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domingo, 17 de janeiro de 2010

Maria Gadú




http://www.slap.mus.br/?11437/artista/Maria-Gadu
# Tudo está acontecendo muito rápido na vida da paulistana de 22 anos Maria Gadú. Em menos de cinco meses chegou ao Rio, fechou contrato com a Som Livre para o lançamento do disco de estréia e atraiu à sua temporada no Cinemathèque ninguém menos que Caetano Veloso e Milton Nascimento, além de uma penca de outros artistas, críticos musicais, cineastas, atrizes, descolados e músicos.
O público em geral compartilha o mesmo sentimento. Está diante de uma cantora e compositora de verdade, presenciando o nascimento de um novo talento, não conseguem compará-la a nada. Maria é diferente de tudo o que já viram.
Quando Gadú sobe ao palco, qualquer desavisado pode achar que ela faz parte de uma nova onda rock´n´roll, meio punk, meio indie. Ousada, ela parece mesmo que vai chegar na marra, cheia de atitude; mas basta abrir a boca, para a cantora mostrar suavidade em forma de MPB, com tudo muito próprio: letra, música e voz. Este contraste surpreende e seduz. Talvez isso explique um pouco Maria Gadú. Mas ninguém quer saber de entender. Melhor prestar atenção e deixar acontecer.

Adryana BB, essa pernambucana cheia de suingue e uma energia contagiante, levou para diferentes cantos do país o maracatu, o xote, a ciranda, o côco.







http://www.adryanabb.com/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1
A cultura se resume àquela considerada erudita, acessível, em sua grande maioria, aos ditos intelectuais? E a cultura popular? É menos importante? Não que devamos desconsiderar essa forma de fazer cultura mais clássica, digamos, mas considerar que existem outras possibilidades. A intenção é somar e não dividir. A chamada cultura popular, em se tratando de Brasil, é muito vasta, muito diversificada e pouco conhecida. Elas acabam se resumindo ao conhecimento do local onde esses movimentos surgiram. É hora de mudar.


Como uma apaixonada pela cultura popular, acredito que o Brasil tem muito a oferecer nesse aspecto. E ajudar a divulgar essa cultura é, e sempre será, o objetivo desse blog. Sendo assim, hoje trago uma talentosa representante da cultura do Nordeste, melhor dizendo, do Recife.


Ela já tem 20 anos de carreira, que foram comemorados em um show no Rio de Janeiro. Adryana BB, essa pernambucana cheia de suingue e uma energia contagiante, levou para diferentes cantos do país o maracatu, o xote, a ciranda, o côco. E está lançando seu novo CD, “Do barro ao ouro”, gravado ao vivo, também no Rio.


O cd mistura um pouco de cada um desses ritmos, e o resultado final, é um trabalho de muita qualidade, como aqueles CDs impossíveis de ouvir apenas uma vez. É um som diferente do que costumamos ver aqui no Sudeste. E é bom que seja assim, que a cultura do Nordeste esteja chegando até nós. O batuque contagiante e a voz expressiva de Adryana dão ao cd um toque bem particular. Percebe-se que é um trabalho elaborado com muita dedicação e amor, pois cada detalhe se encaixa e encanta a quem ouve. Nos show de Adryana, não dá pra ficar parado. E ter esse show em casa, é um privilégio. A idéia de gravar esse cd ao vivo foi um belo acerto, pois conservou a energia que Adryana transmite no palco, em cada nota que canta.


E as influências da cultura nordestina são muito marcantes, não apenas nas letras e nos ritmos, mas nos compositores. É o caso da música “Saudade”, composição de Adryana BB e seu conterrâneo, o jornalista e letrista Gilvandro Filho.


Adryana iniciou sua carreira em 1988, em festivais de música, em Recife, já como compositora. Mudando-se para o Rio de Janeiro, no final dos anos 90, Adryana foi integrante do grupo Rio Maracatu, que caiu nas graças do público carioca, e é sucesso até hoje. Ela foi a primeira mulher puxadora de maracatu nessa região, sendo ela, também, a organizadora do primeiro desfile de maracatu no Rio de Janeiro.


O fato de o público carioca ter aceitado esse movimento cultural é de muita importância para o enriquecimento e troca, pois nada mais positivo que a inserção de movimentos culturais em lugares diferentes do de sua origem. Incentivar esse tipo de troca devia ser prioridade e uma constante busca.


Como Adryana mesmo definiu, seu trabalho é “popular, mas com a qualidade que o povo merece”. Assim, a cultura popular vai ganhando seu espaço, sem perder o profissionalismo, atrelado ao grande talento de artistas como ela. Mas, tão importante quanto a qualidade, é que a essência desses movimentos não se perca. E, nisso, trabalhos como o de Adryana BB contribuem, e muito.

Carnaval 2009...

Banco do Brasil também será agente financeiro do Fies a partir deste ano

A partir do primeiro semestre deste ano, o Banco do Brasil também será agente financeiro do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa do Ministério da Educação que permite aos universitários financiar os estudos em um curso superior de instituições particulares. Antes o financiamento era feito exclusivamente pela Caixa Econômica Federal. O Diário Oficial da União desta sexta-feira (15) publicou as novas regras do programa, que inclui a redução da taxa de juros de 6,5% para 3,5% ao ano para o saldo devedor de contratos antigos.

Com a lei, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) passa a ser o agente operador do Fies. Ele cuidará dos contratos e documentação dos estudantes, que antes era feito pela Caixa. Além do Banco do Brasil, a intenção do MEC é que no futuro outros bancos também possam ser agentes financeiros do Fies.

Outra mudança é que o prazo para quitação da dívida, que antes era de duas vezes o período do curso, agora passa a ser de três. Ou seja: um estudante que financiou um curso com duração de quatro anos, poderá quitar seu saldo devedor com o banco em até 12 anos.

Os estudantes de medicina e de cursos de pedagogia ou licenciatura poderão pagar sua dívida a prestação de serviços. De acordo com a lei, será abatido 1% da dívida a cada mês trabalhado, caso eles optem por atuar como professores da rede pública de educação básica ou como médicos no programa Saúde da Família.

Fonte: Agência Brasil

Tarantino: "El cine es sinónimo de violencia"

SIMPLEMENTE SANGRE. "Cuando le pegan un tiro en el estómago a un tipo, sangra como un cerdo y eso es lo que quiero ver" dijo el director.by Revista Ñ El clarin

El realizador brindó una conferencia en la Academia Británica de Cine y Televisión de Londres en la que criticó a las escuelas de realización cinematográfica, al tiempo que explicó la atracción que, a su juicio, siempre ejerce la violencia en pantalla.

SIMPLEMENTE SANGRE. "Cuando le pegan un tiro en el estómago a un tipo, sangra como un cerdo y eso es lo que quiero ver" dijo el director.
El director y guionista Quentin Tarantino dijo ante la sede de la Academia Británica de Cine y Televisión, que la violencia es "lo más atractivo" del cine y resulta la mejor forma de conectar con el público. "La violencia es genial, sabes que estás viendo una película porque hay violencia y ésta afecta al público de una forma tremenda", sostuvo el cineasta, para quien cine es sinónimo de violencia, informaron hoy medios locales.


Tarantino dijo también que cuando dirige una película, siente que está conduciendo los sentimientos de los espectadores porque puede decidir cuándo hacerlos reír y cuándo hacerles sentir horror. Para él, es necesario que se muestre sangre en la gran pantalla porque "cuando pegan un tiro en el estómago a un tipo, sangra como un cerdo y es eso lo que quiero ver, no una pequeña mancha roja en mitad de la tripa", según las declaraciones que recoge hoy el diario británico Evening Standard.

El director de películas como Pulp Fiction, Malditos Bastardos o Kill Bill criticó los cursos de cine de los estudios cinematográficos y animó a los jóvenes a coger una cámara y ponerse a rodar una película sin más premisas, ya que fue así como él aprendió a hacer cine "y además es muy barato".

Tarantino explicó además que uno de los motivos por los que se empeñó en que John Travolta protagonizara en 1994 Pulp Fiction, película que supuso el relanzamiento de la carrera del actor, fue un artículo de su crítica de cine favorita, Pauline Kael, que sostenía que Travolta tenía que volver al cine.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Filme destaca parceiro de Gonzagão e história do baião



by Jornal do Comércio Recife Pe...http://jc.uol.com.br/canal/lazer-e-turismo/noticia/2010/01/14/filme-destaca-parceiro-de-gonzagao-e-historia-do-baiao-210980.php

O baião vem debaixo do barro do chão, já dizia Gilberto Gil numa de suas belas canções, inspirada certamente em seu mestre Luiz Gonzaga (1912-1989). O baião teve um rei famoso (o pernambucano Gonzaga) e um “doutor”, o compositor e poeta cearense Humberto Teixeira (1915-1979), que permaneceu à sombra do parceiro de tantos clássicos como "Asa Branca" e "Assum Preto". Teixeira - um dos pioneiros na defesa do direito autoral no Brasil - nunca reivindicou para si a invenção de um dos gêneros mais populares do Brasil junto com o samba. Mas o documentário "O Homem Que Engarrafava Nuvens", de Lírio Ferreira, que estreia amanhã no Cinema da Fundação, contribui para jogar luz sobre a identidade desse “homem invisível”, mas principalmente traça a rota do baião.

Não por acaso, a primeira imagem do filme é uma alameda do cemitério onde Teixeira está enterrado (e recebe uma visita da filha Denise Dummont, produtora do documentário) e a trilha sonora é a canção "Légua Tirana". É um road movie, confirma Ferreira, e o baião é a música do êxodo, da migração. Portanto, do vaqueiro paramentado que desbrava picadas na mata a um passeio de bicicleta do talking head David Byrne pelas ruas pavimentadas de Nova York - da origem de seu universo à explosão da supernova -, a estrada simboliza o baião em movimento.

“É também um filme sobre uma época”, diz Ferreira. “Tem esse mote de ser um período de pós-guerra, o samba entrou em decadência e de 1945 a 1954 o baião assumiu como o grande gênero brasileiro.” É um período ao qual especialistas se referem como o da transição entre o samba-canção e a bossa nova. “Papai não se incomodava de não ter o nome creditado pelo povo em relação a suas canções. O que o deixava contrariado era o fato de os historiadores ignorarem a importância e o sucesso que o baião tiveram naquele período”, diz Denise Dummont. “O baião pode ser o elo perdido entre o samba-canção e a bossa nova”, sugere a atriz.

