 (NR 31). "A parede era construída totalmente em madeira sem observância da altura mínima em material liso, impermeável e lavável", acrescenta.
A V.P. São Paulo disponibiliza três alojamentos para 180 trabalhadores. "Havia a previsão de chegar mais trabalhadores. Entretanto, dado as interdições, a empresa adiou as novas contratações", conta Juscelino, da SRTE/RO. Ele declara ainda que a fiscalização ainda não teve tempo de realizar uma inspeção noturna para confirmar o número de pessoas alojadas, no alojamento da Madepar, alugado pela V.P. São Paulo. Outro abrigo fica na oficina mecânica para os tratores e máquinas pesadas. "Era nesse ambiente que havia duas famílias dormindo juntamente com outros trabalhadores, sendo que no mesmo dia que nos deparamos com a situação a empresa retirou os trabalhadores e levou para um hotel. Precisamos retornar lá para confirmar se os trabalhadores ainda permanecem em hotel ou se retornaram para o local", diz Juscelino. Os outros continuaram nos alojamentos.
A fiscalização resultou na interdição de todas as frentes de obras executadas pela V.P. São Paulo. A paralisação durou até o dia 6 de maio, quando uma equipe de fiscais voltou ao local e verificou que a situação estava regularizada. "Pudemos verificar que os trabalhadores estavam com os equipamentos de proteção, havia duas ambulâncias no local e rotas de fuga", explica Juscelino.
A empresa está terminando de construir um alojamento maior, dentro da área da Madepar. As promessas incluem equipamentos de lazer, uma área só de instalações sanitárias e outra com local para descanso e pernoite. "Isso está na fase final. Creio que, com os prejuízos das interdições e retiradas do pessoal para hotéis, tenha caído a ficha de que a única forma de conduzir os trabalhos até o final sem nós no encalço deles seria regularizando definitivamente as situações".
A procuradora destacou também a ocorrência de pelo menos dois acidentes de trabalho no local e que o socorro às vítimas não foi prestado de forma adequada. "Nenhuma frente de trabalho possuía ambulância, os trabalhadores eram jogados em um carro comum e atravessavam a balsa só então recebiam atendimento médico profissional". As frentes de trabalham ficam mais de 20 km distantes da cidade. Outras irregularidades relacionadas à Saúde e Segurança do Trabalho (SST) apurada pelos fiscais foram a falta de rotas de fuga e o fornecimento inadequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Os fiscais ainda não analisaram a documentação para saber se a empresa pagou os salários dos trabalhadores durante o período de interdição. Por enquanto, foram lavrados quatro autos de infração. A fiscalização não se encerrou.
A ação foi motivada por uma denúncia do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado de Rondônia (STICCERO) que esteve no local e fotografou a situação dos trabalhadores.
Imagens captadas durante a visita do sindicato
em janeiro deste ano (Foto: Danny Bueno)
Em setembro do ano passado, os trabalhadores das duas obras fizeram uma greve geral para reivindicar melhorias nos salários e nas condições de trabalho. De acordo com nota divulgada pelo STICCERO as denúncias "vão desde assédio moral, maus tratos, desvio de funções, falta de assistência médica, falta de ambulâncias, ameaças de demissões, alimentação estragada, não pagamento de horas extras, regime de semi-escravidão, uso de força policial ambiental para coagir trabalhador, agressões físicas, apropriação de objetos pessoais, alojamentos inabitáveis, transporte coletivo de péssima qualidade, retenção de carteiras de trabalhos, falta de equipamento de segurança adequado e uma lista infindável de absurdos".
Precedentes
O grupo especial de auditorias em obras de infraestrutura, do Departamento de Saúde e Segurança do Trabalho (DSST), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), constatou problemas trabalhistas na UHE Santo Antônio, em março de 2009. A obra é tocada pelo consórcio Santo Antônio Energia, composto por empresas como Odebrecht, Andrade Gutierrez, Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Furnas Centrais Elétricas, além de sócios quotistas como o Banco Santander.
Na ocasião, auditores emitiram 48 autos de infração por conta das irregularidades nas obras de Santo Antônio - entre elas, a terceirização ilícita. "Cerca de 100 trabalhadores prestavam serviços e foram considerados como terceirização ilícita", acrescenta o auditor fiscal do trabalho Carlos Paixão, coordenador do grupo especial na época.
Jirau
O grupo especial de infraestrutura do DSST lavrou 330 autos de infração nas obras da UHE de Jirau. A fiscalização interditou uma série de equipamentos que apresentavam riscos, como lanchas e balsas usadas na travessia do rio, veículos para transporte de explosivos e guindastes usados na elevação de cargas pesadas. A fiscalização também determinou a paralisação do corte da mata para a instalação da usina. O grupo do MTE passou dez dias no canteiro de obras. A visita será refeita em junho, para checar eventuais providências tomadas.
No ano passado, a situação encontrada pelos fiscais incluía um grupo de 38 pessoas em situação análoga à escravidão. Os trabalhadores foram libertados pela SRTE/RO e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em setembro do ano passado. As vítimas estavam trabalhando para a Construtora BS, que presta serviço à Energia Sustentável do Brasil (Enersus), consórcio responsável pela construção de Jirau formado por GDF Suez , Camargo Corrêa, Chesf e Eletrosul.
Foram aliciados em Parnarama (MA) por intermediários, que prometeram salários de até R$ 1,2 mil. Eles tiveram que arcar com os custos da viagem da cidade de origem até Sorriso (MT), onde a Construtora BS mantém sua sede. "Do Mato Grosso para Rondônia, a empresa arcou com o transporte. Porém, a irregularidade se deu na forma como os trabalhadores foram arregimentados e pelo fato deles terem que pagar o primeiro trecho da viagem", explica Francisco José Pinheiro Cruz, da Procuradoria Regional do Trabalho da 14ª Região (PRT-14). Atraídos pelos ganhos, descobriram que receberiam salário mínimo e seriam submetidos a um regime de dívidas quando chegaram ao canteiro de obras.
A Repórter Brasil não conseguiu o contato da empresa V.P. São Paulo. A assessoria de imprensa do Consórcio Santo Antônio de Energia informou não ter o contato da empresa. Os empreendimentos no Rio Madeira compõem o rol de obras mais caras do PAC do governo federal e contam com financiamento público do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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BY BOLETIM BRASIL -CLIQE NO TÍTULO E VÁ AO ORIGINAL
As frentes de trabalho da empresa V.P. São Paulo, contratada para desmatar áreas que serão inundadas pela Usina de Santo Antônio, ficaram paralisadas de 9 de março a 6 de maio. Usina de Jirau também apresentou condições irregulares
Por Bianca Pyl
Centrais dentro da Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) federal e contestados por ambientalistas, as Usinas Hidrelétricas (UHEs) do Rio Madeira, em Rondônia, colecionam irregularidades trabalhistas. Duas fiscalizações realizadas recentemente nos canteiros de obras da UHE de Santo Antônio e da UHE de Jirau aumentaram o rol de problemas ligados aos empreendimentos.
As frentes de trabalho da V.P. São Paulo, contratada para desmatar áreas que serão inundadas pela Usina de Santo Antônio, ficaram paralisadas de 9 de março a 6 de maio por conta de irregularidades. Alguns equipamentos utilizados na construção da Usina de Jirau também foram interditados. Ano passado, as duas obras foram flagradas com problemas e 38 trabalhadores em condições análogas à escravidão foram libertados nas obras de Jirau.
A primeira fiscalização ocorreu entre 15 e 19 de março na V.P. São Paulo, contratada pela madeireira Madepar - que presta serviço para o consórcio Santo Antônio Energia - para a derrubada de árvores nas localidades de Riacho Doce e Vila Franciscana, às margens esquerda e direita do Rio Madeira.
Em entrevista à Repórter Brasil, a procuradora do trabalho Michelle Bastos Chermont, que participou da ação fiscal, disse que os empregados relataram que foram contratados no Pará e no Amazonas, com promessas de salários superiores aos que vinham recebendo desde que chegaram ao local.
"Eles disseram que os valores não são conforme o combinado e havia atrasos de salários", complementa Michelle, da Procuradoria Regional do Trabalho da 14ª Região (PRT -14). Além disso, a empresa reteve a Carteira de Trabalho e da Previdência Social (CTPS) dos trabalhadores por até 120 dias. A V.P. São Paulo fornecia somente um uniforme aos empregados, que eram obrigados a trabalhar até com a camiseta molhada, por falta de peças para revezar. O período de trabalho dos empregados variava de 90 a 120 dias.
De acordo com Michelle, a alimentação era de "embrulhar o estômago". O cardápio era sempre o mesmo: carne com osso. O auditor fiscal Juscelino José Durgo dos Santos, coordenador da fiscalização rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Rondônia (SRTE/RO), confirma que a péssima alimentação era servida aos 31 trabalhadores que estavam alojados na "Vila Franciscana". "Os empregados estavam há cerca de três meses comendo carne com osso todos os dias, sem uma salada sequer", relata.
As instalações sanitárias deste alojamento também estavam em desacordo com o padrão estabelecido pela Norma Regulamentadora 31 (NR 31). "A parede era construída totalmente em madeira sem observância da altura mínima em material liso, impermeável e lavável", acrescenta.
A V.P. São Paulo disponibiliza três alojamentos para 180 trabalhadores. "Havia a previsão de chegar mais trabalhadores. Entretanto, dado as interdições, a empresa adiou as novas contratações", conta Juscelino, da SRTE/RO. Ele declara ainda que a fiscalização ainda não teve tempo de realizar uma inspeção noturna para confirmar o número de pessoas alojadas, no alojamento da Madepar, alugado pela V.P. São Paulo. Outro abrigo fica na oficina mecânica para os tratores e máquinas pesadas. "Era nesse ambiente que havia duas famílias dormindo juntamente com outros trabalhadores, sendo que no mesmo dia que nos deparamos com a situação a empresa retirou os trabalhadores e levou para um hotel. Precisamos retornar lá para confirmar se os trabalhadores ainda permanecem em hotel ou se retornaram para o local", diz Juscelino. Os outros continuaram nos alojamentos.
A fiscalização resultou na interdição de todas as frentes de obras executadas pela V.P. São Paulo. A paralisação durou até o dia 6 de maio, quando uma equipe de fiscais voltou ao local e verificou que a situação estava regularizada. "Pudemos verificar que os trabalhadores estavam com os equipamentos de proteção, havia duas ambulâncias no local e rotas de fuga", explica Juscelino.
A empresa está terminando de construir um alojamento maior, dentro da área da Madepar. As promessas incluem equipamentos de lazer, uma área só de instalações sanitárias e outra com local para descanso e pernoite. "Isso está na fase final. Creio que, com os prejuízos das interdições e retiradas do pessoal para hotéis, tenha caído a ficha de que a única forma de conduzir os trabalhos até o final sem nós no encalço deles seria regularizando definitivamente as situações".
A procuradora destacou também a ocorrência de pelo menos dois acidentes de trabalho no local e que o socorro às vítimas não foi prestado de forma adequada. "Nenhuma frente de trabalho possuía ambulância, os trabalhadores eram jogados em um carro comum e atravessavam a balsa só então recebiam atendimento médico profissional". As frentes de trabalham ficam mais de 20 km distantes da cidade. Outras irregularidades relacionadas à Saúde e Segurança do Trabalho (SST) apurada pelos fiscais foram a falta de rotas de fuga e o fornecimento inadequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Os fiscais ainda não analisaram a documentação para saber se a empresa pagou os salários dos trabalhadores durante o período de interdição. Por enquanto, foram lavrados quatro autos de infração. A fiscalização não se encerrou.
A ação foi motivada por uma denúncia do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado de Rondônia (STICCERO) que esteve no local e fotografou a situação dos trabalhadores.
Imagens captadas durante a visita do sindicato
em janeiro deste ano (Foto: Danny Bueno)
Em setembro do ano passado, os trabalhadores das duas obras fizeram uma greve geral para reivindicar melhorias nos salários e nas condições de trabalho. De acordo com nota divulgada pelo STICCERO as denúncias "vão desde assédio moral, maus tratos, desvio de funções, falta de assistência médica, falta de ambulâncias, ameaças de demissões, alimentação estragada, não pagamento de horas extras, regime de semi-escravidão, uso de força policial ambiental para coagir trabalhador, agressões físicas, apropriação de objetos pessoais, alojamentos inabitáveis, transporte coletivo de péssima qualidade, retenção de carteiras de trabalhos, falta de equipamento de segurança adequado e uma lista infindável de absurdos".
Precedentes
O grupo especial de auditorias em obras de infraestrutura, do Departamento de Saúde e Segurança do Trabalho (DSST), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), constatou problemas trabalhistas na UHE Santo Antônio, em março de 2009. A obra é tocada pelo consórcio Santo Antônio Energia, composto por empresas como Odebrecht, Andrade Gutierrez, Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Furnas Centrais Elétricas, além de sócios quotistas como o Banco Santander.