Há também imagens raras do Rio antigo, de um encontro de Gonzaga e Teixeira, além dos Mutantes, Raul Seixas e trechos de outros filmes, resultado de minuciosa pesquisa de Antonio Venâncio, projeto desenvolvido desde 2002. A voz de Teixeira narrando a própria história foi extraída de duas entrevistas, uma para o pesquisador cearense Miguel Ângelo de Azevedo, o Nirez, e outra para a Rádio JB.

O baião colocou o Nordeste na moda nos centros urbanos do Sudeste - com o crescimento da mão de obra dos migrantes e a força do canto de Luiz Gonzaga e Carmélia Alves. Como diz o compositor Otto no documentário, “Humberto era a pólvora e Gonzaga era o canhão. Quando os dois se juntavam... bum!!!!” O pavio se reacende no documentário “colocando Teixeira no tempo dele”, nas palavras do diretor.

Janeiro de Grandes Espetáculos tem apresentações em Olinda




Do JC Online

Olinda não vive apenas de carnaval neste final de semana. Isso porque a programação do XVI Janeiro de Grandes Espetáculos chega à cidade Patrimônio Histórico com apresentações teatrais. A Praça do Carmo recebe a peça Guiomar, a Filha da Mãe, da Companhia Pharcas Serthanejaz, às 16h30. Em seguida, aos 18h, é a vez do musical Forró é Melhor, da Sopro Cia. de Dança/SP.

A pauta segue no dia 22, com a montagem Chão, de Xirê Jogodedança/RS, no Terreiro de Umbigada, Rua do Guadalupe, às 16h. No dia seguinte, a Vila Olímpica de Rio de Doce recebe Abrolhos, do Teatro dos Amadores de Olinda. Logo depois, o grupo espanhol Ertza Dantza Garaikide entra com a peça Intemperie.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A candidatura de Dilma


Parece-me que Pernambuco está com Dilma, aos poucos seu nome soa entre as pessoas como o candidato mais confiável e sendo um prolongamento do governo Lula que tem feito muito pelo Nordeste, região esquecida pelos anteriores presidentes.Dilma aparece como preferência entre Universitários, intelectuais e até mesmo entre as pessoas mais simples.
ENTREVISTA: RENATO RABELO - PRES. DO PCdoB
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
http://dilma13.blogspot.com/
BLOG DA DILMA: Conte um pouco da sua trajetória política no PCdoB.
RENATO RABELO: Eu comecei minha militância no movimento estudantil na Bahia, onde cursava a faculdade de medicina. Fui presidente da União dos Estudantes da Bahia, e depois fui eleito vice-presidente da UNE, em 1966. Neste período fui obrigado pela repressão policial a entrar na clandestinidade por 15 anos onde atuei em diversos estados. Depois me exilei na França, e somente pude retornar ao Brasil com a Anistia, no final da década de setenta.
Entrei para a direção do Partido Comunista do Brasil após ter militado numa organização revolucionária de prestigio político na época, a Ação Popular, que se integrou ao PCdoB desde 1972. Neste Partido atuei na direção da frente da juventude e do trabalho de organização partidária, tendo sido eleito duas vezes vice-presidente. E em 2001 fui eleito presidente nacional do PCdoB, cargo para o qual fui reconduzido duas vezes.

BLOG DA DILMA: Como você conheceu o presidente Lula?
RENATO RABELO: A primeira vez que estive com Lula foi no Congresso de fundação do PT , em 10 de fevereiro de 1980, em São Paulo. Todavia o meu conhecimento da figura política de Lula -- e inicio de uma profunda amizade política -- se deu a partir da campanha presidencial de 1989, quando então o PCdoB participou de forma destacada do comando da campanha e da elaboração programática.

BLOG DA DILMA: O PCdoB é um importante partido para consolidação da democracia no país. Qual a participação no Governo Lula?
RENATO RABELO: Os programas de governo -- tanto do primeiro mandato de Lula como do atual -- tiveram grande contribuição do PCdoB, que já vinha colaborando nesse sentido desde 1989, na busca do fortalecimento da soberania nacional, ampliação da democracia e do progresso social. O PCdoB foi importante protagonista na construção das frentes políticas que apoiaram Lula em todas as eleições de primeiro e segundo turnos desde 1989. Nós participamos desde o primeiro mandato do presidente Lula do Ministério do Esporte, e também contribuímos nos cargos titulares no primeiro Ministério de Articulação Política, na Agência Nacional de Petróleo e na Agência Nacional de Cinema. Mas além destas responsabilidades, o PCdoB participa com a cessão de técnicos e quadros políticos em diversas outras tarefas governamentais, e no Conselho Político do Governo, no qual sou o representante como presidente do Partido. Mas o Partido não tem apenas representação institucional, está presente em todas as frentes do movimento social brasileiro, no movimento juvenil, estudantil, de mulheres, da luta contra as discriminações raciais e de gênero, da luta em defesa dos direitos indígenas, no movimento sindical e dos trabalhadores, onde luta por suas posições em defesa dos direitos sociais e também dos direitos políticos das massas. O PCdoB está convicto de que, aprofundando o ciclo político aberto por Lula na presidência da República, no transcorrer das primeiras décadas do século XXI, o Brasil reunirá condições para se tornar uma das nações mais fortes e influentes do mundo. Em seu programa recentemente aprovado, o PCdoB tem como rumo o socialismo para o Brasil. O caminho para esse objetivo é a luta pela realização de um novo projeto nacional de desenvolvimento como meio para fazer o país progredir e avançar. O segundo governo Lula começou esboçar esse novo projeto.

BLOG DA DILMA: A mídia conservadora no Brasil diz que o Comunismo morreu. E o Renato o que diz?
RENATO RABELO: O mundo assistiu no ano passado a derrocada dos paradigmas neoliberais, com a crise econômica global desencadeada a partir do centro financeiro dos Estados Unidos. Na realidade trata-se de uma terceira grande crise do capitalismo, e inédita por sua dimensão. O mundo ainda vive os efeitos desastrosos dessa crise que destruiu parcelas significativas de forças produtivas, levou ao desemprego milhões de pessoas e, como solução capitalista, vem concentrando mais ainda o capital e a riqueza. Hoje em dia quem está em dificuldades é o pensamento conservador que pregava o “Fim da História” e a supremacia eterna do capitalismo... Digo que os que defendem este sistema são os ”geriatras” do nosso tempo, enquanto os que pregam o socialismo são ainda “pediatras”. Afinal de contas a experiência de construção de uma sociedade socialista está no começo, dá os seus primeiros passos na história. Uma nova e mais avançada formação política, econômica e social para suplantar a formação vigente, no curso histórico, requer longo tempo de transição e consolidação.

BLOG DA DILMA: Qual a posição do PCdoB na Reforma Agrária e no Meio Ambiente?
RENATO RABELO: O Brasil, com a vasta dimensão territorial que possui, já poderia ter realizado uma ampla reforma agrária como solução para o próprio desenvolvimento do capitalismo e o avanço democrático. Em nosso país o capitalismo se implantou no campo conservando grandes propriedades territoriais, permitindo a existência de áreas de desenvolvimento agrícola de alta produtividade, convivendo com outras muito atrasadas e impedindo a justa distribuição das terras para quem nela queira trabalhar. Diante dessa realidade, a reforma agrária é ainda uma exigência candente porque visa responder a uma demanda democrática fundamental de milhões que querem e podem trabalhar na terra, num país de grande extensão de terras agricultáveis. Pode assim distribuir parcelas de muitas áreas agrícolas e pastoris ainda atrasadas, grandes propriedades de baixa produtividade, terras devolutas, podendo desse modo impulsionar a implantação de vastas áreas de propriedades familiares com acesso ao crédito e a tecnologia, além do espírito cooperativo e de condições para o desenvolvimento agroindustrial. Sobre a questão ambiental nós não nos alinhamos a dois extremos: nem aos chamados santuaristas, que na prática paralisam o desenvolvimento tornando estática a ação da relação homem-natureza, numa concepção que visa congelar os recursos naturais; nem junto à aqueles que agem simplesmente destruindo os elementos essenciais do meio ambiente. Nós defendemos que o uso dos recursos naturais deve ser equilibrado com práticas e com planejamento que levem em conta a sustentabilidade do desenvolvimento nacional. Pensamos que a questão nodal do debate sobre o meio ambiente nas condições do mundo atual está em encontrar as formas novas de energia limpa, renovável, que possam sustentar um desenvolvimento acentuado, sobretudo nos países mais atrasados e em vias de crescimento, que requerem ainda forte impulso desenvolvimentista. O Brasil vai se tornando um exemplo neste sentido. É claro que no nosso caso fica ainda a importante questão de conter o ritmo do desmatamento na Amazônia e nos cerrados do centro-oeste.

BLOG DA DILMA: A Prefeitura Municipal de Olinda e a capital de Sergipe – entre outras cidades -- são governadas pelo PCdoB. Como foi e é a administração Comunista?
RENATO RABELO: Em Olinda, que é uma cidade Patrimônio da Humanidade, o PCdoB procurou formar uma ampla aliança política para governar a cidade, essa tem sido uma marca da nossa administração. Implantou uma administração que pela primeira vez abriu as portas da
Prefeitura aos cidadãos e cidadãs. Nós buscamos ouvir todos os segmentos da cidade, dos moradores das áreas mais pobres aos empresários. Nós buscamos tornar os procedimentos burocráticos mais ágeis e a administração transparente, mas isso foi só o começo. A ex-prefeita Luciana Santos (que atualmente é a vice-presidente nacional do Partido) investiu na recuperação de áreas degradadas, ampliou a atuação social da prefeitura, e construiu equipamentos públicos, especialmente na área da cultura. Hoje o prefeito Renildo Calheiros, nosso ex-líder na Câmara dos Deputados, avança mais, mas com o mesmo objetivo, melhorar a vida das pessoas que moram e vivem em Olinda. Da mesma forma assumimos a prefeitura de Aracaju, após a eleição de Marcelo Déda eleito para governar do Estado. Desenvolvemos o trabalho iniciado por Deda e hoje podemos dizer que a capital de Sergipe é uma das cidades com a melhor qualidade de vida do Brasil, onde o prefeito Edvaldo Nogueira governa com ampla frente política e com a participação ativa da população.