Na ocasião, auditores emitiram 48 autos de infração por conta das irregularidades nas obras de Santo Antônio - entre elas, a terceirização ilícita. "Cerca de 100 trabalhadores prestavam serviços e foram considerados como terceirização ilícita", acrescenta o auditor fiscal do trabalho Carlos Paixão, coordenador do grupo especial na época.
Jirau
O grupo especial de infraestrutura do DSST lavrou 330 autos de infração nas obras da UHE de Jirau. A fiscalização interditou uma série de equipamentos que apresentavam riscos, como lanchas e balsas usadas na travessia do rio, veículos para transporte de explosivos e guindastes usados na elevação de cargas pesadas. A fiscalização também determinou a paralisação do corte da mata para a instalação da usina. O grupo do MTE passou dez dias no canteiro de obras. A visita será refeita em junho, para checar eventuais providências tomadas.
No ano passado, a situação encontrada pelos fiscais incluía um grupo de 38 pessoas em situação análoga à escravidão. Os trabalhadores foram libertados pela SRTE/RO e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em setembro do ano passado. As vítimas estavam trabalhando para a Construtora BS, que presta serviço à Energia Sustentável do Brasil (Enersus), consórcio responsável pela construção de Jirau formado por GDF Suez , Camargo Corrêa, Chesf e Eletrosul.
Foram aliciados em Parnarama (MA) por intermediários, que prometeram salários de até R$ 1,2 mil. Eles tiveram que arcar com os custos da viagem da cidade de origem até Sorriso (MT), onde a Construtora BS mantém sua sede. "Do Mato Grosso para Rondônia, a empresa arcou com o transporte. Porém, a irregularidade se deu na forma como os trabalhadores foram arregimentados e pelo fato deles terem que pagar o primeiro trecho da viagem", explica Francisco José Pinheiro Cruz, da Procuradoria Regional do Trabalho da 14ª Região (PRT-14). Atraídos pelos ganhos, descobriram que receberiam salário mínimo e seriam submetidos a um regime de dívidas quando chegaram ao canteiro de obras.
A Repórter Brasil não conseguiu o contato da empresa V.P. São Paulo. A assessoria de imprensa do Consórcio Santo Antônio de Energia informou não ter o contato da empresa. Os empreendimentos no Rio Madeira compõem o rol de obras mais caras do PAC do governo federal e contam com financiamento público do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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domingo, 23 de maio de 2010
El Museo del Prado llega al iPhone
De esta manera los fondos de una de las mejores pinacotecas a nivel mundial y respetadas por artistas, historiadores y críticos de arte serán puestos al alcance de cualquier interesado desde hoy a través de la web del museo, que ha sido optimizada y adaptada a las necesidades de esos dispositivos móviles, según una nota de prensa del Prado.
VISITAS VIRTUALES a las grandes galerías del mundo vía un teléfono inteligente son cada vez más comunes.
Ver las exposiciones "El arte del poder" o "Las meninas de (Richard) Hamilton" que reúne estos días el Museo del Prado o comprar las entradas para visitarlas ya es posible a través del iPhone, el iPod Touch o cualquier teléfono celular que tenga el sistema Android, informó hoy el museo más emblemático de Madrid.
Al igual que la londinense National Gallery o el parisino Louvre, entre otras pinacotecas europeas, el Museo del Prado se ha subido al carro de la comunicación utilizando las nuevas tecnologías.
Los futuros interesados en navegar con esos teléfonos móviles por la página del Museo del Prado, que consta también de un enlace en Facebook y Twitter, no tienen necesidad de descargarse una aplicación o "software" de pago, según la organizacion.
Esta iniciativa dada a conocer hoy se enmarca dentro del proyecto "La mejor experiencia del Prado", que busca facilitar el acceso del público a los servicios, actividades y colecciones de los que dispone esa pinacoteca.
De esta manera los usuarios del iPhone o iPod Touch, por ejemplo, podrán adquirir entradas y consultar información práctica como horarios o tarifas en doce idiomas y audioguías de las colecciones permanentes del Museo del Prado y vídeos de exposiciones temporales con tan sólo un clic digital.
EFE
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Al igual que la londinense National Gallery o el parisino Louvre, entre otras pinacotecas europeas, el Museo del Prado se ha subido al carro de la comunicación utilizando las nuevas tecnologías.
Los futuros interesados en navegar con esos teléfonos móviles por la página del Museo del Prado, que consta también de un enlace en Facebook y Twitter, no tienen necesidad de descargarse una aplicación o "software" de pago, según la organizacion.
Esta iniciativa dada a conocer hoy se enmarca dentro del proyecto "La mejor experiencia del Prado", que busca facilitar el acceso del público a los servicios, actividades y colecciones de los que dispone esa pinacoteca.
De esta manera los usuarios del iPhone o iPod Touch, por ejemplo, podrán adquirir entradas y consultar información práctica como horarios o tarifas en doce idiomas y audioguías de las colecciones permanentes del Museo del Prado y vídeos de exposiciones temporales con tan sólo un clic digital.
EFE
sexta-feira, 21 de maio de 2010
UM BEST-SELLER É UM BEST-SELLER
CONTINENTE CULTURAL UMA REVISTA SÉRIA PERNAMBUCANA PARA O BRASIL -CLIQUE NO TÍTULO
Carol Almeida
Especialistas falam das leis que regem o mercado dos livros mais vendidos.
“Como posso escrever um livro pensando em agradar ao mesmo tempo a um caminhoneiro, uma dona de casa do Kansas e um nobre inglês? O que faço é seguir uma trilha imaginária de ideias que satisfaçam a minha curiosidade e emoções. O resto é sorte.” Sidney Sheldon
O prato fundo aguardava pelo caldo quente de uma receita que, estava certo, só poderia ser mágica, talvez até magicamente malévola. Um conforto apetitoso para os inocentes juízes que imaginam ser próprio da alquimia criar algo que escapa de sua compreensão e, pior, de seu controle. Mas a sopa não veio e no prato fundo ficou apenas o reflexo de dúvidas projetadas na porcelana da lógica crítica. O que best-sellers e mega-sellers têm a ver com isso? Eles eram o prato do dia, o que não foi servido. Imaginava-se que esse prato poderia ser desmembrado pelo aguçado paladar de gourmets literários prontos para descrever todos os ingredientes que fizeram daquela obra um caldo comercialmente imbatível e, quem sabe, copiar a receita em causa própria.
Quando surgiu na mesa a ideia de um texto sobre a liga que une livros de ficção que vendem milhões de cópias, havia no ar uma condenável inocência de que não poderia ser tão difícil assim, ou ao menos não tão rebuscadamente difícil, extrair o sumo do sucesso editorial de títulos que, a despeito de todas as profecias sobre o fim do livro, quebram recordes de venda, chegam aos cinemas, à TV e transformam alguns escritores em milionárias ou bilionárias celebridades. Mas aí veio o primeiro sinal de que a sopa não chegaria assim mágica à mesa. Depois de um silencioso suspiro, Luciana Villas-Boas, diretora editorial da Record, foi desanimadoramente sincera: “Acho essa matéria que você está fazendo tão difícil. Acho que você vai penar.”
O que Luciana gentilmente quis dizer é que, não, ela não tinha receita, sequer ingredientes, que pudessem apontar o caminho das galinhas dos ovos de ouro do mercado editorial. No entanto, assim como ela, vários outros editores nos levaram a entender que, uma vez dentro da indústria de romances comerciais, existe, da parte das companhias editoras, um jogo de apostas altas em um atípico pôquer de cartas que se repetem na mesa, ainda que quase todas elas sejam de baralhos diferentes. E que, sim, assim como todo jogo, é preciso Sorte e Sensibilidade, nessa ordem, para saber jogar alto em títulos que podem dar certo.
Com a Sorte, a mesma mencionada acima pelo best-seller Sidney Sheldon, não nos foi cedida conversa. Mas com a Sensibilidade, houve um diálogo mais ou menos consensual que nos levou a entender, por exemplo, por que dificilmente um romance brasileiro emplaca entre os mais vendidos e quais os motivos que levam um editor a comprar os direitos de alguns títulos nos cada vez mais disputados leilões editoriais.
E antes de falar da Sensibilidade, uma breve introdução ao contexto das cartas repetidas.
No Brasil muito em particular, o mercado comporta pouca diversidade de títulos por ano. Em 2009, foram publicados cerca de 22 mil diferentes livros novos, enquanto nos Estados Unidos esse número foi de mais de 520 mil. Sendo assim, e segundo os editores brasileiros, não há espaço para a coexistência para mais de uma, ou no máximo duas febres temáticas. Portanto, a lista dos livros de ficção mais vendidos reflete aquilo que chamaremos da síndrome Andy Warhol do mercado editorial. Uma que transforma temas da ficção em uma serialização que pega carona e, para refletir recente caso de tema dominante, vampiriza um ou dois títulos de sucesso. As editoras passam a adotar uma reprodutibilidade mecânica refletida em estranhamente semelhantes capas de livro. No decalque editorial, alguns lançamentos chamam atenção pelo pouco disfarçado sintoma de Mulher Solteira Procura.
De outra maneira, não há como explicar casos como da capa e o próprio nome de Chá das cinco com o vampiro, da editora Objetiva. O livro, escrito pelo paranaense Miguel Sanches Neto, nasceu de conversas com o escritor curitibano Dalton Trevisan (conhecido por sua reclusão e nada contente com o lançamento de Sanches Neto), e agora é vendido, ao menos superficialmente, como mais um romance vampiresco adolescente, com direito a uma capa escura que ilustra a meia imagem de um aparentemente sedutor e nobre sanguessuga.
Apostando na compra impulsiva das imagens repetidas – mais uma vez, Andy Warhol, o profeta – a Objetiva e outras editoras como a Novo Século que recentemente lançou Opúsculo, paródia da saga Crepúsculo com capa e fontes praticamente idênticas à dos livros de Stephenie Meyer, tentam se segurar em alguma brecha do tronco temático para não sofrer as consequências dos ventos fortes que devastam os mais fracos .
Mas o caso da reprodução dos vampiros – e hoje o maior achado editorial não está na saga Crepúsculo (Intrínseca) e sim nos também seriados romances de Diários de um vampiro (Record) – é apenas mais um dos vários exemplos de temas dominantes que puxa linhas de genéricos e similares. Nos anos 1980, eram os thrillers policiais que se espalhavam pelos mais nobres displays das livrarias, em meados dos anos 90, com o surgimento do fenômeno Harry Potter (cujos direitos de publicação dos dois primeiros livros foram adquiridos por uma pechincha de 5 mil dólares pela editora Nova Fronteira), se espalhou pelo mercado brasileiro a febre da literatura fantástica, mais tarde ancorada por lançamentos cinematográficos que deram maior impulsão à venda dos livros.
As editoras começaram então a observar o público jovem com outros olhos e, com a garantia da preservação de best-sellers adultos por aquilo que não deixa de ser uma continuidade do fantástico em temas religiosos (O código da Vinci e seus discípulos), elas investiram nos anos 2000 em romances com jovens protagonistas que, entre eventos de aventuras sobrenaturais, estavam dispostos a evangelizar sobre o amor e o pecado original. Nada disso, no entanto, estava previsto. Para desconsolo de quem trabalha comprando o futuro, todas essas tendências simplesmente aconteceram.
“Esse é o mercado do imponderável”, sintetiza o professor e diretor da Biblioteca Nacional, Muniz Sodré, um dos poucos acadêmicos a publicar um livro sobre o mercado e os pontos de interseção entre os livros mais vendidos: Best-Sellers, a literatura de mercado, na coleção Princípios (Ática), publicado em 1988, quando o termo mega-sellers (títulos que vendem milhões) ainda não existia.
Para Sodré, sempre existiram e continuarão existindo pontos em comum entre todos os best-sellers de ficção, a independer do gênero em que eles se encaixam. Segundo ele, do ponto de vista do conteúdo, há quatro elementos presentes em todos os mais vendidos. O primeiro seria uma “retórica literária e clichês bem agenciados”, com uma linguagem de fácil acesso e amplo espaço para diálogos. O segundo seria a presença constante do mito do herói e, por tabela, a oposição entre o Bem e o Mal. O terceiro elemento seria o da “atualidade”, que tenta dar contextos contemporâneos à trama desenrolada e, por fim, o fator “pedagógico”, aquele que, no dobrar da última página, sempre tem algo a ensinar nas esperadas lições de moral. Com todos esses elementos se constrói uma literatura – e Sodré sustenta que se trata sim de uma literatura – “normalizadora”, em que facilmente o leitor consegue identificar o “normal” e o “estranho”. “A única diferença desses títulos para literatura canônica é que os grandes escritores inventam em cima da língua vernacular escrita. Eles criam uma nova língua. A literatura de massa não ficcionaliza a língua, mas sim o conteúdo.”