BLOG DA DILMA: Como foi o desempenho da Bancada comunista em 2009?
RENATO RABELO: Nossa bancada é pequena, mas aguerrida e polivalente, tivemos um ano muito bom com nossos parlamentares sendo premiados e tendo seus trabalhos legislativos reconhecidos. Nossos deputados e deputadas defendem os interesses de seus eleitores nos seus respectivos estados, mas defendem também a linha política nacional do Partido, lutando por um novo projeto nacional de desenvolvimento, pelo avanço nos direitos sociais dos trabalhadores e do povo, pela soberania nacional e pela integração continental solidária do país. É proporcionalmente a bancada que mais votou favoravelmente com os projetos do governo Lula, que foram encaminhados ao Congresso. É sempre bom lembrar que proporcionalmente nossa bancada é a que tem o maior número de mulheres entre todos os partidos com representação no Congresso Nacional.

BLOG DA DILMA: Você pode fazer um balanço da economia em 2009?
RENATO RABELO: Terminamos o ano de forma muito positiva, conseguimos ser dos primeiros países em plano mundial a sair da grande crise global. Para isso, foi fundamental a ação do governo em manter os investimentos em infra-estrutura e no campo social, fortalecer o pólo bancário público para sustentar e ampliar o crédito que minguava. Foi possível até criar empregos apostando no consumo interno, diversificando nossa pauta de comércio externo, aumentando nossa capacidade de desenvolvimento autônomo, e lutando para fortalecer o bloco econômico sul americano. Prevê-se já para 2010 um crescimento que pode beirar o 6% do PIB anual. Pensamos que alguns gargalos ainda têm que ser enfrentados (sobrevalorização do Real), necessidade de elevação da taxa de investimentos (21%, 25% do PIB). Também é preciso considerar o redirecionamento para uma política macroeconômica expansiva, tornando possível o Brasil vir a ser a 5ª potência econômica mundial já na próxima década.

BLOG DA DILMA: O portal VERMELHO vem fazendo a diferença na internet. Por quê?
RENATO RABELO: O Portal Vermelho é uma experiência positiva, sob a orientação do PCdoB, tornando-se um espaço de debate da esquerda, que amplia e difunde idéias avançadas e propostas concretas para descortinar novos horizontes ao Brasil.

BLOG DA DILMA: Qual será a atuação do PCdoB numa possível candidatura da Ministra Dilma Rousseff pelo PT?
RENATO RABELO: O ciclo político aberto pela ascensão de Lula à presidência da República não pode ser truncado. O primeiro e o segundo governos de Lula são o começo de um novo projeto democrático, de base popular para o Brasil e de integração solidária do sub-continente, que ainda requer longa caminhada na sua realização. A continuidade desse projeto e do seu aprofundamento requer a união de uma expressiva base política em torno do presidente Lula, sobretudo das forças de esquerda. A sua proposta de candidatura da Ministra Dilma Rousseff para a presidência da República deve merecer de nossa parte a atenção e a consideração devida. Como sempre o PCdoB não confunde os objetivos maiores com interesses imediatos ou particulares, e se empenhará pela vitória da candidatura que resultará da indicação de Lula.

BLOG DA DILMA: Se José Serra ganhar as próximas eleições será um RETROCESSO para o Brasil? Por quê?
RENATO RABELO: Barrar o curso iniciado com Lula na Presidência - expressão de poder de novas forças democráticas e populares --com a volta dos tucanos ao centro do poder nacional, trará um imenso prejuízo na trajetória de construção de um novo Brasil, soberano, democrático e solidário. O projeto político de Serra, em última instância, estará comprometido com forças políticas e sociais que sustentaram o governo inaugurado pelas duas gestões de Fernando Henrique Cardoso na década de 1990. Vem a ser um projeto restritivo ao progresso social e a ampliação da democracia, e a posição dos tucanos na política externa e inserção internacional é de subserviência aos interesses norte americanos e europeus.

BLOG DA DILMA: Sua mensagem final.
RENATO RABELO: Agradeço ao Blog da Dilma por esta possibilidade de troca de idéias e opiniões. Nós certamente vamos nos encontrar e estar juntos na campanha de 2010 na luta em defesa do Brasil e do nosso povo, com a vitória da candidatura indicada pelo presidente Lula.
Acesse: http://www.vermelho.org.br/blogs/blogdorenato/

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Pura emoção em Londres - Imperdível!!

Um vídeo que está mais que bombando.
Olha só a idéia dessa empresa de telefonia...
(Beatles sempre Beatles... em qualquer geração!!!)
Uma empresa de telefonia móvel inglesa promoveu essa mobilização na Trafalgar Square, em Londres, reunindo mais de 13 mil pessoas.
A empresa simplesmente mandou um convite pelo celular a todos seus clientes dizendo:
"esteja na Trafalgar Square tal dia, em tal horário". E nada mais foi dito.
Os que foram acharam que iam dançar, como tem acontecido em outras mobilizações desse tipo.
Mas, na hora, distribuíram microfones, muitos, muitos, e muitos mesmo, e fizeram um karaokê gigante, de surpresa!!!
E todo mundo que estava na praça, e os que estavam por ali e que nem sabiam do convite, se juntaram e cantarem juntos.
É de arrepiar. Se você um dia curtiu os Beatles, vai adorar!
Contribuição para o Blog Anselmo Dantas PB



ONU lança relatório mundial sobre situação dos povos indígenas


BY JORNAL DO COMÉRCIO Recife - Pe
A primeira publicação da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a situação dos povos indígenas no mundo será divulgada nesta quinta (14) simultaneamente em Nova York, Bruxelas, Manila, Canberra, no México, em Moscou, Pretória, Bogotá e no Rio. A publicação, produzida pelo Secretariado do Fórum Permanente sobre Questões Indígenas das Nações Unidas, mostra dados sobre pobreza, saúde, trabalho, direitos humanos e meio ambiente, entre outros temas.

No Rio, o relatório será apresentado às 11h, no Palácio Itamaraty, por Marcos Terena, articulador dos direitos indígenas do Comitê Intertribal - Memória e Ciência Indígena e membro da Cátedra Indígena Itinerante, e por Giancarlo Summa, diretor do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (Unic Rio). Após a apresentação, eles darão entrevista.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Depois de 15 anos da primeira edição do Panorama do Teatro Brasileiro


Grupo TAPA lança PANORAMA DO TEATRO BRASILEIRO - 2º Geração



Em 35 dias serão apresentadas 7 peças da dramaturgia nacional em 41 sessões



Em 2009 o Grupo Tapa completou 30 anos de história. E além de continuar produzindo novas montagens e revisitando seu repertório, também fomenta grupos e artistas que desenvolveram trabalhos próprios a partir de sua vivência no grupo, formando assim uma 2ª geração.



Depois de 15 anos da primeira edição do Panorama do Teatro Brasileiro (projeto vencedor do Grande Prêmio da Critica da Associação Paulista de Críticos de Arte -APCA- em 1995), o grupo retoma a proposta realizando uma mostra com sete peças de grandes nomes da dramaturgia nacional: Artur Azevedo, Jorge Andrade, Mário Viana, Nélson Rodrigues e Oduvaldo Vianna Filho (Vianinha).



VEJA INFORMAÇÕES COMPLETAS DO PANORAMA EM:



www.panoramatapa.blogspot.com

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Arquiteto Paraibano Anselmo Dantas


Anselmo Dantas recepciona intelectuais e artistas em seu Apto no Manaíra-João Pessoa entre eles:Henrique Schuller, Aldo Ambrózio, João Demilton Sans e Paulo Vasconcelos e oferece jantar no Flash

João Demilton



João Demilton-Paraibano de Campina Grande, comunicador Social, é ator, bailarino coreógrafo, artista plástico e designer de calçados;João é Pai de Bruno Garcia,esteve em J. Pessoa com intelectuais de SP ,Vitória e PE tratando lançamento de documentário-Borra de Café, e de sua sua nova linha de sandálias verão.
Estará em São Paulo em Abril para tratativas de lançamento sua Grife de Calçados.

A PROGRESSO É A EMPRESA DESQUALIFICADA


João Pessoa é um sucesso mas as empresas de ônibus são um absurdo, tivemos decepção na Rodoviária de J.Pessoa, ao ser maltratado e funcionários não treinados da Empresa PROGRESSO, pois desconheciam compra de passagens pela Internet,tivemos que apelar a policia e a ANTT que nada adiantou, tivemos que ligar para Recife para pedir que a matriz informasse aos funcionários.Estes por sua vez, em J Pessoa, por desconhecer diziam que caíramos no Conto do Vigário, finalamente a matriz por nosso celular informou de nossa compra e voltamos ao Recife.A família TUDE, que se cuide, absurdo.Não recomendamos a empresa Auto Viação Progresso.

domingo, 10 de janeiro de 2010

El aula en la era de la educación global

http://www.revistaenie.clarin.com/notas/2010/01/11/_-02115926.htm




El aula en la era de la educación global
Un texto reciente reúne trabajos de autores argentinos y estadounidenses sobre políticas educativas y análisis crítico del discurso.
Por: Ana Prieto

ACIERTO, “Discurso y educación” propone un intercambio académico entre la Argentina y los EE.UU.


Qué hay detrás de una política educativa? ¿Qué transmite una institución escolar o universitaria? ¿Qué planos simbólicos se juegan en una decisión acerca de cómo debe aprender un estudiante y enseñar un docente? ¿Qué juegos de poder componen el medio social y cuáles involucran a la educación? Los discursos sociales y políticos han atravesado el universo educativo desde siempre, y el análisis crítico de tales discursos es una de las herramientas más valiosas a la hora de pensar cómo, para qué y para quiénes se está educando.