Os editores que buscam novos títulos, conhecedores e já experientes em identificar todos esses elementos, sustentam que eles podem até ajudar na hora de fazer escolhas, mas não determinam decisões. O que determina, segundo Tomás Pereira, um dos sócios da editora Sextante (nome constante na lista dos 10 mais vendidos), é a sensibilidade de leitor e a Amazon. “Acredito que a Amazon foi uma revolução no mercado editorial. Há uma grande quantidade de informação sobre cada título ali, explicações e referências muito mais vastas que qualquer livraria poderia oferecer. Se eu quero saber o ranking de vendas de um livro lá fora, posso ver como ele funcionou na França, na Alemanha. O que está começando a fazer sucesso nos Estados Unidos, as críticas, opinião dos leitores, tudo isso encontro lá”. Quanto ao “feeling”, Pereira explica que o processo é bem simples: “A primeira pergunta que você se faz é ‘qual é o tema desse livro?’. A segunda é ‘É um livro que leio com maior facilidade?’ e depois vem a sua própria experiência de leitor”.
Tomás Pereira, que hoje divide com seu irmão Marcos Pereira a tarefa de comandar a Sextante, lembra que a editora começou a publicar ficções depois que seu pai, Geraldo Jordão, leu sobre O código da Vinci na revista Publisher’s Weekly. “Ele resolveu então ler a história. E no dia depois que tinha pego o livro, disse que deveríamos publicar aquilo”, lembra Tomás. A essa altura, o romance começava a fazer sucesso nos Estados Unidos, mas o autor Dan Brown ainda era um ilustre desconhecido do leitor brasileiro. Com insistência do pai e relutância dos filhos, os direitos de publicação foram comprados por 12 mil dólares (contra 10 mil dólares que a Record havia oferecido, na pessoa de Luciana Villas-Boas). Os caixas das livrarias, a receita da Sextante e os mais de três milhões de exemplares vendidos só no Brasil sabem o resto da história.
Ao contrário de Muniz Sodré, Tomás acredita que, uma vez criadas as caixas que compartimentam gêneros, esses romances que vendem centenas de milhares e milhões de exemplares não deveriam ser chamados de literatura. “Trata-se de ficção comercial”, simplifica ele. “Acho que há leituras das quais você sai enriquecido com ideias e conceitos que você guarda pra vida inteira. Isso é literatura. Desses livros comerciais, posso não lembrar nada depois que fecho a última página, mas não vou esquecer aquela experiência extremamente prazerosa que tive durante sua leitura”. Para Tomás, é essa “experiência de leitura” a seiva que alimenta a procura pelo próximo grande best-seller.
Com um termo mais mercadológico, Juliana Cirne, que gerencia a comunicação da editora Intrínseca (coligada da editora Sextante e proprietária dos direitos da saga do jovem Percy Jackson, o novo Harry Potter), define isso como uma “pegada de turning pages” que, em outras palavras, seria explicada pelo grau de ansiedade que um leitor tem em saber o que acontece na próxima página.
Veterana de cassinos do mercado editorial, Luciana Villas-Boas diz que nem mesmo a sensibilidade de leitora ajuda na hora de escolher alguns títulos. “Acho que essa sensibilidade vai até se deteriorando com o tempo”, reflete. Ainda assim, experiente no ramo, ela afirma que, em última análise, tudo se reduz a um jogo e que, não, profissionais do marketing e a vasta publicação sobre tendências de consumo não têm relação alguma com o que acontece no mercado editorial.
“É impossível que análises de consumo identifiquem tendências para o mercado editorial.” Ainda segundo Luciana, essas mesmas pesquisas de marketing podem sim ajudar na venda dos livros, mas não na produção deles ou seleção de títulos por parte das editoras. “Se houvesse fórmula o negócio editorial não seria tão difícil. Você tem que apostar em vários títulos que não certo para conseguir achar um que sustenta a editora por muito tempo. Há um elemento de jogo muito grande”, garante.
Nesse jogo de mais exceções do que regras, há três pontos em comum entre todos as pessoas entrevistadas para este texto. A primeira é de que se torna mais fácil promover e vender um título hoje entrando em contato direto com o leitor, seja a partir de comunidades na internet ou mesmo com a bem-sucedida distribuição de livros pela Avon (as revendedoras da linha de cosméticos venderam cerca de 300 mil cópias da Menina que roubava livros por todo o País, incluindo aí localizações sem acesso a livrarias).
O segundo consenso está na resposta do porquê da comum ausência de títulos nacionais na lista dos mais vendidos. “Raramente no Brasil você tem histórias que retratem um momento histórico e que sejam contadas com uma linguagem fina, porém sem malabarismos vanguardistas e sem buscar a linguagem da rua que o escritor desconhece e, por isso, quando escreve, soa muitas vezes forçada”, aponta Luciana. Juliana Cirne, da Intrínseca, pontua que o caso é, em alguns momentos, prioridade administrativa. “Já chegaram coisas muito bacanas de escritores brasileiros, mas ainda não temos estrutura para atender o autor nacional, que é alguém que acompanha mais de perto o processo de edição do livro. Mas estamos crescendo muito, quem sabe logo em breve teremos esse espaço”.
Tomás Pereira, da Sextante, retoma a questão do conteúdo industrial: “Falta quantidade e qualidade” para que romances nacionais se encaixem no perfil comercial. Muniz Sodré segue a mesma opinião: “A quantidade acaba gerando qualidade e o Brasil não tem uma indústria editorial forte que comporte uma grande produção nacional.” Para todos eles, questões de identificações com realidades mais próximas podem muito bem ser substituídas por elementos universais da fantasia que se desloca de um eixo local.
O terceiro ponto em comum no caso específico do Brasil se explica com aquele efeito da síndrome Andy Warhol. Os editores entendem que existem filões temáticos e, para eles, nada mais natural que buscar o melhor caminho na mesma estrada. Até que, um dia, a repetição se esgote, o tema se sature e alguém comece a juntar os misteriosos ingredientes certos para a próxima sopa que irá aquecer o mercado editorial.
Carol Almeida
Especialistas falam das leis que regem o mercado dos livros mais vendidos.
“Como posso escrever um livro pensando em agradar ao mesmo tempo a um caminhoneiro, uma dona de casa do Kansas e um nobre inglês? O que faço é seguir uma trilha imaginária de ideias que satisfaçam a minha curiosidade e emoções. O resto é sorte.” Sidney Sheldon
O prato fundo aguardava pelo caldo quente de uma receita que, estava certo, só poderia ser mágica, talvez até magicamente malévola. Um conforto apetitoso para os inocentes juízes que imaginam ser próprio da alquimia criar algo que escapa de sua compreensão e, pior, de seu controle. Mas a sopa não veio e no prato fundo ficou apenas o reflexo de dúvidas projetadas na porcelana da lógica crítica. O que best-sellers e mega-sellers têm a ver com isso? Eles eram o prato do dia, o que não foi servido. Imaginava-se que esse prato poderia ser desmembrado pelo aguçado paladar de gourmets literários prontos para descrever todos os ingredientes que fizeram daquela obra um caldo comercialmente imbatível e, quem sabe, copiar a receita em causa própria.
Quando surgiu na mesa a ideia de um texto sobre a liga que une livros de ficção que vendem milhões de cópias, havia no ar uma condenável inocência de que não poderia ser tão difícil assim, ou ao menos não tão rebuscadamente difícil, extrair o sumo do sucesso editorial de títulos que, a despeito de todas as profecias sobre o fim do livro, quebram recordes de venda, chegam aos cinemas, à TV e transformam alguns escritores em milionárias ou bilionárias celebridades. Mas aí veio o primeiro sinal de que a sopa não chegaria assim mágica à mesa. Depois de um silencioso suspiro, Luciana Villas-Boas, diretora editorial da Record, foi desanimadoramente sincera: “Acho essa matéria que você está fazendo tão difícil. Acho que você vai penar.”
O que Luciana gentilmente quis dizer é que, não, ela não tinha receita, sequer ingredientes, que pudessem apontar o caminho das galinhas dos ovos de ouro do mercado editorial. No entanto, assim como ela, vários outros editores nos levaram a entender que, uma vez dentro da indústria de romances comerciais, existe, da parte das companhias editoras, um jogo de apostas altas em um atípico pôquer de cartas que se repetem na mesa, ainda que quase todas elas sejam de baralhos diferentes. E que, sim, assim como todo jogo, é preciso Sorte e Sensibilidade, nessa ordem, para saber jogar alto em títulos que podem dar certo.
Com a Sorte, a mesma mencionada acima pelo best-seller Sidney Sheldon, não nos foi cedida conversa. Mas com a Sensibilidade, houve um diálogo mais ou menos consensual que nos levou a entender, por exemplo, por que dificilmente um romance brasileiro emplaca entre os mais vendidos e quais os motivos que levam um editor a comprar os direitos de alguns títulos nos cada vez mais disputados leilões editoriais.
E antes de falar da Sensibilidade, uma breve introdução ao contexto das cartas repetidas.
No Brasil muito em particular, o mercado comporta pouca diversidade de títulos por ano. Em 2009, foram publicados cerca de 22 mil diferentes livros novos, enquanto nos Estados Unidos esse número foi de mais de 520 mil. Sendo assim, e segundo os editores brasileiros, não há espaço para a coexistência para mais de uma, ou no máximo duas febres temáticas. Portanto, a lista dos livros de ficção mais vendidos reflete aquilo que chamaremos da síndrome Andy Warhol do mercado editorial. Uma que transforma temas da ficção em uma serialização que pega carona e, para refletir recente caso de tema dominante, vampiriza um ou dois títulos de sucesso. As editoras passam a adotar uma reprodutibilidade mecânica refletida em estranhamente semelhantes capas de livro. No decalque editorial, alguns lançamentos chamam atenção pelo pouco disfarçado sintoma de Mulher Solteira Procura.
De outra maneira, não há como explicar casos como da capa e o próprio nome de Chá das cinco com o vampiro, da editora Objetiva. O livro, escrito pelo paranaense Miguel Sanches Neto, nasceu de conversas com o escritor curitibano Dalton Trevisan (conhecido por sua reclusão e nada contente com o lançamento de Sanches Neto), e agora é vendido, ao menos superficialmente, como mais um romance vampiresco adolescente, com direito a uma capa escura que ilustra a meia imagem de um aparentemente sedutor e nobre sanguessuga.
Apostando na compra impulsiva das imagens repetidas – mais uma vez, Andy Warhol, o profeta – a Objetiva e outras editoras como a Novo Século que recentemente lançou Opúsculo, paródia da saga Crepúsculo com capa e fontes praticamente idênticas à dos livros de Stephenie Meyer, tentam se segurar em alguma brecha do tronco temático para não sofrer as consequências dos ventos fortes que devastam os mais fracos .
Mas o caso da reprodução dos vampiros – e hoje o maior achado editorial não está na saga Crepúsculo (Intrínseca) e sim nos também seriados romances de Diários de um vampiro (Record) – é apenas mais um dos vários exemplos de temas dominantes que puxa linhas de genéricos e similares. Nos anos 1980, eram os thrillers policiais que se espalhavam pelos mais nobres displays das livrarias, em meados dos anos 90, com o surgimento do fenômeno Harry Potter (cujos direitos de publicação dos dois primeiros livros foram adquiridos por uma pechincha de 5 mil dólares pela editora Nova Fronteira), se espalhou pelo mercado brasileiro a febre da literatura fantástica, mais tarde ancorada por lançamentos cinematográficos que deram maior impulsão à venda dos livros.
As editoras começaram então a observar o público jovem com outros olhos e, com a garantia da preservação de best-sellers adultos por aquilo que não deixa de ser uma continuidade do fantástico em temas religiosos (O código da Vinci e seus discípulos), elas investiram nos anos 2000 em romances com jovens protagonistas que, entre eventos de aventuras sobrenaturais, estavam dispostos a evangelizar sobre o amor e o pecado original. Nada disso, no entanto, estava previsto. Para desconsolo de quem trabalha comprando o futuro, todas essas tendências simplesmente aconteceram.
“Esse é o mercado do imponderável”, sintetiza o professor e diretor da Biblioteca Nacional, Muniz Sodré, um dos poucos acadêmicos a publicar um livro sobre o mercado e os pontos de interseção entre os livros mais vendidos: Best-Sellers, a literatura de mercado, na coleção Princípios (Ática), publicado em 1988, quando o termo mega-sellers (títulos que vendem milhões) ainda não existia.
Para Sodré, sempre existiram e continuarão existindo pontos em comum entre todos os best-sellers de ficção, a independer do gênero em que eles se encaixam. Segundo ele, do ponto de vista do conteúdo, há quatro elementos presentes em todos os mais vendidos. O primeiro seria uma “retórica literária e clichês bem agenciados”, com uma linguagem de fácil acesso e amplo espaço para diálogos. O segundo seria a presença constante do mito do herói e, por tabela, a oposição entre o Bem e o Mal. O terceiro elemento seria o da “atualidade”, que tenta dar contextos contemporâneos à trama desenrolada e, por fim, o fator “pedagógico”, aquele que, no dobrar da última página, sempre tem algo a ensinar nas esperadas lições de moral. Com todos esses elementos se constrói uma literatura – e Sodré sustenta que se trata sim de uma literatura – “normalizadora”, em que facilmente o leitor consegue identificar o “normal” e o “estranho”. “A única diferença desses títulos para literatura canônica é que os grandes escritores inventam em cima da língua vernacular escrita. Eles criam uma nova língua. A literatura de massa não ficcionaliza a língua, mas sim o conteúdo.”
Os editores que buscam novos títulos, conhecedores e já experientes em identificar todos esses elementos, sustentam que eles podem até ajudar na hora de fazer escolhas, mas não determinam decisões. O que determina, segundo Tomás Pereira, um dos sócios da editora Sextante (nome constante na lista dos 10 mais vendidos), é a sensibilidade de leitor e a Amazon. “Acredito que a Amazon foi uma revolução no mercado editorial. Há uma grande quantidade de informação sobre cada título ali, explicações e referências muito mais vastas que qualquer livraria poderia oferecer. Se eu quero saber o ranking de vendas de um livro lá fora, posso ver como ele funcionou na França, na Alemanha. O que está começando a fazer sucesso nos Estados Unidos, as críticas, opinião dos leitores, tudo isso encontro lá”. Quanto ao “feeling”, Pereira explica que o processo é bem simples: “A primeira pergunta que você se faz é ‘qual é o tema desse livro?’. A segunda é ‘É um livro que leio com maior facilidade?’ e depois vem a sua própria experiência de leitor”.
Tomás Pereira, que hoje divide com seu irmão Marcos Pereira a tarefa de comandar a Sextante, lembra que a editora começou a publicar ficções depois que seu pai, Geraldo Jordão, leu sobre O código da Vinci na revista Publisher’s Weekly. “Ele resolveu então ler a história. E no dia depois que tinha pego o livro, disse que deveríamos publicar aquilo”, lembra Tomás. A essa altura, o romance começava a fazer sucesso nos Estados Unidos, mas o autor Dan Brown ainda era um ilustre desconhecido do leitor brasileiro. Com insistência do pai e relutância dos filhos, os direitos de publicação foram comprados por 12 mil dólares (contra 10 mil dólares que a Record havia oferecido, na pessoa de Luciana Villas-Boas). Os caixas das livrarias, a receita da Sextante e os mais de três milhões de exemplares vendidos só no Brasil sabem o resto da história.
Ao contrário de Muniz Sodré, Tomás acredita que, uma vez criadas as caixas que compartimentam gêneros, esses romances que vendem centenas de milhares e milhões de exemplares não deveriam ser chamados de literatura. “Trata-se de ficção comercial”, simplifica ele. “Acho que há leituras das quais você sai enriquecido com ideias e conceitos que você guarda pra vida inteira. Isso é literatura. Desses livros comerciais, posso não lembrar nada depois que fecho a última página, mas não vou esquecer aquela experiência extremamente prazerosa que tive durante sua leitura”. Para Tomás, é essa “experiência de leitura” a seiva que alimenta a procura pelo próximo grande best-seller.
Com um termo mais mercadológico, Juliana Cirne, que gerencia a comunicação da editora Intrínseca (coligada da editora Sextante e proprietária dos direitos da saga do jovem Percy Jackson, o novo Harry Potter), define isso como uma “pegada de turning pages” que, em outras palavras, seria explicada pelo grau de ansiedade que um leitor tem em saber o que acontece na próxima página.
Veterana de cassinos do mercado editorial, Luciana Villas-Boas diz que nem mesmo a sensibilidade de leitora ajuda na hora de escolher alguns títulos. “Acho que essa sensibilidade vai até se deteriorando com o tempo”, reflete. Ainda assim, experiente no ramo, ela afirma que, em última análise, tudo se reduz a um jogo e que, não, profissionais do marketing e a vasta publicação sobre tendências de consumo não têm relação alguma com o que acontece no mercado editorial.
“É impossível que análises de consumo identifiquem tendências para o mercado editorial.” Ainda segundo Luciana, essas mesmas pesquisas de marketing podem sim ajudar na venda dos livros, mas não na produção deles ou seleção de títulos por parte das editoras. “Se houvesse fórmula o negócio editorial não seria tão difícil. Você tem que apostar em vários títulos que não certo para conseguir achar um que sustenta a editora por muito tempo. Há um elemento de jogo muito grande”, garante.
Nesse jogo de mais exceções do que regras, há três pontos em comum entre todos as pessoas entrevistadas para este texto. A primeira é de que se torna mais fácil promover e vender um título hoje entrando em contato direto com o leitor, seja a partir de comunidades na internet ou mesmo com a bem-sucedida distribuição de livros pela Avon (as revendedoras da linha de cosméticos venderam cerca de 300 mil cópias da Menina que roubava livros por todo o País, incluindo aí localizações sem acesso a livrarias).
O segundo consenso está na resposta do porquê da comum ausência de títulos nacionais na lista dos mais vendidos. “Raramente no Brasil você tem histórias que retratem um momento histórico e que sejam contadas com uma linguagem fina, porém sem malabarismos vanguardistas e sem buscar a linguagem da rua que o escritor desconhece e, por isso, quando escreve, soa muitas vezes forçada”, aponta Luciana. Juliana Cirne, da Intrínseca, pontua que o caso é, em alguns momentos, prioridade administrativa. “Já chegaram coisas muito bacanas de escritores brasileiros, mas ainda não temos estrutura para atender o autor nacional, que é alguém que acompanha mais de perto o processo de edição do livro. Mas estamos crescendo muito, quem sabe logo em breve teremos esse espaço”.
Tomás Pereira, da Sextante, retoma a questão do conteúdo industrial: “Falta quantidade e qualidade” para que romances nacionais se encaixem no perfil comercial. Muniz Sodré segue a mesma opinião: “A quantidade acaba gerando qualidade e o Brasil não tem uma indústria editorial forte que comporte uma grande produção nacional.” Para todos eles, questões de identificações com realidades mais próximas podem muito bem ser substituídas por elementos universais da fantasia que se desloca de um eixo local.
O terceiro ponto em comum no caso específico do Brasil se explica com aquele efeito da síndrome Andy Warhol. Os editores entendem que existem filões temáticos e, para eles, nada mais natural que buscar o melhor caminho na mesma estrada. Até que, um dia, a repetição se esgote, o tema se sature e alguém comece a juntar os misteriosos ingredientes certos para a próxima sopa que irá aquecer o mercado editorial.
Brasil está voando alto demais, diz revista ‘The Economist’
Brasil está voando alto demais, diz revista ‘The Economist’
20 de maio de 2010 | 18h24
Sílvio Guedes Crespo
A revista britânica The Economist tenta responder a questão do momento sobre a economia brasileira: o País consegue crescer com força sem gerar inflação?
A reposta dada pela publicação talvez irrite os empresários que brigam por taxas de juros menos estratosféricas: “Ainda que [o Brasil] esteja crescendo como a China, o Brasil não é a China”, diz a revista, após informar que a economia do País deve ter crescido 10% nos últimos seis meses em taxa anualizada.
Em texto intitulado “Brasil voa alto demais para se manter seguro”, a economia brasileira está parecendo os carros da Toyota que, uma vez em movimento, não paravam de acelerar. A reportagem cita os incentivos do governo como fator que impulsionou a economia depois da crise. “O problema, dizem os críticos, é que muitos dos gastos extras do governo são permanentes”, afirma o texto.
A Economist lembra que a inflação nos últimos 12 meses foi de 5,3%, acima do centro da meta do governo (4,5%), e diz que as importações devem passar as exportações neste ano, pela primeira vez desde 2000.
A revista conta que os cortes de gastos propostos pelo governo, de R$ 10 bilhões anunciados em maio e R$ 21 bilhões em março, servem para a previsão Orçamentária e, mesmo se implementados na íntegra, vão “simplesmente reduzir o ritmo de aumento dos gastos do governo”.
‘Dor na Europa é a alegria de Meirelles’
Contrapondo ao pessimismo verificado na Economist, a agência Bloomberg publicou nesta quinta-feira uma reportagem mostrando que investidores já estão menos temerosos em relação ao crescimento descontrolado do Brasil.
A agência notou que os aplicadores estão apostando em taxas de juros não tão altas para os títulos públicos brasileiros. O retorno esperado de alguns papéis vem caindo ininterruptamente há cinco dias. É um sinal de que os investidores acham que o BC não precisará elevar o juro básico tanto quanto os especialistas vinham supondo. O motivo apontado pela agência é a crise na Europa, que reduzirá preços de commodities e também o ritmo de crescimento mundial. Como consequência, limitará a expansão brasileira e diminuirá a pressão inflacionária.
Leia a reportagem da revista The Economist (em inglês)
Para Bloomberg, dor do BC Europeu é alegria de Meirelles
20 de maio de 2010 | 18h24
Sílvio Guedes Crespo
A revista britânica The Economist tenta responder a questão do momento sobre a economia brasileira: o País consegue crescer com força sem gerar inflação?
A reposta dada pela publicação talvez irrite os empresários que brigam por taxas de juros menos estratosféricas: “Ainda que [o Brasil] esteja crescendo como a China, o Brasil não é a China”, diz a revista, após informar que a economia do País deve ter crescido 10% nos últimos seis meses em taxa anualizada.
Em texto intitulado “Brasil voa alto demais para se manter seguro”, a economia brasileira está parecendo os carros da Toyota que, uma vez em movimento, não paravam de acelerar. A reportagem cita os incentivos do governo como fator que impulsionou a economia depois da crise. “O problema, dizem os críticos, é que muitos dos gastos extras do governo são permanentes”, afirma o texto.
A Economist lembra que a inflação nos últimos 12 meses foi de 5,3%, acima do centro da meta do governo (4,5%), e diz que as importações devem passar as exportações neste ano, pela primeira vez desde 2000.
A revista conta que os cortes de gastos propostos pelo governo, de R$ 10 bilhões anunciados em maio e R$ 21 bilhões em março, servem para a previsão Orçamentária e, mesmo se implementados na íntegra, vão “simplesmente reduzir o ritmo de aumento dos gastos do governo”.
‘Dor na Europa é a alegria de Meirelles’
Contrapondo ao pessimismo verificado na Economist, a agência Bloomberg publicou nesta quinta-feira uma reportagem mostrando que investidores já estão menos temerosos em relação ao crescimento descontrolado do Brasil.
A agência notou que os aplicadores estão apostando em taxas de juros não tão altas para os títulos públicos brasileiros. O retorno esperado de alguns papéis vem caindo ininterruptamente há cinco dias. É um sinal de que os investidores acham que o BC não precisará elevar o juro básico tanto quanto os especialistas vinham supondo. O motivo apontado pela agência é a crise na Europa, que reduzirá preços de commodities e também o ritmo de crescimento mundial. Como consequência, limitará a expansão brasileira e diminuirá a pressão inflacionária.
Leia a reportagem da revista The Economist (em inglês)
Para Bloomberg, dor do BC Europeu é alegria de Meirelles
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Universidades Privadas no Brasil são caso de Polícia!!!!!!!!!!!
Vide fato de Minas, e isto não é só lá, mas em todo Brasil, desrespeito a alunos professores, trangressões com o Mec.As Universidade de grupos privados se transformaram na Indústria do Consumo do Título Universitário.Aluno é consumidor e Educaçao é Mercadoria. Os capitais Internacionais migram para cá para aproveitar a fatia de mercado e fazem e desfazem e o MEC cala-se!!!!!!!!!!!!!!!!
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CASO CONCRETO DO GRUPO PITÁGORAS EM MINAS
UMa manifestação de estudantes terminou em confusão na noite de segunda-feira em Belo Horizonte. Alunos da Faculdade Pitágoras que protestavam contra mudanças no modelo pedagógico da instituição entraram em confronto com policiais militares em frente à unidade da Avenida Raja Gabaglia, no Bairro Gutierrez, Região Oeste de Belo Horizonte.
Breno Borges mostra ferimento na mão direita
A Polícia Militar foi acionada e alguns estudantes alegam que foram agredidos. Segundo o coronel Sandro Teatini, do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam), as denúncias serão apuradas. Breno Borges, estudante de pós-graduação em engenharia de produção, disse que ficou com a mão ferida durante o tumulto.
Polêmica no ensino
Os estudantes questionam o novo sistema da redução de carga horária das aulas presenciais e aplicação do ensino à distância, o que não constaria no contrato assinado no ato da matrícula. A direção da Faculdade Pitágoras argumenta que as mudanças fazem parte de melhorias no projeto educacional.
O Sindicato dos Professores Particulares de Minas Gerais informou que os docentes da Faculdade Pitágoras fazerm assembleia na tarde desta terça-feira para discutir a possiblidade de paralisação das aulas. De acordo com o sindicato, os professores também não concordam com as mudanças no modelo pedagógico.