En la línea de esos interrogantes, UNSAM Edita acaba de publicar el libro Discurso y educación. Herramientas para el análisis crítico, que la doctora en Educación Mónica Pini compiló y reúne estudios e investigaciones de autores argentinos y norteamericanos en relación a los procesos y políticas educativas y el análisis crítico del discurso. Egresada en Ciencias de la Educación de la UBA, Pini hizo sus estudios de doctorado en la Universidad de Nuevo México. Allí se dio cuenta de que el análisis crítico del discurso aplicado a la educación tiene un lugar destacado en el mundo anglosajón y que los autores que trabajan en esa línea forman un corpus que viene desarrollando metodologías tan diversas como valiosas. Su tesis doctoral, acerca del discurso de las empresas que administran escuelas públicas en Estados Unidos, la acercó a dichos autores y a la inquietud de fundar en Buenos Aires una carrera que pudiera construir un campo de diálogo entre análisis del discurso y educación. Así el área de Educación en Posgrado de la Universidad de San Martín creó la Especialización y Maestría en Educación, Lenguajes y Medios, para reunir a estudiantes y docentes en la tarea de desarrollar una mirada crítica sobre el discurso educativo de cara a los cambios políticos y tecnológicos que se vienen desarrollando en el campo.

El libro Discurso y educación está íntimamente relacionado con los objetivos de la carrera, y es un aporte pedagógico para la comunidad académica de habla hispana, que podrá acceder a trabajos de investigadores estadounidenses que no habían sido traducidos hasta ahora. "La importancia de reunir una serie de trabajos académicos que analizan discurso en educación desde una perspectiva crítica radica en que –hasta donde llega mi conocimiento– no hay libros editados en español que aborden esta relación desde una variedad de perspectivas", comenta Pini. Reconoce, desde luego, la trayectoria de la revista electrónica Discurso y Sociedad, editada por Teun van Dijk, si bien la mayoría de sus trabajos en relación al ámbito educativo se centran en los libros de texto. En el caso de Discurso y educación, el foco del análisis está puesto en cambio en los discursos que subyacen a las prácticas concretas (el día a día de las aulas) y a las políticas educativas que son el marco de esas prácticas.

"La clasificación de los trabajos no fue fácil", cuenta Pini. "Las categorías en las que se agrupan, se cruzan o tienen límites difusos, lo cual se debe en parte a la variedad y riqueza del material obtenido". Y es que los autores que hacen un aporte metodológico, también exponen teorías. A su vez, algunas experiencias de campo dan por sentado su marco conceptual. Estos cruces en ciencias sociales no son extraños, y la compilación, prologada por el especialista en comunicación y educación argentino, Dr. Daniel Prieto Castillo, está dividida en cuatro cuerpos. Perspectivas en análisis del discurso y educación incluye trabajos de Mónica Pini, Rebecca Rogers, Rosa Nidia Buenfil Burgos, James Paul Gee y Jorge M. Gorostiaga. La sección da un panorama de dónde se encuentra hoy el campo del análisis crítico del discurso en educación, su trayectoria en América Latina y Estados Unidos y las ciencias que lo han nutrido históricamente. El segundo cuerpo, Análisis del discurso aplicado al contexto de las políticas educativas incluye textos de Eric Haas y George Lakoff, Sandra Taylor, Gary L. Anderson y Mariana Di Stefano y Cecilia Pereira. Esta sección pone en perspectiva los discursos educativos oficiales en nuestro país y Estados Unidos, y brinda herramientas metodológicas a partir de trabajos de campo.

La tercera parte, Análisis del discurso aplicado al contexto curricular-institucional, cuenta tres experiencias de abordaje crítico en relación a la política de instituciones educativas. Sus autores son Peter Ninnes, Mariana Landau y Ana Isabel Iglesias.

Por último, Análisis del discurso aplicado al contexto de la educación superior, se centra en experiencias, metodologías y estudios del ámbito universitario, con aportes de Norman Fairclough y Ruth Wodak, Gustavo Fischman, Luis Porta y Zelmira Alvarez.

El gran acierto del libro es que los títulos que parten de experiencias en EE.UU. son válidos para los espacios educativos argentinos. Es el caso de "Disciplinando directivos. Discurso, legitimación y educación neoliberal" de Gary Anderson, "Creando el sujeto éticamente incompleto" de Peter Ninnes o "La alfabetización crítica como análisis crítico del discurso" de James Glee. El otro acierto, es que Discurso y educación propone un intercambio académico necesario, en tiempos en que la educación global comparte las mismas crisis y los mismos desafíos.

Piso do professor vale em todo o País

Margarida Azevedo De Cidades/JC

A partir deste mês, 1,5 milhão de professores que lecionam nas escolas públicas da educação básica do Brasil (aproximadamente 92 mil em Pernambuco) deverá receber, no mínimo, R$ 1.024,67, novo valor do piso salarial nacional do magistério, para jornada de 40 horas semanais. O piso foi instituído pela Lei federal 11.738, de julho de 2008. O salário inicial, de R$ 950, sofreu reajuste de 7,86% pelo Ministério da Educação (MEC), em dezembro.

Prefeitos que ainda não pagam esse valor estão correndo para tentar cumprir a legislação. Enquanto o presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, teme que prefeituras tenham que tirar recursos de outras áreas para custear os novos salários, o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Antônio Dourado, acredita que com o aumento do repasse de recursos do Fundeb será possível seguir a lei.

Nem o MEC nem a Amupe sabem informar quantos municípios já pagam o piso do magistério. A Frente Parlamentar de Acompanhamento do Piso, instituída na Assembleia Legislativa de Pernambuco, conclui esta semana levantamento no Estado. Para definir o percentual de reajuste, o MEC consultou a Advocacia-Geral da União. Segundo a lei, o aumento deveria levar em conta o custo-aluno do Fundeb (fundo que financia a educação básica). A dúvida era se o cálculo seria sobre o valor projetado para 2010 ou o consolidado de 2009. A AGU considerou o valor de 2009. Até o ano passado, a lei exigia que os governos bancassem pelo menos dois terços dos R$ 950.

“Acho que boa parte das cidades de Pernambuco já paga o piso de R$ 950. É o caso de Lajedo”, afirma Dourado, referindo-se à cidade da qual é prefeito, no Agreste do Estado. “O MEC prometeu aumentar o repasse do Fundeb. Na minha cidade, devo receber este ano R$ 1,5 milhão a mais, comparado com 2009. Passará de R$ 13,5 milhões para R$ 15 milhões”, observa o presidente da Amupe. A preocupação dele é com a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Além do piso, houve aumento do salário mínimo. Não podemos ultrapassar 54% dos gastos com pagamento de salários.”

REPASSE - A estimativa do MEC é repassar, em 2010, R$ 7 bilhões para Estados e municípios, R$ 2 bilhões a mais que no ano passado. “O aporte de recursos da União para o extinto Fundef foi de R$ 500 milhões durante 10 anos de vigência. Este ano, com o Fundeb, é de R$ 7 bilhões. Se multiplicar por 14 ainda não é suficiente para pagar um piso de pouco mais de mil reais, qual é esse valor? Tudo é uma questão de prioridade”, afirma o ministro da Educação, Fernando Haddad, respondendo aos prefeitos que temem não conseguir cumprir a lei por falta de dinheiro.

Apesar de mais verbas, a secretária de Educação de Olinda, Leocádia da Hora, receia comprometer a maior parte do Fundeb com os salários dos docentes. “Em Olinda, pelo menos 80% do Fundeb são investidos no pagamento dos salários dos professores, que já recebem o piso de R$ 950. Teremos em 2010 um acréscimo de cerca de R$ 3,7 milhões no Fundeb. Pode sobrar pouco para investir em outras áreas da educação”, destaca Leocádia, representante regional da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). “Os municípios têm interesse em pagar o piso. É indiscutível a importância dele. A lei prevê que a União vai ajudar quem não tiver como bancar o piso. Mas os critérios ainda não estão definidos.”

Leia matéria completa na edição deste domingo do JC recife pe...Piso do professor vale em todo o País

Com CD novo, Zefirina Bomba faz show em Campina Grande-PB




Com disco novo na bagagem e a boa e surrada viola distorcida, o power-trio Zefirina Bomba faz show para conterrâneos neste sábado, em Campina Grande, na companhia da banda pessoense Madalena Moog e a animação do DJ Mustafá. Os shows rolam no Bronx Bar, a partir das 22h, com ingressos a R$ 5.
O ZB está radicado em São Paulo já há alguns anos. De lá, vão muito ao Sul, onde o circuito para bandas independentes é quente e rentável. “É uma loucura”, depõe Ilsom Barros, vocalista e destruidor de violas distorcidas. “No Sul, o pessoal vai na internet, escuta as músicas e já chega ao show cantando as letras”, narra, com entusiasmo.
Com Guga na bateria e Edy substituindo Martin no baixo (que ficou em São Paulo), além de Ilsom, o Zefirina chega a Campina para mesclar o repertório dos dois álbuns, o festejado Noisecoregroovecocoenvenenado e o novo, Nós Só Precisamos de 20 Minutos para Rachar sua Cabeça, que sai pelo selo do trio paraibano, o Sub Folk, com distribuição da Tamborete, do Rio de Janeiro.
Produzido por Rafael Ramos (que fez discos de Pitty e Cachorro Grande), 20 Minutos... tem 21 faixas... ou melhor, 21 barulhentos ataques sonoros, calcadados em muita distorção, cozinha pesada, letras pungentes e um tempero todo nordestino. “Gravamos esse disco em mono, que era uma vontade antiga do Rafael”, revela Ilsom. “E foi tudo gravado no ‘valendo’. Praticamente todas as faixas foram feitas no primeiro take”, emenda.
O álbum, que vazou na internet antes do lançamento, sai em CD com material multimídia. No bônus, vídeos da banda pelo país, letras de músicas, fotos e registros de ensaios e demos. Mas o CD não saiu como a banda queria. “Há uma falha de fabricação, que é um espaço entre as músicas. A gente queria que fosse tudo junto, sem intervalo, por isso, vai sair uma nova prensagem”, explica Ilsom.
No dia 15, a banda volta a se apresentar em João Pessoa, de graça, na Praça Anternor Navarro, no Centro. (André Cananéa)Jornal da Paraíba
A Zefirina Bomba é uma banda difícil de definir, e esta é a sua maior virtude. Três "malucos" em cima do palco fazendo a apologia da distorção, tirando som de guitarra de um violão, fazendo surf music envenenada e flertando aqui e ali com o punk. A formação é surreal: um violão, baixo e bateria. Mas o estrago que os caras fazem com tais instrumentos é avassalador. Foi o show mais pesado da noite, e, devo confessar, se fosse jurado teria votado neles. O final foi apoteótico: o vocalista Ilson simplesmente destruiu seu violão/guitarra e o arremessou para o público. O jornalismo às vezes serve como um ótimo exercício de humildade e de aprendizado: saí absolutamente surpreso com uma banda da qual não esperava absolutamente nada.

www.reciferock.com.br

Viola "noise", rock and roll e distorção

A paraibana Zefirina Bomba é um trio, com um baixo distorcido, bateria forte e uma “viola noise” eletrificada. São três "malucos" em cima do palco - Ilson (viola), Martin (baixo) e Guga (bateria) - fazendo a apologia da distorção, em uma espécie de “hardcore” alternativo e festeiro. Em sua música, uma estranha mistura de Sonics, Dick Dale, Cascavelletes, Dead Kennedys e Luiz Gonzaga, mais João Cabral de Mello Neto e Glauber Rocha.