Leia na íntegra a nota da Faculdade Pitágoras sobre as mudanças
Confira a reportagem da TV Alterosa
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CASO CONCRETO DO GRUPO PITÁGORAS EM MINAS
UMa manifestação de estudantes terminou em confusão na noite de segunda-feira em Belo Horizonte. Alunos da Faculdade Pitágoras que protestavam contra mudanças no modelo pedagógico da instituição entraram em confronto com policiais militares em frente à unidade da Avenida Raja Gabaglia, no Bairro Gutierrez, Região Oeste de Belo Horizonte.
Breno Borges mostra ferimento na mão direita
A Polícia Militar foi acionada e alguns estudantes alegam que foram agredidos. Segundo o coronel Sandro Teatini, do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam), as denúncias serão apuradas. Breno Borges, estudante de pós-graduação em engenharia de produção, disse que ficou com a mão ferida durante o tumulto.
Polêmica no ensino
Os estudantes questionam o novo sistema da redução de carga horária das aulas presenciais e aplicação do ensino à distância, o que não constaria no contrato assinado no ato da matrícula. A direção da Faculdade Pitágoras argumenta que as mudanças fazem parte de melhorias no projeto educacional.
O Sindicato dos Professores Particulares de Minas Gerais informou que os docentes da Faculdade Pitágoras fazerm assembleia na tarde desta terça-feira para discutir a possiblidade de paralisação das aulas. De acordo com o sindicato, os professores também não concordam com as mudanças no modelo pedagógico.
Leia na íntegra a nota da Faculdade Pitágoras sobre as mudanças
Confira a reportagem da TV Alterosa
Usinas de biodiesel não observam problemas da cadeia produtiva
Usinas de biodiesel não observam problemas da cadeia produtiva
Irregularidades ambientais e fundiárias são desconsideradas na compra de matéria-prima por usinas no MT. Normas do Selo Combustível Social também não são totalmente cumpridas em assentamentos de reforma agrária
Por Verena Glass, do Centro de Monitoramento dos Agrocombustíveis
Itaporã (MT) - Das 48 usinas de biodiesel em funcionamento, 42 utilizam a soja como principal matéria-prima. Destas, 26 possuem o Selo Combustível Social, concedido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O selo do governo federal garante incentivos fiscais e garantia de participação no leilão de biodiesel da Agência Nacional do Petróleo (ANP) às usinas em troca da compra de produção oriunda da agricultura familiar.
Enquanto o setor sucroalcooleiro que gera o etanol tem sido pressionado cada vez mais a adotar medidas de responsabilidade social e ambiental em sua cadeia produtiva, a produção de biodiesel a partir da soja ainda carece de instrumentos de controles socioambientais.
Um indício de que o agrocombustível pode estar relacionado ao desmatamento no Cerrado, por exemplo, é que ao menos 15 usinas de biodiesel estão localizadas em municípios citados no Relatório Técnico de Monitoramento do Desmatamento no Bioma Cerrado - 2002 a 2008, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (Ibama/MMA): Cooperbio Verde e Fiagril, em Lucas do Rio Verde (MT); Brasil Ecodiesel, em Porto Nacional (TO); Biocar Biodiesel, em Dourados (MS); Biocamp, em Campo Verde (MT); Petrobras, em Montes Claros (MG); Coomisa, em Sapezal (MT); Cooperbio, em Cuiabá (MT); Araguassu, em Porto Alegre do Norte (MT), B-100, em Araxá (MG); Tecnodiesel, em Sidrolândia (MS); Caibiense, em Rondonópolis (MT); ADM (Archer Daniels Midland), em Rondonópolis (MT); Barralcool, em Barra do Bugres (MT); e Binatural, em Formosa (GO)
De acordo com o MDA, além da exigência de contratação da produção da agricultura familiar pelas usinas e a contrapartida de fornecimento de assistência técnica e celebração de acordo comercial com os agricultores, o Selo Combustível Social não prevê nenhum critério ambiental ou outro mecanismo de monitoramento socioambiental. Ou seja, não compete ao Selo verificar o cumprimento da legislação ambiental ou fundiária nas áreas de agricultura familiar - respeito às Áreas de Preservação Permanente (APPs), averbação de Reserva Legal, tipo de posse da terra etc. -, não constituindo, portanto, garantia de sustentabilidade socioambiental do biodiesel.
O Mato Grosso, com 11 usinas - Cooperbio Verde, CLV Agrodiesel, Beira Rio Biodiesel, Fiagril, Biocamp, Coomisa, Cooperbio, Araguassu, Caibiense, ADM e Barralcool -, pode ser tomado como exemplo. O Estado não apenas tem apresentado problemas ambientais e trabalhistas (trabalho escravo) na sojicultura de larga escala, como também não possui uma agricultura familiar forte. Restrita basicamente aos assentados, a produção familiar ainda enfrenta grandes dificuldades, e o cultivo de soja nos projetos, apesar de muitas vezes ser uma opção econômica, é considerado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) como contrário aos objetivos da reforma agrária (a produção diversificada de alimentos).
Estruturalmente, a produção de biodiesel no Mato Grosso enfrenta uma situação complexa, tanto no que se refere a critérios sociais, ambientais e fundiários, quanto no que tange às exigências do Selo Combustível Social. Enquanto as usinas recorrem aos assentamentos e incentivam o cultivo de soja para atingir os 15% de gastos com a agricultura familiar previstos pelo Selo, o Incra tem tido dificuldades de implementar projetos de desenvolvimento sustentável e regularização ambiental nos assentamentos, o que tem levado a uma situação de insegurança social e jurídica, como problemas de subsistência, irregularidades fundiárias e crimes ambientais.
Em função de desmatamentos de grandes áreas na Amazônia, assentamentos como Mercedes I/II (em Itaporã), Mercedes 5 (em Ipiranga do Norte), Itanhangá (em Tapurah), Pingo D´Água (em Querência), Nova Cotriguaçu (em Cotriguaçu) e Macife I (em Bom Jesus do Araguaia) foram parcial ou totalmente embargados pelo Ibama nos últimos três anos.
Os problemas ambientais, no entanto, não têm interferido nos acordos de compra de soja para biodiesel. De acordo com os assentados que produzem o grão no assentamento Mercedes I/II, as usinas Fiagril, Coomisa e ADM têm adquirido soja das áreas desmatadas para produção do agrocombustível. A maioria dos produtores também afirma não ter recebido assistência técnica, como exige o Selo Combustível Social.
Em relação aos contratos de compra e venda previstos pelo Selo, que devem ser avalizados por entidade representativa dos agricultores (entidades sindicais ou cooperativas), os assentados afirmaram que receberam das usinas pré-financiamentos convencionais que incluem sementes, adubo e agrotóxicos (o que acaba viabilizando a atividade agrícola, pois todas as políticas públicas de incentivo e financiamento estão paralisadas em função do embargo ambiental), mas não ha participação do sindicato no processo.
Questões fundiárias
Em depoimento ao Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis (CMA), os produtores de soja do Assentamento Mercedes I/II contaram que a maior parte deles se fixou no local após 2003, bem depois da criação do projeto, em 1997. Em boa parte oriundos dos estados do Sul, os sojicultores em questão têm uma estrutura produtiva superior (principalmente máquinas agrícolas de grande porte)aos primeiros assentados e se organizam em grupos familiares ou de vizinhos. Eles chegam a cultivar áreas contínuas de soja, milho e arroz que se estendem por até 500 hectares.
De acordo com o Incra, que acaba de finalizar a vistoria da situação ocupacional do assentamento, a situação fundiária e o modelo produtivo do Mercedes I/II deverão ser questionados legalmente. Levantamento do órgão aponta que 77% dos lotes estão em situação irregular - compra e venda de lotes, arrendamentos, concentração fundiária, presença de prepostos etc. -, o que pode levar a expropriações de áreas ocupadas ilegalmente.
Os dados da vistoria foram encaminhados ao Ministério Público Federal (MPF), que está avaliando as informações, mas já adiantou que nenhum assentado que não tenha perfil característico do cliente da reforma agrária deverá permanecer no projeto. O órgão do poder público sustenta que, caso não estejam dentro do perfil e das condições exigidas pelo Incra, mesmo aqueles que estão na área há algum tempo deverão ser removidos.
Quanto ao cultivo de soja, o Incra afirma que qualquer produção em larga escala necessita de autorização, sendo que a unificação de lotes por si só já constitui concentração fundiária irregular. Mesmo no caso da cooperação entre parentes e vizinhos, conforme diretrizes do órgão, é preciso que se mantenham as divisões dos lotes. E cada assentado deve possuir sua própria moradia e organização produtiva, o que não é a regra no Mercedes.
Procuradas pelo CMA sobre critérios socioambientais para a compra de matéria-prima, Barralcool e ADM não responderam aos questionamentos. Já a Fiagril, que afirmou adquirir soja também nos assentamentos Mercedes 5 e Itanhangá, reconheceu que não leva em conta problemas legais de seus parceiros nas relações comerciais, mas declarou que tem buscado promover a adequação dos assentamentos às normas ambientais.
Sobre os acordos com os pequenos produtores (exigidos pelo programa Selo Combustível Social), a Fiagril afirmou que não estabelece este tipo de vínculo com todos os produtores, muitas vezes porque muitos são financiados por outras usinas. A usina diz computar todas as compras para fins de atendimento aos 15% de gastos com a agricultura familiar.
Documentos obtidos pelo CMA mostram que a usina também adquiriu soja de produtores que constam da lista de áreas embargadas por crimes ambientais do Ibama, como os produtores Nelson Lauxen e Paulo Emir Lauxen, ambos de Sinop (MT). Em julho de 2008, a empresa comprou 89.160 kg de soja de Nelson, e em agosto de 2008, 15.941 kg de Paulo Emir, ambos integrantes da lista de áreas embargadas do Ibama desde abril do mesmo ano. Conforme outro documento, a Fiagril manteve relação comercial com o fazendeiro Sadi Zanatta, autuado por trabalho escravo em setembro de 2008.
Outra usina que deverá ter sua atuação questionada pelo Incra é a Biocamp, que atua no assentamento Dom Osório, em Campo Verde (MT). O Incra sustenta que a empresa mantém contratos com os assentados que mais se assemelham a arrendamentos dos lotes, assumindo o preparo do solo, o plantio, a aplicação de agrotóxicos e a colheita. Os agricultores ficam responsáveis apenas pelos cuidados (manejo) da lavoura.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Campo Verde (MT), também em Dom Osório ocorreu a unificação dos lotes para plantio de soja, única lavoura desenvolvida no assentamento. O sindicato afirma que não participou da elaboração dos contratos com os "parceleiros", que já tiveram dificuldades como endividamento em relação à usina, já que esta recebe a produção de soja em pagamento dos investimentos feitos na lavoura e paga apenas pelo excedente.
Problemas estruturais
A aposta das usinas de biodiesel na parceria com os assentamentos de reforma agrária baseada no plantio de soja no Mato Grosso, apesar de ser a saída mais imediata para o atendimento das exigências do Selo Combustível Social, é bastante complexa do ponto de vista social e ambiental.
Conceitualmente, defende o Incra, a soja não é uma lavoura adequada para o desenvolvimento dos assentamentos. Mas a falta de investimentos do órgão nestas áreas deixa poucas alternativas econômicas aos agricultores, rebate o movimento sindical. A exemplo do Mercedes I/II e do Dom Osório, o embargo ambiental, no primeiro caso, e a não formalização legal dos "parceleiros" - que ainda não obtiveram o Contrato de Concessão de Uso (CCU) e a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), necessários para regularizar a ocupação dos lotes e os contratos de venda de matéria prima para biodiesel -, no segundo, transformam as usinas nos únicos investidores dispostos a auxiliar os produtores locais. A sojicultura, por seu turno, aparece como importante geradora de renda nos assentamentos, muitas vezes de forma irregular.
No caso do Dom Osório, avalia o Incra, a falta do CCU e da DAP impede o fechamento de contratos entre usinas e assentados. O número da DAP do agricultor é componente obrigatório da documentação a ser apresentada pela usina ao MDA para a obtenção e manutenção do Selo Combustível Social. Sem a DAP, as operações estão utilizando a Relação de Beneficiários (RB) dos assentados, informou o MDA, mas o instrumento não é mencionado como válido na Instrução Normativa (IN) do Selo Combustível Social.
De acordo com o STR de Campo Verde (MT), não apenas a Biocamp, como também as empresas ADM e Agrenco (usina que perdeu o Selo este ano em função do descumprimento de seus requisitos) têm buscado relações comerciais com os agricultores do assentamento.
Já no Mercedes I/II, agricultores afirmaram que todas as usinas que atuam no assentamento têm "comprado" DAPs de produtores que não trabalham com a cultura. De acordo com as denúncias - é importante frisar que estas não foram comprovadas pelo CMA, que apenas reproduz neste documento o conteúdo dos depoimentos colhidos -, no intuito de aumentar o número de parceiros da agricultura familiar para atender às exigências do Selo Combustível Social, as empresas têm apresentado DAPs de produtores de soja, cultura que não condiz com a atividade dos agricultores em questão.