Formada em março de 2003, em João Pessoa, a banda Zefirina Bomba foi a grande revelação do Festival MADA, realizado em Natal, maio de 2003. Desde então, por onde o trio tem passado, além da surpresa geral, fica a certeza de tratar-se de uma das melhores bandas da nova geração do rock nordestino e nacional.
www.senhorf.com.br


Vinda de João Pessoa, a Zefirina Bomba mostrou um criativo som. Baixo distorcido, bateria forte e uma viola ensandecida. Difícil rotular a banda, que promete dar o que falar com seu som meio punk, pós-punk, noise com um quê nordestino e o vocalista detonando sua viola no fim do show. Anote o nome deles.

Luciano Matos
Site da MTV

Entre essas novidades paraibanas está também o power-trio Zefirina Bomba. Pós-punk swingado de vocal gritado e uma viola caipira-noise. Quem conferiu a apresentação do grupo no National Garage do ano passado (em Curitiba) sabe como é. Mesmo com problemas técnicos, público reduzido e sendo anunciados como uma banda pernambucana (erro geográfico já comum entre os festivais locais), eles não pararam um minuto sequer no minúsculo palco do 92 Graus. Foi enérgico.
O nome é inspirado em uma lavadeira de Catolé da Rocha (interior da Paraíba e terra de Chico César) que se chamava Zefirina. Ela ganhou o apelido de Bomba por causa das batidas que dava com as roupas molhadas nas pedras do rio. As influências mais explícitas da banda vão de MC5, passam por Tom Zé e chegam em Sly and The Family Stone. Os vocais e a viola ficam por conta de Ilsom, Martim no baixo e Guga na bateria.
Ano passado, eles lançaram uma demo-improvisada, com quatro faixas produzidas em estúdio e a última com mais de dez minutos de captação ao vivo durante uma apresentação. O groove do baixo e as distorções dão o ritmo, e dá para sentir bem a qual é o efeito da bomba. Imagine Jon Spencer Blues Explosion cantando com sotaque nordestino...

Gazeta do Povo (Curitiba-PR)

ZÉ RAMALHO FAZ SHOW EM JOÃO PESSOA E ATRAI


Tambaú ontem recebeu Zé Ramalho num grande de abraço ao seu artista paraibano,lotando ruas, avenidas e inteditando a beira mar.Campina Grande estava em peso.
A música tem sido uma tônica da cidade e de boa qualidade, haja vista a presença no Revellion de Buena Vista Social Clube

sábado, 9 de janeiro de 2010

JOÃO PESSOA PB


A capital do estado da paraiba,que como ARIANO, e ambos sendo paraibanos, não gostamos do nome JP, e só do nome, continua linda, se ampliando em todos os sentidos e, sobretudo, no turismo,mas deixa ainda a desejar com relação a rede de esgoto jogada no mar, uma pena.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

João Pessoa Inova -Livraria e Centro de Cultura ZARINHA-Esquina das Letras


Hermano José, Artista Plástico Paraibano

Interior do Centro parte de Livraria

Fotos by Zarinha

Foto by Zarinha


João Pessoa inova em matéria de livrarias, é o caso da Zarinha-Livraria e Centro de cultura, além de bom acervo,cursos como: de Grego,Português,Redação e Gramática entre outros.A mesma possui selo editorial com obras editadas e produção em hipermídias,alé de cinema com filmes de arte, fora do circuito comercial da cidade, vale a pena conhecer.
veja mais em :http://www.zarinha.com.br/zarinha/index.php

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

María Negroni: "En la literatura fantástica"


María Negroni: "En la literatura fantástica, lo femenino es casi lo único que importa"
La ensayista y poeta argentina, radicada en Nueva York, acaba de publicar Galería Fantástica, donde analiza relatos de Carlos Fuentes, Rosario Ferré, Felisberto Hernández y Cortázar, entre otros, como derivados de la literatura gótica.
Por: CECILIA BOULLOSA. Especial para Ñ.

http://bit.ly/70uMkm
SEMEJANZAS "La literatura gótica y fantástica, como la poesía, no intentan imponer certezas, al contrario, miran el mundo con cautela, asombro, perplejidad", dice Negroni.




No sólo de libros está llena la biblioteca de María Negroni. Aquí y allá, perdidas entre los estantes, hay muñecas antiguas, de esas de caras blanquísimas, ojos fijos y vestidos de organza ("Me encanta todo lo que tiene que ver con la infancia. Si no fuera escritora, sería coleccionista de juguetes). Las muñecas —dobles, miniaturas frías— también llenan muchos de los relatos que componen Galería Fantástica, ganador del VI premio de ensayo de Siglo XXI. En él, Negroni postula a la literatura fantástica latinoamericana como una deriva de la literatura gótica y toma como ejemplo de este vínculo relatos de Carlos Fuentes (Aura y La muñeca reina), Silvina Ocampo (El impostor), Felisberto Hernández (Las hortensias), Julio Cortazar (Las babas del diablo) y Alejandra Pizarnik (La condesa sangrienta), entre otros. A ambas literaturas —la fantástica y la gótica— les atribuye la particularidad de encarnar una formar de resistencia "a las cárceles de la razón y del sentido común" y de construir su "propio arsenal de oposición a la moral soleada (y petrificante) del statu quo".

-¿Cómo surge el proyecto de Galería Fantástica?
-Empieza con la escritura de Museo Negro (1999), mi libro sobre el gótico norteamericano y europeo, en donde analizo textos como Otra vuelta de tuerca, de Henry James, Frankenstein y El retrato de Dorian Grey. Por esa época tenía una especie de radar para detectar los textos que en América Latina tenían características similares. Leí Cagliostro, de Huidobro, Bomarzo, de Manuel Mujica Laínez y me di cuenta de que los cuentos o relatos latinoamericanos tienen muchos elementos del gótico, que es algo que no había pensado antes. Aparecen muchos motivos repetidos. Están los científicos desmesurados, los artistas, el tema del doble, la relación entre el artista y la creación...

-Decís que a Silvina Ocampo le cabe el mérito de haber creado el gótico campero
-¡Claro! En el relato El impostor no hay un castillo en Escocia como aparecería en el gótico, pero sí un chacra en el medio del campo que tiene muchas semejanzas. La casa está en ruinas, llena de filtraciones de agua, hay altillos que guardan los recuerdos de los ancestros, la cajita de música. Podría ser un revival de la casa de Una vuelta de tuerca, de Henry James. Pero además de los motivos repetidos, que aparecen y mucho, lo que verdaderamente me interesa es cierto carácter de resistencia que tienen estas literaturas frente a lo convencional. Ponen todo el tiempo en entredicho, desestabilizan las nociones con las que en general nos acercamos a la realidad, las categorías de tiempo, de espacio, de sujeto. Hay una especie de celebración de un mundo impreciso.

-Es como si el gótico y el fantástico ensancharan el mundo
-No, no lo ensanchan, el mundo es ancho, lo recuerdan. Recuerdan que hay una parte oscura, que no sólo tiene que ver con los vampiros y el terror, sino con el mundo del deseo, el mundo de lo no controlable, de lo no articulable. Un mundo que está todo el tiempo tensando desde abajo, como en el relato de Poe, La caída de la Casa Usher, donde la hermana del protagonista, Lady Madeline, golpea desde abajo, recordando que allí hay algo que está vivo. Generalmente lo que está tensando ahí abajo, lo que está pulsando y latiendo, tiene que ver con lo femenino. No necesariamente con el cuerpo de una mujer, sino con una zona que se le escapa a la palabra, la zona del deseo.

-También decís que es la literatura que más se acerca a la poesía, ¿de qué manera lo hace?

-Se para en el mismo lugar, en el lugar de lo que no se sabe. No hay poesía desde la certeza, es el género que por antonomasia cuestiona los fundamentos de lo real, desde el momento que cuestiona el instrumento mismo del acercamiento a lo real que es la lengua. No es casualidad que Baudelaire, el primer poeta de la modernidad, fuera traductor de Poe, todos los poetas del surrealismo francés admiraban la literatura gótica, Breton se hizo construir un castillo, que llamaba su castillo estrellado. La literatura gótica y fantástica, como la poesía, son conjeturales, tentativas, no intentan imponer certezas, al contrario, miran el mundo con cautela, asombro, perplejidad.

-Los relatos que elegiste también están llenos de jardines

- Pero no son jardines edénicos. Son jardines manchados, los jardines después de que Eva mordió la manzana. Están teñidos de la ambición de conocimiento, siempre hay un castigo latente cuando aparece el deseo de conocer. Los jardines del fantástico están cargados de deseo, muerte, sexualidad, temporalidad.

-En Una cripta para la infancia, el análisis del cuento La muñeca reina, de Carlos Fuentes, decís que en los relatos fantásticos la escritura funciona como un imán, ¿hacia dónde nos arrastra?

-Sí, en muchos relatos aparecen diarios, notas, recortes de diario. Creo que la escritura magnetiza, tiene un conocimiento que nosotros no tenemos. Va más rápido. Cuando uno escribe, escribe cosas que no sabe que sabe. En estos casos, es una escritura que se ha independizado de su productor, que cumple un papel hipnótico. Funciona como una metáfora del deseo, uno camina hacia lo que desea dormido, se va dejando llevar por algo que lo va hipnotizando. La escritura en los relatos fantásticos es como un hilo de Ariadna al revés: no para salir del laberinto, sino para ir hacia el centro de él. El hilo lleva al fondo, a encontrar al Minotauro, no a escaparse de él. Y eso no sólo funciona con el protagonista, sino también con el lector, que en el gótico o en el fantástico también avanza hipnotizado. Hay un manejo de la trama y del suspenso que te lleva como dormido, aparte no nos olvidemos de que en general son mundos nocturnos.