O MDA declara ter auditado todas as usinas de biodiesel do Mato Grosso em 2008. A avaliação encontrou irregularidades em várias delas, principalmente nos quesitos assistência técnica e celebração de contratos com os agricultores. Em função da gravidade dos problemas, as usinas Agrenco e CLV/Bertin perderam o Selo Combustível Social, sendo que a ADM foi notificada e deve responder aos questionamentos da pasta no período estipulado.
Leia a íntegra do relatório "Os impactos da soja na safra 2009/10", do Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis (CMA)
Irregularidades ambientais e fundiárias são desconsideradas na compra de matéria-prima por usinas no MT. Normas do Selo Combustível Social também não são totalmente cumpridas em assentamentos de reforma agrária
Por Verena Glass, do Centro de Monitoramento dos Agrocombustíveis
Itaporã (MT) - Das 48 usinas de biodiesel em funcionamento, 42 utilizam a soja como principal matéria-prima. Destas, 26 possuem o Selo Combustível Social, concedido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O selo do governo federal garante incentivos fiscais e garantia de participação no leilão de biodiesel da Agência Nacional do Petróleo (ANP) às usinas em troca da compra de produção oriunda da agricultura familiar.
Enquanto o setor sucroalcooleiro que gera o etanol tem sido pressionado cada vez mais a adotar medidas de responsabilidade social e ambiental em sua cadeia produtiva, a produção de biodiesel a partir da soja ainda carece de instrumentos de controles socioambientais.
Um indício de que o agrocombustível pode estar relacionado ao desmatamento no Cerrado, por exemplo, é que ao menos 15 usinas de biodiesel estão localizadas em municípios citados no Relatório Técnico de Monitoramento do Desmatamento no Bioma Cerrado - 2002 a 2008, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (Ibama/MMA): Cooperbio Verde e Fiagril, em Lucas do Rio Verde (MT); Brasil Ecodiesel, em Porto Nacional (TO); Biocar Biodiesel, em Dourados (MS); Biocamp, em Campo Verde (MT); Petrobras, em Montes Claros (MG); Coomisa, em Sapezal (MT); Cooperbio, em Cuiabá (MT); Araguassu, em Porto Alegre do Norte (MT), B-100, em Araxá (MG); Tecnodiesel, em Sidrolândia (MS); Caibiense, em Rondonópolis (MT); ADM (Archer Daniels Midland), em Rondonópolis (MT); Barralcool, em Barra do Bugres (MT); e Binatural, em Formosa (GO)
De acordo com o MDA, além da exigência de contratação da produção da agricultura familiar pelas usinas e a contrapartida de fornecimento de assistência técnica e celebração de acordo comercial com os agricultores, o Selo Combustível Social não prevê nenhum critério ambiental ou outro mecanismo de monitoramento socioambiental. Ou seja, não compete ao Selo verificar o cumprimento da legislação ambiental ou fundiária nas áreas de agricultura familiar - respeito às Áreas de Preservação Permanente (APPs), averbação de Reserva Legal, tipo de posse da terra etc. -, não constituindo, portanto, garantia de sustentabilidade socioambiental do biodiesel.
O Mato Grosso, com 11 usinas - Cooperbio Verde, CLV Agrodiesel, Beira Rio Biodiesel, Fiagril, Biocamp, Coomisa, Cooperbio, Araguassu, Caibiense, ADM e Barralcool -, pode ser tomado como exemplo. O Estado não apenas tem apresentado problemas ambientais e trabalhistas (trabalho escravo) na sojicultura de larga escala, como também não possui uma agricultura familiar forte. Restrita basicamente aos assentados, a produção familiar ainda enfrenta grandes dificuldades, e o cultivo de soja nos projetos, apesar de muitas vezes ser uma opção econômica, é considerado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) como contrário aos objetivos da reforma agrária (a produção diversificada de alimentos).
Estruturalmente, a produção de biodiesel no Mato Grosso enfrenta uma situação complexa, tanto no que se refere a critérios sociais, ambientais e fundiários, quanto no que tange às exigências do Selo Combustível Social. Enquanto as usinas recorrem aos assentamentos e incentivam o cultivo de soja para atingir os 15% de gastos com a agricultura familiar previstos pelo Selo, o Incra tem tido dificuldades de implementar projetos de desenvolvimento sustentável e regularização ambiental nos assentamentos, o que tem levado a uma situação de insegurança social e jurídica, como problemas de subsistência, irregularidades fundiárias e crimes ambientais.
Em função de desmatamentos de grandes áreas na Amazônia, assentamentos como Mercedes I/II (em Itaporã), Mercedes 5 (em Ipiranga do Norte), Itanhangá (em Tapurah), Pingo D´Água (em Querência), Nova Cotriguaçu (em Cotriguaçu) e Macife I (em Bom Jesus do Araguaia) foram parcial ou totalmente embargados pelo Ibama nos últimos três anos.
Os problemas ambientais, no entanto, não têm interferido nos acordos de compra de soja para biodiesel. De acordo com os assentados que produzem o grão no assentamento Mercedes I/II, as usinas Fiagril, Coomisa e ADM têm adquirido soja das áreas desmatadas para produção do agrocombustível. A maioria dos produtores também afirma não ter recebido assistência técnica, como exige o Selo Combustível Social.
Em relação aos contratos de compra e venda previstos pelo Selo, que devem ser avalizados por entidade representativa dos agricultores (entidades sindicais ou cooperativas), os assentados afirmaram que receberam das usinas pré-financiamentos convencionais que incluem sementes, adubo e agrotóxicos (o que acaba viabilizando a atividade agrícola, pois todas as políticas públicas de incentivo e financiamento estão paralisadas em função do embargo ambiental), mas não ha participação do sindicato no processo.
Questões fundiárias
Em depoimento ao Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis (CMA), os produtores de soja do Assentamento Mercedes I/II contaram que a maior parte deles se fixou no local após 2003, bem depois da criação do projeto, em 1997. Em boa parte oriundos dos estados do Sul, os sojicultores em questão têm uma estrutura produtiva superior (principalmente máquinas agrícolas de grande porte)aos primeiros assentados e se organizam em grupos familiares ou de vizinhos. Eles chegam a cultivar áreas contínuas de soja, milho e arroz que se estendem por até 500 hectares.
De acordo com o Incra, que acaba de finalizar a vistoria da situação ocupacional do assentamento, a situação fundiária e o modelo produtivo do Mercedes I/II deverão ser questionados legalmente. Levantamento do órgão aponta que 77% dos lotes estão em situação irregular - compra e venda de lotes, arrendamentos, concentração fundiária, presença de prepostos etc. -, o que pode levar a expropriações de áreas ocupadas ilegalmente.
Os dados da vistoria foram encaminhados ao Ministério Público Federal (MPF), que está avaliando as informações, mas já adiantou que nenhum assentado que não tenha perfil característico do cliente da reforma agrária deverá permanecer no projeto. O órgão do poder público sustenta que, caso não estejam dentro do perfil e das condições exigidas pelo Incra, mesmo aqueles que estão na área há algum tempo deverão ser removidos.
Quanto ao cultivo de soja, o Incra afirma que qualquer produção em larga escala necessita de autorização, sendo que a unificação de lotes por si só já constitui concentração fundiária irregular. Mesmo no caso da cooperação entre parentes e vizinhos, conforme diretrizes do órgão, é preciso que se mantenham as divisões dos lotes. E cada assentado deve possuir sua própria moradia e organização produtiva, o que não é a regra no Mercedes.
Procuradas pelo CMA sobre critérios socioambientais para a compra de matéria-prima, Barralcool e ADM não responderam aos questionamentos. Já a Fiagril, que afirmou adquirir soja também nos assentamentos Mercedes 5 e Itanhangá, reconheceu que não leva em conta problemas legais de seus parceiros nas relações comerciais, mas declarou que tem buscado promover a adequação dos assentamentos às normas ambientais.
Sobre os acordos com os pequenos produtores (exigidos pelo programa Selo Combustível Social), a Fiagril afirmou que não estabelece este tipo de vínculo com todos os produtores, muitas vezes porque muitos são financiados por outras usinas. A usina diz computar todas as compras para fins de atendimento aos 15% de gastos com a agricultura familiar.
Documentos obtidos pelo CMA mostram que a usina também adquiriu soja de produtores que constam da lista de áreas embargadas por crimes ambientais do Ibama, como os produtores Nelson Lauxen e Paulo Emir Lauxen, ambos de Sinop (MT). Em julho de 2008, a empresa comprou 89.160 kg de soja de Nelson, e em agosto de 2008, 15.941 kg de Paulo Emir, ambos integrantes da lista de áreas embargadas do Ibama desde abril do mesmo ano. Conforme outro documento, a Fiagril manteve relação comercial com o fazendeiro Sadi Zanatta, autuado por trabalho escravo em setembro de 2008.
Outra usina que deverá ter sua atuação questionada pelo Incra é a Biocamp, que atua no assentamento Dom Osório, em Campo Verde (MT). O Incra sustenta que a empresa mantém contratos com os assentados que mais se assemelham a arrendamentos dos lotes, assumindo o preparo do solo, o plantio, a aplicação de agrotóxicos e a colheita. Os agricultores ficam responsáveis apenas pelos cuidados (manejo) da lavoura.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Campo Verde (MT), também em Dom Osório ocorreu a unificação dos lotes para plantio de soja, única lavoura desenvolvida no assentamento. O sindicato afirma que não participou da elaboração dos contratos com os "parceleiros", que já tiveram dificuldades como endividamento em relação à usina, já que esta recebe a produção de soja em pagamento dos investimentos feitos na lavoura e paga apenas pelo excedente.
Problemas estruturais
A aposta das usinas de biodiesel na parceria com os assentamentos de reforma agrária baseada no plantio de soja no Mato Grosso, apesar de ser a saída mais imediata para o atendimento das exigências do Selo Combustível Social, é bastante complexa do ponto de vista social e ambiental.
Conceitualmente, defende o Incra, a soja não é uma lavoura adequada para o desenvolvimento dos assentamentos. Mas a falta de investimentos do órgão nestas áreas deixa poucas alternativas econômicas aos agricultores, rebate o movimento sindical. A exemplo do Mercedes I/II e do Dom Osório, o embargo ambiental, no primeiro caso, e a não formalização legal dos "parceleiros" - que ainda não obtiveram o Contrato de Concessão de Uso (CCU) e a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), necessários para regularizar a ocupação dos lotes e os contratos de venda de matéria prima para biodiesel -, no segundo, transformam as usinas nos únicos investidores dispostos a auxiliar os produtores locais. A sojicultura, por seu turno, aparece como importante geradora de renda nos assentamentos, muitas vezes de forma irregular.
No caso do Dom Osório, avalia o Incra, a falta do CCU e da DAP impede o fechamento de contratos entre usinas e assentados. O número da DAP do agricultor é componente obrigatório da documentação a ser apresentada pela usina ao MDA para a obtenção e manutenção do Selo Combustível Social. Sem a DAP, as operações estão utilizando a Relação de Beneficiários (RB) dos assentados, informou o MDA, mas o instrumento não é mencionado como válido na Instrução Normativa (IN) do Selo Combustível Social.
De acordo com o STR de Campo Verde (MT), não apenas a Biocamp, como também as empresas ADM e Agrenco (usina que perdeu o Selo este ano em função do descumprimento de seus requisitos) têm buscado relações comerciais com os agricultores do assentamento.
Já no Mercedes I/II, agricultores afirmaram que todas as usinas que atuam no assentamento têm "comprado" DAPs de produtores que não trabalham com a cultura. De acordo com as denúncias - é importante frisar que estas não foram comprovadas pelo CMA, que apenas reproduz neste documento o conteúdo dos depoimentos colhidos -, no intuito de aumentar o número de parceiros da agricultura familiar para atender às exigências do Selo Combustível Social, as empresas têm apresentado DAPs de produtores de soja, cultura que não condiz com a atividade dos agricultores em questão.
O MDA declara ter auditado todas as usinas de biodiesel do Mato Grosso em 2008. A avaliação encontrou irregularidades em várias delas, principalmente nos quesitos assistência técnica e celebração de contratos com os agricultores. Em função da gravidade dos problemas, as usinas Agrenco e CLV/Bertin perderam o Selo Combustível Social, sendo que a ADM foi notificada e deve responder aos questionamentos da pasta no período estipulado.
Leia a íntegra do relatório "Os impactos da soja na safra 2009/10", do Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis (CMA)
terça-feira, 18 de maio de 2010
Campina Grande ganha pontos de Cultura e destaca espaços para a formação artística nas comunidades
Diário de Borborema - 13/05/2010
Conhecida nacionalmente por realizar o Maior São João do Mundo, pelo seu Festival de Inverno e por outros movimentos culturais Campina Grande agora terá 9 Pontos de Cultura. Esses pontos se constituirão em espaços criados dentro da comunidade para incentivar a prática de atividades culturais, no campo da música, teatro, dança e artes plásticas. A idéia é descobrir talentos na comunidade, valorizando segmentos que dificilmente teriam acesso à formação artístico-cultural.
Para concretizar o projeto, o prefeito Veneziano Vital do Rêgo assinou na manhã de ontem um convênio de R$ 1,8 milhão com todos os representantes dos 9 Pontos de Cultura. A solenidade realizada no Teatro Rosil Cavalcanti, contou com a presença de vários artistas e representantes das entidades contempladas com o projeto.
Os recursos para a criação dos pontos de Cultura são do Ministério da Cultura e da própria Prefeitura. Antes de assinar os convênios, o prefeito Veneziano Vital do Rêgo, disse queo objetivo do projeto é incentivar a cultura regional na comunidade. A iniciativa beneficiará milhares de pessoas nas zonas urbana e rural do município.
Os novos locais de formação foram batizados de “Crescendo com Sabedoria e Envelhecendo com Saúde: uma Construção Coletiva; Imagine; Quadrilhante; Os Cabra do Pife; A Dança e o Portador de Deficiência; Pavilhão Itinerante; Resgatando a Cidadania Através da Educação e Cultura; Cultura e Arte Regional na Praça e Raízes do Amanhã: Danças Populares na Educação. Os pontos vão funcionar como Oficina na própria comunidade.
O coordenador de Cultura, Alexandre Barros, explica que o investimento de R$ 1,8 milhão será aplicado durante os próximos três anos, sendo destinados R$ 600 mil a cada ano, dos quais R$ 400 mil serão do Ministério da Cultura e R$ 200 mil da Prefeitura de Campina Grande. Cada grupo receberá anualmente cerca de R$ 60 mil.
Alexandre Barros explicou que os Pontos de Cultura selecionados pelo Ministério da Cultura possuem uma grande diversidade e variedade de expressões artísticas, contemplando atividades com crianças e idosos, passando por profissionais do sexo e homossexuais a portadores de necessidades especiais. Dentro do Projeto de Pontos de Cultura está prevista a montagem de oito estúdios de multimídia para auxiliar os grupos no desenvolvimento de suas atividades e facilitar o acompanhamento por parte do Ministério da Cultura.
Todos os projetos serão realizados com o intuito de incentivar a cultura em toda comunidade.
Fonte: Diário de Borborema
Conhecida nacionalmente por realizar o Maior São João do Mundo, pelo seu Festival de Inverno e por outros movimentos culturais Campina Grande agora terá 9 Pontos de Cultura. Esses pontos se constituirão em espaços criados dentro da comunidade para incentivar a prática de atividades culturais, no campo da música, teatro, dança e artes plásticas. A idéia é descobrir talentos na comunidade, valorizando segmentos que dificilmente teriam acesso à formação artístico-cultural.
Para concretizar o projeto, o prefeito Veneziano Vital do Rêgo assinou na manhã de ontem um convênio de R$ 1,8 milhão com todos os representantes dos 9 Pontos de Cultura. A solenidade realizada no Teatro Rosil Cavalcanti, contou com a presença de vários artistas e representantes das entidades contempladas com o projeto.
Os recursos para a criação dos pontos de Cultura são do Ministério da Cultura e da própria Prefeitura. Antes de assinar os convênios, o prefeito Veneziano Vital do Rêgo, disse queo objetivo do projeto é incentivar a cultura regional na comunidade. A iniciativa beneficiará milhares de pessoas nas zonas urbana e rural do município.
Os novos locais de formação foram batizados de “Crescendo com Sabedoria e Envelhecendo com Saúde: uma Construção Coletiva; Imagine; Quadrilhante; Os Cabra do Pife; A Dança e o Portador de Deficiência; Pavilhão Itinerante; Resgatando a Cidadania Através da Educação e Cultura; Cultura e Arte Regional na Praça e Raízes do Amanhã: Danças Populares na Educação. Os pontos vão funcionar como Oficina na própria comunidade.
O coordenador de Cultura, Alexandre Barros, explica que o investimento de R$ 1,8 milhão será aplicado durante os próximos três anos, sendo destinados R$ 600 mil a cada ano, dos quais R$ 400 mil serão do Ministério da Cultura e R$ 200 mil da Prefeitura de Campina Grande. Cada grupo receberá anualmente cerca de R$ 60 mil.
Alexandre Barros explicou que os Pontos de Cultura selecionados pelo Ministério da Cultura possuem uma grande diversidade e variedade de expressões artísticas, contemplando atividades com crianças e idosos, passando por profissionais do sexo e homossexuais a portadores de necessidades especiais. Dentro do Projeto de Pontos de Cultura está prevista a montagem de oito estúdios de multimídia para auxiliar os grupos no desenvolvimento de suas atividades e facilitar o acompanhamento por parte do Ministério da Cultura.
Todos os projetos serão realizados com o intuito de incentivar a cultura em toda comunidade.
Fonte: Diário de Borborema
Fernando de Noronha inaugura primeira sala de cinema
Globo.Com - 18/05/2010
Diversão / Cinema
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Terça - 18/05/10 10h20, atualizado em 18/05/10 10h20
Fernando de Noronha inaugura primeira sala de cinema
Cine Mabuya terá sessões gratuitas à população do arquipélago, aos domingos; comunidade escolhe o filme que vai assistir entre três opções oferecidas através de viotação
Da Redação do pe360graus.com
A primeira sala de cinema de Fernando de Noronha, o Cine Mabuya, será inaugurado nesta quarta-feira (19), às 20h, no Clube das Mães. O espaço recebeu equipamentos de projeção audiovisual, filmes da Programadora Brasil e oficina de capacitação do Programa Mais Cultura para promover sessões gratuitas à população do arquipélago.
O Cine terá 60 lugares e, inicialmente, funcionará aos domingos, sempre às 20h, antecedidas por votação popular. A comunidade escolhe o filme que vai assistir entre três opções oferecidas.
O modelo democrático na escolha das atrações será colocado em prática logo na inauguração. Urnas e cédulas foram instaladas em escolas e em frente ao Palácio São Miguel, sede administrativa da Ilha, onde as pessoas poderão escolher entre “Baile Perfumado” (Brasil, 1996, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira), “Amor & Cia” (Brasil, 1999, de Helvécio Raton) e “Cinema, Aspirinas e Urubus” (Brasil, 2005, de Marcelo Gomes).
CINE
O Cine Mabuya é resultado do Programa Mais Cultura, que investiu R$ 15 mil para equipar o cineclube e capacitar a administração local para a realização das sessões e debates envolvendo os filmes exibidos. A meta do Programa é instalar 1.600 Cines Mais Cultura até o fim do ano. A prioridade é atender localidades urbanas e rurais sem salas de cinema.
A Munic (Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2009), divulgada recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que somente 9% das cidades brasileiras possuem salas comerciais de cinema.
O Cine Mabuya conta com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da administração do Distrito Estadual de Fernando de Noronha e do governo do Estado de Pernambuco.
EXPOSIÇÃO
Outro evento programado para a inauguração do cine é a exposição “A História do Cinema em Fernando de Noronha”, organizada também por Manuela Fay. A relação da comunidade da Ilha com a sétima arte começou na transformação de um chafariz em um espaço para projeções, ainda durante a Segunda Guerra Mundial, onde a população e soldados, sentados nas escadarias da Igreja dos Remédios, assistiam aos filmes ao ar livre.
Ao longo das décadas, salas de projeção foram instaladas na Ilha por moradores e militares, iniciativas estas que tiveram vida breve. Fernando de Noronha recebeu, inclusive, vários festivais de cinemas na última década, mas sempre em exibições ao ar livre ou abrigadas de forma provisória em clubes da cidade.
Fonte: Globo.Com
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Terça - 18/05/10 10h20, atualizado em 18/05/10 10h20
Fernando de Noronha inaugura primeira sala de cinema
Cine Mabuya terá sessões gratuitas à população do arquipélago, aos domingos; comunidade escolhe o filme que vai assistir entre três opções oferecidas através de viotação
Da Redação do pe360graus.com
A primeira sala de cinema de Fernando de Noronha, o Cine Mabuya, será inaugurado nesta quarta-feira (19), às 20h, no Clube das Mães. O espaço recebeu equipamentos de projeção audiovisual, filmes da Programadora Brasil e oficina de capacitação do Programa Mais Cultura para promover sessões gratuitas à população do arquipélago.
O Cine terá 60 lugares e, inicialmente, funcionará aos domingos, sempre às 20h, antecedidas por votação popular. A comunidade escolhe o filme que vai assistir entre três opções oferecidas.
O modelo democrático na escolha das atrações será colocado em prática logo na inauguração. Urnas e cédulas foram instaladas em escolas e em frente ao Palácio São Miguel, sede administrativa da Ilha, onde as pessoas poderão escolher entre “Baile Perfumado” (Brasil, 1996, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira), “Amor & Cia” (Brasil, 1999, de Helvécio Raton) e “Cinema, Aspirinas e Urubus” (Brasil, 2005, de Marcelo Gomes).
CINE
O Cine Mabuya é resultado do Programa Mais Cultura, que investiu R$ 15 mil para equipar o cineclube e capacitar a administração local para a realização das sessões e debates envolvendo os filmes exibidos. A meta do Programa é instalar 1.600 Cines Mais Cultura até o fim do ano. A prioridade é atender localidades urbanas e rurais sem salas de cinema.
A Munic (Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2009), divulgada recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que somente 9% das cidades brasileiras possuem salas comerciais de cinema.
O Cine Mabuya conta com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da administração do Distrito Estadual de Fernando de Noronha e do governo do Estado de Pernambuco.
EXPOSIÇÃO
Outro evento programado para a inauguração do cine é a exposição “A História do Cinema em Fernando de Noronha”, organizada também por Manuela Fay. A relação da comunidade da Ilha com a sétima arte começou na transformação de um chafariz em um espaço para projeções, ainda durante a Segunda Guerra Mundial, onde a população e soldados, sentados nas escadarias da Igreja dos Remédios, assistiam aos filmes ao ar livre.
Ao longo das décadas, salas de projeção foram instaladas na Ilha por moradores e militares, iniciativas estas que tiveram vida breve. Fernando de Noronha recebeu, inclusive, vários festivais de cinemas na última década, mas sempre em exibições ao ar livre ou abrigadas de forma provisória em clubes da cidade.
Fonte: Globo.Com
domingo, 16 de maio de 2010
Esther Hamburger é a nova diretora do Cinusp
Esther Hamburger é a nova diretora do Cinusp
USP Online
A professora Esther Império Hamburger é a nova diretora do Cinema da USP Paulo Emílio (Cinusp).
Esther Império Hamburger é chefe do Departamento de de Cinema, Radio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, possui PhD em Antropologia e é Livre Docente pela USP.
Fundado em 1993, o Cinusp é vinculado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão e a cada semana exibe uma mostra gratuita de filmes.
Mais informações: site www.usp.br/cinusp
USP Online
A professora Esther Império Hamburger é a nova diretora do Cinema da USP Paulo Emílio (Cinusp).
Esther Império Hamburger é chefe do Departamento de de Cinema, Radio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, possui PhD em Antropologia e é Livre Docente pela USP.
Fundado em 1993, o Cinusp é vinculado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão e a cada semana exibe uma mostra gratuita de filmes.
Mais informações: site www.usp.br/cinusp
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Liberdade é direito fundamental na internet -ESTA MANCHETE É A PIADA DO DIA
Abaixo os apologistas cegos da INTERNET ,entre eles Pierre Levy,Negroponte etc...- Imbecis que olham para seu umbigo e nao veem as pessoas que nao tem dinheiro nem para o pão que dirá para Usar a Web!!!!!!!!!
Liberdade é direito fundamental na internet -ESTA MANCHETE É A PIADA DO DIA- trazida pelo Estadão.Texto escrito pelo babaca- Bernard Kouchner -O Facebook e um exemplo que que controla nossas açoes e impede publicações nossas.
Leiam a bobagem clicando no título
Liberdade é direito fundamental na internet -ESTA MANCHETE É A PIADA DO DIA- trazida pelo Estadão.Texto escrito pelo babaca- Bernard Kouchner -O Facebook e um exemplo que que controla nossas açoes e impede publicações nossas.
Leiam a bobagem clicando no título
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Livros com temática gay ganham espaço no mercado editorial
Livros com temática gay ganham espaço no mercado editorial
Yale Gontijo
Publicação: 12/05/2010 07:00 Atualização: 12/05/2010 08:09
Um novo tipo de protagonista é construído na literatura brasileira contemporânea. Saem os mocinhos salvadores de donzelas e entra um outro tipo de personagem: os que sentem atração por pessoas do mesmo sexo. O mercado editorial brasileiro responde a uma mudança pautada numa reivindicação social e mercadológica e publica romances que exaltam o amor homossexual. Braço do Grupo Editorial Summus, a Edições GLS é responsável pelo lançamento do título mais vendido da América Latina dedicado ao gênero, O terceiro travesseiro, de Nelson Luiz de Carvalho — 15 mil exemplares vendidos. “Quando me perguntam se sou escritor respondo que não me sinto à vontade com esse rótulo. Eu trabalhava numa editora quando, durante um almoço de fim de ano, ouvi a história de um filho de um colaborador nosso”, relembra Carvalho, sobre a origem de seu best-seller.