-En el fondo hay un crimen, y casi siempre de origen sexual

-Pero a veces no es un crimen literal. La salida de la infancia es un crimen, la entrada al lenguaje es un crimen. Hay muertos y se mueren partes de nosotros, se censuran partes de nosotros, se suturan, se vuelven tabúes, todos estos son como pequeños crímenes, que quedan abajo en la cripta.

-¿Cuál es el papel que juega lo femenino?

-Yo pienso que cuando algo está ausente, en realidad está hiperpresente. Cuando vos vas al castillo de Drácula no hay una sola mujer, es él con él, pero luego viaja en barcos que se llaman Demeter y Ceres, las diosas de la fertilidad, viaja por el agua. El principio femenino está híperpresente en estos relatos. Cuando digo principio femenino digo lo que no se entiende, el cuerpo, el paso del tiempo, los cambios, el fluir de la vida, los ciclos, la muerte. Creo que en el gótico y el fantástico es casi lo único que importa, lo más interesante.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Freira enfrenta ameaças de morte por apoiar sem-terra em MG



by Repórter Brasil






Geralda Magela da Fonseca, conhecida como "Irmã Geraldinha", vem apoiando a mobilização de dezenas de famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pela desapropriação de fazenda em Salto da Divisa (MG)

Por Maurício Hashizume

Brasília (DF) - Para algumas pessoas, o ano que começou poderia realmente ser diferente e trazer momentos mais agradáveis, como sugere o cordial cumprimento de "feliz ano novo". Geralda Magela da Fonseca, freira católica da Congregação Romana de São Domingos (CRSD) que atua no Norte de Minas Gerais mais conhecida como "Irmã Geraldinha", é uma delas.

Nos últimos três anos - e especialmente em 2009 -, a religiosa conviveu com insistentes ameaças de morte. Integrante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Geralda vem dando suporte a posseiros e dezenas de famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Acampamento Dom Luciano Mendes, em Salto da Divisa (MG), no Vale do Jequitinhonha.

Nascida e criada em São Domingos do Prata (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), a freira de 47 anos, que tem 15 irmãos e exerce o cargo de vice-presidente do Grupo de Apoio e Defesa dos Direitos Humanos (GADDH) local, chegou a receber três ameaças por telefone num único dia.

"Quando me ameaçam, por trás da minha pessoa está o movimento. Eles sabem que, diminuindo a minha coragem de continuar com as lutas de conscientização e de busca da justiça para resolver a situação [de exclusão social], o movimento pode ter uma queda ou pode até desistir da caminhada", declara irmã Geraldinha, em entrevista à Repórter Brasil.

Desde 26 de agosto de 2006, ela acompanha e apoia a luta do MST pela desapropriação da Fazenda Monte Cristo, de 1,3 mil hectares, que já foi considerada improdutiva por dois laudos recentes. Sob intervenção em decorrência de irregularidades, a Fundação Tinô da Cunha se apresenta como dona da àrea. A entidade tem conexões com o atual prefeito de Salto da Divisa (MG), Ronaldo Cunha (DEM), da família Cunha Peixoto.

Irmã Geraldinha relembra as mortes de trabalhadores rurais no Massacre de Felisburgo, em 2004, e revela precoupação com a intensificação do clima de insegurança. O primeiro Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado pela freira em novembro de 2008. No começo de 2009, ela saiu em defesa de posseiros que vivem na Fazenda Monte Cristo e também foram ameaçados.

A partir do final de julho do ano passado, as ameaças se tornaram ainda mais frequentes. Segundo ela, novos BOs foram protocolado. Descobriu-se, então, que as ocorrências feitas em Salto da Divisa (MG) não estavam sendo encaminhados para a central da polícia de Jacinto (MG). No último dia 28 de outubro, houve uma audiência preliminar com a presença de alguns acusados, que foi seguida de mais ameaças. A irmã, porém, conseguiu reunir testemunhas e promete seguir em frente para ver quem está por trás disso.

Representantes da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR) já estiveram no acampamento para verificar a situação e uma reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALEMG) já foi realizada na Câmara Municial de Salto da Divisa (MG) para tratar do conflito agrário local.

A decisão mais importante sobre o caso, porém, permanece na responsabilidade do juiz Weliton Militão dos Santos, da 12ª Vara Federal Agrária de Belo Horizonte (MG). O processo nº 2006.38.00.008835-0, que trata da desapropriação da Fazenda Monte Cristo, ainda não recebeu parecer do magistrado.

"O latifúndio não deixa o desenvolvimento chegar no Vale do Jequitinhonha", afirma a religiosa da CPT. Eles não querem de jeito nenhum ceder a terra para a reforma agrária. Não aceitam que o processo de desapropriação da terra esteja caminhando", completa. Para ela, apenas a mobilização da sociedade civil pode mudar esse quadro de concentração. "O poder público pode fazer uma parte, mas o povo tem que despertar para a organização, que é a base para pressionar para que a situação seja resolvida".

Confira trechos da entrevista concedida por irmà Geraldinha à Repórter Brasil em meados de dezembro de 2009, na capital federal:

Repórter Brasil - Como está a situação atual em Salto da Divisa (MG)?
Geralda - A situação é de insegurança. No início deste mês [dezembro de 2009], uma pessoa fez ameaças dizendo que eu merecia morrer pelas coisas que eu vinha fazendo. Este trabalho de conscientização das famílias em busca dos seus direitos visa desembocar na desapropriação de terras improdutivas para reforma agrária e causa muito incômodo.

No dia que eu estava saindo de lá, o próprio sargento [da Polícia Militar] disse para que eu tomasse cuidado por que a situação depende de cuidados muitos especiais da minha parte. Tenho de evitar que ocorra qualquer "acidente", que não haja qualquer negligência da minha parte no que se refere à segurança que possa resultar na supressão da minha vida.

"Eles sabem que, diminuindo a minha coragem de lutar, o movimento pode ter uma queda"

Mas a senhora conta com proteção policial?
Sim. Na região, estamos recebendo o acompanhamento do sargento e dos comandantes que dão cobertura quando a gente precisa. Lá no Acampamento Dom Luciano Mendes, onde eu fico uma boa parte do meu tempo, eles estão sempre fazendo a ronda, passando várias vezes ao dia. Antes disso, tivemos a proteção, por um tempo, da Polícia Civil. Os agentes [da Polícia Civil] entraram em greve e a Polícia Militar passou a fazer a guarda.

Mas, na verdade, é o movimento [no caso específico, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)] que está sendo ameaçado. Quando me ameaçam, por trás da minha pessoa está o movimento. Eles sabem que, diminuindo a minha coragem de continuar com as lutas de conscientização e de busca da justiça para resolver a situação [de exclusão social], o movimento pode ter uma queda ou pode até desistir da caminhada.

Os acampados podem desistir do acampamento e voltar para a rua em função das ameaças e do medo. São pessoas de famílias humildes, pobres, que têm dificuldades. A maioria é de analfabetos. Eles dependem de alguém. E esse alguém, neste momento, sou eu, que estou lá contribuindo para a reflexão sobre os direitos que eles têm, para que eles possam realmente conquistar aquela área por meio da reforma agrária.

Em que pé está o processo da fazenda reivindicada pelos sem-terra?
A Justiça é muito lenta no Brasil. E, sobretudo no caso desta fazenda [Monte Cristo], ela parece mais lenta ainda por causa do poder que a família latifundiária [Cunha Peixoto] tem em relação ao Judiciário. Eles têm ainda muitos defensores na área política. E o povo de lá fica, de certa forma, desprotegido.

Foi feito um primeiro laudo do Incra que atestou a improdutividade da terra. Houve a contestação dos ditos "proprietários", que encomendaram um segundo laudo. Isso foi em 2006. Este segundo laudo, que só foi concluído no início de 2009, também deu que a terra era improdutiva. Agora a questão está nas mãos do juiz federal [da 12ª Vara Federal de Belo Horizonte (MG), responsável por conflitos agrários], aguardando parecer. Depois o processo será devolvido ao Incra para dar encaminhamento à desapropriação da fazenda.

Quantas famílias estão mobilizadas no Acampamento Dom Luciano?
A ocupação foi feita com quase 200 famílias [em 2006]. Hoje, com tantas ameaças e perseguições, foi instalado um clima de insegurança e muitos voltaram para a cidade. Alguns mudaram para outras cidades, preocupados com as possíveis perseguições por terem participado da ocupação. Nós estamos atualmente com 80 famílias no local. Essas 80 famílias estão resistindo com muitas dificuldades justamente por causa das ameaças.

O povo está muito preocupado. E uma das preocupações principais diz respeito à minha segurança. Eles falam que "se for para você perder a vida, a gente prefere desistir da terra". Temos trabalhado muito em cima disso: digo que "nem eu vou perder a vida e nem eles vão desistir da luta". E a luta é para vencer. Com fé em Deus e a união do povo nós vamos vencer, sim, e conquistar esta área. Esta área, na verdade, seria para essas 80 famílias, que estão há três anos e meio debaixo da lona preta. Mas há condição de assentar até mais por que existem muitos outros sem-terra sonhando também.

"A pobreza, a meu ver, está vinculada aos grandes latifúndios existentes no Vale do Jequitinhonha"
Como se explica essa forte associação existente entre o Vale do Jequitinhonha e a pobreza?
A pobreza, a meu ver, está vinculada aos grandes latifúndios existentes naquela região. O latifúndio não deixa o desenvolvimento chegar. Eles têm grandes extensões de terra. Cerca de 90% das terras de Salto da Divisa (MG) estão na mão de duas famílias, que inclusive têm laços de parentesco.

Isso prejudica muito, pois os pobres continuam cada vez mais pobres e os ricos, cada vez mais ricos. E a maior parte das fazendas é improdutiva. Não há máquinas e o gado é pouco. Não existe um vínculo empregatício dos trabalhadores dessas fazendas. Não são empregados de carteira assinada. São justamente pessoas que passam por lá [os chamados peões de trecho, que muitas vezes acabam aliciados para o trabalho escravo]; um ou outro têm empregados com carteira assinada.

Diante disso, o desenvolvimento só vai caindo. Em vez de melhorar, só cai. Mas é uma região muito rica. As terras produzem muito bem quando se planta. No Acampamento Dom Luciano Mendes, numa pequena área de 25 hectares [da Fazenda Manga do Gustavo, próximo à Fazenda Monte Cristo], o grupo consegue produzir para uma boa parte da sustentação daquelas famílias: com horta comunitária, plantação de milho, feijão etc. Se houver investimentos, com certeza haverá uma produção substantiva que poderá ajudar a solucionar o problema da pobreza na região do Vale do Jequitinhonha.

A produção para o bem comum não faz parte do latifúndio. Se fizesse, o plantio poderia mudar toda a imagem do Vale do Jequitinhonha. Acredito que os órgãos competentes se mobilizarão para que a reforma agrária se torne realidade não só em Salto da Divisa (MG), mas em toda a região, que é chamada de Vale da Miséria. O Vale do Jequitinhonha há de se tornar o Vale da Felicidade, da Produtividade e da Solidariedade: da repartição de riquezas.

Existem outros núcleos de mobilização por terra na região?
Na cidade mesmo de Jequitinhonha (MG), um acampamento se tornou, no começo de 2009, Assentamento Franco Duarte. Eles já estão com a terra dividida para as famílias, que estão construindo suas casas. Lá, o processo está caminhando. Em Felisburgo (MG), onde houve há cinco anos um massacre de sem-terra [pistoleiros destruíram o acampamento local, mataram cinco pessoas e deixaram outros 11 feridos], o processo de desapropriação também já se deu. Eles já vão receber a terra e serão beneficiados.

Mas o que ocorreu em Felisburgo (MG) não deixa de ser, ao mesmo tempo, um sinal que nos deixa amedrontado. Trata-se de uma referência negativa e preocupante. Assim como aconteceu lá, também pode acontecer em outros lugares. Membros da Justiça nos dizem que "não tem nada, não; são ameaças bobas". Os mesmos tipos de ameaça foram feitos lá e a Justiça não deu atenção. E aí houve aquele triste massacre...

Em Rubim (MG), existe também um outro assentamento que foi criado há mais de um ano meio. Tudo isso na mesma região do Vale do Jequitinhonha. Esses grupos organizados já conseguiram suas terras. Em Almenara (MG), existe o Acampamento 16 de Abril. Eles estão lutando para adquirir a terra e o processo de desapropriação da área ainda está em andamento.

A região tem muitas fazendas improdutivas. São grandes propriedades. É preciso que o Incra tome a sua posição, faça a avaliação, e dê uma destinação para essas fazendas. Assim como são muitos os sem-terra nos núcleos urbanos passando necessidade. Com certeza, se o Incra desapropriar, haverá muita gente disposta a produzir nessas terras improdutivas.

A maior parte das pessoas que moram nas cidades da região saiu da área rural. Os fazendeiros conseguiram colocar o gado e o ser humano saiu. Foram empurrados para as cidades, sem direito a nada. E lá estão. Alguns conseguem arrumar emprego, mas quem não consegue passa necessidade.

Como será possível superar esse quadro de ameaças?
O que vai quebrar isso mesmo é a organização do povo. O poder público pode fazer uma parte, mas o povo tem que despertar para a organização, que é a base para pressionar para que a situação seja resolvida.

"O poder público pode fazer uma parte, mas o povo tem que despertar para a organização"
Todos esses grupos que se organizaram, ocuparam as áreas e fizeram pressão são demonstrações de que a conscientização do povo é cada vez maior na região. Alguns até já conseguiram a terra. Isso vai, pouco a pouco, quebrando o poderio do latifúndio improdutivo. Era muito pior há algum tempo, segundo as pessoas contam. Matava-se com mais facilidade. Emboscadas eram feitas para colocar medo nas pessoas. Hoje, isso já diminuiu.

Eu não sou da região. Sou de perto de Belo Horizonte (MG). Acho muito estranho quando as pessoas contam que foram vítimas dessas emboscadas no final da década de 90.

Um senhor contou outro dia que, em 1997, teve os pneus do seu carro estourados por tiros. Ele estava junto com o advogado, preparando a papelada que seria usada para entrar com um processo contra um fazendeiro, depois de ter deixado uma propriedade da região sem direito a nada.

Diante das ameaças de pistoleiros que atiraram contra seu veículo, ele acabou entregando documentos. Mesmo assim, ele conseguiu recuperar parte da papelada e insistiu na tentativa de receber seus direitos na Justiça. Desta segunda vez, as provas foram retiradas pelos mesmos pistoleiros das mãos do próprio juiz. Resultado: ele nunca mais conseguiu recuperar os documentos e não conseguiu fazer a denúncia.

Na realidade, o próprio advogado dele teve medo. Disse que era "melhor a gente deixar para lá porque podemos perder a nossa vida, pois eu também perderei a minha vida se a gente continuar com isso". Saiu da cidade por um tempo e depois voltou. Até hoje tem medo que alguém apareça uma hora e tire a vida dele. A história recente desse senhor é uma comprovação do que eles são capazes de fazer com quem simplesmente pede justiça.

Aí a gente percebe quanto é forte a questão do latifúndio. Eles não querem de jeito nenhum ceder a terra para a reforma agrária. Não aceitam que o processo de desapropriação da terra esteja caminhando, que são grandes as possibilidades de entrega da terra às pessoas humildes, para que elas conquistem a liberdade de consciência e a liberdade de produzir na sua própria terra, sem depender dos detentores do poder para sobreviver.

HÁ ALGO NOVO NA PARAÍBA-

A GAMELEIRA DE TAMBAÚ
CONDE-PB

A CIDADE DE J.PESSOA, CRESCEU, MULTIPLICOU-SE,FOI MINHA CIDADE NOS ANOS 50/60.HOJE RETORNO E NÃO ENCONTRO A PAISAGEM DA MINHA INFÂNCIA.UMA TAMBAÚ PEQUENA, DAS GAMELERIAS,DO ELITE BAR, DOS BONDES,DO PONTO CEM RÉIS, DO BAR DE ONALDO, DO ESPAÇO PASSÁRGADA,ENFIM DAS SORVETERIAS, DO PICOLÉ REVESTIDO, OU, DO DE CASTANHA.
MUDOU! MAS SE PERDI TANTAS PAISAGENS GANHEI OUTRAS QUE NÃO CONHECIA, ALIÁS NÃO EXISTIA NA MINHA INFÂNCIA:A ESTAÇÃO CIÊNCIA -UMA NOVA VISÃO DA PRAIA, UMA CIDADE DE HOTÉIS NOVOS, DA LIVRARIA PREFÁCIO QUE VENDE CORDEIS, ENFIM DO CANYON DO COQUEIRAL!!!!!!!!!!!!!!!COM BAR EXCELENTE!
AGORA A MINHA CPITAL CRESCEU É UMA MOÇA MADURA, EM QUE O NOVO E ANTIGO SE DÃO AS MÃOS NAS SOMBRAS DOS SEUS VERDES CRESCIDOS.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Naná Vasconcelos começa os batuques para o Carnaval

Percussionista vai comandar, maisuma vez, abertura da folia no Recife
Foto: Chico Porto / JC Imagem


Do JC Online



Os ensaios para a tradicional abertura do Carnaval do Recife, que reúne dezenas de maracatus sob o comando de Naná Vasconcelos desde 2002 no Marco Zero, começam nesta quarta-feira (6).

Os encontros acontecem nas sedes das agremiações, às quartas, quintas, sábados e domingos até chegar o Carnaval. Nas sextas-feiras, o público pode acompanhar a evolução do ensaio, que serão realizadas na Rua da Moeda, a partir das 19h.

Nos dias 9 e 10 de fevereiro, dois ensaios gerais serão abertos ao público, às 19h, no Marco Zero.

COMO SE EXPLICA ISTO?

"O Governo do Estado PB inaugurou nesta quarta-feira (30), às 10h, o prédio onde funciona a Delegacia Especializada da Infância e da Juventude, na Rua Afonso Campos, Centro de João Pessoa, e fez a entrega de 22 motos, 1.200 coletes, 800 pistolas e 60 carabinas calibre .40, munições letais e não letais, mais um caminhão auto-bomba tanque, além de outros equipamentos às policias Militar, Civil e ao Corpo de Bombeiros. O governador José Maranhão foi representado pelo vice-governador Luciano Cartaxo."

LEIAM http://www.paraiba.pb.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=34325&Itemid=2

Um Caso de Amor na Rovolução de 30 JOÃO PESSOA- JOÃO DANTAS E ANAYDE BEIRIZ


Um Caso de Amor na Rovolução de 30

RETIRADO DE http://www.diariodosertao.com.br/opiniao.php?id=20090812125617
Por Nadja Claudino

Anayde Beiriz nasceu em 18 de fevereiro de 1905, em João Pessoa, na época cidade da Paraíba, e teve uma infância normal, brincando pelas ruas do Centro histórico e visitando as praias sempre acompanhada dos pais. Em 1922, Anayde concluiu o Curso Normal e passou a lecionar em uma escola de Cabedelo, ensinado a adultos as primeiras letras. Moça culta era a única mulher a participar dos saraus literários promovidos pelo médico José Maciel, intelectual que promovia esses encontros em sua residência. Num desses saraus, a professora conheceu João Dantas, adversário político de João Pessoa, presidente do Estado da Paraíba.

Anayde era uma moça avançada para a provinciana Paraíba da década de 20 do século passado, escrevia versos amorosos e de denúncia contra a condição em que vivia a mulher que, com o casamento, passava do domínio do pai para o domínio do marido, nunca podendo ter o controle total de sua vida. Ela recitava seus versos nos círculos de intelectuais do qual fazia parte. Nesse circulo a moça ganhou o apelido de a “pantera dos olhos dormente”.

João Pessoa assume o governo do Estado em 1928, e data dessa mesma época o começo do romance de Anayde com o advogado João Dantas, que era ligado ao Partido Republicano Paulista e fazia forte oposição ao governo de João Pessoa.