Laura Bacellar e Hannah Korich: gostinho de água com açúcar e um certo caráter folhetinesco nas publicações
Reunindo relatos do rapaz identificado no livro como Marcus Dória, Nelson construiu um romance baseado em fatos reais, narrando a relação de dois adolescentes que se tornam amantes. Adaptada para o teatro por Estevam Lekist em 2005, a peça lotou sessões nas cidades de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. “Foi o quarto espetáculo mais visto em São Paulo naquele ano. Muitos casais assistiam e depois levavam os avós. Com isso, foi um recorde de público da terceira idade. Um recorde também entre os nipônicos. Mas isso ninguém soube explicar”, comenta o autor.
Carvalho faz uso de pincéis realistas. Sem pudor, descreve com riqueza de detalhes as inúmeras cenas de sexo protagonizadas pelos dois rapazes. “Tive medo do erótico, sim. Passei os originais para duas pessoas examinarem, o Inácio Loyola Brandão e Pedro Paulo Sena Madureira. Os dois gostaram muito do livro. Em momento algum, acharam que estava pornográfico. A editora também não censurou” explica Carvalho. O sucesso de O terceiro travesseiro rendeu mais uma história verídica sobre homossexualidade. Um e-mail de um leitor foi o ponto de partida de Apartamento 41. Nele, Carvalho narra a história de um homem de 35 anos, casado com uma mulher, que escolhe viver sua homossexualidade livremente.
LEIA MAIS - E NA INTEGRA, CLICANDO NO TITULO
Yale Gontijo
Publicação: 12/05/2010 07:00 Atualização: 12/05/2010 08:09
Um novo tipo de protagonista é construído na literatura brasileira contemporânea. Saem os mocinhos salvadores de donzelas e entra um outro tipo de personagem: os que sentem atração por pessoas do mesmo sexo. O mercado editorial brasileiro responde a uma mudança pautada numa reivindicação social e mercadológica e publica romances que exaltam o amor homossexual. Braço do Grupo Editorial Summus, a Edições GLS é responsável pelo lançamento do título mais vendido da América Latina dedicado ao gênero, O terceiro travesseiro, de Nelson Luiz de Carvalho — 15 mil exemplares vendidos. “Quando me perguntam se sou escritor respondo que não me sinto à vontade com esse rótulo. Eu trabalhava numa editora quando, durante um almoço de fim de ano, ouvi a história de um filho de um colaborador nosso”, relembra Carvalho, sobre a origem de seu best-seller.
Laura Bacellar e Hannah Korich: gostinho de água com açúcar e um certo caráter folhetinesco nas publicações
Reunindo relatos do rapaz identificado no livro como Marcus Dória, Nelson construiu um romance baseado em fatos reais, narrando a relação de dois adolescentes que se tornam amantes. Adaptada para o teatro por Estevam Lekist em 2005, a peça lotou sessões nas cidades de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. “Foi o quarto espetáculo mais visto em São Paulo naquele ano. Muitos casais assistiam e depois levavam os avós. Com isso, foi um recorde de público da terceira idade. Um recorde também entre os nipônicos. Mas isso ninguém soube explicar”, comenta o autor.
Carvalho faz uso de pincéis realistas. Sem pudor, descreve com riqueza de detalhes as inúmeras cenas de sexo protagonizadas pelos dois rapazes. “Tive medo do erótico, sim. Passei os originais para duas pessoas examinarem, o Inácio Loyola Brandão e Pedro Paulo Sena Madureira. Os dois gostaram muito do livro. Em momento algum, acharam que estava pornográfico. A editora também não censurou” explica Carvalho. O sucesso de O terceiro travesseiro rendeu mais uma história verídica sobre homossexualidade. Um e-mail de um leitor foi o ponto de partida de Apartamento 41. Nele, Carvalho narra a história de um homem de 35 anos, casado com uma mulher, que escolhe viver sua homossexualidade livremente.
LEIA MAIS - E NA INTEGRA, CLICANDO NO TITULO
terça-feira, 11 de maio de 2010
I CONGRESSO FRANCO-BRASILEIRO SOBRE PSICANÁLISE, FILIAÇÃO E SOCIEDADE
CONVITE
O Laboratório de Psicopathologia Fundamental e Psicanálise junto com o Serviço de Orientação à Filiação Adotiva da Clinica de Psicologia da Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP em associação com a Equipe de Recherche en Périnatalité, Parentalité et Petit Enfance da Universidade Denis Diderot – Paris 7 e o Groupe de Recherche em Adoption Filiation et Société (SPP/APF), tem a honra de convidá-lo a participar do I CONGRESSO FRANCO-BRASILEIRO SOBRE PSICANÁLISE, FILIAÇÃO E SOCIEDADE, que realizar-se-á no período de 18 a 21 de agosto de 2010, no Recife Palace Hotel, Recife-PE, Brasil.
A preocupação mundial com a infância abandonada e desassistida tem forçado os países a criarem alternativas para garantir à criança soluções adequadas à sua trajetória de vida. A possibilidade aberta pela adoção nacional e internacional é uma das vias possíveis. Nesse sentido, estudos e reflexões sobre este tema permitem implementar ações mais eficazes na construção de uma filiação, base de uma adoção bem sucedida.
O referido congresso pretende num esforço conjunto refletir sobre a clínica da adoção considerando os aspectos psicológicos, afetivos, sociais e jurídicos que envolvem a escolha de pais e crianças, na tentativa de diminuir riscos que impedem essa construção familiar.
O objetivo é manter um diálogo com a sociedade, segundo vários olhares científicos e ou origens epistemológicas para discutir as diferentes perspectivas deste campo e realçar igualmente as características transversais da adoção e da filiação, nas quais perpassam também vários temas e conceitos psicanalíticos, clínicos e jurídicos.
O Laboratório de Psicopathologia Fundamental e Psicanálise junto com o Serviço de Orientação à Filiação Adotiva da Clinica de Psicologia da Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP em associação com a Equipe de Recherche en Périnatalité, Parentalité et Petit Enfance da Universidade Denis Diderot – Paris 7 e o Groupe de Recherche em Adoption Filiation et Société (SPP/APF), tem a honra de convidá-lo a participar do I CONGRESSO FRANCO-BRASILEIRO SOBRE PSICANÁLISE, FILIAÇÃO E SOCIEDADE, que realizar-se-á no período de 18 a 21 de agosto de 2010, no Recife Palace Hotel, Recife-PE, Brasil.
A preocupação mundial com a infância abandonada e desassistida tem forçado os países a criarem alternativas para garantir à criança soluções adequadas à sua trajetória de vida. A possibilidade aberta pela adoção nacional e internacional é uma das vias possíveis. Nesse sentido, estudos e reflexões sobre este tema permitem implementar ações mais eficazes na construção de uma filiação, base de uma adoção bem sucedida.
O referido congresso pretende num esforço conjunto refletir sobre a clínica da adoção considerando os aspectos psicológicos, afetivos, sociais e jurídicos que envolvem a escolha de pais e crianças, na tentativa de diminuir riscos que impedem essa construção familiar.
O objetivo é manter um diálogo com a sociedade, segundo vários olhares científicos e ou origens epistemológicas para discutir as diferentes perspectivas deste campo e realçar igualmente as características transversais da adoção e da filiação, nas quais perpassam também vários temas e conceitos psicanalíticos, clínicos e jurídicos.
domingo, 9 de maio de 2010
Prêmio ODM-PB de Jornalismo foi lançado
Prêmio ODM-PB de Jornalismo foi lançado no final da tarde desta quinta-feira (06 de maio), pelo Movimento Nós Podemos Paraíba, em parceria com a Associação Paraibana de Imprensa e os sindicatos dos Jornalistas e de Radialistas, com o objetivo de estimular os profissionais da comunicação e premiar os melhores trabalhos veiculados em jornais, rádios, televisão, sites sobre os “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
O lançamento foi durante o Seminário Estadual, realizado no auditório do Sesi, onde foi apresentado o quarto Relatório Nacional de Acompanhamento dos ODM e as ações do Movimento Nós Podemos Paraíba.
A participação dos concorrentes se dará mediante o preenchimento da ficha de inscrição disponível na sede do Instituto Unigente, localizado na Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, no Bairro da Torre, em João Pessoa, bem como, o regulamento do prêmio. Cada profissional poderá inscrever até três trabalhos assinados, veiculados ou publicados no período de primeiro de janeiro de 2010 a 30 de agosto deste ano e o período de inscrição é de 06 de maio a a 30 de setembro de 2010. A solenidade de premiação acontecerá no dia 26 de novembro.
Os prêmios para os primeiros lugares de cada categoria é de R$ 1.500,00 (hum mil e quinhetos reais). Os segundos e terceiros colocados de cada uma das quatro categorias receberão, respectivamente, R$ 1.000,00 (mil Reais) e R$ 500 (quinhentos reais). Mais informações podem ser obtidas através do telefone 21060471, com Girlan Idalino.
A presidente da Associação Paraibana de Imprensa (API), Marcela Sitônio, participou do lançamento do prêmio, juntamente com a coordenadora do Movimento Nós Podemos Paraíba, Núbia Gonçalves. Segundo Marcela, a iniciativa vai valorizar o trabalho dos profissionais que têm a preocupação em desenvolver pautas propositivas, no sentido de abordar as questões sociais que precisam de atenção por parte da sociedade civil e dos poderes públicos.
ODM
No final do século XX, reuniram-se 191 paíse integrantes da Organização das Nações Unidas - ONU, par analisar os principais problemas sociais que afetam a humanidade.
Resultou na formulação de Oito Metas para o período de 2001 - 2015, denominado Oito Objetivos do MIlênio. São eles: Combater a fome e a miséria em todo o mundo;promover o acesso universal à educação; desenvolver ações para assegurar igualdade entre os gêneros; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde das gestantes; combater HIV / AIDS e outras doenças; preservar e conservar o meio ambiente; realizar o desenvolvimento sustentável.
Após dez anos, o Brasil tem conseguido desenvolver esforços produzindo reduzir todos os indicadores negtivos que afetam nossa sociedade. As ações têm sido compartilhadas entre a sociedade civil, as empresas privadas, ongs e organizações governamentais.
Na Paraíba, o Movimento Nós Podemos Paraíba, coordena as atividades contando, atualmente, com 74 parceiros, tendem a ser ampliados.
O lançamento foi durante o Seminário Estadual, realizado no auditório do Sesi, onde foi apresentado o quarto Relatório Nacional de Acompanhamento dos ODM e as ações do Movimento Nós Podemos Paraíba.
A participação dos concorrentes se dará mediante o preenchimento da ficha de inscrição disponível na sede do Instituto Unigente, localizado na Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, no Bairro da Torre, em João Pessoa, bem como, o regulamento do prêmio. Cada profissional poderá inscrever até três trabalhos assinados, veiculados ou publicados no período de primeiro de janeiro de 2010 a 30 de agosto deste ano e o período de inscrição é de 06 de maio a a 30 de setembro de 2010. A solenidade de premiação acontecerá no dia 26 de novembro.
Os prêmios para os primeiros lugares de cada categoria é de R$ 1.500,00 (hum mil e quinhetos reais). Os segundos e terceiros colocados de cada uma das quatro categorias receberão, respectivamente, R$ 1.000,00 (mil Reais) e R$ 500 (quinhentos reais). Mais informações podem ser obtidas através do telefone 21060471, com Girlan Idalino.
A presidente da Associação Paraibana de Imprensa (API), Marcela Sitônio, participou do lançamento do prêmio, juntamente com a coordenadora do Movimento Nós Podemos Paraíba, Núbia Gonçalves. Segundo Marcela, a iniciativa vai valorizar o trabalho dos profissionais que têm a preocupação em desenvolver pautas propositivas, no sentido de abordar as questões sociais que precisam de atenção por parte da sociedade civil e dos poderes públicos.
ODM
No final do século XX, reuniram-se 191 paíse integrantes da Organização das Nações Unidas - ONU, par analisar os principais problemas sociais que afetam a humanidade.
Resultou na formulação de Oito Metas para o período de 2001 - 2015, denominado Oito Objetivos do MIlênio. São eles: Combater a fome e a miséria em todo o mundo;promover o acesso universal à educação; desenvolver ações para assegurar igualdade entre os gêneros; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde das gestantes; combater HIV / AIDS e outras doenças; preservar e conservar o meio ambiente; realizar o desenvolvimento sustentável.
Após dez anos, o Brasil tem conseguido desenvolver esforços produzindo reduzir todos os indicadores negtivos que afetam nossa sociedade. As ações têm sido compartilhadas entre a sociedade civil, as empresas privadas, ongs e organizações governamentais.
Na Paraíba, o Movimento Nós Podemos Paraíba, coordena as atividades contando, atualmente, com 74 parceiros, tendem a ser ampliados.
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