Em 1930, João Dantas viaja para o Recife fugindo das perseguições de seus inimigos. No período de maio a julho desse ano, Anayde e João Dantas trocam confidências através de correspondência remetidas entre os dois. Eram cartas de amor, algumas em versos, escritas pela professora, onde os dois podiam falar do seu amor livremente e matavam saudades da distância que os separavam. Um dia, a policia a serviço do Estado invade o apartamento de João Dantas à procura de armas e de documentos políticos, mas o que encontraram foi o diário que continha os poemas e relatos da intimidade do casal. Por um ato de vingança do governo do presidente João Pessoa contra João Dantas o diário e alguns bilhetes ficaram expostos na sede do jornal A União, transformando-se logo em objeto de curiosidade da sociedade paraibana. Dessa forma foi tornada pública a relação de João Dantas e Anayde, as confidências, os relatos das tardes que passaram juntos, os poemas eram do conhecimento de todos. Anayde passou a ser evitada por todos e sua cidade se transformou num ambiente hostil onde acusavam a jovem professora de concubinato. As moças de família, suas antigas amigas, viravam os rostos quando ela passava.

No Recife, João Dantas ficou sabendo do arrombamento de seu cofre e da publicidade dada às suas cartas e diários. E para lavar sua honra mata João Pessoa na Confeitaria Glória, na cidade do Recife, em 26 de julho de 1930. A morte de João Pessoa causou grande comoção popular em todo o Brasil e foi usada para apressar a vitória da Revolução de 30. A capital do estado da Parahyba do Norte na noite da morte de João Pessoa se transformou em palco de guerra, as casas e comércio dos aliados políticos de João Dantas foram saqueadas e incendiadas e Anayde teve que fugir para o Recife. Todos se referiam a ela como “a prostituta do homem que matou o presidente”. Em Recife, João Dantas é levado para a Casa de Detenção, onde segundo a história oficial se suicida para escapar da ira dos paraibanos. Anayde, dois dias antes da vitória da Revolução, em 22 de outubro de 1930, também se suicida.

O caso de amor entre João Dantas e Anayde, os dois odiados pelos paraibanos defensores de João Pessoa, recebeu o julgamento da sociedade conservadora e a ira dos revolucionários. O que seria apenas mais uma história de amor passou a ter um significado histórico que precisa ser recuperado da obscuridade a que foi relegado. João Dantas era um político apaixonado pelas suas idéias. Anayde era poeta e defendia em sua sensibilidade artística um mundo diferente, onde a mulher deveria exercer sua importância ao lado do homem, como assim o fez ao lado de João Dantas.

LEIAM
ANAYDE: UM LIVRO MUDA A HISTÓRIA
http://www.meiotom.art.br/res27.htm



Escritor mostra que grande amor da poetisa
não foi João Dantas, mas o médico Heriberto Paiva

Transcrito do "Correio da Paraíba", edição de domingo, 13/2/2005

O impacto do livro “Anayde Beiriz - Panthera dos olhos dormentes”, que o médico e escritor Marcus Aranha, 63 anos, vai lançar amanhã não tem como cenário os fatos em torno da Revolução de 30, mas a paixão vivida pela professora e poetisa paraibana e o então estudante de Medicina, Heriberto Paiva, que se tornaria oficial da Marinha do Brasil.

Metade das páginas do livro de Marcus Aranha é ocupada pela transcrição de um documento precioso: o diário de Anayde Beiriz, por ela própria intitulado “Cartas do meu grande amor”, que foi retirado do ineditismo a partir de um pedido do autor de “Panthera dos olhos dormentes” aos familiares de Anayde, através de Ialmita Grisi Espínola Guedes e Martônio Coutinho Beiriz. Junto ao diário, para enriquecimento do livro foram entregues documentos e fotos que permaneciam de conhecimento exclusivo da família de Anayde desde a tumultuada década de 30 do século passado.

Quase todas as cartas do diário deixam explícitas que a grande paixão de Anayde não foi o advogado João Dantas, mas o médico paraibano, que foi morar no Rio de Janeiro, e a quem ela chamava de “Hery”. Já o nome “Panthera dos olhos dormentes” era como amigos de Anayde já a chamavam antes dela conhecer Heriberto. Eles justificavam a designação porque diziam que, em seus contos, Anayde sempre colocava uma mancha de sangue e porque ela gostava de tudo que era vermelho. Tanto que, em carta, cujo teor completo está no livro de Marcus Aranha, Anayde revelou a Heriberto Paiva: “Crêem eles que eu sou trágica, que gosto desse amor que queima, dessa paixão que devora, dessa febre amorosa que mata...”.

Heriberto passou a chamá-la também de “pantera”, desde que ela lhe escreveu: “A pantera é bem humana, não é verdade, amor? Mansa, dócil, amorosa, em se tratando de ti; mas, para os outros. Eu queria poder esmagá-los, a todos... Contudo, gostei desse título de fera que eles me deram; escrevi um conto com esse nome e enviei-o para a ‘Tribuna do Pará’. Creio que brevemente será publicado”.

CONTESTAÇÃO

Marcus Aranha contesta o filme “Parahyba, mulher macho”, de Tizuka Yamasaki, lançado em 1983. Ele disse que “a tentativa de contar a história dela no cinema terminou em aviltamento, coisa não merecida”.

A patrocinadora de seu livro, através da Manufatura Editora, é a organização não governamental Parahyba Verdade, que, segundo ele, “começa a tentar desfazer a detratação mítica que fizeram com Anayde Beiriz”.

Aranha destaca que a autoria do livro “Anayde Beiriz - Panthera dos olhos dormentes” deve ser compreendida como trabalho de pesquisa, compilação e organização. Tanto que contou para isso até com dois autores de pesquisas no Rio de Janeiro, Walter Athayde de Barros Moreira e Marcos Antonio de Oliveira Araújo.

Para o autor, a leitura das cartas de Anayde e Heriberto podem ajudar a todos a uma conclusão de como era realmente a verdadeira personalidade da mulher, cujo centenário de nascimento comemora-se no próximo dia 18.

Exposição, amanhã

Confessando ser avesso a lançamentos “com solenidade, discursos e apresentações”, Marcus Aranha preferiu organizar a Exposição Iconográfica Anayde Beiriz, que será aberta ao público amanhã, às 09h00, no Sebo Cultural (Av. Tabajaras, Centro). O livro poderá ser adquirido no local da mostra, que, além de fotos inéditas de Anayde, tem objetos raros, como um telefone da década de 20 e uma vitrola de corda, ainda funcionando.

"Nós, mulheres, não temos meio termo no amor"

O trecho abaixo de uma das cartas de Anayde Beiriz a Heriberto Paiva é bastante revelador da personalidade ao mesmo tempo romântico e ousada da professora paraibana.
A carta é de 4 de julho de 1926.

“(...) O amor que não se sente capaz de um sacrifício não é amor; será, quando muito, desejo grosseiro, expressão bestial dos instintos, incontinência desvairada dos sentido, que morre com o objetivar-te, sem lograr atingir aquela atura onde a vida se torna um enlevo, um doce arrebatamento, a transfiguração estética da realidade... E eu não quero amar, não quero ser amada assim... Porque quando tudo estivesse findo, quando o desejo morresse, em nós só ficaria o tédio; nem a saudade faria reviver em nossos corações a lembrança dos dias findos, dos dias de volúpia de gozo efêmero, que na nossa febre de amor sensual tínhamos sonhado eternos.

Mas não me julgues por isto diferente das outras mulheres; há, em todas nós, o mesmo instinto, a mesma animalidade primitiva, desenfreada, numas, pela grosseria e desregramento dos apetites; contida, nobremente, em outras, pelas forças vitoriosas da inteligência, da vontade, superiormente dirigida pela delicadeza inata dos sentimento ou pelo poder selético e dignificador da cultura.

Não amamos num homem apenas a plástica ou o espírito: amamos o todo. Sim, meu Hery, nós, as mulheres, não temos meio termo no amor; não amamos as linhas, as formas, o espírito ou essa alguma coisa de indefinível que arrasta vocês, homens, para um ente cuja posse é para vocês um sonho ou raia às lides do impossível. Não, meu Hery, não é assim que as mulheres amam. Amam na plenitude do ser e nesse sentimento concentram, por vezes, todas as forças da sua individualidade física ou moral.

É pois assim que eu te amo, querido; e porque te amo, sinto-me capaz de esperar e de pedir-te que sejas paciente. O tempo passa lento, mas passa...

...E porque ele passa, e porque a noite já vai alta, é-me preciso terminar.

Adeus. Beija-te longamente, Anayde”

@ "ANAYDE BEIRIZ - PANTHERA DOS OLHOS DORMENTES",
de Marcus Aranha



A quem interessar comprar o livro de Marcus Aranha "Anayde Beiriz - Panthera dos olhos dormentes", pode fazê-lo pelos Correios.

O livro tem tem 169 páginas e mais 24 fotos em papel cuchê. Custa R$ 25,00. A despesa dos Correios é por conta do autor.

Para adquiri-lo faça assim:
1) Deposite R$ 25,00 na conta 135.197- 4, Agência 1617- 9, Banco do Brasil, em nome de Marcus Antonio Aranha de Macedo


2) Envie um e-mail para Marcus Aranha ( pois_e@ terra.com.br) avisando que fez o depósito e informando o “Número do documento” (NR. DOCUMENTO) contido no comprovante fornecido pelo Banco. Veja modelo abaixo desta mensagem.
Mande também o endereço para remessa do livro;

3) Comprovado o depósito, o livro será enviado pelo correio, sob registro.




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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Projeto Estação Nordeste serão o cantor Paulinho Moska e o paraibano Zé Ramalho.


Moska e Zé Ramalho cantam na Capital

As proximas atrações que o pessoense irá curtir pelo projeto Estação Nordeste serão o cantor Paulinho Moska e o paraibano Zé Ramalho.

A apresnetação de Paulinho Moska será na sexta-feira (8), na Praça Ponto do Cem Réis, no Centro de João Pessoa. Quem fará a abertura do show ficará a cargo da cantora Eleonora Falcone.

Ainda neste final de semana, na praia de Tambaú, o projeto traz o cantor Zé Ramalho. Ele canta no sábado (9). Quem abre o show é o cantor Paulo Vinícius.

O evento Estação Nordeste acontece na Capital desde sábado (2) e se estende até 30 deste mês, com apresentações sempre a partir das 21h.
Da Redação